COMISSÃO INTERDISCIPLINAR DE PRESERVAÇÃO DE PROCESSOS JUDICIAIS APTOS A DESCARTE
- ATA DO DIA 13 DE AGOSTO DE 2012 -
Aos treze dias do mês de agosto do ano de dois mil e doze, às quatorze horas, na sala de reuniões do 12º andar do prédio do Tribunal de Justiça do RS, sob a Presidência da Des.ª Agathe Elsa
Schmidt da Silva, reuniu-se a Comissão Interdisciplinar
de Preservação de Processos Judiciais Aptos a Descarte. Estiveram presentes o Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, representante do Memorial do Judiciário do RS, o Juiz de Direito Dr. Ronaldo Adi Barão Castro da Silva, representante da AJURIS, Emiliano Medeiros, representante do Ministério Público do RS, Tassiara Jaqueline Fanck Kich e Luciane Baratto Adolfo, representantes do Arquivo Judicial Centralizado, Nádia Weber Santos e Marluza Marques Harres, representantes de Cursos Universitários de História, Silvia Rita Vieira, representante da Associações/Entidades de Classe da Área de História, Camila Lacerda Couto, representante de Associações ou entidades de classe da Área de Arquivologia, e Aline Nascimento Maciel e
Clarissa Sommer Alves, representantes do SIARQ/RS.
Acompanharam a reunião o Juiz Assessor das Vices, Dr. Jerson Moacir Gubert, e os servidores Anelda Pereira de Oliveira, do AJC, e João Batista Santafé Aguiar, do Memorial do Judiciário do RS. Não compareceram os representantes da OAB/RS.
Aberta a reunião, a Desa. Agathe cumprimentou todos os presentes e apresentou a nova integrante, Sra. Camila Lacerda Couto, que passou a integrar a Comissão como suplente pelas
Associações e Entidades de Classe da Área de Arquivologia, dando-lhe as boas-vindas. Em seguida, passou-se à ordem do dia com o relato dos seguintes assuntos:
1. Processo nº 5752-12/000011-8 - CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE PROCESSOS JUDICIAIS APTOS A DESCARTE. CRITÉRIO 7: ALVARÁS. Parecer da equipe de historiadores e arquivistas. Deliberação da Comissão.
A Sra. Silvia Rita relatou que ela e a Sra. Marluza visitaram o Arquivo e separaram os alvarás em duas classes: assuntos diversos e, em quantidade muito maior, os referentes a pedidos de herdeiros de pessoas falecidas concernentes a salário, fundo de garantia. Explicou que esses alvarás geralmente são de mães de menores que se habilitam a retirar os respectivos valores. Referiu que, em assuntos diversos, por exemplo, houve um caso de curatela.
A Sra. Silvia Rita disse terem concluído que pode ser aplicada uma amostragem, mas que a quantidade é algo que as preocupa, porque desconhecem o montante de documentos dessa natureza.
A Sra. Tassiara observou que o alvará judicial é uma classe da tabela que não tem temporalidade, por isso é preciso encontrar um assunto que defina a temporalidade. Relatou que, em uma pesquisa feita, constataram que a maioria é relacionada a inventários, e que muitos tribunais adotam alvará judicial para classe e inventário/partilha para assunto, cujo tempo de guarda é de 40 anos.
A Sra. Silvia Rita esclareceu que o que torna interessante o documento é o anexo. Exemplificou com o caso de um processo em
que a mãe pedia para liberar a caderneta de poupança da criança para aplicar nos estudos do filho, aparecendo o levantamento do material escolar da época, dados da matrícula.
A Sra. Tassiara enfatizou que a decisão tomada a respeito dos alvarás deve ater-se especificamente aos alvarás referentes a inventários, para não generalizar para os demais.
A Desa. Agathe referiu que a questão dos alvarás é muito peculiar, porque os assuntos são muito variados, e os prazos de guarda ficam alterados. Indagou se a proposta, então, seria de manter a amostragem, e a Sra. Silvia Rita disse que dependem da definição da tabela de temporalidade e de estabelecer uma quantificação.
O Dr. Ronaldo disse que, do ponto de vista de informações que tenham interesse histórico, os alvarás contém pouca coisa.
A Comissão deliberou pelo descarte dos alvarás judiciais cujos assuntos são os códigos 6039, 6042, 6002, 9607, 5917, que são Imposto de Renda, PIS, PASEP, FGTS e contratos bancários, por não apresentarem representatividade documental nem informacional, bem como pela preservação de uma amostragem de 10 processos por ano de alvarás ligados aos assuntos inventários, partilhas e arrolamentos, de comarcas diversas.
2. Assuntos gerais.
A Desa. Agathe solicitou sugestões de assuntos para serem examinados no próximo encontro. Os participantes discutiram a respeito, e os temas escolhidos foram Falência, Concordata e
Habilitação de crédito, o quais serão analisados na reunião do dia 10 de setembro.
Foi indagado se alguém teria outro assunto para colocar, e a Sra. Silvia Rita comunicou que a Sra. Marluza foi empossada como nova Presidente da ANPUH-RS. A Desa. Agathe cumprimentou-a.
A Sra. Marluza comentou a respeito de um debate realizado pelas entidades do qual participou o Diretor do Arquivo Público do Rio de Janeiro, com larga experiência. Disse que o Sr. Paulo Knauss entendeu que as historiadoras estão no caminho certo e que a digitalização é a solução.
Antes de encerrar, a Desa. Agathe comunicou a aposentadoria da Secretária das Comissões, Sra. Ana Lia, a quem externou agradecimentos e votos de felicidades. O Des. Giorgis falou em nome do Memorial, e o Dr. Ronaldo em nome da AJURIS, ambos igualmente agradecendo o trabalho desenvolvido pela Sra. Ana Lia, bem como desejando-lhe sucesso e felicidades.
Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às quinze horas e trinta minutos. Para constar, foi redigida a presente ata eletrônica que, após aprovada, será assinada pela Presidente e por mim, Secretária.
As notas taquigráficas ficarão armazenadas de forma eletrônica na Secretaria das Comissões.
DES.ª AGATHE ELSA SCHMIDT DA SILVA Presidente
ANA LIA VINHAS HERVÉ