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As 1000 Perguntas - Alyss Thomas

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Academic year: 2021

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(1)

AS

1000

PERGUNTAS

MAIS IMPORTANTES

QUE VOCÊ DEVERIA

FAZER A SI MESMO

*

(2)

E

ste livro vai ajudá-lo a ajudar a si m esmo. Você

entenderá alguns sentim entos - com o autossa-

botagem , estresse, ansiedade, depressão, am arras ao

passado -, o m odo com o eles se desenvolvem e o

que fazer para aplacá-los e dar a grande virada. A

renom ada terapeuta Alyss Thom as concilia teoria e

prática ao p ro p o r u m a série de exercícios que o

levarão a fazer um balanço da sua vida. Porque

apenas ao to m ar consciência de suas atitudes e

emoções você será capaz de m u d ar aquelas que o

estão boicotando.

(3)

aconselhar com os am igos. M uitas vezes, p ed ir ajuda é tran q u ilizad o r e reconfortante, e há ocasiões em que a experiência ou a o p in ião de o u tra pessoa realm ente nos auxilia a enfren­ tar problem as não resolvidos para que possam os seguir em frente. M as será que alguém o conhece m elh o r do que você mesm o?

Se você aprender a fazer a si p ró p rio as perguntas certas - e respondê-las honestam en te -, será capaz de deixar a em oção de lado para avaliar as si­ tuações p o r que passa, com u m a per­ cepção m ais realista de seus valores e atitudes.

Neste livro, a psicoterapeuta Alyss Tho- mas reúne os tem as que m ais ouve em seu co n su ltó rio e o co n d u z à busca das respostas para que você não caia m ais em arm adilhas que o levam a u m estado de ansiedade ou depressão ou a repetir co m p o rta m e n to s que põem a perder alguns relacionam entos.

A lgum as das 1000 perguntas m ais im ­ p o rtan tes que você deveria fazer a si m esm o:

•Você acha m u ito difícil dizer não? • Você sabe relaxar de verdade? • Você vive ansioso?

(4)

• Você é invadido po r um a tristeza sem m otivo aparente?

•Acha que precisa ser mais generoso com seus amigos do que eles são com você, para que continuem sendo seus amigos?

• Você vive n o passado?

• Q ual foi a prim eira grande decepção ou desapontam ento que teve em seu relacionam ento?

• Q uais são as qualidades essenciais que você exige de um relacionamento?

ALYSS THOMAS

e psicoterapeuta. C o m o integrante do G ro u p Analysis de Londres, trabalha ta n to com adul­ tos com o com crianças. A tualm ente, vive em D evon, na Inglaterra. Alyss é tam bém poeta.

(5)

Coordenação editorial: D é b o ra G u te rm a n Assistente editorial: C ristian e P e ro n i Preparação: F átim a C o u to

Revisão: F ran cisco Jo s é M. C o u to Diagramação: G ustavo A b u m ra d

D ad o s In te rn a c io n a is d e C atalo g ação n a P u b licação (CIP) (C â m a ra B rasileira d o Livro, SP, Brasil)

T hom as, Alyss

As 1000 p erg u n tas mais im p o rtan tes q u e você deveria fazer a si m esm o / Alyss T hom as ; trad u ção Sonia P inheiro. - São Paulo : E ditora P laneta d o Brasil, 2009.

T ítulo original: T h e 1000 m o st im p o rta n t questions you will ever ask yourself.

ISBN 978-85-7665-457-5

1. A utoconfiança 2. A u to d o m ín io 3. C o n d u ta de vida 4. C o n tro le (Psicologia) 5. Em oções

6. M udança de vida - A contecim ento 7. Realização pessoal 8. Solução de problem as (Psicologia) I. Título.

09-06082 CDD-158

índices para catálogo sistemático:

1. M udanças na vida pessoal : Psicologia aplicada 158

2009

T odos os d ire ito s d esta ed içã o reserv ad o s à

Ed i t o r a Pl a n e t a d o Br a s i l Lt d a.

A venida F ran cisco M atarazzo, 1500 - 3“ a n d a r - conj. 32 B E difício N ew York

05001-100 - São Paulo-SP w w w .ed ito rap lan eta.co m .b r v e n d a s@ e d ito ra p la n e ta .c o m .b r

(6)

A gradeço a todos os m eus professores, passados e

p resen tes, qu e m e e n sin aram m ais d o q u e posso m e

lem brar. O b rig ad a tam b ém a G areth e B enny p o r

terem im ag in ad o e to rn a d o possível este projeto.

(7)

13 14 15 16 16 16 17 18 19 21 21 25 26 27 27 31 32 36 37 39 39 41 4 4 51 51 52 54

Introdução

Um novo oráculo de m udança

Porque você não precisa de conserto

A arm adilha da negatividade, dos queixum es, da

desesperança, da baixa autoestim a, do rem orso e da culpa

Mas p o r que devo fazer isso?

Pensar

Será que eu mereço?

Negação e justificação

Como funciona este livro

CAPÍTULO 1

Pergunte a você mesmo

O que eu realm ente quero?

Perguntas vitais

Ação

O que

você

deseja esclarecer?

Plano de ação

Confiança e autoestim a

Avalie sua autoestim a

Sete exercícios para prom over a autoestim a

Exercício de autoconfiança

Planejando o sucesso

Treze resultados vitoriosos

Autossabotagem

Até que ponto você m esm o se sabota?

CAPÍTULO 2

Escolha seus valores

Quais são os seus valores?

Escolha seus valores

A lista de valores

(8)

8 Sumário

63

E xercício com os valores

67

P ô r em p rática os valores: to m a r decisões

69

U m a base ética

CAPÍTULO 3

72 Tempo, estresse, ansiedade e relaxamento

72

T udo o q u e você precisa sab er sobre estresse e ad m in istração

do tem p o

72

A dm inistração do tem p o

74

P erg u n tas p a ra a m a n h ã e p a ra a n o ite

74

E n c o n tre a p e rg u n ta certa

75

Estresse

76

Q ual é o seu nível d e estresse?

78

C om o lid ar com os fatores causadores de estresse

80

Você é afetad o p o r agentes in te rn o s e invisíveis d e estresse?

81

C o n tag em d e p o n to s

83

O q u e lh e e n sin aram sobre o m o d o d e e n fre n ta r o estresse?

84

D iga n ão

85

Q u estio n ário do “n ã o ”

89

A nsiedade - O q u e é isso?

91

P ara c o m p re e n d e r a ansied ad e

93

Você sofre d e sintom as físicos de ansiedade?

94

Sintom as m entais e em ocionais d e an sied ad e

96

Você ap resen ta sintom as em ocionais e m entais de ansiedade?

98

Você tem u m c o m p o rta m e n to ansioso?

100 Você sabe relax ar de verdade?

101 P erg u n tas sobre relax am en to

103

M editação a ten ta

104

Você é u m a pessoa atenta?

105

C om o re c o n h e c e r a m ed itação a te n ta

106

Exercício d e visualização

CAPÍTULO 4

110 Lidar com o passado

110

Você vive n o passado?

(9)

117 117 121 121 123 124 124 126 127 130 135 138 141 144 147 148 149 150 151 152 153 155 161 162 164 166 170 171 173 176 178

Q u e tip o d e talentos, p e rc ep ç ão e ap tid õ es seu passado

lh e deu?

A tran sferên cia com o arm a d ilh a

R ecordações difíceis o u desagradáveis

P erg u n tas sobre reco rd açõ es desagradáveis

Seguir em fren te: u m m ito

R ep en sar o passado

A firm ações negativas d e vida

Id en tifiq u e e reescreva suas afirm ações negativas d e vida

Ficar e m p e rra d o

D epressão

Q u estio n ário so b re depressão

Tristeza e p e rd a

Você sofre d e tristeza n ã o resolvida ou oculta?

Estresse pós-traum ático

CAPÍTULO 5

Felicidade, alegria e criatividade

L ib erd ad e

C uriosidade

A legria

Q ual é o seu q u o c ien te de alegria?

Você é infeliz?

Tijolos p a ra c o n stru ir sua felicidade

Até q u e p o n to você é feliz?

Escreva u m diário d e felicidade

C riatividade

Q u estio n a m e n to criativo

Q u estio n ário d a criatividade

A “p e rg u n ta m ilagrosa”

C om o resolver p ro b lem as d e fo rm a criativa

Bem -estar

CAPÍTULO 6

Relacionamentos e comunicação

(10)

10 Sumário

185

As fases cíclicas de um relacionam ento

187

Que fase você está atravessando?

1

93

Avalie sua habilidade para se com unicar com o casal

1

96

Expectativas

200 Com portam entos positivos e negativos em um casal

201 Avalie a si mesmo e ao seu par

204

Protesto saudável

206 C o m o a d m i n i s t r a r c o n f li t o s

207

Com portam entos aceitáveis e inaceitáveis

210 Perdão e reconciliação

211 Diferenças de personalidade

212 Você é extrovertido ou introvertido?

215

Segurança e apego

217 Q u a l é s e u e s tilo d e a p e g o ?

220 Q uestionário do apego

223

Inteligência sexual

CONCLUSÃO

226 Esperança

(11)

ções, com o se fossem q u arto s tran cad o s ou livros

escritos n u m id io m a estran g eiro . N ão p ro c u re ago­

ra as respostas q u e não p o d e m ser dadas, pois você

n ão seria capaz d e vivê-las. E o im p o rta n te é viver

tudo. P o r e n q u a n to , ap enas viva as p erg u n tas. Tal­

vez en tão , p o u co a p o u co , sem m esm o p erceber,

você possa, em u m dia distante, conviver com as

respostas.

(12)

Introdução

Aquele que s upera a si mesmo é um forte. Lao-tsé, Tao Te Ching

O

c o n h e c im e n to favorece o ser. A au to co n sciên cia nos aju d a

a evoluir, a te r u m m e lh o r d e se m p e n h o n a arte d e viver e a nos co­

n e c ta r aos outros. Perm ite-nos a p rim o ra r a q u alid ad e de nossa vida

e a das pessoas q u e nos cercam . Este livro o aju d ará a desenvolver

certos tipos d e autoconsciência. Ao re s p o n d e r às p erg u n tas, você

am p liará sua p ercep ção , ch eg ará a conclusões, irá além de algu­

m as de suas atuais lim itações e fará novas descobertas a resp eito de

q u em você é e d e q u em p o d e vir a ser.

N ão se o b rig u e a p e rc o rre r o livro d o início ao fim; d ê p re fe ­

rê n c ia às p artes qu e p a re ce m lh e falar neste m o m en to . Mas, p o r

o u tro lado, se p e rc e b e r q u e n ã o q u e r d e m a n eira alg u m a le r d e te r­

m in a d o trech o , talvez seja in teressan te investigar a razão dessa re ­

sistência. Se reag ir fo rte m e n te a alguns tópicos, talvez haja u m a bo a

razão p a ra isso. Talvez eles façam p a rte d a histó ria q u e você vem

c o n ta n d o a si p ró p rio , a resp eito de q u em você é e d o q ue p o d e ou

n ão p o d e fazer - to m a n d o p o r base o passado. Este livro se p ro p õ e

a atualizá-lo n o aq u i e agora d e sua vida. N o passado, lim ites foram

traçados pai a cada u m de nós, e a p re n d em o s a fu n c io n a r d e n tro de

u m d e te rm in a d o código d e n o rm as q u e nos indicava o qu e p o d ía ­

m os o u n ão p o d íam o s fazer, o u sar o u acreditar. O q u e será diver­

tido n este livro e re p re se n ta rá u m desafio é o fato de lh e fo rn e c e r

ideias e ferram en tas p a ra a b rir sua p ró p ria caixa de P a n d o ra de

atitudes, c o m p o rtam en to s, em oções, p e n sam en to s e convicções.

Você p o d e rá esco lh er quais deseja conservar, alte rar o u descartar.

P o d e rá desafiar a si m esm o, crescer, m udar, p ro g re d ir - n o seu p ró ­

p rio ritm o. P o d e rá a d q u irir segurança, con fian ça e u m a elevada

autoestim a. A qui você e n c o n tra rá u m teso u ro d e inform ações que

lh e serão úteis, dadas de m a n e ira d ireta e com preensível.

(13)

Superar a si p ró p rio rep resen ta mais do que a m etade da luta con­

tra qu alq u er problem a. Somos m uito hábeis em criar problem as que

levarão décadas p ara serem resolvidos p o r nós. O utras vezes, são

os outros que nos causam problem as, especialm ente q u an d o somos

crianças, e leva m uito tem po até escaparm os da arm adilha específica

em que nos encontram os. Com o psicoterapeuta, tive acesso privile­

giado ao universo in tern o de m uitas centenas de indivíduos que m e

confiaram seus problem as, alegrias e segredos e, em lugar de culpar

os outros, sentiram-se especialm ente interessados em descobrir o que

eles m esm os estavam fazendo p ara que tu d o desse errado. Este livro

é o resultado de algumas perguntas persistentes que venho fazendo

a m im m esm a d u ran te todos esses anos em que ouvi pessoas que se

sentiam , de algum a form a, insatisfeitas ou infelizes.

C om o e p o r q u e as pessoas p reju d icam a p ró p ria vida, e com o

p o d e m d eix ar de fazê-lo? O q u e nos im p e d e de ser felizes e reali­

zados? O qu e nos im p e d e d e alcan çar o q u e re a lm en te desejam os?

Existem , é claro, razões ex tern as de vários tipos p a ra q u e as coisas

n ã o d e em certo, e talvez o m u n d o seja u m lu g ar ruim , perigoso e

difícil. Em algum m o m e n to , coisas difíceis e até impossíveis suce­

d e m a todos nós, e, nesse caso, nossa ú n ica op ção é esco lh er q ue

a titu d e to m a r q u a n d o algo d esafiad o r aco n tece. Mas n ão é esse o

assunto deste trab alh o . Este livro existe p a ra ajudá-lo a viver m e lh o r

a sua vida, a co n teça o q u e acontecer, e m o stra com o você p o d e rá

evoluir a p o n to d e ser você m esm o a solução infalível, p o r mais

difícil q u e seja a situação - e q u e o to rn a rá capaz de sen tir ta n to a

alegria q u a n to a felicidade.

Um novo oráculo de mudança

M uitas vezes reco rrem o s a vários m éto d o s d iferen tes p a ra te n ­

ta r p re v e r o fu tu ro . A ntigos o rácu lo s, co m o o I ching o u o tarô ,

n os aju dam a o b te r esclarecim en to a resp eito de questões e p ro b le ­

m as difíceis e com plicados. Esses antigos oráculos são a in d a m u ito

p o p u lares. E n tretan to , su rg iram em culturas m u ito d iferen tes da

nossa e re p re se n ta m valores q u e j á n ão nos servem , tais com o o

p a p el das m u lh eres, m o strad o com o im utável. Este livro nos co n ­

(14)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 15

vida a ver com novos olhos a nossa necessidade de fazer perguntas e

de e n c o n tra r as respostas q u e nos são m ais ap ro p riad as. E m b o ra

re sp eita n d o e valorizando a sab ed o ria tradicional, o livro tam b ém

oferece u m a visão d ireta e atualizada, b asead a em p rin cíp io s lógi­

cos e sólidos. Q u e stio n a r a nós m esm os é u m m é to d o m u ito eficaz

p a ra fazer avançar nossa vida.

Porque você não precisa de conserto

É fácil sentir-se vulnerável e in seg u ro , sen tir q u e deve existir

alguém qu e tem as respostas certas p a ra você. N ão é m u ito difícil

form ar-se com o te ra p eu ta , c o n selh eiro ou líd e r de sem inários e

o fe re ce r às pessoas soluções, m odelos e conselhos d e com o refo r­

m u la r sua vida. Será q u e essas pessoas o co n h ec e m m e lh o r do qu e

você m esm o se conhece? R ecru tar aju d a profissional p o d e às vezes

ser tra n q u iliz a d o r e re c o n fo rta n te , e existem ocasiões em q u e vá­

rios tipos de te ra p ia re a lm en te aju d am a e n fre n ta r p ro b lem as não

resolvidos, p a ra p o d e rm o s seguir em fren te . As vezes a ex p eriên cia

d e o u tra pessoa é fu n d a m e n ta l p a ra ajudá-lo a avaliar-se m ais p re ­

cisam ente com m aio r clareza. E n tretan to , é p reju d icial im ag in ar

q ue existe algo de e rra d o em você, algo q u e precisa ser co n sertad o .

M uitas pessoas te n ta m convencê-lo de q u e p o d e m lh e o fe re ce r algo

q ue n in g u é m p o d e lh e dar: u m a b oa a titu d e e a capacidade de fazer a

si próprio as perguntas certas. E é disso q u e tratam os neste livro.

As 1000 perguntas mais importantes que você deveria fazer a si mesmo

a b o rd a a psicologia p o r u m a via diferen te d aq u ela e n co n trad a em

outros livros e program as populares de autoajuda. Este livro não se

refere apenas a m udanças de co m p o rtam en to o u à contestação de

antigas convicções - em b o ra isso tam bém esteja incluído. E ap resen ­

tado em form a d e questionário, p ara conduzi-lo a u m a m e lh o r p er­

cepção de seus valores, atitudes e em oções inconscientes. A p ercep ­

ção é p o r si m esm a transform adora. Você p erc eb e rá que as perg u n tas

co n tin u arão a a tu ar m uito depois que tiver fechado o livro. P o r isso,

os questionários ap resen tam u m form ato “leve” e n ão co n têm as p er­

guntas rotineiras dos questionários psicológicos destinados a traçar

u m perfil. Sua in ten ção é refrescar sua m em ória.

(15)

A armadilha da negatividade,

dos queixumes, da desesperança,

da baixa autoestima, do remorso e da culpa

C hega a ser im p ressio n an te o sim ples fato de serm os capazes de

levantar d a cama. P ara q u e se d a r a esse trabalho? V encer a si p ró ­

p rio j á re p re se n ta m ais qu e a m e ta d e d a b atalha. C riar em si m esm o

a atitu d e c o rre ta d e m o d o a estar p ro n to p a ra as coisas boas q ue

estão p o r a c o n te c e r p o d e exigir u m tre m e n d o esforço. M uitas vezes

n ão é o p ro b le m a q ue re p re se n ta n a v erdade u m p ro b lem a, mas

sim as atitudes às quais estam os apegados. Será im possível ler este

livro sem m u d a r d e atitu d e, p elo m en o s u m p o u q u in h o . Se ain d a

n ão está p ro n to , volte p a ra a cam a, mas lem bre-se c o n sta n te m e n te

d e q u e este livro a n im a d o r e d e te rm in a d o estará à sua espera.

Mas por que devo fazer isso?

P o r q ue deveria se d a r ao trab alh o d e se in teressar pelas p e r­

guntas deste livro? Parece q ue custará m u ito esforço, e com o sab er

se vai servir p a ra algum a coisa? E x p e rim en te e tire suas conclusões.

Tente ap licar o m é to d o a u m a p e q u e n a á re a d a sua vida. Tente algo

q u e p areça fácil e p o u co am eaçador. D epois vá em fren te , an im ad o

pelos resultados obtidos. N ão com ece p o r u m g ra n d e p ro b le m a

c o n tra o qual v e n h a lu ta n d o h á décadas.

Pensar

W illiam Bion, u m p siq u iatra n a d a convencional, crio u seu m é­

to d o em p a rte p o r te r tra b a lh ad o com soldados traum atizados, d e ­

pois d a S eg u n d a G u e rra M undial. Ele p e rc e b e u q ue algum as pes­

soas se esforçam ao m áxim o p a ra n ão p e n sa r a resp eito d e fatos

q u e n ão desejam encarar. B loqueiam esses fatos e os e n c e rra m em

u m d e p a rta m e n to isolado d a m en te. A lém disso, algum as pessoas

im p ed em , de fo rm a in co n scien te, q u e os o u tro s p e n se m livrem en­

te o u os desafiem p o r m eio de ideias e p e n sa m e n to s q u e elas n ão

desejam ouvir.

(16)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 17

B ion sentiu-se fascinado p e lo processo d o p e n sa m e n to em si

m esm o. O q u e nos p e rm ite p e n sa r nossos p ró p rio s p e n sa m e n to s

originais e c h e g a r a nossas p ró p rias conclusões, e o que, p elo c o n ­

trário , o im pede? P o r q u e às vezes é tão difícil p e n sa r com clareza?

Em p a rte p o rq u e n a escola, p o r algum m otivo, n ão n os en sin a ra m

a u tilizar fe rra m e n ta s co n ceitu ais d e p e n sa m e n to - as crianças p o ­

d e ria m c h e g a r ã co n clu são d e q u e tin h a m coisas m e lh o re s a fazer

do q u e fre q ü e n ta r a escola. Em p a rte p o rq u e fom os tre in a d o s a

m a n te r em fu n c io n a m e n to b lo q u eio s ao p e n sa m e n to , p a ra n ão

serm os levados a q u e stio n a r dem ais a realid ad e. E em p a rte p o r­

q u e nos sen tim o s a terro rizad o s d ia n te da possibilidade d e sab er

o q u e re a lm e n te desejam os. E provável q u e to d o s n ós ten h am o s

esses p e n sa m e n to s in co n scien tes, o u “im p e n sad o s”, q u e estão

logo ali, e sp e ra n d o ap en as q u e te n h am o s a p re n d id o a p e rm itir

sua e n tra d a . A lguns desses p e n sa m e n to s p o d e m ser lib e rta d o re s

o u criativos.

B ion crio u u m conceito, q u e d e n o m in o u “m en o s K”, q u e re ­

p re se n ta a fo rça qu e existe em cad a u m de nós e q u e gostaria de

nos m a n te r n a ig n o rân cia. E o sabotador, o resistente, aq u ele qu e

tem todas as desculpas e qu e deseja se m a n te r p e q u e n o e m edroso.

Em oposição a esse, B ion fo rm u lo u o co n ceito “O ”, a fo rça desco­

n h e c id a q u e leva a crescer e evoluir, q u e tam b ém existe in te rn a ­

m e n te - o incessante processo do p o ten cial h u m a n o , q u e o fam oso

p sico tera p e u ta Carl R ogers descreveu co m p aran d o -o a bro to s de

b a tata q u e crescem em u m p o rã o escuro. In d e p e n d e n te m e n te da

distância, com o tem p o , esses b ro tin h o s e n c o n tra ria m o cam in h o

p a ra a luz. Todos nós, se conseguirm os luz e espaço em q u a n tid a d e

suficiente, p o d em o s crescer, a m a d u re c e r e florescer.

Será que eu mereço?

Buscar o q u e eu q u e ro n ão seria u m a d em o n stração de egoís­

mo? Eu n ão m ereço; devo p e n sa r p rim eiro nos outros, co n sid e ra r

em p rim eiro lu g a r a fam ília; n ão sou b o m o b astan te p a ra te r as

coisas q u e desejo. Esta é u m a velha m en sag em d e m ed o , restrição

e lim itação. Os o u tro s p o d e m se sen tir invejosos se você levar u m a

(17)

vida feliz fazen d o e x ata m e n te o q u e ach a m elhor. Talvez eles n ão o

aprovem . Q u em você p en sa q u e é p a ra te r planos tão am biciosos?

Se alg u m d ia se p e g a r p e n sa n d o coisas desse tip o , está n a

h o ra de p a ra r co m isso. Você n ã o veio a este p la n e ta p a ra realizar

o q u e o u tra pesso a p ro g ra m o u p a ra você. Está aq u i p a ra se se n tir

realizad o , e n in g u é m , a n ã o ser você m esm o, p o d e sab e r o q u e

c o n sid e ra “ser u m a p essoa re a liza d a ”. Talvez seja algo m u ito d ife­

re n te do q u e você pensava q u e e ra ser u m a p essoa feliz e realiza­

d a - o u m u ito d ife re n te d a n o ç ã o q u e o u tras pessoas têm disso.

Existe u m a voz in sisten te d e n tro d e você, q u e sabe o q u e você

q u e r fazer e o tip o d e p essoa q u e d eseja ser. J á p a ro u p a ra escu tar

o q u e essa voz co stu m a dizer?

Negação e justificação

Você c e rta m e n te j á ouviu o u tras pessoas d iz en d o coisas assim,

e, com certeza, tem suas versões favoritas delas: Você n ão tem tem ­

po. Vive o c u p ad o dem ais g a n h a n d o d in h e iro e sobrevivendo, n ão

p o d e e n fre n ta r m ais n ad a. Sua m ãe n ão gostaria disso. Os ratos

ro e ra m seu dever d e casa. N ão p o d e a p a re c e r n u m a acad em ia sem

an tes e m ag rec e r u m p o u co . Q ual é a sua d escu lp a favorita n o m o ­

m en to ? De ag o ra em d ia n te n ão vai m ais p recisar dela. Se isso o

assusta, d eixe o livro d e lado p o r algum tem p o , até se aco stu m ar

com a id eia d e que n ã o vai m ais te r q u e fin g ir ser alg u ém q u e

n ão é. D epois q u e re s p o n d e r a todas as p erg u n ta s deste livro, você

n u n c a m ais vai te r q ue se d efen d er, se ex p licar o u se ju stific a r p a ra

o u tra pessoa.

N egação é algo q u e todos nós praticam os. M uitas vezes é até

saudável. N ão q u erem o s e n fre n ta r tu d o o te m p o todo, e afastar cer­

tos p en sam en to s e realid ad es q u e nos causam an sied ad e ajuda-nos

a to car a vida. P o r o u tro lado, a neg ação p o d e se to rn a r u m hábito.

Você j á deve te r e n c o n tra d o m u ita g en te capaz d e n e g a r verdades

óbvias, sim p lesm en te p o rq u e é in co n v en ien te e d o lo ro so dem ais

p e rm itir qu e u m a certa v erd ad e desagradável estrag u e o dia.

N o e n ta n to , algum as pessoas p o d e m levar anos e anos n e g a n ­

d o alg u m a coisa q u e o b v iam en te as está in c o m o d a n d o . Em lu g a r

(18)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 19

d e re c o n h e c e r q u e essa v e rd a d e lhes faz m al, têm e sp e ra n ç a de

q u e essa v e rd a d e d eixe d e existir. Essa e straté g ia de n eg ação n ã o

fu n c io n a a lo n g o prazo. H á u m a lei d a psico lo g ia - e la b o ra d a

p elo p ró p rio F re u d - q u e diz q u e tu d o o q u e é n e g a d o , ig n o ra ­

do o u re p rim id o u m d ia h á d e voltar. Os esq u eleto s g u a rd a d o s

d e n tro d o a rm á rio n ã o se to rn a m invisíveis p o r m ilagre. Ficam

lá, a c u m u la n d o p o e ira , e, e v e n tu a lm e n te , a lg u ém os e n c o n tra rá .

N ão é fisicam en te possível a p a g a r algo q u e n os a c o n te c e u . Esses

fatos re to rn a m , talvez de u m je ito q u e n ã o n os p e rm ite re c o n h ec ê-

-los im e d ia ta m e n te , tal co m o n a fo rm a d e d ificu ld ad es psicológi­

cas e em o cio n ais, o u d e sin to m as físicos d e estresse. E em p a rte

p o r isso q u e alguns m é to d o s te ra p ê u tic o s o u de a u to a ju d a p o d e m

fu n c io n a r b em a c u rto p razo , m as, a lo n g o p razo , é p reciso m ais

do q u e p e n sa m e n to positivo e m u d a n ça s d e c o m p o rta m e n to p a ra

m o d ificar o m o d o co m o você d e fato se sente.

Como funciona este livro

Este livro oferece u m a caixa de ferram en tas com conceitos e

soluções originais, práticos e elegantes, q ue p o d e m ser aplicados

a tod o tipo de situação. Você p o d e usá-las p a ra analisar p o r que

tu d o d e u errad o , mas, m e lh o r ainda, p o d e usá-las p a ra a p rim o ra r e

to rn a r mais claro seu p ró p rio estilo d e vida, suas m etas e sonhos -

e p a ra so lu cio n ar problem as cotidianos. Em lu g ar de convencê-lo

a te r p en sam en to s positivos, sensatos e felizes, o m é to d o de fazer

p erg u n tas a si m esm o perm ite-lhe so lu cio n ar as coisas de m an eira

realista e prática. Você n ão tem q ue “te r p en sam en to s positivos”;

pelo co n trário , a p re n d e a a b rir cam in h o p a ra os p en sam en to s posi­

tivos q u e teria n a tu ra lm e n te se o seu nível de estresse, seu am b ien te

e sua situação n ão o lim itassem tanto. Você escolherá p en sam en tos

positivos. E se to rn a rá mais positivo, cheio de en erg ia e saudável, se

estiver p re p a ra d o p a ra isso.

Em cada capítulo, você passará p o r u m processo n a tu ra l de

p e n sa m e n to . F azendo p erg u n tas, a p re n d e rá a tra n sfo rm a r p ro b le ­

m as em conceitos abstratos. Se fo r capaz d e tra n sfo rm a r u m p ro ­

b lem a o u u m a p re o c u p aç ão em u m co n ceito a d eq u a d o , será mais

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fácil enfrentá-los. E ncarando-os d e fo rm a conceituai, n ã o vai sen ti­

dos com o algo pessoal n e m se envolver em o cio n alm en te. Saberá

sep a ra r o jo io do trigo. U m a vez tran sfo rm ad o s em valores e p r e ­

d ic ad o s a b strato s, é m u ito m ais fácil lid a r com os p ro b le m a s e

dificuldades, q u e deix am d e ser tão com plicados e p e rtu rb a d o re s.

Você e n tão fará o cam in h o inverso, passo a passo, p a ra ap licar à

situação q u e o p re o c u p a a resp o sta q ue d e u à p e rg u n ta . Se isso lh e

p arece difícil, n ã o é não; mas re q u e r tem p o e raciocínio, e é u m

processo gradual. U m a b o a h o ra p a ra tra b a lh a r com p artes deste

livro são os m o m en to s livres, talvez q u a n d o você estiver afastado d a

sua ro tin a norm al.

N ão se esforce p a ra seguir o livro do p rin c íp io ao fim. Escolha

u m cap ítu lo q ue lh e p a re ça in teressan te e com ece p o r aí. Se deseja

tra b a lh a r ap enas u m capítulo, d ê p re fe rê n c ia ao cap ítu lo 2: “Esco­

lh a seus p ró p iio s valores” - esse vai causar u m im p acto em todas as

áreas d e sua vida.

(20)

CAPÍTULO 1

Pergunte a você mesmo

A vida é o que acontece enquanto estamos fazendo outros planos. A tribuído a J o h n L en no n

O que eu realmente quero?

O

q u e e u quero? Essa é u m a p e rg u n ta boba. E claro q u e você

sabe o q u e quer. O u n ão sabe? Q u an tas pessoas você c o n h ec e q ue

d ecid iram o q u e q u eriam , tra ta ra m de consegui-lo e ag o ra estão

m u ito c o n te n te s consigo m esm as? P o r q u e será q u e algum as pes­

soas co n seg u em e x atam en te o q ue q u e re m e o u tras n u n c a ch e­

gam a isso? T ente fazer esta p e rg u n ta “sim ples” a algum as pessoas

e verá q u e u m a q u a n tid a d e s u rp re e n d e n te delas h á m u ito tem p o

n ão p e n sa nisso.

D e te rm in a r o q u e re a lm e n te se q u e r p o d e ser m u ito assus­

ta d o r - talvez você o consiga, o u p o d e te n ta r e c o rre r o risco de

falhar; o u p o d e d a r certo, e você teria q u e m u d a r algum as coisas.

Po d e p a re c e r mais fácil ficar e x ata m e n te n o m esm o lu g ar e não

te r q u e m u d a r nada. Só q u e isso é fácil a cu rto prazo, m as, a lo n g o

prazo, é m u ito desagradável sentir-se fru strad o com o fato d e não

haver realizado algo q u e p o d e ria te r alcan çad o p o r n ão te r p e rc e ­

b id o as o p o rtu n id a d e s q u e teve a n ã o ser d ep o is q u e elas passa­

ram - q u e só d e u valor ao q u e tin h a d epois d e perdê-lo.

O

que eu realmente desejo? é u m a p e rg u n ta assustadora, e seria

mais confortável ignorá-la. Mas ela n u n c a desap arece. E u m a d a­

qu elas p e rg u n ta s in sisten tes - tal co m o “existe vida após a m o r­

te?” - , q u e o seguem , com o u m c a c h o rrin h o fiel, a o n d e q u e r qu e

você vá. Ela está sem p re ali. O fato de n ão sab er a resp o sta p a ra essa

p e rg u n ta co n d u z a m uitos conflitos e infelicidade. Você diz sim

àquilo q u e n ão quer, e n ão àquilo q ue q u e r - sim p lesm en te p o r

n ão te r c o m p re e n d id o qu e é necessário, todos os dias da sua vida,

p re sta r aten ção a essa p e rg u n ta crucial.

(21)

Dê-se u m tem p o p a ra re fle tir sobre a p e rg u n ta com a m áxim a

atenção. R espire, concentre-se e p e rc e b a o q u e lh e vem à m en te.

A note as respostas à m e d id a q u e su rg irem e esp ere p a ra ver se n ão

ap arece mais u m a outra. Im agine-se em diversas situações de vida;

n o trab alh o , p o r exem plo, o u em férias com a pessoa am ada. Exa­

m in e a p e rg u n ta o u tra vez, em cada u m a dessas situações. P erm ita

q u e as respostas b ro te m do ín tim o do seu ser, e, m esm o qu e p a re ­

çam n ão fazer sen tid o nesse exato m o m e n to , anote-as. Im ag in e q ue

tem u m p ro p ó sito sin g u lar n a vida, q u e é só seu, e qu e você sabe

ex atam en te q ual é. C om o se sente? O q u e isso lh e parece? C om o é

ser u m a pessoa q u e sabe e x a ta m e n te d o q u e p recisa e o q u e quer,

e se sen te co n fian te o b astan te p a ra ir em busca desse objetivo?

O que importa é não parar de questionar.

A lb ert E instein

Você p o d e utilizar este livro p ara e n fre n ta r problem as e situa­

ções e p o d e ta m b é m utilizá-lo co m o aju d a n a g eração de novas

ideias. Fazer a p e rg u n ta c e rta lh e servirá d e base p a ra lid a r com

q u estõ es q u e, d e o u tro m o d o , p a re c e ria m acim a d a sua capaci­

d ad e. A m e n te h u m a n a n ã o c o n seg u e lid a r com a co m p le x id ad e

d o nosso d ia a dia, a n ã o ser q u e seja d ividida em b o cad o s deglu-

tíveis. Fazer a p e rg u n ta c erta é a p a rte m ais difícil n a so lu ção de

q u a lq u e r p ro b le m a o u pro cesso criativo. D izem q u e A lb e rt Eins­

tein , q u a n d o lh e p ei'g u n taram o q ue faria se tivesse u m a h o ra p a ra

salvar o m u n d o d a d e stru içã o n u clear, re s p o n d e u q u e u tilizaria

os p rim eiro s 55 m in u to s p a ra a n alisa r e c o m p re e n d e r o p ro b le ­

m a, e as ideias su rg iriam nos cinco m in u to s finais. Talvez ele n ão

conseguisse salvar o m u n d o a te m p o , m as te ria ideias to ta lm e n te

novas e originais.

E instein disse tam b ém q u e n e n h u m p ro b le m a p o d e ser reso l­

vido se c o n tin u a rm o s p e n sa n d o d e a co rd o com o m esm o p a d rã o

inicial, q u e d e u o rig em ao p ro b le m a . Suas palavras textuais fo­

ram : n ã o se p o d e resolver u m p ro b le m a m a n te n d o a m esm a dis­

posição m e n ta l q u e lh e d e u origem . Tem os q u e passar a u m nível

su p e rio r d e p e n sa m e n to p a ra te r u m a visão p a n o râ m ica , e u m a

(22)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 23

das m e lh o re s m an eiras d e fazê-lo é p o r m eio d e p e rg u n ta s. Fazer

as p e rg u n ta s certas aju d a a d escrev er e an alisar o p ro b le m a com

precisão. Você co m eça a se lib e rta r das ideias equivocadas q u e o

a p risio n am e passa a p e n sa r de u m m o d o novo, livre das ideias

velhas e desgastadas.

F azendo p erg u n tas, tem os certeza d e estar focados n o p ro b le ­

m a certo.

s n3 Qs*

A nthea pega este livro porque está se se ntin do um pouco d e p rim id a , e a cre ­ dita q ue a causa disso é o rela cio n am e nto q ue m antém há dois anos com o na­ m orado George, q u e fre q u e n te m e n te , d u ra n te o inverno, insiste em viajar com um gru p o de am igos para esquiar. Ele deixa A nthea em casa p orque ela não só não tem cond içõ e s fin an ceira s de fazer a viagem co m o não está m uito interessada em esquiar. Infelizm ente, ela costum a fic a r bastante d e p rim id a d u ra n te o inverno (a sín d ro m e da d is tú rb io afetivo sazonal afeta m uita gente, q u e passa por fases d e ­ pressivas porque o espectro da luz solar, q ue levanta o ânim o, fica m ais restrito). Isso reforça sua te n dê n cia a se se ntir rejeitada e a faz pensar q u e o nam orado a deixou para trás porque se diverte m ais longe dela. Q uando ele voltar, pretende insistir com ele para q ue se co m p ro m e ta a se casar com ela, ou ela porá um fim ao relacionam ento. Mas, ao chegar em casa com seu exem p la r do livro, A nthea descobre q ue o c a pítu lo “ R e lacio na m en to s” fica lá no fin a lzin h o , e que, antes de chegar lá, é preciso passar por q uestionários a respeito de sua autoestim a e seu grau de depressão. Isso altera seu estado de espírito, p erm itin d o -lh e e n ca ra r o pro­ blem a de um o utro ponto de vista, isto é, ela pode fazer algum a coisa para se se ntir m elh or em vez de fic a r e sperando pela volta de George. Com relutância, sente-se levada a a d m itir q ue o a m o r de George pelo esqui não é a causa da sua inse gu ­ rança. Essa sensação - q u e costum a se ntir d u ra n te seus rela cio n am e ntos - tem raízes próprias e precisa ser e n ten d id a e e nfrentada para q ue ela possa m an te r um relacionam ento do tip o d aqueles em q ue duas pessoas reservam um espaço para explorar seus interesses independentes.

C om o sab er se estam os fazen d o as p erg u n ta s certas? É im pos­

sível te r certeza, m as u m a coisa q u e você p o d e fazer é ex am in ar

todas as suas opin iõ es a resp eito d e u m p ro b le m a o u a resp eito de

(23)

algo q u e você gostaria de aprim orar. O talen to consiste em sab er

d e te c ta r a causa exata do p ro b lem a.

George acha q ue gostaria de ser um escrito r e acredita q ue seria m esm o um e scrito r se tivesse te m p o para escrever. 0 problem a é que ele não tem tem po, todo m u n d o vive a requisitá-lo, inclusive sua nam orada, que é m uito possessiva. Sente- -se tão estressado com tu d o isso q ue a única coisa q ue consegue fazer q u a n d o chega em casa depois do tra b a lh o é p reparar um café e sentir-se d e p rim id o por levar um a vida tediosa e banal.

0 q ue George deveria fazer para d e sco b rir por q ue desperdiça um te m p o valioso é resp o nd e r a todas as perguntas do ca pítu lo 3, “ A d m in is tra r o seu te m p o ” .

Por exem plo: ele pode chegar à conclusã o de q ue perde um as cin c o horas por sem ana d e p rim id o , to m a n d o café. Se fosse um a pessoa organizada, em dois anos essas c in c o horas sem anais seriam te m p o su ficie n te para escrever um livro, e ele tem q ue co n c o rd a r q ue te m p o não é o ve rdadeiro problem a. O assunto é bem m ais com plexo, e George com eça a p on derar se realm ente deseja ser um escritor. Na verdade, esqu ia r é o q ue ele m ais gosta de fazer, e não está de m odo algum disposto a a b a n d o n a r essa atividade. Para ser sincero, seu em prego é q ue está lhe ca usa nd o m al-estar, e ele gostaria m ais de ser um bom in stru to r de esqui e, talvez, de escrever um livro destin ad o àqueles que desejam ape rfe iço a r sua té cn ica e, com isso, sentir-se tão realizados q u a n to ele se sente em descidas livres, fora das pistas. George com eça a sentir-se a n im ad o d iante da p ossibilidade de seguir um novo ca m in h o . O ve rdadeiro problem a, adm ite, é te r a cre d itad o - por que foi isso o q ue disse seu pai, e ele detesta co n tra ria r o pai - q ue é indispensável te r um em prego seguro, co m o o seu cargo com o co n su lto r h otline em um a co m p a nh ia de softw are. Ele é e ficie nte no em prego e apre cia d o pelos clientes, m as, na verdade, só está ali pelo d in h eiro. Sua outra paixão é c ria r program as de software, sua o c u ­ pação nas horas vagas. Surgem novas opções, e com eça a fic a r claro q ue um a das coisas q ue precisa fazer é deixar de te n ta r agradar ao pai m a n te n do um “ em prego estável” ; falan d o fra n ca m e n te , um em prego estável não faz o seu gênero, m as ele tem e c o n fro n ta r a visão paterna de m u n d o para c a m in h a r com as próprias pernas. M as será assim m esm o? Depois de co m p re e n d e r tu d o isso, talvez não seja tão d i­ fícil. É possível g an h ar a vida de outras m aneiras, m ais de a cordo com tu d o a quilo de que gosta, desde que esteja disposto a viajar e m u d a r de atitude.

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As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 25

P o rtan to , a cred ita r q ue lh e falta tem p o p a ra se to rn a r u m es­

crito r é u m a descu lp a co n v en ien te p a ra o fato de te r m ed o d a lib er­

d ad e re su ltan te d a aceitação dos riscos. N a v erd ad e, p a ra G eorge,

“falta de te m p o ” significa relu tâ n cia em e n fre n ta r os p ro b lem as

im plícitos. Ele está sim p lesm en te se rec u sa n d o a d esco b rir to d o o

seu p otencial.

P ara G eorge, são duas as p erg u n ta s co rretas a fazer: “Do q u e é

q ue eu te n h o mais m e d o ? ” e “Será q u e e u q u e ro passar o resto d a

m in h a vida com essas lim itações?”.

Perguntas vitais

Esta é a parte difícil. Você pode p ula r este capítulo, ou só voltar a ele q ua n do s e ntir vontade. No entanto, trata-se de um ca pítu lo cu rto, e não vai to m a r m uito te m po . Você já respondeu since ram e nte a estas perguntas? A lguém já lhe fez estas perguntas? 0 q u e acon te ceu q u a n d o lhe perguntaram ?

Você pode aplica r estas perguntas a q u a lqu e r área de sua vida, à sua escolha.

■ Sou feliz?

■ Com o seria a m inha vida se eu um dia acordasse e visse realizados todos os m eus sonhos m ais caros?

■ 0 q ue fa ço na vida q ue im p e de q u e isso aconteça? ■ Até q ue ponto sou positivo e otim ista?

° Com o expresso m inha cria tivida de e a ponho para fu ncionar?

■ 0 que, especificam ente, desejei ser ou fazer desde meus tem pos de criança? ■ Sei o q ue realm ente quero?

■ Vivo de a cordo com m eus próprios valores internos?

■ M eu estilo de vida m e p erm ite realizar m uitas das coisas q ue realm ente desejo?

■ S into-m e ligado ao próxim o e a um a co m u n id a d e significativa?

■ Tenho um se ntid o de propósito ou rum o q ue m e m ostra q ue m sou e que a q u ilo q ue fa ço tem valor? Existem palavras q ue possam expressá-lo?

(25)

* Aventura e risco fazem parte da m inha vida em q u a n tid a d e suficiente? * Qual é a m inha a titu de típica d ia n te de um problem a sério?

■ De q ue m odo as d ecepções im p o rta ntes q ue tive na vida afetaram m inha c a p a cid a de de levar a vida do jeito q ue eu queria?

■ Desisto com facilidade?

■ Do q ue te n h o m ais m edo, e por quê?

* A con te ce -m e com certa fre q u ê n cia chegar a um ponto do qual sei q ue posso ir m ais adiante, para e nc o n tra r apenas m ais um o bstáculo no cam inho? Esse padrão costum a se re pe tir com fre qu ê ncia ? Se esse padrão repetitivo pertencesse a um film e ou a um a canção, qual seria o título da canção ou do film e?

■ Em relação à vida co tidian a , o q ue me deixa m ais fru stra d o ? ■ Em relação à vida co tidian a , o q ue é m ais im p o rta nte para m im ?

E x a m in e d e m o ra d a m e n te c a d a p e rg u n ta . R eflita a re s p e ito

d elas p o r u m d ia o u m esm o u m a se m a n a e p e rc e b a o q u e lh e

vem à m e n te . N ão d e ix e d e a n o ta r as resp o stas, d e m o d o a p o ­

d e r c o n fe rir seu p ro g re sso e as m u d a n ç a s ao lo n g o d o te m p o .

T e n te d e s c o b rir co m o se se n te co m essas p e rg u n ta s a lh e m a rte ­

la r a m e n te . Veja o q u e a c o n te c e q u a n d o se e sq u e c e delas. T e n te

im p e d ir q u e essas p e rg u n ta s te n h a m alg u m im p a c to so b re sua

vida - v erá q u e é im possível.

Ação

É o p ro cesso p e lo q u al to m am o s algum as m ed id as p a ra p ô r

em p rática o qu e ap ren d em o s. E nesse p o n to q u e m uitas vezes em ­

pacam os, p o r q u e é m u ito difícil. P o r m u ito tem p o nos acostum a­

m os a nos e sc o n d e r deb aix o das co b ertas o u a nos d istrair com

atividades triviais em lu g ar d e vivenciar a d o r d e u m novo desafio.

A ação d e p e n d e de ex p eriên cias vividas a n te rio rm e n te . A p re n d e ­

m os com nossas ex periên cias e depois agim os d e a co rd o com elas.

Sem a ação n ão a p re n d em o s n a d a de novo, a n ã o ser com o co n ti­

(26)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 27

n u a r sobrevivendo n o m esm o estado em q u e estam os. D epois de

te r re sp o n d id o a u m a série d e p erg u n ta s d o livro, é preciso q ue

você co n d u za sua p ró p ria e x p eriên cia científica. Teste sozinho n o ­

vas atitu d es e ideias e veja se são d e alg u m a ajuda. Se as coisas n ão

fu n cio n arem , volte ao início p a ra u m novo exam e.

Erros

Q u a n d o p artim os p a ra a ação, sem p re co m etem o s erros, e é

im p o rta n te m a n te r u m a b o a atitu d e em face dos erros. Os erros

são p a rte im p o rta n te do ap ren d izad o : eles nos en sin am o q u e p re ­

cisam os ap re n d er. O m úsico Miles Davis disse c erta vez: “N ão te n h a

m ed o d e errar; os erro s n ão existem ”. Se você n ão c o m e te r erros,

n ão a p re n d e rá n a d a de novo. A queles q u e ach am q u e você deveria

sab er com o fazer alg u m a coisa com p erfeição co m etem quase sem ­

p re u m e rro fu n d a m e n tal, q ue p o d e im p e d ir o p ró p rio ap ren d iza­

d o e o dos outros. São inum eráveis as coisas q u e se p o d e a p re n d e r

p o r in te rm é d io dos erros.

O que

você

deseja esclarecer?

E x p e rim en te passar em revista suas p ró p rias ações e dê início

a algum as novas atividades. E n tão avalie o efeito q u e tiveram sobre

sua vida. Isso o aju d a a ajustar o foco, p a ra q u e você d escu b ra o qu e

deveria estar m e re c e n d o sua aten ção em m eio a ta n ta coisa b an al

q ue tem q u e fazer e às exigências q ue os o u tro s lh e fazem d e qu e

você satisfaça às necessidades deles. O mais im p o rta n te é q u e as

p rio rid ad es sejam as suas, e n ão aquilo q ue os o u tro s ach am que

você deveria ser e q ue deveria fazer.

Plano de ação

Q uando tive r organizado seu p la n o de ação, esse será seu co ntra to consigo m esm o, q ue servirá de guia para m antê-lo no c a m in h o ce rto e a tin g ir suas p rio ri­ dades sem se deixar desviar por assuntos q ue distraiam sua atenção.

(27)

É preciso rever seu plano de ação c o nsta n te m en te e fazer os ajustes neces­ sários q u a n d o a situação m udar. O q ue você não co nse gu ir realizar den tro de um d e te rm in a d o prazo deve passar para a lista seguinte, para não ser esquecido.

Se seguir seu plano de ação d u ra n te um ano, ficará im pressionado com a q u a n tid a d e de coisas q ue com eçarão a se ajustar. Q uando d e cid im o s realm ente fazer algum a coisa e fazem os disso um a prioridade, fica m o s espantados com o que se pode a lca n ça r passo a passo.

Escreva seu plano de ação

Quais são as dez coisas q ue você m ais deseja m u d a r ou execu ta r na sua vida e q ue são prioridades verdadeiras? A lgum as delas podem já estar acon te cen d o. O utras podem precisar de ajustes ou talvez sejam algo to ta lm e n te novo.

Agora

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10

Nos próximos dois anos

l 2

3

4

5

6

(28)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 29

7

8

9

_________________

1 0 __________________

Nos próximos cinco anos

1 2 3

4

5

6

7

8

9

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10

A longo prazo

1 2 3

4

5

6

7

8

9

10

(29)

Que ações específicas são necessárias para que você atinja essas

prioridades?

Data

Concluídas?

Sim Não Hoje

Esta sem ana

Este mês

Este ano

No próxim o ano

(30)

De que forma você poderia sabotar ou atrasar alguma dessas ações?

1 _______________________________________________________________

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 31

2 ___________________________________________________________

3

4

5

0 que você poderia inventar para evitar sair da linha?

(Por exem plo, m ostre seu piano de ação a um a pessoa am iga q ue possa aju d á-lo a se m an te r firm e , ou diga a todo m u n d o que você irá à academ ia três vezes por sem ana, de m odo q ue se sinta envergonhado se não for.)

1 2 3

4

5

Confiança e autoestima

Autoestima e autovalorização

P o d em o s d e fin ir au to estim a com o a cred ita r em si p ró p rio , ser

au to co n fian te, respeitar-se e te r u m a atitu d e positiva em relação a

você m esm o. U m a b o a au to estim a é fu n d a m e n tal. Trata-se d e u m a

q u alid ad e m ágica q u e atrai boas experiências e tu d o aquilo q ue

você quer. U m a au to im ag em negativa o im p e d irá de o b te r tu d o o

q ue m erece e d estró i relacio n am en to s, pois fica difícil p a ra o u tra

pessoa am ar o u re sp eita r alguém q u e n ão se am a ou n ão se resp ei­

(31)

ta. U m re la cio n a m e n to em q u e as duas pessoas têm baixa autoesti-

m a p o d e ser m u ito difícil.

A autoestim a, com o o d in h e iro , p o d e o casio n ar dificuldades

p a ra q u em a tem em excesso: o u tras pessoas p o d e m n ã o gostar de

você e achá-lo convencido o u presu n ço so . P o d em sen tir necessida­

d e d e forçá-lo a baix ar u m p o u c o a bola. A lguns d e nós a p re n d e ­

m os a p a ra r d e “nos m o stra r” e ten tam o s nos a p ag ar u m p o u co . Es­

co n d em o s algum as das nossas q u alid ad es e o ap reço q u e sentim os

p o r nós m esm os. D eixam os q u e os o u tro s falem bem d e nós e nos

façam os elogios de q u e ta n to precisam os.

O

im p o rta n te é desenvolver a au to estim a ao m áxim o. Se não

re c e b e u estím ulo suficiente d u ra n te a infância, é difícil ad q u irir

au to estim a n a id ad e adulta, mas esse trab alh o é u m b o m investi­

m e n to em você m esm o. N in g u ém p o d e fazê-lo p o r você. N ão existe

sub stitu to p a ra u m a b o a autoestim a. R oupas m aravilhosas, acessó­

rios e viagens d e férias p o d e m fazer com q u e você se sinta bem ,

m as, se n ão h o u v er u m a base d e autoestim a, tu d o isso n ão passará

de u m estím ulo te m p o rário .

A autovalorização é sem elh an te à autoestim a. É o valor que

você m esm o se dá, e n ã o d e p e n d e das coisas q u e você faça o u al­

cance. É p a rte do seu eu in trín seco , com o ser h u m a n o sin g u lar e

especial. E algo q ue você possui e cuja ausência é n o ta d a q u a n d o

você n ã o está p resen te.

Avalie sua autoestima

Q uanto você acha q u e vale?

Este que stion á rio é d iv id id o em A e B. Dê um a nota a cada pergunta tra çan d o um círcu lo em to rn o de 1 ou 2. 0 n úm ero 1 significa eu concordo, e o núm e ro 2 significa c o n co rd o plen am e nte. Se d isco rd a r totalm ente, escreva um zero.

(32)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 33

Seção A

Você acredita q ue é um a pessoa fabulosa, dotada de qua lid ad e s

singulares? 1 2

Você se am a, se aprecia e se preocupa consigo m esmo? 1 2 Sente prazer em passar um bom te m p o em sua própria com panhia? 1 2 Fala a respeito de si m esm o com outras pessoas de form a respeitosa e

apreciativa? 1 2

Valoriza tu d o o que já realizou, sem se p reo cup a r com as atividades em q ue não é tão b e m -su ce d id o - afinal, ninguém sabe fazer tudo? 1 2 Valoriza a fo rm a com o foi capaz de su pe rar ta n ta s dificuldades? 1 2 Q uando alguém o c ritica , você ouve com atenção, pensa a respeito da

crítica, incorpora tu d o o q ue lhe parecer útil e ignora o restante? 1 2 Consegue se m an te r calm o, d e sp reo cu pa d o e firm e q u a n d o outros à sua volta agem de form a exigente, crítica ou difícil? 1 2

Sabe to m a r conta de si m esm o? 1 2

Q uando alguém lhe faz um elogio, sabe a ceitá-lo com sim p licida d e? 1 2

Seção B

Dê as notas da m esm a form a nesta seção e som e se paradam ente os pontos o b ti­ dos nas seções A e B.

A cha q ue deve se c o m p o rta r de um a m aneira específica d ia n te de

outras pessoas, para q ue elas gostem de você? 1 2

Precisa ser m ais generoso com seus am igos do q ue eles são com você,

para q u e co n tin u e m sendo seus amigos? 1 2

Acha q ue deve fazer coisas q ue não q u e r só para m an te r um

relacionam ento? 1 2

Veste-se de m odo a não d e s p e rta r m uita a te nçã o ou não p arecer d iferente? Ou, por o u tro lado, gasta m u ito te m p o e energia com sua a pa rên cia p o rq u e pensa q u e não seria aceito sem a m aq u ia g em , as roupas, o ca rro , etc.?

1 2

Acha m esm o m uito difícil dizer não? 1 2

Se alguém o c ritica , sua reação é defender-se ou levar para o lado

(33)

Bem lá no fu n d o , você se sente im p ro du tivo e inútil, e acha que, se as

pessoas o conhecessem de verdade, ninguém gostaria de você? 1 2

Detesta fic a r sozinho consigo m esm o? 1 2

P articipa com fre q u ê n cia de atividades q ue sabe que são autodestrutivas

ou nocivas à sua saúde e ao seu bem -estar? 1 2

Ao falar de si, você o faz de m aneira negativa, queixosa ou autodeprecia- tiva, a tal ponto que as pessoas nem percebem suas boas qualidades e

podem chegar a te r má im pressão de você?

1 2

Pontuação

A contagem dos pontos se faz sepa rad a m e n te para as seções A e B.

Seção A

15-20

Você tem um a notável autoestim a e fu n c io n a m uito bem nesse quesito. Ou você teve um a excelente criação ou se esforçou m uito para chegar a esse ponto. M uito bem ! É im p o rta nte le m b ra r q ue poucas pessoas têm esse aito nível de autoestim a, e talvez lhe seja difícil e n te n d e r as necessidades e a titu de s de pessoas q u e s im ­ p lesm ente não a cre d itam em si próprias da m esm a form a q ue você.

10-15

Você tem uma ótim a autoestim a. Acredita de verdade em si m esm o, tem autoconfian­ ça e gosta de ser a pessoa que é. Talvez seja um pouco inseguro, mas isso é hum ano, e você quase sem pre sabe com o lidar com esse sentim ento. Sabe tam bém q ue preci­ sa trabalhar um pouco sua autoestima, que esta não surge por acaso, mas está disposto a fazer esse esforço para o seu próprio bem. Você não é do tipo que aceita por m uito tem po situações que tenham um im pacto negativo em seu am or-próprio.

5-10

Você se esforçou para te r um a boa autoestim a e está bem c ien te do q ue é preciso para desenvolver segurança e autoconfiança duradouras. Talvez algum a experiência difícil em sua vida o tenha afetado de m odo adverso e provavelm ente, para seguir em frente, você precisa se esforçar um pouco para re forçar sua co nfia nça . Você tem algum as boas atitu de s básicas a seu p róprio respeito e poderá reforçá-las se prestar m ais atenção ao processo de se autovalorizar.

(34)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 35

1-5

E m bora te n h a a lg u m a s a titu d e s básicas sadias a seu p ró p rio respeito, sua a u ­ to e stim a é m u ito baixa. C e rta m en te existe um a razão para isso, e você deve c o n h e cê -la m u ito bem . C o n tin u a r nesse estado de baixa a u to e stim a p re ju d ic a sua sa úd e m ental e seu b em -estar, e pode se to rn a r parte de um c írc u lo vicio so q ue se a u to p e rp e tu a : você se sente p ouco c o n fia n te , então se retrai, se to rna passivo ou e squ ivo e perd e as ocasiões em q u e poderia a p re n d e r a ser m ais c o n fia n te . O se gre do está em p ra tic a r c o m p o rta m e n to s a ssociad o s à a utoe stim a positiva; se fize r isso s e m p re , eles se to rn a rã o m ais n a tu ra is e deixarã o de ser exercícios.

Seção B

10-20

Você está batalhando contra a baixa autoestim a, e, às vezes, pode a ch a r que a vida é m esm o m uito difícil. Talvez não tenha desenvolvido um forte sentido de ide n tid a de própria e, em algum as épocas, deve te r sido fa c ilm e n te co ntro lad o ou in flu e n cia d o por outras pessoas. É sensível à crítica ou a julg a m e n to s negativos. Nem sem pre é co nfia nte o bastante para co rre r os riscos inerentes à busca de uma situação m elhor e, provavelm ente, te m e fic a r sozinho. É um a luta te n ta r se livrar do hábito de pensar e agir negativam ente contra você m esm o.

Há um a coisa q ue você pode fazer q ue lhe será de ajuda im ediata: id e n tifi­ car uma área na qual tem certeza de q ue se sente co nfia nte. Passe em revista as habilidades, talento ou experiência q ue a d q u iriu em certas áreas - por exem plo, você sabe q ue cozinha bem . Pense em com o a d q u iriu a té cn ica necessária. Tente tra n s fe rir essa h ab ilida d e para outra área na qual se sente m enos co nfia nte, mas na qual deseja se sair bem . Por exem plo, se você é bom cozinheiro, sabe a p re n ­ der e a rm azenar novas inform ações, tem talento para organização, tem o dom da criatividade, gosta de tra ta r bem os outros e sabe valorizar e a p re cia r o que é bom . Esses dons podem ser tra nsferid os para algum a área que ainda não experim entou. Por exem plo, artesanato, um esporte coletivo ou c o m e ça r um novo projeto no seu trabalho. A d q u irir novos talentos reforça a autoestim a e, a utom a ticam e nte, vai fa ­ zer com q ue você se to rne m ais confiante.

Um a dica valiosa é c o m e ça r a a cre d ita r q ue vale a pena o esforço - m esm o q ue nem sem pre saiba por q ue está fazendo isso e até m esm o sem te r vontade de fazê-lo.

(35)

Sete exercícios para promover a autoestima

Se passar algum te m po fazendo estes exercícios - em bora in ic ia lm e n te eles possam parecer um pouco tediosos focalizará sua m ente em algo que ela q u e r m uito q ue você faça. Com certeza será bem -su ce d id o . Se alguns dos exercícios o fizerem lem brar-se de ocasiões em que se sentiu m al, não se preocupe com isso e acre d ite q ue este processo natural de cura vai d a r certo.

1 Pense nas atitu de s e co m p o rta m e n to s representados peias perguntas da Seção A do que stion á rio sobre autoestim a. Se algum a delas lhe pareceu difícil ou estranha, co m e ce a praticá-la. Se já tem o costum e de fazê-lo, faça- -o m ais um pouco. Por exem plo, te n te a ceita r os elogios com s im p lic id a d e e nunca fin ja q ue não se im porta com elogios. D urante as próxim as sem anas, te n te a u m e n ta r a contagem de pontos da Seção A.

2 Procure a co m p a nh ia de pessoas descontraídas e a utoconfiantes. A prenda

algum a coisa com elas e te n te co piar algum as de suas atitudes. Ao m esm o te m po , trate de passar um te m p o proveitoso na sua própria co m p a nh ia.

3 Isto é urgente: evite a co m p a nh ia de pessoas q u e o fazem sentir-se mal

consigo m esm o, ou q ue se sentem bem a gredindo-o de algum a form a. N unca perm ita tal coisa. Se isso costum a lhe acontecer, seja enérgico e faça aigum a coisa a respeito. P ratique prim e iro os outros exercícios, até sentir-se m elhor. Não espere q ue aquele tip o de pessoa q ue gosta de vê-lo "para baixo” venha em sua ajuda.

4 Faça um lista de suas boas q u a lid ad e s e talentos ind ivid ua is e dignos de

a dm iraçã o. Na lista podem ser incluídas coisas boas q ue outros disseram a seu respeito. Então com p o rte -se com o se realm ente acreditasse q ue todas elas são verdadeiras. Será q ue essa pessoa agiria de m odo d iferente para com você se soubesse que essas coisas são verdadeiras?

5 Faça um á lb u m ou um c a d e rn in h o de a u to e s tim a . C o le c io n e aí to d o s

os re fo rç o s p o s itiv o s q u e re ce b e r, de q u a lq u e r fo n te : p o r e x e m p lo , c a rta s e c a rtõ e s co m m e n s a g e n s p o s itiv a s , re fe rê n c ia s , te s te m u n h o s ou a v a lia ç õ e s p o s itiv a s em tra b a lh o s fe ito s d u ra n te a lg u m c u rs o . Não d e ix e de a n o ta r as co is a s p o s itiv a s q u e as pessoas lhe d ig a m e g u a rd e - -a s no seu á lb u m , para q u e lhe s irv a m de e s tím u lo . C o le c io n e e lo g io s. E scolha e m o n te c u id a d o s a m e n te seu á lb u m de m o d o q u e fiq u e b o n ito e a tra e n te , q u e lhe seja p ra z e ro s o o lh a r e o e s tim u le a a u m e n tá -lo . Ele

(36)

As 1000 perguntas mais im portantes que você deveria fazer a si mesmo 37

será um re c u rs o va lio s o s e m p re q u e se s e n tir d e p rim id o ou p re c is a r de e n c o ra ja m e n to .

6 Procure sem pre desenvolver novas habilidades e realizar coisas novas, de m odo a sentir-se orgulhoso de si m esm o. Receba e aceite elogios, re conheci­ m ento e honrarias.

7 Valorize, co m e m ore e expresse e xplicita m en te não só o que há de especial

em você, quais os pontos em q ue é único e d ifere nte dos dem ais, assim com o tu d o o q ue tem em co m u m com os outros.

E x e r c íc io d e a u to c o n fia n ç a

É co rre n do riscos e agindo q ue se a d q u ire co nfia nça . E com o g an h ar c o n ­ fiança? Você é do tip o altam ente cauteloso, q ue tem e co rre r riscos, ou sente pra­ zer com a novidade e o entusiasm o inerentes a certa dose de risco e aventura? A rriscando-se pouco, será m enos capaz de se arriscar no fu tu ro.

L em bre-se das coisas boas q u e já lhe a co n te c e ra m . Pode ser q u a lq u e r coisa - um a viagem espe cia l, um a a m iza de d u ra d o u ra , m u d a r para um novo em p re go ou casa nova, te r um filho , um a realização im p o rta n te , a c o n c lu s ã o de um projeto relevante. P erceba c o m o sua p a rtic ip a ç ã o pessoal c o n trib u iu para q ue essas coisas a con te cesse m .

Faça uma lista de dez coisas boas que já lhe aconteceram

Podem ser de q u a lq u e r época de sua vida.

1 2

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5

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10

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Coisas que você já fez

Agora faça um a lista das coisas q ue realizou e das qua lid ad e s pessoais d e m o n s­ tradas por você q ue co n trib u íra m para q ue essas realizações im p o rta ntes aconte- cessem . Terá que pensar m uito se acha que essas coisas "sim plesm ente a contece­ ra m ” . Qual foi a sua c o n trib u içã o para que tu d o desse certo?

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Qualidades pessoais que você demonstrou

São qua lid ad e s pessoais a perseverança, a am izade, te r m ente aberta e ser e n tu ­ siasta, tra b a lh a d o r ou determ ina do .

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Sinta-se orgulhoso do q ue realizou e do m odo com o o fez. Você pode realizar m ais ainda, m uito mais, se c o n tin u a r pensando positivam ente a seu respeito.

Referências

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