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W W W. P R O F E S S O R S A B B A G. C O M. B R

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Academic year: 2021

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MÚSICA E POESIA

1. Que é ? Simpatia (Casimiro de Abreu)

2. Estrela do Mar (Marino Pinto e Paulo Soledade) 3. Risque (Ary Barroso)

4. Habeas Corpus (Orestes Barbosa e Noel Rosa) 5. Desejos ( Casimiro de Abreu )

6. Meu Amanhã (Lenine) 7. Distantes Demais (Lenine) 8. O Quereres (Caetano Veloso)

01) Que é - simpatia (Casimiro de Abreu)

Simpatia ? é o sentimento Que nasce num só momento, Sincero, no coração;

São dois olhares acesos Bem juntos, unidos, presos

Numa mágica atração.Simpatia ? são dois galhos Banhados de bons orvalhos

Nas mangueiras do jardim; Bem longe às vezes nascidos, Mas que se juntam crescidos

E que se abraçam por fim.São duas almas bem gêmeas Que riem no mesmo riso,

Que choram nos mesmos ais; São vozes de dois amantes, Duas liras semelhantes,

Ou dois poemas iguais.Simpatia ? meu anjinho, É o canto de passarinho,

É o doce aroma da flor;

São nuvens dum céui d`agosto É o que m´inspira teu rosto... Simpatia ? é quase amor!

02) Estrela do mar (Marino Pinto e Paulo Soledade)

Sucesso do Carnaval de 1952 na voz de Dalva de Oliveira (uma das melhores cantoras que o Brasil já teve, apelidada por Francisco Alves, o "Rei da Voz", como a "Rainha da Voz").

Um pequenino grão de areia Que era um pobre sonhador Olhando o céu viu uma estrela Imaginou coisas de amor, ô, ô, ô Passaram anos, muitos anos Ela no céu, ele no mar

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Dizem que nunca o pobrezinho Pôde com ela encontrar Se houve, ou se não houve Alguma coisa entre eles dois Ninguém soube até hoje explicar O que há de verdade é que depois Muito depois, apareceu a estrela do mar.

03) Risque (Ary Barroso)

Risque meu nome do seu caderno Pois não suporto o inferno

Do nosso amor fracassado

Deixe que eu siga novos caminhos Em busca de outros carinhos Matemos nosso passado

Mas, se um dia talvez a saudade apertar Não se perturbe, afogue a saudade Nos copos de um bar

Creia, toda quimera se escuma Como a brancura da espuma Que se desmancha na areia

04) Habeas Corpus (Orestes Barbosa e Noel Rosa)

No tribunal da minha consciência, O teu crime não tem apelação. Debalde tu alegas inocência, Não terás minha absolvição. Os autos do processo da agonia,

Que me causaste em troca ao bem que eu fiz, Chegaram lá daquela pretoria,

Na qual o coração foi o juiz. Tu tens as agravantes da surpresa E também as da premeditação, Mas na minh`alma tu não ficas presa Porque o teu caso é caso de expulsão. Tu vais ser deportada do meu peito Porque o teu crime encheu-me de pavor Talvez o habeas corpus da saudade Consinta o teu regresso ao meu amor.

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05) DESEJOS - (Casimiro de Abreu, com publicação em 1857)

(Versa sobre a visão do Autor de uma mulher, imaginada por ele como a mulher perfeita, ideal...)

Se eu soubesse que no mundo Existia um coração,

Que só por mim palpitasse De amor em terna expansão; Do peito calara as mágoas, Bem feliz eu era então! Se essa mulher fosse linda Como os anjos lindos são Se tivesse quinze anos, Se fosse rosa em botão, Se linda brincasse inocente Descuidosa no gazão; Se tivesse a tez morena, Os olhos com expressão,

Negros, negros, que matassem, Que morressem de paixão, Impondo sempre tiranos Um jugo de sedução;

Se as tranças fossem escuras, Lá castanhas é que não, E que caíssem formosas Ao sopro da viração,

Sobre uns ombros torneados, Em amável confusão;

Se a fronte pura e serena Brilhasse d`inspiração, Se o tronco fosse flexível Como a rama do chorão, Se tivesse os lábios rubros, Pé pequeno e linda mão; Se a voz fosse harmoniosa Como d`harpa a vibração, Suave como a da rola Que geme na solidão, Apaixonada e sentida Como do bardo a canção; E se o peito lhe ondulasse Em suave ondulação,

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Na mais branda comoção Tesouros de seios virgens, Dois pomos de tentação; E se essa mulher formosa Que me aparece em visão Possuísse uma alma ardente, Fosse de amor um vulcão, Por ela tudo daria... _ A vida, o céu, a razão!

06) Meu amanhã (LENINE)

Ela é minha delícia O meu adorno Janela de retorno Uma viagem sideral Ela minha festa Meu requinte A única ouvinte

Da minha Rádio Nacional Ela minha sina

O meu cinema A tela da minha cena A cerca do meu quintal Minha meta, minha metade Minha seta, minha saudade Minha diva, meu divã Minha manha, meu amanhã Ela é minha orgia

Meu quitute Insaciável apetite Numa ceia de Natal Ela é minha bela Meu brinquedo

Minha certeza, meu medo É meu céu e meu mal Ela é meu vício E dependência Incansável paciência E o desfecho final

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Minha meta, minha metade Minha seta, minha saudade Minha diva, meu divã Minha manha, meu amanhã Meu fá, minha fã

A massa e a maçã Minha diva, meu divã Minha manha, meu amanhã Meu lá, minha lã

Minha paga, minha pagã Meu velar, minha avelã

Amor em Roma, aroma de romã O sal e o são

O que é certo, o que é sertão Meu Tao, e meu tão... Nau de Nassau, minha nação

07) Distantes Demais (Lenine e Dudu Falcão)

Somos Somente A fotografia. Dois navegantes Perdidos no cais, Distantes demais. Somos Instantes Palavras, poesia. Dois delirantes Ficando reais, Distantes demais. Noites de sol. Loucos de amar.

Quem poderia nos alcançar. Eu e você,

Sem perceber, Fomos ficando iguais. Longe,

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08) O Quereres (Caetano Veloso)

Onde queres revólver sou coqueiro E onde queres dinheiro sou paixão Onde queres descanso sou desejo E onde sou só desejo queres não

E onde não queres nada nada faltaE onde voas bem alta eu sou o chão E onde pisas o chão minha alma salta

E ganha liberdade na amplidão Onde queres família sou maluco E onde queres romântico, burguês Onde queres Leblon sou Pernambuco E onde queres eunuco, garanhão E onde queres o sim e o não, talvez Onde vês eu não vislumbro razão Onde queres o lobo eu sou o irmão E onde queres cowboy eu sou chinês Ah! bruta flor do querer

Ah! bruta flor bruta flor

Onde queres o ato eu sou espírito E onde queres ternura eu sou tesão Onde queres o livre, decassílabo E onde buscas o anjo sou mulher Onde queres prazer sou o que dói E onde queres tortura, mansidão Onde queres um lar, revolução E onde queres bandido sou herói Eu queria querer-te e amar o amor Construir-nos dulcíssima prisão E encontrar a mais justa adequação Tudo métrica e rima e nunca dor Mas a vida é real e de viés

E vê só que cilada o amor me armou Eu te quero (e não queres) como sou Não te quero (e não queres) como és Ah! bruta flor do querer

Ah! bruta flor bruta flor

Onde queres comício, flipper-video E onde queres romance, rock?n?roll Onde queres a lua eu sou o sol Onde a pura natura, o inseticídio E onde queres mistério eu sou a luz Onde queres quaresma, fevereiro E onde queres coqueiro sou obus O quereres e o estares sempre a fim Do que em mim é de mim tão desigual Faz-me querer-te bem, querer-te mal Bem a ti, mal ao quereres assim

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Infinitivamente pessoal

E eu querendo querer-te sem ter fim E, querendo-te, aprender o total

Referências

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