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A influência das aulas de educação física para o desenvolvimento das capacidades motoras dos alunos: comparação dos resultados do pré e pós teste de aptidão física

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Samuel Pires de Oliveira

Relatório de Estágio

A influência das aulas de educação física para o desenvolvimento

das capacidades motoras dos alunos - comparação dos

resultados do pré e pós teste de aptidão física.

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO VILA REAL, Dezembro 2015

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Samuel Pires de Oliveira

Relatório de Estágio

A influência das aulas de educação física para o desenvolvimento

das capacidades motoras dos alunos - comparação dos

resultados do pré e pós teste de aptidão física.

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Orientadores: Prof. Dr. Nuno Garrido Prof Dr. Luís Costa

UTAD Vila Real, Dezembro 2015

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor Nuno Garrido e do Professor Doutor Luís Costa.

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AGRADECIMENTOS

Neste meu percurso académico todas as minhas experiências, todos os meus momentos, minhas dificuldades, alegrias me fizeram crescer como Homem, e tornar-me no ser que sou hoje, considerando-me uma pessoa educada, responsavél, alegre, lutadora e aos poucos realizada.

O Estágio Pedagógico foi das melhores experiencias que me podia acontecer, assimilei o maximo de informação, valores como a partilha, entreajuda, incentivo e valorização pessoal foram salientados e vividos por todo o nosso núcleo, por estas e outras tantas aprendizagens não poderia deixar de agradecer muito sincero e honestamente as pessoas que contribuiram para que este sonho se realizasse.

Ao Professor Luís Costa, sem dúvida foi um previligiado em ser seu estágiário, ensinou, orientou, motivou, deu-nos alegria/gosto de trabalhar e ser bem sucedido, sempre disponivel, e sem dúvida um Amigo que nos deu a resolução para enfrentar os nossos maiores medos e sair deles uns vencedores/líderes.

Ào Professor Nuno Garrido, por todos os ensinamentos que me deu, pelo respeito que impunha e assim nos fazer cumprir rigorosamente com todas as regras estabelecidas, mas sem dúvida por todo o carinho e disponibilidade que mostrou ao logo destes cinco anos.

A Professora Sandra Fonseca agradeço toda a disponibilidade, todas as ajudas prestadas. Um sincero obrigado por tudo o que partilhou connosco ao longo deste ano e todo o valor que sempre nos deu.

A todos os Professores da Grandiosa UTAD que me acompanharam estes nove anos, e muitos conhecimentos me transmitiram e o caminho do sucesso me mostraram, obrigado por estarem a meu lado nesta caminhada, a vocês tudo devo no Professor que me tornei.

Ao meu colega e irmão de Estágio, Clemente Oliveira, pelo carinho, seriedade e entreajuda sempre demonstrado. Sem dúvida que este percurso foi mais enriquecedor

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com ele a meu lado, a tranquilidade transmitida por ele fazia-me agir com qualidade em todas as minhas ações.

À minha Família, pois sem eles este sonho jamais seria possível realizar, todo o esforço por eles feito, todo o carinho, amor, paciência, preocupação demonstrado, e por toda alegria/educação transmitida a cada dia que passa na minha vida. De salientar o meu irmão que influenciou a minha ida para a área de Desporto pois segui os seus passos e agora sim estou realizado academicamente.

Às Turmas do 10ºA, 9ºF e 10ºF e escalão de Juvenis Feminino de Voleibol do Desporto Escolar da Escola Secundária de Dr. Júlio Martins, pelas dificuldades impostas, com vocês aprendi muito, pelo carinho, pelas alegrias partilhadas.

E a todos os que de algum modo me apoiaram na realização deste relatório. A todos o

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ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ...5 ÍNDICE GERAL ...7 ÍNDICE DE GRÁFICO/TABELAS...11 ABREVIATURAS ...12 INTRODUÇÃO... 13 ANEXOS………...…47 1 - Relatório de Estágio...16

1. Expetativas em relação ao estágio ...17

2. Apresentação das atividades desenvolvidas………19

2.1. Objetivos...19 2.2. Estudo de Turma...20 2.2.1. Caracterização da amostra……….21 2.2.2. Instrumentos……….21 2.2.3. Recolha de dados……….22 2.2.4. Conclusão………..…22

2.3. Unidades Didáticas (UD) ... 23

2.4. Planos de Aula……….25

2.5. Desporto Escolar……….26

2.6. Atividades do Grupo de Educação Física………27

2.7. Relacionamento Escolar………...….28

3. Realização………....29

4. Avaliação………..30

5. Dificuldades encontradas e sua resolução………..32

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10 7. Reuniões……….34 8. Conclusão………...35 2 - Estudo Desenvolvido...37 1. Introdução...38 2. Metodologia ...40 2.1. Participantes ... 40 2.2. Instrumentos………...………...40 2.3. Procedimentos………..……40 2.4. Tratamento de dados………...41 3. Resultados………...41 4. Discussão………....42 5. Conclusão………..…..43 3 – Bibliografia...45

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ÍNDICE DE GRÁFICO/TABELAS

Gráfico 1: Géneros………... 21 Tabela 1: Valores do Pré e Pós Teste………... 41 Tabela 2: Desempenho dos Participantes…………... 42

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ABREVIATURAS

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro UD – Unidades Didáticas

DE – Desporto Escolar DT – Direção de Turma EF – Educação Física AVF – Avaliação Formativa

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INTRODUÇÂO

O presente documento, intitulado de Relatório de Estágio, foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular Seminário Interdisciplinar 1/2, do 1º e 2ºsemestres do 2º ciclo de estudos, correspondendo ao grau de Mestre no Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.” (Jean Piaget)

Na etapa final da vida académica surgiu o estágio pedagógico, este teve como objetivo concluir um processo de muitas aprendizagens e coloca-las em prática sob a orientação de um professor experiente e sábio, onde nos aconselha e mostra os melhores caminhos a seguir para efetuar a melhor ligação entre a teoria e a prática.

Segundo Pimenta (2006) o estágio deve ser um momento de síntese dos conteúdos, das matérias de ensino, das teorias de aprendizagem e das experiências pessoais, bem como deve constituir-se em um processo de reflexão-ação-reflexão.

Portanto, no momento do estágio curricular supervisionado o estagiário deve lançar mão de todos os seus conhecimentos, articulando sempre a teoria com a prática, fazendo como diz a autora um processo de reflexão-ação-reflexão.

Como refere Caires (2003), o Estágio pode ser uma experiência de formação organizada e fundamental na formação preparando os alunos para a entrada no mundo profissional.

Autores como Galvão (1996) e Francisco (2006) evidenciam que o estágio pedagógico constitui o culminar do que as instituições superiores consideram ser a formação inicial de professores e a sua integração legítima no mundo profissional.

O Estágio Pedagógico visa a integração do estudante-estagiário no exercício da vida profissional de forma progressiva e orientada, em contexto real, desenvolvendo as

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competências profissionais que promovem nos futuros docentes um desempenho crítico e reflexivo, capaz de responder aos desafios e exigências da profissão (Matos, 2009).

Dessa forma, o estágio é um momento privilegiado onde o aluno pode investigar todas as suas inquietações sobre a atuação docente, dialogando com os professores, percorrendo o ambiente educacional e também os atores desse lugar, a fim de constituir suas representações sobre o papel do professor. Mas, por outro lado, tem a sua história pessoal, seus valores, suas crenças, o modo como foi a sua escolarização, as marcas de sua trajetória que o levaram até um curso de licenciatura. Todos esses elementos contribuem para construir a identidade profissional. Assim sendo, “o estágio é o locus onde a identidade profissional é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado gradativa e sistematicamente com essa finalidade”. (Buriolla apud Pimenta; Lima, 2008, p.62)

Este documento escrito denominado de “ Relatório Final de Estágio” está inserido no âmbito da disciplina de Estágio I e II, integrada no plano de estudos do 2º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O Estágio Pedagógico foi realizado na Escola Secundária Dr. Júlio Martins, tendo sido o Professor Nuno Garrido o supervisor e o Professor Luís Costa o orientador, e como companheiro de Estágio o Clemente Oliveira.

Em 23 anos de escolaridade este foi sem dúvida o mais desafiante da minha vida, um ano de conquistas, descobertas, realizações mas principalmente de confirmação que a Educação foi o caminho certo que escolhi, e que lecionar é a minha grande paixão.

Durante este ano letivo foi colocado em prática todos os ensinamentos por mim adquiridos, estando sempre á procura de mais, perceber onde era menos forte, e tentar potencializar esse campo em mim com ajuda de alguém experiente e muito competente sempre a meu lado. Senti que enriqueci pedagogicamente e para primeiro ano da minha carreira profissional não posso estar mais realizado e preparado para o futuro que surgirá.

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Para isso, contei com a ajuda do supervisor Professor Nuno Garrido, do professor orientador Luís Costa, e também do meu colega de estágio que teve um papel fundamental no complemento da minha formação. De salientar os pontos fundamentais deste estágio, que foram sem dúvida o contato com os alunos, perceber se o nosso planeamento de aula estava a funcionar corretamente, dinamizar/promover a Escola através de atividades e sentir que cada dia que passava os desafios eram constantes e a resolução de problemas tinha de ser imediato.

Ressalvar que a troca de informação/ideias com o orientador experiente foi fundamental para encontrar o caminho mais adequado a percorrer perante as adversidades que surgiram e também para obter o sucesso pretendido. Durante o ano fiquei responsável pela condução de grande parte do processo de ensino-aprendizagem de uma turma do 10º Ano (10ºA).

Os processos de conceção, planeamento e realização foram supervisionados e acompanhados pelo professor orientador da escola e pelo supervisor da universidade. O meu colega de estágio participou nos processos de conceção e planeamento de todas as áreas e realização ao nível das atividades organizadas pelo núcleo de estágio.

O Estágio Pedagógico proposto pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro visa formar professores profissionais, promotores de um ensino de qualidade. Sendo assim este Estágio permitiu-me desenvolver a minha capacidade reflexiva, criativa, permitindo-me relacionar a teoria aprendida com a prática, possibilitou-permitindo-me questionar e adquirir mais informação, colocar em prática o meu domínio de liderança, controlo e de improviso. Esta experiência enriqueceu-me enquanto profissional educativo mas acima de tudo como ser humano, onde se percebe as verdadeiras necessidades dos nossos alunos e o quanto é importante a nossa intervenção.

No âmbito do trabalho desenvolvido durante o estágio pedagógico, o presente relatório encontra-se organizado em dois capítulos orientadores. O primeiro de caráter essencialmente descritivo e reflexivo, onde identifico as minhas expetativas, onde relato as atividades desenvolvidas, onde menciono as maiores dificuldades, tentando formular uma resolução para as mesmas e onde ostento as conclusões sobre este ano de estágio. O segundo de caráter científico onde é apresentado o artigo Cientifico.

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1. Expetativas em relação ao estágio

Este estágio surgiu como momento fundamental enquanto transição de aluno para professor, que conjuga fatores importantes a ter em atenção na formação e desenvolvimento do futuro professor, uma experiência única de formação sendo esta acompanhada e supervisionada que condicionará a prática profissional futura.

Foi o culminar da minha formação académica, formação que tanto queria, tanto me dediquei, e acima de tudo sonhos deixei para esta formação realizar. Encarado por mim como uma oportunidade única e proveitosa, na medida em que posso aplicar na prática todos os conteudos adquiridos ao longo destes anos de formação e atribuir significado a todos esses mesmos conteúdos assimilados.

No meu caso e do meu colega de núcleo, a escolha de local de estágio teve uma particularidade, uma vez que nos foi permitido procurar o nosso próprio local de ensino para estagiar devido a nossa actividade profissional que nos prende a cidade de Chaves.

Desta forma a nossa escolha recaiu sobre a Escola Secundária Dr. Júlio Martins uma vez que tinhamos sido os dois alunos da mesma. Depois de ter efetuado o pedido ao diretor da Escola Professor Doutor Joaquim Tomás para podermos estagiar, este foi prontamente aceite pelo mesmo uma vez que nos manifestou ser um motivo de grande satisfação e orgulho poder receber dois estagiários que anteriormente tinham sido alunos da Escola e por consequente ainda mais interessante pelo facto dos dois estagiários serem irmãos. A escolha da coorientação de estágio foi feita por nossa parte ao Professor Luís Costa, pois este tinha sido nosso Professor no Ensino Secundário na respectiva escola e que foi de emediato aceite, pois confidenciou-nos que lhe proporcionaria um novo desafio, pois nunca tinha orientado estágios curriculares e ainda mais particularmente estagiários irmãos.

As minhas expetativas para este estágio passavam por saber qual a dificuldade da ligação teoria-prática, se seria capaz de colocar todas as ideias, todos os ensinamentos, valores numa aula e esta ter um bom aproveitamento. Desde logo tinha pontos chave onde me iria concentrar em grande percentagem.

Estar disposto a transportar para as aulas toda a minha energia e prazer pela atividade física, para que os meus alunos conseguissem sentir e partilhar todo esse entusiasmo. Responder e estar à altura dos desafios que os meus alunos pudessem colocar.

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Manter uma atitude reflexiva relativamente ao meu trabalho, procurando absorver todo o conheciemento necessário para satisfazer as minhas necessidades e as dos alunos.

E por fim, transformar os meus alunos em adeptos da atividade física, tentando que estes ganhassem gosto pela atividade e ate mesmo praticassem uma modalidade extra-curricular, sabendo os benefícios da prática da mesma para combater o sedentarismo patente na nossa sociedade.

Chegou então altura de consciencializar-me, que deveria retirar e absorver o máximo de vivências/experiências deste estágio, quer fossem elas boas ou más, porque seriam elas que me ajudariam a crescer como estagiário e como futuro professor. Deste modo destaco duas fases destes meses pré-estágio: a fase da incerteza/receio e preocupação/ansiedade e a fase da consciencialização e definição de objetivos.

Passados dez meses…

Posso dizer que este ano de estágio foi muito gratificante e enriquecedor a vários níveis: a nível profissional porque possibilitou-me a aquisição de conhecimentos, técnicas e competências que me tornaram capaz de exercer o papel de professor, no que concerne á organização, gestão e promoção do processo ensino e aprendizagem; a nível emocional porque me apoio na gestão de conflitos, na gestão do medo, ansiedade e insegurança face à inexperiência inicial, mas também a nível pessoal e relacional porque me possibilitou conhecer pessoas diferentes, com experiências e personalidades variadas que me enriqueceram enquanto professor mas essencialmente enquanto ser humano.

Sinto-me realizado a nível das perguntas/incertezas que tinha pois no final deste estágio encontrei as respostas tão desejadas, devido as oportunidades e aprendizagens serem muitas e bastante proveitosas.

Em relação aos meus alunos, motivo da minha dedicação, o meu objetivo centrou-se na potenciação das suas aprendizagens e na sua formação sóciocultural, e neste campo o objetivo foi claramente cumprido, estes apresentam melhorias a nível motor, comportamental e cívico.

Encaro, assim, o meu futuro com mais optimismo e segurança. Sinto que evolui desde o início do ano até agora, e que todas as experiências passadas impulsionaram um aumento das minhas competências/capacidades e do meu conhecimento

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2. Apresentação das atividades desenvolvidas 2.1. Objetivos

Segundo Vasconcellos, o conceito de planear fica claro, pois: “Planear é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planear não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” (p.79).

O planeamento proporciona ao professor uma linha de raciocínio, que direciona-o em suas ações, sendo que a ação docente vai ganhando eficácia na medida em que o professor vai acumulando e enriquecendo experiências ao lidar com situações concretas de ensino, pois segundo Libanêo (1994, p. 225): “O professor serve, de um lado, dos conhecimentos do processo didático e das metodologias específicas das matérias e, de outro, da sua própria experiência prática”. O docente, a cada nova experiência, vai assim criando sua didática, e com isso, enriquecendo sua prática profissional e, também, ganhando mais segurança, sendo que agindo dessa forma, o professor acaba usando o seu planeamento como fonte de oportunidade de reflexão e avaliação da sua prática.

Nesta etapa, comecei por analisar cuidadosamente o Programa Nacional de Educação Física, discutindo alguns pontos com o meu colega de estágio e o professor cooperante.

Relativamente à aplicação do programa, ele é submetido a uma análise pelo núcleo de estágio e professores do grupo de educação física estabelecendo-se assim o Planeamento Anual de atividades de Educação Física e o planeamento por ano específico tanto no Básico como no Secundário.

Posto isto o primeiro trabalho/documento proposto pelo orientador consistiu no planeamento anual do nosso estágio, este foi um bom aliado no nosso precurso pois através dele definimos objetivos pessoais e coletivos que nos propusemos atingir.

Neste planeamento consta todas as modalidades a abordar em cada período do ano letivo, e o respetivo número de aulas, ou seja, o professor não pode lecionar uma outra modalidade que não esteja prevista no planeamento. Este planeamento foi um auxiliar importante para a elaboração do Planeamento Anual das Unidades Didáticas

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selecionadas, onde é representada a modalidade a lecionar, o seu horário e o respetivo espaço.

Após, as decisões conceptuais e metodológicas realizadas no âmbito da área curricular e de planeamento, procedemos à calendarização das matérias de ensino a abordar, tendo sido realizada a calendarização das Práticas de Ensino Supervisionadas (PES), que cada estagiário teria de lecionar, ficando também definidas as diversas modalidades a abordar.

Em jeito de conclusão o Planeamento Anual é uma calendarização de conteúdos, segundo Aranha (2004) a definição de objetivos está na base da ação educativa, ou seja, de toda a atividade pedagógica. Sem eles não se pode avaliar, corrigir, orientar, nem controlar o processo de ensino-aprendizagem. Esta frase define assim a importância que foi para nós estabelecer objetivos quer profissionais, quer até mesmo pessoais, de forma a que todo o nosso trabalho se desenrola-se de uma forma lógica e estruturada.

2.2. Estudo de Turma

Um estudo de turma tem como principal objetivo o conhecimento geral de todo o grupo que o professor encontra pela frente durante o ano escolar. Um trabalho com este perfil, tem uma enorme aplicabilidade prática porque permite-nos conhecer melhor cada aluno, conhecendo os seus hábitos, tanto dentro como fora da escola, facilitando o processo de ensino/aprendizagem. Um bom estudo de turma, que abranja os conteúdos desejados, possibilita ao docente melhorar a sua intervenção pedagógica.

Os dados recolhidos, após tratamento fornecem-nos informação geral acerca de toda a turma. Estes dados permitem ao professor promover alterações de determinados comportamentos dos alunos. O docente pode assim escolher estratégias e desenvolver métodos que facilitem o alcance do objetivo de mudança, de um certo parâmetro.

Um estudo de turma inicia-se com a realização de inquéritos, com perguntas pensadas e cuidadosamente redigidas, de forma a não tornar o inquérito cansativo, mas antes fácil de responder. Após esta recolha, o que se pretende é efetuar a análise dos dados, essencialmente através de gráficos, que facilitem a sua leitura e nos quais se identifiquem perfeitamente quais os comportamentos maioristas da turma. Os estudos de turma são caracterizados por englobarem os dados biográficos dos alunos, englobando nestes, o conhecimento das rotinas diárias e de fatores relacionadas com a disciplina de Educação Física, no geral. Existem perguntas que nos fornecem informação, por exemplo, acerca dos cuidados individuais a ter com cada aluno, como sejam os seus problemas de saúde.

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Assim, o estudo de turma deve ser elaborado de forma a atingir determinados objetivos, tais como:

 Caracterização sociodemográfica do contexto familiar;

 Descrição dos hábitos de higiene e nutricionais;

 Atividades de tempo livre e vida escolar.

2.2.1 Caracterização da amostra

A população alva da U.D. planeada é a turma A do 10º ano do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio Martins – Chaves, no ano letivo de 2013/2014.

A turma do 10ºA é constituída por 25 alunos na sua totalidade, sendo que 13 são indivíduos do género feminino e 12 são do género masculino. Nesta turma, os alunos apresentam idades compreendidas entre os 14 anos (mínimo) e os 16 anos (máximo). Existem 2 alunos com 14 anos, 21 alunos com 15 anos e 2 alunos com 16 anos, por isso a média de idades é 15 anos.

Gráfico 1-Géneros 2.2.2 Instrumentos

De forma a recolher a informação necessária para o tratamento de dados, foi usado um questionário individual de caracterização biográfica (Anexo I). O inquérito é composto por várias questões, e as mais pertinentes foram selecionadas para análise e tratamento,

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Géneros

Rapazes

Raparigas

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tendo em conta os objetivos do estudo. Assim, constituíram-se três grupos temáticos principais:

Caracterização sociodemográfica do contexto familiar:  Habilitações literárias;

Descrição dos hábitos de higiene e nutricionais:  Problemas de saúde;

 Banho após as aulas de educação física;  Refeições Diárias;

Atividade de tempos livres e vida escolar  Hora de levantar e de deitar;

 Disciplinas favoritas;

 Desporto federado e carga horária;

 Características do professor de educação física.

2.2.3 Recolha de Dados

A recolha dos dados, ou seja, o preenchimento do questionário fornecido aos alunos foi realizada no dia 24 de Outubro de 2013, pelas 10H10 horas. Devido ao tempo necessário para o preenchimento da ficha de caracterização individual foram despendidos cerca de 20 minutos da aula.

2.2.4 Conclusão

Através do presente estudo de turma, pretendeu-se identificar as principais áreas de intervenção com vista à maximização do processo de ensino/aprendizagem, através das estratégias para a resolução de problemas. Para se encontrarem soluções é necessário detetar inicialmente os problemas e causas para uma boa intervenção pedagógica. Assim, a capacidade de observação do professor é extremamente importante neste plano. Este estudo de turma proporcionou isso mesmo – a observação de forma superficial, e por isso permitiu-nos conhecer mais profundamente os alunos, possibilitando-nos desta forma informações convenientes para adoção de estratégias que visem a melhoria psicomotora contínua dos alunos, bem como a relação professor-aluno.

Podemos concluir que no ponto da caracterização sociodemográfica do contexto familiar a maioria das famílias dos alunos serão de classe média, devido às profissões que relevam ter os pais. No entanto, nunca poderemos afirmá-lo com 100% de certezas porque existem demasiadas variantes e fatores que afetam a economia de cada casa. Para saber isso certamente teríamos de abranger demasiadas vertentes, tais como o

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ordenado dos pais, o número de elementos do agregado familiar, entre outros e aplicar uma fórmula matemática geral. Porém, o dinheiro não compra tudo e com certeza que com o amor familiar tudo se resolve, e os Pais certamente querem o melhor para os seus filhos. Outro aspeto muito importante neste estudo foi a abordagem correta dos hábitos de higiene e nutricionais dos alunos.

A maioria dos alunos não toma banho, na escola, após a aula de educação física. Quanto às refeições diárias, o aluno que não toma o pequeno-almoço deve passar a fazê-lo e todos os alunos devem ser incentivados a realizar pelo menos as 5 refeições diárias, tal como devem ser aconselhados sobre o hábito de se alimentarem antes da prática física e dos melhores alimentos a ingerirem nestes casos. Quanto às atividades que os alunos desempenham na escola e/ou fora dela, concluímos pelos resultados obtidos que a maioria dos alunos dorme o suficiente e que 12 alunos praticam desporto federado. Quanto à aula de educação física todos os alunos têm interesse na sua realização, e para alguns dos alunos esta disciplina é mesmo a sua favorita. As modalidades preferidas e aquelas em que os alunos revelam maiores dificuldades, tal como as características desejáveis num professor de educação física permitem adaptar as aulas de maneira a que os alunos se sintam à vontade e com vontade de fazer a aula, sem medo, sem receio, com motivação.

Concluo desta forma, que este estudo de turma ajudou-me a conhecer melhor a turma, bem com os seus alunos e a dirigir a atenção a pormenores que me teriam passado em vão caso não o realizasse, em que a utilização do questionário foi fundamental. Penso que todos os professores deveriam efetivamente realizar um estudo aprofundado com questões de relevância das suas turmas no início de cada ano letivo, de forma a assegurarem informações a que de outra forma não teriam acesso e que se revelam ser de extrema importância na forma como decorre todo o ano.

2.3. Unidades Didáticas

As Unidades Didáticas (UD) podem ser vistas como parte do projeto curricular que é descrito no Plano Anual. Para Bento (2003) as UD constituem unidades fundamentais e integrais do processo pedagógico e apresentam aos professores e alunos etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem. As unidades didáticas podem ser lecionadas através de três metodologias que são, por blocos, por etapas e por último mista. Em cada uma destas metodologias podem ser lecionadas mais do que uma matéria, sendo as aulas caracterizadas por aulas multimatéria. A maioria das aulas foram uni matéria.

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Em relação à metodologia utilizada, a minha foi por blocos. Esta decisão deveu-se sobretudo a três fatores. O primeiro fator foram os espaços de aula que condicionam em parte as matérias a lecionar.

O segundo deles foi, o fato desta metodologia concentrar mais a matéria abordada e assim permitir uma consolidação da aprendizagem muito mais rápida, sabendo contudo que se os estímulos não forem contínuos no tempo poder-se-ão extinguir.

O terceiro fator que influenciou a utilização desta metodologia foi clima da aula. Após a avaliação diagnóstica verifiquei que a turma era algo agitada e que era necessário que estivesse a supervisionar os seus comportamentos a cem por cento para evitar comportamentos desviantes às tarefas propostas. Assim, estando exclusivamente dedicado a uma só matéria poderia contribuir para um clima de aula mais adequado.

As Unidades Didáticas realizadas por mim foram: Natação e Basqutebol, uma realizada no 1º semestre e a outra no 2º semestre. Juntamente as estas modalidades abordei também mas de uma forma mais superficial as modalidades de Futsal e Voleibol. A modalidade que me sujeitou mais dedicação e empenho foi a Natação, pelo grau de complexidade da modalidade e pela dificuldade geral dos alunos na mesma.

As aulas por mim leccionadas corresponderam sempre ao que foi planeado na Unidade Didática, constituindo uma sequência lógica e contínua, de modo a garantir o cumprimento dos objetivos predefinidos durante a elaboração da Unidade Didática, sendo que cada aula foi previamente planeada, de acordo com as aulas antecedentes e dando continuidade as que a seguiram (adaptado de Aranha, 2004, p.11)

Todo este planeamento enriqueceu-me imenso melhorando, desta forma, as minhas competências de observação e decisão acerca daquilo que era melhor para os meus alunos, afim de obterem os resultados pretendidos.

A realização das Unidades Didáticas seguiu as linhas de orientação do Departamento de Ciências do Desporto, devidamente explicadas e esmiuçadas na Série Didática 47: “Organização, Planeamento e Avaliação em Educação Física”, Ágata Aranha (2004).

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2.4. Planos de Aula

O plano de aula (Anexo II) é o último momento de planeamento do professor e é ele que irá ditar todo o sucesso da aula. Será nele que iremos colocar todos os conteúdos abordar naquela aula, todas as estratégias que foram decididas anteriormente, ou seja, todo um momento de reflexão. Segundo Bento (2003) a “aula é realmente o verdadeiro ponto de convergência do pensamento e da ação do professor”.

O mesmo autor define o plano de aula como sendo um projeto da forma como a aula deve decorrer, ou seja, uma imagem estruturada por decisões fundamentais.

A elaboração e a estrutura dos planos de aula seguiram sempre as normas e as propostas que nos foram apresentadas durante o nosso percurso na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que se encontram definidas em diversas Séries Didáticas publicadas, mesmo assim foi sujeito ao parecer do orientador da escola.

Para a realização dos planos de aula tive sempre como apoio o anterior planeamento da UD. Foi a partir daí que fui construindo os meus planos de aula. Uma das primeiras tarefas para planear a aula foi realizar análise da extensão e sequência de conteúdos e recolher a partir daí os conteúdos que iriam ser abordados na aula.

Após isto, com auxílio das progressões pedagógicas, selecionava os exercícios mais adequados para os alunos, tendo em conta o nível em que se encontravam e a organização da aula. Este último ponto era bastante importante, na medida em que, se torna decisivo para o bom funcionamento da aula, devido ao elevado tempo de empenhamento motor e de aprendizagem, bem como ao clima da aula, que como já foi referido anteriormente, tratando-se de uma turma agitada, torna-se importante que a turma não tenha muitos “tempos mortos” para que não se crie destabilização na aula.

A par da construção do plano de aula, que era na sua realidade uma versão esquematizada das minhas decisões e reflexões, realizava em todas elas a justificação, descrevendo assim o porquê de as ter tomado. Após a aula, realizava também a reflexão/balanço aula, onde documentava tudo o que tinha observado na aula, sobretudo as aprendizagens dos alunos.

Os planos de aula contaram sempre com três momentos distintos, a parte inicial, a parte fundamental e a parte final.

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Na parte inicial, era sempre minha intenção concentrar a turma para os objetivos da aula, descrevendo-lhes os conteúdos que iriam ser abordados, utilizando sempre que possível o questionamento, para que desta forma pudesse captar mais a sua atenção e proporcionando assim o raciocínio.

Na parte principal da aula, onde eram explicados e abordados os conteúdos da aula, tentei ser sempre o mais dinâmico possível, diversificando sempre o tipo de feedback. Os exercicios a realizar tiveram sempre o apoio visual numa maquete, ou então a realização inicial pelos próprios alunos.

A parte final, era o retorno á calma, onde os alunos alongavam os grandes grupos musculares, eu fazia o balanço da aula, apontando os aspetos positivos e negativos que observou em geral na turma, e questionava a turma sobre os conteúdos abordados com esclarecimento de dúdivas se fosse solicitado. Por fim dava continuidade mencionando o que se abordaria na próxima aula.

O momento de elaboração do plano de aula sempre se apresentou para mim como um momento de pesquisa e de aquisição de conhecimentos. Tudo fiz para oferecer os melhores exercícios á turma de forma a motiva-los e assim obter o seu melhor rendimento. Para tal, procurei informações/concelhos extra, de forma a tentar realizar o melhor plano de aula possível sempre com o intuito de estimular e potenciar as capacidades da turma.

2.5. Desporto Escolar

Entende-se por desporto escolar o conjunto das práticas lúdico-desportivas e de formação como objeto desportivo, desenvolvidas como complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade, de participação e de escolha, integradas no plano de atividades da escola e coordenadas no âmbito do sistema educativo (Decreto Lei nº 95/91 de 26 de Fevereiro, Artigo 5º). Segundo dados do Ministério da Educação, o desporto escolar regista, desde 2006, um aumento da adesão das escolas, quer em número de praticantes abrangidos, quer em número de projectos desenvolvidos, contando com a participação da grande maioria dos estabelecimentos de ensino básico e secundário.

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O Desporto Escolar esteve presente neste ano de estágio pedagógico. Foi entregue ao nosso professor cooperante o escalão de juvenis femininas da modalidade de Voleibol. Este por sua decisão entregou-nos o chefia do escalão, obviamente estando sempre presente nos treinos e nas deslocações aos jogos, de salientar que o diálogo entre estagiário e orientador foi fundamental para as estratégias escolhidas no ensinamento da modalidade.

O grupo equipa era constituido por cerca de 15 alunas nascidas entre o ano de 1998 e 1999, pertencendo ao escalão de Juvenis. Os treinos de desporto Escolar decorriam no Pavilhão Municipal de Chaves, à Quarta-Feira entre as 15:00h até 16:30h.

Os Objetivos fundamentais para este grupo, era dar continuidade ao trabalho realizado no ano anterior pelo professor cooperante, tendo como base o desenvolvimento da modalidade, aspetos do modelo de jogo e gestos técnicos.

A minha participação neste grupo foi de máximo empenho e criatividade, tentando criar os melhores exercícios para que os alunos se motivassem e se interessassem pela modalidade e fundamentalmente na próxima semana comparecessem visto que o desporto escolar não é obrigatório e para nós uma desistencia de um elemento era entendido como erro no nosso trabalho. A minha participação foi por completo, ou seja sempre presente nos treinos e até mesmo nas competições.

Em relação ao desenrolar dos treinos, estes funcionaram de uma forma muito positiva, um clima agradavél seguindo as regras estabelecidas inicialmente, e de uma forma geral todos os alunos do grupo evoluiram positivamente.

Em jeito de conclusão posso dizer que esta experiência foi muito enriquecedora e gratificante, visto que muitas atletas eram minha alunas do 10ºA, esperando mais dificuldades impostas pelas alunas, mas de uma forma geral seguiram uma boa conduta e isso deixou-me muito agradado. Desde o primeiro treino ao último mostrei todos os meus conhecimentos da modalidade, onde eles aprenderam comigo e posso dizer que o contrário também aconteceu, foi algo que me tornou melhor profissional.

2.6. Atividades do Grupo de Educação Física

O principal objetivo destas atividades era promover a atividade física e o desporto em geral, e também promover o convívio entre todos os alunos da escola. Foram

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organizadas diversas atividades ao longo do ano. Fazendo parte do grupo de Educação Física, um dos papéis que estava inerente ao meu cargo de Professor Estagiário prendia-se com a organização e assistência a essas atividades que faziam parte do plano anual de atividades da Escola. Dentro destas atividades, foi assumido pelo núcleo em algumas o papel de organizadores e noutras apenas o papel de assistentes.

As atividades realizadas ao longo do ano compreenderam: o Corta-Mato Escolar, Corta Marto Regional (Vila Real), dia Mundial da Dança, Semana da canaogem e Torneios Intra e Inter-Turmas.

A atividade que me exigiu um maior empenho/responsabilidade, foi a atividade da Semana da canoagem. Esta atividade exigiu maior empenho da minha parte, visto ser uma activiadade com algum grau de complexidade e maior responsabilidade.

Mencionar também a experiência gratificante/enriquecedora que foi o Desporto Escolar, perceber o seu funcionamento, as suas regras, pois não tinha a menor noção, e essencialmente sentir alegria/realização de alunos que não estão inseridos em qualquer competição e sentirem-se úteis dentro de um grupo/equipa, quando na maior parte das vezes ou não participam ou são escolhidos para posições que ninguém quer.

Fazer parte principal da organização destas atividades e servir de auxiliar para outras acabou também por ser importante para o meu desenvolvimento como docente. Estar inserido nestes contextos permitiu-me perceber melhor como organizar atividades para a escola e perceber como lidar com as diversas situações em que nos deparamos durante a organização das mesmas, e ter noção das burocracias necessárias para qualquer tipo de atividade realizada na escola.

2.7. Relacionamento Escolar

Relativamente aos relacionamentos estabelecidos na escola, iniciando por aquele estabelecido com os alunos, posso referir que foi muito positivo tanto com a turma do 10ºA em que foi responsavél direto bem como o 9ºF e 10ºF no acompanhamento do meu colega de estágio. Esta, foi evoluíndo progressivamente, criando-se uma empatia e identificação clara, o que muito me beneficiou no controlo das turmas, na liderança e tambem afetividade necessária para um bom clima de aprendizagem. No final do ano prevalece um sentimento de realização e de um desfrutar completo de ser Professor de Eduacação Física.

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Com o meu colega de estágio a relação era da melhor, sendo privilegiada por sermos irmãos mas sem deixar de haver transparencia, confiança, lealdade, equilibrio, trabalho de equipa, sinceridade e apoio constante um ao outro, existindo um sentimento de amizade por trás de toda a responsabilidade.

De todos o mais importante a relação com o professor orientador, este desde sempre transmitiu um papel de amigo e a cumplicidade foi evoluido dia após dia. Sendo um professor cumpridor, responsável, organizado, justo, revelou-se uma peça fulcral em todo este processo, pois incutiu-nos desde início todas essas características de forma a facilitar o nosso trabalho no desenrolar do ano.

A relação obtida com os restantes professores do Grupo de Educação Física foi bastante boa, fizerem-me sentir à vontade e sempre acarinhados, exemplo disso foi a pronta disponibilidade para trocar de espaço no pavilhão interno/externo e a cedência das suas aulas para fazer os testes aos meus alunos para o meu estudo final.

Por último, mas não menos importante, gostaria de ressalvar a disponibilidade dos funcionários presentes naquela escola, e a forma como nos tratavam, sempre dispostos ajudar no que fosse necessário.

3. Realização

Para se ser um professor de Educação Física competente, vai-se muito além do planeamento. Para além da importância que tem o planeamento, o professor deve ter a capacidade de ensinar os conhecimentos específicos, dar os feedbacks corretos no momento certo, gerir bem a aula, manter a disciplina e tomar se necessário as devidas decisões de ajustamento. Estes fatores foram sugeridos por Siedentop (1998), quando este se refere às quatro dimensões que deverão estar sempre presentes e interligadas no processo ensino aprendizagem, sendo estas a instrução, a gestão, o clima e a disciplina.

É na realização do processo de ensino que o professor tem uma intervenção prática, onde se dá a aprendizagem por parte dos alunos, isto é, onde o professor passa da teoria à prática.

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Sem dúvida, o fator mais importante no meu desenvolvimento e na superação das minhas dificuldades a este nível foi a própria experiência adquirida aula a aula. Durante o estágio leccionei boas aulas e aulas menos boas, contudo através da reflexão sobre as mesmas pude aprender muito. Se nas boas aulas, o meu desejo era voltar a repeti-las fazendo alguns pequenos ajustes de modo aperfeiçoa-las ainda mais, nas menos boas os próprios erros serviam para eu aprender a retirar conclusões de forma a evitar a sua repetição. Para, isso, foram fundamentais as reflexões de aula feitas por mim e as observações feitas pelo professor cooperante. Assim, através da reflexão constante, pude crescer tanto através do erro como do triunfo, subindo cada vez mais o grau de exigência tentando chegar à excelência.

4. Avaliação

Uma das tarefas de estagiário que mais responsabilidade me trazia era o momento da avaliação aos alunos, uma vez que nunca me tinha deparado com a situação de ser eu a avaliar alguém esta nova função trazia consigo alguns receios. As questões como não ser justo com os alunos ou ser demasiado generoso eram alguns dos receios que me preocupava. Assim, esta tarefa foi feita sempre com ponderação e essencialmente com grande reflexão.

A avaliação por mim efetuada era dividida em 3 momentos – Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa e Avaliação Sumativa.

A avaliação diagnóstica assume um papel fundamental no processo ensino-aprendizagem, na medida em que, permite averiguar em que nível os alunos se encontram, para que o professor possa tomar consciência em que situação se encontra a turma e assim passar a um planeamento cuidado e orientado para os seus alunos.

Após a avaliação Diagnóstica os alunos seriam avaliados consoante o seu desempenho ou seja através da avaliação Formativa que consite no controlo do processo ensino-aprendizagem, através de uma observação sistemática, que visa detetar possíveis dificuldades, registar o progresso dos alunos e fornecer-lhes as informações sobre o seu desempenho.

Sendo este tipo de avaliação determinante para o reajustamento do processo ensino-aprendizagem, e o principal instrumento utilizado na avaliação foi a observação, após

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todas as aulas elaborava um relatório das aulas onde descrevia as dificuldades sentidas pelos alunos, quais as estratégias mais adequadas para ultrapassar essas dificuldades, e que procedimento deveria tomar nas próximas aulas.

Por fim a avaliação Sumativa que Segundo Ribeiro (1999) “a avaliação sumativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já recolhidos por avaliações do tipo formativo e obter indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino”. Por outras palavras, corresponde à fase em que é feito o balanço das aquisições, ou seja, tem como finalidade classificar os alunos no final de cada UD.

Para a realização desta avaliação eram criados critérios de avaliação com base nos conteúdos do programa ou então eram aproveitados os critérios já utilizados na avaliação diagnóstica. Tendo estes critérios como guias para a avaliação e com a utilização de uma grelha de registo, procedia assim à avaliação sumativa propriamente dita.

Para que este processo se torna-se o mais justo possível tendo em conta a individualidade de cada um, a avaliação global da disciplina de Educação Física compreendia 3 componentes: Avaliação Psicomotora, Avaliação Cognitiva e Avaliação Socio Afetiva. Ainda assim, cada uma destas componentes detinha uma ponderação diferente para a nota final tendo em conta os critérios impostos pela escola (Avaliação Psicomotora – 60%; Avaliação Cognitiva – 25% e Avaliação socio Afetiva – 15%).

No que diz respeito à avaliação Psicomotora, esta refere-se à prática específica do aluno no decorrer das aulas. O momento da Avaliação Cognitiva compreendia na sua generalidade os testes escritos realizados em cada um dos períodos do calendário escolar. Uma vez que os alunos não dispunham de manual, a estratégia utilizada para ajudar os alunos neste momento de avaliação foi apresentação de power point da modalidade e por fim facultado em papel como um Documento de Apoio para que estes pudessem estudar para o teste. Por fim, a avaliação Socio Afetiva, compreendia todos os comportamentos inerentes a uma boa conduta no decorrer da aula como o interesse e empenho, a assiduidade e pontualidade e ainda o comportamento e disciplina.

Após esta recolha analisava os dados e definia o nível em que o aluno se encontrava, assumindo que um aluno completava completamente um nível se executasse corretamente todos os critérios para esse mesmo nível.

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5. Dificuldades encontradas e sua resolução

O estágio pedagógico é rico em situações de aprendizagem, quer sejam elas favoráveis ou desfavoráveis ao bom funcionamento da aula. Ao longo de todo o processo o estagiário enfrenta momentos bons e momentos maus durante as suas aulas, coisa que ao longo do meu estágio ocorreu.

As primeiras dificuldades/medos surgiram logo no primeiro contato com a turma, estando eu apenas como observador, sendo a aula orientada pelo professor cooperante. Percebi claramente que a turma era heterógenea, onde tinha 4 alunos desviantes da pior especie, outros tantos calmos e o restante alunos medianos a nivél de comportamento, ou seja surge logo o primeiro receio, e a primeira pergunta, como vou dar a volta a estes alunos.

Adotei uma postura firme, mas de professor simpático, e senti que os alunos sentiram curiosidade em saber mais sobre o que nós faziamos, de onde vinhamos, quanto tempo iamos estar, se seriamos nós a leccionar as aulas deles, as perguntas começaram a surgir, e as respostas simples e curtas eram dadas.

Posto o primeiro impacto os medos, as dúvidas eram muitas, mas nada como começar a pensar no perfile de professor adotar para obter os resultados pretendidos perante a turma.

A minha primeira aula correu melhor do que esperava, pois os alunos respeitaram-me, mas durante os exercícios à minima distração estavam a pisar o risco, não quis ser demasiado duro, mas tentei fazer com que vissem que não estava correto alguns comportamentos que estavam a ter durante a aula, e após algumas aulas consegui ter a turma nas mãos e estabelecer o grau de dificuldade por mim pertendida e obter o máximo de rendimento dos meus alunos.

A relação professor-aluno é baseada em interesses e intenções, tem como intuito principal a aprendizagem. Sendo assim o papel do professor deve ser o de facilitador da aprendizagem, não o de detentor de todo o saber, devendo estar aberto a novas experiências, a compreensão dos sentimentos e problemas de seus alunos, esta mensagem foi um pouco do que tive em conta no meu estágio e posso dizer que no final o resultado foi muito positivo.

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Em relação á maior dificuldade ou secalhar maior medo de leccionar, foi sem dúvida a modalidade de Dança, não estando completamente á vontade e não podendo transmitir esse medo para os alunos, decidi frequentar o estilo de dança por mim escolhido a ensinar para quando chegasse o momento de leccionar tudo corre-se bem, e foi uma boa estratégia visto que consegui transmitir a segurança necessária para os alunos, e como aproveitamento retiraram o máximo que conseguiram, evoluído claramente da primeira aula para a aula final.

Em suma, não tive nenhuma “grande dificuldade”, mas para professores iniciantes a menor dificuldade é vista como um entrave para o sucesso do pretendido, não foi o meu caso e consegui obter tudo da turma, estabelecendo a melhor relação com os alunos.

6. Prática Pedagógica Supervisionada (PES)

A observação manifesta um papel crucial na melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem pois surge como um processo de interação profissional, centrado no desenvolvimento individual e coletivo dos professores (Reis, 2011).

Na estrutura do estágio pedagógico consistia na observação de um número determinado de horas ao Prof. Orientador e 45 aulas a cada estagiário.

Este papel de Professor observador foi muito importante para o melhoramento futuro das aulas a leccionar, pois nelas conseguimo-nos visualizar e perceber o que numa determinada situação fariamos e o que quem esta a observar fez, perceber o resultado dessa decisão e avalia-la se foi correta ou não, se fosse eu como faria, como reagiria, como atuava, se as estratégias utilizadas foram as adequadas, esta sequência de perguntas surge quando estamos a fazer a observação das aulas aos colegas. Todas estas perguntas obtem resposta quando discutidas entre os estagiários e o professor orientador, que em muito nos ajudou e clarificou.

Este turbilhão de dúdivas que mais tarde dissipadas com sugestões e ate mesmo com a prática só foram possíveis através destas mesmas observações, daí salientar a importância das mesmas. Através das observações conseguimos também perceber as melhores formas de trasnmitir a informação á turma e daí conseguir o melhor aproveitamento da mesma.

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Neste seguimento, Reis (2011) refere que a observação de práticas de mentores ou mesmo de outros colegas permite o contato com uma gama de abordagens, metodologias, atividades e mesmo comportamentos diversificados, aspeto que promove uma extrema aprendizagem ao nível do desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer professor independentemente do seu nível de conhecimento e experiencia.

7. Reuniões

As reuniões eram parte integrante do grupo de Educação física, estas faziam parte dos momentos/tarefas do estagiário. Estas reuniões tinham diferentes fundamentos, sendo umas Reuniões do Núcleo de Estágio, Reuniões de Avaliação e por fim Reuniões do Grupo de Educação Física.

As mais importantes na minha perspetiva era as reuniões do Núcleo de Estágio, pois nestas debatia-se e tratava-se o nosso trabalho realizado nas aulas, abordava-se os pontos que estavam a ser bem geridos e os que por sua vez estavamos a errar. Estas reuniões serviam tambem para o professor cooperante, mostrar-nos as melhores estratégias a seguir como o caminho a percorrer e até mesmo debater o tipo de exercício a utilizar, com vista a obter o melhor rendimento da turma. Foi aqui que também se debateu os pontos de disciplina e as medidas a tomar caso os alunos ultrapassassem os limites por nós estabelecidos.

As reuniões de Avaliação aconteciam em menor número, mas mesmo assim foi importante a participação nelas para percebermos o seu funcionamento e fundamentalmente ouvir informações de outros professores sobre os nossos alunos e tentar perceber como seria seu comportamento/aproveitamento na globalidade das disciplinas. Após estas informações tudo era importante para a realizacção/planeamento de estratégias nos nossos planos de aula.

Por fim as reuniões do Grupo de Educação Física consistia na discussão das atividades a realizar na escola, o seu funcionamento e quem as organizava/geria. Teve a sua importância visto que tive a noção do seu funcionamento e das burocracias necessárias para a realização de atividades internas e externas na escola.

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Em jeito de conclusão todo o tipo de reunião foi importante, sendo que cada uma delas fez-me perceber e melhorar como docente e sentir-me cada vez mais integrado na escola e no seu funcionamento.

8. Conclusão

“A reflexão envolve á ação voluntária e intencional de quem se propõe a refletir, o que faz com que a pessoa que faz a reflexação mantenham em aberto a possibilidade de mudar, quer em termos de conhecimentos e crenças quer em termos pessoais”(Santos & Fernandes; 2004).

A elaboração deste relatório revestiu-se, assim, de extrema importância na medida em que, ao refletir sobre as minhas práticas, consegui aumentar a confiança sobre o meu desempenho, retirando todas as dúvidas/incertezas que subsistiam, melhorei a minha aptidão para fazer o mais correto, obtive conhecimentos e mais fundamentos para algumas das minhas práticas e melhorei a capacidade de aprender com a experiência retirando o máximo das mesmas.

Os objetivos por mim traçados/definidos inicialmente foram atingidos com sucesso e as estratégias utilizadas foram eficazes para o pretendido.

O Estágio Pedagógico efetivamente tornou-se um importante agente formador pedagógico, cívico e emocional na medida em que promoveu o desenvolvimento de várias experiências enriquecedoras que para o meu trajeto pessoal como profissional. Considero que hoje sou um Professor mais seguro, mais confiante, mais conhecedor e mais atento para a necessidade da atividade reflexiva constante como agente impulsionador do crescimento individual e coletivo.

Para a realização/desenvolviemento deste relatório fom importantes todo o conjunto de conhecimentos adquiridos ao longo dos quatro anos de formação anteriores ministrados pela UTAD e obtidos na revisão bibliográfica, mas principalmente a experiência que este estágio pedagógico proporcionou na medida em que permitiu um contato direto e contínuo com a realidade educativa e pedagógica das nossas escolas.

“O profissional não é aquele que apenas executa a sua profissão, mas sobretudo quem sabe pensar e refazer sua profissão; (…) somente profissionais conscientes,

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questionadores, atualizados, participativos, reconstrutivos podem construir para renovar e dar conta dos sempre novos desafios” (Demo, 1998).

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Estudo Desenvolvido

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A influência das aulas de educação física para o desenvolvimento

das capacidades motoras dos alunos - comparação dos

resultados do pré e pós teste de aptidão física.

Samuel Oliveira, Nuno Garrido

Resumo - O presente estudo teve como objetivo analisar a influência das aulas de educação física no desenvolvimento das capacidades motoras dos alunos. A amostra foi constituída por 25 participantes com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos de idade da Escola Secundária Dr. Júlio Martins, Chaves. Na recolha dos dados foi utilizado o projeto de Desenvolvimento das Capacidades Motoras na Escola, em dois momentos distintos, o pré teste e o pós teste. Com os resultados obtidos denota-se que a prática de atividade física, e dentro do contexto do estudo, através das aulas de educação física, tem um papel preponderante no desenvolvimento das capacidades motoras. Ao nível das diferentes capacidades verifica-se um desenvolvimento mais significativo ao nível dos testes Abdominais e Senta Alcança, havendo, no entanto mais de 80% dos alunos a melhorar nos restantes testes – Salto em Comprimento e Vaivém.

Palavras-chave: Desenvolvimento motor, Educação física, Capacidades motoras.

1. Introdução

A infância e a adolescência constituem-se como períodos críticos em relação aos aspetos motores, seja no que diz respeito a fatores biológicos ou culturais, sendo estes sensíveis à influência de fatores ambientais quer de natureza positiva ou negativa (Guedes, 1997 cit. por Redivo, 2010). Desta forma, o desenvolvimento motor sofre inúmeras influências do meio envolvente podendo sofrer alterações durante todo esse processo.

Assim, a prática regular de atividade física apresenta diversos efeitos benéficos para o organismo, sendo assim recomendada como uma estratégia de promoção da saúde para a população (Bier & Junior, 2008).

Considerando o contexto de urbanização, informatização e limitação de espaço vigente atualmente, a escola surge como um dos locais que possibilita liberdade de movimento e de exploração do corpo e do espaço, demarcando a importância da escola e principalmente das aulas de educação física no desenvolvimento motor nas crianças (Redivo, 2010).

A escola surge assim como um dos locais com oferta de espaço adequado para o desenvolvimento motor, pelo que, enquanto meio educacional, deve proporcionar oportunidades de boa prática motora, pois esta é crucial no processo de desenvolvimento infantil (Candêa, Castro, Coiceiro, Garcia & Silva, 2011), devendo tornar-se num veículo

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de promoção de comportamentos e valores socialmente relevantes, como a prática de atividades físicas e desportivas (Costa, 2007).

Segundo o National Association for Sport and Physical Education (2004 cit por Vasconcelos, 2009), as crianças “devem acumular pelo menos 60minutos diários de atividade física estruturada, participar todos os dias de uma ampla gama de exercícios voltados para o desenvolvimento e manutenção da saúde, bem estar e performance”.

Desta forma, é necessário intervir e possibilitar um conjunto de atividades físicas que possibilitem a melhoria da aptidão física, elevando as capacidades físicas de um modo harmonioso de acordo com as necessidades dos jovens. Neste seguimento, torna-se crucial propiciar às crianças um contínuo de experiências motoras para que o cérebro crie mecanismos que serão utilizados posteriormente em atividades mais complexas pelo que as aulas de educação física devem conter brincadeiras ou jogos lúdicos que contemplem as diversas capacidades motoras.

Assim é importante referir que ao nível escolar, o desenvolvimento das capacidades motoras, é parte componente dos Programas Nacionais de Educação Física (Vargas, 2011).

As capacidades motoras são componentes do rendimento físico utilizadas para realizar os diversos movimentos durante a nossa vida, sendo estas a resistência, flexibilidade, força, agilidade e velocidade (Marques e Oliveira, 2001 cit por Araújo, Raiol & Raiol, 2010).

Por resistência entende-se a capacidade de resistir à fadiga a que a execução das ações motoras durante um período mais ou menos longo inevitavelmente conduz, evitando que ela prejudique a qualidade dessa execução (Serra, 2001), já a flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões (Dantas, 1999 cit. por Taveira, 2010). A força muscular pode ser definida como a capacidade de gerar tensão através dos músculos esqueléticos contra uma determinada resistência (GUEDES e GUEDES, 2006 cit por Tesser, 2010). Segundo Barbanti (2003 cit por Tesser, 2010) a agilidade é a "capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção”. Por fim, a velocidade surge como a capacidade baseada na mobilidade dos processos do sistema neuromuscular bem como da capacidade de desenvolvimento da força muscular, com o intuito de

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completar ações motoras, sob determinadas condições, em menor tempo (WEINECK, 2005 cit por Tesser, 2010)

A promoção do desenvolvimento das capacidades motoras facilita a inclusão dos indivíduos num estilo de vida mais ativo, bem como no processo de iniciação desportivo (Botti, Collet, Folle, Nascimento & Pelozin, 2009).

Neste sentido, o presente estudo pretende analisar a possível influência das aulas de Educação física no desenvolvimento das capacidades motoras comparando os resultados obtidos aquando do pré teste com os do pós teste de condição física.

2. Metodologia

2.1.

Participantes

A amostra é constituída por um total de 25 participantes sendo 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos da Escola Secundária Dr. Júlio Martins, residentes no concelho de Chaves, distrito de Vila Real.

2.2.

Instrumentos

O instrumento utilizado para a recolha dos dados foi a avaliação de aptidão física relacionada com a saúde, composto por seis testes que avaliam três diferentes componentes, a Composição Corporal, a Aptidão Muscular e a Aptidão Aeróbia.

A recolha dos dados compreendeu três momentos distintos. Esta colheita foi feita através da execução e registo dos dados obtidos pelos participantes no pré e pós teste no que diz respeito aos testes acima referidos.

Para que o tratamento dos dados seja o mais fiável e coerente possível, foi também realizado um pequeno questionário a todos os participantes com o intuito de aferir possíveis atividades físicas extra curriculares.

2.3.

Procedimentos

No que diz respeito à avaliação da Composição Corporal foram registadas duas componentes, a Estatura e Peso, de onde foi obtido o resultado referente ao Índice de Massa Corporal (I.M.C.). No que toca à Aptidão Muscular, esta foi avaliada através dos testes Senta e Alcança (S. Alcança), Abdominais e Salto em Comprimento (S. Comprimento) com o intuito de aferir os resultados relativos à Flexibilidade e à Força muscular. A Aptidão Aeróbia foi avaliada através do teste do Vai Vem.

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2.4.

Tratamento dos Dados

No que respeita aos dados obtidos, estes foram tratados manualmente e registados numa folha de cálculo do programa Microsoft Office Excel 2007 e apresentados em valor absoluto para que a partir da sua análise sejam apresentados sob a forma de gráficos.

3. Resultados

Os valores relativos ao pré e pós teste dos diversos parâmetros analisados no projeto podem ser analisados na tabela 1.

Tabela 1: Valores do Pré e Pós Teste

Atividades

Físicas E.C.

IMC Vaivém (s) Abdominais S. Comp.

(m) Senta e Alcança (cm) Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós 2 x 20,6 21 12’12’’ 11’69’’ 20 29 1,62 1,75 -2 0 3 18,5 17,7 12’66’’ 12’44’’ 14 23 1,62 1,62 0 -2 4 18,3 18,6 13’22’’ 12’91’’ 17 21 1,45 1,55 +5 -10 5 x 20,3 20,8 11’00’’ 11’66’ 18 26 1,72 1,72 +6 -6 6 x 27,1 23 13’22’’ 11’94’’ 21 27 1,39 1,59 +17 -17 7 x 18,6 18,4 11’78’’ 11’82’’ 21 29 1,62 1,82 +10 -10 8 19,2 19,3 12’00’’ 12’12’’ 26 27 2,10 2,10 0 -3 9 20,6 19,8 13’00’’ 11’66’’ 24 30 1,64 1,76 +1 0 10 17,6 17,9 12’59’’ 12’06’’ 26 32 1,76 1,66 +10 -11 11 x 20,7 20,1 13’34 13’47’’ 21 19 1,51 1,40 +9 +11 12 x 24,2 23,1 14’03’’ 12’85’’ 18 25 1,26 1,35 +7 -2 13 18,4 18,8 13’68’’ 12’97’’ 20 22 1,71 1,69 +8 -12 14 18,2 19 11’87’’ 10’71’’ 23 28 1,90 2,18 +2 -5 15 x 19 20,2 10’69’’ 10’57’’ 20 28 1,75 1,85 -1 -7 16 x 16,8 17 11’47’’ 13’25’’ 23 30 1,75 1,87 +6 -7 17 17,1 17,6 11’91’’ 11’44’’ 30 37 2,10 2,20 +4 -16 18 x 18,9 18,6 14’28’’ 11’81’’ 20 29 1,50 1,83 -13 +4 19 x 20,9 19,7 12’05’’ 12’60’’ 23 30 1,84 1,97 +7 -6 20 x 19,2 19,3 12’28’’ 10’28’’ 27 33 1,90 2,20 +1 -3 21 x 20 20,1 12’54’’ 12’06 22 28 1,70 1,75 +1 -3 22 26,5 25,7 12’44’’ 11’94’’ 16 24 1,49 1,49 +9 -17 23 26,3 25,5 13’25’’ 12’90’’ 19 24 1,26 1,36 +10 -12 24 x 25,7 23,5 11’16’’ 10’94’’ 24 30 1,85 2,06 +4 -5 25 x 18,9 19,1 11’20’’ 11’91’’ 26 29 2,23 2,21 +3 -2 26 22,3 23 13’22’’ 13’12’’ 18 22 1,53 1,68 +4 -8

Mediante a análise dos resultados obtidos verificou-se que existe uma melhoria significativa nos valores do pós teste em todos os testes analisados. No que diz respeito ao Vaivém surgiu uma subida dos valores do pós teste em 19 participantes. As melhorias surgem nos Abdominais e Senta e Alcança onde se averigua uma subida em 24 e 22 participantes, respetivamente. Por fim, no teste de Salto em Comprimento, 17 participantes evidenciaram uma subida dos valores do pós teste, contrariamente aos restantes 8 participantes.

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42 Tabela 2- Desempenho dos Participantes

Considerando os dados obtidos, evidenciou-se uma melhoria de 80% ao nível do Salto em Comprimento, 85% no Vaivém, 92,5% no Senta e Alcança, 97,5% nos Abdominais.

4. Discussão

Considerando os resultados, pode sugerir-se que as aulas de educação física promovem o desenvolvimento das capacidades motoras na faixa etária analisada.

Os resultados relativos aos testes Abdominais e Salto em Comprimento denotam as melhorias ao nível da Força muscular, sendo estas as mais significativas, tal como refere Filho, Gonelli e Pellegrinotti, (2011) num estudo cujo objetivo foi analisar a antropometria e capacidades neuromusculares de alunos duma escola de Guarulhos, tendo uma das conclusões dessa investigação sido que no ambiente escolar, a prática de desportos específicos ou atividade física generalizada contribuem para o desenvolvimento das capacidades da flexibilidade (analisada através do teste senta e alcança), dos Abdominais e da Força dos membros inferiores (estudada através do teste salto em comprimento).

Ainda neste seguimento, Vargas (2011) refere que as condições materiais das escolas servem para que o professor de forma planeada e organizada possa desenvolver a capacidade motora da força bem como as restantes capacidades.

No que diz respeito ao teste Senta e Alcança, a evolução dos alunos foi significativa,. Tal como refere ACHOUR e JÚNIOR (1996 cit por Guerra & Rassilan, 2006) os indivíduos mais ativos ao nível da prática de atividade física normalmente mostram-se mais flexíveis do que os indivíduos menos ativos.

No entanto, pela análise da tabela 2, pode verificar-se que na totalidade dos 14 alunos que praticam atividades físicas extra curriculares, 6 tiveram um melhor desempenho no pré teste com

19 24 17 22 6 1 8 3 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Vaivém Abdominais S. Comp Senta e Alcança

Pós < Pré Pós > Pré

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Gráfico 1-Géneros  2.2.2 Instrumentos
Tabela 1: Valores do Pré e Pós Teste

Referências

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