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Desenvolvimento do cooperativismo de crédito, com ênfase na cooperativa Credisis RolimCredi

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Academic year: 2021

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ISSN Eletrônico: 2525-5908 www.revistafarol.com.br

Desenvolvimento do cooperativismo de crédito, com ênfase na cooperativa Credisis RolimCredi

Valleska Silva de Macedo Diana Claudia Freire

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Desenvolvimento do cooperativismo de crédito, com ênfase na cooperativa Credisis RolimCredi Valleska Silva de Macedo e Diana Claudia Freire

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Desenvolvimento do cooperativismo de crédito, com ênfase na cooperativa Credisis RolimCredi

Valleska Silva de Macedo1 Diana Claudia Freire 2

RESUMO: A Cooperativa é formada por um conjunto de pessoas tanto com personalidade física quanto jurídica

e que apresentam objetivos em comum. Ao final de cada exercício as sobras líquidas são rateadas entre todos os seus associados, outro diferencial é que as cooperativas são conduzidas de forma democrática, ou seja, mediante voto, são eleitos presidente, vice-presidente, conselheiros administrativos e fiscais, diretores e delegados, todos associados da cooperativa. Dessa forma, um grupo de agricultores e pecuaristas com o intuito de promover novos negócios ao município criou a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi, a qual iniciou suas atividades no ano de 2000. E a princípio seu principal foco era os pequenos produtores rurais, porém com o passar dos anos surgiu a oportunidade de expansão, então foram criados dois pontos de atendimento, um localizado em Pimenta Bueno e outro em Alta Floresta do Oeste. No ano de 2015 a cooperativa alçou um novo patamar, mudou de categoria, deixando de ser Cooperativa de Crédito Rural e passando a ser de Livre Admissão, já que, não apenas produtores rurais poderiam se associar, mas também pessoas físicas e jurídicas. É importante enfatizar que ser associado a uma cooperativa, pode-se obter diversas vantagens, tais como: variado tipo de produtos e serviços, juros menores, isenção de algumas taxas, rendimentos no capital aplicado, distribuição das sobras ao final do exercício, direito de voz e voto, entre outras. Portanto o presente artigo tem por finalidade analisar de forma objetiva o crescimento econômico da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense - CrediSIS RolimCredi e as principais vantagens oferecidas ao cooperado, por meio de pesquisa descritiva/explicativa, isto é, pesquisa bibliográfica, utilizando como ferramenta os Relatórios de Gestão Anual entre os anos de 2000 a 2015 oferecido pela instituição, com o intuito de evidenciar o aumento dos associados, evolução do capital social e do juros ao capital e as sobras que estão destacadas nos resultados.

Palavras-chave: Cooperativa; Evolução; CrediSIS RolimCredi.

Development of credit cooperativism, with emphasis in Credisis RolimCredi cooperative ABSTRACT: The Cooperative is formed by a group of people with both physical and legal personality and who have common goals. At the end of each fiscal year, net leftovers are apportioned among all their associates. Another difference is that cooperatives are conducted in a democratic way, that is, through a vote, president, vice president, administrative and fiscal councilors, directors and delegates are elected, all beeing members of the cooperative. Thus, a group of farmers and ranchers with the purpose of promoting new business to the municipality created the Credit Union of Free Admission of Southwest Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi, which began its activities in the year of 2000. And in principle its main focus was the small rural producers, but with the passage of the years the opportunity of expansion appeared, then two points of service were created, one located in Pimenta Bueno and another in Alta Floresta do Oeste. In the year 2015 the cooperative increased to a new level, changed its category from Rural Credit Cooperative and became Free Admission, since not only rural producers could join, but also individuals and companies. It is important to emphasize that to be associated with a cooperative, one can obtain several advantages, such as: varied types of products and services, minor interest, exemption of some taxes, income on capital applied, distribution of surplus at the end of the year, Voice and vote, among others. Therefore, the purpose of this article is to

1 Acadêmica do curso de Ciências Contábeis pela Faculdade de Rolim de Moura - FAROL. E-mail: valleska.macedo@hotmail.com.

2 Professora orientadora Bacharel em Ciências Contábeis e Esp. em Contabilidade Tributária na Faculdade de Rolim de Moura - FAROL.

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objectively analyze the economic growth of the Free Admission Credit Cooperative of Southwest

Rondoniense - CrediSIS RolimCredi and the main advantages offered to the cooperative, through descriptive / explanatory research, that is, bibliographic research, using as a tool the Annual Management Reports between the years 2000 to 2015 offered by the institution, with the purpose of evidencing the increase of associates, evolution of social capital and interest to capital and the leftovers that are highlighted in the results.

Keywords: Environmental History; Amazon; Development.

1 INTRODUÇÃO

O cooperativismo surgiu através dos Pioneiros de Rochdale que, durante a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, criaram uma cooperativa de consumo com o intuito de enfrentar a crise, pois na época a mão-de-obra não era valorizada, os salários baixos e jornadas de trabalho extensivas causaram dificuldades socioeconômicas ao país.

Nos últimos anos, as Cooperativas de Crédito vêm ganhando destaque entre as Instituições Financeiras do Brasil, já que oferecem os mesmos produtos e serviços que os Bancos Comerciais disponibilizam, no entanto com alguns diferenciais relevantes, tais como: o de possuir a isenção ou redução de algumas taxas, direito a voto e a participação nas sobras após o encerramento do exercício.

Os Bancos Comerciais são considerados instituições financeiras públicas ou privadas que disponibilizam serviços como, depósitos à vista ou a prazo, rentabilizam as poupanças através de pagamento de juros, financiam investimentos de pessoas físicas ou jurídicas, porém, por todos os serviços prestados são cobrados taxas, tarifas e comissões.

O Sistema CrediSIS foi constituído em 15 de agosto de 2000, e tem se estabelecido como um importante sistema na região Norte. No município de Rolim de Moura a Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi foi idealizada por um grupo de agricultores e pecuaristas, que visavam atender o pequeno produtor rural.

Embora com tantas vantagens, ser associado da cooperativa também pode apresentar uma desvantagem no que diz respeito a arcar com os prejuízos da instituição caso esta venha sofrer algum dano financeiro, contudo é importante ressaltar que a cooperativa possui fundos de reserva, os quais serão utilizados caso isso ocorra.

A escolha do tema surgiu a partir do acompanhamento do crescimento do cooperativismo no Estado de Rondônia, especificamente na cidade de Rolim de Moura, onde

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tanto pessoa física quanto pessoa jurídica busca esta alternativa como facilidade para aderir

créditos.

Assim, o presente artigo buscou questionar qual a relação da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi no desenvolvimento econômico do município de Rolim de Moura, bem como demonstrar o crescimento da cooperativa nos últimos anos, e ainda responder a seguinte pergunta: seria realmente vantajoso ser associado a uma cooperativa de crédito?

Dessa forma, a pesquisa apresentada, teve como objetivo retratar dados quantificando e qualificando o crescimento econômico da Cooperativa, tomando como base os Relatórios de Gestão Anual.

Portanto o objetivo central do presente artigo foi evidenciar o crescimento econômico da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi através de um estudo de caso. Apresentando ainda quais são as influências da cooperativa de crédito no desenvolvimento econômico do município de Rolim de Moura, bem como demonstrar as principais vantagens oferecidas pela Cooperativa CrediSIS RolimCredi aos seus cooperados.

2 MÉTODOS

Metodologia consiste num conjunto de procedimentos a serem praticados, com o objetivo de orientar o caminho a ser seguido, o qual resultará no alcance de determinados resultados.

Para Gerhardt e Silveira (2009, p. 12) o método pode ser definido como: “[...] o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica”.

Depreende-se que o método é uma ferramenta utilizada pelo pesquisador, que após realizar todo o processo de pesquisa, explica e comprova a ocorrência dos fatos.

A metodologia utilizada para a elaboração do trabalho foi pesquisa descritiva de caráter explicativo.

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A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos

(variáveis) sem manipulá-los. [...] Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características. [...] desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos.

A pesquisa também abordou a pesquisa explicativa e de acordo com o conceito de Andrade (2006, p. 125):

Esse é um tipo de pesquisa mais complexo, pois, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, suas causas. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o “porquê” das coisas [...]

Conforme citam os autores, o presente projeto objetivou descrever e explicar o desenvolvimento e as vantagens em ser associado da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi. Assim o instrumento utilizado para desenvolvimento e reunião das informações foi a pesquisa bibliográfica, livros, artigos, leis, regulamentos e relatórios de gestão anual a cooperativa, no intuito de captar todos os dados necessários para a conclusão da pesquisa.

A abordagem da presente pesquisa foi pautada com base no método qualitativo/quantitativo, sendo o método qualitativo conceituado conforme Chizzotti (2006, p. 52): “Fundamentam-se em dados coligidos nas interações interpessoais, na co-participação das situações dos informantes, analisadas a partir da significação que estes dão aos seus atos. O pesquisador participa, compreende e interpreta”.

Já o método quantitativo que conforme preconiza Canzonieri (2011, p. 37):

É a modalidade usada quando o desenho da pesquisa está direcionado para responder à pergunta “quantos?”, feita pelo pesquisador, por meio de dados numéricos matemáticos, estatísticos, a fim de apresentar comparações entre população, procedimentos, entre outros.

Esses métodos visam qualificar as informações, por meio de análises bibliográficas e quantificar as informações através de análises de balanços, estatísticas, planilhas e gráficos.

A pesquisa foi feita na Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi, onde realizou-se um estudo para ressaltar a relação da cooperativa no desenvolvimento econômico do município de Rolim de Moura por

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meio de percentual e gráfico, averiguar o desenvolvimento da cooperativa, além de expor as

principais vantagens em ser um associado.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 História do Cooperativismo

O cooperativismo surgiu no início da Revolução Industrial, através do movimento dos Pioneiros de Rochdale em 1844, por meio de tecelões que juntamente com outros trabalhadores se organizaram em um grupo totalizando 28 pessoas.

Visando enfrentar a crise industrial formaram a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, uma cooperativa de consumo, na qual os preços estabelecidos não produziam lucro, e todo cooperado tinha direito a um voto durante as assembleias.

Segundo Machado e Schmidt (2012, p. 80 apud Thenorio, 2002, p. 52):

A crise gerando a miséria e em decorrência, a necessidade de preservação da própria subsistência, [...] exigia um posicionamento mais firme, definido e organizado, por parte da sociedade, a fim de que através de um estudo mais profundo, se chegasse a uma conclusão adequada para o difícil momento em que viviam os habitantes de Rochdale, pequena cidade da Inglaterra, Distrito de Lancashire, nas proximidades de Manchester.

A cooperativa fornecia alimentos com preços reduzidos para que seus cooperados não dependessem dos grandes comerciantes da época. Através dessa ideia surgiram novas formas de cooperativismo, tais como: a agrícola, industrial, habitacional, mineração, produção entre outras.

O cooperativismo no Brasil iniciou alguns anos depois de ser registrada a primeira cooperativa na Inglaterra. No ano de 1889 é oficializado no estado de Minas Gerais a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, uma cooperativa que fornecia produtos distintos, desde crédito financeiro a categoria alimentícia.

Segundo o Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural - DENACOOP (2006, p. 16) afirma que:

Em Minas Gerais, foi formalizada a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, no ano de 1889. Assim como os tecelões de Rochdale, os precursores brasileiros eram cooperados de consumo, mas a Sociedade

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Cooperativa oferecia produtos diversificados, desde gêneros alimentícios até

residências e crédito.

Logo as cooperativas se espalharam por todo o país, corrobora sobre esse assunto Sousa (2009) ao enfatizar que no ano de 1902 é fundada uma cooperativa de crédito no estado do Rio Grande do Sul e quatro anos mais tarde, surgem as primeiras cooperativas de crédito rural idealizada por agropecuários. Já no ano de 1971 é estabelecida a lei que gerencia o funcionamento das sociedades cooperativas no país.

Dessa forma o cooperativismo passou a fazer parte do Sistema Financeiro Nacional, não denominado como Bancos, pois é vedada a utilização da palavra conforme o parágrafo único do Art. 5º da Lei Nº 5.764 de Dezembro de 1971, mas sim como Cooperativas de Crédito.

3.2 Cooperativas de Crédito

O cooperativismo pode ser definido como um conjunto de pessoas com personalidade física ou jurídica que possuem objetivos em comuns, sem o interesse de visar lucros. O empreendimento cooperativista é conduzido de forma democrática, podendo ser dirigida e controlada pelo próprio associado.

Conforme rege o Art. 4º da Lei Nº 5.764 de dezembro de 1971: “As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados”.

O cooperativismo para a Organização das Cooperativas Brasileira - OCB (2008) é:

Uma organização de pessoas que se baseia em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Seus objetivos econômicos e sociais são comuns a todos. Os aspectos legais e doutrinários são distintivos de outras sociedades. Seus associados acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

As cooperativas de crédito possuem a OCB como órgão máximo de representação das cooperativas do país e a Aliança Cooperativa Internacional - ACI que possui como função primária a preservação e defesa dos princípios cooperativistas, além disso, são orientadas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, e regida pela Lei nº 4.595/1964, Lei nº 5.764/1971 e Lei Complementar nº 130/2009.

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Segundo Pinheiro (2008, p. 17) a organização não-governamental ACI é:

A Aliança Cooperativa Internacional, sediada em Genebra, Suíça, é uma organização não-governamental independente que congrega, representa e presta assistência às organizações cooperativas do mundo todo. [...] a ACI promove e fortalece as cooperativas autônomas nos países em desenvolvimento, como um agente catalisador e de coordenação do desenvolvimento cooperativo.

Os funcionamentos de todas as cooperativas mundiais tomam como base os princípios cooperativistas criados pela a ACI, os quais apresentam parâmetros e direcionamento para o desenvolvimento do cooperativismo.

3.2.1 Princípios do Cooperativismo

Os princípios cooperativistas dispõem de um conjunto de diretrizes que coordena o direcionamento, a constituição e o desempenho das cooperativas. Tais princípios surgiram no ano de 1844, após a fundação da primeira cooperativa do mundo, a Cooperativa Rochdale.

De acordo com o site Cooperativas de Las Américas (2016):

Os princípios e valores são os elementos distintivos de organizações e empresas cooperativas. Já em 1844, os Pioneiros de Rochdale, fundadores da primeira cooperativa da história, tinha formulado um conjunto de princípios simples, claros e fortes, o que lhes garantiu a liderança da organização para o benefício de seus membros.

De acordo com as transformações econômicas e sociais do mundo, os princípios cooperativistas sofreram algumas modificações buscando atender as exigências atuais. A última retificação nos princípios ocorreu no ano de 1995, em Manchester na Inglaterra, através da realização do Congresso do Centenário da Aliança Cooperativa Internacional - ACI, que estabeleceu os seguintes princípios:

O primeiro princípio mencionado é o princípio da Adesão Livre e Voluntária, no qual a organização das cooperativas é voluntária, e seus serviços estão disponíveis a qualquer pessoa que opte em se associar e a assumir responsabilidades, independente de classe social, religião, política, raça e sexo. Etgeto et al (2005, p. 11).

Já o segundo princípio, centra-se na Gestão Democrática pelos Cooperados, na qual a principal essência do cooperativismo é a gestão democrática, ou seja, as cooperativas são

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organizadas e controladas democraticamente por seus sócios, que participam da criação de

políticas internas e tomadas de decisões. Etgeto et al (2005, p. 11).

Logo o terceiro princípio, reporta-se a Participação Econômica dos Cooperados, e define que para se associar a uma cooperativa é preciso adquirir cotas, a qual fará parte do capital social da empresa, dessa forma, o cooperado estará participando ativamente na economia da mesma e terá o direito de controlá-la democraticamente. Etgeto et al (2005, p. 11).

O quarto princípio indica a Autonomia e Independência, expressa que os sócios contribuem para o controle da cooperativa, de forma recíproca, pois são organizações consideradas autônomas. Etgeto et al (2005, p. 11).

Já o quinto princípio compreende a Educação, Formação e Informação, apontando que com o intuito de promover o desenvolvimento da cooperativa, são disponibilizados formação aos seus associados e colaboradores. Etgeto et al (2005, p. 11).

Com relação ao sexto princípio o da Intercooperação, resume que por meio do trabalho em conjunto, algumas estruturas que abrange desde as locais até internacionais se torna fonte eficaz para seus sócios e fortalece o cooperativismo. Etgeto et al (2005, p. 11).

O sétimo princípio compreende o Interesse pela Comunidade, que através da aprovação maioritária dos associados, as cooperativas trabalham em conjunto para o desenvolvimento da sociedade. Etgeto et al (2005, p. 11).

Portanto, os princípios podem ser considerados uma essencial fonte para as cooperativas, porque através deles, os associados poderão utilizá-lo como base para o seu desenvolvimento, além de que esses princípios apresentam desde a inicialização do associado à cooperativa até sua interação.

3.3 Cooperativas versus Bancos

As cooperativas de crédito desempenham um importante papel na sociedade como um todo, já que se baseiam na concessão de produtos e serviços financeiros acessíveis a todos os seus associados, além disso, toda a movimentação financeira permanece no município em que a instituição se encontra, ajudando no desenvolvimento da sociedade local.

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A importância das Cooperativas de Crédito se baseia no oferecimento de um

conjunto cada vez maior de produtos e serviços financeiros, com boa qualidade e preços mais acessíveis, uma vez que atende ao interesse exclusivo de seus cooperados, sem visar o lucro. Por sua natureza, as Cooperativas de Crédito apresentam-se especialmente aptas a atender estratos sociais e municípios de regiões mais carentes, ajudando, dessa forma, a impulsionar a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico regional.

Com relação aos Bancos Comerciais, são consideradas instituições financeiras públicas ou privadas, com o intuito primordial de oferecer recursos de curto e médio prazo para o financiamento a pessoa física ou jurídica.

Com o propósito de apresentar as principais características que difere os bancos de uma cooperativa de crédito, apresenta-se um quadro comparativo entre os dois tipos de organizações financeiras.

BANCOS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

COOPERATIVAS

São sociedades de capital São sociedades de pessoas O poder é exercido na proporção do

número de ações

O voto tem pessoa igual para todos (uma pessoa, um voto)

As deliberações são concentradas As decisões são partilhadas entre muitos Os administradores são terceiros

(homens do mercado)

Os administradores-líderes são do meio (associados)

O usuário das operações é mero cliente O usuário é o próprio dono (cooperado) O usuário não exerce qualquer

influência na definição dos produtos e na sua precificação

Toda a política operacional é decidida pelos próprios usuários/donos (associados)

Podem tratar distintamente cada usuário Não podem distinguir: o que vale para um, vale para todos (art. 37 da Lei nº 5.764/71)

Preferem o público de maior renda e as

maiores corporações Não discriminam, servindo a todos os públicos Priorizam os grandes centros (embora

não tenham limitação geográfica)

Não restringem, tendo forte atuação nas comunidades mais remotas

Têm propósitos mercantilistas A atividade mercantil não é cogitada (art. 79, parágrafo único, da Lei nº 5.764/71)

A remuneração das operações e dos serviços não tem parâmetro/limite

O preço das operações e dos serviços tem como referência os custos e como parâmetro as necessidades de reinvestimento

Atendem em massa, priorizando, ademais, o autosserviços

O relacionamento é personalizado/ individual, com o apoio da informática

Não têm vínculo com a comunidade e o público-alvo

Estão comprometidos com as comunidades e os usuários

Avançam pela competição Desenvolvem-se pela cooperação

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natureza, seja por determinação legal (art. 3º da

Lei nº 5.764/71)

O resultado é de poucos donos (nada é dividido com os clientes)

O excedente (sobras) é distribuído entre todos (usuários), na proporção das operações individuais, reduzindo ainda mais o preço final pago pelos cooperados e aumentando a remuneração de seus investimentos

No plano societário, são reguladas pela Lei das Sociedades Anônimas

São reguladas pela Lei Cooperativista e por legislação própria (especialmente pela Lei complementar 130/2009)

Quadro 1 - Diferenças entre Bancos e Instituições Financeiras Cooperativas. Fonte: Meinen e Port, (2014 p. 49).

Depreende-se que os Bancos Comerciais e as Cooperativas fazem parte do mesmo ramo financeiro, no entanto, ainda é encontrada diferenças que as tornam distintas entre si, pois cada uma procura atingir um público alvo, identificando e atendendo as exigências de cada perfil.

Devido o atual cenário econômico, os Bancos Comerciais elevaram suas taxas de juros e diminuíram os prazos, dificultando o acesso da sociedade aos produtos e serviços financeiros. Em relação às cooperativas de crédito, Luiz Barretto (2014, p. 5), Presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE Nacional ressalta:

As cooperativas de crédito estão se tornando uma opção atraente para os pequenos negócios terem acesso a empréstimos e a outros serviços financeiros, como cartão de crédito, consórcio etc. O atendimento diferenciado e o custo menor propiciado por essas cooperativas - cujo portfólio está cada vez mais amplo e mais acessível - são um forte atrativo às micro e pequenas empresas, que representam 99% das empresas brasileiras.

Desta forma, as cooperativas de crédito estão ganhando destaque, pois proporcionam uma inclusão financeira oferecendo atendimento diferenciado, facilidade a crédito com taxas menores, participações nas sobras, ou seja, todos os produtos que um Banco Comercial oferece, mas com alguns diferenciais a mais.

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Quadro 2 – Market Share3 das Instituições Financeiras Brasileiras. Elaboração: Portal do Cooperativismo Financeiro. Fonte: BACEN - IF. Data - posição de dez/2015.

* Consideradas apenas as instituições financeiras de varejo (que possuem agências para atendimento aos clientes)

** Incluídos os Bancos Cooperativos

*** Depósitos: não inclusos títulos e valores mobiliários e letras financeiras

Infere-se que com o crescimento significativo nos últimos anos das cooperativas de crédito, segundo informações divulgadas pelo BACEN, as cooperativas de crédito ocupam a sexta posição no ranking das instituições financeiras brasileiras.

3.4 CrediSIS RolimCredi

O Sistema de Crédito Cooperativo - CrediSIS tem se estabelecido como um importante sistema na região Norte, pois auxilia suas filiais no desenvolvimento econômico da comunidade local.

Conforme expõe a Cartilha do Sistema CrediSIS (2016, p. 5):

O Sistema de Crédito Cooperativo - CrediSIS, foi constituída em 13/08/2000 através das cooperativas afiliadas a CentralCredi, com o intuito de promover a representação institucional, através do fomento da marca “CrediSIS”. Ao longo desses anos, suas afiliais têm apoiado o desenvolvimento de suas comunidades locais e regionais. Permitindo que um número maior de pessoas e empresas tenham as vantagens e os benefícios de ser um cooperado CrediSIS com reflexo positivo na qualidade de vida nos municípios onde atua.

3Significa a porcentagem que uma empresa tem de participação no mercado em que atua, ou seja, é a sua comparação com os concorrentes.

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Sua sede se encontra na cidade de Ji-Paraná como Cooperativa Central de Crédito

Noroeste Brasileiro LTDA - CentralCredi, possui sete filiais no estado de Rondônia, três no Pará e uma no Acre, contando com um total de vinte e seis atendimentos.

Segundo o Relatório de Gestão Anual Exercício de 2014, a Cooperativa de Crédito Rural de Rolim de Moura LTDA - RolimCredi, foi idealizada por um grupo de agricultores e pecuaristas, com o intuito de atender o pequeno produtor e o pequeno e médio empresário, pois naquela época havia grandes dificuldades de acesso ao crédito e as elevadas taxas e tarifas cobradas pelos bancos convencionais.

Conforme o Relatório de Gestão Anual Exercício de 2009, em 26 de abril de 2000 foi realizada assembleia geral de constituição, com a presença de 28 (vinte e oito) sócios fundadores, e em 08 de Junho de 2000 o Banco Central do Brasil autoriza o funcionamento da Cooperativa.

Em 04 de dezembro de 2000 iniciam-se as atividades da Cooperativa de Crédito Rural

de Rolim de Moura LTDA - RolimCredi, com um capital subscrito e integralizado de R$ 351.718,00 (trezentos e cinquenta e um mil setecentos e dezoito reais), que foram

integralizados 50% no ato, e os outros 50% a integralizar em até 30 dias após registro da Cooperativa na Junta Comercial do Estado de Rondônia, conforme a Ata de Constituição.

Com o decorrer dos anos surgiu a oportunidade da Cooperativa CrediSIS RolimCredi expandir, e em 2008 é inaugurado o Ponto de Atendimento - PA na cidade de Pimenta Bueno, em 2014 é implantado um novo PA na cidade de Alta Floresta D’Oeste.

Desde a sua fundação até os dias atuais, a Cooperativa, objeto de estudo do presente artigo, gradativamente apresentou crescimento, desde a quantidade de associados até os diferentes produtos oferecidos, mas cabe ressaltar que a principal evolução ocorreu em 19 de Fevereiro de 2015, na mudança de categoria da instituição, que passou a ser Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Sudoeste Rondoniense LTDA - CrediSIS RolimCredi, deixando de ser apenas Cooperativa de Crédito Rural, abrindo espaço para qualquer pessoa de natureza física ou jurídica poder se tornar um associado da cooperativa.

Como forma de demonstrar o crescimento gradual da CrediSIS RolimCredi nos últimos 15 anos, segue os gráficos referente ao quadro de associados, capital social, juros ao capital e sobras.

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Gráfico 1 – Evolução do Quadro de Associados. Fonte: Relatório de Gestão Anual. (Adaptado pelo autor).

Gráfico 2 – Evolução do Capital Social. Fonte: Relatório de Gestão Anual. (Adaptado pelo autor).

28 38 41 48 75 84 118 183 232 321 408 454 490 539 729 878 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 R$ 3 5 1 .7 1 8 ,0 0 R$ 4 4 9 .9 9 3 ,0 0 R$ 8 2 4 .9 7 0 ,0 0 R$ 1 .0 9 9 .3 3 0 ,0 0 R$ 1 .4 2 8 .4 2 1 ,0 0 R$ 1 .7 3 2 .4 6 7 ,0 0 R$ 1 .9 3 9 .5 1 5 ,0 0 R$ 2 .3 6 3 .8 7 9 ,0 0 R$ 2 .9 0 8 .0 0 6 ,0 0 R$ 3 .3 0 0 .0 0 0 ,0 0 R$ 3 .2 8 8 .3 0 3 ,0 0 R$ 3 .2 3 1 .3 9 4 ,0 0 R$ 3 .6 1 2 .5 4 3 ,0 0 R$ 4 .2 7 8 .4 3 9 ,0 0 R$ 4 .6 4 6 .4 2 6 ,0 0 R$ 5 .8 0 0 .7 2 5 ,0 0 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5

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Gráfico 3 – Evolução do Juros ao Capital. Fonte: Relatório de Gestão Anual. (Adaptado pelo autor).

Gráfico 4 – Evolução das Sobras. Fonte: Relatório de Gestão Anual. (Adaptado pelo autor).

R$ 8 9 8 ,0 0 R$ 3 5 .6 5 8 ,0 0 R$ 9 2 .3 2 5 ,0 0 R$ 1 2 1 .3 2 3 ,0 0 R$ 1 6 2 .6 7 1 ,0 0 R$ 2 0 3 .3 9 1 ,0 0 R$ 1 9 0 .0 1 4 ,0 0 R$ 2 2 0 .0 0 0 ,0 0 R$ 3 2 7 .6 6 4 ,0 0 R$ 2 8 8 .4 3 0 ,0 0 R$ 3 5 8 .0 5 5 ,0 0 R$ 3 6 3 .4 2 9 ,0 0 R$ 3 0 0 .6 6 3 ,0 0 R$ 3 4 1 .0 0 0 ,0 0 R$ 4 9 9 .3 5 4 ,0 0 R$ 7 6 8 .2 8 3 ,0 0 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 R$ 6 .8 1 1 ,0 0 R$ 3 9 9 .7 7 8 ,0 0 R$ 5 9 6 .7 1 2 ,0 0 R$ 6 5 8 .1 5 4 ,0 0 R$ 7 1 6 .5 5 3 ,0 0 R$ 4 6 0 .3 2 5 ,0 0 R$ 6 3 5 .6 1 0 ,0 0 R$ 7 9 6 .4 6 4 ,0 0 R$ 3 2 0 .9 8 9 ,0 0 R$ 2 1 .1 2 1 ,0 0 R$ 1 3 .2 4 3 ,0 0 R$ 1 7 5 .1 6 9 ,0 0 R$ 5 1 5 .8 6 8 ,0 0 R$ 2 5 2 .4 5 5 ,0 0 R$ 5 0 0 .7 0 2 ,0 0 R$ 3 4 7 .4 2 0 ,0 0 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5

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Depreende-se, dos gráficos apresentados, que em consequência do aumento gradativo dos associados, a cooperativa, ora objeto de estudo do presente artigo

,

dispôs também crescimento do capital social, de modo que é exigida no momento da abertura da conta a subscrição de no mínimo 500 cotas-partes que equivale a R$ 500,00.

Além disso, houve o crescimento dos juros ao capital, pois quanto maior o valor investido em capital social, maior a rentabilidade no final de cada exercício, no entanto as sobras variam no decorrer dos anos, ou seja, após deduzido no mínimo 10% para o Fundo de Reserva e 5% para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social - FATES, o montante que sobrou é apresentado a Assembleia para a definição do destino de tal valor, o

qual poderá ser depositado em conta corrente ou integralizado no capital, entretanto os cooperados que ainda não integralizaram o montante de R$ 5.000,00 de cotas, que estão definidas em estatuto, esses valores automaticamente irão ser incorporados ao capital

social.

Considerando o art. 17 § 1º do estatuto social, cada cooperado, inicialmente, pode integralizar um capital de R$ 500,00, contudo, é obrigação do mesmo chegar ao teto do capital social a ele exigido, que neste caso, é de R$ 5.000,00.

No momento que se torna associado, o cooperado passa a ter a sua disposição alguns benefícios. E os benefícios que os associados da Cooperativa CrediSIS RolimCredi possuem são diversos, como: aplicações financeiras, cartão de crédito, cheque especial, conta garantida, crédito consignado, crédito rural, custódia de títulos, cheques e recebíveis, desconto de boletos, cheques e duplicatas, empréstimo pessoal, financiamento de veículos, entre outros. Além de todas estas funcionalidades o cooperado também receberá ao final de cada exercício os juros ao capital e a distribuição das sobras proporcional à utilização dos seus serviços, que de acordo com a Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária (2016), se encontra definido que 15% proporcional aos depósitos a prazo, 35% proporcional aos depósitos à vista e 50% proporcional ao valor dos juros pagos no exercício, foi aprovado a incorporação das sobras ao capital social dos cooperados.

Toda essa movimentação realizada produz novos negócios, gerando emprego e promovendo o desenvolvimento do município, porque todo o dinheiro investido pelos associados circula dentro da própria cidade, retornando para a sociedade local e melhorando a qualidade de vida da população.

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O cooperado também deverá estar ciente dos seus direitos e obrigações com a

entidade, terá suas responsabilidades perante a cooperativa, quando apresentar sobras ou prejuízo, conforme rege a Lei Nº 5.764/71, o Art. 4º inciso VII que expõe um desses direitos como o “retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral”, no entanto o Art. 21 § 3º do Estatuto Social (2015, p. 06) delibera que:

Os prejuízos, verificados no decorrer do exercício, serão cobertos com recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se este for insuficiente, mediante rateio entre os associados, e prévia deliberação pela Assembleia Geral, na razão direta dos serviços usufruídos.

Sendo assim, depreende-se apenas um ponto negativo ao ser associado de uma cooperativa, o qual está relacionado à obrigação de arcar com os prejuízos obtidos pela cooperativa após apurado todos os resultados.

Vale ressaltar que a Cooperativa CrediSIS RolimCredi nunca apresentou prejuízo, porém se tal fato chegar a ocorrer, será utilizado o Fundo de Reserva para cobrir os prejuízos, e caso o fundo não seja suficiente, será rateado entre os associados em proporções direta a fruição de serviços.

3.4.1 Estrutura Organizacional

A Estrutura organizacional visa alcançar os objetivos propostos pelo planejamento da entidade, ou seja, é um dos elementos fundamentais para que a empresa possa se organizar. Para Oliveira (2011, p. 39):

Estrutura organizacional é o processo de identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e recursos da empresa, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e de decisão, visando alcançar os objetivos estabelecidos pelo planejamento da empresa.

Dentro da estrutura organizacional a empresa poderá estabelecer uma classificação da atividade desenvolvida, a qual poderá ser feito mediante um organograma, que nada mais é do que uma representação em forma de diagrama definindo a hierarquia e suas unidades funcionais da organização.

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O organograma constitui a representação gráfica da estrutura organizacional. É composta de retângulos (que são as unidades organizacionais, como órgãos ou cargos) e de linhas verticais e horizontais (que são as relações de autoridade e de responsabilidade).

A cooperativa CrediSIS RolimCredi, apresenta o organograma segundo a central do Sistema de Crédito Cooperativo - CrediSIS tendo como pontos principais a assembleia geral, conselho fiscal, conselho administrativo, controles internos e riscos, auditoria interna e diretoria executiva. Assim a diretoria executiva fica responsável pela área de relacionamento com o associado, área de crédito e área de suporte organizacional.

Quadro 3 – Cooperativa CrediSIS RolimCredi. Fonte: CrediSIS (2016)

Conforme rege o Estatuto Social (2015), os cooperados serão representados nas Assembleias Gerais por delegados e seus respectivos suplentes, todas as decisões tomadas vinculam todos os sócios. Durante as Assembleias qualquer associado poderá estar presente, no entanto será privado de voto e voz, pois os delegados eleitos os representam.

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Conforme expõe o Art. 42 do Estatuto Social, a Assembleia Geral Ordinária deverá ser realizada uma vez por ano, a qual deliberará assuntos referente a prestação de contas do Conselho Administrativo seguido do parecer do Conselho Fiscal, demonstrações das sobras, eleição dos membros do Conselho Administrativo e Fiscal, além de fixar seus honorários, autorizar oneração ou alienação dos bens imóveis ou qualquer outro assunto de cunho social.

O Art. 44 evidencia sobre a Assembleia Geral Extraordinária que poderá ser realizada quando necessária, e é de competência exclusiva desta deliberar sobre a reforma do Estatuto Social, fusão, incorporação e desmembramento, mudança do objeto social, dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes e contas do liquidante.

Os Art. 45, 46 e 54 estruturam os órgãos administrativos da cooperativa que são: o Conselho Administrativo, composto por um Presidente, um Vice-Presidente, cinco Conselheiros Efetivos e dois Suplentes, eleitos em Assembleia Geral com um mandato de três anos e a Diretoria Executiva órgão subordinado ao Conselho de Administração, formada por um Diretor Executivo e um Diretor Administrativo com mandato de três anos.

Já o Art. 60 regula sobre o Conselho Fiscal, responsável em fiscalizar assiduamente a administração da sociedade, o qual é composto por três membros efetivos e três suplentes, eleitos pela Assembleia Geral com mandato de três anos, entretanto, deverá ser observado a renovação de pelo menos um efetivo e um suplente a cada eleição.

Todos os artigos presentes no estatuto social visam organizar a estrutura de funcionamento e administração, ou seja, regem funções, atos, objetivos, regras e políticas os qual foram definidos por seus próprios associados com o intuito de atender as necessidades de todos os cooperados.

3.5 Apresentação dos Resultados

Para apresentação dos resultados a pesquisa foi realizada na Cooperativa CrediSIS RolimCredi da cidade de Rolim de Moura/RO, e os dados foram extraídos principalmente dos Relatórios de Gestão Anual entre os anos de 2000 a 2015, sendo possível mostrar a evolução desta instituição no período de 15 anos.

Com as pesquisas realizadas os resultados serão apresentados mediante de gráficos com a finalidade de esclarecer as informações encontradas. Os gráficos apresentam o

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crescimento ano a ano, e demonstra a comparação entre o capital social e os juros ao capital,

apresentando o que um influência nos resultados do outro. Também é evidenciado o crescimento dos associados e os valores das sobras de cada ano, além de apresentar o principal produto procurado na carteira de crédito que é o empréstimo e os títulos descontados.

Com o objetivo de promover a manutenção dos serviços prestados pela cooperativa, é necessário que os cooperados capitalizem, ou seja, integralizem capital na cooperativa e assim auxiliem no capital de giro, evitando, dessa maneira, a dependência de capital de terceiros, já que além de ser um investimento, trará retorno ao associado, pois ao final de cada exercício terá um percentual de rentabilidade sobre o valor integralizado.

Os juros ao capital pago aos cooperados possuem a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, como base, assim, a porcentagem irá variar sempre que a taxa SELIC alterar, desta forma, segundo o site do BACEN (2016) atualmente a taxa se encontra no valor de 13,90% ao ano.

Gráfico 5 – Capital Social e seu Respectivo Juros ao Capital. Fonte: Próprio autor.

O gráfico apresenta os resultados obtidos com a pesquisa realizada e indicam a evolução do capital social em conjunto com os juros ao capital, dessa forma para uma melhor apresentação dos resultados, os valores do capital social apresentam base 10. Entende-se do capital social que entre os anos de 2000 a 2009 permaneceu constante seu crescimento, no entanto nos anos de 2010 e 2011, houve uma pequena queda em comparação ao ano de 2009, entretanto é possível aferir que é consequência de retiradas solicitadas por associados, o que

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impactou diretamente nos resultados, mas nos anos seguintes, houve novamente uma

evolução passando de R$ 3.231.394,00 no ano de 2011 para R$ 5.800.725,00 no ano de 2015. Simultâneos com o capital social estão os juros ao capital, o qual é remunerado pela taxa SELIC e que a cada ano apresenta um percentual diferente. Então é possível depreender que o juros ao capital cresceu concomitante ao capital social, porém com algumas diferenças, como nos anos de 2006, 2009 e 2012 que apresentaram declínio em comparação a anos anteriores, tal fato não significa que deixou de crescer, mas sim que houve uma redução da taxa SELIC. Contudo, os anos de 2013 a 2015 a taxa SELIC novamente obteve um aumento, desta forma impactando nos juros e alavancando o seu valor de crescimento, apresentando rendimento de R$ 341.000,00 no ano de 2013 e no ano de 2015 um juros pago aos associados de R$768.283,00.

Sendo assim, é possível depreender que conforme os cooperados aumentem o seu capital social, maior será o rendimento do valor integralizado ao final do exercício. Mas também todo o rendimento irá compor o capital social, assim, um está interligado ao crescimento do outro.

Outro ponto relacionado ao capital social está no quadro de associados, visto que é a peça fundamental de uma cooperativa, ou seja, a constituição de uma cooperativa só poderá ser feita com no mínimo 20 pessoas, conforme exige a Lei Nº 5.764/71.

Gráfico 6 – Crescimento dos Cooperados e das Sobras. Fonte: Próprio autor.

Como mencionado, a cooperativa iniciou suas atividades em 2000 com um total de 28 associados e no ano de 2015 encerra o exercício com 878 associados. E mediante o gráfico é possível analisar que mesmo apresentando variações no crescimento ano a ano, houve sempre uma linha crescente de associados, ou seja, sempre houve o ingresso de novos cooperados,

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possibilitando auferir que as pessoas contataram a viabilidade e as vantagens em ser associado

a uma cooperativa de crédito.

Ao final de cada exercício é realizado o confronto de receitas e despesas, e após ser retirados os percentuais para o fundo de reserva e o FATES e deduzidos as despesas, o montante final será rateado aos associados. Para melhor exemplificação do gráfico, os valores das sobras apresentam base 1.000, sendo assim é possível ser analisado que no ano de 2000 a cooperativa apenas obteve uma sobra de R$ 6.811,00, pois ainda estava inicializando suas atividades, no entanto com o passar dos anos, como por exemplo, em 2004 apresentou uma sobra de R$ 716.553,00, contudo já no ano de 2005 houve queda das sobras ocasionada por motivos de inadimplência.

Novamente as sobras crescem apresentando R$ 796.464,00 no ano de 2007, entretanto devido ao acréscimo de despesa administrativa, a inauguração do PA de Pimenta Bueno e à crise financeira no mercado imobiliário no ano de 2008, desencadeada nos Estados Unidos e que também impactou o Brasil, o valor das sobras reduziram outra vez, assim no ano de 2008 já apresentou uma queda de R$ 475.475,00 e até 2010 um declínio para R$ 13.243,00. A partir de 2011 o mercado começou a se recuperar, mas obtendo algumas oscilações entre os anos, e em 2015 fechou com uma sobra de R$ 347.420,00.

Além das sobras que são rateadas, os associados possuem outra vantagem, que é o acesso ao crédito com taxas menores, assim com base no exercício financeiro de 31 de dezembro de 2015, foi realizado o levantamento das operações de crédito mais solicitadas tais como: empréstimo, títulos descontados, cheque especial, financiamentos, financiamento de materiais para construção e o financiamento rural e agroindustrial.

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Gráfico 7 – Operações de Crédito com Base no Ano de 2015. Fonte: Próprio autor com base no balancete de 31/12/2015.

R$ 0,00 R$ 1.000.000,00 R$ 2.000.000,00 R$ 3.000.000,00 R$ 4.000.000,00 R$ 5.000.000,00 R$ 6.000.000,00 R$ 7.000.000,00 R$ 8.000.000,00 R$ 9.000.000,00 R$ 10.000.000,00 R$ 11.000.000,00 R$ 12.000.000,00 R$ 13.000.000,00 R$ 14.000.000,00 R $ 1 3 .2 3 0 .1 1 6 ,3 2 R $ 7 .2 1 1 .2 5 6 ,1 4 R $ 3 .9 7 3 .8 8 6 ,6 4 R $ 2 .6 6 8 .0 9 5 ,5 9 R $ 7 0 2 .5 7 6 ,5 1 R $ 2 .2 1 6 .7 4 8 ,4 0 R $ 8 9 5 .9 5 0 ,4 6 R $ 3 5 9 .7 5 8 ,1 8 R $ 6 2 1 .4 7 9 ,4 4 R $ 4 5 3 .8 5 9 ,1 1 R $ 1 .2 7 5 .5 5 8 ,1 6 R $ 1 .4 4 6 .3 7 5 ,1 5 Emprestimos e Tít. Descontados Emprestimos Títulos Descontados Cheque Especial Adiant. a Depositante Financiamentos Financiamentos PF Finananciamentos PJ Finan. Mat. Const. PF Finan. Mat. Const. PJ Finanancimento Rural Provisão

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O gráfico 7 apresenta os produtos mais requisitados pelos associados e a provisão

realizada pela cooperativa, fechando o ano de 2015 com operações de crédito no total de R$ 18.162.420,23. A operação que se destaca é o empréstimo e os títulos descontados com

um total de R$ 13.230.116,32, no qual se divide em:

- Empréstimos: contrato realizado pelo associado com a cooperativa, solicitando uma quantia em dinheiro que será devolvida em determinado prazo, com acréscimo de juros. Além disso, o valor não possui uma destinação específica, ficando a critério do cooperado sua utilização, assim no ano de 2015 a quantia emprestada pela cooperativa aos seus associados foi de R$ 7.211.256,14;

- Títulos Descontados: o cooperado apresenta seus títulos ou duplicatas a cooperativa, dessa forma receberá antecipadamente o valor de suas vendas a prazo, no entanto será deduzida a taxa de desconto imposto de operações financeiras - IOF e alguns encargos administrativos, portanto a cooperativa fechou com R$ 3.973.886,64;

- Cheque Especial: é um valor aprovado pela cooperativa que fica disponível na conta corrente, esse valor só será utilizado caso o cooperado utilize um valor maior do que seu saldo disponível, mas também será cobrado encargos sobre a utilização desse crédito. Contudo a cooperativa apresentou R$ 2.668.095,59 no último exercício;

- Adiantamento a Depositante - AD: nada mais é do que um crédito que a cooperativa adianta em conta corrente para o cooperado, por tal serviço será cobrado uma tarifa, assim no ano de 2015 a cooperativa fechou com o valor de R$ 702.576,51 de AD.

A segunda operação de crédito mais solicitada é os financiamentos, que nada mais é do que um contrato entre o cooperado com a cooperativa, no qual ele receberá um crédito com destinação específica e deverá ser devolvido após um determinado prazo, no entanto, serão cobrados juros sobre o valor, contudo o financiamento possuirá algum tipo de garantia no caso de não haver o pagamento.

No ano de 2015 a cooperativa totalizou os financiamentos com R$ 2.331.047,19, em que se ramifica em financiamento pessoa física R$ 895.950,46; financiamento pessoa jurídica R$ 359.758,18; financiamento materiais para construção pessoa física R$ 621.479,44 e financiamento materiais para construção pessoa jurídica R$ 453.859,11.

O terceiro e último crédito solicitado na cooperativa é o financiamentos rurais e agroindustriais, que se define em uma quantia disponibilizada a produtores rurais que possuem o objetivo de auxiliar em investimentos rurais, desenvolver atividades florestais,

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custeio em produção e comercialização de produtos agropecuários, dentre outros. O crédito oferecido possui condições especiais de pagamento, com juros menores e um prazo maior. A cooperativa encerrou o ano de 2015 com o valor de R$ 1.275.558,16 de financiamentos rurais. Toda operação de crédito efetuada na cooperativa deverá ser realizada a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - PCLD, com o intuito de reconhecer uma perda caso não ocorra o pagamento da dívida, tal fato afetará todos os resultados finais da cooperativa, assim o ano de 2015 a provisão foi no total de R$ 1.446.375,15, sendo dividido em provisão de

empréstimos e títulos descontados R$ 1.325.698,56, provisão para financiamentos R$ 114.289,79 e provisão para financiamentos rurais e agroindustriais R$ 6.377,80.

Contudo, outra análise realizada é com base na influência da cooperativa para o município, desse modo, foi possível constatar que a cooperativa proporcionou novos negócios a sociedade, apresentando a princípio produtos relacionados à classe de agricultores e pecuaristas, e com a evolução foi possível expandir, então a instituição passou a atender tanto pessoas jurídicas, quanto pessoas físicas, disponibilizando diversos tipos de produtos e serviços. Outro ponto positivo para o município é que toda a movimentação financeira realizada pela cooperativa retorna para o município, auxiliando no desenvolvimento da sociedade como um todo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O surgimento do cooperativismo de crédito iniciou por meio dos Pioneiros de Rochdale no ano de 1844, que possuíam o intuito de enfrentar a crise durante a Revolução Industrial, desta forma reuniram-se alguns tecelões e criaram uma cooperativa que fornecia alimentos com preços reduzidos, para que seus cooperados não dependessem dos comerciantes da época, pois cobravam preços abusivos, desde então foram surgindo novos tipos de cooperativas.

Assim, o cooperativismo tem crescido e ganhado destaque entre as instituições financeiras, pois desempenham um importante papel na sociedade, disponibilizando produtos e serviços acessíveis a todos que se associam.

O intuito do presente artigo foi apresentar o que a Cooperativa de Crédito CrediSIS RolimCredi proporcionou para o desenvolvimento econômico do município de Rolim de Moura, além de evidenciar o crescimento da cooperativa nos últimos 15 anos, bem como externar se realmente é vantajoso ser associado a uma cooperativa.

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A Cooperativa CrediSIS RolimCredi evoluiu com o passar dos anos, após iniciar com 28 associados o ano de 2015 fechou com um total de 878, ou seja, a sociedade percebeu as vantagens em ser sócio a uma cooperativa, sendo assim, a cooperativa que antes atendia apenas produtores rurais, evoluiu para Cooperativa de Crédito de Livre Admissão e assim passou a atender pessoas físicas e jurídicas, disponibilizando os mais diversos produtos e serviços.

Além disso, foi possível comprovar que é vantajoso ser associado a uma cooperativa de crédito, em razão de apresentar os mais diversos produtos e serviços com taxas de juros reduzidas ou isentas, acesso a crédito, direito de votar e ser votado, participação das sobras ao final do exercício, rendimento do capital integralizado dentre outras, proporcionando novos negócios e auxiliando no desenvolvimento do município.

Enfim, a implantação da cooperativa no município de Rolim de Moura proporcionou novos negócios para a sociedade, pois é uma instituição financeira que disponibiliza os mesmos produtos e serviços que um banco, assim toda a movimentação financeira realizada dentro da cooperativa retorna para o município, auxiliando no seu desenvolvimento econômico.

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Recebido para publicação em setembro de 2017 Aprovado para publicação em setembro de 2017

Referências

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