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GUIA DE NEGÓCIOS NA MALÁSIA Antonio Viñal & Co. Abogados LISBOA MILÃO VIGO

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(1)

Antonio Viñal & Co. Abogados

K.LUMPUR LISBOA MADRID MILÃO VIGO

GUIA DE NEGÓCIOS

NA MALÁSIA

2015

(2)

ÍNDICE

APRESENTAÇÃO

6

I.-

INTRODUÇÃO À MALÁSIA

8

II.-

IMIGRAÇÃO

16

1.- É necessário visto para entrar na Malásia?

2.- Existe algum tipo de visto para estadia de duração prolongada? 3.- É possível expatriar trabalhadores?

4.- Que passos devem ser seguidos para formalizar o pedido? 5.- Quais são as condições para empregar trabalhadores expatriados? 6.- É possível transferir um trabalhador expatriado para um posto diferente? 7.- Em que consiste o programa “Malaysia My Second Home”?

8.- Que condições são necessárias para aderir ao programa? 9.- Que benefícios confere o programa?

17 17 17 18 18 19 19 19 20

(3)

III.-

APOIOS E INCENTIVOS

1.- A que organismos se pode solicitar apoios na Malásia?

2.- Quais são os principais apoios e incentivos concedidos pela Malásia? 1.- Setor de manufatura 2.- Setor aeroespacial 3.- Biotecnologia 4.- Turismo 5.- Gestão ambiental 6.- I+D 7.- Transporte marítimo 8.- Tecnologias da informação 9.- Sede operativa

10.- Centros de Compra Internacionais e Centros de Distribuição Regional

22 22 23 29 30 31 35 38 42 42 44 47

21

IV.-

INVESTIR NA MALÁSIA

1.- Que tipos de sociedades existem na Malásia? 2.- Que requisitos devem cumprir este tipo de sociedades? 3.- Qualquer pessoa pode ser sócio?

4.- Qualquer pessoa pode exercer o cargo administrador da sociedade? 5.- Qualquer pessoa pode exercer o cargo de secretário da sociedade? 6.- Quando se celebra a Assembleia Geral Ordinária?

7.- Existe depósito de contas? 8.- É obrigatório nomear auditores? 9.- Pode constituir-se uma sucursal? 10.- Que outro tipo de estruturas existem? 11.- Que atividades podem desenvolver os RE/RO? 12.- Que atividades não são permitidas aos RE/RO? 13.- Que requisitos devem cumprir os RE/RO?

51 51 51 51 52 52 52 53 53 53 53 54 54

50

ÍNDICE

(4)

ÍNDICE

V.-

IMPOSTOS

1.- IRC

1.- Que rendimentos se tributam na Malásia?

2.- Quando se considera que uma empresa é residente na Malásia? 3.- Qual é a taxa aplicável no IRC?

4.- Existe um regime de “participation exemption”?

5.- Que retenções se aplicam aos pagamentos a não residentes? 2.- IRS

6.- Quais são os taxas aplicáveis às pessoas singulares? 7.- Quantas Convenções de Dupla Tributação tem a Malásia? 3.- Imposto sobre Bens e Serviços

8.- O que é o Imposto sobre Bens e Serviços? 9.- Quais são as taxas aplicáveis?

4.- Ilha de Labuan

10.- Existe algum regime tributário especial? 11.- Quais são as vantagens oferecidas pelo IBCF?

56 56 56 56 56 57 58 58 59 60 60 60 60 60 61

55

VI.-

DIREITO LABORAL

1.- Qual é o principal diploma laboral?

2.- Quais as principais obrigações que estabelece a Lei do Emprego? 3.- Que normas são de aplicação nos estados de Sabah e Sarawak? 4.- Que contribuições sociais existem?

5.- Que regimes de Segurança Social existem? 6.- Qual é a norma de prevenção de riscos laborais? 7.- O que é a Lei de Fábricas e Maquinaria? 8.- Pode-se contratar trabalhadores estrangeiros?

64 64 65 65 67 68 70 70

63

(5)

ENDEREÇOS DE CONTACTO

Antonio Viñal & Co. Abogados Agências Governamentais Ministérios e Embaixadas 73 74 75

73

ÍNDICE

(6)

É com grande prazer que Antonio Viñal & Co. Abogados apresenta este primei-ro guia em português sobre investimento na Malásia. Isso é fruto do trabalho que temos vindo a desenvolver a partir do nosso escritório de Kuala Lumpur, acompanhando a empresas exportadoras e investidoras, e das oportunidades de negócio que oferece o país.

Mas porquê um guia de negócios sobre a Malásia? E porquê agora, quando as empresas portuguesas estão plenamente viradas para os mercados lusófonos? Para dar resposta a estas perguntas são necessários alguns dados que nos le-vam, primeiro, à Ásia, depois à ASEAN e, por último, à Malásia.

Segundo um recente estudo realizado pelo DBS Bank, a Ásia está “a acrescen-tar” uma Alemanha ao mapa económico global a cada 3,5 anos. Nos próximos 25 anos, acrescentará o equivalente a 3 Eurozonas; e para o ano 2039, acres-centará uma Alemanha a cada 7 meses. Mas há mais. De acordo com os dados do FMI, no ano 2000, a Ásia em desenvolvimento representava 7,1% do PIB global (71% as economias avançadas). Já no ano 2017, as percentagens serão, respetivamente, 21% e 57,5%.

Uma parte substancial deste desenvolvimento é da responsabilidade da China, mas não podemos esquecer outros atores que reclamam, cada vez com mais força, o seu espaço no palco. É o caso da ASEAN, a Associação de Nações do Su-deste Asiático, que agrupa dez países: Malásia, Singapura, Filipinas, Indonésia, Tailândia, Mianmar, Camboja, Laos, Vietname e Brunei. Juntos somam mais de 625 milhões de habitantes.

Especial destaque merecem os países da chamada ASEAN 5: Malásia, Singapura, Filipinas, Indonésia e Tailândia. Segundo as previsões de PriceWaterhouseCoopers, o PIB médio destes cinco países para o período 2007-2050 será de 7%, enquanto o da China será 6,8%. Por sua vez, a Merrill Lynch calculou o investimento direto estrangeiro na ASEAN 5 para o ano 2013 em USD 128,4 mil milhões; enquanto a IDE na China para o mesmo ano foi de USD 117,6 mil milhões.

Os cinco países oferecem grandes oportunidades para as empresas portugue-sas. É certo que uns apresentam mais vantagens que outros, mas há um país muito equilibrado e com características únicas. Esse país é a Malásia. Onde está, então, o valor acrescentado da Malásia?

Trata-se de um país com 30 milhões de habitantes, um grau de desenvolvimen-to médio, forte investimendesenvolvimen-to nas infraestruturas e telecomunicações e uma economia de enorme dinamismo. Para além disto, ocupa uma posição central no sudeste asiático, estratégica do ponto de vista geográfico. Não é por acaso que portugueses, holandeses e britânicos, três grandes impérios comerciantes europeus, disputaram este território durante séculos.

6

(7)

O facto de ser membro da Commonwealth também ajuda em duas situações. Em primeiro lugar, o idioma: embora o inglês não seja oficial, o seu uso está plenamente integrado no dia-a-dia das pessoas. Em segundo lugar, o sistema legal e judicial, herdeiro do “common law”, é claro e eficaz.

A mistura de diferentes etnias (malaia, chinesa e indiana), também reflete o carácter do país como uma comunidade atenciosa e integradora que reúne o que de melhor a Ásia tem para oferecer. Como diz a publicidade, “Malaysia,

truly Asia”.

Assim, sendo um país muçulmano, pode-se fazer negócios a partir da Malásia com maior facilidade em zonas como Médio Oriente. Devemos ter presente que existe o objetivo de se assumir como o país de referência no que concerne às finanças islâmicas e para a certificação Halal de produtos alimentícios. Exis-tem, portanto, várias plataformas, sobrepostas umas às outras, que permitem realizar múltiplas ligações comerciais a partir de um único país.

Outro aspeto positivo é a favorável disposição da administração malaia pe-rante o investimento estrangeiro. A preocupação em facilitar a sua chegada é uma constante, como podem testemunhar as empresas que se reuniram com instituições locais. Não é por acaso que ocupa a 18ª posição no ranking “Doing

Business” 2015 do Banco Mundial.

Embora a presença portuguesa não seja ainda muito significativa, em termos quantitativos, existe um núcleo de empresas nos setores da engenharia, tec-nologias da informação, arquitetura ou moda que são prova do potencial do país. O amplo leque de apoios e incentivos são fatores determinantes para que mais empresas olhem para a Malásia. Neste momento, cobrem pratica-mente todas as atividades: desde o turismo à indústria; da biotecnologia à educação; da saúde às TIC.

Em conclusão, há uma linha que nos leva primeiro a Ásia (realidade inevitável), para, a seguir, nos concentrar na ASEAN e, por último, aterrar na Malásia, país que nos oferece uma plataforma privilegiada para explorar o vasto potencial da região. Considerando os fatos aqui apresentados, a questão não é se o de-vemos fazer, senão quando; esperamos que este guia sirva de primeiro ponto de apoio.

7

O presente guia tem uma fina-lidade estritamente informativa e não deve ser considerado, em caso algum, como assessoria jurídica ou de outra natureza.

Guia de Negócios a Malásia 2015

(8)

I.- INTRODUÇÃO À

MALÁSIA

(9)

9

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

Organização Política

A Malásia é uma monarquia constitucional federal cujo território se divide em 13 estados e três territórios federais. Nove dos estados peninsulares têm famí-lia real e o monarca é eleito de entre as 9 famífamí-lias por um período de 5 anos. O monarca nomeia, sucessivamente, os governadores dos estados sem família real.

A Federação malaia conseguiu a sua independência do Reino Unido no ano 1957, e o país adotou o seu nome atual de Malásia em 1963, quando incorpo-rou os estados de Singapura, Sabah e Sarawak. No ano 1965 Singapura chegou a um acordo de independência com a Malásia.

Economia

A economia malásia passou por várias fases desde a sua independência: desde a pura exploração de recursos naturais, como óleo de palma, borracha e es-tanho, no início, à diversificação industrial dos anos 70 e a forte exportação de microchips e semicondutores nos anos 80. Não podemos esquecer o grande impacto do petróleo e do gás, cujo símbolo mais evidente são as Torres Petro-nas, nem a liderança do país no setor das finanças islâmicas.

Atualmente, o governo malásio definiu 12 áreas estratégicas: - Petróleo, gás e energia;

- Borracha e óleo de palma; - Serviços financeiros; - Turismo;

- Serviços de negócio (inclui, entre outros, economia verde, construção e reparação de navios, “data centres” e TIC);

- Eletrónica;

- Comércio por grosso e a retalho; - Educação;

- Saúde;

- Comunicações; - Agricultura;

- Área metropolitana de Kuala Lumpur e Vale do Klang.

(10)

10

Organizações Internacionais

A Malásia é membro, entre outras, das seguintes organizações internacionais: - Nações Unidas;

- Banco Mundial; - FMI;

- Acordo Geral sobre Impostos Aduaneiros e Comércio – GATT; - Associação de Nações do Sudeste Asiático – ASEAN;

- Organização para a Cooperação Islâmica – OIC; - Banco Asiático de Desenvolvimento;

- Commonwealth.

Sistema Legal

O sistema legal malásio é dualista: existe, por um lado, a jurisdição dos tribunais da lei islâmica, “sharia” ou “syariah” em malásio, aplicável só à população muçulma-na. Existe, por outro, a jurisdição ordinária, que se apoia em leis escritas (federais ou estatais) e a jurisprudência (“common law”). Esta última pode ser local ou, inclusive, inglesa, australiana, indiana ou de Singapura.

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

(11)

11

ESTADÍSTICAS PRINCIPALES

População1 30.261,7 (em milhares)

Capital Kuala Lumpur

População de Kuala Lumpur2 1,72 (em milhões)

Superfície 243.000 km2

Moeda Ringgit

Idioma oficial Malasio

Religião oficial Islão

RM 1 EUR 0,247903

PIB per capita4 USD 10.337 (2014)

Desemprego 3,1% (2014)

1 Fonte: Departamento de Estatística da Malásia 2 Fonte: Departamento de Estatística da Malásia 3 Cotação a 26/01/2015

4 Fonte: Banco Central da Malásia 5 Fonte: Banco Mundial

5,6 4,7 6,4

Crescimento do PIB

2012 2013 2014 (2º trimestre) 5

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

(12)

12

6 Fonte: Departamento de Estatística da Malásia

7 Fonte: MATRADE (Sociedade para o Desenvolvimento do Comércio Exterior da Malásia) INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO6

2012 USD 10.174 milhões 2013 USD 12.306 milhões 33% 10% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 3% 2% 19%

Top 10 exportações 2014

Produtos eletrónicos/ elétricos Derivados do petróleo Gás natural liquefeito Produtos químicos Óleo de palma Petróleo Maquinaria Manufaturas metálicas Equipamentos científicos e ópticos Produtos da borracha Outros 7

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

(13)

13

27% 12% 9% 8% 7% 6% 4% 4% 3% 2% 18%

Top 10 importações 2014

Produtos eletrónicos/ elétricos Derivados do petróleo Produtos químicos Maquinaria

Manufaturas metálicas Equipamento para o transporte Produtos de ferro e aço Petróleo Equipamentos científicos e óticos Comida preparada Outros

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

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14

8 Fonte: Departamento de Estatística da Malásia 9 Fonte: Economist Intelligence Unit

19% 17% 13% 13% 10% 7% 6% 6% 5% 4%

Comércio total por países (2013)

China Singapura Japão UE EUA Tailândia Indonésia Coreia do Sul Taiwan Austrália 8 45,60% 62,70% 56,10% 13,70% 98,40% 94,10% 49,60% 53,50% 2004 2014

Dívida Pública em percentagem do PIB

Malásia Portugal Singapura Tailândia

9

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

(15)

15

10 O relatório completo pode consultar-se em http://portugues.doingbusiness.org/

TRATADOS DE LIVRE COMÉRCIO

PAÍS/ REGIÃO ESTADO

ASEAN Em vigor

China Em vigor

Japão Em vigor

Coreia do Sul Em vigor

Índia Em vigor

Austrália Em vigor

Nova Zelândia Em vigor

Chile Em vigor

Paquistão Em vigor

UE Em negociação

Turquia Em negociação

Trans-Pacific Partnership Agreement Em negociação

OIC Trade Preferential System Em negociação

Resultados do relatório “Doing Business 2015” do Banco

Mundial

10

Apresentamos, em seguida, alguns dos dados mais relevantes do relatório “Doing

Business” do Banco Mundial para o ano 2015. Para efeitos de comparação,

apre-sentamos também os dados de Portugal. O resultado global, cujo valor máximo é 100, calcula-se de acordo com determinados parâmetros, por exemplo, o número de processos, tempo e custo.

MALÁSIA

PORTUGAL

RESULTADO GLOBAL/ POSTO 78,8/ 18

76,03/25

ABERTURA DE UM NEGÓCIO (POSTO) 13

10

REGISTO DE PROPRIEDADES (POSTO) 75

25

OBTENÇÃO DE CRÉDITO (POSTO) 23

89

PROTEÇÃO DE INVESTIDORES MINORITÁRIOS

(POSTO) 5

51

CUMPRIMENTO DE CONTRATOS (POSTO) 29

27

I.- INTRODUÇÃO

À MALÁSIA

(16)
(17)

II.- IMIGRAÇÃO

17

1.- É necessário visto para entrar na Malásia?

Não, os cidadãos de nacionalidade portuguesa só precisam de passaporte para entrar no país. A estadia máxima nestes casos é de 30 dias.

2.- Existe algum tipo de visto para estadia de duração

prolongada?

Sim, pode obter-se o Visto de Entrada Múltipla - “Multiple Entry Visa”, que dá direito a permanecer até 30 dias por cada entrada. O visto tem uma validade de 12 meses.

3.- É possível expatriar trabalhadores?

Sim, onde existe escassez de malásios qualificados, é permitido que as empre-sas expatriem trabalhadores para postos chave - “key post” ou postos tem-porários - “time post”. Os primeiros são aqueles que estão permanentemente ocupados enquanto os segundos estão delimitados no tempo.

a) Postos chave

Definem-se como postos de alto nível de gestão em empresas privadas de proprietários estrangeiros e empresas que operam na Malásia. Os postos cha-ve são considerados essenciais para que as empresas salvaguardem os seus interesses e investimentos. Os expatriados são os responsáveis pela determi-nação das políticas da empresa, bem como pela prossecução das suas metas e objetivos.

b) Postos temporários

i.Posto executivo

Definem-se como postos de direção de nível intermédio e requerem qualificações profissionais, experiência prática, habilidades e conheci-mentos relacionados com os postos. Os expatriados são os responsáveis pela implementação das políticas e a superintendência do pessoal da empresa.

ii.Posto não executivo

O desempenho destes postos de trabalho denominados por técnicos requer conhecimentos técnicos ou práticos específicos e experiência.

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4.- Que passos devem ser seguidos para formalizar o pedido?

O pedido tem duas fases: a primeira, perante os organismos competentes se-gundo a natureza do negócio; a segunda, perante o Departamento de Imi-gração para a aprovação do “employment pass”.

5.- Quais são as condições para empregar trabalhadores

expatriados?

As condições para empregar trabalhadores expatriados são:

a) Empresas fabricantes com um capital realizado de USD 2 milhões ou mais: - Concede-se-lhes uma aprovação automática para um máximo de 10 postos para expatriados, incluindo cinco postos chave.

- Os expatriados podem ocupar o posto por um máximo de 10 anos para os cargos executivos e cinco anos para os não executivos.

b) Empresas fabricantes com um capital estrangeiro realizado superior a USD 200.000 mas inferior de USD 2 milhões:

- A aprovação automática concede-se para um máximo de 5 postos para expatriados, incluindo pelo menos um posto chave.

- Um estrangeiro pode ocupar o posto por um máximo de 10 anos para os cargos executivos e cinco anos para os não executivos.

c) As empresas fabricantes com um capital estrangeiro realizado superior a USD 200.000 poderão optar por postos chave ou por postos temporários:

- A empresa pode optar por um posto chave quando o capital estrangei-ro realizado é pelo menos de RM 500,000.

- Os postos temporários podem ser ocupados por um máximo de 10 anos para os cargos executivos, e cinco anos para os não executivos que requeiram habilidades técnicas e experiência.

- O número de postos chave e de postos temporários permitidos depen-de do mérito da cada caso.

d) As empresas fabricantes que sejam propriedade de malásios poderão con-tratar trabalhadores expatriados para postos técnicos, incluindo o posto de I+D.

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6.- É possível transferir um trabalhador expatriado para um

posto diferente?

Um expatriado que seja deslocado de um posto para outro, dentro da mesma empresa, terá que obter um novo “employment pass”; o original modificar-se-á para refletir a mudança de posto. O novo trabalhador expatriado que substi-tua a outro também tem que obter o seu “employment pass”.

Todos os “employment pass” são válidos pelo período aprovado para o posto de trabalho. No entanto, para o posto chave, são emitidos por um período de 5 anos, renovável exceto quando:

- A validade do passaporte do expatriado seja de menos de 5 anos; - O contrato de emprego do expatriado seja de menos de 5 anos; - O empregador requeira os serviços dos expatriados por menos de 5 anos.

7.- Em que consiste o programa “Malaysia My Second Home”?

O programa permite aos estrangeiros de qualquer país permanecer na Malá-sia com base num “social visit pass” de múltipla entrada.

8.- Que condições são necessárias para aderir ao programa?

As condições iniciais são as seguintes:

a) Para menores de 50 anos: dispor de ativos líquidos de pelo menos RM 500.000 e de receitas geradas fora do país de RM 10.000/ mês. b) Para pessoas com 50 ou mais anos: dispor de ativos líquidos de pelo menos RM 350.000 e de receitas geradas fora do país de RM 10.000/ mês. c) Comprar uma habitação por valor mínimo de RM 1.000.000.

Igualmente, o candidato deve abrir uma conta bancária e depositar uma quan-tia entre RM 100.000 a RM 300.000, para além de, considerando o caso, dar uma fiança que, para cidadãos portugueses é de RM 2.000 e obter um seguro médico.

II.- IMIGRAÇÃO

(20)

20

9.- Que benefícios confere o programa?

As pessoas que tenham aderido ao programa podem:

a) adquirir bens imóveis a partir de um valor mínimo (que depende do local onde esteja localizado o imóvel);

b) comprar ou importar um veículo, com isenção de impostos e, se for o caso, direitos aduaneiros. Não obstante, face ao novo imposto sobre bens e serviços (em vigor a partir do 1 de Abril de 2015), deverá obter uma isenção expressa do Ministério das Finanças;

c) ter um negócio;

d) contratar uma pessoa para serviço doméstico.

(21)

III.- APOIOS E

INCENTIVOS

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1.- A que organismos se pode solicitar apoios na Malásia?

O organismo principal é a Autoridade Malásia para o Investimento ao Desen-volvimento, “Malaysian Investment Development Authority” - MIDA, respon-sável pela atração e promoção de investimento estrangeiro no país. Entre as suas funções, também se destaca a análise dos pedidos de licença industrial e de postos para trabalhadores expatriados. O seu escritório central está situa-do em Kuala Lumpur, contansitua-do, além disso, com uma ampla rede regional e internacional. O escritório responsável pelo mercado português está sediado em Paris.

Invest KL é um organismo governamental que depende do Ministério de Co-mércio Internacional e Indústria, “Ministry of International Trade and Industry” - MITI, que se ocupa, em colaboração com outras entidades, por formular medidas fiscais atrativas e por identificar oportunidades de negócio para as empresas que cumpram simultaneamente as seguintes condições: que o in-vestimento se realize na área metropolitana de Kuala Lumpur e o Vale do Kla-ng e que o volume de negócios da casa matriz seja de, pelo menos, USD 500 milhões.

2.- Quais são os principais apoios e incentivos concedidos

pela Malásia?

11

Os principais apoios e incentivos na Malásia podem dividir-se nos seguintes grupos: 1) Setor de manufatura. 2) Setor aeroespacial. 3) Biotecnologia. 4) Turismo. 5) Gestão ambiental. 6) I+D. 7) Transporte marítimo. 8) Tecnologias da informação. 9) Sede operativa.

10) Centros de Compra Internacionais e Centros de Distribuição Regional.

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

22

11 Alguns apoios estão limitados no tempo, pelo que se recomenda confirmar previamente se estão

(23)

1) Incentivos no setor de manufatura

1.1. Principais incentivos para as empresas manufatureiras

Há dois tipos de incentivos fiscais para as empresas dedicadas à investigação no setor manufatureiro: o Estatuto Pioneiro (“Pioneer Status”) e o desagrava-mento fiscal por Investidesagrava-mento (“Investment Tax Allowance” - ITA). Os bene-ficiários destes dois regimes devem cumprir certos requisitos em termos de valor acrescentado, tecnologia usada e adequação industrial.

As atividades e produtos que beneficiam dos incentivos fiscais denominam-se por “atividades promovidas” ou “produtos promovidos” de acordo com a Lei de Investimento (“Investment Act”) de 1986.

(i) Estatuto pioneiro

A empresa à qual se lhe conceda o Estatuto Pioneiro desfrutará de uma isenção parcial de 5 anos no IRC. Assim, pagaria IRC sobre 30% dos seus rendimentos legais12, contando-se o período de isenção a partir do “dia de produção”

(de-finido como o dia em que o nível de produção atinge 30% da sua capacidade). As deduções de capital não absorvidas e os prejuízos acumulados durante o período pioneiro podem transferir-se e deduzem-se dos rendimentos no pe-ríodo pós pioneiro da empresa.

(ii) Desagravamento fiscal por investimento (ITA)

A ITA existe como alternativa ao Estatuto Pioneiro e dá direito a um desagra-vamento de 60% sobre as despesas elegíveis (fábrica, instalações, maquinaria ou outros equipamentos utilizados para o projeto aprovado) que se realizem num prazo de 5 anos a partir da data da primeira despesa.

A empresa pode compensar esta dedução contra 70% dos seus rendimentos legais por cada ano fiscal. O desagravamento que não se utilize pode ser com-pensado nos anos posteriores até ser utilizado por completo. O restante 30% dos rendimentos legais serão tributados de acordo com a taxa de IRC vigente.

23

12 Os rendimentos legais são os obtidos após deduzir as despesas dos rendimentos e reduções de

capital dos rendimentos ilíquidos.

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

(24)

1.2. Incentivos para empresas de alta tecnologia

As empresas de alta tecnologia são empresas responsáveis por promover ati-vidades ou a produção destes produtos promovidos em áreas de novas tecno-logias emergentes.

Uma empresa de alta tecnologia poderá beneficiar de:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC por 100% dos rendimentos legais por um período de 5 anos. Os desagravamentos de capital que não se absorvam, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos dos rendimentos no pe-ríodo “pós pioneiro” da empresa; ou

(ii) ITA de 60% sobre as despesas elegíveis incorridas dentro do prazo de 5 anos desde a data da primeira despesa. O desagravamento pode ser usado para compensar 100% dos rendimentos legais para cada ano fiscal. Os desagravamentos não utilizados podem ser compensados até ao seu uso total.

As empresas de alta tecnologia devem cumprir os seguintes requisitos:

(i) A percentagem de despesa local em I+D em despesas relacionadas com as vendas brutas deve ser ao menos de 1% anual. A empresa dis-põe de 3 anos desde a data de início das suas operações para cumprir este requisito;

(ii) O pessoal técnico e cientista com licenciaturas ou bacharelato com um mínimo de 5 anos de experiência deve representar pelo menos 15% do modelo.

24

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

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1.3. Incentivos para projetos estratégicos

Os projetos estratégicos referem-se a produtos ou atividades de interesse na-cional. Estas despesas normalmente implicam grandes investimentos de capi-tal com um longo período de execução. Têm tecnologia muito avançada, são integrados, geram extensos vínculos e têm um impacto significativo na econo-mia. Estes projetos poderão beneficiar de:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% sobre os rendimentos legais por um período de 10 anos. O desagravamento de capital que não seja absorvido, bem como os prejuízos incorridos durante o perío-do pioneiro, podem ser compensaperío-dos e deduziperío-dos após os rendimentos “pós pioneiro”; ou

(ii) ITA de 100% sobre as despesas elegíveis que ocorram dentro dos 5 anos a partir da data na que se incorreu na primeira despesa. O desa-gravamento pode ser compensado contra 100% dos rendimentos legais por cada ano fiscal. O desagravamento não utilizado pode ser compen-sado em anos subsequentes até o seu uso total.

25

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

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1.4. Incentivos para pequenas e médias empresas

Pequena e média empresa (PMEs)

A partir do ano 2009 a PME define-se como aquela empresa residente na Ma-lásia com um capital realizado de RM 2,5 milhões ou menos ao começo do ano fiscal, sem que tal empresa possa ser controlada por outra.

As PMEs podem beneficiar de uma taxa reduzida de 20% por rendimentos até RM 500,000. A taxa de tributação do resto dos rendimentos imputáveis mantém-se em 25%.

Empresas fabricantes em pequena escala

As empresas fabricantes em pequena escala constituídas na Malásia com fun-dos próprios que não excedam os RM 500,000 e com pelo menos 60% de acionistas malásios podem beneficiar dos seguintes incentivos:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% sobre os rendimentos legais por um período de 5 anos. O desagravamento de capital que não seja absorvido, bem como os prejuízos acumulados contraídos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos dos rendi-mentos “pós pioneiros” da empresa; ou

(ii) ITA de 60% sobre as despesas elegíveis incorridas no prazo de 5 anos. O desagravamento pode compensar-se contra 100% dos rendi-mentos legais por cada ano fiscal. O desagravamento não utilizado pode ser compensado nos anos seguintes até a sua plena utilização.

Para poder beneficiar do incentivo, a partir de 2 Março de 2012, as pequenas empresas têm que cumprir com os seguintes critérios:

(i) O valor acrescentado deve ser pelo menos de 25%; e

(ii) O rácio de gerência, manutenção técnica e superintendência (MTS) deve ser pelo menos de 20%.

26

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

(27)

1.5. Incentivos para a produção de maquinaria e equipamento

As empresas que fabriquem determinado tipo de maquinaria e equipamento podem optar por:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% sobre os rendimentos legais por um período de 10 anos. O desagravamento de capital que não seja absorvido, bem como as perdas incorridas durante o período pio-neiro, podem ser compensados e deduzidos após o referido período; ou

(ii) ITA por investimento de 100% das despesas elegíveis incorridas no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagra-vamento pode compensar-se contra os 100% dos rendimentos legais para cada ano fiscal. O desagravamento não utilizado pode ser compen-sado em anos subsequentes até ser totalmente utilizado.

27

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

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1.6. Incentivos pela utilização de biomassa de óleo de palma

As empresas que utilizam biomassa de óleo de palma para produzir produtos com alto valor acrescentado como partículas, fibras de densidade média, ma-deira contraplacada, polpa e papel podem beneficiar dos seguintes incentivos:

1.6.1 Novas empresas

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% dos rendimentos le-gais por um período de 10 anos. O desagravamento de capital que não seja absorvido, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após este período; ou

(ii) ITA de 100% que envolvam as despesas elegíveis incorridas no pe-ríodo de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagrava-mento pode ser compensado contra 100% dos rendidesagrava-mentos legais para cada ano fiscal. O desagravamento não utilizado pode ser compensado até ser totalmente utilizado.

1.6.2 Incentivos para empresas investidoras

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% dos rendimentos le-gais por um período de 10 anos. O desagravamento de capital que não seja absorvido, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após este período; ou

(ii) ITA de 100% sobre as despesas elegíveis incorridas no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagravamento pode compensar-se contra 100% dos rendimentos legais para cada ano fiscal. O desagravamento não utilizado pode ser compensado até ser total-mente utilizado.

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2) Incentivos para a indústria aeroespacial

A indústria de desenvolvimento aeroespacial é uma das áreas estratégicas, identificadas pelo Governo, e inclui atividades que direta e indiretamente contribuam para o desenho e desenvolvimento, construção, operação, manu-tenção e eliminação dos produtos aeroespaciais: naves espaciais, aviões, mís-seis, foguetes, lançador, a comunicação, navegação e sistemas de navegação (CNS).

Desde Janeiro de 2010, a indústria dispõe de incentivos fiscais com o objetivo de converter a Malásia no centro global da indústria aeroespacial na região Ásia-Pacífico. O pacote de incentivos centrar-se-á no desenho, fabricação e montagem, grupo operador, apoio e grupo supervisor.

(i) As atividades de investigação, desenvolvimento e desenho beneficiarão de: - Isenção do IRC por um período de 5 a 15 anos dependendo do nível de investimento, valor acrescentado, tecnologia e outros critérios.

(ii) Grupo operador, que consiste na exploração de helicópteros, charter, jets executivos para voos recreativos, poderá beneficiar de:

- ITA de 100 % sobre as despesas elegíveis por um período de 10 anos sujeito ao investimento em ativos fixos em mais de RM 150 milhões em 5 anos.

(iii) Grupo de apoio, que consiste em atividades de reparação e renovação (MRO - siglas em inglês) e a formação no setor aeroespacial, certificação e manutenção, poderá beneficiar de:

- Isenção do IRC de 100% sobre os rendimentos legais por um período de até 10 anos para as empresas que oferecem serviços MRO e serviços relacionados com a fabricação de produtos aeroespaciais terminados. - Isenção do IRC de 100% sobre os rendimentos legais por um período de até 15 anos para empresas cuja atividade consista em conversão, atualização e renovação ou nova fabricação de produtos aeroespaciais terminados.

- ITA de 60% sobre as despesas elegíveis incorridas num período de 5 anos por empresas MRO que trabalhem na Malásia, que levem a cabo atividades de expansão, modernização ou automatização ou a diversifi-cação dos seus negócios atuais para os produtos relacionados na mes-ma indústria ou;

- Dupla dedução das despesas efetuadas pelos empregadores que pro-porcionem cursos de conversão e de instrução de pilotos.

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(iv) Os cursos de conversão e de instrução de pilotos contam com uma dupla dedução nas despesas incorridas pelos empregadores na formação de empre-gados.

(v) Grupo regulador que consista em empresas que realizem a certificação aeroespacial, desenvolvimento regular, provas e atividades de avaliação e li-cenciamento podem beneficiar de:

- Estatuto pioneiro com uma isenção do IRC de 100% sobre os rendi-mentos legais durante 5 anos; ou

- ITA de 60% sobre as despesas elegíveis incorridas durante 5 anos.

3) Incentivos para a indústria biotecnológica

Principais incentivos para empresas biotecnológicas

Às empresas que desenvolvam atividades biotecnológicas e se lhes tenha sido concedido o Estatuto Bionexus pela Malaysian Biotechnology Corporation

Sdn. Bhd beneficiarão dos seguintes incentivos:

(i) Isenção do IRC sobre 100% dos seus rendimentos legais:

- por um período de 10 anos consecutivos a contar desde o primeiro ano em que a empresa obtém rendimentos pelo novo negócio; ou - por um período de 5 anos consecutivos a contar desde o primeiro ano em que a empresa obtém rendimentos da empresa existente e projeto de expansão.

(ii) Isenção de 100% sobre os seus rendimentos legais por um novo negócio ou projeto de expansão que equivalha a um desagravamento de 100% das despesas elegíveis incorridas durante um período de 5 anos.

(iii) O Estatuto Bionexus dá direito a aplicar uma taxa do IRC de 20% sobre os rendimentos legais de atividades elegíveis durante um período de 10 anos desde a terminação do período de isenção fiscal.

(iv) Isenção de tributação sobre dividendos distribuídos por uma empresa com Estatuto Bionexus.

(v) Dupla dedução em despesas incorridas por I+D.

(vi) Dupla dedução sobre a despesa incorrida para a promoção de exportações.

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(vii) Os edifícios utilizados só para atividades relacionadas com a biotecno-logia poderão acolher o desagravamento por Edifício Industrial que se pode solicitar durante um prazo de 10 anos.

(viii) Uma empresa ou particular que invista numa empresa com Estatuto Bio-nexus tem direito a uma dedução fiscal equivalente ao total do investimento realizado na fase embrionária e financiamento inicial.

4) Incentivos para a indústria do turismo

Os projetos de turismo, incluindo projetos de eco-turismo e agroturismo, po-derão beneficiar de incentivos fiscais. Isto inclui negócios de hotelaria, projetos turísticos dentro e fora de parques temáticos, construções de recintos de férias, projetos de atividades recreativas, incluindo campos e construção de centros de convenções com capacidade para 3.000 pessoas.

Os negócios de hotelaria incluem: - Construção de novos hotéis.

- Expansão/ modernização de hotéis existentes. 4.1 Incentivos para projetos de hotelaria e turismo

As empresas que realizem novos investimentos de hotéis de 1 a 5 estrelas (na Península) e de 1 a 3 estrelas (em Sabah/ Sarawak) usufruirão dos seguintes incentivos:

(i) Estatuto Pioneiro

A empresa à qual lhe seja concedida um Estatuto Pioneiro usufruirá durante 5 anos de uma isenção no IRC de 70% sobre o aumento dos rendimentos legais, a partir do dia de produção determinado pelo “Ministry of International Trade

and Industry” - MITI (Ministério de Comércio Internacional e Indústria).

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(ii) ITA

Como alternativa ao Estatuto Pioneiro, uma empresa a que seja concedida a ITA obtém um desagravamento de 60% sobre as despesas elegíveis incorridas no prazo de 5 anos desde a data em que ocorre a primeira despesa.

As empresas podem compensar este desagravamento contra 70% dos rendi-mentos legais no ano fiscal. Qualquer desagravamento não utilizado pode ser compensado em anos subsequentes até ao seu uso completo.

(iii) Incentivos majorados para novos investimentos em projetos de hotelaria e turismo.

As empresas que desenvolvam novos investimentos em hotéis de 4 e 5 es-trelas nos estados de Sabah e Sarawak beneficiarão dos seguintes incentivos:

- Estatuto pioneiro, com isenção do IRC em 100% dos rendimentos le-gais durante um prazo de 5 anos. O desagravamento de capital bem como os prejuízos acumulados durante o período pioneiro podem ser compensados e deduzidos dos rendimentos pós pioneiros.

- ITA pelo investimento de 100% das despesas elegíveis que se realizem no prazo de 5 anos. O desagravamento pode ser compensado contra 100% dos rendimentos legais em cada ano fiscal. Os desagravamentos que não sejam utilizados podem ser compensados em anos posteriores até serem totalmente utilizados.

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(iv) Incentivos por reinvestimento em hotéis e projetos de turismo

As empresas que reinvistam na expansão e modernização de hotéis e proje-tos de turismo podem aceder ao Estatuto Pioneiro ou aos desagravamenproje-tos fiscais:

- Estatuto Pioneiro com isenção do IRC de 70% dos rendimentos legais por um período de 5 anos. As deduções de capital não absorvidas e os prejuízos acumulados durante o período pioneiro podem ser transferi-dos e deduzitransferi-dos da receita pós pioneira da empresa.

- ITA pelo investimento de 60% das despesas elegíveis que se realizem dentro do período de 5 anos. O desagravamento pode compensar-se contra os 70% dos rendimentos legais em cada ano fiscal. Os desagra-vamentos que não sejam utilizados podem ser compensados em anos posteriores até serem totalmente utilizados.

As empresas podem solicitar o Estatuto Pioneiro ou ITA nos dois primeiros ciclos de reinvestimento. No terceiro ciclo as empresas somente beneficiariam do ITA.

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4.2 Incentivos adicionais para o setor turístico

(i) Dupla dedução em promoções no exterior

Os hotéis e operadores turísticos podem beneficiar de uma dupla dedução por despesas incorridas em atividades promocionais no exterior. As despesas elegíveis são:

- Despesas em publicidade e anúncios em qualquer médio de comuni-cação fora da Malásia;

- Despesas em publicação de brochuras, revistas e guias incluindo despe-sas de entrega que não sejam cobradas a desenhadores de fora do país; - Despesas com prospeção de mercado dentro de novos mercados no exterior, sujeitos à aprovação prévia do Ministério de Turismo e Cultura - “Ministry of Tourism and Culture”;

- Despesas que incluam viagens a qualquer outro país, que não seja Ma-lásia, para negociar ou fazer contratos para publicitar ou participar em feiras comerciais, para conferências ou fóruns aprovados pelo Ministé-rio de Turismo. Estas despesas não podem ultrapassar os RM 300 por dia de alojamento e RM 150 por dia de alimentação, durante a estadia fora do país.

- Despesas na organização de feiras comerciais, conferências ou fóruns aprovados pelo Ministério de Turismo; e

- Despesas na manutenção de escritórios de vendas no estrangeiro com o propósito de promover o turismo na Malásia.

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5) Incentivos por gestão ambiental

5.1 Incentivos para o armazenamento, tratamento e eliminação de tóxicos e resíduos perigosos

Concedem-se incentivos para fomentar o estabelecimento de instalações ade-quadas para armazenar, tratar e eliminar substâncias tóxicas e perigosas. As empresas dedicadas a estas três atividades de forma integrada podem bene-ficiar de:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 70% dos rendimentos legais por um período de 10 anos. Os desagravamentos de capital que não sejam absorvidos, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após este período; ou

(ii) ITA pelo investimento de 60% das despesas elegíveis incorridas no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagra-vamento pode ser compensado contra 70% dos rendimentos legais por cada ano fiscal. Os desagravamentos não utilizados podem ser compen-sados até serem totalmente utilizados.

5.2 Incentivos por atividades de reciclagem de resíduos

As empresas dedicadas à reciclagem de resíduos com alto valor acrescentado e que usem alta tecnologia podem beneficiar do Estatuto Pioneiro ou ITA. Es-tas atividades incluem a reciclagem de resíduos agrícolas ou subprodutos agrí-colas, reciclagem dos produtos químicos e a produção de tábuas de madeira ou produtos reconstituídos.

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 70% dos rendimentos legais por um período de 10 anos. Os desagravamentos de capital que não sejam absorvidos, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após este período; ou

(ii) ITA pelo investimento de 60% das despesas elegíveis incorridas no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagra-vamento pode ser compensado contra 70% dos rendimentos legais por cada ano fiscal. Os desagravamentos não utilizados podem ser compen-sados até serem totalmente utilizados.

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5.3 Incentivos por conservação de energia

(i) Empresas fornecedoras de serviços de conservação de energia

Tanto para reduzir os custos operativos como para promover a preservação do ambiente, as empresas fornecedoras de serviços de conservação de energia podem beneficiar dos seguintes incentivos:

i. Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% dos rendimentos legais por um período de 10 anos. Os desagravamentos de capital que não sejam absorvidos, bem como os prejuízos incorridos durante o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após este período; ou ii. ITA pelo investimento de 100% sobre as despesas elegíveis incorridas no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desa-gravamento pode ser compensado contra 100% dos rendimentos legais por cada ano fiscal. Os desagravamentos não utilizados podem ser com-pensados até serem totalmente utilizados.

As empresas devem levar a cabo os seus projetos dentro de um ano desde a data de aprovação.

(ii) Empresas dedicadas à conservação da energia para consumo próprio

As empresas dedicadas à conservação de energia para o consumo próprio podem beneficiar de um ITA de 100% nas despesas elegíveis incorridas num período de 5 anos. O desagravamento pode ser compensado contra os 100% da rendimentos legais para cada ano fiscal. Os desagravamentos não utiliza-dos podem ser compensautiliza-dos em anos subsequentes até serem totalmente utilizados.

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5.4 Incentivos por atividades que geram energia utilizando recursos de energia renovável

As empresas dedicadas à produção de energia a partir da biomassa, hidroelé-trica (sem exceder os 10 MW de capacidade) e solar podem beneficiar de:

(i) Estatuto pioneiro com isenção do IRC de 100% dos rendimentos legais por um período de 10 anos. Os desagravamentos de capital que não sejam absorvidos, bem como os prejuízos incorridos duran-te o período pioneiro, podem ser compensados e deduzidos após esse período; ou

(ii) ITA pelo investimento de 100% sobre as despesas elegíveis incorri-das no período de 5 anos desde que se realiza a primeira despesa. O desagravamento pode ser compensado contra os 100% dos rendimen-tos legais para cada ano fiscal. Os desagravamenrendimen-tos não utilizados po-dem ser compensados até serem totalmente utilizados.

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6) Incentivos por I+D

A promoção de investimentos da Lei de 1986 define investigação e desenvol-vimento como “qualquer sistema ou estudo intensivo no campo da ciência ou da tecnologia com o objetivo de usar os resultados do estudo para a produção ou melhoria de materiais, dispositivos produtos, produção ou processos”, mas não inclui:

- controlo de qualidade ou ensaios de rotinas de materiais, dispositivos, produtos ou produção;

- investigações nas ciências sociais ou humanitárias; - recolha sistemática de dados;

- inquéritos de eficiência ou estudos de gestão; nem - estudos de mercado ou a promoção de vendas.

Para uma maior integração de atividades de I+D, as empresas que levem a cabo desenho, desenvolvimento e construção de protótipos como atividades independentes também beneficiarão dos incentivos.

6.1 Principais incentivos por I+D

(i) Contrato de empresas I+D

Um contrato de empresa I+D, isto é, uma empresa que fornece serviços I+D na Malásia a outra empresa com a que não esteja relacionada, poderá beneficiar de:

- Estatuto Pioneiro com isenção do IRC de 100% dos rendimentos legais por um período de 5 anos. O capital que não tenha sido absorvido bem como os prejuízos acumulados durante o período pioneiro podem ser compensados e deduzidos dos rendimentos pós pioneiro.

- ITA de 100% sobre as despesas elegíveis incorridas num período de 10 anos. O desagravamento pode ser compensado contra 70% dos rendi-mentos legais em cada ano fiscal. Os desagravarendi-mentos que não sejam utilizados podem ser compensados em anos posteriores até serem to-talmente utilizados.

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(ii) Empresas I+D

Uma empresa I+D, isto é, uma empresa que fornece serviços I+D na Malásia a outra empresa com a que está relacionada ou a qualquer outra empresa, beneficiará de um ITA de 100% sobre as despesas elegíveis incorridas durante 10 anos. O desagravamento pode ser compensado contra 70% dos rendimen-tos legais de cada ano fiscal. Qualquer desagravamento que não tenha sido utilizado pode ser compensado em anos posteriores até ser totalmente usado. Se a empresa de I+D optar por não acolher o desagravamento, as suas empre-sas vinculadas podem desfrutar de uma dupla dedução nos pagamentos feitos à empresa de I+D pelos serviços prestados.

Beneficiários:

Contratos e empresas I+D que cumpram os seguintes critérios podem solicitar os diferentes incentivos:

- As investigações realizadas devem estar de acordo com as necessida-des do país e trazer benefícios à economia;

- Pelo menos 70% dos rendimentos da empresa têm que ser de ativida-des I+D;

- Para o I+D com base em manufaturas, pelo menos 50% do modelo da empresa deve ser pessoal devidamente qualificado para realizar funções técnicas e de investigação; e

- Para a agricultura baseada em I+D, pelo menos 5% da força de tra-balho da empresa deve ser pessoal qualificado para a investigação e funções técnicas.

(iii) Investigação “in-house”

Uma empresa que realize investigação I+D “in-house” para alargar o seu negó-cio pode solicitar um ITA de 50% das despesas elegíveis que incorra durante 10 anos. O desagravamento pode ser compensado contra 70% dos rendimentos legais em cada ano fiscal. Qualquer desagravamento que não tenha sido uti-lizado pode ser compensado nos anos posteriores até ser totalmente usado.

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(iv) Incentivos por reinvestimento em atividades I+D

As atividades e empresas I+D mencionadas nas categorias (i)-(iii) beneficiarão de uma segunda ronda do Estatuto Pioneiro por outros 5 anos ou ITA por 10 anos.

(v) Incentivos para a comercialização de I+D públicos

Para impulsionar a comercialização das descobertas dos recursos I+D de inves-tigações de institutos públicos, poderão conceder-se os seguintes incentivos:

a. A empresa que invista nas suas filiais comprometidas na comerciali-zação dos resultados do I+D beneficiará da dedução de impostos equi-valente à quantidade de investimento feito na empresa filial; e

b. A empresa filial que impulsiona a comercialização dos resultados do I+D beneficiará do Estatuto Pioneiro com a isenção do IRC de 100% dos seus rendimentos legais durante 10 anos.

O incentivo outorga-se com as seguintes condições:

a. Que ao menos 70% da empresa investidora (empresa holding) e a empresa impulsora do projeto de comercialização sejam propriedade de malásios;

b. A empresa que investe deve possuir pelo menos 70% do capital da empresa que comercializa os resultados da I+D;

c. A comercialização dos resultados do I+D deve ser posta em marcha no período de um ano desde a data de aprovação dos incentivos.

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6.2. Incentivos adicionais por I+D

(i) Dupla dedução por I+D

- Uma empresa pode desfrutar de uma dupla dedução das suas despesas (não de capital) por investigação, assumida e aprovada pelo Ministério das Finanças - “Ministry of Finance”.

- A dupla dedução também se pode solicitar por donativos em numerário ou doações a institutos de investigação homologados, e os pagamentos pelo uso dos serviços de institutos de investigação homologados, empresas de investi-gação homologados, contratos e empresas I+D.

- As despesas I+D homologadas realizadas durante o período de desagrava-mento fiscal por empresas às quais tenha sido concedido o Estatuto Pioneiro podem ser acumuladas e deduzidas após este período.

- Despesas em atividades I+D realizadas no estrangeiro, incluindo a formação de pessoal da Malásia, serão consideradas, para efeitos da dupla dedução, caso a caso.

(ii) Incentivos para investigadores que comercializam resultados da investigação

Aos investigadores que impulsionem investigações centradas na criação de valor se-lhes-á outorgada uma isenção fiscal de 50% durante 5 anos sobre os rendimentos que recebam pela comercialização dos resultados das investi-gações. O impulso tem que ser verificado pelo Ministério de Ciência, Tecnolo-gia e Inovação - “Ministry of Science, Technology and Innovation”.

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7) Incentivos para o transporte marítimo e para a indústria do

transporte

7.1 Isenção fiscal pelas operações de envio

Os rendimentos de uma empresa de transporte derivados da exploração de navios malásios têm uma isenção fiscal de 70% a partir do ano fiscal 2012. Este incentivo só se aplica a residentes. Um “navio malásio” define-se como um navio de navegação marítima registado segundo a Portaria Marítima Mercan-te de 1952 - “Merchant Shipping Ordinance” (com as suas modificações), que não seja ferry, barcaça, rebocador, navio de fornecimento, transporte de tri-pulação, navio ligeiro, draga, barco de pesca ou outras embarcações similares Os rendimentos de qualquer pessoa provenientes do exercício como empre-gado a bordo de um navio malásio estão isentos de impostos. Os rendimentos recebidos por um não residente que aluga contentores ISO às empresas navais da Malásia também estão isentos de IRC.

7.2 Isenção de imposto sobre as vendas em geradores e reboques

Os transportadores de contentores estão isentos de impostos sobre as vendas de novos geradores e reboques fabricados na Malásia.

8) Incentivos TIC (MSC MALAYSIA)

8.1 Principais incentivos para Empresas MSC (Estatuto Malásia)

O que é o MSC Malaysia?

O MSC Malaysia foi constituído para ser um centro de primeira ordem para o desenvolvimento e o fomento da indústria das tecnologias de informação no país.

“MSC Malaysia Status” é o reconhecimento outorgado pelo Governo da Ma-lásia através da Sociedade de Desenvolvimento de Multimédia - “Multimédia

Development Corporation” para as empresas que participam e realizam

ativi-dades TIC no MSC Malásia.

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As empresas multimédia com Estatuto MSC Malásia que operam nas ciberci-dades ou cibercentros MSC Malásia poderão solicitar os seguintes incentivos:

(i) Estatuto Pioneiro com isenção fiscal de 100% sobre os rendimentos legais por um período de 10 anos; ou ITA de 100% sobre as despesas elegíveis em que se incorra num período de 5 anos para se compensar contra 100% dos rendimentos legais para cada ano fiscal.

(ii) Possibilidade de candidatura a subvenções I+D. Outros benefícios

(i) Importação de equipamentos multimédia livre de tarifas.

(ii) Proteção da propriedade intelectual e enquadramento integral de legislação cibernética.

(iii) Sem censura na Internet.

(iv) Infra-estruturas físicas e de TI de classe mundial.

(v) Tarifas competitivas a nível mundial de serviços de telecomunicações.

(vi) Consultoria e assistência pela Sociedade Multimédia de Desenvolvi-mento para empresas no âmbito de MSC Malásia.

(vi) Desenvolvimento urbano planificado e de alta qualidade.

(vii) Excelentes instalações de I+D.

(viii) Ambientes verdes e protegidos.

(ix) Isenção sobre os direitos aduaneiros, impostos especiais e imposto sobre as vendas de maquinaria, equipamentos e materiais.

8.1 Incentivos pelo uso de tecnologias da informação e da comunicação

Deduções das despesas de funcionamento

As empresas podem usufruir de uma dedução das despesas de funcionamen-to, incluindo despesas com consultores relacionadas com o uso das TIC para melhorar os processos de gestão e produção.

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9) Incentivos por Sede Operativa - “Operational Headquarters”

O que é uma OHQ?

Uma OHQ refere-se, geralmente, a uma empresa que proporciona serviços de apoio a escritórios ou empresas vinculadas de forma regional ou global. Pode a OHQ desfrutar de benefícios fiscais?

Sim, as empresas que estabeleçam um OHQ na Malásia podem candidatar-se ao programa de incentivos OHQ. Para isso, as empresas deverão reunir os seguintes critérios:

- Estar constituídas dentro do país de acordo com a Lei de Sociedades de 1965;

- O capital mínimo capital mínimo realizado é de RM 0.5 milhões; - O mínimo total de despesas em operações é de RM 1.5 milhões por ano; - Nomear pelo menos três altos cargos profissionais/ gerentes;

- Servir pelo menos a três empresas vinculadas fora da Malásia;

- Ter uma rede importante e bem estabelecida de empresas fora da Ma-lásia e que empreguem um número significativo e substancial de profis-sionais qualificados;

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- Levar pelo menos três serviços qualificados. Estes serviços qualificados são:

1) gestão e administração geral;

2) planeamento e coordenação de negócios;

3) coordenação da aquisição de matérias primas, componentes e produtos terminados;

4) suporte e manutenção técnica;

5) planeamento do controlo de marketing e promoção de vendas; 6) processamento de dados e gestão da informação;

7) investigação e desenvolvimento levado a cabo na Malásia, em nome de empresas e escritórios vinculados fora da Malásia;

8) Formação e gestão de pessoal dos escritórios ou empresas vin-culadas;

9) tesouraria e serviços de gestão de fundos aos seus escritórios ou empresas vinculadas, o que inclui:

a) dar facilidades de crédito às empresas vinculadas fora da Ma-lásia em divisas diferentes do ringgit;

b) transações ou investimento em ações, participações e valores (incluindo obrigações, certificados de depósito e obrigações do tesouro) em moeda estrangeira que se emitam dentro ou fora da Malásia;

c) investimento nos depósitos em moeda estrangeira com bancos nacionais, bancos islâmicos internacionais com licença dentro e fora da Malásia;

d) operações em moeda estrangeira e swaps de taxas de juro/ de moeda com fins de cobertura realizados em moeda estrangeira e efetuados através de bancos onshore e com licença Labuan. 10) serviços de assessoria financeira para os seus escritórios ou empresas vinculadas.

Os fundos para levar a cabo as atividades de tesouraria e gestão de fundos só se conseguirão através de créditos proporcionados pelos bancos autorizados na Malásia e bancos onshore em Labuan, ou do capital realizado da empresa, ou de ganhos acumulados dos seus escritórios, ou de empréstimos proceden-tes de fora da Malásia.

Uma empresa à que se lhe conceda o Estatuto OHQ e incentivos pelo artigo 127º da Lei de Imposto sobre o Rendimento de 1967 - “Income Tax Act”, permi-te-se-lhe 100% da participação estrangeira no capital social.

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Quais são os incentivos?

As empresas às quais se lhes conceda o Estatuto OHQ desfrutam de uma isenção do IRC por um período de 10 anos, por rendimentos procedentes de:

- Rendimentos de negócio: aqueles surgidos de serviços proporciona-dos por uma empresa OHQ aos seus escritórios ou a empresas vincu-ladas.

- Juros: rendimentos derivados de juros sobre empréstimos em moeda estrangeira de empréstimos outorgados por uma empresa OHQ, os seus escritórios ou empresas vinculadas.

- Royalties: recebidos pelos trabalhos em I+D realizados na Malásia por uma empresa OHQ em favor dos seus escritórios ou das empresas vin-culadas.

Os rendimentos gerados por uma empresa OHQ na prestação de serviços abrangidos por incentivos aos seus escritórios e empresas vinculadas na Ma-lásia não serão taxadas durante o período de isenção de impostos, desde que ditos rendimentos não excedam de 20% do seu rendimento global obtido pela prestação de serviços qualificados.

Que outros benefícios existem?

Uma empresa OHQ pode também desfrutar dos seguintes benefícios:

- Uso dos serviços profissionais de empresas estrangeiras, sempre que tais serviços não estejam disponíveis a nível local;

- Aquisição de ativos fixos, sempre que os ditos ativos se utilizem com o propósito de desenvolver as operações da OHQ;

- Expatriados que trabalhem em empresas OHQ são tributados só so-bre a parte do seu rendimento imputável à quantidade de dias em que se encontram na Malásia. As empresas que solicitam o estatuto OHQ podem solicitar um posto de expatriado, incluindo cargos fixos. A apro-vação conceder-se-á em função do capital da empresa, com a condição de que esta tenha um capital mínimo realizado de RM 500.000.

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10) Incentivos para Centros Internacionais de Compras

- “International Procurement Centres” IPC / Centros de

Distribuição Regional - “Regional Distribution Centres”

RDC

O que é um IPC?

O IPC é uma empresa local que gere um negócio na Malásia para realizar com-pra e venda de matérias-primas, componentes e produtos finalizados para um grupo de empresas vinculadas e não vinculadas na Malásia e fora do país. O que é um RDC?

É um centro de recolha e consolidação para produtos terminados, componen-tes e trocas produzidos por um grupo de empresas para a sua própria marca com o fim de serem distribuídos aos concessionários, importadores ou filiais ou outras companhias não relacionadas dentro ou fora do país.

Que requisitos se devem cumprir para obter o estatuto de IPC ou RDC? As empresas que reúnam os seguintes critérios podem solicitar o estatuto IPC/RDC:

a) Constituída no país de acordo com a Lei de Sociedades 1965; b) Capital mínimo realizado de RM 0.5 milhões;

c) Total mínimo de despesas em operações de RM 1.5 milhões por ano; d) Uso adicional dos portos e aeroportos da Malásia;

e) Mínimo anual de vendas de RM 50 milhões a partir do terceiro ano de operações;

f) As vendas nacionais não ultrapassarão o 20% do total anual. Não mais de 30% do volume de negócios anual provirá da obtenção de bens fora da Malásia ao estrangeiro através de drop “shipment”;

g) Os requerentes do IPC devem ter um local de fabricação na Malásia. Pode o capital ser detido a 100% por sócios estrangeiros?

Sim, uma empresa à qual tenha sido concedido o Estatuto IPC/RDC pode ter 100% da participação estrangeira no capital social.

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Que incentivos existem?

a) Isenção fiscal pelos rendimentos legais durante 10 anos;

b) Os dividendos distribuídos a partir do rendimento isento também estarão fiscalmente isentos nas mãos dos acionistas.

Que critérios se exigem para desfrutar dos anteriores incentivos?

Para poder desfrutar dos incentivos anteriores, uma empresa à qual tenha sido concedido o Estatuto IPC/RDC deve cumprir com os seguintes requisitos adicionais:

a) O volume de negócios anual deve ser de pelo menos RM 100 mil-hões, dos quais o valor anual das vendas de exportação tem que supe-rar os RM 80 milhões e o valor das vendas de exportação direta atingir os RM 50 milhões em relação com as atividades qualificadas no período base de um ano fiscal.

b) Limita-se a 20% do volume de negócios as vendas para o mercado nacional, incluindo vendas às zonas francas e armazéns para fabricação licenciada.

Existem benefícios adicionais?

Sim, uma empresa certificada com o Estatuto IPC/RDC desfrutará dos seguin-tes benefícios:

a) Postos de expatriados baseados nos requisitos do IPC/RDC;

b) Importar matérias-primas, componentes ou produtos terminados com isenção de direitos de alfândega nas zonas francas industriais, zo-nas francas comerciais, armazém de fabricação segundo licença e ar-mazém de alfândega para a reembalagem, consolidação de carga e a integração antes da sua distribuição aos consumidores finais;

c) Os expatriados em empresas IPC/RDC pagarão impostos apenas sobre a parte do seu rendimento relacionada com a sua estadia na Malásia.

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

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Podem-se contratar trabalhadores expatriados?

Sim, as empresas que solicitam o Estatuto IPC/RDC também podem solicitar postos para trabalhadores expatriados. A aprovação está sujeita à existência de um capital mínimo realizado de RM 500.000.

III.- APOIOS

E INCENTIVOS

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IV.- INVESTIR

NA MALÁSIA

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IV.- INVESTIR

NA MALÁSIA

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1.- Que tipos de sociedades existem na Malásia?

Em virtude da Lei de Sociedades (LS), “Companies Act” de 1965, são dois os tipos de sociedades que se podem constituir:

a) Sociedade Privada: “Sendirian Berhad” ou “Sdn. Bhd”, cujas ações não se podem oferecer ao público;

b) Sociedade Pública: “Berhad” ou “Bhd”, cujas ações se podem ofere-cer ao público.

2.- Que requisitos devem cumprir este tipo de sociedades?

a) Um mínimo de dois sócios/ acionistas (Artigo 14º da LS); b) Um mínimo de dois administradores (Artigo 122º da LS); c) Um secretário da sociedade (pessoa singular);

d) Um capital social autorizado mínimo de RM 100.000 e capital mínimo rea-lizado de RM 2,00.

3.- Qualquer pessoa pode ser sócio?

Sim, não há restrições baseadas na nacionalidade, e a residência na Malásia não é obrigatória. Os sócios podem entrar no país com um visto para visitan-tes. Recordamos que os cidadãos portugueses podem permanecer até 30 dias com o seu passaporte.

4.- Qualquer pessoa pode exercer o cargo de administrador

da sociedade?

Não, só aquelas pessoas cujo principal ou único local de residência seja a Ma-lásia podem exercer o cargo de administradores.

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5.- Qualquer pessoa pode exercer o cargo de secretário da

sociedade?

Não, só aquelas pessoas cujo principal ou único local de residência seja na Malásia podem exercer o cargo de secretário da sociedade. Para além disso, deverá ser:

a) Membro de uma ordem profissional, nos termos definidos pelo Mi-nistério de Comércio Interno e Consumo (“Ministry of Domestic Trade

and Consumer Affairs”); ou

b) Possuir uma licença do Registo Comercial (“Companies Commission

of Malaysia”).

6.- Quando se celebra a Assembleia Geral Ordinária?

A Assembleia Geral Ordinária deve celebrar-se uma vez por ano e nunca deve-rá decorrer mais de 15 meses desde a celebração da Assembleia precedente (Artigo 143º da LS).

7.- Existe o depósito de contas?

Sim, as contas devem ser depositadas no Registo Comercial no prazo de um mês desde a celebração da Assembleia Geral Ordinária (Artigo 165º da LS), e a documentação contabilística deve conservar-se durante 7 anos.

IV.- INVESTIR

NA MALÁSIA

Referências

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