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REGULAMENTO DELEGADO (UE) /... DA COMISSÃO. de

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COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, 26.5.2016 C(2016) 3020 final

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 26.5.2016

que complementa a Diretiva 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos mercados de instrumentos financeiros no que se refere às normas técnicas de regulamentação para determinação de um mercado significativo em termos de liquidez

em relação às notificações das suspensões temporárias de negociação

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EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

1. CONTEXTODOATODELEGADO

Nos termos do artigo 48.º, n.º 5, da Diretiva 2014/65/UE relativa aos instrumentos financeiros (MiFID II), os Estados-Membros devem exigir que os mercados regulamentados possam interromper ou restringir a negociação se houver uma variação significativa dos preços de um instrumento financeiro nesse mercado ou num mercado conexo durante um período curto, assim como, em casos excecionais, para poder suprimir, alterar ou corrigir qualquer transação que tenha sido efetuada. Os parâmetros utilizados para decidir interromper a negociação, bem como qualquer alteração significativa desses parâmetros, devem ser comunicados à autoridade competente que, por sua vez, os deve comunicar à ESMA. Este requisito é extensível aos MTF e OTF por força do artigo 18.º, n.º 5, da MiFID II.

Neste contexto, o artigo 48.º, n.º 12, alínea d), da MiFID II exige que a ESMA redija projetos de normas técnicas de regulamentação para especificar mais pormenorizadamente a definição dos casos em que um mercado regulamentado é relevante em termos de liquidez num dado instrumento financeiro para esse mercado. Os projetos de normas técnicas de regulamentação foram apresentados à Comissão em 28 de setembro de 2015. Em conformidade com o artigo 10.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 que institui a ESMA, a Comissão deve decidir, no prazo de três meses a contar da receção dos projetos de normas, aprovar ou não os mesmos. A Comissão pode igualmente aprovar os projetos de normas apenas parcialmente ou com alterações, se o interesse da União o requerer, tendo em conta o procedimento específico previsto nesses artigos.

2. CONSULTASPRÉVIASÀADOÇÃODOATO

Em conformidade com o artigo 10.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, a ESMA realizou uma consulta pública sobre os projetos de normas técnicas de regulamentação. Foi publicado um documento de consulta no sítio da ESMA em 19 de dezembro de 2014, tendo a consulta sido encerrada em 2 de março de 2015. Além disso, a ESMA solicitou a opinião do Grupo de Interessados do Setor dos Valores Mobiliários e dos Mercados, instituído nos termos do artigo 37.º do Regulamento ESMA. O grupo optou por não prestar aconselhamento sobre estas questões, devido à natureza técnica das normas.

Juntamente com os projetos de normas técnicas e em conformidade com o artigo 10.º, n.º 1, terceiro parágrafo, do Regulamento (UE) n.º 1095/2010, a ESMA apresentou a sua avaliação de impacto, incluindo a análise dos custos e benefícios associados aos projetos de normas técnicas. Esta análise encontra-se disponível em:

http://www.esma.europa.eu/system/files/2015-esma-1464_annex_ii_-_cba_-_draft_rts_and_its_on_mifid_ii_and_mifir.pdf

3. ELEMENTOSJURÍDICOSDOATODELEGADO

O presente regulamento clarifica quais os mercados regulamentados que devem ser considerados significativos em termos de liquidez para um instrumento financeiro específico de modo a que esses mercados disponham de sistemas e procedimentos adequados para notificar as autoridades competentes das suspensões das negociações. A norma diz respeito ao mesmo mercado regulamentado que a norma

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aplicável para efeitos de determinação do mercado com maior liquidez ao abrigo das regras de transparência relativas aos instrumentos de capital.

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REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 26.5.2016

que complementa a Diretiva 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos mercados de instrumentos financeiros no que se refere às normas técnicas de regulamentação para determinação de um mercado significativo em termos de liquidez

em relação às notificações das suspensões temporárias de negociação (Texto relevante para efeitos do EEE)

A COMISSÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Tendo em conta a Diretiva 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, relativa aos mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92/CE e a Diretiva 2011/61/UE1, nomeadamente o artigo 48.º, n.º 12, alínea e),

Considerando o seguinte:

(1) É necessário clarificar quais os mercados regulamentados que devem ser considerados significativos em termos de liquidez para cada tipo de instrumento financeiro, de modo a que esses mercados disponham de sistemas e procedimentos adequados para notificar as autoridades competentes das suspensões temporárias de negociação. (2) A Diretiva 2014/65/UE alarga o requisito relativo às suspensões das negociações aos

sistemas de negociação multilateral e aos sistemas de negociação organizados, pelo que é importante assegurar que os instrumentos financeiros negociados nessas plataformas também são abrangidos pelo âmbito de aplicação destas normas técnicas de regulamentação.

(3) É importante assegurar uma aplicação proporcionada do requisito de notificação. Após ter sido notificada de uma suspensão temporária da negociação, a autoridade competente é obrigada a avaliar se essa notificação deve ser divulgada ao resto do mercado e a coordenar, se necessário, uma resposta à escala do mercado. A fim de limitar a carga administrativa para as plataformas de negociação, apenas as plataformas com maior potencial de impacto à escala do mercado aquando da suspensão da negociação devem ser sujeitas à obrigação de notificação.

(4) Para instrumentos financeiros de capital e equivalentes, o mercado significativo em termos de liquidez deve ser a plataforma de negociação que tem o maior volume de negócios no instrumento financeiro em questão na União, uma vez que essa plataforma de negociação é a que tem maior potencial para ter um impacto à escala do mercado aquando da suspensão da negociação.

(5) Para os instrumentos financeiros não representativos de capital, o mercado significativo em termos de liquidez deve ser o mercado regulamentado onde o instrumento financeiro em questão foi admitido à negociação pela primeira vez. Se o instrumento financeiro não representativo de capital não estiver admitido à negociação

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num mercado regulamentado, o mercado significativo em termos de liquidez deve ser a plataforma de negociação onde foi negociado pela primeira vez. Deste modo, deverá garantir-se certeza relativamente a um leque de instrumentos financeiros complexos definindo um ponto de referência simples na plataforma de negociação na qual os eventos têm impactos significativos em termos de liquidez noutros mercados que negoceiem no mesmo instrumento financeiro, tipicamente devido à parte significativa de volumes executados nesse instrumento nessa plataforma de negociação.

(6) Por motivos de coerência e para garantir o bom funcionamento dos mercados financeiros, é necessário que as disposições previstas no presente regulamento e as disposições nacionais conexas que transpõem a Diretiva 2014/65/UE sejam aplicáveis a partir da mesma data. O presente regulamento tem por base os projetos de normas técnicas de regulamentação apresentados pela Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados à Comissão.

(7) A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados conduziu consultas públicas abertas sobre os projetos de normas técnicas de regulamentação que servem de base ao presente regulamento, analisou os seus potenciais custos e benefícios e solicitou o parecer do Grupo de Interessados do Setor dos Valores Mobiliários e dos Mercados, criado pelo artigo 37.º do Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho2,

ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

Mercado significativo em termos de liquidez

Para efeitos do artigo 48.º, n.º 5, segundo parágrafo, da Diretiva 2014/65/UE, o mercado significativo em termos de liquidez deve ser:

(a) No que diz respeito a ações, certificados de depósito, fundos de índices cotados (ETF), certificados e outros instrumentos financeiros similares, a plataforma de negociação que é o mercado mais significativo em termos de liquidez para o instrumento em questão conforme previsto no artigo 4.º do [Regulamento Delegado (UE) xxxx/xxxx da Comissão], de ..., relativo aos requisitos de transparência no que se refere a ações, certificados de depósito, fundos de índices cotados, certificados e outros instrumentos financeiros similares e à obrigação de negociação das empresas (RTS1)]3;

(b) No que diz respeito a instrumentos financeiros diferentes dos definidos na alínea a) que estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado, o mercado regulamentado em que o instrumento financeiro foi admitido à negociação pela primeira vez;

(c) No que diz respeito a instrumentos financeiros diferentes dos definidos na alínea a) que não estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado, a plataforma de negociação em que o instrumento financeiro foi negociado pela primeira vez.

2

Regulamento (UE) n.º 1095/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, que cria uma Autoridade Europeia de Supervisão (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados), altera a Decisão n.º 716/2009/CE e revoga a Decisão 2009/77/CE da Comissão (JO L 331 de 15.12.2010, p. 84).

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Artigo 2.º

Entrada em vigor e aplicação

O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no

Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é aplicável a partir da primeira data mencionada no artigo 93.º, n.º 1, segundo parágrafo, da Diretiva 2014/65/UE.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 26.5.2016

Pela Comissão O Presidente

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