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SUMÁRIO CARTA DO DIRETOR (FELIPE CARVALHO)... 4 CARTA DO DIRETOR (GUILHERME CORDEIRO)...5 INTRODUÇÃO... 7 COMITÊ Cronograma de Trabalho...

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SUMÁRIO

CARTA DO DIRETOR (FELIPE CARVALHO) ... 4

CARTA DO DIRETOR (GUILHERME CORDEIRO) ...5

INTRODUÇÃO ... 7

COMITÊ ... 9

1. Cronograma de Trabalho ... 10

A. Realização da chamada (Quórum) + Juramento ... 11

B. Apresentação do caso pela Presidência ... 12

C. Discursos iniciais ... 12

D. Apresentação das evidências e classificação da relevância ... 12

E. Convocação das testemunhas e questionamentos ... 13

F. Debate geral ... 16

G. Discursos finais ... 18

H. Leitura dos Autos e definição da sentença ... 18

Procedimentos ... 19 Moções ... 19 Pontos/Questões ... 21 3. Documentos ... 22 A. Memorial ... 22 B. Pacote de Evidências... 23 C. Agenda ... 23 D. Petição ... 23 E. Emenda ... 24 F. Contrato de Acordo ... 25 G. Carta Jurídica ... 25

4. Formatação dos Documentos ... 25

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A. Memorial ... 29

B. Modelo de Pacote de Evidências ... 31

C. Modelo de Agenda ... 32

D. Modelo de Petição ... 33

E. Modelo de Emenda ... 34

F. Modelo de Contrato de Acordo ... 35

G. Modelo de Carta Jurídica ... 36

APRESENTAÇÃO DO CASO ... 37

Sobre o réu ... 37

Contexto histórico ... 37

A noite do homicídio ... 41

A investigação se concentra em Simpson ... 43

O julgamento começa ... 44

O Dream Team ocupa o centro do palco ... 48

O júri inocenta ... 50

MATERIAIS INVESTIGATIVOS ... 53

Evidências relevantes ... 53

Testemunhas relevantes ... 57

O QUE SE ESPERA DO COMITÊ? ... 60

CONCLUSÃO ... 61

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CARTA DO DIRETOR (FELIPE CARVALHO)

Não é a minha primeira vez escrevendo uma carta em um guia de simulação, e sei que não será a última, mas sei que será, assim como outrora, única. Muitos de vocês participarão de uma simulação pela primeira vez, ou ao menos do modelo de um tribunal, e eu genuinamente entendo o “frio na barriga” que muitos podem estar sentindo. Para ser sincero, eu poderia dizer que fica mais fácil, mas sempre preferi acreditar que somos nós que ficamos mais fortes. Eu já participei e fui premiado em dezenas de simulações, mas, assim como esse comitê irá fazer com vocês em alguns dias, gostaria de fazer uma viagem ao passado. Eu era o delegado da índia em minha primeira simulação; em minhas mãos, estava o quadro de Ganesha, e em minha mente, as palavras empolgantes - mas, naquele momento, confusas - do meu discurso inicial. Naquele evento, eu percebi como as simulações poderiam ser divertidas e excelentes ferramentas de aprendizado, mas não imaginei como elas poderiam mudar completamente a minha vida.

É clichê falar isso, mas as simulações tiveram um impacto imensurável em minha vida. Com elas, fiz amigos da Geórgia, Peru, Índia, Turquia, Indonésia, Uganda, Canadá e Estados Unidos. Com elas, desenvolvi as minhas habilidades e desafiei os meus próprios limites. Com elas, cofundei o Instituto Diplomun, e hoje tento fazer milhares de pessoas sentirem o mesmo amor que eu sinto por esse mundo fantástico.

Ao decidir o tema desse comitê, pensamos em um momento da história emblemático, mas sombrio e misterioso o suficiente para despertar desejo de explorá-lo. Assim, decidimos refazer o julgamento de O.J. Simpson. Nele, vocês explorarão a história, debaterão sobre capítulos sombrios do caso e, potencialmente, mudarão o rumo dos acontecimentos.

Vocês têm o poder e a capacidade de tornar esse evento o mais incrível possível. Para isso, estejam dispostos a correr riscos, a errar, a se abrir e se permitir desenvolver habilidades, conhecer pessoas e aprender sobre diversas coisas. Em breve, vocês protagonizarão o julgamento do século. Então, a minha pergunta é: que tal fazer da DiploMUN Online a conferência do século?

Atenciosamente, Felipe Carvalho.

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CARTA DO DIRETOR (GUILHERME CORDEIRO)

Nós estamos no ápice do desenvolvimento tecnológico e intelectual da Humanidade, nunca se teve acesso a tanta informação e a ciência tratou de refutar, sem direito de resposta, todas as ideologias de ódio, que buscam elencar as diferenças de gênero, sexualidade e etnia e criar uma hierarquia. Ainda assim, é perceptível que, a cada dia que passa, vemos mais intolerância de todos os lados. Atualmente, o debate de ideias, essência do que elevou o ser humano à condição atual, deixou de se tratar sobre pessoas buscando o bem de formas diferentes, passando a representar inimigos mortais que demonizam o outro e sequer consideram seu ponto de vista. Como consequência, temos um cenário polarizado onde educamos a juventude a escolher um lado: bem ou mal. O cenário de guerras civis eclodindo ao redor do mundo deixa de ser distópico e passa a ser um perigo real.

As simulações da ONU (entrarei no nosso comitê, o Tribunal de Los Angeles, mais a frente) são, em parte, uma cura para essa doença do mundo globalizado, e é por isso que elas são tão essenciais para mim. Enquanto delegado, sua função única e primordial é conseguir impactar seus ideais no projeto de resolução final, e você nunca vai conseguir fazer isso dizendo que os demais delegados são uma força do mal comedora de criancinhas. Somos obrigados a ouvir o que o delegado opositor tem a dizer, respeitar e, se possível, refutar com argumentos bons o suficiente para convencê-lo ou, no mínimo, convencer os demais que sua visão é a mais lógica das apresentadas. Não existe nada mais gratificante do que fazer um discurso tão incisivo e bem articulado que obrigue a oposição a correr atrás de mais fontes e argumentos para te replicar. Ao mesmo tempo, você busca o que chamamos informalmente de "fazer lobby" com outros delegados, ver onde suas ideias convergem e como vocês podem trabalhar juntos, apesar de não defenderem exatamente a mesma coisa, pelo meio termo. Isso é excepcional!

Evidentemente, nosso comitê será um tanto diferente dos usuais, visto que os senhores e senhoras representarão a promotoria e defesa do caso de homicídio duplo mais famoso da história do globo terrestre! Lá, seus adversários realmente estarão defendendo uma visão que você terá que demonizar (com provas, é claro) para convencer o júri e os juízes. Agora vocês talvez se perguntem "isso significa que não me importa nada o que você disse no 2º parágrafo?” Não! A dica primordial que darei para vocês é: adaptem o que um delegado usual faria num comitê da ONU à condição do nosso comitê. Você pode até não poder concordar ou trabalhar junto do outro lado, mas você terá que ouvi-lo com atenção e então montar seu

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discurso de uma forma que você mostre a nós, juízes, “Ele apresentou x, y e z, mas está errado por isso, isso e aquilo”. Mantendo a classe sempre, mas sem perder a carga emocional que esse caso traz e não dá para fugir. O "lobby'' você fará com seus colegas de promotoria ou de defesa para montar documentos, perguntas para as testemunhas, argumentos… Sejam criativos e lembrem que a palavra chave desse comitê é convencimento. Não adianta se fechar em uma bolha. Espero que todos aprendamos uma coisa nova.

Atenciosamente, Guilherme Santos.

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INTRODUÇÃO

Homicídio, substantivo masculino, caracterizado pela destruição, voluntária ou involutária, da vida de um ser humano; assassínio, assassinato. Para a biologia, a vida é o conjunto de atividades e funções orgânicas que constituem a qualidade que distingue o corpo vivo do morto. Para a filosofia, a vida é, no final das contas, tudo o que temos. Sendo assim, haveria crime maior do que retirar abruptamente uma vida de um ser que, por definição, deveria ser vivo? Afinal, apenas ser, sem vida, no final das contas, não é. Sendo assim, infere-se que o pior dos crimes é tirar o direito de ser. Portanto, quando arranca-lhe a vida, retiram-se as possibilidades de ser algo, ou de não ser nada, deixando alguém apenas com a possibilidade de não ser; nem algo, nem vivo, apenas memória e história.

O fato é: Nicole Brown e Ronald Goldman foram vítimas de tal crime cruel e hediondo, o que não sabemos é: quem o cometeu? Ao pensar no caso, imediatamente um nome pula na memória da maioria das pessoas: Orenthal James Simpson.

O.J. Simpson foi um dos maiores jogadores da National Football League (NFL), conquistando diversas premiações em sua carreira. Aposentado e com uma vida pessoal conturbada, O.J. não é lembrado apenas por seu desempenho em campo. Figura polêmica, O.J. passou por dois divórcios e foi acusado por sua segunda mulher, Nicole Brown, de agressão doméstica — nunca negando tais acusações. O caso esfriou e o casal tentou reatar em 1993, porém, sem sucesso.

No dia 13 de junho de 1994, aos 35 anos, Nicole foi encontrada morta na frente de sua casa, deitada em posição fetal com sete facadas brutais na cabeça que quase a decapitaram. Ao seu lado, estava seu amigo, também assassinado, Ron Goldman. O principal suspeito? O.J. Simpson.

As coisas já não iam bem para o lado do suspeito, foi então que ele subitamente tentou escapar da polícia em um dia onde ocorria a final da NBA e a abertura da Copa do Mundo. Ao ser capturado após uma longa perseguição, Simpson alegou que estava indo para o local onde Nicole havia sido sepultada, visando cometer suicídio ao seu lado e, assim, provar sua inocência.

Apesar de todas as evidências apontando para o jogador, um gigantesco dilema racial que estava em alta nos Estados Unidos após mais um ato de violência policial contra um homem

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negro — assim como O.J. — fez com que grande parte das pessoas defendessem a inocência do réu. O caos estava formado, no caso jurídico mais midiático da história, tendo mais de 100 milhões de pessoas acompanhando o julgamento ao vivo, grandes polêmicas e personalidades se envolveram, incluindo Robert Kardashian, seu advogado. Quanto mais o tempo passava, mais o caso de O.J. Simpson ficava profundo e sombrio, não havendo um real consenso até hoje.

Nesse comitê, você terá a oportunidade de voltar no tempo e discutir o caso no início do seu julgamento, em 1995. Assim, representando um advogado de defesa ou da promotoria, analisando e debatendo evidências e depoimentos e, potencialmente, desvendando esse grande mistério e mudando o rumo dessa intrigante história.

No final das contas, o comitê deverá responder uma pergunta principal: Orenthal James Simpson é culpado ou inocente? Bem, apenas vocês poderão nos dizer.

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COMITÊ

“Não há ordem sem justiça”

- Albert Camus

Para alguns, o conceito de justiça é bíblico; para outros, é filosófico. A verdade é que, muitas vezes, a justiça pode ser intrínseca à humanidade, mas não inalienavelmente universal. Decerto, a justiça comumente caracteriza-se como um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio que, por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas na sociedade. Todavia, muitas vezes o conceito de justiça perpassa por particularidades subjetivas ou sujeitas ao meio, urgindo pela necessidade de organismos que detenham o poder de deliberar sobre a justiça: classificá-la; entendê-la e, finalmente, aplicá-la. Um tribunal (do latim: tribunalis, significando "dos tribunos") é um órgão cuja finalidade é exercer a jurisdição, ou seja, resolver litígios e realizar julgamentos. A função principal de um tribunal é permitir a exposição de argumentos de partes divergentes visando a formação de uma decisão ou deliberação dos juízes. Ou seja, é um espaço no qual promotoria e defesa garantem a aplicação da lei através da exposição de argumentos que denotem a conformidade judicial de uma das partes. Outrossim, em casos criminais, a promotoria - também chamada de acusação - apresenta argumentos visando efetivar a condenação de determinado réu, enquanto a defesa busca comprovar sua inocência. Indubitavelmente, a forma como esse processo é organizado permite a efetiva construção de uma decisão por parte dos juízes, garantindo, assim, a aplicação da justiça.

Muitos tribunais ganharam destaque ao longo da história, mas talvez nenhum tenha o feito de maneira tão emblemática e global quanto um que, outrora, era desconhecido: o Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, responsável por julgar o que muitos chamam de “julgamento do século.”

Quando a Califórnia declarou seu estado em 1849 e tornou-se parte dos Estados Unidos, sua primeira constituição autorizou a legislatura a estabelecer tribunais municipais e outros tribunais conforme julgasse necessário. O Ato Judiciário da Califórnia de 1851 dividiu o estado em distritos, colocando os condados de Los Angeles, San Bernardino e San Diego em um único distrito. O juiz Agustin Olvera do Tribunal do Condado de Los Angeles e o juiz

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Jonathan R. Scott do Tribunal de Justiça de Paz de Los Angeles foram os primeiros juízes desses tribunais inferiores. Quase imediatamente, o sistema de tribunais distritais foi sobrecarregado pela vasta extensão do distrito.

Em 1879, a Califórnia adotou uma nova constituição e com ela um sistema de tribunais revisado. Os tribunais distritais tornaram-se tribunais de apelação abaixo da Suprema Corte do Estado. Para assumir a função original dos tribunais distritais, foram criados os tribunais superiores de condado. O novo Tribunal Superior do Condado de Los Angeles começou com dois juízes: Ygnacio Sepulveda e Volney E. Howard. Em 1905, as audiências de delinquência e dependência juvenil foram colocadas sob a jurisdição dos tribunais superiores, assim como as audiências de saúde mental em 1914. Eventualmente, a jurisdição dos tribunais superiores passou a incluir todas as questões civis e criminais em seu condado.

Na DiploMUN Online, os participantes serão inseridos neste tribunal no ponto alto de sua história: 24 de janeiro de 1995, durante o julgamento de O.J. Simpson e representando a promotoria ou defesa em tal caso emblemático. Sendo assim, é fundamental compreender as particularidades dos procedimentos desse comitê, estas que serão abordadas nas seções subsequentes.

1. Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho do comitê é um documento de programação estabelecido para orientar as discussões da sessão. Ele é apresentado pela Presidência de forma precedente ao início efetivo dos debates e tem como intenção nortear o cronograma das discussões e garantir a efetividade da ordem do julgamento.

O Cronograma do presente julgamento no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles é:

A. Realização da chamada + Juramento.

B. Apresentação do caso pela Presidência.

C. Discursos iniciais.

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E. Convocação das testemunhas.

F. Debate geral + interrogatório das testemunhas.

G. Discursos finais.

H. Leitura do Auto e definição da sentença (caso não ocorra apresentação de acordo).

A. Realização da chamada (Quórum) + Juramento

Serão declaradas abertas as sessões quando pelo menos um terço (1/3) dos advogados estiver presente. A presença de maioria qualificada (2/3 dos advogados) é necessária para que qualquer decisão substancial seja tomada.

Quando na presença do Quórum mínimo, a Presidência - composta pela equipe dos juízes - realiza uma chamada das representações presentes que deverão declarar sua presença.

Ademais, durante o momento de chamada a Presidência irá requerer aos presentes que efetivem o juramento, nesse momento, eles deverão proferir o seguinte texto:

“Eu, NOME DO ADVOGADO, juro solenemente exercer as atribuições a mim concedidas com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a salvaguarda da ordem, do direito, da justiça social, da boa aplicação das leis e normas nacionais, a rápida administração da Justiça e das instituições jurídicas. Juro que defenderei a justiça sem distinção, e farei direitos iguais aos pobres e ricos, e que irei cumprir fielmente todos os deveres que me incumbem sob a Constituição e as leis do estado da Califórnia; que terei verdadeira fé e lealdade ao mesmo; que assumo essa obrigação livremente, sem qualquer reserva mental ou propósito de evasão; e que cumprirei bem e fielmente os deveres do cargo para o qual estou prestes a entrar. Juro defender fielmente a minha atribuição, mas não hei de ultrapassar os parâmetros da lei para garantir o meu sucesso.”

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B. Apresentação do caso pela Presidência

A Presidência irá apresentar o caso para o comitê, explicar as acusações, explanar as diretrizes esperadas e explicar os acontecimentos precedentes e um resumo do motivo do julgamento. Durante a apresentação, a Presidência irá brevemente ressaltar as questões ocorridas que levaram o tribunal a realizar o hodierno julgamento.

C. Discursos iniciais

Os discursos iniciais são breves discursos que podem ser considerados como a declaração e explanação do memorial e argumentos introdutórios. As partes devem apresentar o que tentarão provar durante o julgamento e captar atenção inicial para sua tese e argumentos. O tempo alocado para cada discurso inicial é definido em 2 (dois) minutos, todavia, pode ser alterado pelos juízes de acordo com a necessidade. Os discursos ocorrerão de forma alternada entre os requerentes (promotoria) e os demandados (defesa). O tempo destinado para as declarações de abertura será dividido igualmente entre todos os advogados que representam as partes.

D. Apresentação das evidências e classificação da relevância

Evidência é qualquer informação tangível decidida como confiável e relevante pelas partes. Podem ser materiais identificados na cena do crime, relatórios policiais ou qualquer coisa que, em essência, ajude os advogados a provar seus argumentos. O Presidente pode decidir oficiosamente que as provas são inaceitáveis, esta decisão deve ser anunciada à comissão e pode ser apelada por um dos advogados. Em caso de apelação, o advogado terá 1 (um) minuto para explicar para a Presidência o motivo da busca pela validação da evidência. Com isso, a Presidência reavaliará e decidirá se a evidência deve ser considerada aceitável. Se a decisão do Presidente for apelada com sucesso, as evidências permanecerão válidas. Se não houver apelo ou se a decisão do Presidente se manter após o processo de apelação, essa evidência não poderá ser referida durante a apresentação.

Durante a apresentação de suas respectivas evidências, cada advogado deverá ler o seu documento de evidências por completo e em seguida terão 2 (dois) minutos para discursar

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sobre o apresentado. A apresentação de evidências dar-se-á de forma alternada entre as partes.

Algum tempo após o final da apresentação, a Presidência avaliará as evidências e atribuirá notas de relevância para estas em uma escala de 1-5, sendo: 1 – Irrelevante; 2 – Pouco relevante; 3 – Média; 4 – Relevante; 5 – Primordial. Salientando, dessa forma, que argumentos fundamentados em evidências mais relevantes terão maior chance de aceitação por parte da Presidência.

*Não é obrigatória a confecção do pacote de evidências. Ele pode ser confeccionado em conjunto por todos os advogados de uma parte ou por grupos dessa parte. O único requerimento é que todos os advogados que confeccionarem um pacote em conjunto estejam em um mesmo lado (promotoria ou defesa).

E. Convocação das testemunhas e questionamentos

O tempo destinado para as testemunhas é fixado pelos Presidentes. Cada parte pode convocar 5 (cinco) testemunhas para o júri (devendo decidir em consenso prévio quais as testemunhas e quem irá interrogar cada uma). A convocação das testemunhas deve ser previamente enviada através do Memorial e será sujeita a interrogatório direto e cruzado.

O processo de testemunho tem como intuito ocasionar o processo de indução através de perguntas possivelmente baseadas no questionamento socrático. Tem como função permitir a argumentação indireta através de perguntas a serem feitas a pessoas confiáveis ou diretamente inseridas na pauta abordada. O processo deve ser utilizado para ajudar a fortalecer os argumentos apresentados e convencer a Presidência. Ademais, o processo de testemunho tem como objetivo fazer os juízes alterarem ou fortalecerem sua opinião sobre um certo ponto. O testemunho pode ser usado para inferir coisas, para descredibilizar a parte contrária, para garantir a culpabilização indireta etc. É um instrumento de suma importância e que, se usado da maneira correta, pode determinar o resultado do tribunal.

Durante a convocação, cada advogado terá o tempo de 2 (dois) minutos para realizar perguntas para a sua testemunha, em seguida, será aberto o espaço para que um advogado

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da parte contrária realize perguntas pelo tempo de 2 (dois) minutos para a testemunha convocada. A convocação será de forma alternada entre as partes e irá ocorrer até que todos os advogados tenham convocado suas respectivas testemunhas.

*As testemunhas deverão ser definidas e convocadas no primeiro dia da conferência. O processo de interrogatório ocorrerá no segundo dia.

Durante o processo de perguntas, um advogado apenas pode ser interrompido pelo levantamento de uma objeção.

Quando uma ação ou declaração de uma das partes é abrangida pelo escopo de qualquer objeção estabelecida nesta seção, a outra parte tem o direito de levantar uma objeção. As objeções podem ser levantadas apenas durante o interrogatório das testemunhas. A decisão final sobre a objeção será tomada pelo Presidente e esta decisão não poderá ser objeto de contestação. O Presidente anunciará a decisão sobre a objeção como "concedida" ou "anulada". Objeções podem interromper o orador.

I. Objeção por Boatos

O boato é um testemunho prestado por uma testemunha que fala não sobre o que ela conhece pessoalmente, mas sobre o que os outros disseram, o que depende da credibilidade de alguém que não seja a testemunha. Esse testemunho é inadmissível sob as regras da evidência. As perguntas à Testemunha devem estar relacionadas apenas à própria experiência da Testemunha. Se uma das partes no caso fizer perguntas de boato a uma Testemunha, a outra parte tem o direito de levantar uma objeção.

II. Objeção por Pergunta tendenciosa

Pergunta tendenciosa é uma pergunta que sugere a resposta para a pessoa que está sendo interrogada. No caso de uma pergunta tendenciosa durante o interrogatório, a outra parte tem o direito de contestar.

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III. Objeção por Especulação

Especulação é o ato ou a prática de teorizar sobre questões sobre as quais não existe certo conhecimento. Essa objeção será levantada se uma testemunha ou advogado tentar prever o resultado de uma resposta ou possível resultado de um evento. Em caso de especulação, a outra parte tem o direito de se opor.

IV. Objeção por Irrelevância

Todas as afirmações das partes devem ser relevantes para o caso em questão. Se a afirmação feita for irrelevante para o caso, a outra parte terá o direito de contestar.

V. Objeção por Intimidação

Durante o questionamento das testemunhas, os advogados têm a responsabilidade de abster-se de métodos de intimidação. Se uma das partes não cumprir esabster-se critério, a outra parte terá o direito de levantar uma objeção.

VI. Objeção por Competência

Essa objeção deve ser levantada quando um advogado questiona sobre um detalhe técnico que não pode ser avaliado pela testemunha ou quando uma testemunha afirma um detalhe técnico que não pode ser comprovado.

VII. Objeção por Testemunho Imaterial

Testemunhos imateriais tendem a provar algum fato que não é apropriado ou não possui conexão lógica com os fatos consequentes. Se uma das partes realizar um questionamento desse tipo, a outra parte terá o direito de se opor e levantar uma objeção.

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VIII. Objeção por Testemunho Prejudicial

Todas as afirmações de lei e fatos devem respeitar a integridade pessoal dos advogados, juízes, testemunhas e outros presentes no tribunal. Se uma afirmação de uma das partes prejudicar a integridade pessoal de uma pessoa, uma objeção poderá ser levantada por qualquer uma das pessoas mencionadas acima.

F. Debate geral

Existem quatro tipos diferentes de debate que podem ocorrer durante o percurso de um comitê: (i) lista de oradores; (ii) debate moderado; (iii) debate não moderado; e (iv) tour the table. A lista de oradores se configura como sendo o tipo tradicional de debate. Os demais tipos precisam ser pedidos através de uma moção e aprovadas com uma maioria simples.

Parágrafo único: Esse é o momento para, caso existam, serem apresentadas as Agendas do comitê. A Agenda é um documento de programação estabelecido para ordenar os tópicos da discussão.

I. Lista de Oradores

Geralmente, utiliza-se dessa lista geral para começar os debates gerais. O tempo de discurso é definido inicialmente em 1 (um) minuto e a Lista de Oradores é moderada pela Presidência. Para ser incluída na Lista de Oradores durante o debate, a representação deve sinalizar esta vontade utilizando a função de “Raise Hand”. Após recebida a solicitação, a Presidência incluirá o nome da representação no fim da Lista. Nenhuma representação poderá ter seu nome inscrito mais de uma vez no mesmo momento. A Presidência delegará a palavra de acordo com a ordem de inscrição na Lista de Oradores.

Caso um advogado se sinta caluniado, indevidamente mencionado ou diretamente ofendido pelo discurso de outro advogado, este pode solicitar uma moção para direito de resposta. Caso seja concedido, será permitido um discurso para réplica. Não será concedido direito a tréplica.

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Cessão de Tempo

Caso deseje, o delegado que estiver discursando (caso ainda tenha mais de 15 segundos restantes) pode ceder o tempo restante de discurso de três maneiras:

❖ À Presidência, que prosseguirá com o processo de moderação do debate ❖ A outro advogado, que usará o tempo restante para discursar.

❖ A perguntas, nos quais os outros advogados poderão tecer perguntas sobre o discurso, o tempo restante será subtraído somente no tempo de resposta, e não no de pergunta.

II. Debate Moderado

No debate moderado, não se segue a ordem prevista na Lista de Oradores do Tópico, ao invés disso, a Presidência pedirá que todos que desejam se pronunciar utilizem a função de “Raise Hand” ao mesmo tempo, sendo que a escolha de quem vai discursar (entre os que solicitarem) é feita de modo arbitrário pela Mesa. É necessário um pedido de Moção para que se mude para um Debate Moderado, a qual é aprovada com maioria simples, classificando-a como uma questão procedimental. O pedido de Moção deve conter o tempo total do debate e o tempo por discurso, bem como uma justificativa para tal ação e o tópico a ser debatido. Durante este procedimento, ficam também temporariamente suspensas as cessões de tempo.

III. Debate não-moderado

Geralmente utilizado para a fabricação rápida e mais eficiente de documentos a serem usados no comitê ou para uma discussão mais informal sobre um assunto, o debate não-moderado é caracterizado pela não moderação da Presidência durante um devido espaço de tempo. A aprovação da Moção de debate não-moderado requer maioria simples, sendo que no ato do pedido da moção, o advogado deve propor o tempo de duração e justificativa para tal – cabendo à Mesa submeter a votação ou não.

IV. Tour the Table

O Tour the Table é uma modalidade de debate, a ser aprovada por moção, que visa explicar a visão e o posicionamento dos advogados acerca de um determinado tópico. Caso a moção seja

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aprovada, a Presidência irá chamar os delegados em ordem alfabética, estes devem dar um sucinto posicionamento em relação ao tema (máximo de 30 segundos).

G. Discursos finais

Cada parte tem a oportunidade de encerrar a sua atuação no debate a fim de: abordar cada disputa feita pela parte contrária, reafirmar seus argumentos legais e apoiá-los com as evidências apresentadas e/ou trazer novos argumentos legais. A introdução de novas evidências será estritamente proibida. O tempo destinado para as declarações finais será determinado em 2 (dois) minutos.

H. Leitura dos Autos e definição da sentença

No final da conferência, a Presidência irá efetivar a leitura dos Autos, documento composto pela Presidência que consta com todos os argumentos e posicionamentos proferidos no comitê. Após isso, a Presidência irá proferir a sentença (caso não seja estabelecido um acordo) e informar a aprovação ou não dos documentos apresentados até o momento.

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Procedimentos

Moções

Moção é o instrumento utilizado pelos advogados para modificar a estrutura das discussões. Ao final de cada discurso, e antes de reconhecer o próximo, a Presidência questionará o Comitê se há Delegação que queira levantar uma Moção. Este advogado deverá utilizar a função de “Raise Hand” a fim de sinalizar a sua vontade. A Presidência reconhecerá o representante e irá lhe conceder o direito à palavra, somente após o reconhecimento pela Presidência o advogado poderá proferir a sua moção. A Presidência avaliará se colocará a moção em ordem ou não, ou seja, se ela é válida ou não. É possível que se decida que uma Moção não está em ordem, levando em conta a utilização de maneira produtiva da modalidade de debate proposta ou quaisquer outros critérios subjetivos. Não serão apreciados protestos ou reclamações de advogados contra a decisão da Presidência de colocar em ordem ou não uma Moção. Caso seja colocada em ordem pela Presidência, a Moção será submetida ao voto das representações.

1.1. Moção Para Debate Não Moderado

A Moção para Debate Não Moderado deve ser utilizada quando um advogado deseja suspender, temporariamente, a Lista de Oradores e a intervenção da Presidência entre os discursos. Ao propor esta Moção, a Delegação deve especificar por quanto tempo esse Debate estará em ordem e justificar sua necessidade.

1.2. Moção Para Adiamento da Sessão

A Moção para Adiamento da Sessão implica na suspensão temporária do Debate, que será retomado no próximo horário pré-definido. Essa Moção só será colocada em ordem na iminência do horário estipulado para o fim de cada sessão.

1.3. Moção Para Encerramento do Debate

A Moção para Encerramento do Debate implica na suspensão total e permanente dos debates. Essa Moção só será colocada em ordem caso a sentença já tenha sido proferida pela Presidência.

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Apesar do tempo de discurso ser inicialmente definido como 1 (um) minuto para a Lista de Oradores, tal tempo pode ser modificado através da Moção para Alteração do Tempo de Discurso.

1.5. Moção Para Debate Moderado

Caso os advogados queiram manter a ordem e suspender a Lista de Oradores temporariamente (mas mantendo a moderação da Presidência) a fim de abordar um tópico específico diferente do que vem sendo discutido ou proposto no momento, estes podem solicitar um debate moderado em um tópico específico. Ao solicitar esse debate, deve-se especificar a sua duração total, tópico e duração de cada discurso.

1.6. Moção Para Tour the Table

A Moção para Tour The Table implica em revelar a posição da representação referente a um tema em questão. Se aprovada, os advogados entrarão nessa modalidade de debate até que todos tenham dado o seu posicionamento.

1.7. Moção para expulsão de Advogado

Caso um advogado se comporte de maneira extremamente violável as regras de comportamento estabelecidas, falte excessivamente com decoro, promova atitudes preconceituosas no geral, realize um ataque físico ou verbal a outro componente etc. os participantes poderão pedir uma moção para expulsão desse advogado da sessão ou por tempo estabelecido. A moção deverá ser justificada e deve ser avaliada pela Presidência e cabe a ela concedê-la o direito de ir para votação ou não.

1.8. Moção para apresentação de documento

Caso um delegado tenha confeccionado algum documento e queira apresentá-lo, este deve apresentá-lo previamente à Presidência, e após a autorização desta, deve pedir uma moção para a apresentação de seu documento.

1.9. Moção para dividir a casa

Caso o comitê esteja prestes a prosseguir para o procedimento de votação de algum documento, um advogado pode solicitar uma moção para dividir a casa, caso seja aprovada, não poderá haver abstenções durante o procedimento de votação, apenas votos a favor/contra.

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Caso um advogado proponha uma emenda que vá ao encontro dos interesses dos autores do documento, pode ser solicitada uma moção para passar essa emenda como amigável, caso todos os autores concordem com isso e não apresentem nenhuma objeção, a emenda passará automaticamente e será incluída na resolução sem necessidade de votação.

1.11. Moção para dividir a questão

Ao apresentar um documento, um advogado pode pedir uma moção para dividir a questão em um ou mais tópicos específicos, com isso, os advogados poderão votar o documento desconsiderando uma ou mais cláusulas operativas, e em seguida, votando essas cláusulas separadamente e não exercendo função precedente na aprovação ou rejeição do documento.

1.12. Moção para retirada dos Autos

Após um discurso que algum advogado considere inválido, incongruente, irrelevante, calunioso etc. Este pode solicitar uma Moção para retirada dos Autos, assim, a Presidência irá analisar a validade, e caso a Moção seja concedida, o discurso anterior será retirado dos Autos.

Pontos/Questões

Existem três tipos de Pontos/Questões que um advogado pode dirigir diretamente à Presidência. Se ele quiser consultar a Presidência sobre um assunto não enquadrado nessas questões, deverá fazê-lo informalmente.

2.1. Ponto/Questão de Privilégio Pessoal

A qualquer momento durante o debate, os advogados podem levantar um Ponto/Questão de Privilégio Pessoal para indicar uma sensação de extremo desconforto pessoal ou para indicar que está sendo impedido de continuar a discussão propriamente. A Presidência deve tentar corrigir a situação. Essa questão pode interromper um discurso, se for necessário.

2.2. Ponto/Questão de Ordem

Os Delegados podem levantar um Ponto/Questão de Ordem ao perceberem que as Regras de Procedimento não estão sendo seguidas corretamente pela Presidência.

(22)

Esse Ponto/Questão deve estar estritamente ligado às Regras e não pode interromper os discursos. A Presidência decidirá se a questão está ou não em ordem conforme o caso.

2.3. Ponto/Questão de Dúvida

Os advogados podem levantar um Ponto/Questão de Dúvida quando apresentarem alguma dúvida em relação às Regras de Procedimento ou ao fluxo do debate.

3. Documentos

Os documentos atuam com diferentes funções no comitê; eles podem oficializar medidas, buscar novas diretrizes ou introduzir posicionamento. No geral, eles são de suma importância para o funcionamento efetivo do tribunal e devem ser entendidos pelos participantes.

A. Memorial

O Memorial é um documento confeccionado antes do início da conferência, este visa explanar o posicionamento e objetivo de um advogado diante do comitê e tema proposto. Segundo a enciclopédia jurídica, o Memorial é um trabalho escrito, ordinariamente impresso, em que uma das partes litigantes expõe circunstancialmente a sua pretensão, sustentando e expondo suas razões quanto ao direito que julga possuir, na causa objeto do litígio, durante toda a fase processual. Ademais, o Memorial deve ser utilizado para convocar a testemunha que o advogado busca interrogar durante o julgamento, para isso deve-se inserir no final o nome da testemunha, uma justificativa e a explanação da sua relação com o caso. No decorrer da simulação, esses documentos estarão disponíveis livremente para observação, necessitando apenas da autorização da mesa diretora, ou seja, caso queira ter acesso ao Memorial de outro advogado, envie uma mensagem à mesa durante a videoconferência. O Memorial deve ser feito obrigatoriamente por todos os delegados e deve ser enviado para e-mail da mesa diretora referente ao seu comitê.

Observação: O Memorial deve ser enviado até o dia 28/04/2020 para: tribunaldiplomun2021@gmail.com

(23)

B. Pacote de Evidências

O pacote de evidências é uma compilação de todas as evidências que a advocacia planeja usar para apoiar seus argumentos legais e toda prova cabível para a sustentação de seu argumento. O Pacote de Evidências deve apresentar-se na forma de um documento contendo todas as evidências cabíveis e aplicáveis, o pacote deve conter o conteúdo de uma tabela e ter todas as páginas numeradas. Todas as evidências devem ser apresentadas no momento delimitado para estas, ou seja, os advogados devem chegar à conferência com o Pacote de Evidências finalizado.

Não existe um número mínimo ou máximo de evidências.

C. Agenda

A Agenda é um documento que deve ser entregue no início do debate geral e tem o intuito de apresentar os principais tópicos que os advogados acham fundamentais para a discussão e argumentação durante o comitê. A agenda irá definir o que de fato vai ser debatido durante o tempo delimitado e a ordem dos assuntos, ela pode ser feita por qualquer advogado e não contém restrição para a quantidade de colaboradores. A agenda a ser utilizada no comitê será votada e será aprovada aquela que obtiver maioria simples de votos.

D. Petição

Petição é o instrumento pelo qual o advogado transmitirá as suas pretensões ao órgão competente para apreciação, narrando os fatos, os seus fundamentos legais e o pedido, ou seja, aquilo que se espera efetivamente. Petição é o documento pelo qual os advogados irão requerer algumas ações por parte dos juízes. Nela, espera-se que os advogados definam o que eles esperam como sentença em algumas áreas específicas. No final da conferência, cada parte deverá entregar uma petição final, esta que deverá conter todas as petições apresentadas pelos advogados individualmente ou em grupos. Após a apresentação, a Presidência decidirá quais pontos de cada petição serão aprovados ou não.

(24)

Ao fim da apresentação da Petição deve ser realizado um discurso com limite de tempo de 2 minutos, no qual o advogado deverá defender os tópicos apresentados. Posteriormente, a mesa diretora abrirá um espaço para 3 perguntas sem tempo contabilizado, os advogados que queiram fazê-las devem utilizar a função de “Raise Hand” da plataforma e esperar o reconhecimento da presidência, o confeccionador do documento terá apenas 1 (um) minuto para responder cada pergunta. Depois disso, será aberto o espaço para um discurso contra o documento apresentado com limite de tempo de 2 minutos, um advogado irá proferir o discurso e em seguida a Presidência abrirá um espaço para 3 perguntas sem tempo contabilizado, os advogados que queiram fazê-las devem utilizar a função da plataforma supracitada e esperar o reconhecimento da mesa, o advogado terá apenas 1 (um) minuto para responder cada pergunta.

*Um advogado pode recusar-se a responder perguntas.

* O advogado que apresenta o documento não é necessariamente o mesmo que profere o discurso ou responde às perguntas.

E. Emenda

As Emendas têm o intuito de corrigir, acrescentar ou excluir algum tópico apresentado na Petição, sendo classificadas como: Emenda de Alteração, Emenda de Exclusão e Emenda de Adição.

Ao fim da apresentação da Emenda (especificando seu modelo) deve ser realizado um discurso com limite de tempo de 1 minuto, no qual o advogado deverá defender os tópicos apresentados. Posteriormente, a Presidência abrirá um espaço para 3 perguntas sem tempo contabilizado, os delegados que queiram fazê-las devem utilizar a função de “Raise Hand” e esperar o reconhecimento da mesa, o confeccionador do documento terá apenas 1 (um) minuto para responder cada pergunta.

Após o encerramento das perguntas, a Presidência irá abrir espaço para um discurso contra o que foi apresentado, o advogado que desejar fazê-lo deve utilizar a função supracitada de “Raise Hand” e aguardar o reconhecimento da Mesa, após o devido reconhecimento, o referido delegado deve realizar um discurso de 1 (um) minuto posicionando-se contra o que foi apresentado. Após isso, a mesa diretora perguntará se o advogado está aberto para

(25)

perguntas, caso sim, o espaço será aberto para 3 (três) perguntas, os advogados que queiram fazê-las devem levantar as suas mãos através da função da plataforma e aguardar o reconhecimento da Presidência, o tempo para perguntas não é contabilizado e o advogado possui 1 (um) minuto para responder a cada pergunta. Após a realização das perguntas, o documento irá prosseguir para votação (a menos que passe como emenda amigável).

F. Contrato de Acordo

O Contrato de Acordo, como o próprio nome já diz, é um acordo entre ambas as partes envolvidas em um processo judicial. É uma espécie de contrato, em que as partes beligerantes estabelecem um consenso sobre um tópico específico, dessa forma, evitando os desgastes das petições. Em um acordo, a Presidência não irá deliberar sobre tal e este será automaticamente considerado caso cumpra os requisitos mínimos. Para um acordo ser válido, ele deve ser aprovado por pelo menos 2/3+1 da acusação e 2/3+1 da defesa.

Não é possível realizar um acordo sem a autorização do réu e do Estado.

G. Carta Jurídica

A carta é um tipo de texto utilizado entre as pessoas com o objetivo de corresponderem entre si, ela exerce um importante papel na comunicação entre indivíduos. Na DiploMUN Online, a Carta Jurídica pode ser utilizada para pedir informações, dar instruções, solicitar relatórios etc. para organizações, pessoas físicas ou mídia. A Carta é comumente utilizada como um meio de obter direcionamentos para as ações dentro do comitê, mas também pode ser utilizada para estabelecer diretrizes para setores específicos. O documento segue a formatação padrão de uma carta e é entregue à Presidência, sem necessidade de apresentação.

4. Formatação dos Documentos

Os documentos da DiploMUN devem ser redigidos seguindo o padrão de folha do tipo A4 e as letras devem ser na fonte Arial com o tamanho doze (12).

(26)

Demandas Gerais:

➢ Os parágrafos devem ser escritos com o espaçamento de 1,5cm.

➢ Sempre que se utilizarem siglas é necessária a especificação do nome extenso ao lado.

➢ Os documentos devem ser justificados.

O estilo de letra Itálico deve ser utilizado apenas no caso de nomes científicos, em latim ou caso sejam utilizados termos que não estejam na língua padrão do comitê, sendo necessária a tradução ao lado entre parênteses.

➢ Os documentos que precisarem de signatários devem possuir um mínimo de 3 (três) para serem apresentados (nesta parte, deve-se inserir o nome do advogado em si).

➢ Em Petições e Emendas devem-se informar os patrocinadores e signatários do documento (separados). Definem-se como patrocinadores aqueles que escreveram ou contribuíram substancialmente para o documento apresentado, definem-se como signatários aqueles que acreditam que o documento é válido a ser debatido e apenas contribuem com a assinatura. Um documento precisa de uma quantidade mínima de 1 (um) patrocinador e 3 (três) signatários para ser apresentado. O patrocinador de um documento não pode incluir-se como signatário deste.

➢ Os documentos que possuírem subcláusulas não precisam obedecer a uma nomeação de sub cláusula específica, ou seja, estas podem ser escritas como 1.1; 1.2 ou como (a); (b).

➢ Em documentos feitos em forma de cláusula, afirma-se que para a existência da subcláusula 1.1. ou (a), necessariamente deve existir uma subcláusula 1.2. ou (b); caso não exista, torna-se notável a não necessidade de existência da subcláusula, portanto, seu conteúdo deve ser inserido na cláusula acima.

Especificações para o Memorial:

• O Brasão do comitê deve ser centralizado na página;

• O nome completo do advogado deve ser escrito em negrito e centralizado na página;

• A destinação do Memorial deve estar escrita alinhada à esquerda da página; • É necessária a assinatura no final da folha;

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• O documento deve possuir margem na primeira linha de cada parágrafo de 1.25 cm;

• O Memorial deve ter no máximo 1.5 páginas.

Especificações para Pacote de Evidências:

• As evidências devem ser escritas em forma de tabela;

• Não existe um número mínimo ou máximo de evidências.

Especificações para a Agenda:

• É obrigatório abordar no mínimo três (3) tópicos na Agenda; • O termo “Agenda” deve ser alinhado à esquerda;

• O termo “Agenda” deve ser escrito em Negrito.

Especificações para Petição:

• O termo “Petição” e a numeração ao lado devem ser alinhados no centro; • O termo “Petição” e a numeração ao lado devem ser escritos em Negrito; • O resumo da Petição deve ser alinhado à direita;

• Os países signatários e patrocinadores devem ser centralizados na página;

Especificações para Emenda:

• O termo “Emenda” e a numeração ao lado devem ser alinhados à esquerda; • O termo “Emenda” e a numeração ao lado devem ser escritos em Negrito; • Os países signatários e patrocinadores devem ser centralizados na página.

Especificações para Contrato de Acordo:

• O termo “Contrato de Acordo” deve ser escrito centralizado na página; • O termo “Contrato de Acordo” deve ser escrito em Negrito.

(28)

Especificações para Carta Jurídica:

• Deve ser escrito “Carta Jurídica” de maneira centralizada e no topo da página; • O cabeçalho do documento deve conter: remetente, destinatário, data, local e

assunto;

• Deve-se inserir o pronome de tratamento antes do início do conteúdo da carta; • O conteúdo da Carta deve ser escrito com justificado na página;

• No final do documento deve ser inserido o cumprimento e o nome do remetente, juntamente com o seu cargo.

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5. Modelos de documentação

A. Memorial

Brasão do Tribunal Superior do Condado de

Los Angeles

[Nome completo do Advogado] [Representação (Defesa ou Promotoria)]

Aos excelentíssimos juízes do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Felipe Cerqueira Carvalho e Guilherme Cordeiro Santos,

1º Parágrafo:

Composto pela apresentação da tese, captação do leitor, retomada histórica dos fatos e resumo do que vai ser tratado no Memorial.

2º Parágrafo:

Explanação do caso e dos pontos específicos de julgamento. Além disso, realização da argumentação sobre os pontos que tentarão ser comprovados.

3º Parágrafo:

Complementação da argumentação, deve-se explicar e inferir o motivo da legitimidade e veracidade de sua parte no caso em questão.

4º Parágrafo:

Elucidação dos objetivos e soluções que podem ser adotadas durantes as sessões de debate e a expectativa de sentença a ser adotada.

(30)

Convocação de testemunha:

Nessa parte, deve-se explicar qual testemunha será convocada para os questionamentos pelo advogado, deve-se inserir o nome completo da testemunha, a sua profissão/cargo, a sua relação com o caso e a justificativa para tal convocação.

Assinatura do advogado

Nome completo do advogado

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B.

Modelo de Pacote de Evidências

Nome da

evidência #1 Data da evidência

Descrição da

evidência Justificativa

Nome da

evidência #2 Data da evidência

Descrição da

evidência Justificativa

Nome da

evidência #3 Data da evidência

Descrição da

evidência Justificativa

Nome da

evidência #4 Data da evidência

Descrição da evidência Justificativa

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C.

Modelo de Agenda

Proposta de agenda #n 1. [Tópico principal] 1.1.[Subtópico] 1.2.[subtópico] 2. [Tópico principal] 3. [Tópico principal] 3.1.[Subtópico] 3.2.[subtópico] 3.3.[Subtópico] 3.3.1. [subtópico] 3.3.2. [subtópico] 3.3.3. [subtópico] Patrocinadores: Signatários:

(33)

D. Modelo de Petição

Petição #n

Resumo da Petição: trata de [inserir resumo]

[Lado requerente], por intermédio dos advogados que esta subscrevem, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, expor e requerer as seguintes sentenças: 1.[Tópico] 1.1. [Especificação] 1.2.[Especificação] 2.[Tópico] 3.[Tópico] Justificativa:

Aqui, deve-se explicar em forma de parágrafo o motivo da Petição.

Patrocinadores:

(34)

E.

Modelo de Emenda

Emenda #n

Emenda de _____ do tópico ____ do documento ______

1.[tópico genérico] 2.[tópico genérico] Patrocinadores: Signatários:

(35)

F.

Modelo de Contrato de Acordo

CONTRATO DE ACORDO

Pelo presente e na melhor forma de direito, de um lado, [lado requerente], por intermédio dos advogados [Nome completo dos advogados] e do outro [lado requerente], por intermédio dos advogados [Nome completo dos Advogados] têm entre si, ajustado o presente termo, nas seguintes condições:

1.[Tópico] 1.1. [Especificação] 1.2.[Especificação] 2.[Tópico] 3.[Tópico]

E, por estarem as partes de pleno e comum acordo, assinam o presente Termo em duas vias de igual teor e para uma só finalidade.

[CIDADE, MÊS, ANO.]

[NOME COMPLETO DOS ADVOGADOS]

(36)

G.

Modelo de Carta Jurídica

CARTA JURÍDICA

Remetente: Destinatário: Local: Data: Assunto:

[Pronome de tratamento, nome completo, cargo],

Conteúdo da carta.

Atenciosamente,

[Nome completo]

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APRESENTAÇÃO DO CASO

Sobre o réu

Orenthal James Simpson foi escolhido pelo draft e começou a jogar pelo Buffalo Bills na temporada de 1968, apesar da expectativa não teve muito destaque nas primeiras três temporadas.

Em 1973 se tornou o primeiro jogador a correr mais de duas mil jardas em uma temporada (feito alcançado somente por 7 jogadores na história), em 1978 foi jogar no San Francisco 49ers, sua última temporada foi em 1979.

Apesar de nunca ter ganho um Super Bowl, tendo participado somente de um jogo de playoffs em 1974, O.J. Simpson foi o maior corredor da NFL por 4 temporadas, também conseguiu o feito de correr mais de 200 jardas em 6 jogos, marca que até hoje não foi alcançada.

Como diz o ditado, sorte no jogo e azar no amor. Com O. J. não foi diferente, pouco tempo após a aposentadoria Orenthal se divorciou de sua primeira esposa, Marguerite Whitley, e casou-se com Nicole Brown, tal que conheceu em uma cafeteria, onde a moça trabalhava de garçonete. Nicole e Orental se divorciaram também, após acusações (e condenações) de O. J. por agressão doméstica, tentaram reatar, porém, sem sucesso.

Contexto histórico

Decerto, é impossível entender todas as questões que perpassam o caso de O.J. Simpson sem explorar profundamente o fervor que se instaura nos Estados Unidos na época.

Em 1992, quatro policiais de Los Angeles - três dos quais brancos - foram absolvidos após agredir selvagemente Rodney King, um homem afro-americano. Filmado por um espectador, um vídeo gráfico do ataque foi transmitido para casas em todo o país e em todo o mundo.

A fúria pela absolvição - alimentada por anos de desigualdade racial e econômica na cidade - alastrou às ruas, resultando em cinco dias de tumultos em Los Angeles. A situação iniciou um debate nacional sobre as disparidades raciais e econômicas e o uso da força pela polícia que continua até hoje.

(38)

"Quando o veredito saiu, foi um atordoamento de costa a costa para as pessoas. O meu maxilar caiu", diz Jody David Armour, professor de justiça criminal e direito na Universidade do Sul da Califórnia.

"Havia uma prova ocular do que aconteceu. Parecia convincente", diz ele sobre a cassete de vídeo. "No entanto, vimos um veredito que nos dizia que não podíamos confiar nos nossos olhos mentirosos. Que o que pensávamos ser aberto e fechado era realmente 'uma expressão razoável de controle policial' em relação a um homem negro".

Um ano antes, em março de 1991, King - que estava em liberdade condicional por roubo - tinha confrontado a polícia numa perseguição a alta velocidade através de Los Angeles.

Quando a polícia finalmente o deteve, King foi ordenado a sair do carro. Os agentes do Departamento de Polícia de Los Angeles deram-lhe pontapés repetidos e espancaram-no com bastões durante 15 minutos. O vídeo mostrou que mais de uma dúzia de polícias ficaram a assistir e a comentar o espancamento.

Os ferimentos do King resultaram em fraturas no crânio, ossos e dentes partidos, e danos cerebrais permanentes.

Finalmente, quatro policiais foram acusados de uso excessivo de força. Um ano mais tarde, em 29 de abril de 1992, um júri composto por 12 residentes dos distantes subúrbios do condado de Ventura - nove brancos, um latino, um birracial, um asiático - considerou os quatro oficiais inocentes.

As absolvições foram anunciadas por volta das 15 horas; menos de três horas depois, a agitação começou.

Os residentes atearam fogos, saquearam e destruíram lojas de bebidas, mercearias, lojas de retalho e restaurantes de fast food. Motoristas de pele clara - tanto brancos como latinos - foram visados; alguns foram retirados dos seus carros e espancados

A reação à absolvição no centro sul de Los Angeles - agora conhecida como sul de Los Angeles - foi particularmente violenta. Na altura, mais de metade da população era negra. A tensão já tinha aumentado na vizinhança nos anos que antecederam os tumultos: a taxa de desemprego era de cerca de 50%, uma epidemia de drogas estava a devastar a área, e a atividade das gangues e a criminalidade violenta eram elevadas.

(39)

Outro fator que contribuiu para esta situação: no mesmo mês que o espancamento de Rodney King, o dono de uma loja coreana no sul de Los Angeles disparou e matou uma afro-americana de 15 anos chamada Latasha Harlins, que foi acusada de tentar roubar suco de laranja. Foi mais tarde descoberto que Harlins estava pegando dinheiro para pagar pelo suco quando foi morta. O proprietário da loja recebeu uma pena suspensa e uma multa de 500 dólares.

O incidente aumentou as tensões entre coreanos e afro-americanos, e intensificou a frustração da comunidade negra com o sistema de justiça criminal.

Ao mesmo tempo, a raiva da comunidade também se aprofundou contra a polícia de Los Angeles. Os afro-americanos disseram que não se sentiam protegidos durante os momentos de necessidade, mas em vez disso relataram ter sido molestados sem causa.

A LAPD na altura era quase uma força ocupante, particularmente tendenciosa contra pessoas de cor, diz a advogada e ativista dos direitos civis Connie Rice.

"O que tínhamos era um policiamento paramilitar agressivo com uma cultura que era má e cruel, racista e abusiva da força em comunidades de cor, particularmente comunidades pobres de cor", diz Rice numa entrevista com Grigsby Bates da NPR.

"Foi uma campanha aberta para reprimir e conter a comunidade negra", diz ela. "A LAPD nem sequer sentiu a necessidade de distinguir entre parar um suspeito de crime onde tinham causa provável para tal e apenas parar juízes e senadores afro-americanos e atletas e celebridades proeminentes simplesmente porque conduziam bons carros".

Quando as chamadas do 911 sobre a violência começaram a chegar, a polícia não foi enviada imediatamente. Embora o chefe da LAPD Darryl Gates tenha anunciado no início da tarde de 29 de abril que os seus agentes tinham a situação sob controle, mais tarde seria relatado que a cidade não estava devidamente preparada para os tumultos. De fato, não havia qualquer previsão ou plano oficial no departamento para conter grande agitação social a esta escala.

"Uma das coisas mais espantosas sobre os motins de Los Angeles de 1992 foi a resposta da LAPD, que é dizer que não houve qualquer resposta", diz o autor Joe Domanick, que estudou e escreveu sobre os motins, numa entrevista com Grigsby Bates.

(40)

Nessa noite, Gates foi falar numa angariação de fundos em Los Angeles e, supostamente, ordenou à polícia que se retirasse. A polícia só respondeu a incidentes de pilhagem e violência em redor da cidade quase três horas após o motim original ter eclodido.

Durante o resto da noite, a cena em Florença e Normandia repetiu-se com os motins por toda a cidade. Pouco antes das 21 horas desta noite, o Presidente da Câmara Tom Bradley pediu o estado de emergência, e o Governador da Califórnia Pete Wilson ordenou que 2.000 tropas da Guarda Nacional se apresentassem à cidade.

No dia 1 de maio, o terceiro dia dos motins, o próprio Rodney King tentou apelar publicamente aos residentes de Los Angeles para que parassem de lutar. Ele ficou do lado de fora de um tribunal de Beverly Hills com o seu advogado e perguntou: "Pessoal, só quero dizer, sabem, podemos todos dar-nos bem? Será que nós podemos nos dar bem?"

Durante os cinco dias de agitação, houve mais de 50 mortes relacionadas com motins - incluindo 10 pessoas que foram baleadas e mortas por agentes da LAPD e Guardas Nacionais. Mais de 2.000 pessoas foram feridas, e quase 6.000 supostos saqueadores e incendiários foram presos.

Os tumultos também perturbaram a vida cotidiana: foi anunciado um recolher obrigatório na cidade desde o pôr-do-sol até ao nascer do sol, a entrega de correio parou, e a maioria dos residentes não pôde ir trabalhar e ir à escola.

Mais de 1.000 edifícios foram danificados ou destruídos, e aproximadamente 2.000 empresas geridas pela Coreia também foram danificadas ou destruídas. No total, foram destruídos cerca de 1 bilhão de dólares de propriedade.

Lentamente, os residentes regressaram às suas rotinas diárias. Mas a questão de Rodney King e os motins de Los Angeles explodiram de questões sociais que ainda não foram resolvidas. Aquele vídeo chocante seria apenas o primeiro de uma longa linha de vídeos de brutalidade policial a tornar-se viral.

Assim, o dilema racial tornou-se cada vez mais alvo de debates nos Estados Unidos e, mais especificamente, em Los Angeles; fator que teve grande influência no caso de O.J. Simpson.

(41)

A noite do homicídio

Em algum momento após as dez horas da noite de 12 de junho de 1994, uma pessoa solitária entrou pela entrada dos fundos de um condomínio de estilo espanhol e quatro quartos na Bundy Drive, no luxuoso subúrbio de Brenwood, Los Angeles.

Na pequena área quase enjaulada perto do portão da frente, o intruso ferozmente degolou uma mulher, separando seu pescoço de seu corpo, aparentemente depois de ela ter ficado inconsciente. A ferida foi aberta do lado esquerdo da garganta até logo abaixo da orelha e era tão profunda que expôs a laringe e a medula espinhal cervical da vítima. Na mesma entrada, o assassino esfaqueou um homem até a morte, desferindo pelo menos trinta golpes. A determinação da ordem em que as duas vítimas foram mortas foi baseada no fato de que não havia sangue nos pés descalços da mulher, enquanto muito sangue estava presente nas solas dos sapatos brancos do homem.

A mulher, vestida com um vestido preto, tinha 35 anos de idade; Nicole Brown Simpson, a esposa recentemente divorciada de Orenthal James Simpson, uma ex-estrela do futebol americano. O casal tinha dois filhos, os quais estavam dormindo em um quarto do andar de cima no condomínio. O homem, vestido de jeans, tinha 25 anos de idade; Ronald Goldman, um conhecido de Nicole e que havia ido até sua casa para devolver os óculos que ela havia esquecido no restaurante em que ele trabalhava.

Dez minutos depois da meia-noite da manhã seguinte - mais de três horas depois de terem sido mortos - os corpos de Nicole Simpson e Goldman foram descobertos por um vizinho que foi levado ao local por um uivante Akita, um cachorro grande que estava obviamente perturbado. O cachorro, que pertencia a Nicole Simpson, tinha sangue na barriga, patas e pernas.

O ex-marido de Nicole Brown Simpson, ex-jogador de futebol e personalidade da mídia OJ Simpson, por sua vez, estava a bordo do voo 668 da American Airlines para Chicago. Simpson havia decolado de Los Angeles às 22:45 após receber uma carona para o aeroporto em uma limusine dirigida por Allan Park , um funcionário da Town and Country Limousine Company. A limusine havia deixado a propriedade dos Simpson na Rockingham Avenue cerca de meia hora atrasada, depois que Park ligou para informar às 22:25 que ninguém atendeu à chamada na porta. Park observou um homem que presumiu ser Simpson entrar em sua casa às 22:56.

(42)

A polícia ligou para Simpson na manhã de segunda-feira no O'Hare Plaza Hotel em Chicago, onde Simpson planejava comparecer a uma convenção da locadora de automóveis Hertz. Ao ser informado de que sua esposa havia sido assassinada, Simpson não perguntou como, quando ou por quem. Ele quebrou - de acordo com seu testemunho posterior - um vidro de tristeza, cortando gravemente a mão esquerda. Os promotores teriam uma explicação diferente para o dano. Simpson embarcou no próximo voo para Los Angeles, chegando em casa por volta do meio-dia para encontrar uma investigação policial em grande escala em andamento. A fita da polícia esticada em seu portão da frente e etiquetas de papelão marcavam manchas de sangue na calçada.

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A investigação se concentra em Simpson

A polícia de Los Angeles interrogou Simpson por cerca de meia hora naquele dia. Eles fizeram a Simpson uma série de perguntas sobre o corte profundo em sua mão direita. Simpson inicialmente alegou não saber a origem do corte. Mais tarde na entrevista, ele sugeriu que a mão foi cortada quando ele alcançou seu Bronco na noite dos assassinatos, então reabriu o corte quando quebrou um vidro em seu quarto de hotel em Chicago após ser informado do assassinato de Nicole. Do ponto de vista da polícia, a entrevista foi notavelmente inepta. Os oficiais não fizeram perguntas de acompanhamento óbvias e áreas inteiras de investigação potencialmente frutíferas foram ignoradas. Esta entrevista foi considerada tão inútil que nenhum dos lados optou por apresentá-la como evidência no julgamento.

Eventualmente, no entanto, a polícia acumulou evidências suficientes indicando a culpa de Simpson nos assassinatos e obteve um mandado de prisão. Segundo um acordo firmado com o advogado de Simpson, Robert Shapiro, Simpson deveria se entregar na sede da polícia às 10:00 da manhã de 17 de junho, um dia após o funeral de Nicole. Quando Simpson não apareceu na hora combinada, a polícia disse a Shapiro que eles iriam para sua casa em Brentwood para buscá-lo. Algum tempo depois das 13:00, quatro policiais bateram na porta da frente de Simpson. Logo eles e Shapiro descobriram que Simpson tinha desaparecido - resultando, talvez, no passeio mais famoso da história americana desde que Paul Revere alertou os bostonianos sobre a chegada dos britânicos. Simpson deixou uma carta dirigida "A quem possa interessar", a carta tinha todas as marcas de uma carta suicida. Ela terminava com: "Não sinta pena de mim. Tive uma vida ótima, ótimos amigos. Por favor, pensem no verdadeiro OJ e não nesta pessoa perdida. Obrigado por tornar minha vida especial. Espero ter ajudado a sua. Paz e com amor, OJ".

Por volta das 18:20, um motorista de Orange County viu Simpson andando no Bronco branco de seu amigo, AC Cowlings, e notificou a polícia. Logo, uma dúzia de carros de polícia, helicópteros de notícias e alguns membros curiosos do público estavam indo em busca do Bronco. A perseguição finalmente terminaria com a prisão de Simpson em sua própria garagem. Depois de fazer a prisão, a polícia descobriu $8.750 em dinheiro, uma barba e bigode falsos, uma arma carregada e um passaporte no veículo de Cowlings.

Para a promotoria, o maior erro do julgamento pode muito bem ter sido abrir o caso Simpson no centro da cidade e não - como é o procedimento normal - no distrito em que o crime

(44)

ocorreu, neste caso Santa Monica. Implausivelmente, a promotoria explicou sua decisão como um esforço para reduzir o tempo de deslocamento dos promotores e acomodar melhor o esmagamento esperado da mídia. Mais provavelmente, a decisão foi política, com base na preocupação de que uma condenação por um júri em grande parte branco em Santa Monica pudesse desencadear protestos raciais - ou mesmo distúrbios semelhantes aos que ocorreram após o julgamento de quatro policiais do LAPD (Los Angeles Police Department) acusados de agredir Rodney King.

Arquivar o processo no centro da cidade seria apenas a primeira de muitas decisões que podem ter custado o caso aos promotores. A decisão dos promotores de não solicitar a pena de morte fez os promotores não terem um júri "qualificado para a morte", o que vários estudos sugerem que teria maior probabilidade de condenação. (Um júri qualificado para a morte é aquele em que todos os jurados cuja oposição à pena de morte pudesse impedi-los de impor uma sentença de morte são excluídos. Normalmente, os jurados excluídos são negros e mulheres.) Os promotores também seriam criticados por ignorar o conselho de seus próprios consultores de júri, que os exortou a utilizar as suas decisões perepemtórias - na medida em que eles podem fazê-lo constitucionalmente - para excluir negros e mulheres do júri. Uma vez que o julgamento começasse, haveria outros erros. Para citar apenas alguns: a decisão de fazer Simpson experimentar a luva usada no assassinato, a decisão de chamar Mark Fuhrman para depor e a estratégia de apresentar tantas evidências de tantas testemunhas ao longo de tantas semanas fez o caso perder muito de sua força.

Em 22 de julho de 1994, Simpson respondeu à pergunta "Como você se declara?" em sua acusação com "Absolutamente cem por cento inocente, Meritíssimo". Seguiram-se meses de descobertas, seleção do júri e audiências sobre questões como a permissão de câmeras no tribunal e a admissibilidade dos resultados dos testes de DNA.

O julgamento começa

O dia de abertura do julgamento - terça-feira, 24 de janeiro de 1995 - finalmente chegou. Sob um céu garoento, repórteres e cinegrafistas convergiram para o que o escritor Dominick Dunne chamou de "o Super Bowl dos julgamentos de assassinato". Em seu discurso de abertura, o juiz Lance Ito disse aos presentes na sala do tribunal que esperava ver "algumas habilidades fabulosas de advogado". Christopher Darden iniciou a declaração de abertura da

Referências

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