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Guia móvel de biodiversidade para trilhos pedestres

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Guia Móvel de Biodiversidade para Trilhos Pedestres

Dissertação de Mestrado em

Comunicação e Multimédia

Nome do candidato

Luís Carlos do Calvário Estevens Vidinha Vieira

Orientadores

Professor Doutor Luís Gonzaga Mendes Magalhães

Professor Doutor Emanuel Soares Peres Correia

Composição do Júri:

___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________

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Agradecimentos

Fundamentalmente, gostaria de agradecer aos meus orientadores, Professor Doutor Luís Gonzaga Mendes Magalhães e Professor Doutor Emanuel Soares Peres Correia, pelo apoio prestado no desenvolvimento, assim como toda a disponibilidade que demonstraram diariamente ao longo desta jornada, em especial ao Professor Luís Magalhães que dispôs algum do seu tempo de férias para me orientar.

Importante referir também, o apoio de colegas e amigos, pela motivação que sempre me deram, em especial à Margarida Pinto, que me acompanhou mais de perto nesta última caminhada, dando sempre total disponibilidade para ajudar.

Por fim, à minha família, que tiveram um papel fundamental na conclusão deste percurso, a todos os níveis.

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Resumo

A preservação da biodiversidade é fundamental para o bem-estar humano, uma vez que é o suporte do ambiente em que vivemos e do qual dependemos para sobreviver, assim como é de extrema importância para o desenvolvimento económico. A educação e a sensibilização ambiental assumem um papel importante na consciencialização das populações para a preservação da biodiversidade, conduzindo as pessoas a uma mudança de atitudes e comportamentos que as leve a participar mais ativamente na resolução destes problemas. A realização deste tipo de iniciativas de uma forma contextualizada, colocando as pessoas no meio ambiente, potencia o poder da mensagem que se pretende transmitir.

Existem diversas iniciativas e organizações que têm como um dos seus principais objetivos a promoção da preservação da biodiversidade, e as quais já recorrem a aplicações informáticas no apoio à divulgação e sensibilização para a conservação da biodiversidade. A maioria dessas aplicações assenta no acesso a bases de dados, com informação diversa, e na sua disponibilização através de páginas Web. Porém, estas aplicações não permitem que os seus utilizadores recebam uma informação contextualizada, isto é, torna-se mais difícil fazer um mapeamento entre a informação disponibilizada e a realidade.

Por outro lado, existe no território nacional uma vasta rede de trilhos pedestres que cobrem quase toda a sua extensão. Estes trilhos, geralmente, atravessam locais com uma grande beleza paisagística e cultural, mas permite também, ao visitante, ter um contacto direto com a biodiversidade existente em cada uma dos locais.

Assim, esta dissertação tem como objetivo a criação de um guia móvel para a biodiversidade encontrada nos percursos pedestres. Esta aplicação irá fornecer informações ao utilizador sobre a fauna e flora presentes nestes percursos, dependendo da sua localização e orientação.

Durante o processo de desenvolvimento foi criada uma base de dados georreferenciada, ou seja, colocada informação sobre um elemento da biodiversidade existente, juntamente com a sua localização (latitude e longitude). Esta base de dados permite aceder a informação sobre a biodiversidade existente num determinado local, através do relacionamento entre a localização do utilizador (coordenadas GPS) com a informação de localização dos elementos contidos na base de dados. Para além da aplicação móvel propriamente dita, foi criada uma aplicação de back-office que permite gerir a base de dados.

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Abstract

Preserving biodiversity is fundamental for human's well-being: it surrounds us and holds us, our survival and economy depends on it. Education and environmental awareness play a major role making people care for preserving biodiversity: it drives people to actively preserve the environment. This kind of initiative's message is better received when it's contextualized, when people is surrounded by nature.

There are several iniciatives and organizations whose main purpose is to promote biodiversity preservation, using computer applications to publicize their activities. Most of these applications use databases that, although they are loaded with information, lack the user's location to provide information in the user's current ontext. This prevents the user from easily relationg the information shown with what they are currently seeing.

On the other hand there is a vast network of trails that almost cross our whole nation. These trails not only connect culturally rich, beautiful sceneries but they also allow the visitor to come into close contact the biodiversity of those scenic locations.

Thus, the main goal of this thesis is creating a mobile guide for the biodiversity found around and on trails. This application will provide information about the Fauna and Flora present on the trails to users depending on location and orientation.

During the application development was created a georeferenced database. In other words, the information was matched with its location (latitude and longitude). This database allows access to the information about the existing biodiversity in a particular location though the relationship between a user’s location (GPS coordinates) and the location information of the database entries. There is a back-office application for database management.

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Índice Geral

Agradecimentos...v Resumo...vii Abstract...vix 1. Introdução...1 1.1 Enquadramento e Motivação...1 1.2 Objetivo da Dissertação...3 1.3 Estrutura do Documento...4 2. Estado da Arte...5

2.1 Promoção e Sensibilização para a Preservação da Biodiversidade...5

2.2 Tecnologia na Preservação...8

2.3 Aplicações Móveis...9

2.3.1 Análise de Aplicações Móveis Lúdicas...10

2.3.2 Análise de Aplicações Móveis Informativas...11

2.3.3 Análise de Aplicações Móveis Científicas...14

2.3.4 Análise de Aplicações Móveis Abrangentes...18

2.3.5 Quadro-resumo de Aplicações Móveis...20

2.3.6 Análise de Aplicações Móveis Contextualizadas...20

2.3.6.1 Inaturalist...21

2.3.6.2 PlantTracker...22

2.6.3.3 Quadro-resumo de Aplicações Móveis Contextualizadas...25

3. Especificação da Proposta de Guia Móvel...27

3.1 Arquitetura da Aplicação...27

3.1.1 Apresentação Geral...27

3.1.2 Requisitos da Aplicação...29

3.1.2.1 Requisitos Funcionais – Cliente Móvel...29

3.1.2.2 Requisitos Não-funcionais – Cliente Móvel...30

3.1.2.3 Requisitos Funcionais – Servidor...30

3.1.2.4 Requisitos Não-funcionais – Servidor...31

3.1.3 Modelo de Dados...31

3.1.4 Especificação Funcional...33

3.1.4.1 Cliente...33

3.1.4.2 Servidor – Backoffice...35

4. Implementação do Guia Móvel...37

4.1 Servidor...37

4.2 Aplicação Móvel...39

4.2.1 Diagrama de Classes...39

4.2.2 Interação JSON...40

4.2.3 Funcionamento da Aplicação...41

4.3 Aplicação Web de Backoffice...50

4.3.1 Funcionamento da Aplicação Web de Backoffice...50

5. Conclusões e Trabalho Futuro...53

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Índice de Figuras

Figura 1: Aplicação Móvel Memórias da Natureza...10

Figura 2: Aplicação Móvel Memórias da Natureza...11

Figura 3: Aplicação Móvel Green Tips...12

Figura 4: Aplicação Móvel Species Finder...13

Figura 5: Aplicação Móvel Touit...15

Figura 6: Aplicação Móvel Pinneggiando...16

Figura 7: Aplicação Móvel Field Guide South Australia...18

Figura 8: Aplicação Móvel Biodiversity is Us...19

Figura 9: Aplicação Móvel Inaturalist...22

Figura 10: Aplicação Móvel PlantTracker...24

Figura 11: Arquitetura da Proposta de Aplicação Móvel...28

Figura 12: Diagrama de Entidade Relacionamento Para a Aplicação Proposta...32

Figura 13: Tabelas e Respetivos Campos da Base de Dados...32

Figura 14: Fluxograma - Aplicação Móvel...34

Figura 15: Fluxograma - Backoffice...36

Figura 16: Esquema de Diretorias do Servidor em Árvore...37

Figura 17: Esquema da Diretoria do Ficheiro httpd.conf em Árvore...38

Figura 18: Edição de Permissões...38

Figura 19: Diagrama de Classes - Aplicação Móvel...40

Figura 20: Diagrama de Interação JSON...41

Figura 21: Ecrã Inicial - Aplicação Móvel...42

Figura 22: Página de Registo - Aplicação Móvel...43

Figura 23: Página c/ Mapa - Aplicação Móvel...44

Figura 24: Página c/ Mapa e Menus Seguintes - Aplicação Móvel...45

Figura 25: Página de Listagem da Biodiversidade - Aplicação Móvel...46

Figura 26: Página de Listagem da Biodiversidade c/ Conteúdos Filtrados - Aplicação Móvel...47

Figura 27: Página c/ Elemento de Biodiversidade Selecionado...48

Figura 28: Página de Captura de Imagem - Aplicação Móvel...49

Figura 29: Página c/ Imagem Capturada - Aplicação Móvel...49

Figura 30: Formulário de Autenticação de Administrador - Aplicação Web de Backoffice...50

Figura 31: Formulário de Autenticação de Administrador c/ Valores Inseridos - Aplicação Web de Backoffice...51

Figura 32: Resposta a Valores Incorretos - Aplicação Web de Backoffice...51

Figura 33: Página c/ Administrador Autenticado - Aplicação Web de Backoffice...52

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Índice de Tabelas

Tabela 1: Quadro-resumo - Aplicações Móveis...20

Tabela 2: Quadro-resumo - Aplicações Móveis Contextualizadas...25

Tabela 3: Requisitos Funcionais do Cliente Móvel...29

Tabela 4: Requisitos Não-funcionais do Cliente Móvel...30

Tabela 5: Requisitos Funcionais do Servidor – Backoffice...30

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1. Introdução

1.

Enquadramento e Motivação

A biodiversidade, segundo a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, é a diversidade de organismos vivos de qualquer fonte, incluindo, entre outros, os ecossistemas terrestres e marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que formam parte (Nacional, 2013); a biodiversidade compreende a diversidade entre cada espécie, entre as espécies, e dos ecossistemas. A sua preservação é fundamental para o bem-estar do ser humano, uma vez que é a biodiversidade que suporta o ambiente em que vivemos e do qual dependemos para sobreviver.

A preservação da biodiversidade assume hoje em dia, quer a nível nacional quer internacional, um papel preponderante dada a sua importância para a nossa subsistência, e da qual depende a nossa prosperidade económica, social e ecológica. Para a economia mundial, sabe-se hoje, que cerca de 40% da sua totalidade e 80% das necessidades das populações dependem dos recursos biológicos, dado a biodiversidade ser o suporte ambiental tanto para a vida humana como de outros seres vivos, visto que o desaparecimento de algumas espécies pode causar a extinção de outras. (Lipor, 2015) Ban Ki-Moon, secretário-geral das Nações Unidas, afirmou, no âmbito do Dia Internacional da Diversidade Biológica, que “a variedade de vida na Terra é essencial para o bem-estar das gerações atuais e a conservação, recuperação e uso sustentável da diversidade biológica pode ajudar a resolver vários desafios da sociedade” (Naturlink, 2015), e que exemplificou afirmando que “a proteção dos ecossistemas e a garantia do acesso aos seus serviços pelos pobres e pelos grupos mais vulneráveis são essenciais para erradicar a pobreza extrema e a fome [e que] a redução da desflorestação e da degradação do solo e a potenciação do armazenamento de carbono das florestas, das zonas secas, das zonas montanhosas, das pastagens e das áreas agrícolas pode gerar benefícios sociais e económicos significativos e são formas eficazes e económicas de mitigar as alterações climáticas”. (Naturlink, 2015) É também importante referir que apesar da sua utilidade, a sua preservação tem valores intrínsecos, apenas por existirem, independentemente do uso ou benefícios diretos. Esta é também para a sociedade fonte de inspiração, quer artística, cultural ou científica. (Naturlink, 2009) Existem ainda valores do ponto de vista ecológico, por exemplo, os ciclos da água e do ar permitem a reciclagem de nutrientes que dependem da variedade das espécies. Exemplo do efeito da biodiversidade na saúde dos ecossistemas é o efeito das plantas

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leguminosas que tem como capacidade a fixação do azoto atmosférico. A importância da diversidade passa neste caso específico por manter o equilíbrio, sem deixar que exista em excesso ou em defeito o número de cada espécie.

Assim, a biodiversidade, apesar de constituir um elemento muitas vezes relegado pelo ser humano, deverá passar para primeiro plano pois não existe modo de subsistência, atualmente, sem a diversidade biológica que envolve os centros urbanos. Deste modo, é necessário aproximar a população ao meio rural, familiarizando-a não só para conhecimento do meio envolvente, mas também alertar para a importância que cada espécie tem direta ou indiretamente na vida humana.

Para promover a preservação da biodiversidade, existem atualmente uma série de projetos de voluntariado a realizar em grandes áreas. Para áreas maiores existem projetos de plantação de árvores, proteção e vigia de áreas florestadas e recentemente reflorestadas, limpeza das mesmas, criação de pontos de observação e sinalização em pontos florestais de maior afluência. Os centros de reprodução de espécies em vias de extinção dão também força ao combate de algumas espécies em risco, assim como o papel desempenhado por algumas organizações que se dedicam a lutar pelos direitos da biodiversidade e subsistência do planeta, como a WWF e a Greenpeace.

Com foco na sensibilização da população para os reais valores da biodiversidade, assim como para alertar para os perigos do seu desaparecimento, deverá ser aumentado o investimento para a sua preservação. Esse investimento deverá passar não só pelas mais variadas iniciativas, casos da divulgação para os perigos do decréscimo, já apresentadas com alguma regularidade por organizações tanto nacionais como internacionais, como ainda aliar os esforços às tecnologias existentes, como é o caso da internet que, aliada às aplicações móveis e por si só, deverão ter um papel fundamental no combate ao empobrecimento do número de espécies.

Atualmente, existe um grande número de serviços que recorrem a estes meios tecnológicos, com um maior foco na web, onde quase todas as organizações e projetos têm associados uma página de divulgação, como também já se verifica a introdução de algumas aplicações móveis destinadas à promoção e sensibilização para a preservação da biodiversidade. No entanto, estas aplicações são hoje em dia na sua grande maioria, páginas web adaptadas ao formato de aplicação móvel para possibilitar uma maior facilidade de navegação ao utilizador, não acrescentando conteúdo com outro tipo de interatividade.

(17)

Por outro lado, o território nacional contém diversos trilhos pedestres, cobrindo uma grande parte da sua extensão. A grande maioria desses trilhos atravessa locais com uma grande beleza paisagística e cultural, mas permite também, ao visitante, ter um contacto direto com a biodiversidade existente em cada uma dos locais. Com a existência destes trilhos e a sua utilização pretende-se que a população, ao usufruir do meio rural, seja educada para a preservação do seu meio envolvente. Uma boa divulgação destes espaços com recurso à tecnologia multimédia, é importantíssima para sensibilizar e aproximar a população da natureza.

A banalização da utilização dos dispositivos móveis, principalmente de smartphones ou

tablets, e a existência de ferramentas que permitem, de uma forma simples e rápida, criar

aplicações para dispositivos móveis com acesso a informação de GPS, levou à ideia de criar uma aplicação móvel para apresentar informação sobre a Biodiversidade existente nos percursos pedestres. Deste modo, aproveita-se o facto das pessoas percorrerem os percursos pedestres para fornecer informação contextualizada sobre a biodiversidade existente no local.

2.

Objetivo da Dissertação

O objetivo principal desta dissertação passa pela criação de um guia móvel para a biodiversidade encontrada nos percursos pedestres. Esta aplicação irá fornecer e recolher informações acerca da fauna e flora presentes nestes percursos, tendo como base a utilização do sistema GPS e os dispositivos móveis Android.

Durante o processo de desenvolvimento será criada uma base de dados georreferenciada, ou seja, uma base de dados que armazene informação sobre elementos de biodiversidade, juntamente com a respetiva localização geográfica com o objetivo de criar uma relação entre a informação da espécie e o local em que esta se encontra. A aplicação deverá permitir ao utilizador consultar num mapa elementos de biodiversidade encontrados naquelas áreas, bem como adicionar novos e disponibilizá-los a outros utilizadores.

Uma vez que é muito difícil destinar esta aplicação a todo o território nacional, foi escolhido Vila Real como caso de estudo, onde a vasta biodiversidade encontrada no concelho, assim como a melhor facilidade de acessos e possibilidade de contribuir para a divulgação dos trilhos pedestres, será uma mais-valia para esta dissertação.

(18)

3.

Estrutura do Documento

Quanto à estruturação deste documento, pode afirmar-se que se organiza em 5 capítulos, descritos nos seguintes parágrafos.

No capítulo 1 é feito um breve enquadramento aos temas que serão abordados neste trabalho, dando a conhecer alguns dados relativamente à importância da conservação da biodiversidade, juntamente com alguns projetos existentes para este fim, identificando a motivação para a realização deste trabalho, para então apresentar o objetivo principal deste trabalho e termina com uma breve apresentação da estrutura deste documento.

No capítulo 2 é feita uma análise do estado da arte, que passa, inicialmente, por retratar o tema da sensibilização e promoção da preservação da biodiversidade, juntamente com uma abordagem da forma como as tecnologias de informação têm sido usadas para esse fim, analisando algumas aplicações móveis, tanto no contexto da promoção e divulgação da biodiversidade em geral, como no contexto de aplicações que utilizem os mesmos serviços que este guia móvel.

No capítulo 3 é apresentada a proposta da aplicação quanto à sua arquitetura, a identificação dos requisitos funcionais e não funcionais da aplicação a desenvolver, a definição da estrutura da base de dados e uma especificação funcional da aplicação.

No capítulo 4 é apresentada a implementação da aplicação proposta no capítulo 3, sendo abordados temas como a implementação do servidor, da aplicação móvel e da aplicação de back-office. Posteriormente é detalhado o funcionamento da aplicação, com recurso a imagens exemplificativas no contexto do cliente móvel e servidor.

Por fim, no capítulo 5 é são apresentadas as conclusões obtidas com a realização deste projeto, juntamente com hipóteses que o tornem uma solução viável para comercializar, disponibilizando-o na Google Play, focando algumas de sugestões que o tornem numa solução viável.

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2. Estado da Arte

1.

Promoção e Sensibilização para a Preservação da

Biodiversidade

É do conhecimento geral o aumento da degradação da diversidade biológica. É um problema a nível mundial e encontra-se ligado à redução do Carbono no planeta devido à não preservação da biodiversidade, a qual, por sua vez, tem influência no clima. Estas alterações climáticas aumentam o risco de incêndios, cheias e secas. Por conseguinte, os incêndios e os outros efeitos destas alterações levam à desertificação, que reduzem os níveis de Carbono e aumentam os de Dióxido de Carbono. As catástrofes acentuam a redução das espécies em maior abundância e é desregulada a diversidade biológica através do aumento e redução dos números de umas espécies, em compensação de outras. Estas alterações levam à perda da biodiversidade.

Com a perda de uma espécie, dá-se o “efeito dominó”, perdendo-se outras, e acelerando o aumento da desertificação e erosão dos solos. A perda destes elementos aumenta ainda mais a desertificação que acentua a redução de Carbono e leva a mais alterações climáticas.

O foco na floresta não deve deixar de ser referido, e, segundo Jaime Webbe, responsável pela Convenção em Diversidade Biológica, é nas florestas que se encontram dois terços das espécies terrestres que dependem não só destas áreas florestais, assim como das cerca de 8.000 espécies de árvores, aproximadamente 9% do total, em vias de extinção (Desertification, 2011). Tendo como informação os resultados globais apresentados pela ICNF, da totalidade das espécies a nível mundial em vias de extinção, são os peixes de água-doce ou dulciaquícolas e migradores que apresentam a maior percentagem nas Categorias de Ameaça (CR - Crítico, EN – em Perigo, VU - Vulnerável), cerca de 63%. As aves e os répteis em conjunto representam 31%, enquanto os mamíferos e os anfíbios ocupam 29% e 12,5%, respetivamente (Florestas, 2012).

A mesma fonte revela que, no caso Português, 257 (46%) espécies foram classificadas na Categoria de Ameaça como Pouco Preocupante (LC), 66 (12%) espécies com informação insuficiente para classificar (Informação Insuficiente – DD), mas 42% das espécies nacionais encontram-se abrangidas pelas categorias mais perigosas de extinção (CR, EN e VU), assim como categorias com algum alarme (Quase Ameaçado – NT e Regionalmente Extinto – RE). O

(20)

ICNF enumerou 19 espécies extintas regionalmente, caso do Esturjão, o urso-pardo e ainda 17 espécies de ave (Florestas, 2012).

Apesar de existirem provas da degradação que com o decorrer do tempo se tornam mais evidentes e desastrosas, e que cada vez mais se fazem sentir, há que unir esforços para tentar inverter o estado da degradação atual. Para tal, existem várias medidas a praticar no quotidiano, assim como uma série de projetos, mundiais, nacionais ou até regionais que, com a ajuda de todos, podem vir a inverter o sentido de decadência nos ecossistemas.

Em 2009, no âmbito do “2010, Ano Internacional da Biodiversidade”, o Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica, fez uma publicação com 52 medidas (Sciences, 2009) para inverter as tendências de degradação da biodiversidade. Estas medidas incluem, desde medidas de poupança e reutilização dos recursos, como também a divulgação e preservação da biodiversidade. É focado nesta publicação, a redução de emissões de gases com efeito de estufa, a conservação dos aparelhos elétricos, com o objetivo de preservar os minerais neles usados, como é o caso do cobre, cobalto e chumbo, a utilização de locais destinados a detritos, promovendo a reciclagem, a compra de produtos biológicos não poluentes e responsabilidade na utilização da água. Para preservação e divulgação foram tocados outros pontos, como a divulgação da biodiversidade no local de trabalho, incentivar o município a jardinar de forma biológica, ou seja, utilizar espécies locais para a ornamentação das localidades, eco-voluntariado, criação de refúgios naturais para a biodiversidade que podem passar por facilitar os acessos na área de residência e, de forma responsável apoiar associações ambientalistas.

As associações ambientalistas têm vindo a ser determinantes na divulgação e na tentativa de inverter a tendência da degradação. Desde a preservação de algumas espécies em específico, como parques naturais e até mesmo algumas intervenções mais radicais, no caso da GreenPeace. A verdade é que ainda estão longe de ser suficientes e é preciso um maior investimento das nações, não só para mudar algumas políticas, como mudar as mentalidades dos povos.

A World Wide Fund for Nature – WWF – é uma organização que tem vindo a trabalhar nesse sentido, através de donativos para a preservação de algumas espécies em vias de extinção, como algumas áreas fundamentais para a sobrevivência de centenas de espécies. Atualmente, encontram-se focados na preservação dos Tigres, como elemento único e em vias de extinção, mas também na Amazónia e no Ártico, e contam com projetos de transformação do mercado internacional, através de produções animais mais controladas e pesca inteligente

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(Nature, 2015), ou seja, sem danificar a sobrevivência de espécies.

Em Portugal, esta organização também conta com alguns projetos, como a tentativa de salvar a Águia Imperial (Nature, 2015) bem como a de preservar áreas de bosques de Sobreiro[20]. No entanto, existem outros programas em Portugal que têm como objetivo a preservação de espécies em vias de extinção e promoção de áreas protegidas. É exemplo disso, o caso do Lince-Ibérico, que neste momento é o felino mais ameaçado do mundo mas que para a recuperação do número da espécie já existe em Portugal o Centro Nacional de Produção em Cativeiro, em Silves (Naturlink, 2009). Existem também 13 Parques Naturais espalhados pela área portuguesa (Florestas, 2012), de entre os quais o Montesinho, Litoral Norte, Alvão e Douro Internacional, que têm como objetivo a preservação da Biodiversidade a longo prazo com o objetivo de possibilitar a continuidade da atividade da agricultura e pecuária nesses locais.

O Concelho de Vila Real, como concelho no qual o Parque Natural do Alvão (Florestas, 2013) se insere, tem neste momento o Programa de Preservação da Biodiversidade de Vila Real (Real, 2015), que conta com dois projetos. Um deles, intitulado “Proteger é Conhecer” (Real, 2015), com área de intervenção no já referido Parque Natural do Alvão, promove uma série de iniciativas. Estas iniciativas, como forma de divulgação, contam com Conversas/Tertúlias acerca da biodiversidade com, o objetivo de sensibilizar a sociedade civil para as questões da preservação, sendo promovidas pela Associação Parques Com Vida e pela Câmara Municipal de Vila Real. Existem uma série de parceiros para este projeto, no qual a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro também se insere. Como iniciativa, este projeto criou um Mapa do Tesouro Biológico que promove, através da disponibilização de informação útil aos visitantes, a restauração, gastronomia e outros polos de interesse de visita. Os BioPercursos, outra iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Vila Real, tem o objetivo de aproximar a população à natureza, assim como ao rasto ancestral do povo vila-realense. Estes percursos têm à disposição zonas de observação abrigadas, para a observação da avifauna, assim como de espécies raras ou em riscos de extinção, como é o caso do Lobo-Ibérico. As sinalizações dos percursos são suportadas pelo anteriormente referido Mapa do Tesouro Biológico. Existe também a Iniciativa BioMóvel, que tem como objetivo a divulgação da diversidade biológica na comunidade estudantil, para a sensibilização das gerações mais novas, tornando-as mais conscientes da importância dos ecossistemas e respetiva diversidade. Para angariação de fundos, foi criado também, o Fundo de Proteção Ambiental. Este fundo, tem como

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sustentabilidade a criação de produtos de merchandising, um Festival de Biodiversidade e, ainda apadrinhamento de espécies pelas entidades económicas da região. Sabendo que a Borboleta-Azul é uma espécie de grande importância na região, sobretudo na agricultura e pastorícia, estão a ser reunidos esforços para a criação de uma marca “Maculinea”, nome científico desta espécie, para a designação dos produtos desta zona.

O outro projeto do concelho vila-realense é o Seivacorgo (Real, 2015). Este projeto conta, igualmente, com uma série de atividades. “Rogas dos Rios”, assim se chama a atividade que tem como objetivo mobilizar os cidadãos para as operações de limpeza de resíduos das margens dos rios do concelho. Os “Percursos do Corgo”, com fins de divulgação dos valores ambientais do rio Corgo, através de dois tipos de percurso, os Percursos Geológicos, em parceria com o Departamento de Geologia da UTAD, para assinalar aspetos de índole geológica que se estende ao longo do Parque do Corgo. Para complementação dos percursos, há também os Percursos da Biodiversidade, destinada à observação de avifauna, à imagem do projeto “BioPercursos”. O Projeto, promove também o Laboratório da Água, a desenvolver na antiga Estação Elevatória do Corgo, destinado essencialmente aos estudantes de Vila Real e onde podem sem desenvolvidas medições da qualidade da água, assim como a organização de jogos e atividades ligadas ao tema da biodiversidade. Foi ainda, entre outras iniciativas, criado o Espaço Bio-Quiosque, que tem como função divulgar todas as iniciativas, quer deste projeto, como do projeto “Proteger é Conhecer”. Com este projeto pretende-se promover a fauna e flora, assim como dar a conhecer a importância da requalificação dos cursos de água como forma de preservação ambiental.

2.

Tecnologia na Preservação

Atualmente, existem meios de divulgação de informação que, dada a facilidade com que se espalham, fazem com que a aproximação da população à mensagem transmitida seja muito mais apelativa e funcional. As tecnologias relacionadas com a Internet, neste caso, têm um papel fundamental no que toca à informação, organização e motivação de cidadãos para agir nos assuntos ambientais. Graças ao aparecimento das Tecnologias de Informação Verde, tem-se verificado um aumento na exigência da população, neste caso dos utilizadores de tecnologias de informação, no que toca ao modo como as empresas se envolvem em iniciativas ambientais

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e respetivos resultados. Inseridas nestas exigências, encontra-se o consumo eficiente de energia, consciencialização perante as necessidades e impactos que estas causam ao meio ambiente, promovendo a virtualização de servidores, reciclagem dos aparelhos tecnológicos e aumento na procura de produtos de TI com selos ecológicos (Richter, 2013).

Por outro lado, o aparecimento de novos dispositivos, que têm o acesso à Internet como um recurso, tem levado ao aparecimento de outro tipo de mensagem por diferentes meios de interação, que se encontram atualmente em grande expansão, com o aparecimento dos

smartphones e tablets. Estes dispositivos, graças à sua portabilidade e facilidade no acesso à

rede, assim como às adaptações feitas pelas empresas de software para compatibilidade e, essencialmente à criação de freeware, têm levado a divulgação de mensagens a outro nível. Como tal, já é possível encontrar uma série de aplicações para os principais sistemas operativos de dispositivos móveis, e em particular para o sistema Android, com o intuito de divulgar e sensibilizar a população para as boas práticas ambientais. Estas aplicações são dos mais variados tipos – jogos, notícias, turismo, científicas, agendas, etc. - e são essencialmente freeware.

3.

Aplicações Móveis

Existem inúmeras aplicações Android destinadas ao tema ambiental, desde a reciclagem até outro tipo de sensibilização, como a problemática da biodiversidade, dando-nos a entender que a importância e proliferação das tecnologias como meio de difusão da mensagem ambiental aliada à ajuda dos pequenos gestos do dia-a-dia, está cada vez mais inserida no quotidiano de todos.

Uma vez que estas aplicações móveis, são hoje em dia, meio de ligação ao mundo, é importante analisar o que existe hoje neste mercado para combater o problema ambiental, verificando e analisando quais os tipos de aplicações que existem inseridas no tema. Nos pontos seguintes, é feita uma análise a aplicações no contexto da biodiversidade, juntamente com um quadro-síntese com as características das mesmas.

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1.

Análise de Aplicações Móveis Lúdicas

Memórias da Natureza: consiste num jogo de memória destinado à biodiversidade de Belo Horizonte. É um jogo simples com quatro tipos de página. Contém uma página inicial, Figura 1, onde é apresentado o título, que redireciona para uma página de seleção de categoria – Aves, Flora e Mamíferos. Ao selecionar uma opção é disponibilizada uma página de início de jogo, que faz um intent para a matriz do jogo. Ao concluir o jogo, há uma página de conclusão, que nos redireciona novamente ao menu de temas. No que à sua interação diz respeito, é possível contar com gestos do tipo Touch e quanto à estrutura, podemos encontrar apenas Top Level Views, sabendo que não existe interação entre páginas – não contém Category View nem Detail/Edit View. A navegação é simples, mas peca pela falta da opção Up, sendo que, ao utilizar o back button, a aplicação é minimizada. A compatibilidade é destinada a versões Android 2.2 ou mais recentes e a nível de acessibilidade é aceitável, pois contém os ícones com o tamanho padrão, assim como uma navegação simples. Uma desvantagem, é resumir-se à língua portuguesa. É importante referir que necessita do Adobe AIR instalado no dispositivo, tornando-o bem mais “pesado” no carregamento.

Figura 1: Aplicação Móvel Memórias da Natureza

(25)

2.

Análise de Aplicações Móveis Informativas

Aichi Targets Passport: Desenvolvido para plataformas de versões a partir da 2.2, esta aplicação tem a finalidade de permitir aos utilizadores explorar a evolução da educação dos países em relação à sensibilização para os valores da preservação da biodiversidade. Apresenta um ecrã inicial de apresentação, na Figura 2, e em seguida na activity principal, uma série de temas dispostos nas chamadas fixed tabs. Na primeira fixed tab, encontra-se uma grelha, com cinco objetivos, cada qual com os seus alvos e respetivas explicações. Cada alvo ao ser selecionado, mostra em rodapé, ou parte inferior do layout, um breve resumo, que é aprofundado depois do utilizador pressionar o mesmo. Em seguida, noutro fixed tab, são mostrados os indicadores das projeções para cenários futuros. Contém ainda informações sobre o projeto BIP – Biodiversity Indicators Partnership, assim como redirecionamento para o website do mesmo, e ainda a opção de partilha. A opção share deveria estar apresentada na top action bar, assim como a opção about, a fim de seguir os padrões de usabilidade e design da Google para os sistemas Android.

Figura 2: Aplicação Móvel Memórias da Natureza

(26)

Green Tips: de modo simples, como é apresentado na Figura 3, esta aplicação, como o nome indica, dá dicas ambientais, apresentando simplesmente uma vasta lista com informações úteis, apenas recorrendo a texto. Numa action bar, apresenta apenas um redirecionamento para uma action de dicas favoritas, uma de pesquisa e outra com informações dos developers. Esta última página tem ainda na sua action bar, o botão home, ou back, e a possibilidade de contacto dos developers, recorrendo ao Google Mail. A navegação entre dicas, pode ser feita por uma lista, encontrada na main activity, ou por swipe. Este último método funciona, depois de selecionado um ítem na lista facilitar a navegação passando à dica seguinte sem regressar à pagina anterior, ou seja, à main activity, onde se encontra a lista. Na página da dica aprofundada, onde é possível fazer swipe, é-nos possível adicionar na action bar as dicas a uma nova lista, a de favoritos. Esta poderá ser acedida, como foi referido anteriormente, na main activity, apresentando-se na action bar. A pesquisa procura informação quer no título, quer na mensagem abreviada. Desenvolvida para versões a partir da 2.2, é uma aplicação leve e, apesar de ser baseada em texto, a sua navegação é confortável, visto ter alguma dinâmica nas transições entre activities.

Figura 3: Aplicação Móvel Green Tips

(27)

Species Finder: destinado à população norte-americana, esta aplicação criada pelo Center for Biological Diversity, Figura 4, com a intenção de permitir à população deste país tomar conhecimento acerca das espécies em vias-de-extinção em seu redor. É possível procurar em toda a base de dados, ou selecionar a opção current location, que deteta automaticamente em que cidade e estado o utilizador está, apresentando abaixo a lista com todas as espécies em vias de extinção, numa primeira fase, do county em específico, e em seguida, na totalidade do estado. Bem desenhada, esta aplicação possui uma lista, na qual se encontra a opção acima descrita, uma opção para subscrição via e-mail, para receber informações e alguns extras inerentes à aplicação. Existem ainda mais três opções, mas estas não se encontram disponíveis, mas destinam-se a redirecionamento para páginas web. Possuí ainda uma navigation drawer, com reforço da ideia da subscrição à página. É uma aplicação destinada a sistemas 2.1 ou superiores. As suas principais desvantagens são o não funcionamento de alguns conteúdos e destinar-se apenas aos Estados Unidos da América.

Figura 4: Aplicação Móvel Species Finder

(28)

3.

Análise de Aplicações Móveis Científicas

Touit: Para as cerca de quinhentas espécies mais facilmente encontradas na Costa Rica, Figura 5, país que engloba cerca de 5% do total de biodiversidade a nível mundial, esta aplicação bem conseguida, apresenta um ecrã de apresentação inicial, que segue para uma activity de menu principal. Nesta activity podemos encontrar quatro opções. Numa primeira, a opção mapa, no qual poderemos encontrar as espécies residentes naquele país, ao efetuar um clique, é mostrado o marker que posteriormente apresenta a lista das espécies que podem ser encontradas naquele local. Há a opção por zonas, na qual a apresentação não é feita por mapa, mas sim por zonas, por exemplo pacifico norte, pacífico sul, vale central, zona norte, etc. O redirecionamento é feito para uma activity em que são apresentadas algumas fotografias da zona, e através de uma split action bar, podemos ver também informações, quer sobre a zona e pontos de interesse, como uma enumeração de espécies. Na opção seguinte, destinada a uma pesquisa filtrada, podem ser pesquisadas espécies através de texto, ou por filtragem de espécies. Estas espécies poderão ser adicionadas a uma lista de favoritos, e encontradas mais facilmente se adicionadas a esta lista. Existe ainda uma opções com informações sobre os projetos inerentes a esta aplicação. A navegação desta activity é feita por swipe. O nome da aplicação apresenta uma curiosidade, pois o nome é baseado numa espécie nativa do país, o Touit Costaricensis – em português, Periquito-de-asa-vermelha ou Periquito-costa-riquenho. Uma grande mais valia desta aplicação é poder ser navegada em castelhano e inglês e esta opção pode ser alterada na action bar. Pode afirmar-se que é uma aplicação bem desenhada, quer por seguir os padrões de design da Android, quer pela apresentação gráfica propriamente dita.

(29)

Figura 5: Aplicação Móvel Touit

Pinneggiando: Com destino à biologia marítima da Itália, esta aplicação destinada a versões Android a partir da 2.3.3, apresenta a informação em formato científico, apresentando as classificações científicas e habitat, na informação referente a cada espécie. A navegação inicia-se com uma página inicial de apresentação e segue-se de uma página com quatro opções. Na primeira, com recurso à tecnologia GPS, assume-se que mostra as espécies consoante as coordenadas atuais do utilizador, mas estas encontram-se limitadas aos pontos geográficos italianos. Na opção seguinte é mostrado um mapa da Itália e do mar em redor, este dividido em nove partes. Cada uma mostra uma lista com as espécies por Filo, encontradas nessa área. Ao selecionar somos redirecionados para uma lista com espécies pertencentes ao Filo, com recurso a imagens, e com uma legenda com o nome científico de cada espécie. Ao selecionar uma, temos três opções. A primeira, de informação, mostra-nos a classificação científica e habitat, na seguinte um mapa com legenda da área ocupada pela espécie, e por fim uma secção com imagens da espécie. De novo, na página inicial, existe a opção para contacto de especialistas, sobre cada tipo de espécie por correio eletrónico, e por fim contém ainda um questionário para identificação de Filos de cada espécie com recurso a imagem. Esta aplicação está bem

(30)

concebida, no entanto apresenta algumas deficiências no que diz respeito à utilização de possíveis recursos, como é caso da substituição de botões por fixed tabs. O facto da aplicação estar apenas disponível em italiano, torna-a inacessível para quem desconhece a língua, no entanto apresenta conteúdos bastante completos, como mostra a Figura 6.

Field Guide South Australia: destinado a versões Android 2.3 ou superiores, esta aplicação de tamanho elevado, no que toca ao espaço ocupado no dispositivo, para a generalidade de aplicações até agora analisadas, ocupa cerca de cinco vezes mais espaço em armazenamento, destina-se à divulgação da biodiversidade animal encontrada no sul da Austrália. Quando se inicia a aplicação é apresentado um menu bastante organizado, com um design simples e apelativo, contendo na action bar um botão de pesquisa, que pode ser por texto ou voz. Também na action bar, o ícone da aplicação remete-nos para um navigation drawer, podendo este ser acedido por swipe ou por click no ícone. Neste drawer panel existem informações sobre o projeto, acesso à biodiversidade por grupos – vertebrados, não

Figura 6: Aplicação Móvel Pinneggiando

(31)

vertebrados, etc. -, por espécies, apresentando uma lista com todas as espécies e respetiva imagem, razão pela qual torna a aplicação tão pesada. Ao selecionar uma espécie é-nos apresentada um fixed tab, que divide as informações sobre a espécie. Num separador inicial, aparecem os detalhes e características da espécie, exemplificado na Figura 7. No separador seguinte um mapa de habitat e um terceiro separador com informações sobre o seu estado na natureza – ameaçado, não ameaçado. Na opção de espécies por grupos, método alternativo de navegação, encontra-se uma lista, na qual cada grupo tem uma grid embutida com ícones sempre fiéis à imagem da aplicação. Ao selecionar um tipo de espécie, o redirecionamento leva-nos a outra lista, desta vez com navegação em lista, ou seja, é uma activity, à imagem da anterior com um section divider mas, no entanto, ao invés da anterior, na qual existia uma grid de ícones, aqui apresentam-se line items. Estes line items vão dar à activity da espécie em específico. Por fim, nesta aplicação podemos encontrar definições, essencialmente para atualizações, e definir atualizações em start up. Tem também informação sobre a versão da aplicação e optar por enviar estatísticas de utilização. É uma opção de navegação muito agradável, com boas fotografias das espécies e informações muito úteis, tais como o mapa de habitat das espécies.

(32)

Figura 7: Aplicação Móvel Field Guide South Australia

4.

Análise de Aplicações Móveis Abrangentes

Biodiversity is Us: Abrangendo múltiplas capacidades, esta aplicação desenvolvida pela WAZA – World Association of Zoos and Aquariums, para plataformas Android, a partir da versão 2.3.3, é bastante completa. Junta as temáticas anteriormente referidas – lúdicas, informativas e científicas, representada na Figura 8. Apresenta um design bastante atrativo. Numa primeira fase, mostra uma página de iniciação, segue-se uma activity com três temas,

take action, discover animals e find out more. A primeira subdivide-se, numa nova activity,

com possibilidade de escolha entre action to help, na qual são apresentadas através de um menu swipe, uma enorme lista de ações para serem tomadas com o fim de ajudar na preservação da biodiversidade. Na página games são disponibilizados três jogos. O primeiro é de criação de listas para identificação de animais, um segundo jogo com quiz e um terceiro em

(33)

que o jogador tem como objetivo indicar no mapa uma dada espécie. Na secção discover

animals, é-nos possibilitado pesquisar espécies, através de uma extensa lista, enquanto que,

noutra opção, é possível fazer o browse, ou seja encontrar espécies através de filtragem. No tema final, são-nos apresentadas informações sobre três conceitos, conservação, pesquisa e educação, com uma explicação sobre as mesmas. A aplicação é muito completa, no entanto para dispositivos móveis com menor capacidade de processamento, torna-se bastante lento e com bloqueios devido ao enorme recurso a imagens e capacidade de interação. Pode-se afirmar que é uma aplicação para smartphones recentes, ou tablets, visto que é mais indicado para ecrãs de maiores dimensões. Na action bar tem como conteúdos um redirecionamento para os extras, nos quais se encontram informações, sobre créditos, definições, informações legais. Na action bar encontra-se também a opção back, e numa button bar, opções de navegação rápida, como regressar à main activity, à activity dos jogos, lista de espécies favoritas, partilha de espécies favoritas, e ainda três ligações para vídeos sobre o tema da biodiversidade.

Figura 8: Aplicação Móvel Biodiversity is Us

(34)

5.

Quadro-resumo de Aplicações Móveis

Nome Memóri-as da Natureza Aichi Targets Pass-port Green Tips Speci -es Fin-der Pinneggi -ando Touit Field Guide South Austra-lia Biodi- versi-ty is Us Tamanho (MB) 2.3 9.4 1.5 2.2 3.5 58 278 35 Versão Mínima 2.2 2.2 2.2 2.1 3.1 2.2 2.3 2.3.3 Tipo Lúdica ● ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Informativa ○ ● ● ● ○ ○ ○ ○ Científica ○ ○ ○ ○ ● ● ● ○ Abrangente ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ● Tecnologias Utilizadas GPS ○ ○ ○ ● ● ○ ○ ○ Câmara ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Ligação à Rede ○ ● ● ● ● ● ●

Tabela 1: Quadro-resumo - Aplicações Móveis

6.

Análise de Aplicações Móveis Contextualizadas

Dentro do contexto da biodiversidade, de resto como as anteriores o eram, são também analisadas aplicações que possuam o mesmo funcionamento do protótipo realizado. Neste caso, não são descritas aplicações meramente informativas, ou lúdicas. São sim, aplicações com um grau de interação diferente, neste caso no âmbito da interatividade não com a aplicação, mas sim aplicações que tirem partido da contextualização, no que toca à localização do utilizador. Estas aplicações assemelham-se ao objeto de estudo, pois para tirar partido de todas as suas funcionalidades o utilizador tem dirigir-se a áreas específicas, em que haja presença dos elementos-chave, neste caso, elementos da biodiversidade.

As aplicações seguintes, à imagem do protótipo realizado no âmbito deste trabalho, requerem a utilização do mesmo serviço chave, o GPS.

(35)

1.

Inaturalist

Iniciado por estudantes para o projeto final de mestrado pela Universidade de Berkeley, o iNaturalist é um sistema de identificação de espécies. Pode ser utilizado para avistamentos pessoais, obter ajuda com identificações, colaborar com outros tipos de recolha de informação ou aceder apenas à informação recolhida pelos utilizadores desta aplicação.

Quando iniciada esta aplicação, é-nos apresentada uma lista com os avistamentos efetuados pelo utilizador, caso exista algum. Para efetuar uma adição de um elemento, existe na action bar, a opção Add, adicionar, em que numa nova página existe um campo de filtragem que, ao ser introduzido o nome, são listados os elementos que usem a palavra escrita, assim como os elementos relacionados. Após seleção, o nome fica visível no campo. O utilizador seleciona a hora e data em que foi feito o avistamento, como é apresentado na Figura 9, através de botões e, caso não esteja ativado o sistema de GPS, existe também essa hipótese de ativação. Uma vez preenchidos todos os campos, o utilizador pode inserir uma breve descrição num campo de texto, assim como adicionar projetos relacionados ao elemento a adicionar. Concluída esta operação, o utilizador grava os dados relativos à observação e esta fica disponível na sua lista pessoal.

Também na action bar, encontra-se um navigation drawer, ou seja, um menu que pode ser trazido para primeiro plano através de arrasto pela esquerda. Aqui encontram-se todas as funcionalidades e conteúdos da aplicação. Para além dos avistamentos é possível, verificar projetos no âmbito da biodiversidade existentes na área envolvente, assim como guias sobre espécies, um mapa com as marcações de cada utilizador, e ainda um feed com informações recentes sobre biodiversidade, juntamente com alguns settings do programa. De referir que é possível juntar ao avistamento fotografias captadas pelo utilizador. Esta aplicação tem uma funcionalidade muito interessante no que toca à marcação do elemento no mapa. É possível fazer a marcação através da localização atual, como por seleção manual da área geográfica. Para tal, é utilizado um alvo que se encontra por cima do mapa e este ao ser movido pelo mapa, determina as coordenadas consoante o local do centro do alvo, permitindo adicionar biodiversidade com horário e data diferentes da atual.

Para aceder ao feed, settings e verificação das marcações, é necessário o utilizador encontrar-se autenticado. Para tal, o utilizador poderá efetuar a autenticação através das redes sociais Facebook e Google, e ainda criar uma conta associada diretamente à aplicação. Esta

(36)

aplicação encontra-se disponível em algumas línguas, essencialmente o inglês e as línguas oficiais espanholas.

Figura 9: Aplicação Móvel Inaturalist

2.

PlantTracker

Este projeto foi criado em colaboração com o Environment Agency, Scottish Natural Heritage, the Scottish Environment Protection Agency, a equipa da NatureLocator e o Centre for Ecology and Hydrology, com o objetivo de localizar através de uma lista, as espécies de plantas invasivas de alta prioridade. Assim, os registos das plantas invasivas recolhidas através desta aplicação são passados através do sistema do Biological Records Centre, iRecord, com o objetivo de se tornar mais fácil a comparação dos avistamentos da vida selvagem.

Para o funcionamento desta aplicação é disponibilizada uma lista das espécies de planta invasivas numa página inicial, através de uma ListView. Esse elemento possui para cada linha, o

(37)

nome da espécie a negrito, juntamente com dois botões, o primeiro para adicionar ao mapa e um segundo para informação sobre as espécies. Ao selecionar uma espécie para adicionar à base de dados, Figura 10, o utilizador é encaminhado para uma página com alguns campos a preencher. O primeiro, de adição de fotografia da espécie, dá ao utilizador a possibilidade de escolher uma fotografia da memória do dispositivo ou tirar uma fotografia para enviar. Na opção seguinte, de adicionar a coordenada geográfica atual, o sistema faz uma pesquisa do local do utilizador e dá a oportunidade ao mesmo de a selecionar manualmente, caso esta não seja a correta ou então reiniciar a pesquisa. Após estas opções existe uma terceira em que o utilizador deverá introduzir a área em metros quadrados (m2) por aproximação, ou seja,

introduzir o valor mínimo estimado para a área, assim como o valor máximo e ainda o valor médio. Por fim, é dada a possibilidade de adicionar notas, e é necessária a introdução do e-mail do utilizador para possível contacto. De referir que, juntamente a estes elementos, na ListView, está presente uma imagem para ajudar na identificação da planta. Por fim, após a adição da planta à base-de-dados, não é possível visualizar esta tarefa realizada na aplicação móvel, sendo para isso apenas possível fazê-lo através da página web do projeto na qual são inseridos os marcadores.

A informação relativa a estas plantas é apresentada com o nome científico e outros nomes que lhes possam ser atribuídos. Existe, também, uma galeria de imagens para ajuda na identificação e, ainda, um campo com a identificação das plantas que possam confundir o utilizador. O utilizador é ainda informado sobre as características de cada planta, tais como a descrição, o habitat, os locais do Reino Unido onde mais se expandem, o modo como se comportam, como se expandem, de onde são nativas e um pouco da história da sua chegada às ilhas britânicas.

Na action bar, onde se encontram os títulos dos separadores existem ainda dois botões. O primeiro destinado a informações sobre o projeto, assim como alertas para a segurança dos utilizadores, dadas as possíveis condições adversas em que possam estar presentes estas plantas e as políticas de privacidade. O segundo botão é igualmente destinado a uma listagem, inicialmente vazia, mas que é atualizada com os avistamentos que cada utilizador adiciona.

(38)

Figura 10: Aplicação Móvel PlantTracker

(39)

3.

Quadro-resumo de Aplicações Móveis Contextualizadas

Nome Inaturalist PlantTracker

Tamanho (MB) 9.3 15 Versão Mínima 2.3.3 2.2 Tecnologias Utilizadas GPS ● ● Câmara ● ● Ligação à Rede ● ● Pesquisa ● ○

Informação Sobre Espécies ● ●

Georreferenciamento ● ●

Tipo de Biodivesidade Animais, Plantas Plantas

Outras Funcionalidades Lista de avistamentos Pessoais Lista de avistamentos pessoais Introdução de coordenadas manualmente com recurso a target no mapa Introdução de coordenadas manualmente Informação sobre espécies apresentada sob página web

Avaliação de veracidade do georreferenciamento Possibilidade de apresentação de marcadores apenas na área do mapa visível Informações sobre o Projeto Apresentação de feed de notícias Apresentação de projetos acerca de biodiversidade por proximidade e em destaque

(40)
(41)

3. Especificação da Proposta de Guia Móvel

Neste capítulo é apresentada uma proposta de um guia móvel de biodiversidade para trilhos pedestres que possibilite ao utilizador o georreferenciamento de espécies da biodiversidade encontrada nos trilhos. Esta aplicação, do ponto de vista do utilizador, deverá passar pela criação de um sistema que, com recurso à Internet e ao sistema GPS permita, a qualquer utilizador com um dispositivo móvel com o sistema operativo Android, utilizar a aplicação, em qualquer local, para georreferenciar e fotografar as espécies existentes nesses locais, assim como visualizar as espécies que aí podem ser encontradas.

Neste capítulo, numa primeira fase, é descrita a arquitetura da aplicação juntamente com a lista de requisitos, funcionais e não-funcionais. Numa segunda fase, são apresentados o modelo de dados da aplicação e a especificação da aplicação móvel e do backoffice.

1.

Arquitetura da Aplicação

1.

Apresentação Geral

Uma vez que existe a necessidade de ter vários clientes/utilizadores a acederem a uma base-de-dados comum optou-se por uma arquitetura cliente/servidor, em que a base de dados será armazenada num servidor. Para a arquitetura do protótipo desenvolvido, são disponibilizados dois serviços interligados entre si, um destinado ao utilizador comum, que interage através do dispositivo móvel, e outro para o utilizador de administração, responsável pela interação com um backoffice, presente no servidor. Com o objetivo de manter a informação armazenada em rede e ao mesmo tempo facilitar a troca de dados entre administração e a aplicação móvel, é importante que este projeto siga uma arquitetura que assim o permita.

(42)

Na arquitetura proposta (Figura 11) existe uma aplicação, instalada no dispositivo móvel de cada utilizador, com a qual o utilizador interage e efetua pedidos. Estes pedidos são enviados para o servidor.

Como é possível verificar, existe um utilizador que executa a aplicação móvel no dispositivo móvel. Este utilizador, está abilitado a efetuar marcações georreferenciadas e captação de imagens através do dispositivo, juntamente com todas as capacidades que a aplicação móvel disponibiliza, fazendo dele o navegador da aplicação móvel. Existe também, inserido no servidor, uma aplicação web relativa à gestão da biodiversidade disponível ao utilizador móvel. Esta aplicação web, destinada à administração, garante acesso à página inicial através de toda a web, no entanto só é permitido o acesso total após introdução das credenciais administrativas.

Para apresentar a informação, a aplicação do lado cliente efetua pedidos ao servidor através da internet. Em resposta, o servidor envia os dados atualizados, os quais são recebidos pelo cliente móvel.

(43)

2.

Requisitos da Aplicação

Com o objetivo de tornar o funcionamento desta aplicação possível, deverão ser tidos em conta alguns requisitos. Esses requisitos deverão garantir o funcionamento básico da aplicação, assim como a interação pretendida com o utilizador.

Nesta secção serão apresentados os requisitos funcionais e não-funcionais, quer para o cliente móvel, quer para o servidor. Os requisitos funcionais descrevem as funcionalidades e serviços do sistema, enquanto os não-funcionais definem propriedades e restrições do sistema. Nos pontos seguintes, são elencados esses requisitos.

1.

Requisitos Funcionais – Cliente Móvel

Requisitos Funcionais F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10

O utilizador deverá ser capaz de visualizar todos os elementos georreferenciados por si e por outros utilizadores.

O utilizador deverá ser capaz de selecionar todos os elementos da biodiversidade. O utilizador deverá ser capaz de visualizar a sua localização atual.

O utilizador deverá ser capaz de visualizar toda a lista de biodiversidade.

O utilizador deverá ser capaz de filtrar através de texto a informação na lista de biodiversidade.

O utilizador deverá ser capaz de selecionar qualquer elemento na lista da biodiversidade.

O utilizador deve ser capaz de visualizar a informação específica de cada elemento. Cada elemento deverá ter informação científica, juntamente com uma imagem da espécie.

O utilizador deve ter a possibilidade de capturar imagens.

O utilizador deve ser capaz de visualizar as próprias marcações da biodiversidade.

(44)

2.

Requisitos Não-funcionais – Cliente Móvel

Requisitos Não-funcionais NF1 NF2 NF3 NF4 NF5 NF6 NF7

O cliente deve ser uma aplicação móvel.

A aplicação deve atualizar a informação criada no backoffice. O utilizador deve estar autenticado para aceder ao sistema.

O cliente deve ter a navegação padronizada consoante as regras padrão do sistema operativo utilizador.

O cliente deve ter o mínimo de recursos alojados no dispositivo móvel. O dispositivo deve ter capacidade de acesso à rede.

O dispositivo deve ter capacidade de acesso ao sistema GPS.

Tabela 4: Requisitos Não-funcionais do Cliente Móvel

3.

Requisitos Funcionais – Servidor

Requisitos Funcionais

F1 O utilizador deverá efetuar operações CRUD, relativamente à biodiversidade.

(45)

4.

Requisitos Não-funcionais – Servidor

Requisitos Não-funcionais NF1 NF2 NF3 NF4

A gestão da biodiversidade deve ser feita através de um backoffice. O servidor não deve adicionar marcações de biodiversidade.

O servidor não deve adicionar fotografias relativas aos georreferenciamentos. Deverá existir apenas um utilizador de acesso ao backoffice.

Tabela 6: Requisitos Não-funcionais do Servidor - Backoffice

3.

Modelo de Dados

Nesta proposta, existe uma base de dados relacional que se encontra no servidor, e na qual todos os dados são armazenados. O desenho da base de dados iniciou com a definição do modelo de dados, representado na Figura 12, através de um DER (Diagrama de Entidade-Relacionamento) e respetivos campos, na Figura 13.

Um DER, é uma representação abstrata da estrutura que a base de dados da aplicação

tem (Rodrigues, 2015). Cada tabela da base de dados corresponde a uma entidade, representada por um retângulo, enquanto os relacionamentos entre elas são representados pelos losangos. Podemos assim afirmar, que esta base de dados contém 5 tabelas, em que estas se relacionam igualmente entre si de 5 formas.

É possível exemplificar através da relação entre a entidade utilizador e biodiversidade. Nessa relação, um (1) utilizador (entidade), pode georreferenciar (relação) n (mais que um) elementos de biodiversidade. Por seu lado, a cada elemento de biodiversidade corresponde uma ficha técnica. A ficha técnica contém dados científicos referentes a cada elemento de diversidade biológica, como é o caso do Reino, Ordem, e Classe, dados esses que são comuns na biodiversidade, como é o exemplo do Reino, em que existe o Reino Animalia (animais), o

Plantae (plantas) e o Fungi (fungos). Nesta relação, o elemento de biodiversidade adicionado,

pode ter apenas uma ficha técnica correspondente a si, enquanto há a possibilidade de haver mais que um elemento da biodiversidade avistado com os mesmos valores para a mesma ficha técnica (n). Exemplo disso poderá ser um caso de marcação de uma planta que se encontre em

(46)

determinada área, esta mesma pode ser avistada e georreferenciada num outro local. Por sua vez, a cada ficha técnica está associada uma imagem pré-definida. Estas imagens são atribuídas usando a aplicação de backoffice, pelo administrador Cada ficha técnica tem uma imagem representativa do elemento da biodiversidade com o intuito de ajudar o utilizador a efetuar um reconhecimento mais fácil e rigoroso. Dada a possibilidade do utilizador poder adicionar fotografias, tiradas por si, às já disponibilizadas pelo serviço, existe uma outra tabela na qual se encontram as fotografias adicionadas pelo utilizador. Aqui há a possibilidade do utilizador (1), adicionar uma fotografia associada ao elemento de biodiversidade georreferenciada. No entanto, ao longo do percurso, o utilizador pode adicionar várias fotografias, uma para cada georreferenciamento.

Figura 12: Diagrama de Entidade Relacionamento Para a Aplicação Proposta

(47)

4.

Especificação Funcional

Nesta secção, para cada uma das aplicações, a que estará instalada no dispositivo móvel e a aplicação de backoffice, é especificado o seu funcionamento, sendo a descrição complementada com um fluxograma para cada uma das aplicações.

1.

Cliente

Na Figura 14 está representado o funcionamento do lado do cliente, ou seja, da aplicação instalada no dispositivo móvel. Quando a aplicação inicia é efetuada uma primeira verificação relativamente à existência ou não de utilizador registado. Caso o utilizador não se encontre registado, deve inserir os dados de registo. Estes dados são posteriormente processados e em caso de sucesso o utilizador é redirecionado para a página inicial, onde pode efetuar a autenticação. Neste processo, o sistema verifica se os dados são inseridos corretamente. Caso não sejam é pedida reintrodução dos mesmos de modo correto. Caso contrário, significa que o utilizador efetuou a autenticação corretamente, sendo redirecionado para o mapa inicial, identificando a sua localização atual, sendo, também, lhe dada a possibilidade de adicionar, ou não, um novo elemento. Se o utilizador pretender adicionar um novo elemento avistado, deverá, segundo a lista de biodiversidade disponibilizada, filtrar a informação, ou não, até chegar ao nome do elemento presente na lista. Se o utilizador não pretender adicionar um novo elemento, poderá navegar livremente pelo mapa que apresenta todos os elementos já adicionados, também denominado mapa inicial. No entanto, se o utilizador pretender adicionar novo elemento, terá a possibilidade de tirar uma fotografia ao mesmo. Após finalizado todo este processo, o reencaminhamento para o mapa, indicado na Figura 14 é automático, e o utilizador está agora habilitado, novamente, a adicionar outro elemento.

(48)
(49)

2.

Servidor – Backoffice

Paralelamente ao funcionamento do lado do cliente, anteriormente explicado, existe do lado do servidor, uma aplicação de backoffice, representado na Figura 15, que faz a gestão das fichas técnicas de cada elemento de biodiversidade. Assim sendo, esta é uma área destinada apenas à administração do sistema. Numa fase inicial é pedido a introdução dos dados do administrador, utilizador único e inalterável por segurança. Como no fluxo da aplicação para o cliente, quando são introduzidos os dados do administrador é feita a verificação dos dados que foram introduzidos. Caso estejam corretos, o utilizador é autenticado com sucesso, caso contrário deverá reintroduzir os dados corretamente. Após a autenticação com sucesso, é apresentada uma listagem das fichas técnicas guardadas na base de dados, sendo possível a sua edição através das operações usuais de CRUD (Create, Read, Update e Delete). Para cada elemento presente na lista, existem as opções de editar e eliminar. Após a execução da opção pretendida, o administrador é retornado novamente para a lista. Caso o utilizador pretenda adicionar um novo elemento, este preenche o formulário com a respetiva informação e, após confirmação, regressa igualmente à lista, desta vez já contendo o elemento adicionado.

(50)
(51)

4. Implementação do Guia Móvel

1. Servidor

Numa primeira fase do projeto, foi necessário implementar um servidor que tivesse como características: a capacidade de armazenar dados num SGBD, assim como a capacidade de desenvolvimento numa linguagem server-side, neste caso a linguagem PHP. A escolha desta linguagem está relacionada com o objetivo, não apenas de desenvolver o backoffice, como o de utilizar as suas potencialidades no uso do JSON, notação de objetos em JavaScript, que possibilita a troca de dados entre sistemas distintos, que geram um resultado leve e facilmente interpretável com outras linguagens.

Para tal, foi utilizado o WAMPServer, que é nada mais que um instalador de um pacote que contém um servidor Apache, juntamente com o PHP e um SGBD, neste caso, o MySQL, baseado em SQL e que conta com a interface gráfica de administração phpMyAdmin.

Neste trabalho foi instalado o Apache Server na versão 2.4.9, o qual vem integrado no wampserver. Uma vez instalado dá ao utilizador uma configuração automática, sendo apenas necessário configurar um ficheiro para abrir o porto ou port HTTP (port: 80 ou 8080). No entanto, a abertura da HTTP port necessita de algumas restrições e é apenas numa subpasta da pasta pública, por defeito, que o cliente da aplicação deve ter acesso, como indica a Figura 16, em que a pasta partilhada se encontra a negrito e onde estão alojados todos os ficheiros relativos ao projeto.

Figura 16: Esquema de Diretorias do Servidor em Árvore

(52)

Para permitir o acesso a esta pasta é necessário, como já foi referido, fazer algumas alterações no ficheiro principal de configuração do servidor, o httpd.conf, presente na diretoria indicada na Figura 17, que também está com o caminho a negrito. Por defeito, este ficheiro vem à partida configurado para garantir acesso total ao localhost na pasta pública www/. No entanto, por questões de segurança mínima, esta pasta deve ser assim mantida e criado outro módulo de configuração para uma nova pasta, neste caso a android_connect/, a negrito na Figura 16, com a opção “Require all granted”, ou seja, acesso externo garantido a todos os dispositivos conectados ao servidor como está apresentado na Figura 18. Após as alterações efetuadas, o servidor deverá ser reiniciado, de modo a ser atualizado.

Figura 17: Esquema da Diretoria do Ficheiro httpd.conf em Árvore

Imagem

Figura 1: Aplicação Móvel  Memórias da Natureza
Figura 2: Aplicação Móvel  Memórias da Natureza
Figura 3: Aplicação Móvel Green  Tips
Figura 5: Aplicação Móvel Touit
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Referências

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