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A observação manifesta um papel crucial na melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem pois surge como um processo de interação profissional, centrado no desenvolvimento individual e coletivo dos professores (Reis, 2011).

Na estrutura do estágio pedagógico consistia na observação de um número determinado de horas ao Prof. Orientador e 45 aulas a cada estagiário.

Este papel de Professor observador foi muito importante para o melhoramento futuro das aulas a leccionar, pois nelas conseguimo-nos visualizar e perceber o que numa determinada situação fariamos e o que quem esta a observar fez, perceber o resultado dessa decisão e avalia-la se foi correta ou não, se fosse eu como faria, como reagiria, como atuava, se as estratégias utilizadas foram as adequadas, esta sequência de perguntas surge quando estamos a fazer a observação das aulas aos colegas. Todas estas perguntas obtem resposta quando discutidas entre os estagiários e o professor orientador, que em muito nos ajudou e clarificou.

Este turbilhão de dúdivas que mais tarde dissipadas com sugestões e ate mesmo com a prática só foram possíveis através destas mesmas observações, daí salientar a importância das mesmas. Através das observações conseguimos também perceber as melhores formas de trasnmitir a informação á turma e daí conseguir o melhor aproveitamento da mesma.

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Neste seguimento, Reis (2011) refere que a observação de práticas de mentores ou mesmo de outros colegas permite o contato com uma gama de abordagens, metodologias, atividades e mesmo comportamentos diversificados, aspeto que promove uma extrema aprendizagem ao nível do desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer professor independentemente do seu nível de conhecimento e experiencia.

7. Reuniões

As reuniões eram parte integrante do grupo de Educação física, estas faziam parte dos momentos/tarefas do estagiário. Estas reuniões tinham diferentes fundamentos, sendo umas Reuniões do Núcleo de Estágio, Reuniões de Avaliação e por fim Reuniões do Grupo de Educação Física.

As mais importantes na minha perspetiva era as reuniões do Núcleo de Estágio, pois nestas debatia-se e tratava-se o nosso trabalho realizado nas aulas, abordava-se os pontos que estavam a ser bem geridos e os que por sua vez estavamos a errar. Estas reuniões serviam tambem para o professor cooperante, mostrar-nos as melhores estratégias a seguir como o caminho a percorrer e até mesmo debater o tipo de exercício a utilizar, com vista a obter o melhor rendimento da turma. Foi aqui que também se debateu os pontos de disciplina e as medidas a tomar caso os alunos ultrapassassem os limites por nós estabelecidos.

As reuniões de Avaliação aconteciam em menor número, mas mesmo assim foi importante a participação nelas para percebermos o seu funcionamento e fundamentalmente ouvir informações de outros professores sobre os nossos alunos e tentar perceber como seria seu comportamento/aproveitamento na globalidade das disciplinas. Após estas informações tudo era importante para a realizacção/planeamento de estratégias nos nossos planos de aula.

Por fim as reuniões do Grupo de Educação Física consistia na discussão das atividades a realizar na escola, o seu funcionamento e quem as organizava/geria. Teve a sua importância visto que tive a noção do seu funcionamento e das burocracias necessárias para a realização de atividades internas e externas na escola.

Em jeito de conclusão todo o tipo de reunião foi importante, sendo que cada uma delas fez-me perceber e melhorar como docente e sentir-me cada vez mais integrado na escola e no seu funcionamento.

8. Conclusão

“A reflexão envolve á ação voluntária e intencional de quem se propõe a refletir, o que faz com que a pessoa que faz a reflexação mantenham em aberto a possibilidade de mudar, quer em termos de conhecimentos e crenças quer em termos pessoais”(Santos & Fernandes; 2004).

A elaboração deste relatório revestiu-se, assim, de extrema importância na medida em que, ao refletir sobre as minhas práticas, consegui aumentar a confiança sobre o meu desempenho, retirando todas as dúvidas/incertezas que subsistiam, melhorei a minha aptidão para fazer o mais correto, obtive conhecimentos e mais fundamentos para algumas das minhas práticas e melhorei a capacidade de aprender com a experiência retirando o máximo das mesmas.

Os objetivos por mim traçados/definidos inicialmente foram atingidos com sucesso e as estratégias utilizadas foram eficazes para o pretendido.

O Estágio Pedagógico efetivamente tornou-se um importante agente formador pedagógico, cívico e emocional na medida em que promoveu o desenvolvimento de várias experiências enriquecedoras que para o meu trajeto pessoal como profissional. Considero que hoje sou um Professor mais seguro, mais confiante, mais conhecedor e mais atento para a necessidade da atividade reflexiva constante como agente impulsionador do crescimento individual e coletivo.

Para a realização/desenvolviemento deste relatório fom importantes todo o conjunto de conhecimentos adquiridos ao longo dos quatro anos de formação anteriores ministrados pela UTAD e obtidos na revisão bibliográfica, mas principalmente a experiência que este estágio pedagógico proporcionou na medida em que permitiu um contato direto e contínuo com a realidade educativa e pedagógica das nossas escolas.

“O profissional não é aquele que apenas executa a sua profissão, mas sobretudo quem sabe pensar e refazer sua profissão; (…) somente profissionais conscientes,

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questionadores, atualizados, participativos, reconstrutivos podem construir para renovar e dar conta dos sempre novos desafios” (Demo, 1998).

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Estudo Desenvolvido

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A influência das aulas de educação física para o desenvolvimento

das capacidades motoras dos alunos - comparação dos

resultados do pré e pós teste de aptidão física.

Samuel Oliveira, Nuno Garrido

Resumo - O presente estudo teve como objetivo analisar a influência das aulas de educação física no desenvolvimento das capacidades motoras dos alunos. A amostra foi constituída por 25 participantes com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos de idade da Escola Secundária Dr. Júlio Martins, Chaves. Na recolha dos dados foi utilizado o projeto de Desenvolvimento das Capacidades Motoras na Escola, em dois momentos distintos, o pré teste e o pós teste. Com os resultados obtidos denota- se que a prática de atividade física, e dentro do contexto do estudo, através das aulas de educação física, tem um papel preponderante no desenvolvimento das capacidades motoras. Ao nível das diferentes capacidades verifica-se um desenvolvimento mais significativo ao nível dos testes Abdominais e Senta Alcança, havendo, no entanto mais de 80% dos alunos a melhorar nos restantes testes – Salto em Comprimento e Vaivém.

Palavras-chave: Desenvolvimento motor, Educação física, Capacidades motoras.

1. Introdução

A infância e a adolescência constituem-se como períodos críticos em relação aos aspetos motores, seja no que diz respeito a fatores biológicos ou culturais, sendo estes sensíveis à influência de fatores ambientais quer de natureza positiva ou negativa (Guedes, 1997 cit. por Redivo, 2010). Desta forma, o desenvolvimento motor sofre inúmeras influências do meio envolvente podendo sofrer alterações durante todo esse processo.

Assim, a prática regular de atividade física apresenta diversos efeitos benéficos para o organismo, sendo assim recomendada como uma estratégia de promoção da saúde para a população (Bier & Junior, 2008).

Considerando o contexto de urbanização, informatização e limitação de espaço vigente atualmente, a escola surge como um dos locais que possibilita liberdade de movimento e de exploração do corpo e do espaço, demarcando a importância da escola e principalmente das aulas de educação física no desenvolvimento motor nas crianças (Redivo, 2010).

A escola surge assim como um dos locais com oferta de espaço adequado para o desenvolvimento motor, pelo que, enquanto meio educacional, deve proporcionar oportunidades de boa prática motora, pois esta é crucial no processo de desenvolvimento infantil (Candêa, Castro, Coiceiro, Garcia & Silva, 2011), devendo tornar-se num veículo

de promoção de comportamentos e valores socialmente relevantes, como a prática de atividades físicas e desportivas (Costa, 2007).

Segundo o National Association for Sport and Physical Education (2004 cit por Vasconcelos, 2009), as crianças “devem acumular pelo menos 60minutos diários de atividade física estruturada, participar todos os dias de uma ampla gama de exercícios voltados para o desenvolvimento e manutenção da saúde, bem estar e performance”.

Desta forma, é necessário intervir e possibilitar um conjunto de atividades físicas que possibilitem a melhoria da aptidão física, elevando as capacidades físicas de um modo harmonioso de acordo com as necessidades dos jovens. Neste seguimento, torna-se crucial propiciar às crianças um contínuo de experiências motoras para que o cérebro crie mecanismos que serão utilizados posteriormente em atividades mais complexas pelo que as aulas de educação física devem conter brincadeiras ou jogos lúdicos que contemplem as diversas capacidades motoras.

Assim é importante referir que ao nível escolar, o desenvolvimento das capacidades motoras, é parte componente dos Programas Nacionais de Educação Física (Vargas, 2011).

As capacidades motoras são componentes do rendimento físico utilizadas para realizar os diversos movimentos durante a nossa vida, sendo estas a resistência, flexibilidade, força, agilidade e velocidade (Marques e Oliveira, 2001 cit por Araújo, Raiol & Raiol, 2010).

Por resistência entende-se a capacidade de resistir à fadiga a que a execução das ações motoras durante um período mais ou menos longo inevitavelmente conduz, evitando que ela prejudique a qualidade dessa execução (Serra, 2001), já a flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesões (Dantas, 1999 cit. por Taveira, 2010). A força muscular pode ser definida como a capacidade de gerar tensão através dos músculos esqueléticos contra uma determinada resistência (GUEDES e GUEDES, 2006 cit por Tesser, 2010). Segundo Barbanti (2003 cit por Tesser, 2010) a agilidade é a "capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção”. Por fim, a velocidade surge como a capacidade baseada na mobilidade dos processos do sistema neuromuscular bem como da capacidade de desenvolvimento da força muscular, com o intuito de

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completar ações motoras, sob determinadas condições, em menor tempo (WEINECK, 2005 cit por Tesser, 2010)

A promoção do desenvolvimento das capacidades motoras facilita a inclusão dos indivíduos num estilo de vida mais ativo, bem como no processo de iniciação desportivo (Botti, Collet, Folle, Nascimento & Pelozin, 2009).

Neste sentido, o presente estudo pretende analisar a possível influência das aulas de Educação física no desenvolvimento das capacidades motoras comparando os resultados obtidos aquando do pré teste com os do pós teste de condição física.

2. Metodologia

2.1.

Participantes

A amostra é constituída por um total de 25 participantes sendo 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino com idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos da Escola Secundária Dr. Júlio Martins, residentes no concelho de Chaves, distrito de Vila Real.

2.2.

Instrumentos

O instrumento utilizado para a recolha dos dados foi a avaliação de aptidão física relacionada com a saúde, composto por seis testes que avaliam três diferentes componentes, a Composição Corporal, a Aptidão Muscular e a Aptidão Aeróbia.

A recolha dos dados compreendeu três momentos distintos. Esta colheita foi feita através da execução e registo dos dados obtidos pelos participantes no pré e pós teste no que diz respeito aos testes acima referidos.

Para que o tratamento dos dados seja o mais fiável e coerente possível, foi também realizado um pequeno questionário a todos os participantes com o intuito de aferir possíveis atividades físicas extra curriculares.

2.3.

Procedimentos

No que diz respeito à avaliação da Composição Corporal foram registadas duas componentes, a Estatura e Peso, de onde foi obtido o resultado referente ao Índice de Massa Corporal (I.M.C.). No que toca à Aptidão Muscular, esta foi avaliada através dos testes Senta e Alcança (S. Alcança), Abdominais e Salto em Comprimento (S. Comprimento) com o intuito de aferir os resultados relativos à Flexibilidade e à Força muscular. A Aptidão Aeróbia foi avaliada através do teste do Vai Vem.

2.4.

Tratamento dos Dados

No que respeita aos dados obtidos, estes foram tratados manualmente e registados numa folha de cálculo do programa Microsoft Office Excel 2007 e apresentados em valor absoluto para que a partir da sua análise sejam apresentados sob a forma de gráficos.

3. Resultados

Os valores relativos ao pré e pós teste dos diversos parâmetros analisados no projeto podem ser analisados na tabela 1.

Tabela 1: Valores do Pré e Pós Teste

Atividades

Físicas E.C.

IMC Vaivém (s) Abdominais S. Comp.

(m) Senta e Alcança (cm) Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós 2 x 20,6 21 12’12’’ 11’69’’ 20 29 1,62 1,75 -2 0 3 18,5 17,7 12’66’’ 12’44’’ 14 23 1,62 1,62 0 -2 4 18,3 18,6 13’22’’ 12’91’’ 17 21 1,45 1,55 +5 -10 5 x 20,3 20,8 11’00’’ 11’66’ 18 26 1,72 1,72 +6 -6 6 x 27,1 23 13’22’’ 11’94’’ 21 27 1,39 1,59 +17 -17 7 x 18,6 18,4 11’78’’ 11’82’’ 21 29 1,62 1,82 +10 -10 8 19,2 19,3 12’00’’ 12’12’’ 26 27 2,10 2,10 0 -3 9 20,6 19,8 13’00’’ 11’66’’ 24 30 1,64 1,76 +1 0 10 17,6 17,9 12’59’’ 12’06’’ 26 32 1,76 1,66 +10 -11 11 x 20,7 20,1 13’34 13’47’’ 21 19 1,51 1,40 +9 +11 12 x 24,2 23,1 14’03’’ 12’85’’ 18 25 1,26 1,35 +7 -2 13 18,4 18,8 13’68’’ 12’97’’ 20 22 1,71 1,69 +8 -12 14 18,2 19 11’87’’ 10’71’’ 23 28 1,90 2,18 +2 -5 15 x 19 20,2 10’69’’ 10’57’’ 20 28 1,75 1,85 -1 -7 16 x 16,8 17 11’47’’ 13’25’’ 23 30 1,75 1,87 +6 -7 17 17,1 17,6 11’91’’ 11’44’’ 30 37 2,10 2,20 +4 -16 18 x 18,9 18,6 14’28’’ 11’81’’ 20 29 1,50 1,83 -13 +4 19 x 20,9 19,7 12’05’’ 12’60’’ 23 30 1,84 1,97 +7 -6 20 x 19,2 19,3 12’28’’ 10’28’’ 27 33 1,90 2,20 +1 -3 21 x 20 20,1 12’54’’ 12’06 22 28 1,70 1,75 +1 -3 22 26,5 25,7 12’44’’ 11’94’’ 16 24 1,49 1,49 +9 -17 23 26,3 25,5 13’25’’ 12’90’’ 19 24 1,26 1,36 +10 -12 24 x 25,7 23,5 11’16’’ 10’94’’ 24 30 1,85 2,06 +4 -5 25 x 18,9 19,1 11’20’’ 11’91’’ 26 29 2,23 2,21 +3 -2 26 22,3 23 13’22’’ 13’12’’ 18 22 1,53 1,68 +4 -8

Mediante a análise dos resultados obtidos verificou-se que existe uma melhoria significativa nos valores do pós teste em todos os testes analisados. No que diz respeito ao Vaivém surgiu uma subida dos valores do pós teste em 19 participantes. As melhorias surgem nos Abdominais e Senta e Alcança onde se averigua uma subida em 24 e 22 participantes, respetivamente. Por fim, no teste de Salto em Comprimento, 17 participantes evidenciaram uma subida dos valores do pós teste, contrariamente aos restantes 8 participantes.

42 Tabela 2- Desempenho dos Participantes

Considerando os dados obtidos, evidenciou-se uma melhoria de 80% ao nível do Salto em Comprimento, 85% no Vaivém, 92,5% no Senta e Alcança, 97,5% nos Abdominais.

4. Discussão

Considerando os resultados, pode sugerir-se que as aulas de educação física promovem o desenvolvimento das capacidades motoras na faixa etária analisada.

Os resultados relativos aos testes Abdominais e Salto em Comprimento denotam as melhorias ao nível da Força muscular, sendo estas as mais significativas, tal como refere Filho, Gonelli e Pellegrinotti, (2011) num estudo cujo objetivo foi analisar a antropometria e capacidades neuromusculares de alunos duma escola de Guarulhos, tendo uma das conclusões dessa investigação sido que no ambiente escolar, a prática de desportos específicos ou atividade física generalizada contribuem para o desenvolvimento das capacidades da flexibilidade (analisada através do teste senta e alcança), dos Abdominais e da Força dos membros inferiores (estudada através do teste salto em comprimento).

Ainda neste seguimento, Vargas (2011) refere que as condições materiais das escolas servem para que o professor de forma planeada e organizada possa desenvolver a capacidade motora da força bem como as restantes capacidades.

No que diz respeito ao teste Senta e Alcança, a evolução dos alunos foi significativa,. Tal como refere ACHOUR e JÚNIOR (1996 cit por Guerra & Rassilan, 2006) os indivíduos mais ativos ao nível da prática de atividade física normalmente mostram-se mais flexíveis do que os indivíduos menos ativos.

No entanto, pela análise da tabela 2, pode verificar-se que na totalidade dos 14 alunos que praticam atividades físicas extra curriculares, 6 tiveram um melhor desempenho no pré teste com

19 24 17 22 6 1 8 3 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Vaivém Abdominais S. Comp Senta e Alcança

Pós < Pré Pós > Pré

declínio dos valores na avaliação final, aspeto que pode ir de encontro à averiguação de Pollock & Wilmore (1993 cit. por Guerra & Rassilan, 2006) que diz que mesmo nos indivíduos considerados ativos, os níveis de flexibilidade podem ser bastante reduzidos caso não realizem atividades físicas que envolvam a extensão total dos segmentos.

No que respeita à avaliação da resistência aeróbia, decorrente dos valores do teste Vaivém, os resultados do pós teste foram superiores evidenciando-se um aumento significativo na maioria dos participantes.

Carvalho, Farias, Gonçalves & Guerra-Júnior (2010), demonstraram num estudo que o grupo de caso, submetido a atividades físicas direcionadas para a resistência aeróbia e as restantes capacidades motoras nas aulas de Educação Física, obteve superioridade sobre o grupo de controlo nas variáveis de resistência muscular e aeróbia. Torna-se importante salientar que dos 19 alunos cujo desempenho melhorou, 9 praticam atividade física fora do contexto escolar, aspeto que pode ter contribuído para os valores obtidos.

5. Conclusão

De acordo com os objetivos propostos e os resultados encontrados na presente investigação, as seguintes conclusões foram elaboradas.

As aulas de educação física influenciam o desenvolvimento das capacidades motoras, nomeadamente a força muscular, a resistência aeróbia e a flexibilidade.

No entanto, os resultados obtidos denotam que o desenvolvimento das capacidades motoras nesta faixa etária não ocorre de forma totalmente homogénea pois tal como se pode observar a maioria das crianças melhoraram o seu desempenho no entanto algumas mantiveram ou pioraram os resultados. Sendo uma fase de desenvolvimento tão importante torna-se relevante priorizar a prática de aulas de educação física bem orientadas e direcionadas para a especificidade dos alunos.

Neste seguimento, os profissionais de Educação Física devem possuir conhecimentos com bases científicas para terem condições de ministrar aulas com qualidade e competência, respeitando a individualidade biopsicossocial de seus alunos, propiciando um ambiente saudável e descontraído, onde os alunos se expressem livremente através das práticas corporais, sejam elas lúdicas ou competitivas (Evangelista, 2005).

Mediante esta perspetiva, as aulas de Educação Física surgem como espaços propícios para a vivência de experiências desportivas, permitindo às crianças aperfeiçoarem as suas capacidades motoras e assimilarem as contribuições da atividade física para uma vida saudável (Botti, Collet, Folle, Nascimento e Pelozin, 2009), não podendo nunca descurar-se o fato de que a escola para

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muitas crianças e jovens é a única possibilidade de terem acesso às práticas desportivas (Mota, 1992 cit por Moreira, 2006).

Considerando todos os benefícios da atividade física, torna-se necessário incentivar os adolescentes o hábito da prática de atividade física de forma prazerosa e consciente dos seus benefícios, para que se tornem adultos saudáveis e com qualidade de vida.

Bibli

ogra

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