859-5 283 O
UFSC-BU
ÇGAILÉFSÁÍÊ
Universidade Federal
de
Santa CatarinaCentro
de
Ciências AgráriasDepartamento
de
AqüiculturaCULTIVO
DE
MOLUSCO
(OSTRA
E
MEXILHAO)
-
NO
SISTEMA
ARTESANAL
Florianópolis/SC
2003
Universidade Federal
de
Santa Catarina Centrode
Ciências AgráriasDepartamento
de
AqüiculturaCULTIVO
DE
MOLUSCO
(OSTRA
E
MEXILHÃO)
NO
SISTEMA
ARTESANAL
Relatório
de
Estagio Supervisionado lldo
Curso
de
Engenharia de Aqüicultura.
' À
Acadêmico: Gilberto Moratelli Junior Orientador: Jaime F. Ferreira, Dr
Supervisor: Dario
Hudson
GonçalvesEMPRESA:
Fazenda
MarinhaRancho
AçorianoFlorianópolis/SC
2003
AGRADECIMENTOS
Queria agradecer primeiramente a
DEUS,
porme
dá
saúde, força,alegria e amor, nesses
4
anos e 6meses de
batalha, durante o cursode
graduação.
À
minha família, pelo apoio e alegria, não só durante o cursomas
por toda a minha vida até aqui.Aos
meus
amigos, conquistados durante essacaminhada e
osque
jáestavam comigo antes.
A
toda “galera” dos Açores, pela amizade e companheirismo.A
minha companheiraque sempre
me
apoio edeu
força.A
todos os professores, Jaime, Aimê, Evoy, Alex, Débora, Vinicius,Elpidio, Andreatta, Walter, Vinatea,
Bosco
e outros ,que
durante o curso nosensinou e
com
certeza aprendeu também.A
todos os funcionários da Aqüicultura, Keka, Carlito, Jeff, DiImo(inmemoria), Pedrão,
e
outros,que
durante o curso estavamsempre
alidando
uma
ajeitadinha pras aulas acontecerem.
Ao
Sr. DarioHudson
Gonçalves, proprietárioda
empresa,que deu
oapoio e oportunidade da realização
do
estagio.Ao
professor Jaime F. Ferreira,que
foimeu
orientador ,e
por muitasoutras lutas e conquista para a criação
do
curso.OBRIGADO
A
TODOS!!
“Desconfie
do
destino e acrediteem
você.Gaste mais horas realizando
que
sonhando, fazendoque
planejando, vivendoque
esperando porque,embora
quem
quase
morre esteja vivo,quem
quase
vive jámorreu!!"
su|v|ÁR|o
1JNTRoDuÇÃo
2.
DEscR|çÃo DA
EMPRESA
3.
ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
3.1 Características dos moluscos 3.2 Biologia e fisiologia das ostras 3.3 Biologia e fisiologia dos mexilhões
3.4 Predadores, competidores
e
parasitas 3.5 Técnicase manejos no
cultivo4.
RESULTADOS
5.
DISCUSSÃO
6.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS7.
BIBLIOGRAFIA
Figura 1
- Mapa
de
localizaçãodo
estadode
Santa CatarinaFigura 2 - Restaurante visto
do mar
Figura 3
-
Salade
manejo (vistodo
mar)Figura
4
-
Áreade armazenamento de
lanternaFigura 5
-
Sala para manejoFigura 6
-
Embarcação
para trabalhoFigura 7
-
Estruturade
cultivo suspenso-fixoFigura 8
-
Predadoresde
moluscosFigura 9
-
Lanterna BerçárioFigura 10 - Peneiramento
Figura 11
-
Lanternas intermediariasFigura 12
-
Lanterna deflnitivaFigura 13
-
Ostrassendo
despejadas namesa
Figura 14-
Ciclode
limpezaFigura 15
-
Ensacamento de semente
LISTA
DE
TABELAS
TABELA
1 - Produçãode
mexilhões e ostras cultivadosRESUMO
O
estagio foi realizadoem
uma
fazendade
Cultivode
Molusco (ostra e mexilhão),que
utiliza o sistema artesanalde
cultivo,em
Florianópolis, estadode
SantaCatarina.
O
estado é o maior produtor nacionalde
ostra, tendo maisde
90%
dasostras cultivadas saindo
de
suas águas.A
Fazenda
MarinhaRancho
Açoriano,de
propriedade
do
Sr. Dario, fica localizada na baía sul, no bairro Ribeirãoda
lha.A
fazenda é formada
com
o cultivo e o restaurante,onde
o cultivo fornece os molusco para o restaurante, tendo assimuma
forma deescoamento do
produto.O
estagio teveuma
duraçãode
360 horas, tendo inicioem
17 demarço de 2003
etérmino
em
30de
maiode
2003.|Durante o períodode
estágio objetivou-serealizar técnicas
de
manejoem
cultivo de ostra e mexilhâo.A
fasede
cultivo era ade
engorda, ou seja, os indivíduoseram
adquiridosem
formas jovens.Além
dosmanejos pode-se visualizar e analisar
com
mais clareza, a anatomia e fisiologiados animais,
e
também
a presença e tipos _de predadores, parasitas ecompetidores.
No
estágio pode-seacompanhar
todas as fases desta etapade
cultivo, isso porque, os animais crescem
de
forma irregular.Os
manejoseram
realizados diariamente, para
que
se pudesse manejar todos os animais nosinten/alos
de tempos
pré-determinadosjwO
estágio permitiuum
conhecimento maisamplo
da atividade da maricultura,que
vem
crescendo exponencialmente noestado. Permitiu
um
aprimoramento nos conhecimentos adquiridos durante osquatro anos
de
aprendizado, alemde
testa-losem
alguns momentos. Isso serve para preparar o profissionalque
logo vai entrar nomercado de
trabalho.O
estágio1.
INTRODUÇAO
O
estágio foi realizadona
áreade
molusco, mais especificamenteem
um
Cultivo
de
Molusco (ostras e mexilhões),que
utiliza o sistema artesanal de cultivo.O
sistema artesanal trata-sede
um
cultivocom
pouca tecnologia,que
foiimplantado para os pescadores e comunidades ribeirinhas,
com
o intuitode
complementar a sua renda familiar.
H
A
Fazenda
MarinhaRancho
Açoriano fica localizada no municípiode
Florianópolis, estado de Santa Catarina, Brasil.
Na
Figura 1,pode
ser verificada alocalização
do
estadoem
relaçãoao
Brasil e os principais pólosde
cultivode
molusco
que
já estão instalados.xl
là.
4
'U
.¢. ..z .,.,.m _É
.w
ã`ák 1'¬,¬ .›¬.-.._ .... ..._ ~smrâ
cârâaimâ
~ ff? “ ' . -mw úu›~_›xz.aà=›=zÀmFigura 1
-
Mapa
de
localizaçãodo
estadode
Santa Catarinae os
pólosde
marlcultura.
Fonte: Apostila-Biologia e Cultivo de Mexilhões-EPAGRl '
Os
primeiros cultivos foram instaladosem
Santa Catarina nos anosde
88 e 89, através de convênios entre a Universidade Federalde
Santa Catarina-UFSC
e aEmpresa
de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SantaCatarina S.A.
- EPAGRI,
com
uma
produção inicial de 500 toneladas demexilhöes e 43 mil dúzias de ostras
(SOUZA,
2002).As
características do litoral catarinense,com
baias e enseadascom
águas
de alta produtividade natural e boa qualidade, facilitaram a instalação da maricultura (CÁSSIA, 2000). Essas condições favoráveis, juntamentecom
aUFSC
e Epagri,que
são os grandes percussores da atividade, permitiram esse avanço a atividade,como
pode
ser visto na tabela 1.Tabela 1
-
Produção de mexilhöes e ostras cultivadosem
Santa Catarina-
1991-2001um
osnustizl usmuñestti tear ‹:.m;›a isàaê šãflüfl Sflü l Lüñá IEEE 25505 L22¿ 1534âsm
l(?9 1935 5{7ʧ l34E 1595 722355 í2S2 195? EJYÍBE 535? IÊHE 2lEE$5 ÍTZB 1595 ZEUE EÚSEÊE WSEÂÊE iššü L3E5 2EOf ÊEBZZÊI 155?F onte: EpagrilUfsc/Associação dos maricultores
Santa Catarina é atualmente o maior produtor nacional de ostras e mexilhöes cultivados. Mais de
90%
da produção brasileira sai deáguas
catarinenses.
As
espécies mais cultivadas são da ostra-japonesa (Crassostreagigas) e mexilhäo (Perna perna).
A
malacocultura (cultivo de moluscos) envolveaproximadamente mil famílias e gera entorno de 6 mil
empregos
diretos eindiretos
(SOUZA,
2002).A
cidade de Florianópolis é composta deuma
ilha,onde
na parte oeste éformada duas baias (norte e sul).
O
cultivo se localiza na baía sul, no bairro doRibeirão da ilha.
A
duraçao do estagio é de360
horas, sendoque
foram realizadas40
3
2003. Foi este o período escolhido para
que
o estagiário tenha possibilidade departicipar de todas as principais atividades realizadas nesse sistema de cultivo de
molusco.
Temos como
responsável supervisor naempresa
o próprio proprietário, Sr. DarioHudson
Gonçalves, na qual estetambém
é presidente daAMASI
(Associação dos maricultores do sul da ilha).
Como
orientador/supervisor dodepartamento de aqüicultura temos o professor Jaime F. Ferreira, Dr.
Durante o período de estágio objetivou-se fazer o maior intercambio possível de informações.
Algumas
técnicas aprendidasem
sala de aula foramadaptadas para
serem
utilizadas no cultivo, e omesmo
de forma recíproca foirecebido dos trabalhadores da empresa.
Nesse
sistema de cultivonão
se aplicamuita tecnologia, utiliza-se tudo da forma mais simples, procurando baixar o
custo.
Apesar de muitas aulas práticas realizadas na universidade, o estágio
demonstra o dia-dia da atividade. Através
do
estagio o alunopode
colocarem
prática a teoria aprendida
em
sala, e aomesmo
tempo
repassar o conhecimentotécnico para os produtores.
O
cultivo de molusco no estado, até então, é depequena
escala, acreditando-se quecom
o crescimento da atividade seráintroduzido
também
a tecnologia e novos equipamentos mais eficazes.O
estágio éuma
disciplina fundamental para a formaçãodo
profissional,2.
DESCRIÇAO
DA EMPRESA
A
Fazenda
MarinhaRancho
Açoriano fica localizada no sul da ilha deSanta Catarina. Encontra-se na Rodovia Baldicero Filomeno,
5634
-
Ribeirão dailha
-
Florianópolis..No
inicio existiaapenas
o cultivo, ao observar dificuldadescom
oescoamento
da produção, resolveu-se instalar o restaurante. Essa forma deassociação direta, cultivo-restaurante, pemiite ao consumidor desfrutar
sempre
deum
produto fresco e de Ótima qualidade.Hoje o cultivo é parte secundaria e anexada ao Restaurante
Rancho
Açoriano (Figura 2).Mas
o cultivo continuasendo
uma
peça fundamental nessesistema, isso porque muitos
que
consomem
o moluscoquerem
ver a forma deprodução, já
que
éuma
atividade nova e muitocomentada
na mídia, tornandoassim, ao contrário do que muitos pensam,
um
atrativo para o turismo do litoralcatarinense.
_
è
__ _ .__ __ __. _O
cultivo fica localizadoem
frente ao restaurante, entorno de uns 100metros da praia.
A
área de cultivo é de 50 x 80 metros, sendo utilizadoapenas
parte da área.
A
produção tem seuconsumo
todo destinado ao restaurante, e temdado
subsistênciaao mesmo.
Pretende -secom
o restante da área de cultivoque
esta ociosa, o
aumento
da produção,mas
aguarda-se o funcionamento dacooperativa,
onde
vai ser maisuma
forma deescoamento
da produção.Para a realização
do
manejo é utilizadauma
sala especificacom
50 m2,que
fica junto ao restaurante, no lado esquerdo, dequem
vêdo
mar
(Figura 3).A
5
mostra a Figura 4, e
uma
outra para manejo, que possui azulejo até o teto,uma
mesa
euma
área para lavaçäo dos moluscos e equipamentos (Figura 5).Como
transporte até o sistema de cultivo é utilizado
uma
embarcação
de alumíniocom
5metros de cumprimento e
um
motor de20
HP
(Figura 6).Figura 3
-
Sala de manejo (vista do mar)Figura
4
-
Área dearmazenamento
de Figura 5-
Sala para manejolanterna
-~›¿-._ _... ,;-_
A
área de cultivo possuiuma
profundidade média de 2,5 metros. propiciando a utilização do sistema de cultivo suspenso-fixo,chamado
de “mesa".A
suamontagem
é feita através de madeira resistente (“angelim-pedra”, principalmente).Os
pés, espaçados a cada 2 metros, ficam cravados nosubstrato,
dando
suporte a outras madeirasque
horizontalmente a lamina d'águaformam
uma
grade, permitindo a amarração das cordas e lanternas nessescaibros (Figura 7).
Figura
7
-
Estruturade
cultivo suspenso-fixo(chamado de
"mesa")É realizada
apenas
uma
safra porano
na empresa,que
é a safra deinverno.
Nessa
safra as sementes são colocadasem
meados
do outono paraserem
colhidasem
tamanho
comercial no verão, tendoum
período de engorda de6-8 meses.
Na
ultima safra (2002),que
foiacompanhado
o período de colheita,foram colocados 400.000 (quatrocentas mil) sementes
de
ostras (Crassostreagigas) e entorno de
450
pencas, de 1,20 metros (um metro e vinte centímetros),de mexilhões (Perna perna).
Obteve-se
uma
sobrevivência de 70%, oque
é considerada normal para a safra de inverno.7
Para safra
que
se deu início nesse outono (2003), aempresa
pretendemanter a
mesma
produçao da ultima. Isso porque a produção tem conseguido dar3.
ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
Durante o período de realização do estágio
pôde
seracompanhada
naempresa
toda a atividade relacionadacom
o manejoem
cultivo de molusco, nosistema artesanal.
Devido ao crescimento irregular
que
ocorrecom
os mexilhões e asostras,
onde
parte dos moluscos atinge otamanho
comercialcom
5meses
eoutra
com
mais de 8 meses,num
mesmo
lote, permitiu-se então a participação doestagiário
em
todas as fases do manejo.Foram acompanhadas
as fases iniciasde colocação de semente, fases intermediárias e fases finais
com
colheitas.Também
durante a realização do estágio pode-se verificar as características, biologia e fisiologia dos moluscos, além dos tipos e característicasdos predadores, competidores e parasitas.
No
restaurante observou-se as formas de comercialização dos moluscos.Nos
subitens, a seguir, será detalhada cada atividade citada nestaintrodução.
3.1 Características
dos
Moluscos
As
ostras e mexilhões apresentam o corpo mole, protegido externamentepor
uma
concha. Essa concha apresenta duas partes (valvas)que
se articulam,tornando esses moluscos conhecidos
como
bivalves.O
mexilhão Perna perna é considerado o maior mitilídeo brasileiro,sendo
muito abundante do litoral do Espírito Santo até Santa Catarina .No
habitatnatural essa espécie habita costões rochosos da região de entre-marés,
podendo
ser encontrado auma
profundidade de até 10 metros(FERREIRA
et al., 1998).Como
habitam a região de entre-marés, estão adaptados a permanecer grande parte dotempo
expostos ao arsem
sofrerem maiores danos, a não ser a ausênciade
alimentação e aqueda
do metabolismo durante o período deexposição.
A
estratégia de cultivo reside justamenteem
manter os animaisconstantemente submersos, proporcionando-lhes
uma
alimentação continua, permitindouma
aceleração no seu crescimento.Os
mexilhões são animaisque
se9
povoar locais bastantes poluidos. Por isso a escolha da área de cultivo deva ser
muito
bem
planejada e estudada.A
ostra do Pacífico Crassostrea gigas foi introduzidaem
Santa Catarinaem
1988. Essa espécie desenvolve-sebem
nos mais variados ambientescosteiros.
As
ostras desse gênero apresentamuma
valva (superior ou direita), queé plana, e outra (inferior ou esquerda)
que
é levemente côncava ou abaloada.Comparativamente as conchas são espessas, calcárias e frágeis. Habitam locais
de baixa salinidade
(MANZOM
et al., 2001).Por ser
uma
espécie exótica essa ostra possui algumas característicasque
devem
ser respeitadasem
seu cultivo.É
uma
espécie de clima temperado,desenvolvendo-se melhor
em
temperaturas semelhantes às do ambiente deorigem.
Em
nossas águas, esta temperatura é encontrada durante o inverno,quando pode
alcançar valores de até 14°C. Durante o verão,quando
a temperatura estáem
torno de 28°C, as ostrasparecem
interromper o crescimento,e
quando
a temperatura ultrapassa os valoresde
30°C aconteceum
fatoque
éconhecido
como
mortalidade massiva de verão(MMV
ou"Summer
mass
mortality”),
onde
grande parte das ostras, principalmente as que não atingiram otamanho
adulto, morrem.3.2 Biologia e fisiologia
das
ostrasA
ostra do pacífico Crassostrea gigas,como
os demais bivalves,caracterizam-se por possuir o corpo envolvido por duas conchas ou valvas,
articuladas
em
sua porção dorsal porum
ligamento córneo(FERREIRA
,2002)A
Concha
é composta por 3 camadas: o perióstraco,camada
externa de composição protéica e 2 internas compostas de carbonatode
cálcio (CaCO3).A
mais interna que, se encontra
em
contatocom
o corpo, é brilhante e dura e échamada
decamada
nacarada ou nácar(FERREIRA,
2002).Em
uma
das extremidades da ostra existeuma
protuberânciadenominada
umbo, localonde
as valvas se encontram unidas pelo ligamento.O
Músculo adutor encontra-se unido aambas
as conchas, sendo o responsável pelo fechamento dasmesmas.
Este músculo atua contra a pressãoAs
Brânguias são compostas por filamentos, e são responsáveis pelarespiração e filtração do alimento.
As
partículasde
alimento retidas nos filamentos branquiais são conduzidas através de batimentos ciliares até os palpos Iabiais e posteriormente à boca.O
É
écamada
de tecidoque
recobre o corpo, exceto na região do músculo adutor.A
borda domanto
é responsável pelo controle do fluxo deágua
que
passa pelo interiordo
organismo.No
Sistema Digestivo o alimento é levado pelos palpos Iabiais até aboca,
que
se encontra ligadaao estômago
porum
curto esôfago.A
partir doestômago, o alimento segue para os divertículos digestivos e intestino.
No
iníciodeste encontra-se
uma
pequena
estrutura de consistência gelatinosa e coloraçãoamarelada
denominada
estilete cristalino, cuja função é auxiliar a digestão.O
intestino termina no ânus,
que
se localiza nacâmara
cloacal, próximo ao músculoadutor
(FERRElRA&MAGALHÃES,
2002)O
Sistema Circulatório é do tipo aberto, composto por veias, artérias,coração, pericárdio e seios tissulares, por
onde
circula a hemolinfa.O
Sistema Nervoso é Bastante simples, composto por 2 pares degânglios de
onde
partem cordões nervosos,que
se distribuem pelo corpo.3.3 Biologia e fisiologia
dos
mexilhôes
A
fisiologia e biologia dos mexilhôes são muito semelhantes a das ostras,possuindo algumas diferenças que serão citadas abaixo.
O Qisg
que
são filamentos protéicos secretados porum
conjunto deglândulas, servem para fixar o animal no substrato.
As
ostras não apresentamesse elemento para fixação.
O
_l?_é localiza-se acima damassa
visceral.Tem
forma tubular, é móvel eestá ligado a
um
conjunto de músculos.No
pé existeum
sulco poronde
escorre omaterial
que
forma os filamentos do bisso(MAGALHÃES
et al., 1998).As
Gônadas
dos mexilhôespossuem
dimorfismo sexual, sendo acom
cor alaranjada afêmea
e a de cor branca o macho.O
É
é constituído por duas lâminas epiteliaisem
contatocom
a parteinterna da concha envolvendo os demais Órgãos.
A
espessura domanto
variaem
ll
O
Sistema Muscular é formado por 5 grupos de músculos: adutor (fecha asvalvas), o retrator do pé, os retratores do bisso, o paleal (permite movimento do
manto) e o anal.
As
Lâminas Branquiais são duas fileiras de filamentosque
estão abaixodos bordos do manto, responsáveis pelos processos de alimentação e respiração.
O
Aparelho Digestivo é formado pela boca, palpos labiais, esôfago,estômago, intestinos e ânus.
O
Coração é composto por duas aurículas eum
ventrículo.3.4 Predadores,
competidores
e parasitasOs
predadores são organismosque
matam
os moluscos utilizando-se desua
massa
visceral para obtenção de energia paramanutenção de
suasatividades. Dentre os predadores estäo: planária marinha(St¡/ochop/ana divae),
caramujo peludo(Cymatium partenopeum), caramujo Iiso(Thais haemastoma),
peixes
como
miraguaia(Pogon¡as chromis) e sargo-de-dente(Arcosargusprobatocephalus), siri azuI(Ca//inectes sapidus) e estrelas-do-mar (Figura 8) .
iflfflldidflnrq i|\~*.zz‹›_¡ 1; __. nana; - -‹ ` .,.~ .fi _ - _-4 "~›`\_ i \- , fi- ..
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,Fiaura
8
-
Predadoresde
moluscosOs
competidores estão representados por organismos incrustantes quepodem
causar a mortalidade e redução do crescimento.Os
principais organismosincrustantes
em
cultivo são: cracas, outros moluscos, esponjas, anémonas,hidrozoários, briozoários coloniais(SchizoporeIa sp e Bugulo sp), anelídeos
poliquetas, tunicados ou ascídias, algas e bactérias.
Os
parasitas são organismosque
utilizam o corpo das ostras para sobreviverem,podendo
algumas vezes até provocar a morte. Destaca-se a espécie de poliqueta do gênero polidora, Polidora sp,que
perfuram as conchas eatacam o músculo. Durante o período de infestação, desde o fim da primavera até
o outono, as ostras apresentam-se fracas, magras, de aspecto desagradável e de grande quantidade
de
bolhasde
lodo, o que,mesmo
não as impossibilitando para o consumo, reduz a possibilidade de comercialização.3.5 Técnicas e
manejos no
cultivoDurante a realização do estagio foram realizadas técnicas e manejos no
cultivo.
O
cultivo de ostras e mexilhõespossuem
diferenças na rotina diária detrabalho.
A
ostra exige muito mais manejo e dedicação, realizando-se lavagem eseleções, periódicas. Enquanto
que
os mexilhões são praticamente cultivadossem
manejo algum, o manejo é realizado no iniciocom
a colocaçãode
semente epraticamente só é manejado
novamente
na colheita.A
seguir será detalhada cada atividade realizada no cultivo de ostra emexilhão.
3.5.1 Ostras
As
ostras são cultivadasem
lanternas,que
são manejadas mensalmente,onde
os indivíduos são separados portamanho
e os predadores retirados.O
tempo
médio de cultivo para as ostras atingirem otamanho
comercialde 8
cm
é de 6 a 8 meses, entretanto,como
as ostrasnão
apresentamum
crescimento uniforme, algumas (cerca de
20%)
jápodem
ser comercializadascom
5meses
de
cultivo.O
manejo periódico das lanternas de cultivo durante as diferentes fases,separando os indivíduos conforme o seu tamanho, evita problemas
de
densidadeque
influenciam no crescimento dos indivíduos cultivados. Esse manejo periódico13
permite
também
uma
seleção dos organismos mortos, predadores, competidores,além da aplicação das técnicas de castigo (exposição das ostras ao ar para
eliminar organismos incrustantes e lavagens
com
jatos d'água).Quando
se aproxima o verão as ostrasdevem
estarcom
um
certotamanho
já desenvolvido, paraque
possa resistirum
pouco mais a “mortalidadede verão”. Isso ocorre principalmente devido às altas temperaturas, superior a 28°C,
que
ocorre nessa época. Por seruma
ostra vinda de locaiscom
águas frias,ela sofre esse problema.
O
cultivo das ostraspode
ser divididoem
três fases: cultivo inicial,intermediário e final.
Cultivo inicial
As
sementes de ostrasque
são produzidasem
laboratório, sãoadquiridas individualmente fixadas.
As
sementespodem
ser adquiridas doLCMM/UFSC
(Laboratório de Cultivo de Molusco Marinhos) oucom
produtoresque
adquirem lan/as e realizam o assentamento.Na
empresa
são adquiridossementes
com
tamanho de #4
e#5
mm
(essametragem
é das telasem
que
sãopeneiradas as sementes).
A
tendência dos cultivosem
Santa Catarina é a aquisição de sementes menores,com
tamanho
entornode
#1 e #1,5mm.
Com
isso reduz-se consideravelmente o custo de produção.Essa fase de cultivo se da
em
baldes,com
'tecnologia trazida
do
Canadá
esendo
~
implantada no estado apartir desse ano.
Nesta etapa
de
cultivo inicial asostras são acondicionadas no interior de
lanternas berçários (Figura 9),
que
são redescilindricas de diâmetro
de
30 cm,com
5andares, separados entre si a cada 20 cm.
A
malha
que
reveste externamente eque
9-,divide os andares possui
uma
abertura de 1mm
X
2,5mm.
As
sementes são acondicionadas auma
densidade de 1000 á2000
indivíduos por andar, isso vai depender dotamanho
da semente.É realizada a cada 20 dias
uma
limpeza,onde
os berçários são retiradosda água.
A
limpeza dos berçários é feita utilizando-seum
hidrocompressor ouuma
moto-bomba, de forma a se conseguiruma
boa pressão deágua
paraque
alimpeza ocorra de forma rápida e eficiente.
Após
serem limpos, os berçários sãocolocados sobre o chão para
secagem
ao Sol.A
limpeza esecagem
dosberçários são realizadas para evitar a ”coImataçäo1" da malha.
A
cada20
dias são realizados peneiramentos(Figura 10),
com
o intuito de separar as ostras pordiferentes tamanhos.
O
peneiramento é feitocom
aajuda de duas peneiras
em
seqüências,com
malhas de10 e 18
mm.
Esse peneiramento é realizado dentro daágua, para
que
as ostras se assentem melhor e não F ~'Fonte: UNIVALI/C`|`l`Mar
ocorra muito estresse pela quebra da casca.
Em
geralas ostras
permanecem,
em
media, por 30 a40
dias nessas lanternas, passandoposteriormente para fase intermediaria.
Cu/tivo intermediário
Quando
as ostras são peneiradasnos manejos dos berçários, são divididas
em
duas classes de tamanho, entãopassam
para a fase intermediaria.A
classe de
tamanho
menor
é transferidapara a lantema intermediaria tipo bacia, e
a maior para o tipo
de
lantema de malha.As
lanternas intermediarias (Figura 11),são de dois tipos,
como
lanternas,com
pratos de pvc e rede (malha
14mm)
ou _ _ _ _ _ Fioura 11-
Lanternas intermediariastoda de pvc,
como
se fossem baciasfuradas
que
se encaixamuma
nas outras. Essa ultima é utilizadacom
as ostrasmenores
ouque
levaram maistempo
para crescerem.1
Colmatação: e a formação de um biofaulim (fina camada de organismos vivos). que causa entupimento das
aberturas de malha. impedindo a passagem de água com alimento e oxigênio.
15
As
ostras são colocadasem uma
densidade de 150 a300
ostras por andar.A
cada 30 dias, faz-se manejo, realizando novas separações por tamanho.Nesse
estagio de cultivo as seleções não são mais feitascom
peneiras e simmanualmente.
Em
média as ostraspermanecem
nessas lanternas por60
a 70dias, até atingirem
um
tamanho
de45
a 50mm.
Cultivo final
A
partir das ostrasque
atingiram otamanho
de
45 mm,
tem inicio a fase do cultivo final,onde
osorganismos são transferidos para lanternas
definitivas (Figura 12)
com
malhas de 19 e 24mm,
dependendo
da fase de cultivo. lsso ocorre porquesão feitos manejos e as ostras
com
tamanhos
comercias sao transferidas para lanternas
com
mamas
mam,-es,Cgm
24
mm
Fioura 12- Lanterna definitiva Utiliza-seuma
densidade de 150 indivíduos/andar.A
cada 35 a40
dias realizam-se manejos, para novas separações por tamanho, diminuindo-se adensidade conforme o crescimento (tamanho). Essa etapa de cultivo leva cerca
de 90 a 120 dias.
Colheita
Durante toda fase final do cultivo,
onde
são feitos manejos a cada 50dias, já se separa as ostras
com
tamanhos
comercias.Na
empresa
era separadopor duas classes de tamanho, para gratinar,
com
aproximadamente 8 cm, e para o bafo, que é de aproximadamente 10 cm.Quando
as ostrassaem
da água, nas lanternas definitivas, sãodespejadas
em uma
mesa
de seleção (Figura 13),onde
as ostras sãoclassificadas e selecionadas em: gratinar, bafo e volta.
Figura 13
-
Ostras sendo despejadas namesa
Após
a seleçao, as ostrasque
atingiram otamanho
comercial sao impas.A
limpeza inicia-secom
uma
pré-lavagemcom
as ostras dentro das lanternas,posteriormente é feita a
raspagem
manual para a retirada das cracas e outrosorganismos aderidos às conchas, como: ostras menores, anèmonas, ascídias, e
outros.
Nessa
etapa utiliza-se o auxilio deum
cutelo ou facão (pequeno). Depoisde
retirados os incrustantes da concha os organismos são lavadoscom
jatos deágua.
Na
Figura 14, pode-se ver esseesquema
de
processo de limpeza, entrea ostra
que chega
para a limpeza e aque
vai para o restaurante.Cbho
seleciaiazlca cxlelopa
icrnunhoCTGÍÍG 51111'-I. DIOI'II¬l:I Lazfaçõo oonw
pfresíalaie
Iara-jdoFigura 14
-
Ciclo de limpeza3.5.2 Mexilhões
Na
mitilicultura foram produzidos aproximadamente450
pencas de 1,20metros.
As
pencaspossuem
esse comprimento devido à baixa profundidade.A
safraem
que
foiacompanhado
o final do ciclo, as sementes foramoriundas dos costões da região sul da ilha e ensacadas na empresa.
As
sementesobtidas para engorda,
com
tamanho
de aproximadamente2cm
de
comprimento,são debulhadas (separadas) e selecionadas.
Para o
ensacamento
utiliza-seum
funil de PVC.As
sementes sãocolocadas na rede (sacos compridos),
numa
proporção de 1,5 Kg/metro de corda,17
e~
\ ,`. '\ .‹;§ .-›\ 1-~ =\ .~\ i l_" .-\¡ Í:Figura 15
-
Ensacamento
de sementeFonte: adaptado- EPAGRIILCMM
Já o ciclo
que
se iniciouem
2003, as pencas foram adquiridas prontas, esomente
amarradas nas estruturas de cultivo.As
sementesque
deram
origem aessas pencas
também
foram oriundas dos costões.Para o próximo ciclo pretende-se utilizar sementes oriundas de coletores,
que
foram colocadas pelaAMASI,
com
o apoio da prefeitura e maricultores.Na
área de cultivo da
empresa
ainda não se utiliza coletor de sementes.O
manejo durante otempo de
engordasomente
é feitocom
as pencasque
estão muito pesadas (alta densidade).Quando
isso ocorre, os mexilhões sãodespencados
e divididosem
outras pencas,que
é conhecidocomo
repicagem.Com
os mexilhõesque
saem
da água, tanto nas repicagens quanto nascolheitas, eles são debulhados (despencados) para se separarem individualmente
Figura 16
-
Mexilhões sendo debulhadosFonte: LCMM
Na
colheita, os mexilhões sãodespencados
e selecionados por tamanho,os
que
atingirem entorno de 8cm
vão para o restaurante, o restante éreenssacado e colocado de volta ao mar.
O
tempo
de cultivo dos mexilhões é omesmo
das ostras, 6 a 8 meses.Porém
os mexilhões nãopossuem
omesmo
problema de mortalidade de verão19
4.
RESULTADOS
O
estagio foi realizadocom
êxito,sendo
atingido os objetivos desejados.Durante o período de estagio o aluno
pôde
aprender as técnicas eadaptações
que
são feitas, ainda hoje, na atividade.Também
se repassou para aempresa
algumas técnicas e manejos aprendidosem
disciplinas cursadasem
sala de aula.
Além
das atividades de manejopode
se teruma
noção melhor da biologia e fisiologia dos animais, etambém
das construções das estruturas decultivo.
Com
isso o estagiário obteveum
conhecimento amplo da atividade damalacocultura
em
seu sistema artesanal de cultivo. Percebeu-seque
com
aintrodução da
mão
de obra técnica especifica, nós formandos, a atividade vaiobter
um
grande avanço.Durante o período
de
estagio foiacompanhada
pelo aluno, algumasreuniões da
AMASI
(Associação dos Maricultoresdo
Sul da Ilha), oque
demonstrou as principais dificuldades deles, e
também
uma
grande troca de experiências.A
Fazenda
MarinhaRancho
Açorianofomeceu
uma
boa estrutura para arealização
do
estagio, apesar de seruma
empresa de pequeno
porte,com
uma
5.
DISCUSSAO
Verificou-se na
empresa
algumas técnicasde
manejoque
foram consideradas antiquadas,mesmo
no sistema artesanal.Inicialmente
vamos
considerar o problema ocorridocom
as sementes.Para os mexilhões as sementes ainda são oriundas dos costões, o
que
é considerado vantajosoeconomicamente
num
primeiro momento,mas
posteriormente percebesseuma
certadesvantagem
durante a engorda, pordemorar mais para adaptar-se e crescer.
Além
de ter ocorrido váriosembargos
pelo IBAMA, Órgão responsável pelo controle ambiental na atividade, proibindo elimitando áreas para coleta
de
semente. Isso é evidenciado naqueda
de produçãoque
ocorreu doano de 2000
para 2001,que
pode
ser vista na Tabela 1.Em
relação à semente de ostras, a fazenda adquiri sementescom
um
tamanho
de 4 a6
milímetros, o que hoje é considerado peloLCMM
e Epagriuma
prática desvantajosa, isso porque hoje acreditasse ser muito mais vantajoso a
aquisição de sementes co
m
um
tamanho
de 1 a 1,5 milímetros, pois o seu preçoé muito mais baixo e o manejo e simples.
Além de que
as ostrascom
1 milímetroleva entrono de
20
a 30 dias para atingirem otamanho de
4 a 6 milímetros,com
uma
reduçãodo
custo de produção de ate35%
no custode
produção.No
controle de predadores, parasitas e competidores não era realizado apratica
do
castigo ou qualquer outra, somenteeram
retiradosmanualmente
oucom
a ajudado
hidrojato,quando eram
realizados os manejos.Acreditasse
também
que
os manejos deveriam ser realizadosem
intervalos
menores de
tempo, permitindo assimum
crescimento mais rápido dosmoluscos.
Quanto às outras atividades de manejos elas
eram
realizadas dentro do21
6.
coNs|oERAçöEs
i=|NA|sO
estágio foi realizadocom
êxito, tendo seus objetivos alcançados.A
empresa
forneceu estrutura e disposição, paraque
o estagiário pudesse aprender e ensinar as técnicas de cultivo.Procurou-se entender e visualizar a atividade de maricultura
que
é feitaem
nossa localidade,com
o intuito de entender suas dificuldades e procurar supri- las.Percebeu-se
que
apesar de difundida eem
grande avanço, a atividade está funcionandocom
sistemas não muito práticos.Além
de pouca preocupaçãoambiental.
Por ter partido para a atividade gastronômica e utilizado o cultivo
como
uma
forma secundária, entende-se onão
aprimoramento feito no cultivo,mesmo
7.
BIBLIOGRAFIA
ROSA,
R.de
C.C.;FERREIRA,
J.F.;PEREIRA,
A.;MAGALHÃES,
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Bioecológicos e Técnicasde
Cultivo.Univali/Itajai, 30p.
LINKS
www.lcmm.ufsc.br
www.egagri.rct-sc.brwww.iceQa.com.br
www.ranchoacoriano.hpq.com.br
www.ostras-qiqas.com.brwww.ostras.com.br
23
8.
ANÁLISE
CRÍTICA
DO
ESTÁGIO
O
estagio éde
fundamental importância para a formação do profissional.Além
de daruma
oportunidadede
conhecer a atividade nocampo
de trabalho.As
grandes dificuldades encontradas no estagio, assimcomo
no curso,foi ter
que
levar consigo o pioneirismo.O
fato de sercomponente
da primeiraturma do Brasil no curso
de
Engenhariade
Aqüicultura, fezcom
que
abríssemos portas e acreditássemosnuma
atividade nova, para nós,mas
jábem
difundida no mundo. Agoracom
a formação vimosuma
grande oportunidadeem
ser pioneiros,uma
boa chance de trabalho.A
atividade de engorda da malacocultura,que
até entãovem
sendo
realizada no estado, não exige conhecimento técnico,mesmo
porque éuma
atividade direcionada para pessoas simples,
que
na grande maioria não possuiestudo algum.
Com
isso os conhecimentos práticos adquiridos no estagio foi frutoda perseverança daqueles
que
acreditaram na atividade e foram aprimorando as“ferramentas”
que
tinhamem
mãos. Apesar de nãoserem
conhecimentoscom
muita técnica e tecnologia,
mas
quederam
êxito à atividade.Com
isso acreditasseque
com
a entrada dos técnicos formados naatividade, junto