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q c :3 â É tJ,J a lí( llJ (àa c) Í3 Á) ulla = ,:"Plano Estratégico
de
Desenvolvimento
daDesmor
E.E.M.
RS
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TY
É, = cl -La É F x LJ taa Êl lJniversidade de Extremadura e Universidade de Evorarfl
Tese de Mestrado em Gestão e Direcção DesportivaPlano Estratégico
de
Desenvolvimento
da
Desmor
E.E.M.
Í
i
OR
Empresa PúAtca Munbpal de Gestão Deryornva de Rio llaar, E M,
Paulo Jerónimo 2007 -2009
{
-,
Y
H
v
Não
segere o que não
semede;
Não
semede o
que
não
sedefine;
Não
sedefine o
que
não
seentende;
Não
há
sucesso
no
que
não
segere.
Agradecimentos:
À
Universidade de Évora e à Universidade de Extremadura pela organização deste Mestrado que me trouxe uma grande experiência profissional e académica.A
todos os professores desteMestado,
que foram sempÍe atenciosos e que dernonstraram uma grande vontade de transmitircoúecimentos.
Um
agradecimento especial ao professor Armando Raimundo que semprefoi
bastante prestável ao longo dos cinco anos da minha estadia em Évora.A
Rio Maior, e em especial à Desmor pela disponibilidade constante.À
Dra.Adflia
que tãoútil
me for, ao Dr. Manuel Nunes que me orientou no meu trabalho, apesar de o tempo ser escasso.Ao
professor Luís Serafim quefoi
o meu orientador da tese de mestrado e que apesar da distânciafoi
sempre atencioso, prestável e extremamente profissional.A
todos os meus colegas do mestrado, com quem partilhei experiências de vida e de profissão. Aos meus colegas do mestrado que üeram dalicenciaturq
ecoTquempartilhei
muitas üagens, risos, e estudos Um agradecimento especial à Cris pelo apoio, motivação, e essencialmente pelas üções de vida" Pela sua presença constante nos bons e Ínaus momentos, egut
sem a qual, teria sido muito maisdiÍicilrcalizar
este trabalho. Porfim
agradeço à minha família que fo1 é, e será sempre fundamental na minhaüda.
Plano Estratégico
de
Desenvolvimento
da
Desmor E.E.M.
Índice
Introdução
Paúe
I
- Anrálise Interna e Externa da Empresal.l
- História do direito desportivo.1.2 - Empresas Municipais... 2 - Ambiente Interno 2.
I
-Esfutura
Organizacional ... 2.2 - Recurso Humanos.. 2.3 - Recursos Financeiros... 2.4 - Recursos tecnológicos ... 3 - Ambiente Externo 3.I
- Análise Demogrrífica ...3.2 - Principais Acessibilidades do Concelho 3.3 - Análise Económica...
3.4
-
Arálise Tecnológica ... 3.5 -AÍÉlise
Política3.6 - Análise Turística
3.7
-
Arálise de Concorrência 3.8 - Análise da Prática Desportiva 3.9 - Movimento Associativo4
- Car*feização
do Complexo Desportivo de Rio IMaiort4
t6
t7
22 25 26 28 28 31 32 36 40 404t
42 43 44 47 50 524.3 - Pavilhões e
Relvados...
...604.4 - Centro de alto rendimento de
natação
...64
Parte
II
- Plano Estratégico de Desenvolvimento da DesmorE.E.M.
...68
5 - Gestão
Esfratégica
...69 6 - AnráliseSWOT
...71 6.1 -Forças
...73 6.2 -Debilidades...
...73 6.3 -Oportunidades...
...74 6.4 -Ameaças...
...74 7 - Modelo degestão
...75 8 - PlanoEstratégico
...76 8.1 -Visão
....76
8.2 -Missão
...76 9 - Eixos deIntervenção...
...769.1 -
Eixo
de IntervençãoI
-
Aumentar apránicae cultura desportiva ...779.2 -
Eixo
de IntervençãoII
- Apoiar e melhorar o desporto de alto rendimento ..839.3 -
Eixo
de IntervençãoIII
-
Garantir um gestão responsável e adequada...8910 - Implementação do
P.E.D.D
...94
11
-
C,onsideraçõesFinais
...95A}IEXOS
...96Índice
de tabelasTabela 01. Datas importantes na formação da Desmor
E.E.M..
26 Tabela 02. Recursos humanos na Desmor2008..
2ETabela 03. Contribuição pública da
CMRM
à DesmorE.E.M..
29 Tabela 04. Volume de Negócios Anuais da DesmorE.E.M..
30 Tabela 05. Recurso Tecnológicos da DesmorE.E.M.
31 Tabela 06-
Distribuição percentual da população das freguesias deRio
37Maior
entre 0-14 e mais de 65 anos.(2001)...
Tabela
07
-
Índice de
envelhecimentoe
escalões etiáriospor
regiõesdo
38 País..Tabela 08. Desportistas federado em Rio
Maior,
poridades.
49 Tabela 09. Número de associações em Rio Maior portipo
deactividades...
51 Tabela 10. Refeições e Dormidas no CEFD anuais.Tabela
ll.
Uso dos serviços complementares do CEFD por ano.. Tabela 12.Aúlise
de uso do complexo de piscinas por ano. Tabela 13. Utilização dos relvados e pavilhões por ano Tabelal4.Utiização
dos relvados e pavilhões por ano.Tabela 15. Proveniência dos utilizadores do cornplexo desportivo... Tabela 16.
Anílise
de prática desportiva detalhada do concelho Tabela 17. Exenrplos de indicadores do Eixo de IntervençãoI...
Tabela 18. Lista de estágios mais mediáticos entre 2006-2009..
Tabela 19. Exernplos de indicadores doEixo
de IntervençãoII...
Tabela 20. Exemplos de indicadores do Eixo de IntenrençãoIII..
53
5l
57 606t
62 79 80 85 869t
Índice
de gráficosGráÍico 01. Volume de Negócios Anuais da Desmor
E.E.M..
30 Gnáfico 02. Refeições e Dormidas no CEFDanuais.
54Gráfico
03.Uflização
dos serviços complementares do CEFDporano...
55Índice
de frgurasFigrra
01. Organograma da DesmorE.E.M..
27 Figura02-Mapada
região de Lisboa e Vale doTejo.
34 Figura 03. Escalões etários em Portugal porsexo..
39Figtna 04. Mapa da7-orn de Rio
Maior..
40ccDRLvT...
Lista
deAbreviatura
AAC.OAF
Associação Académicade
Coimb,ra-
Organismo Autónomo de FutebolAntes de Cristo
Associação Poúuguesa de Certificação Associação Portuguesa de Deficientes Centro de
Alto
RendimentoComissão
de
Coordenaçãode
Desenvolvimento RegionalComissão
de
Coordenaçãode
Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do TejoCâmara Municipal de Rio
Maior
Centro de Estágios e Formação Desportiva Comité Olímpico Internacional
Comité Olímpico de Portugal
Constituição da República Portuguesa Disco
Digital
de VídeoEntidade Empresarial
Municipal
Escola Superior de Desporto de Rio
Maior
Federação de Andebol de Portugal Federação Portuguesa de Atletismo Federação Portuguesa de Futebol Federação de
Triatlo
de Portugal Futebol Clube do PortoInstituto de desporto de Portugal Instituto Nacional de Estatísticas
Associação Internacional
de
Instalações Desportivas e de LazerMinistério
do
Ambiente,
do
Ordenamento
doPNPOT...
Território
e do Desenvolvimento RegionalNomenclattra Comum
das UnidadesTerritoriais
Estatísticas.
Organização Mundial de Saúde
Oeste e VaIe do Tejo
Planos Directores Municipais
Programa
Nacional
da
Política
de
Ordenamento doTenitorio
Parque de Negócios do Vale do Tejo
Plano Regional de Ordenamento do
Território
Quadro de Referência Estratégica Nacional Região de Turismo do Oeste
Sociedade Anónima
Sporting Clube de Portugal
Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto Sport Lisboa e Benfica
Introdução
No
ârnbito
do
Mestrado
em
Gestão
e
Direcção Desportiva
foi
proposto
a realização de um plano estratégico a uma empresa ou entidade pública.O
plano
estratégico consistenuÍna
anrílise detalhadamultissectorial,
não
sóinterna
mas também externa,cujo
resultadoé
analisadoe
sob orientações desta sãopropostas medidas a tomar num futuro
póximo
e a longo pÍaz§.A
minha
opçãoincidiu na
realizaçãode um plano
estratégico nurna empresa municipal deRio Maior,
nomeadamente a DesmorE.E.M..
Esta empresa existe à cercade
dez anos,e tem
diversos pontosde
referênciaao longo da
suahistória.
Além
denotoriedade
junto
das
entidades desportivas
nacionais,
é
tarnbém recoúecida
internacionalmente.
A
Desmor
E.E.M.
foi
criada
com
o
intuito de gerir
instalações desportivas municipais, nomeadamenteo
cornplexo desportivo deRio
Maior,
sendo que ao longo dos anos foram sendo acrescentados alguns objectivos e funções.A
necessidadede
melhoramentodo
desportomunicipal levou
à
criação
da DesmorE.E.M., a
qualtrouxe
umamaior
profissionalizaçãodo
serviço prestado, que neste caso éo
desporto. Este melhoramento através da profissiornlização da gestão é o grandemotivo
erazÃo das empresas municipais.A
gestão do desporto municipal não é nem pode serrrna
cópia exacta da gestão de umaflíbrica
ou
de uma empresa privada.As
funções de promoção de valoreso de integração social, de diversão, e mesmo económica, são necessariamente obrigatórias no modelo de gestão municipal.A
cidadede
Rio Maior e os
seus habitantes estão plenamente integrados no espírito desportivo, o qualfoi
implementado ao longo dos anos pelaCMRM
e a própria Desmor E.E.M.. Apesar deste esforço, existem ainda alguns pontos que merecem uma análise mais profunda e alguns processos melhorados.É neste sentido que este trabalho se insere e que encontra
o
seuobjectivo.
Esteplano
estratégico forneceráà
DesmorE.E.M. e
àCMRM
dadose
ideias que poderão integrar no seu funcionamento diário e na sua planificação.O
presente
trabalho será
apresentado
em
duas partes distintas,
que
secomplementam obrigatoriamente
para
uma
correcta
compreensão
da
realidade municipal e dos objectivos do plano estratégico.A
primeira parte será a anrílise interna eexterna
na
empresa,
enquanto
que
a
segunda
será
o
Plano
Estratégico
de Desenvolvimento da Desmor E.E.M..Parte
I
rl ,
-Análise
Interna
e
Externa
da Empresa
t
\
1.1 -
História
do dineitodespoúivo
A
relação entre
o
direito
e
o
desporto
é
relativamente recente.Apesar
deexistirern algumas leis mais antigas
ou
entidades reguladoras de aspectos relacionados com a actiüdade fisica, esta era habitualmente menosprczada e inconstante.Em 1943 existiarn
já
referências ao deporto e a entidades reguladoras do mesmo, nomeadamenteo
decreto-leide
3
de Agosto
de
1943 que regulamentavaa
educaçãofisica, os
desportose
a
saúde escolar.Neste, os
pressupostoseram
essencialmente relacionadoscom
a
actividadefísica
escolat,visto
quefora
das escolasa
actividade Íisica seria maisdificil
de implementar e controlar na sociedade.Após
os
tempos
ditatoriais que se úveram
em
Portugal,
foi
elaborada a Constituição da Repúbüca Portuguesa, a qual entrou emvigor a25
deAbril de
1976-Apesar
de
não
haver nesta
grandes
ideais
desportivos,
existem alguns
artrgos importantes para o desporto português. O artigo 46o é um destes cÍlsos, este possibilitoua
orgmizaçiiode
associaçõeslivres
sem interferênciade
autoridades públicas. Outro artigo importantefoi
o
79o,o
qual que se refere especificamente à prática desportiva, esegundo
o
mesmo, é das competênciasdo
estado em colaboração com as escolas e asassociações
e
colectividades desportivas,promover, estimular,
orientar
e
apoiar
a prática e a difusão da cultura ffsica e do desporto.Como
analisado anteriormente,a
Constitúção da
República
Portuguesa não integrou muitos dos aspectos específicos do desporto. Comotú
a 13 de Janeiro de 1990foi
criada aLei
de Base do Sisterna Desportivo. Este documentofoi
firndamentalparaa
criação
de
uma política com
basescomuns
em
Portugal,
com as
características específicas do desporto presentes.Além do
apoiojá
mencionadona
Constituiçãoda
República Portuguesa, estedocumento atribuiu ao Estado Português ainda as seguintes funções:
(LBSD,
1990; p03) a)A
vatência educativa e cultural do desporto e a sua projecção nas poHticas desaúde e de juventude;
d)
A
participação das estruturas associativasde
e,lrquadramentoda
actividade desportiva na definição da política desportiva;e)
O
aperfeiçoamentoe
desenvolvimento dos níveisde
formação dos diversos agentes desportivos;0 A
optimização
dos
recursos humanos
e
das
infra-estruturas
materiais disponíveis;g) O ordenamento do
território;
h)
A
redução
das
assimetriasterritoriais
e a
promoção
da
igrraldade de oportunidades no acesso à prática desportiva;i)
A
descentralização e a intervenção das autarquias locais;Este conjunto de atribuições
permitiu ao
desporto português começara
seguirumrumo
homogéneo e constante.Na
Europa estapolítica
de socializtçãodo
desporto existiajá
à alguns anos, o que levou6
rcalização de uma Conferência dosMinistros
Europeus responsáveis pelo Desporto da qual resultouum conjunto
deoito
artigoscom
indicações para os países europeus. Estecorfunto
foi
denominado por "CartaEuropeia de Desporto para Todos", efoi
elaborado em 1975.Estas novas directrizes foram bastante importantes para o desporto na Europa, e
levou à
introduçãodefinitiva do
termo "Desporto paratodos"
nos países membros da actual União Europeia.O
desporto
começoua
ser
encaradocomo direito
universal
e
como
parte integrantesdas
políticas
internas,
sendoque
competia
a
cada governo garantir
o desenvolvimento desportivo em cooperação com entidades privadas.Apesar da tentativa de igualdade universal, existiam ainda algumas mentalidades
e
mesmopoliticas
que não eústiam
uma
total
equabilidade.Um
desses casos eraAtendendo a que as mulheres têm os mesmos
direitos
que os homens, e que no desportoexistiam
diferenças relevantesna
quantidadese
qualidadede prática
entre sexos, era necessárias alterações, efoi
eml98l
quefoi
publicado uma resolução para o maior envolvimento ferninino no desporto.Esta
publicação defendiaque
devia
ser possibilitada
e
encorajadaa
prâtica
desportiva feminina pelos govenrcs,
tal
como a ocupação de cargos administrativos nodesporto
por
parte de
mulheres.
Esta
medida
não se
aplicava
só em
instituições desportivas públicas, mastarnHm
nas escolas e em clubes privados.Até
ao início
de
1990foram
publicados diversas recomendaçõese
resoluções comintuito
de universalizaro
desporto mesmo em grupos sociais mais desprotegidos, nomeadamente os idosos, as crianças, os deficientes fisicos ou mentais, e reclusos entre outros.Tendo ern
conta
que
o
mundo,
tal
como
o
desporto,tiveram
um
enoÍrne crescimento, e quea
Carta Europeia de Desporto para Todos não eramuito
específica, trrgia caracterizar o movimento desportivo. Foiem
1992 qure se publicou um documelrtoque suste,ntou a politica desportiva durante muitos anos.
A
este documentofoi
dadoo
nome de Carta Europeia de Desporto, efoi
criado pelo Conselho de Ministros do Desporto da Europa em Rhodes, na Grecia.Na
carta
está presente,entre outras directrizes,
o
direito da
universalidade desportiva, não apenas nurna vertente recreativa para jovens e adultos, mas também está salvaguardadoo
direito
de prática desportivade
excelênciaa
quem quisere
tiver
ascapacidades necessarias.
Outra
questão que este documento procurou focar-se,foi
em caracterizar com exactidão o conceito de desporto, o qual ficou entendido como:"...todas
as formas
de
actiüdades
fisicas
que,
atravésde uma
participação orgarizadaou não, têm por objectivo a expressão ou o melhoramento da condiçãofisica
e
psíquica,o
desenvolvimento das relações sociaisou a
obtençãode
resultados na competição a todos os níveis." (Carta Europeia doDesporto,l992,p03)
existir
um
consenso
total
nesta
matériq
esta definição tornou-se utilizada
na generalidade.Em
Portugal verificou-se tarnbém estas transformações políticasao longo
dos anos. Em Junhode
2004foi
publicado urnalei
queviria
a revogar aLei
de Bases do Sisterna Desportivo e que ficou denominada porLei
de Bases do Desporto. Esta lei teve apenas três anos ernügor,
sendo revogada em Janeirode
2007 pelaLei
de Bases daActiüdade
Física e do Desporto, a qual se mantêm ainda.Neste
documento
estão
subjacentes
quatro princípios
básicos,
o
da universalidade e igualdade; o da ética desportiva; o da coesão e continuidadeterritorial;
e o princípio da coordenaçáo, da descentralização e da colaboração.
Sendo que a continuação da aposta na promoção e generalizrlrçáo da actiüdade
física
é um
dos objectivos
a
manter. Para este pressuposto,a
administração central propõe-se adoptar medidas nesse sentido, as quais visam desdea
actividadefisica
delazs
até ao desporto de alto rendimento.Aparte destas acções, existem ainda outras que inovaram no ânrbito
do
sistema desportivo português, um desses casos é a criação de uma carta desportiva nacional, que ainda está em execução,e
que contém diversos indicadoresrelativos
ao desporto em Portugal"entre
os
quais
se
encontramo
relatório
das
instalações desportivas, dos espaçosnattrais
de recreioe
desporto,ou
o
relatório
do
associatiüsmo desportivo etuábitos desportivos, entÍe outros.
Simultaneamente
na Europa
iam
sendo criadas condiçõese
regulamentos de definição da política desportiva interna dos diversos governos.Tal
como nos
documentos europeusjá
referidos
anteriormente, tanrbém nos importantes tratadosde
Maastricht
em
1992,o
tratado
de
Helsínquia
em
1999, ou mesmoo
tratado de
Nice
em 2000,
está presentea
preocupryáoe é recoúecida
a importância social do desporto.À
data dareatizaçáio do trabalho, está ainda em processo de ratificação o tratadode Lisboa, que
virá
eventualmentea
revogar
o
tratado de
Nice.
Este processo está dependente da decisãodo
referendo naIrlanda,
este queé
o
último
paísa decidir
seA
nível europeu é ainda de destacar um documento quefoi
elaborado no ano de 2007, e que conternpla apenaso
desporto,o
qual
foi
designadopor
Liwo
Branco do Desporüo. Este documento tempor
objectivodefinir
uma orientação estratégica para o papel do desporto na União Europeia, erecoúecer
as funções sociais e económicas do desporto, respeitando simultaneamente os requisitos da legislação comunitária actual.Para
a
elaboraçãodeste documento
foram
realiza<losestudos
e
consultas aprofundadas,junto
das federações e comités dos respectivos países. Desta investigação surgirame
foram
publicadas, cinquentae üês
medidasa
implementarou
apoiar pela Comissão Europeia nos respectivos estados membros. Este conjunto de medidas formao'?lano
de Acção Pierre de Coubertin".Um
assunto bastante importanteno
mundo
desportivoe
que
foi
recorúecido neste diplomafoi
a "especificidade do desporto". Esta especificidade aqui mencionadaestrá relacionada
com
o
facto
deo
desporto, que estázujeito à
aplicação dos direitoscomunitrários, tem também ao mesmo tempo uma serie de características particulares, as quais foramexaminadas de duas formas e esti[o expostas de seguida.
"A
especificidade das actividades desportivas e das regras desportivas, como ascompetições separadas para homens e mulheres, a limitação do número de participantes nas competições,
ou
aindaa
necessidadede garantir
a
lncerteza dos resultadose
de preservarum
equilíbrio competitivo entre
os
clubes
que
participam
nas
mesmas competições.A
especificidade das estruturas desportivas, nomeadarnentea
autonomiae
adiversidade das organizações desportivas, a estrutura piramidal das competições - desde
o
desportode
base atéao
desportode alto
nível
-,
os
mecanismosde
solidariedade organizados entre diferentes níveis e operadores, a organização do desporto numa basenacional e
o princípio
de uma única federação por modalidade desportiva." (Comissão da Comunidades Europei as, 2007,pl4)
1.2 - Empresas
Municipais
No
final
dos anos
90,
o
quadro legislativo nacional que
regulamenta
o funcionamento das Autarquias Locaisfoi
alterado detal
forma que podernos dizer que, depoisdo
processo de demouatização que ocoÍreu apartir
de
1974,a
Administração Local passou aüver
uma nova frse.A
legislaçãoproduzida
nesseperíodo,
nomeadamentea
lei
no58,a Lei
das EmpresasMunicipais,
Intermunicipais e Regionaisde
18 de Agostode
1998, deu aos municípios, às associações de municípios e às regiões administrativas a possibilidade decriar
empresas dotadasde
capital
próprio,
podendo estasser
de âmbito
municipal,intermunicipal
ou
regional
(E.M, E.I.M, E.R,
respectivamente)para
exploração de actividades que prossigam fins derecoúecido
interesse público.A
criação de empresas municipais, rapidamente se tornou na forma mais usual paÍa as autarquias lograrem os seus objectivos. Assirn, desde queem
1999 se deu esta alteração, foram criadas empresas municipaiscom
os mais variadosfins, tais
como a gestÍio de infra-estruturas de saneamento brísico,o
turismo, a habitação, a educação, aculturq
eo
desporto, entre outros. Segundo a Direcção Geral Das Autarquias Locais, existiamem
2001, cerca defiês
empÍesas intermunicipais, assimcomo
setenta e três empresas municipais, sendo que destas, catorzn têm como objecto actividades de Gestão Desportiva.A29
de Dezembro de2006,foi
aprovada em Assembleia da República, umalei
que revogou a
lei
anteriormente citada-
lei
58/98. Esta"ficou
coúecida
como aLei
n o 53-F12006 de 29 de Dezemb,ro, e aprovou o novo regimejtrídico
do sector empresarial local.As
alteraçõese
a revogação daanterior
lei
aparecemno
seguimento de váriascríticas
a
este modelo
de
gestãolocal.
O àcto
de
existirem
demasiadas empresas municipais e algumas sem razão lógica de existêncra de muitos dos responsáveis destas empresas acumularem caÍgos nas próprias autarquiase
em
empresasprivadas,
e
de existirem empresas com balanço anual economicamente muito negativo, foram algumas das críticas lançadas a este modelo de gestão local.Esta
nova
lei
implementou
diversas alteraçõesà
antiga
legislação.Das
mais relevantes são destacadas as suasi novas designações e divisões, tal coma
criaçdo de umobjecto
social comuma
todas estas empresas, bemcomo
alteraçõesna
rcalização do contrato vinculativo com as entidades locais participativas.Em 2006 as empresas passaÍam a denominar-se entidades empresariais locais, e
na sua denominação deve constar a indicação da sua nafixez4 municipal, intermunicipal
ou
metropolitana
(EEM, EEIM,
EEMT,
respectivamente),sendo
que
esta ultima
adequa-se actualmente apenas
as
fueas metropolitanasde
Lisboa
e
do
Porto.
Estasficaram divididas
emtrês
grandes camposde
actuação delimitadospelo
seu objecto, nomeadamente, empresas encaÍregadasda
gestão
de
serviços
de
interesse geral, eÍnpÍesas encarregadas da promoçãodo
desenvolvimentolocal e regional, e
por fim
empresas encaregadas da gestão de concessões.
Segundo
esta
lei,
são
consideradas"empresas encarregadas
da
gestão
desewiços
de
interesse
geral"
aquelas
cujas
actiüdades
devam
assegurar
auniversalidade
e
continuidadedos
serviços prestados,a
satisfação das necessidades Msicas dos cidadãos, a coesão económica e sociallocal
ou regional e a protecção dos utentes. Estas empresas devem obrigatoriamente celebrar contratosde
gestãocom
asentidades participantes.
Em
relaçãoàs
"empresas encarregadas
da
promoção
do desenvolvimento económicolocal ou
regional",
são assim denominadas aquelas cujas actividades devam assegurar a promoção do crescimento económico local e regional" a eliminação de assimetrias eo
reforço da coesão económicae
sociallocal ou
regional. Estas devem de celebrar contratos-programa com as entidades participativas, onde deveconstar
porÍnenorizadamenteo
seu objecto
e
missão,
bem como
as
funções
de desenvolvimento económico local e regional a desempenhar. Porfirn,
são consideradas "emptresas encarnegadas da gestão de concessões"
aquelas que, não se integrando nasclassificações anteriores, tenham
por
objecto
a
gest2lode
concessões atribuídasipor
entidades públicas. Relativamente à vinculação, estas devem celebnar contratos
com
asentidades públicas concedentes
e com
as concessioniárias, nos quais se identiÍicarn osdireitos
e
ob,rigaçõesdo
concedenteque
são assumidos pelas concessionárias, bem como os poderes de fiscalização que se mantêm na entidadepública
Em
relaçãoao
objecto
social
esta mesmalei
refere
que
"As
empresas têm obrigatoriamentecomo objecto
a
exploração
de
actividadesde
interessegeral,
a promoção do desenvolvimento local e regional e a gestão de concessões, sendoproibida
a
criação
de
empresas
paÍa
o
desenvolümento
de
actiüdades
de
rahxeza
exclusivamente
administrativa
ou de intuito
predominanternente mercantil."
(lei
53-F12006;p.01)Outra
alteração de elevada importânciarcalaaÃa pelalei
no 53/06foi o frcto
da criação das novas entidades empresariais locaister
de obedecer a critériosmuito
mais restritos. Comoreferido
anteriormente, uma das grandes críticasa
este modelo,foi
a pouca regulamentação e os critérios demasiado omissos a estenível,
sendoo
artigo 9oda
lei
53106,"Viabilidade
económico-financetra e racionalidade económica", um tema não existente na legislação anterior.'â
decisãode
criação das empresas, bemcomo a
decisão de tomada de umaparticipação
que confira
influência
dominante,
deve
ser
sempre precedida
dos necessários estudostécnicos,
nomeadamentedo
plano
do
projecto,
na
óptica
doinvestimento,
da
exploração
e
do
financiaÍnento,
demonstrando-sea
viabilidadeeconómica
das
unidades, através
da
identificação
dos
ganhos
de
qualidade,
e
L racionalidade acrescentada decorrente do desenvolvimento da actividade através de uma entidade empresarial." (lei
53-F12006;pp. 02-03)Por
oúro
lado, em relação a subsídios públicos, este mesmo artigodiz
que"A
atribuição de subsídios
ou
outras transferências financeiras provenientes das entidades participantes no capital social exige a celebração de um contrato de gestão, no caso de prossecuçãode
finalidadesde
interesse geral,ou
de um
contrato-programa, seo
seuobjecto se integrar no âmbito da função de desenvolvimento local ou
regional."
(lei
53-F12006;p.03)
Em
relação às empresasjá
existentes,foi-lhes
dadoum
prazode dois
anos apartir do inicio do
ano de 2007 parahzer
a adequação dos estatutos ao disposto nesta lei.Todas estas alterações
à lei
anteriormente citada,lhe
asseguraramuma maior
segurança e solidez, acrescentando-lhe uma regulamentação mais tanativa" e diminuindo os aspectos negativos adjacentes a este modelo de gestão pública.
2 -
Ambiente
Intemo
A
Desmor
E.E.M.,
Entidade Empresarial
Municipal criada
pela
CâmaraMunicipal
deRio Maior,
adiante designadapor CMRM,
teveo
seuinício
deactiüdade
a25
de Janeiro de 2000, tem a sua sede no Centro de Estágios e Formação Desportiva"Largo
Páda Ribeira,
freguesiae
concelhode
Rio Maior e
o
seucapital social
é
de 49.879.7re, (quarentae
novemil,
oitocentose
setentae nove
eurose
setentae
nove cêntimos), integralmente subscrito pelaCMRM.
A
empresa tem como seu objecto, adequado segundoalei
53106, a exploração de actiüdades que promovemo
desenvolvimentolocal
e
regional
nos termos definidos pelaCMRM,
ou seja:a)
A
gestão, manutenção e conservação de instalaçõese
equipamentos desportivos, culturais, recreativos, de laznr, bem como outros prédios urbanose
equipamentos diversos existentesou
a existir,
que sejam propriedadedo
Município de
Rio Maior ou
que sobreos
mesmos,este
deteúa
direitos de gestão, manutenção e conservação.b)
A
promoção, gestãoe
contolo
de eventos, projectos e programasi a desenvolver, designadamente, nas áreas referidas na alÍnea anterior.Tabela 01. Datas
importantes
naformação
da DesmorE.E.M.
25 de Setembro de 1999
Aprovaçáo
da
constituição
da
Empresa
na AssembleiaMunicipal
de RioMaior
24 de Janeiro de 2000 - Escritura de constituição da Empresa
Municipal
23 de Março de 2000 -Publicação no
Diario
da República n.o 70,III
série, da Escritura e dos Estatutos da Desmor, E.M.26 de
Maio
de 2000 - Designação do Fiscal30 de Jurúo de 2000 Assinatura
do
Contrato de Programa edo
Contratode
Comodato
entre
a
Desmor,
E.M.
e a
CâmaraMunicipal
de RioMaior
Fonte: Desmor E.E.M.
2.1 -
Estmtura Organiztcional
Como referido
anteriormente, esta empresaé
gerida sob
a
forma de
gesttloindirecta pela
CMRM.
Cadaum
dos
segmentosestá
programadopara
funcionar autonomamente, sempre sob alçada do conselho de Administração.A
Desmor
E.E.M.
está organizadanuma
estruturabem definida, em que
osserviços estão
divididos
em
seis
sectores,os
quais
estão
à
responsabilidade defuncionrírios
específicos, respondendocom
sucessoàs
necessidades.Os
recursos humanos dos serviços de apoio são todos funcionarios da empresa. Este esquema está demonstrado pelo organograma representado na figura 01.10 de Setembro de 1999 Aprovação da constituição da
Municipal
de RioMaior
na Câmara
26 de Novembro de 1999
14 de
Abril
de 2000r
Constituição
e
nomeação Conselho Geral- Inicio
da actividade da Desmor, E.M.dos
membros
do r I I I I I I I I I I L IFigura
01.Organograma
da DesmorE.E.M.
CÂtrztNL{
MUNICIPAL
RIOMAIOR
CONSELHO
GERAL
FISCALUNICO
Conselho de Administração : Manuel
furtónio
dos Reis BritesDr.
Manuel Mendes Nunes Eng.o José daLuz
ClaudinoDr.
Manuel Nunes Divisão Desporto daCMRM
Centro de Estágio Departamento Administrativo e Financeiro ServiçosApoio
de Complexo de Piscinas: Piscina de 25 mts Piscina de 50 mts Estádio Campos de TreinoSalas
de Judo Pavilhão Polidesportivo Pavilhão Gimnodesportivo Parque Desportivo Carlos CanudoDr.
Pedro SilvaVítor
AlexandreDra.
Adília
SantosVítor
Alexandre2.2 - Recurso Humanos
A
DESMOR"E.E.M.
possui um quadro de pessoalpróprio
regulamentado pelos Estatutos que foram aprovados pelaCMRM
a23 de Dezembro de 2008, no qual os seuscolaboradores são abrangidos pelo regime
jurídico
da lei geral do contratoindividual
de trabalho(Lei
n.'
9912003 de2l
de Agosto); convenções colectivas de trabalhoe
pelasdemais
normasque
integram
o
regulamentodos
recursos humanosda
DESMOR, E.E.M.No final
de 2008, a distribuição dos recursos humanospelo
seuvínculo
e pelo local de trabalho era o seguinte como ilustrado na tabela 02:Tabela
02. Recursos humanos nal)esmor
2008Efectivos Contratados
Requisitados
TOTAL
Piscinas
l6
2 32t
Pavilhões 8 8
Nave do
Multiusos
2 2Administrativos 2 2
TOTAL
53 5-
4 62Fonte: Desmor E.E.M.
2.3 - Recursos Financeiros
No
que
diz
respeito
aos
recursosfinanceiros
da
DESMOR"
E.E.M.,
estesdiüdem-se em receitas provenientes da utilização das infra-estruturas da ernpresa e pelo montante
transferido
pela
CâmaraMunicipal de Rio Maior
com
baseno
conhato-programa realizado.Esta verba
pública
destina-sea
compensaÍa
empresapela prática
de
preços sociais e pelautilização
das instalações desportivaspor
parte das escolase
clubes doconcelho,
e
encontra-se referenciado
na
legislação
actual
e
deve
constar obrigatoriamente no contrato-programa acordado com entidades participantes.Centro de
Estágios
l5
3 1BEstadio e relvados 5 1 6
Parque
desportivo
2 2A
tabela
03
mostra as
contribuiçõespúblicas
da CMRM, de
acordo com
o acordado no contrato-programq desde 2003 até ao ano 2008.Tabela 03.
Contribuição
pública
daCMRM
à DesmorE.E.M.
Ano
Compaúicipação Pública
2004 872.001,96
2006 847.001 ,94
2008 643.813,00
Fonte: Desmor E.E.M.
Este montante atribuído
à
DesmorE.E.M.
era aléo
ano de 2007 relativamente constante.Com
a
definição dos novos estatúos
da
empresaee
como
acordado no contrato-programq a verba cedida pelaCMRM
relativa à cedência do espaço desportivo aos clubes deixou deexistir.
Este pagamento existe na mesma, Ínas agora éfeito
pelos clubes directamente à empresa. Esta é arazÁo da diferença abrupta entre2007 e 2008.Em
relação
às
receitas provenientesda
utilização das
infra-estruturas, temexistido
um
crescimento contÍnuo desdea
sua formação.A
apostae
o
investimento constante no melhoramento das infra-estruturas e qualidade dos serviços prestados sãoos
pilares
basedesta
organuação,
que como
podemosconstataÍ
com
os
valores demonstrados em seguida, temvindo
a crescer gradualmente de forma sustentada e com resultados líquidos sempre positivos, apenas com excepção ao ano inaugural.2003 796.940,91
2005 972.401,96
2007 845.434,4A
Tabela 04.
Volume
de NegóciosAnuais
da DesmorE.E.M.
Ano
Volume
de negócios anuais (em euros)2001 576.186,02
2003 541 .488,76
2005 659.532,24
2007 697.290,86
Fonte: Desmor E.E.M.
O
volume de
negócios anuaisé
também
um
indicador
bem
expressivo da actividade anual deuma
empÍesa,e
podernosverificar
com
estes indicadores, que aDesmor E.E.M. tem sido uÍna empresa constante
napolítica
de melhoramento contínuo.Gráfrco
01.Volume
de NegóciosAnuais
da DesmorE.E.M.
1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0
Volume
de
anuais
Volume de negócios anuais (€)2000
)oÍr1
)m)
2003
)o0Á,?ooq
?Ín6
7íJr]7 2Ín8)
I)
J l.
(
/
-tí
I
/
Fonte: Desmor E.E.M. 2000 2002 2004 2006 2008
I
E
No
ano de 2000, a empresa ainda não funcionou na totalidade dos seus recursos e duranteo
ano todo. Apesar disto, ainda registou umtotal
de 222.070 euros. Em 2008 apesar de terhaüdo
uma subida de 37Yo comparativamentea
2007,pd€
desta zubida deve-se,como referido
anteriormente,à
alteraçãodo
contrato-programafeito
com
aCMRM.
Apesar de estas situações alteraremum
pouco a curva ascendentedo
gráfico, se compararmos apenas desde2001
até 2007,verificamos
igualmente uma subida de c.ercadel8%.
2.4 - Recursos tecnológicos
Neste ânrbito, a Desmor possui como principais equipamentos tecnológicos: Tabela 05. Recurso Tecnológicos da Desmor
E.E.M.
Equipamento
Impressoras Senridores Projector de som Retroprojector Rede WirelessQuantidade
9 1 9 1 1Sistema de vídeo porteiro e
motoÍrzaçáo
I
Fonte: Desmor E.E.M.
Computadorss IO Scanners 1 de vídeo 1
Leitor
deDVD
Programa,de Gestão)
h. 23
- Ambiente Externo
O ambiente
eúerno
é tudo o que rodeia e interfere como
funcionamento de umaorgetrrizaçáo, estando contudo, fora do controlo da mesma. Caracterizando as alterações
externas, estas
podem
ser
vistas como
oportunidadesou
ameaças,caso
sejam consideradas positivasou
negativas paraa
empresa, respectivamente.Por
esta razÁo,torna-se
muito
mais importante
coúecer
ao
ponnenor
toda
a
envolvência
da organização. Apesarde não a
podermos controlar, devemosmonitorizá-la e
procuraraproveitar as
oportunidadesda
maneira mais
ágil
e
eficiente, evitando as
ameaças enquantofor
possível."Aquele que se
coúece
a si mesmo e aoinimigo
lutará cem batalhas sem perigo de derrota. Aquele que não conheceo
inimigo,
mas conhecea si
mesmo, as hipóteses para avitória
ou para a derrota serão iguais. Aquele que nãocoúece
nemo
inimigo
enem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas
"
(SunTrLt -
A
Arte
da Guerra )A
citação acima expostafoi
escritano
contextodo
aperfeiçoamento de tácticas deguerra, sendo
que
actualmente,também
tem
aplicabilidade
no
meio
empresarial. Mantendo as devidas distâncias na compaÍação bélica-empresarial,a
frase supracitada adequa-se perfeitamenteao
presentetema
em
estudo(a
análise detalhadainterna
eexterna).
Os
aspectosgeográficos, demográficos, tecnológicos,
políticos
e
económicos condicionam as estratégias e o desenvolvimento das organizações, pois estes, como não são manipuláveis, estão fora do controlo das empresas. Assirn, só uma empresaflexível
e
com uma
visão
alargadado
mundo que
a
rodeia poderá adaptar-seàs
alterações exteriores, aproveitando as oportunidadesou
minimizando
as ameaças. Deste modo, esta conseguiráter
sucesso no mundo empresarial actual, extremamentecompetitivo
ePara
um
melhor
e
mais
fiícil
conhecimento
desta
envolvência,
torna-se necessário descentralizaras
competências governamentais. Esteé um
dos princípios integrantes da Constituição da República Portuguesa e, apesar de algumas polémicas etentativas de implementação deste mesmo
princípio,
é notória a preocupação do poder central na resolução desta questão.Em
Portugal
foram
formados
organismos
de
descentralizaçãodo
poder, atribuindo-lhes funções de gestão regionalem
vários pontosdo
país.Isto
permiteum
nível
de gestão maispróxima
das autarquias,o
que promove uma melhor adequação àsituação e maior rapidez de resposta.
Um
dos casos supracitados é a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional. Esta é um serviço periferico da administração directa do Estado, no âmbito doMAOTDR,
dotadade
autonomiaadministrativa
e
financeira.Tendo
como principaisobjectivos
a
definição
das bases geraisda
política de
desenvolvimentoregional
noâmbito da política de
desenvolvimento económicoe
social
do
País, executando eavaliando estas políticas Regionais, garantindo que cumprem as norÍnas de gestão, no âmbito da política de coesão da União Europeia em Portugal. (CCDR
LVT,
s/d).Este organismo
é fulcral e
funcionacomo
mecanismode apoio
e
interligação entre a administração central e a local, bem como de ligação entreo
nível regional e o europeu atravésda
gestãodos
Programas Operacionais Regionaise da
CooperaçãoTerritorial
Europeia.Em Portugal Continental foram constituídos cinco destes organismos,
dividindo-se
assimo
Paísem
RegiãoNorte,
Região Centro,
Regiãodo Alentejo,
Região do Algarve e Região de Lisboa e Vale do Tejo. Esta última, a CCDRLVT,
engloba cinco sub-regiões, sendo elas a sub-região do Oeste, sub-região do Médio Tejo, sub-região da Lisboa, sub-região da Península de Setúbal, e a sub-regiãodaLeztrn
do Tejo.Figura
02-
Mapa
da região deLisboa
e Vale doTejo.
Fonte: adaptado de
www.ccdr-lvt.pt
Apesar da criação destes organismos, existe algumas questões que necessitam de uma profunda reflexão e possíveis alterações.
O
capítuloIV
da
CRP refere-se às regiões administrativas, as quais serviriamcomo
delegaçãode
poderes centraispara
um nível
regional.
As
CCDR
são, comoreferido
anteriormente,
organismos
que
em
teoria
funcionam
como
regiões administrativas.A
diferençaé
que estas regiões seriam constituídaspor
dois órgãos, uma assembleiaregional e
por
umajunta
regional,os
quais seriam maioritariamente eleitos democraticamente. Relativamente às CCDR são organismos que preconizamum
desenvolvimento
global
e
heterogéneo doterritório
português, sendo queé um
órgãoeleito
pelo governo centrale
que nãotem
autonomiapolítica
necessária para resolver algumas questões a nível regional.O
tema
da
regionalaaçáo
foi
a
referendo
no
ano
de
1998,e
apesarde
ter
chumbado,
continua ainda
hoje
a
mereceras
atengõespolíticas.
Grandeparte
dos Rio Maior EIE STE Frrgto Tf.,9 PLNIH§T.I. NF SFTTJRAI GR/rHDE LISBâA LEZiNl DO TEJOpartidos se refere a esta situação, como de elevada
importânciaparao
desenvolvimento homogéneo e descentralizado do país.Na
Europa verificamos paísescom
gestões administrativas descentralizadas, ecom algum sucesso. Em Portugal, apesar de estar legislado à mais de
trinta
anos, ainda não se tomou as devidas medidas para implementar este organismo.Na minha opinião a tomada
definitiva
desta política de real descentralizagão seráimportante para
o
desenvolvimento do país,visto
que irá aproximar o centro de decisãopolítica a
quem realmenteé
afectadopor
estas decisões, em especial para as regiões mais desertificadas, as quais estão a ser vítimas de uma política demasiado central.A
administração central do Estado não deve ocupar-se das funções que possamser cumpridas pelas regiões, nem estas se devem intrometer no que
for
melhor resolvido pelo município. Este princípio, que está presente na CRP no artigo 267o,tria beneficiaro
desenvolvimento
regional
e
consequentementeum
melhor
aproveitamento
de território s subaprove itado s.Constantino J. (1999), no seu
livro
intitulado "Desporto, Política e Autarquias", refere-seà
regiorralização como um passo importanteno
desenvolvimento do desportomunicipal e
regional. Apesarde
o território
nacional nãoter
fradições vincadamente regionais,tem
um forte
espÍrito municipal,
sendo queo
desenvolvimento desportivo municipal iria beneficiar com esta descentralizaçáo.Relativamente ao concelho de
Rio Maior,
este pertence aodistrito
de Santarém,e
está inserido nesta sub-região,a
Lezíriado
Tejo,
esta regiãoé
constituídapor
dozemunicípios
e,
segundo
o
(INE
2009),
tem
uma
ráreaterritorial
de
4.267
Km2 correspondendo àNUTS
III
da Leznia do Tejo onde residem 249.588 habitantes.O
coúecimento
da envolvência de um município é de extrema importância, daí a referência a esta nomenclaturautilizada nos estados membros daUnião
Europeia, asNUTS,
quetêm um papel
muito
importante aonível
estatístico das correspondentes regiões.das
intervenções co-financiadaspelos
Fundos Estruturais
e
de
Coesãoda
União Europeia, concretamente noQREN
entre 2007 e 2013.A
elaboração dos PROT insere-senum
programa apresentadopelo
Governoque define
um
conjunto
de
iniciativasprioritarias
com
o
objectivo
de
imprimir
maior
coerência
aos
instrumentos
deordenamento e gestão
territorial.
Estes documentos são formulados em articulação comPrograma
Nacional
da
Política
de
Ordenamento
do
Território, cujos
princípio,objectivos
e
orientações são consagradospelos PROT
e
posteriormentepelos
PDM.(ccDR LVT,
2008)O PROT
OVT,
aprovado pela Presidência do Conselho deMinistros
e publicadoa
6
de Agosto de 2009 emDirírio
da República, ocupa entreo nível
nacional eo
nívelmunicipal uma
posição
chave
para
a
definição das
estratégiase
das
opções
dedesenvolvimento e de ordenamento regional. Sendo
um
instrumentoprivilegiado
para promovera
reflexão
estratégicado
desenvolvimentodo
Oestee do Vale do Tejo
eauxiliar na
tomadade
decisão quanto às opçõesde
desenvolvimentoterritorial.
Este documento tem como áreas de intervenção as sub-regiõesdo
Oeste, Leztriado Tejo
eMédio Tejo
que,em conjunto,
acolhem maisde
800
mil
habitantes distribuídos por8792Í<t*
e 33 municípios dos distritos de Leiria, Santarém e Lisboa.3.1 -
Análise Demográfica
Conforme referido anteriormente,
o
concelho deRio Maior
pertence aoDistrito
de
Santarérn,e
está sob
administração
da
Região
de
Lisboa
e
Vale
do
Tejo, encontrando-se desde2002
ntegrado na regiãoNUTS
II
do Alentejo e
na sub-regiãoNUTS
III
da
Leznia do Tejo. Rio Maior,
de
acordocom
o
INE
(2001) citado
porCMRM
(2004),tem
uma ríreade
271,2 km? englobandoum total
de
14
freguesias econtendo
2l.ll0
habitantes. Este,é
caractefizadopor
uma vasta rede hidrográrfrca, aqual deu o nome ao município, e por uma variedade natural de grutas e espaços verdes a
norte do concelho onde se funde com a Serra dos Candeeiros. O município, que se situa num espaço privilegiado de transição entre a região do Vale de Tejo e
o litoral
Oeste, élimitado
aNorte
pelo concelho de Alcobaçae Porto
deMós, a
Sulpelo
concelho daAzambuja,
a
Oestepelo
concelhodas
Caldasda
Rainhae
Cadaval,a
& Este
pelo concelho de Santarém.(CMRM,
s/d;CMRM,2004)
Deste cnncelho,
a
freguesia deRio Maior
para além de sera
maior,com
uma áreade 90
Km2,é
tambéma
que
tem
o
maior
númerode
habitantes(com
11.532 moradores), sendo que esta freguesiatem
mais de
metade dos habitantesde
todo
o concelho.Estrutura Etária
A
tabela
06,
demonstraas faixas
etáriaspor
freguesiasdo
concelhode
RioMaior,
nomeadamente os jovens e os idosos.Tabela 06
-
Distribuição percentual da
população das freguesias
de
Rio
Maior
entre 0-14 e mais de 65 anos. (2001)Total
0-14Arruda
dos Pisões 10,60/0t17
27,5% 65+ 45 425 Assentiz 424 59 13,go/o 87 20,5% Fráguas 945 148 15,7oÁ 176 19,60/0Outeiro
daCortiçada
Rio
Maior
11532 S. Sebastião 564Vila
daMarmeleira
4tt
829 106 1862 74 13,1% 130 12,8% 194 23,4oÁ16,l%
t87 t 16,20/o 94 68 16,5% 23% 22,9o/oConcelho
2ttt0
3258 15r4o/o 3864 18r3o/oo//o
Arrouquelas
608 25,zYo ,/o 1 132r5%
144 16,40/o 126 50 108 92 184 20,7o/o da 887 124 L4%Vila
dasAlcobertas
2033 358 17,60/0 17,7%Como está demonstrado na tabela
06 e
segundoo INE
(2009), apesar de RioMaior
ser um concelho com um Índice de envelhecimento(de
133,3)inferior
à média da sua sub-região da Lezíria do Tejo (de 147,8), é notória a diferença entre este concelho ea média
do
País (115,5). Em termos de percentagem da populaçãopor
grupos etiários,em Portugal,
l5,2Yoda
populaçãotem
menosde
15
anos, enquantoque
l7,6Yo da mesma, tem mais de 65 anos. Por outro lado e confirmandoo
índice de envelhecimentoreferido
anteriormente,eÍr
Rio
Maior
l4,3lo/o dos residentes tem menosde
15 anos elg,lyo
da
populaçãotem mais de
65
anos.Apesar
destes dadosdo
município,
afreguesia de
Rio Maior
tem uma percentagem semelhante de jovens e idosos, sendo no entanto, as freguesias confinantes, as responsáveis por esta diferença.Tabela 07
-
Índice
de envelhecimento e escalões etáriospor
regiões do País Populaçãopor
escalãoetário
e percentagensÍndice
deEnvelhecimento
Lezína
doTejo
Rio
Maior
RegiãoPortugal
l.62299l
l5,Zo/o 35322
l4,l%
3.124
14,30/014533
66,60Á Fonte:INE
2009 1 15,5 147,84.165
19,l%
133,3 15 7.130050
67,20Á 1874
209
17 ,60/0162064
6s% 52202
20,90/00-
t4
+65
Anos
Figura
03. Escalões etários emPortugal
por
sexo PonugalHonrens ttlu llreres
l,oo o,üo 0,60 0,40 o,2o o,oo o,2o
o,4o0,60 o,ü0
l,oor1S8
2{n8
Fonte:
INE
2009Na figura 03 é visível a pirâmide etária de Portugal no ano de 1998 e 2008, este
demonstra que a população portuguesa está a envelhecer muito rapidamente em relação
à taxa de natalidade verificada, estando
a
ârea assinalada a vermelho a indicar o escalão etario com maior número de habitantes em Portugal. Assirn, verifica-se que em 1998 o escalão ettírio com maior significância era entre 20 a 25 anos, enquanto que passadosl0
anos,o
escalão mais signifrcante éo
de 30 a 35 anos. Esta conclusão seria considerada perfeitamente normal caso fosse analisada num panoraÍna simplista, contudo analisando na globalidade, verifica-se que desdeos finais
dos anos70,
que a taxa de natalidade sofreu uma grande quebra, não tendo ainda sido repostaNo
ano de 2008, a população activa portuguesa representava67,lyo
da população total do país.l0O+ 95 90 t5 to 75 70 65 60 tt 50 +t {o It t0 25 20 It t0 t 0 a --ra .I -I IIII r
J
b D E--
-3.2 -
Principais
Acessibilidades do ConcelhoO
concelho é servidopor
alguma das estradas mais importantesdo
País, como tambémpor
algumas secundiírias.É
contornado lateralmente pelas auto-estradasAl
eA8,
sendo atravessado pelaA15,
estrada quefaz
a
ligação entre Caldasda
Rainha eSantarém.
Ao
nível
de itinenários complementares,o
concelhotem
ligação como
IC2 que faz a ligação comLeiria.
E ainda dereferir
a existência de estradas nacionais comoa
Nl14
e a N361.(CMRM,
s/d)Figura
04.Mapa
daZrl,na deRio
Maior
Fonte: adaptado de Google
3.3 - Análise Económica
Na
última
decada, segundoos
indicadoresdo
INE,
a taxa de emprego em RioMaior
aumentou consideravelmente.Uma
das razões relaciona-secom
a
entrada em larga escala de pessoasdo
sexofeminino no
mercado de trabalho, alterando a taxa de actividadedo
sexo feminino de 27 ,7%o em I 99I
para 39,7o/o parao
ano de 2001.
Oufra razÁo e por consequência à anteriorfoi
o
aumento do emprego e dependência do sector terciário.(CMRM,
2004)Actualmente
no
concelho
de
Rio
Maior
veriÍica-se
que
existe
uma predominânciado
sector tercirírio
relativo
ao
trabalho.
No
ano
de 2001,
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Vale úe Santarêm tclE
rÊ5 L-A8 AT tPt E01 Varzeaemprego era
no
sector terciário, enquanto que 9Yo e 37Yo eram distribuídos pelo sectorprinlário e
secundário, respectivamente.Na
freguesia deRio
Maior
a percentagem de emprego no sector tercirírio situava-se nos 61,5oá.(CMRM,
2004)Outro
fenómeno, associadoem
grande escalaao
sectorterciário,
é a
elevada percentagemde
trabalhadorespor
conta
de
outrern,
com uÍna taxa
de
77,6yodo
total de
9306
residentes empregadosno
concelhode
Rio
Maior.
Apesar
de
o concelho apresentar umatara
de desempregoinferior
à verificadano
Pafu, verifica-se queno
ano de 2006,o
súário
médio de Portugal era de 934 euros mensais, enquanto que no concelho o valor erabeminferior,
cerca de 826 euros.(CMRM,
2000;
(INE
yd)
3.4 - Análise Tecnológica
Em Março de
2009, foram
iniciadasem
Rio Maior,
as obrasdo '?arque
de Negóciosde
Rio Maior".
Esta construção partede
um
projecto
a nível
Regionaf
o Parque de Negóciosdo Vale do Tejo,
que consiste na criação de ríreas de localizaçãoenrpresarial
que
oferecem condições
quaüficadas
e
de
exigente qualidade
no desenvolvimento de actiüdadeserpresariais
denaixezaindustrial,
logística" comerciale de
serviços. Estes espaços oferecem ainda diversas regaliasao
nível
empresarialo nomeadamente isenções fiscais, incentivos financeiÍos entreoutos. (PNVT,
Vd)As
áreasde
localizaçÍio empresarialpodem
servir
paraa
fixação
de
vários empreendimentosde
diversos contextoscomo
empresas, escolas, escritóriose
vários outros serviços. Aparte deRio Maior,
serão tarrbém construídos parques de negócios em Santarem/Cartano, OurémlFátimao Torres Novas e Santarérn(PI.M,
Yd)Em Rio Maior
esta
concessãofoi
entregueà
empresaDepomor,
S.A.
Este empreendimento será a primeira área de localização empresarialdo
Pafu,e
situar-se-ájunto
ao nó de acesso àAl5,
o que lhe confere um óptimo espaço de acesso rodoviário. Este projecto terá uma área com cerca de 650.000fr,
e trâ criar emRio
lMaior cerca de1.808
posto de
tabalho.
Para além
destes empÍegos, serãocriados
com os outos
se situar
namnade
Alcochete, este irá pertencer tanrbém à mesma região administrativa de Lisboa eVale do Tejo.
Eústemjá
estudos deviabilidade
para a construção deum
novo traçado
ferroüário
ligando oNovo
Aeroporto de Lisboa à Linha doNorte
naz.ona de Santarém. (CCDRLVT,
2008)Os dois
planosde
investimento tecnológicosreferidos
anterioÍmente, poderão proporcionar grandes opoúunidadesde
desenvolvimentona
sub-região da Lezkla. do Tejo e particularmente no Concelho deRio Maior.
A
utilização de sinergias entre estesdois projectos e todos os
outos
recursosjá
existentes nomunicípio
serão com certeza uma grande mais-valia para o País.3.5 - Análise
Política
Pautada
fortemente
por
ideais alternativos,
como as políticas
arrbientais
etarrbém políticas desportivas, a cidade é mencionada como a "Cidade do Desporto"