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Desenvolvimento do componente psicológico do I-Sports, para seleção de talentos no futebol

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA

DESENVOLVIMENTO DO COMPONENTE PSICOLÓGICO DO I-SPORTS, PARA SELEÇÃO DE TALENTOS NO FUTEBOL

HUGO CÉSAR REIS CÂMARA

Natal-RN Novembro de 2017

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HUGO CÉSAR REIS CÂMARA

DESENVOLVIMENTO DO COMPONENTE PSICOLÓGICO DO I-SPORTS, PARA SELEÇÃO DE TALENTOS NO FUTEBOL

Monografia de Graduação apresentada ao Departamento de Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Estatística.

Orientador: Prof. Dr. André Luís Santos de Pinho.

Coorientador: Prof. Dr. Anderson Luiz Ara Souza.

Natal-RN Dezembro de 2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Ronaldo Xavier de Arruda - CCET

Câmara, Hugo César Reis.

Desenvolvimento do componente psicológico do I-Sports, para seleção de talentos no futebol / Hugo César Reis Câmara. - 2017. 83 f.: il.

Monografia (Bacharelado em Estatística) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Exatas e da Terra. Departamento de Estatística. Natal, 2017.

Orientador: André Luís Santos de Pinho. Coorientador: Anderson Luiz Ara Souza.

1. Estatística - Monografia. 2. Jovens futebolistas - Monografia. 3. Análise fatorial - Monografia. 4. Sistema I-Sports - Monografia. I. Pinho, André Luís Santos de. II. Souza, Anderson Luiz Ara. III. Título.

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HUGO CÉSAR REIS CÂMARA

DESENVOLVIMENTO DO COMPONENTE PSICOLÓGICO DO I-SPORTS, PARA SELEÇÃO DE TALENTOS NO FUTEBOL

Monografia de Graduação apresentada ao Departamento de Estatística do Centro de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Estatística.

Trabalho aprovado. Natal-RN, Dezembro de 2017:

____________________________________________ Prof. Dr. André Luís Santos de Pinho

Orientador

____________________________________________ Prof. Dra. Carla Almeida Vivacqua

____________________________________________ Prof. Ms. Francisco de Assis Medeiros da Silva

Natal-RN

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AGRADECIMENTOS

Agradeço pela realização deste sonho, primeiramente a DEUS por ter sempre me guiado pelos melhores caminhos, afastado-me dos sombrios, por ter colocado pessoas maravilhosas em minha vida, por ter permitido desde sempre e até hoje que eu assimilasse novos conhecimentos e conseguisse repassá-losadiante, e por ter ajudado-me em todas as horas, nas mais difíceis erguendo-me (fazendo-me compreender o verdadeiro sentido da palavra resiliência) e nas mais alegres prendendo meus pés ao chão.

Aos meus avós, JOSÉ FERNANDES CÂMARA (in memoriam) e MARIA DE LOURDES REIS CÂMARA (in memoriam) por toda educação que passaram, por todo carinho que tiveram, por todos os conselhos que deram e por toda a compreensão que sempre tiveram comigo.

Aos meus filhos lindos, LUNA CLARA e APOLLO CÉSAR, por darem-me sempre alegria ao acordar e por darem um sentido maior a minha vida.

A minha tia, MAGDA (in memoriam) por ter sido minha mãe em potencial, sempre preocupada e disposta a fazer de tudo para que eu fosse feliz.

Aos meus pais, CLÉIA MARIA E FRANCISCO LIMA por terem me dado a vida e a liberdade que eu precisei para tomar minhas decisões.

A minha esposa A DAIANA, por ter disponibilizado-se sempre a ajudar-me, incetivar-me, enxugar minhas lágrimas e por ter dado-me minha última grande benção inspiradora, meu filho amado.

Ao meu orientador, ANDRÉ LUÍS SANTOS DE PINHO, por ter acreditado em meu potencial e valorizado-me, por ter sempre respeitado-me, ouvido minhas indagações, por ter passado muitos conhecimentos (técnicos, científicos e de vida) ao longo desses 10 anos de curso. E ainda por ter sido fonte inspiradora na área de docência, mostrando com suas atitudes que o aluno deveria sempre ser bem tratado e atendido.

Ao meu coorientador, ANDERSON LUIZ ARA SOUZA por prontamente ter atendido meu pedido para que fosse meu coorientador e por todo o conhecimento transmitido.

Ao professor JOÃO CARLOS ALCHIERI (meu orientador do mestrado), que sempre esteve disposto a ajudar-me com as dúvidas que tinha em relação a dados psicológicos e por ter sempre incentivado-me a terminar o curso de Estatística.

Aos professores DAMIÃO NÓBREGA DA SILVA, FLÁVIO HENRIQUE MIRANDA DE ARAÚJO FREIRE e FRANCISCO DE ASSIS MEDEIROS, pelo tempo disponibilizado

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para responder às dúvidas e pelas importantes discussões metodológicas e estatísticas durante a graduação.

A minha amiga, KATYUCE, por ter apoiado-me e incentivado-me no início dessa trajetória.

Aos meus colegas de curso, CARLOS (BIAL), KELMEN, MAX, ENIEDJA, MAYARA, DIEGO CARELLI, ROSELIS, CLARA, SYLVIRANIA, TIAGO CHACON, RENATO TIGRE pelo incentivo nos momentos de angústia, pelas horas infindáveis de estudo e pelas gargalhadas compartilhadas.

Ao Técnico e Atletas que colaboraram com a pesquisa, respondendo às perguntas, sem os quais este trabalho não seria possível.

Aos Especialistas da área de Educação Física (MARCELO HENRIQUE e EMILIO SIMPLICIO) e da área de Psicologia (JOÃO ALCHIERI e ZAK RAMALHO), que deram seus pareceres sobre os questionários.

Aos Estagiários que ajudaram-me nas coletas dos dados, especialmente EDSON PEREIRA e THIAGO VIEIRA.

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RESUMO

Sabe-se que a mídia, principalmente televisiva, promove uma divulgação maciça do sucesso esportivo de alguns atletas de futebol (futebolistas), os quais esbanjam uma vida confortável e de glamour. Com isso, vários jovens futebolistas vislumbram a possibilidade de ser um jogador de futebol profissional no futuro. Essa temática é importante devido aos altos recursos financeiros envolvidos no esporte, devido à possibilidade em se mudar – para melhor – vidas de pessoas menos favorecidas financeiramente. E principalmente, para que a justiça seja feita e os melhores futebolistas sejam selecionados, fornecendo embasamento aos professores e observadores técnicos para que eles possam esclarecer aos pais/responsáveis pelos atletas os “porquês” de seus filhos não terem sido selecionados em um processo seletivo, dando assim a possibilidade de tentar melhorar em algum aspecto que possa ter sido avaliado como fraco. Portanto, criar um sistema ágil, que forneça resultados rápidos e precisos sobre a condição de cada futebolista, e que incorpore vários componentes, físicos, técnicos e psicológicos, parece ser um grande avanço científico para resolver questões estritamente práticas. Esta é a proposta do Sistema I-Sports, que propõe agilizar a identificação de talentos esportivos comparando atletas que realizaram testes físicos e técnicos de uma determinada modalidade, inicialmente o futebol. Os objetivos do estudo são: analisar aspectos psicológicos que possam servir para implementar o componente psicológico no Sistema I-Sports; desenvolver questionários para coleta de dados dos aspectos psicológicos importantes para seleção esportiva de futebolistas promissores; e desenvolver um framework do Software R para que possa ser implementado no sistema I-Sports. A amostra foi composta por dezoito Jovens Futebolistas do sexo masculino com idades entre 14 e 17 anos da Grande Natal. Os primeiros resultados desse trabalho dizem respeito às fichas de coleta de dados dos testes do I-Sports, tendo em vista que não foi encontrada nenhuma ficha padronizada. Posteriormente, foram desenvolvidos ao longo do ano de 2016 dois questionários construídos em escala Phrase Completion, para análise comportamental dos atletas. Resolveu-se fazer a comparação das notas atribuídas pelo treinador a cada atleta. Como conclusões dessa Monografia pode-se dizer que – apesar da importância crescente da “descoberta de talentos” na área de Educação Física – há uma escassez de trabalhos que aplicam algum método sistemático para tentar revelar jovens atletas promissores. Até questionários, voltados para a finalidade supracitada, são poucos. Espera-se que esse trabalho facilite futuros Profissionais de Educação Física, Estatísticos e Psicólogos do Esporte a encurtarem os caminhos de suas análises e a conhecerem um pouco mais da interação entre essas três lindas e fascinantes áreas.

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ABSTRACT

It is known that the media, especially television, promote a massive dissemination of the sporting success of some soccer athletes (soccer players), who spend a comfortable life and glamor. With this, several young footballers envision the possibility of being a professional soccer player in the future. This theme is important because of the high financial resources involved in the sport, due to the possibility of moving – for better – the lives of people less favored financially. Above all, in order for justice to be done and the best soccer players to be selected, providing teachers and technical observers with support so that they can clarify to the parents / guardians the "whys" of their children not being selected in a selective process, thus giving the possibility of trying to improve on some aspect that may have been rated as weak. Therefore, creating an agile system, which provides quick and accurate results on the condition of each player, and incorporates various components, physical, technical and psychological, seems to be a great scientific advance to solve strictly practical issues. This is the proposal of the I-Sports System. The objectives of the study are: to analyze psychological aspects that can serve to implement the psychological component in the I-Sports System; to develop questionnaires for data collection of the psychological aspects important for sports selection of promising footballers; and develop a Software R framework so that it can be implemented in the I-Sports system. The sample was composed of eighteen Young male footballers aged 14 to 17 years of Great Christmas. The first results of this work refer to the I-Sports data collection datasheets, since no standardized data sheet was found. Subsequently, during the year 2016, two questionnaires were constructed on a Phrase Completion scale for behavioral analysis of the athletes. It was decided to compare the scores assigned by the coach to each athlete. As a conclusion of this monograph one can say that – despite the growing importance of the "discovery of talents" in the area of Physical Education – there is a shortage of works that apply some systematic method to try to reveal young promising athletes. Even questionnaires, aimed at the aforementioned purpose, are few. It is hoped that this work will facilitate future Physical Education, Statistics and Sports Psychologists to shorten the ways of their analysis and to know a little more about the interaction between these three beautiful and fascinating areas.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Equivalência entre as questões dos Questionários QUEST.TREIN e QUEST.ATLET ... 28 Tabela 2 – Comparação entre as notas dos Atletas e do Treinador sobre cada uma das 7 questões equivalentes dos Questionários QUEST.TREIN e QUEST.ATLET ... 29

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Percentuais de Notas dos Atletas Maiores, Iguais e Menores que as Notas do Treinador para as questões referentes aos Aspectos Físicos atuais dos Atletas ... 30

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SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ... 5 RESUMO ... 7 ABSTRACT ... 8 1INTRODUÇÃO ... 12 1.1 Objetivos ... 14 1.1.1 Geral ... 14 1.2.2 Específicos ... 14 1.2 Justificativa ... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

2.1 Seleção de Talentos no Futebol ... 16

2.2 Psicologia do Esporte no Futebol ... 17

2.3 Sistema I-Sports ... 18

2.3.1 Testes Técnicos utilizados no I-Sports ... 19

2.3.1.1 Teste de Passe de Mor e Christian ... 19

2.3.1.2 Teste de Chute Após Passe de Mor e Christian ... 19

2.3.1.3 Teste de Drible de Cinco Cones ... 20

2.3.2 Testes Físicos utilizados no I-Sports ... 20

2.3.2.1 Teste de Velocidade Cíclica de 20 metros ... 20

2.3.2.2 Teste de Potência Anaeróbia (R.A.S.T.) ... 21

2.3.2.3 Teste de 1000 metros em pista ... 21

3ANÁLISE FATORIAL (AF) ... 22

3.1 AF Via Software R ... 23

4 METODOLOGIA ... 24

4.1 Tipo de Pesquisa 24 4.2 População e amostra 24 4.3 Instrumentos de Coletas de Dados 24 4.4 Procedimentos de coleta de Dados 25 4.5 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 26 4.6 Critérios de Inclusão e Exclusão 26 4.7 Procedimentos Estatísticos 26 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 27

6 CONCLUSÕES ... 33

REFERÊNCIAS ... 34

APÊNDICE 1 – Questionário para Treinadores ... 42

APÊNDICE 2 – Questionário para Jovens Futebolistas ... 44

APÊNDICE 3 – Ficha de Coleta de Dados Individual – Jovens Futebolistas ... 48

APÊNDICE 4 – Ficha de Coleta de Dados – Passe (Mor & Christian) ... 49

APÊNDICE 5 – Ficha de Coleta de Dados – Chute Após Passe (Mor & Christian) ... 50

APÊNDICE 6 – Ficha de Coleta de Dados – Drible (Cinco Cones) ... 51

APÊNDICE 7 – Ficha de Coleta de Dados – Velocidade Cíclica (20m) ... 52

APÊNDICE 8 – Ficha de Coleta de Dados – RAST ... 53

APÊNDICE 9 – Ficha de Coleta de Dados – Corrida (1000m) ... 54

APÊNDICE 10 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ... 55

APÊNDICE 11 – Framework da Análise Fatorial no R ... 56

APÊNDICE 12 – Algumas saídas do R comentadas... 63

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ANEXO 2 – Esquema do Teste de Chute Após Passe de Mor e Christian... 72

ANEXO 3 – Esquema do Teste de Drible de Cinco Cones ... 73

ANEXO 4 – Esquema do Teste de Velocidade Cíclica de 20 metros ... 74

ANEXO 5 – Esquema do Teste de Potência Anaeróbia (R.A.S.T) ... 75

ANEXO 6 – Esquema do Teste de 1000 metros em Pista ... 76

ANEXO 7 – Esquema com Todos os Testes ... 77

ANEXO 8 – Parecer do Prof. Dr. João Carlos Alchieri sobre o Questionário para Jovens Futebolistas ... 78

ANEXO 9 – Parecer do Psicólogo do Esporte Zacarias Ramalho sobre o Questionário para Jovens Futebolistas ... 79

ANEXO 10 – Parecer do Prof. MSc. Marcelo Henrique Ferreira Alves da Silva sobre o Questionário para Jovens Futebolistas ... 80

ANEXO 11 – Parecer do Prof. MSc. Francisco Emílio Simplício sobre o Questionário para Jovens Futebolistas ... 81

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1 INTRODUÇÃO

Costuma-se dizer que o Brasil é o “País do Futebol”, entretanto há um grave problema aqui no “habitat tupiniquim”: não há um método sistemático – nessas terras – para identificar, selecionar, descobrir e revelar talentos no futebol.

É óbvio que essa problemática não ocorre somente em território brasileiro, mas também em todo o mundo.

Em sua dissertação de mestrado, Câmara (2009) apresentou os principais motivos para que tantas pessoas – de diferentes níveis sociais – demonstrem grande interesse pelo futebol. Tais motivos são referentes a recursos financeiros diretos e/ou indiretos para jogadores, clubes, meios de comunicação, marcas esportivas e profissionais que trabalham na área, como treinadores, preparadores físicos, treinadores de goleiros, analistas de desempenho, dentre outros.

A mídia, principalmente a televisiva, promove uma divulgação maciça do sucesso esportivo de alguns atletas de futebol (futebolistas), os quais esbanjam uma vida confortável e de glamour. Com isso, vários jovens futebolistas vislumbram a possibilidade de ser um jogador de futebol profissional no futuro. “Entretanto a maioria dos clubes não apresenta um aspecto metodológico, sistemático e analítico para selecionar os jogadores promissores [...]” (CÂMARA, 2009, p. 19).

Apesar de os clubes compreenderem que o investimento nas Categorias de Base é a forma mais adequada para se trabalhar e, financeiramente, parecer ser muito viável fortalecer as categorias de base para obter lucros com negociações de futebolistas dessas categorias, os clubes têm enorme dificuldade em realizar processos seletivos de qualidade.

Geralmente, os processos seletivos, também conhecidos como “peneiras” ou “peneirões” - realizados pelos observadores técnicos ou “olheiros” - que ainda são utilizados para seleção, resumem-se na observação do desempenho de um grande grupo de jovens futebolistas em um período de tempo (alguns minutos) dado a cada jogador. Neste período, o comportamento-alvo tende a ser a habilidade com a bola.

Nesse curto período de observação, caso sejam identificados futebolistas promissores, estes são encaminhados ao clube para uma nova observação, a qual será conduzida pelo técnico responsável pela categoria de base em questão. Um dos problemas que surge diante de tais fatos é se há indicadores e concordância entre os critérios (físicos, técnicos, táticos e psicológicos) utilizados pelos técnicos, mais e menos experientes, das categorias de base. Isso é importante,

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pois caso não haja concordância entre esses critérios, muitos jovens promissores podem estar sendo perdidos no meio desse percurso.

Outro aspecto que preocupa é em relação a questionamentos de pais/responsáveis dos/pelos garotos sobre uma possível “eliminação” de um processo seletivo. Da atual forma, como a maioria dos processos são realizados, os “professores” não têm a menor condição de dar uma resposta plausível, pautada em números e desempenhos de tais futebolistas. Isso ocorre porque tal seleção não possui critérios bem definidos e sistematizados.

Foi pensando nisso e verificando essa lacuna de conhecimento que CÂMARA, em 2009, desenvolveu seu estudo com técnicos de futebol de categoria de base do Rio Grande do Norte, procurando saber quais critérios esses técnicos utilizavam para selecionar futebolistas para suas equipes e de que forma tal seleção era realizada.

Poucos anos depois, em 2012, um grupo de pesquisadores da USP e UFSCar, desenvolveu um sistema I-Sports.

Após as primeiras modificações no sistema, viu-se a necessidade de implementar o componente psicológico ao sistema. Para isso, primeiro necessitava-se saber o que investigar - no amplo leque de aspectos psicológicos - quais seriam realmente relevantes para auxiliar treinadores de futebol ou observadores técnicos em processos seletivos.

Novamente, a dissertação de Câmara foi importante para identificar tais aspectos. Mas por que identificar componentes psicológicos de jovens futebolistas poderia auxiliar em processos seletivos?

Talvez porque, acredite-se que, os padrões de comportamento e a organização da estrutura psicológica de cada futebolista possam influenciar no seu desempenho esportivo.

Segundo Corrêa et al. (2002, p. 448), “[…] em toda ação, presente em um jogo de futebol, existe um envolvimento psíquico, sendo esse consciente ou não.”

Segundo Vallerand; Colavecchio (1988) in Corrêa et al. (2002), a influência do momento psicológico sobre o desempenho depende de variáveis situacionais e individuais, como:

▪ o nível de ansiedade; ▪ o nível de motivação;

▪ a própria natureza da tarefa que está sendo executada, entre outros.

Dessa forma, o grau de dificuldade de uma ação esportiva também influencia o desempenho esportivo. Além disso, em um estudo realizado por Corrêa et al. (2002) em que foram entrevistadas pessoas experientes em futebol (ex-jogadores, preparadores físicos,

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treinadores, jogadores em atividade), foram citados fatores que dizem respeito à influência da confiança, da motivação e da preparação psicológica no desempenho esportivo.

Então, sabendo-se da importância do componente psicológico na seleção de futebolistas promissores, esse estudo levanta a seguinte problemática.

Como implementar o componente psicológico no sistema I-Sports e quais critérios devem ser levados em consideração?

1.1 Objetivos

1.1.1 Geral

Analisar aspectos comportamentais que possam servir para implementar o componente psicológico no Sistema I-Sports.

1.2.2 Específicos

▪ Desenvolver questionários e fichas de coleta de dados (individual e coletivas) dos aspectos psicológicos, técnicos e físicos para seleção esportiva de futebolistas promissores;

▪ Desenvolver um framework do Software R para que possa ser implementado no sistema I-Sports.

1.2 Justificativa

O mundo do futebol é realmente incrível, talvez por isso o pesquisador tenha adentrado ainda muito jovem e vive até hoje dentro deste, de alguma forma.

Quando criança e adolescente optou por dedicar-se exclusivamente à prática de futsal e futebol de campo, participando e vencendo vários campeonatos em todas as categorias. O mais expressivo talvez tenha sido o título da categoria Juvenil (16 a 18 anos) dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERN’s) do ano de 1996, pela tamanha rivalidade, excelência de jogadores e altos investimentos por parte dos colégios.

Nesse período, meados dos anos 90 teve que optar por seguir a carreira de atleta ou dedicar-se aos estudos. E como era de classe média, a solução mais arriscada seria abandonar

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os estudos e dedicar-se ao futebol. Decisão que parece ser muito simples quando se fala em jovens de baixa renda, já que ser jogador parece ser a única saída viável para fugir da linha da pobreza.

Como seguiu com seus estudos, ingressou no Curso de Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e seguiu praticando (competindo nos jogos universitários e acumulando títulos), estudando futebol (entrou em linhas de pesquisa de grupos de pesquisa da instituição e sua monografia foi sobre esse tema) e trabalhando com futsal e futebol (chegou a ser treinador de equipes masculinas e femininas na própria UFRN, indo até a campeonato brasileiro universitário).

No início de 2006 apresentou seu TCC da Especialização em Avaliação da Performance Humana, na Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco (ESEF/UPE), tratando pela primeira vez da temática que sempre o incomodou muito, que é a questão de como são realizados os processos seletivos na maioria dos clubes de futebol do Brasil.

Ainda em 2006 foi contratado pelo Alecrim Futebol Clube para ser preparador físico das categorias profissional e de base e permaneceu até início de 2008, quando foi contratado pelo América Futebol Clube para atuar como preparador físico das categorias de base no clube, atuando até o fim de 2008 (nesse período foi campeão das categorias sub-13, sub-15 e sub-17 e vices da categoria sub-20). E assim construiu o ano mais vitorioso de todos os tempos, nas categorias de base do clube.

Nesse tempo todo foi aprimorando conhecimentos, unindo teoria à prática e em 2009 apresentou sua dissertação no mestrado de Psicologia, na UFRN, com a mesma temática (Seleção de Futebolistas Promissores).

Esta temática é importante devido aos altos recursos financeiros envolvidos no esporte, devido à possibilidade em se mudar – para melhor – vidas de pessoas menos favorecidas financeiramente. E principalmente, para que a justiça seja feita e os melhores futebolistas sejam selecionados, fornecendo embasamento aos professores e observadores técnicos para que eles possam esclarecer aos pais/responsáveis pelos atletas os “porquês” de seus filhos não terem sido selecionados em um processo seletivo, dando assim a possibilidade de tentar melhorar em algum aspecto que possa ter sido avaliado como fraco.

Portanto, criar um sistema ágil, que forneça resultados rápidos e precisos sobre a condição de cada futebolista, e que incorpore vários componentes, físicos, técnicos e psicológicos, parece ser um grande avanço científico para resolver questões estritamente práticas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Seleção de Talentos no Futebol

A história do futebol é enigmática, pois os estudiosos não chegaram a um consenso, até o momento, sobre sua origem. Mas, independentemente de sua origem, o futebol de campo é um esporte à parte no Brasil, pois envolve pessoas de todos os níveis sociais, raças e religiões. Além disso, o futebol é o esporte mais praticado no mundo, envolvendo mais de 200 milhões de pessoas, 191 (cento e noventa e um) países (A ONU, órgão internacional para a paz e os direitos humanos envolve apenas 185) e 4,1 milhões de clubes. (LIPAROTTI et al.., 2002).

Considera-se talento esportivo o indivíduo que por meio de suas condições herdadas e adquiridas, possui uma aptidão especial para o desempenho esportivo, acima da população em geral (BÖHME, 1999 apud SILVA et al., 2003).

Sabendo-se disso, clubes, empresários, e observadores técnicos procuram jogadores principalmente nas categorias de base, as quais são categorias amadoras (não profissionais), que servem de “base” para a formação do plantel (elenco) dos clubes profissionais. E que são sub-13 ou mirim (abaixo de 13 anos), sub-15 ou infantil (abaixo de 15 anos), sub-17 ou juvenil (abaixo de 17 anos) e sub-20 ou juniores (abaixo de 20 anos). Ou seja, o que delimita a categoria é a idade superior e não a inferior, assim meninos de 13 anos, por exemplo, podem participar da categoria sub-15 ou sub-17 dependendo do regulamento específico da competição.

Isto ocorre porque jogadores nessas categorias são mais baratos e podem adaptar-se mais facilmente ao que eles querem.

É importante que se entendam algumas mudanças que ocorreram no Futebol durante vários anos.

É comum ver-se pessoas, principalmente nascidas entre as décadas de 40 e 50 compararem o futebol jogado por volta da década de 70 com o futebol moderno (década de 90 em diante), elogiando o futebol do passado e enaltecendo a criatividade e a técnica apurada de seus futebolistas; e por outro lado, criticando o futebol moderno por sua truculência e pouca técnica o que estaria debilitando o “espetáculo das multidões”. Entretanto, sabe-se que tudo evolui e no quesito treinamento físico-fisiológico o futebol deu um salto grandioso. E atualmente, muitos estudiosos da área acreditam que a parte física é responsável por aproximadamente 70% para se ter um time competitivo e vencedor.

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A técnica perdeu espaço e está sendo possível verificar futebolistas com pouca técnica em grandes clubes, pois estes ganham espaço, devido as suas fortes capacidades físicas. Diferenças, atualmente, ainda são perceptíveis quando se observam as diferentes nações em disputa e seus respectivos campeonatos. Pode-se perceber, por exemplo, que em países como Alemanha e Itália os futebolistas possuem características físicas surpreendentes com relação à estatura e massa muscular. Já no Brasil e em praticamente todos os países da América Latina, Portugal e Espanha, os futebolistas são tecnicamente melhores e fisicamente piores, basta observarem-se os dados das competições internacionais que serão citados nesse momento.

Se preparadores físicos que saíram da academia com o intuito de levar os conhecimentos adquiridos em no mínimo 4 (quatro) anos para dentro dos clubes de futebol já tiveram dificuldade em serem aceitos, imaginem como é a aceitação por parte de dirigentes e técnicos com relação a um Psicólogo do Esporte. Felizmente outros esportes, como vôlei, basquete, tênis e golfe abriram suas portas aos Psicólogos do Esporte e com os resultados obtidos a tendência é que os clubes de futebol notem a importância desses profissionais.

Para que se tenha um melhor entendimento da atuação de um Psicólogo do Esporte no futebol, será abordado um pouco sobre essa área de conhecimento que ainda tem sido pouco estudada no Brasil e no mundo.

2.2 Psicologia do Esporte no Futebol

Segundo oColegio Oficial de Psicólogos (1998), a Psicologia no Esporte tem como eixo básico e fundamental, a Psicologia Científica, da qual se constitui como uma área de aplicação. Por outro lado, esta disciplina apoia-se, embora em menor proporção, nos conhecimentos específicos provenientes das Ciências do Esporte, que perfilam o âmbito de aplicação e os conhecimentos complementares adequados para o desenvolvimento da área. Para Becker Junior apud Cozac (2004), a Psicologia do Esporte deve ter por finalidade investigar e intervir nas variáveis que estejam ligadas ao ser humano que pratica determinada modalidade esportiva e ao seu desempenho.

Essa área de conhecimento no Brasil teve como pioneiro o psicólogo João Carvalhaes, que de acordo com Waeny; Azevedo (2003), trabalhava com Psicotécnica e Psicologia Aplicada ao Esporte desde o inicio da década de 50. Isso provavelmente contribuiu para que ele fosse convocado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que realizasse testes psicólogicos e desse a “fibra” necessária aos jogadores durante o período de preparação na Copa do Mundo de 1958, realizada na Suécia.

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Após a Copa do Mundo, João Carvalhaes foi citado, em vários jornais de circulação na época, como um dos responsáveis pelo título. Em 1964 surgiram publicações sobre o tema, escritas por Emilio Mira y López e Athayde Ribeiro da Silva.

Uma tentativa de se relacionar características psicológicas aos futebolistas foi de Melo (1997), que citou – mas só citou e tentou brevemente justificar – por posição de jogo, quais as “qualidades psicológicas” necessárias para esses futebolistas. E usou termos como coragem, liderança, calma, concentração, iniciativa, garra, combatividade, persistência, maturidade, decisão, sociabilidade e agressividade.

Diante da evolução esportiva em treinos aprimorados e estudos fisiológicos realizados e apesar de ser o esporte coletivo mais estudado no mundo, ainda existem pouquíssimos estudos em seu âmbito, especialmente, no que se refere à psicologia do esporte.

Cozac (2004, p. 144) faz um breve comentário sobre o futebol brasileiro: “O nosso futebol, por mais pentacampeão que possa ser dentro de campo, disputa a quinta divisão mundial diante do atraso em termos de concepção e treinamento. Um dia a terra seca. Os craques não são eternos. A paixão do brasileiro pela bola, talvez”. E é para que esta terra não seque que aprofundaremos o conhecimento científico no futebol nos tópicos que seguem.

2.3 Sistema I-Sports

O Sistema I-Sports surge como uma ferramenta voltada para Seleção de Talentos, inicialmente no Futebol, comparando atletas com diferentes níveis de habilidade técnica e capacidade física e dando o resultado quase que instantaneamente.

As motivações para criação do sistema foram: análises extremamente subjetivas e – na maioria das vezes – baseadas em percepções subjetivas (observações) de treinadores e observadores técnicos; análises muito demoradas; e perdas de vários jovens talentosos. (LOUZADA, 2016).

Em relação às análises estatísticas, tanto os Escores Físico (indicador que avalia o desempenho dos indivíduos nos testes físicos) como para o Escore Técnico (indicador que avalia o desempenho dos indivíduos nos testes técnicos) utilizam Análises de Componentes Principais (ACP). Já para o cálculo do Escore Geral, é utilizada a Análise Fatorial (AF) e para a Consistência, a Teoria de Cópula (TC). (LOUZADA, 2016).

Maiores explicações sobre a construção dos escores devem ser lidas em Mariorano; Louzada Neto; Ara (2014).

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2.3.1 Testes Técnicos utilizados no I-Sports

Os testes técnicos usados no Sistema I-Sports são: teste de passe de Mor e Christian, teste de chute após passe de Mor e Christian e teste de drible de cinco cones.

2.3.1.1 Teste de Passe de Mor e Christian

Segundo Mor; Christian (1979) apud Louzada; Maiorano; Ara (2016), deve-se demarcar uma pequena meta de 91cm de largura e 46cm de altura com dois cones e uma corda que limita a altura das “traves”. Três outros cones devem ser colocados à 14m do centro da pequena meta, a 90º e a 45º respectivamente à direita e esquerda do cone central. (ANEXO 1).

Os participantes devem realizar passes com o pé preferido objetivando acertar com as bolas a pequena meta, a partir dos três ângulos marcados pelos cones.

São dadas quatro tentativas consecutivas para acertar cada ângulo, totalizando 12 tentativas, sendo permitidas duas tentativas de prática e aquecimento em cada ângulo.

É concedido um ponto para os passes que passem por entre os cones ou que rebatam em um deles. A pontuação máxima possível a ser obtida é de 12 pontos.

O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 4).

2.3.1.2 Teste de Chute Após Passe de Mor e Christian

Segundo Mor; Christian (1979) apud Louzada; Maiorano; Ara (2016), para realização desse teste, deve-se ter uma meta regulamentar de futebol (7,32m × 2,44m), que é dividida em áreas de resultados por duas cordas suspensas no travessão a 1,22m de cada poste da meta. Além disso, cada área de resultado é dividida em áreas de alvo superior e inferior, pendurando-se arcos de 1,20m de diâmetro (bambolês), feitos de cano plástico. Em pendurando-seguida pendurando-será demarcada uma linha de chute a 14,5m da meta. (ANEXO 2).

Os participantes devem chutar uma bola estacionária com o pé preferido, em qualquer ponto ao longo da linha de chute a 14,5m. São dadas quatro tentativas para prática e aquecimento, após então serão executados os quatro chutes consecutivos em cada um dos arcos, totalizando 16 tentativas. Se a bola for chutada para dentro do alvo pretendido (dos aros), mesmo que rebatam nos arcos, serão concedidos dez pontos. Serão marcados quatro pontos se a bola chutada acertar ou rebater em algum alvo adjacente àquele pretendido, mas não serão

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concedidos pontos para as bolas que passassem entre as áreas de alvo, que rolassem ou saltassem pelas áreas próximas aos alvos. O resultado máximo possível é de 160 pontos.

O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 5).

2.3.1.3 Teste de Drible de Cinco Cones

Segundo Mujika et al. (2009) apud Louzada; Maiorano; Ara (2016), o teste consiste na demarcação de um percurso circular, no campo, com um diâmetro de 18,5m cuja linha de início/fim de 91,5cm é traçada perpendicularmente ao círculo. São colocados 12 cones de 46cm de altura – ao redor do círculo – com intervalos, entre eles, de 45cm. (ANEXO 3).

Antes de iniciar o teste se permite aos participantes realizarem uma passagem para aquecimento e adaptação ao circuito.

No teste, a bola é colocada na linha de início e a largada sinalizada por contagem regressiva, “3, 2, 1, vai...” quando o cronômetro é acionado ao primeiro passo do participante e travado após ultrapassar a linha de início.

São dadas duas tentativas e como resultado a soma dos dois tempos obtidos.

Quando erram o percurso ou perdem o controle da bola, o teste é interrompido sendo concedida uma nova e única chance para completar o teste.

O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados (tempo em segundos e centésimos de segundo) na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 6).

2.3.2 Testes Físicos utilizados no I-Sports

Os testes físicos utilizados no Sistema I-Sports são: teste de velocidade cíclica de 20 metros, teste de potência anaeróbia (Running Anaerobic Sprint Test – R.A.S.T.) e teste de 1000 metros em pista.

2.3.2.1 Teste de Velocidade Cíclica de 20 metros

A velocidade cíclica de 20m é uma corrida, na maior velocidade possível, de forma cíclica em que a circunferência deve ter cerca de 6,37m de diâmetro, permitindo a sua circunferência ter 20m de percurso. (ANEXO 4).

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Neste teste, depois de ouvir um apito o indivíduo deve deixar a linha de partida e percorrer 20m no menor tempo possível, sendo tomado o tempo necessário para concluir o percurso. (LOUZADA; MAIORANO; ARA, 2016).

O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados (tempo em segundos e centésimos de segundos) na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 7).

2.3.2.2 Teste de Potência Anaeróbia (R.A.S.T.)

Segundo Zacharogiannis; Paradisis; Tziortzis (2004) apud Louzada; Maiorano; Ara (2016), este teste é usado para medir a potência anaeróbia do atleta, outra magnitude de extrema importância, uma vez que está presente em diferentes situações de um jogo de futebol. Por exemplo, quando um alto zagueiro, mas lento, deve seguir - implacavelmente - um atacante driblador muito rápido em um contra-ataque durante a parte final do jogo. É possível que ambos já tenham atingido o limitar de consumo de oxigênio, proporcionando um estado em que a resistência é indispensável.

Neste teste, o indivíduo deve executar seis vezes a distância de 35m com a maior velocidade possível, com um intervalo de 10s entre cada execução. (ANEXO 5).

O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados (tempo em segundos e centésimos de segundos) na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 8).

2.3.2.3 Teste de 1000 metros em pista

Utilizado para medir a capacidade aeróbia do atleta, uma das capacidades físicas que mais influenciam o desempenho de futebolistas, os quais percorrem cerca de 10km, exceto o goleiro, que devem executar cerca de 10km, gastando mais de 30% do tempo de execução em velocidades baixas a moderadas (MOHR, KRUSTRUP, E BANGSBO, 2003 apud LOUZADA; MAIORANO; ARA, 2016).

A medida do teste de 1000m na pista é indireta, fornecendo uma estimativa do volume máximo de oxigênio.

A aplicação do teste de 1000m em pista é simples. Os alunos devem executar uma distância de 1000m no menor tempo possível, permitindo o registro de tempo (em segundos) gastos pelo indivíduo ao executar a tarefa.

Para tanto, precisa ter um cronômetro ou sistema de câmeras (células fotoelétricas), estas últimas são mais precisas para coleta do tempo. (ANEXO 6).

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O avaliador deverá preencher os dados do atleta e seus resultados (tempo em segundos) na ficha de coleta de dados do teste (APÊNDICE 9).

3 ANÁLISE FATORIAL (AF)

Análise Fatorial é uma classe de métodos estatísticos multivariados cujo objetivo principal é definir a estrutura subjacente em uma matriz de dados. Ou seja, ela visa analisar a estrutura das inter-relações (correlações) entre um grande número de variáveis para reduzir tais variáveis em um número menor de dimensões comuns, denominadas fatores. (COSTA, 2006).

Costa (2006) afirma que a Análise Fatorial é uma técnica de interdependência em que todas as variáveis são simultaneamente consideradas.

Ainda, segundo Costa (2006), a Análise Fatorial (AF) pode ter um viés exploratório ou confirmatório. A Análise Fatorial Exploratória considera o que os dados oferecem. E não estabelecem restrições sobre o número de componentes extraídos. Já na Análise Fatorial Confirmatória, o pesquisador tem uma ideia de como é a estrutura dos dados, por conhecimento prévio por meio da literatura ou de pesquisas anteriores. E a partir disto, ele pode tentar testar hipóteses para saber quais as variáveis deveriam ser agrupadas em fatores ou, ainda, qual o número exato de fatores.

Sabe-se que uma Análise Fatorial envolve estimação de um número grande de parâmetros. E para que essa estimação seja realizada com um mínimo de qualidade é necessário um tamanho amostral igualmente grande em comparação com o número de variáveis envolvidas.

Na literatura, alguns autores (Hair, 1998; Reis, 1997) sugerem um tamanho amostral de 20 (vinte) vezes o número de variáveis a serem testadas no estudo. E além disso, sinalizam que a análise seja realizada com pelo menos 100 (cem) observações. E Hair (1998), ainda reforça que a AF não deve ser utilizada em amostras inferiores a 50 (cinquenta) observações (COSTA, 2006).

Em geral, uma das primeiras etapas da Análise Fatorial consiste em calcular a correlação entre cada par de variáveis, pois a matriz de correlação permite identificar possíveis subconjuntos de variáveis que estão muito correlacionadas entre si.

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3.1 AF Via Software R

Foi desenvolvido um início de Análise Fatorial nos dois questionários (QUEST.TREIN e QUEST.ATLET), levando em conta as especificidades do estudo as quais estarão dispostas em um Framework do Software R (APÊNDICE 11) e Saídas do R comentadas (APÊNDICE 12).

No Capítulo 7 (RESULTADOS E DISCUSSÃO) será dado um breve exemplo com algumas explicações sobre como realizar a técnica no R e algumas referências que poderão ajudar no desenvolvimento do trabalho.

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4 METODOLOGIA

4.1 Tipo de Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa de campo, observacional, comparativa e inferencial.

4.2 População e amostra

A amostra – não probabilística por conveniência – foi composta, inicialmente, por 20 (vinte) Jovens Futebolistas do sexo masculino com idades entre 14 e 17 anos da Grande Natal, no Rio Grande do Norte, que treinam na Escolinha do Flamengo (Unidade Natal).

Posteriormente houve duas exclusões e a amostra ficou com apenas 18 (dezoito) jovens.

4.3 Instrumentos de Coletas de Dados

Foram desenvolvidos, para este estudo, 2 (dois) questionários e 7 (sete) fichas de coleta de dados (uma individual e seis coletivas).

Um questionário direcionado aos Treinadores de Jovens Futebolistas (APÊNDICE 1) e outro aos Jovens Futebolistas (APÊNDICE 2).

Para construção do questionário do APÊNDICE 2, levou-se em consideração os resultados obtidos na dissertação de mestrado de Câmara (2009), a qual verificou características comportamentais que os técnicos observavam em jovens futebolistas para selecioná-los para compor suas equipes.

Os dois questionários continham todas as suas questões em escala Phrase Completion (escala de conclusão da frase), que é uma escala criada por Hodge e Gillespie, em 2003, para tentar solucionar algumas dificuldades de escalas Likert. (SILVA JÚNIOR; COSTA, 2014).

Ainda, segundo os mesmos autores, escala Phrase Completion tem como característica principal ser enumerada de 0 a 10 (11 níveis) e segundo seus criadores, por ter 11 pontos, esta escala fica mais facilmente entendível ao indivíduo respondente, pois – em geral – as pessoas estão mais habituadas com referências de 0 (zero) a 10 (dez) devido ao sistema educacional brasileiro.

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Além disso, teve respaldo de 4 (quatro) pareceres de especialistas, 2 (dois) Psicólogos (ANEXOS 8 e 9) e 2 (dois) Profissionais de Educação Física (ANEXOS 10 e 11), que deram sugestões e fizeram críticas para que houvesse melhorias na versão final do instrumento de avaliação.

As fichas estão disponíveis nos APÊNDICES de 3 a 9.

Além disso, na aplicação dos testes técnicos e físicos foram utilizados os seguintes materiais: ➢ 05 Cones (19cm); ➢ 21 cones (50cm); ➢ 01 Trena 50m (Starfer ® P5005); ➢ 02 Cordas (2,5m); ➢ 01 Corda elástica; ➢ 01 Fita isolante; ➢ 02 Bambolês (77cm); ➢ 02 Bambolês (74cm);

➢ 12 Bolas Penalty® campo nº 05; ➢ 02 Cronômetros de celulares; ➢ 03 Pranchetas;

➢ 03 Canetas;

➢ 01 Apito (Poker® Tucano)

➢ 01 Trave com altura igual a 2,25m e largura igual a 4,95m.

4.4 Procedimentos de Coleta de Dados

Para início do estudo, o pesquisador foi até o local que objetivava coletar os dados e falou com a gestora da Escolinha do Flamengo (Unidade Natal) explicando como se daria o estudo e comprometendo-se em passar o Termo de Consentimento para esta. O que foi feito na semana seguinte.

A gestora prontamente autorizou, mas pediu para que o pesquisador entrasse em contato com o coordenador para que ele viabilizasse as datas de coleta de dados. Isto foi feito, mas não houve retorno.

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4.5 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

O TCLE (APÊNDICE 10) foi disponibilizado para a Gestora da Escolinha do Flamengo (Unidade Natal), que repassou aos pais/responsáveis pelos jovens futebolistas.

4.6 Critérios de Inclusão e Exclusão

Para participar do estudo, era necessário ter entre 14 e 17 anos e praticar futebol na Escolinha do Flamengo (Unidade Natal). E seriam excluídos atletas que não completassem todos os testes ou que não respondessem ao questionário. Ou ainda, cujos pais não autorizassem sua participação na pesquisa.

Houve duas exclusões devido a não assinatura dos pais/responsáveis pelos jovens.

4.7 Procedimentos Estatísticos

Foi utilizada a técnica de Análise Fatorial (AF) e o software R 3.4.1 para inserção dos dados referentes aos questionários.

(27)

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os primeiros resultados desse trabalho dizem respeito às fichas de coleta de dados dos testes do I-Sports, tendo em vista que não foi encontrada nenhuma ficha padronizada (nem individual nem coletiva).

Posteriormente, foram desenvolvidos ao longo do ano de 2016 dois questionários (QUEST.TREIN e QUEST.ATLET) construídos em escala Phrase Completion, para análise comportamental dos atletas, focando em alguns pontos importantes, como: Condição atual dos atletas (nestas questões os atletas deveriam assinalar se sentiam-se “muito mal” ou “muito bem” nos aspectos físico, técnico e tático); Motivos para treinos (estas questões estavam ligadas à identificação do atleta com cada motivo apresentado e ele deveria assinalar entre não se identificar “nada” e se identificar “muito”); Prazer pelos treinos/jogos (essas questões dizem respeito à satisfação em realizar treinos de vários tipos e jogos e eles deveriam assinalar se sentiam “nenhuma” ou “total” satisfação); Importância dos treinos (essas questões dizem respeito à importância que eles dão aos diversos tipos de treino e eles deveriam assinalar se davam “nenhuma” ou “total” importância); Importância dos comportamentos (essas questões dizem respeito à importância que eles dão a cumprir horários, respeitar os colegas e obedecer aos treinadores e eles deveriam assinalar se davam “nenhuma” ou “total” importância); Comparação de desempenho com os colegas do clube (essas questões dizem respeito a como eles se veem em comparação aos demais atletas do clube nos aspectos físico, técnico e tático e eles deveriam assinalar se sentiam-se “muito mal” ou muito “bem”) e Ansiedade (onde os atletas deveriam assinalar o quão se sentiram nervosos/tensos quando foram submetidos aos testes físicos e técnicos, se “nada” ou se “muito” nervosos/tensos).

Outro resultado importante a assinalar é a possível comparação entre algumas questões dos dois questionários desenvolvidos.

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Tabela 1 – Equivalência entre as questões dos Questionários QUEST.TREIN e QUEST.ATLET QUEST.TREIN QUEST.ATLET 1 1 2 2 3 3 4 18 5 19 6 20 7 8 Fonte: Pesquisador

De acordo com a Tabela 1, pode-se notar que a questão 1 do QUEST.TREIN corresponde à questão 1 DO QUEST.ATLET e que a questão 2 do QUEST.TREIN. corresponde à questão 3 do QUEST.ATLET. E assim por diante.

Resolveu-se fazer a comparação das notas atribuídas pelo treinador a cada atleta, nas sete questões elencadas na Tabela 1, com as notas atribuídas por cada atleta a si mesmos. Esta comparação está evidenciada na Tabela 2, as numerações dos atletas foram distribuídas na primeira coluna, as notas dos atletas e do treinador foram posicionadas na segunda coluna e as questões foram distribuídas nas colunas seguintes.

Após a confecção da Tabela 2, resolveu-se expressar graficamente tais observações, em sete gráficos de pizza (um para cada questão) que teriam no máximo três subdivisões, as quais são: Nota do Atleta Maior que a Nota do Treinador, Nota do Atleta Igual que a Nota do Treinador e Nota do Atleta Menor que a Nota do Treinador.

Os gráficos que representam esses percentuais estão numerados de 1 a 7 e estão dispostos a após a Tabela 2.

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Tabela 2 – Comparação entre as notas dos Atletas e do Treinador sobre cada uma das 7 questões equivalentes dos Questionários QUEST.TREIN e QUEST.ATLET

QUEST.TREIN 1 2 3 4 5 6 7 15.1 NOTA.TREIN 6 6 6 6 6 6 6 NOTA.ATLET 7 6 7 10 10 9 10 15.2 NOTA.TREIN 5 6 6 6 6 5 5 NOTA.ATLET 7 6 5 10 10 10 10 15.3 NOTA.TREIN 8 7 8 8 8 8 6 NOTA.ATLET 8 9 9 5 10 10 10 15.4 NOTA.TREIN 8 6 6 6 8 9 5 NOTA.ATLET 8 9 8 10 8 9 10 15.5 NOTA.TREIN 5 6 7 6 7 8 6 NOTA.ATLET 9 8 10 0 9 10 2 15.6 NOTA.TREIN 6 6 6 8 8 8 6 NOTA.ATLET 8 7 8 10 10 10 8 15.7 NOTA.TREIN 7 6 6 5 7 7 5 NOTA.ATLET 5 4 5 8 10 10 10 15.8 NOTA.TREIN 6 7 6 7 7 7 6 NOTA.ATLET 8 9 9 9 10 10 10 15.9 NOTA.TREIN 6 5 6 5 5 6 5 NOTA.ATLET 10 7 9 10 10 9 10 15.10 NOTA.TREIN 5 4 4 5 6 6 4 NOTA.ATLET 6 8 7 10 9 10 9 17.1 NOTA.TREIN 7 6 7 7 7 6 5 NOTA.ATLET 10 8 10 10 10 8 10 17.2 NOTA.TREIN 6 6 6 6 6 6 5 NOTA.ATLET 2 5 6 10 10 10 0 17.3 NOTA.TREIN 7 7 6 6 7 7 6 NOTA.ATLET 8 7 6 10 9 8 10 17.4 NOTA.TREIN 8 8 8 8 8 8 7 NOTA.ATLET 7 7 6 9 10 10 8 17.5 NOTA.TREIN 6 7 7 7 6 6 6 NOTA.ATLET 10 10 10 10 10 10 8 17.6 NOTA.TREIN 8 8 9 8 9 9 8 NOTA.ATLET 8 8 8 10 10 10 10 17.7 NOTA.TREIN 7 7 7 8 8 8 6 NOTA.ATLET 7 6 8 9 9 10 10 17.8 NOTA.TREIN 6 7 7 6 7 7 6 NOTA.ATLET 8 8 8 10 10 10 10 Fonte: Pesquisa, 2017

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Gráfico 1 – Percentuais de Notas dos Atletas (Maiores, Iguais e Menores) que as Notas do Treinador para cada uma das sete questões

88,9% 55,6% 94,4% 88,9% 55,6% 66,7% 61,1% 22,2% 5,6% 22,2% 11,1% 22,2% 11,1% 11,1% 22,2% 16,7% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Possibilidade de ser Profissional Obediência ao Treinador Relacionamento com Colegas Cumprimento de Horários Aspectos Táticos Aspectos Técnicos Aspectos Físicos

Nota do Atleta (menor que Nota do Treinador)

Nota do Atleta (igual a Nota do Treinador)

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Em uma análise conjunta das sete questões apresentadas no Gráfico 1, percebe-se que houve uma superestimação das Notas dadas pelos Atletas a eles mesmos, denotando que a maioria deles se acha melhor do que realmente é (Notas atribuídas pelo Treinador).

Como foi citado no Capítulo 5, que alguns autores sugerem um tamanho amostral de 20 vezes o número de variáveis a serem testadas no estudo e que, além disso, sinalizam que a análise seja realizada com pelo menos 100 observações. Portanto, recomenda-se que ao se tentar realizar um estudo semelhante a esse no futuro tenha-se atenção a esses “pressupostos”, que facilitarão – com certeza – o desenvolvimento do trabalho.

Como este trabalho visava desenvolver ume Framework, o número de observações não influenciou diretamente na análise, mas indiretamente sim, pois teve-se que excluir no mínimo 8 questões para que a mesma conseguisse ser realizada. Isso que foi feito utilizando o comando a seguir.

ta.fa2<-factanal(ta[,-c(4,5,6,7,9,10,11,12)], factors=2, use = "pairwise.complete.obs") ta.fa2

Como pode-se observar, o comando utilizado foi o “factanal” e foram excluídas as questões de números 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11 e 12 do QUEST.ATLET, que contém 24 questões. Também é possível notar que foram selecionados 2 fatores para ver se seriam suficientes para conseguir explicar as 16 questões restantes do QUEST.TREIN.

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Ao verificar a saída de dados acima, percebe-se que o valor calculado da estatística do Teste quadrado para 89 Graus de Liberdade (GL) é igual a 116,18 e na tabela do Teste Qui-quadrado, o número de GL mais próximo de 89 é 90. E adotando o nível de significância (α) igual a 0,05, temos que o valor tabelado é 113,145. Portanto, analisando esta informação e observando o valor-p – obtido no teste – de 0,0281, o qual é menor que 0,05, pode-se dizer que rejeita-se a hipótese de que 2 fatores são suficientes para explicar as 16 variáveis analisadas no QUEST.ATLET. Então deve-se fazer a tentativa com 3 fatores.

Mais informações sobre como realizar a análise fatorial e um melhor e mais amplo entendimento podem ser encontradas no livro An R and S-PLUS Companion to

Multivatriate Analysis de EVERITT (2005) ou no artigo Exploratory factor analysis for

ordinal categorical data, disponível no site

<http://dwoll.de/rexrepos/posts/multFApoly.html>.

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6 CONCLUSÕES

Como conclusões deste Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) pode-se dizer que – apesar da importância crescente da “descoberta de talentos” na área de Educação Física – há uma escassez de trabalhos que aplicam algum método sistemático para tentar revelar jovens atletas promissores.

Até questionários, voltados para a finalidade supracitada, são poucos.

As características comportamentais observadas na dissertação de mestrado do autor que poderiam influenciar uma seleção esportiva foram: Motivação em se tornar um jogador profissional; Afiliação (relação de respeito com os colegas do clube) e Respeito ao Treinador e demais membros da comissão técnica.

Acredita-se que com esse trabalho conseguiu-se desenvolver dois importantes questionários para auxiliar nessa finalidade. E ainda, no decorrer das aplicações, notou-se que podem ser melhorados. E tudo leva a crer que Estatísticos voltados a área esportiva podem auxiliar muito na elaboração desses questionários e análise dos resultados, que como pôde-se observar, não é nada trivial.

Além disso, nota-se que seria interessante explorar mais a fundo as sete questões que demonstram equivalências, nos dois questionários. Parece ter muito mais do que se conseguiu comentar aqui.

Em relação à Análise Fatorial, utilizando o Software R, verificou-se que falta torná-la mais simples, com um pacote que seja mais direto em suas análises, permitindo plotagens mais interessantes e resultados mais descomplicados, fazendo com que se chegue às análises de maneira mais rápida. Afinal, “Time is Money”.

Espera-se que este trabalho facilite futuros Profissionais de Educação Física, Estatísticos e Psicólogos do Esporte a encurtar os caminhos de suas análises e a conhecerem um pouco mais da interação entre essas três lindas e fascinantes áreas.

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REFERÊNCIAS

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