FORRAGEIRAS
ALTERNATIVAS DE PASTOS PARA O
PERÍODO OUTONO-INVERNO
Estacionalidade da Produção
Médias de ganho de peso de novilhos mantidos em pastagens de Panicum
maximum cv. Colonião, Tobiatã e Tanzânia, Brachiaria decumbens e B. brizantha cv. Marandu, em diferentes épocas durante três anos.
* Pastejo contínuo (Euclides et al., 1993 a, b). ** Pastejo rotacionado (Euclides et al., 1999).
TÉCNICAS DE MANEJO USADAS PARA SE AJUSTAR A OFERTA DE ALIMENTO: Venda de animais terminados;
Uso de forrageiras com padrão de crescimento complementar;
Fornecimento de concentrado;
Adubação estratégica para prolongar o período de
crescimento das forrageiras;
Irrigação das pastagens; Diferimento das pastagens;
Fornecimento de forragem suplementar
Correa et al., 2000
Médias das taxas mensais de acúmulo de MS do capim Tanzânia, sem irrigação em 1995-1996, EMBRAPA São Carlos
Correa et al., 2000
Efeito suplementar do sorgo de pastejo na produção de matéria seca no sistema de pastagem convencional Rodrigues, 2000
Gramíneas tropicais – C4
HÍBRIDO DE SORGO
Cruzamento – Sorghum sudanensexSorghum bicolor Planta anual (sementes inviáveis)
Origem – nordeste da África
Cultivares no Brasil: AG 2501C (1998); 1P-400
(2002); BRS 800 entre outros
Principal objetivo – fornecer alimento de boa
qualidade no período em que as gramíneas tropicais perenes apresentam baixa produção – estacionalidade
Objetivos
Material e métodos
0 20 40 60 80 100 120jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
meses p rod u ção d e m at é ri a se ca (%) HSS Convencional Fonte: Rodrigues, 2000
Características
Crescimento – ereto Intenso perfilhamento Alto valor nutritivo Colmos tenros – 10%MS Tolerante ao déficit hídrico e temperaturas baixas Sensível à lagarta
Alto desempenho dos animais – produção de leite
ou carne
Flexibilidade de plantio Florescimento tardio
Manejo
Época de plantio – fevereiro–maio
(plantio direto)
Densidade de semeadura – 12 a 20 kg/ha
Espaçamento – 30- 80 cm (menor > perdas)
Altura de entrada – 0,8 a 1,0m
Altura de saída – 30 cm
Perdas – plantas muito altas – colmos finos –
acamamento e pisoteio
semeadura 40 cm 80 cm 1,70 m de altura 1,0 m de altura Resíduo 40 cmÉPOCA 1 (dez/04 a fev/ 05) % de MS Kg de MS/ha Entrada Resíduo PI na entrada Folha na entrada Resíduo Perdas Densidade semeadura (kg/ha) 20 11,7 10,8 3.212,4 1.160,5 1.472,5 721,3 16 11,5 12,7 3.283,2 1.337,1 1.534,8 794,7 12 11,4 11,6 3.207,9 1.176,9 1.554,2 779,3 Espaçamento (metros) 0,40 11,5 11,6 3.438,6ª 1.288,3 1.617,4 891,1ª 0,80 11,6 11,9 3.030,4b 1.160,1 1.423,7 639,2b Ciclo de pastejo 11/01/05 9,5b 7,1b 2.405,5b 1.207,1 781,7b 600,8b 16/02/05 13,6ª 16,3ª 4.063,5ª 1.238,9 2.259,4ª 929,4ª Simili, et al 2006
Perdas por pastejo - 2006
Vantagens
Flexibilidade de plantio
Alta produção e alto valor nutritivo no
outono-inverno
Tolerante à seca
Desempenho dos animais:
1,12 kg/animal/dia (Restle et al 2002)
18 – 20 kg de leite com 3 kg de
concentrado (Simili)
Desvantagens
Valor da semente – 15,00 reais/kg
não é resistente a falta de água prolongada–
safrinha – chuvas irregulares
Infestação de lagarta
Menos de 3 ciclos na safrinha – não
compensa plantar – prejuízo pro produtor
rural
Quantidade de ácido cianídrico (HCN)
Fator Antiqualitativo – Glicosídios
Cianogênicos
São compostos que contêm mono ou dissacarídeos ligados por nitrila.
Célula do mesófilo Célula da epiderme Citoplasma Citoplasma Célula rompida Tecidos do corpo Asfixia celular (colapso cardíaco geralmente
é a causa da morte)
CN liga-se ao Fe 3+ no citocromo da mitocondria. Isto evita o transporte de elétron necessário para a fosforilação oxidativa e produção de ATP
Glicose
Glicose
CN move-se rapidamente na corrente sanguínea para os tecidos do corpo Enzima quebra a Dhurrin
Parede ruminal Contem durina
Fator Antiqualitativo – Glicosídios
Cianogênicos
A liberação de cianeto se dá por ação enzimática ou por ácidos hidrolizáveis, que hidrolizam o glicosídio durante a mastigação.
A liberação desse grupamento nitrila e a geração de cianeto na planta esmagada depende da presença da
beta-glucosidase.
Muitas plantas apresentam glicosídios cianogênicos, mas não apresentam a enzima (Daday, 1954).
Fator Antiqualitativo – Glicosídios
Cianogênicos
Anoxia tecidual e insuficiência cardíaca e cerebral Hidrólise Célula HCN Sistema Citrocromo oxidase Inibe Impede a utilização de O2A enzima rhodanase, presente em tecido animal, detoxica o cianeto por conjugá-lo com enxofre na forma tiocianato (Williams, 1959; Scheline, 1978).
Como o cianeto é rapidamente detoxicado, a intoxicação ocorre apenas quando a quantidade consumida excede a capacidade de detoxicação do organismo, através de sua conversão em tiocianeto. Problemas crônicos também podem ocorrer quando o animal consome por longos períodos plantas com baixas concentrações.
Excitação, pupilas dilatadas Tremores musculares Dispnéia/traquipnéia Convulsões
Coma e morte
Fator Antiqualitativo – Glicosídios
Cianogênicos
Muitos microrganismos ruminais são capazes de utilizar o cianeto como fonte de nitrogênio não protéico (Van Soest, 1994).
Como sinais clínicos da intoxicação por glicosídios cianogênicos pode-se observar:
Durina
Durina é um glicosídio
cianogênico que ocorre em Sorghum vulgare, sudangrass e híbridos de sorgo.
Fator Antiqualitativo – Glicosídios
Cianogênicos
Envenenamento de bovinos pode ocorrer quando plantas jovens ou em crescimento são pastejadas(Reid and Jung, 1973).
Vacas pastejando sorgo sudão
Intoxicação por HCN
Planta contem glicosídeos cianogênicos e a enzima
-glicosidase
Estresse: falta de água, frio, pastejo e pisoteio –
rompimento as célula vegetal
Enzima transforma o composto glicosídeo cianogênico em
açúcar e ácido cianídrico (HCN)
pH do rúmen = 7,0 facilita a transformação
Quando ingerido e absorvido →HCN combina-se com a
hemoglobina para formar a cianohemoglobina, impedindo o transporte de O² para as células
Sintomas
Asfixia
Entorpecimento
Confusão mental
Cianose – sangue azul
Convulsões, coma
Dor de cabeça
Enfraquecimento muscular
Tratamento
Dissolver 20g de nitrito de sódio e 30 g
de hipossulfito de sódio em 500 ml de
água
40 ml/ 100 kg via endovenosa
Prevenir
HCN volátil – emurchecimento
Pastejo no sorgo acima de 60 cm de altura
Pastejo após 25 dias de descanso
A folha é a parte mais rica em glicosídeo
Safrinha
0 5 10 15 20 25 30 35
fev mar abr mai jun jul ago 0 100 200 300 400 500
precipitação temp máx temp mín
0 5 10 15 20 25 30 35
fev mar abr mai jun jul ago 0 100 200 300 400 500 0 5 10 15 20 25 30 35
fev mar abr mai jun jul ago 0 100 200 300 400 500 P re ci pi ta çã o p lu vi o m é tr ic a ( m m ) Te m pe ra tu ra º C 01/03 2004 2005 2006 17/03 10/03 17/04 02/06 19/05 04/07 03/05 12/07 1º Pastejo
1º Pastejo 2º Pastejo2º Pastejo
Experimento
Experimento
Irrigação
Irrigação
60 mm no mêsGramíneas tropicais – C4
MILHETOMILHETO
Pennisetum americanum
Gramínea tropical Planta anual Cultivares utilizados: milheto comum, BN1, BN2 e,
mais recentemente, BR 1501.
Origem – África - muito utilizado na alimentação
humana
Principal objetivo – alimento de boa qualidade
quando gramíneas tropicais perenes apresentam
produção → estacionalidade RAÍZES DE MILHETO –
MELHORIA DO SOLO
MELHORIA DO SOLO
Características
Crescimento – ereto Intenso perfilhamento Alto valor nutritivo Colmos tenros
Tolerante ao déficit hídrico e temperaturas baixas Alto desempenho dos animais – produção de leite
ou carne
Flexibilidade de plantio Florescimento precoce
Manejo
Época de semeadura – fevereiro – março (plantio
direto)
Densidade de semeadura – 12 a 20 kg/ha Espaçamento – 40 x 80 cm (menor > perdas) Altura de entrada – 50 a 70 cm (antes do
emborrachamento – estimula perfilhamento)
Altura de saída – 20-30 cm
Perdas – plantas muito altas – colmos finos –
acamamento e pisoteio
Vantagens
Flexibilidade de semeadura: Brasil Central
semeadura realizada no início da primavera - 80 a 150 dias; no início do verão, de 50 a 100 dias;
no início do outono, variará de 30 a 60 dias Alta produção e alto valor nutritivo Tolerante à seca
Sementes baratas
Pode-se colher a semente para ser utilizado mais tarde Produção de semente de 500 a 1.500kg/ha
Não é tóxica aos animais Desempenho animal – 950 g/dia
Desvantagens
não é resistente a falta de água prolongada–
safrinha – chuvas irregulares
Alto acamamento
Florescimento precoce – influencia do
Milheto X Sorgo com Ovinos
Resíduos pos pastejo: 15, 30 cm
Raposo, 2008
Duas alturas de resíduo Pos pastejo – 15 e 30cm
Altura de resíduo Espécies Altura pré (cm) Altura pós (cm) MS kg/ha Resíduo kg/ha 15 cm Sorgo-sudão 62,62 b 22,68 c 3209,28 a 1506,89 a 15 cm Milheto 75,93 a 45,29 a 4231,27 a 2093,93 a 30 cm Sorgo-sudão 72,87 ab 34,36 b 4488,23 a 2589,54 a 30 cm Milheto 80,46 a 52,46 a 3977,50 a 2666,65 a Alturas do pré e pós pastejo, massa seca total (MS Kg/ha) e massa seca de resíduo ( Kg/ha) de hibrido de sorgo e milheto pastejado por ovinos
0,00 1000,00 2000,00 3000,00 S 15 cm M 15 cm S 30 cm M 30 cm Tratamento K g /h a
Colmo Folha Material morto
Massa de colmos, folhas e material morto em Kg MS/ha dos hibrido de sorgo (S) e milheto (M) nas alturas de resíduo pós pastejo de 15 e 30. Pastejado por ovinos
Raposo, 2008 S 15 cm M 15 cm S 30 cm M 30 cm 0,00 0,50 1,00 1,50 R el aç ão F o lh a/ C o lm o
Relação folha/colmo do hibrido de sorgo (S) e milheto (M) nas alturas de resíduo pós pastejo de 15 e 30 cm. Pastejo por ovinos
Raposo, 2008
Avaliação do desempenho de bovinos mantidos em pastagens de sorgo AG 2501-C, Santa Maria-RS
Aita, 1995
Híbrido milheto x capim-elefante
Híbrido milheto x capim-elefante
Cruzamento – Pennisetum americanum – Pennisetum
purpureum
combinou a qualidade do milheto com o potencial de alta
produção de massa seca do capim elefante.
Cultivar paraíso HíBRIDO FÉRTIL Obtenção - não é simples
híbrido obtido é estéril (triplóide-n) e para torná-lo fértil
(reprodução sexuada), ou seja, hexaplóide (6n) usou-se a Colcichina com o fim de dobrar o número de cromossomos.
Portanto, o capim elefante Paraíso é um capim híbrido
hexaplóide e que se multiplica por sementes (MACOON, 1992).
Características
foi introduzido no Brasil em 1995 - Matsuda.
Crescimento ereto
Alta produção de massa seca – folhas
Planta perene – propagação por sementes
Por ser recente não há dados de duração da
pastagem???
Tolera temperaturas baixas
Manejo
semente sobre o solo preparado em linha ou a lanço,
o mais superficial possível.
Deve passar após o plantio somente o rolo
compactador.
O solo, deve ser bem drenado.
Semeadura – 30 dias antes do término das chuvas A altura de corte, em torno de 50cm do solo 1º corte - 100 a 120 dias após germinação do capim 2, 3 e 4º corte 70 à 80 dias.
Gramíneas Clima Temperado – C3
Aveia branca –
Avena sativa (grãos)
Aveia amarela –
Avena byzantina
Aveia preta –
Avena strigosa
Azevém –
Lolium multiflorum
Triticale – híbrido – cruzamento entre
centeio (
Secale cereale
) x trigo (
Triticum
sp.)
Trigo forrageiro-
Triticum
sp
Características das Espécies
Crescimento ereto Alto valor nutritivo Baixa % de fibra Alta digestibilidade
Colmos tenros e alta % de folhas
Plantas anuais de regiões com temperaturas mais
baixa – Sul do Brasil
Objetivo – pastejo de inverno
Exigentes em umidade do solo e fertilidade
Importante
Adaptação dos animais ao pastejo
1 hora por dia e aumentar gradativamente
Aveias
Panícula piramidal e
difusa
Avena sativa (branca)
Características e manejo
Aveia preta e branca: rápido crescimento inicial –
altos rendimentos no 1º pastejo diminuindo nos cortes posteriores, precoce com maior resistência às doenças
Aveia amarela – duplo propósito – grãos e
forragem – inverso a aveia preta – rendimento aumenta após o 2º pastejo – aumento de perfilhos – quebra da dominância apical
Semeadura – abril/maio; 60 kg/ha; 20 cm de
espaçamento
Aveia
Azevém (Lolium )
Características e manejo
Plantas parecidas com as aveias
2-3 cortes durante o inverno – 4-5 t MS/ha
Semeadura – abril/maio; 30 a 40 kg/ha;
Semeadura à lanço
Altura de pastejo – 20 (Azevém) a 30
(Aveia) cm de altura, em torno de 35 a 50
dias após a semeadura
Triticale (
Triticum secale
)
TriticaleTriticale
Características e manejo
Buscou-se incorporar a qualidade e a produção
dos grãos do trigo e a rusticidade do centeio
Resistente à ferrugem, à solos ácidos e pobres, à
seca ou excesso de umidade
Semeadura – abril/maio; 30 a 40 kg/ha; Espaçamento de 20 cm
Altura de pastejo – 30 cm de altura, em torno de
35 a 50 dias após a semeadura
pastejo com plantas para diminuir as perdas
Trigo forrageiro
Características e manejo do Trigo
Buscou-se incorporar a qualidade e a produção dos grãosdo trigo e resistência ao pastejo
Resistente à ferrugem, à solos ácidos e pobres, à seca ou
excesso de umidade
Semeadura – abril/maio; 30 a 40 kg/ha; Espaçamento de 20 cm
Altura de pastejo – 25 cm de altura, em torno de 50 dias
após o plantio
pastejo com plantas para diminuir as perdas
Atualmente os dois cultivares mais utilizados são o umbu e
tarumã.
Sobressemeadura é a prática de se estabelecer
culturas forrageiras anuais em pastagens formadas com espécies perenes, normalmente dominadas pôr gramíneas, ou áreas destinadas a produção de feno, sem destruir a vegetação existente.
Sobressemeadura é a prática de se estabelecer
culturas forrageiras anuais em pastagens formadas com espécies perenes, normalmente dominadas pôr gramíneas, ou áreas destinadas a produção de feno, sem destruir a vegetação existente.
Sobressemeadura é a prática de se estabelecer
culturas forrageiras anuais em pastagens formadas com espécies perenes, normalmente dominadas pôr gramíneas, ou áreas destinadas a produção de feno, sem destruir a vegetação existente.
A técnica de sobressemeadura vem sendo usada com sucesso durante muitos anos no Sul do Brasil (Nabinger, 1980) e Sul dos USA (Ball et al., 1991).
Sobressemeadura
Efeito suplementar do sorgo de pastejo na produção de matéria seca no sistema de pastagem convencional Rodrigues, 2000
crescimento de inverno ou de verão podem ser introduzidas em pastagens já formadas com vistas a aumentar a produção, qualidade da forragem e estender o período de oferta de MS
melhores resultados → quando se introduz espécies de clima temperado em áreas de pastagens formadas com gramíneas tropicais
Capins dos gêneros Cynodon e Paspalum, nas condições Sudeste dos USA tem alta produção de forragem durante seis meses.
A sobressemeadura dessas pastagens com
espécies anuais de inverno pode resultar num acréscimo de 75 a 100 dias de suprimento de forragem de alta qualidade no final do inverno e primavera.
Qual espécie utilizar para ser sobressemeada??
Espécies, época de semeadura para a introdução em áreas com gramíneas
Espécie existente Espécie semeada Época de semeadura
Gramíneas perenes de clima temperado
Alfafa, trevo vermelho, trevo branco, cornichão
Outono ou inverno para os trevos, fim do invern o para a alfafa
Gramíneas perenes de clima tropical
Aveia, centeio, trigo, triticale, azevém, trevo branco, trevo vermelho, trevo encarnado, ervilhaca,
Outono
Áreas cultivadas para grãos (espécies de inverno)
Milheto, híbrido de sorgo -capim sudão, alfaf a, trevo vermelho
Fim da primavera até o fim do verão
Fonte: Ball et al., 1991
Maior eficiência na utilização da luz Aumento na produção de massa seca (MS) Aumento na qualidade da forragem Melhoria na fertilidade do solo Melhor controle de plantas invasoras Maior resistência a pragas e doenças Maior estabilidade da produção entre estações Maior retorno econômico da atividade.
Benefícios da associação entre espécies
• Utilização de espécies não adaptadas a região • Utilização de sementes de baixa qualidade • Uso de sementes de leguminosas não inoculadas • Avaliação da fertilidade do solo
• Época de semeadura inadequada
• Semeadura com quantidade inadequada de sementes • Contato solo-semente
• Controle da competição da vegetação existente • Controle de pragas e doenças.
Redução da competição da vegetação existente - Pastejo pesado
- Corte e remoção da forragem - Uso de herbicidas
- Preparo mínimo do solo - Combinações destas práticas - Queima esporádica
Pastejo pesado Pastejo pesado
Redução da competição da vegetação existente
Corte e remoção da forragem Corte e remoção da forragem
Redução da competição da vegetação
existente
existente
Redução da competição da vegetação
existente
existente
Corte e remoção da forragem Corte e remoção da forragem
Corte e remoção da forragem Corte e remoção da forragem
Corte e remoção da forragem Corte e remoção da forragem
REBAIXAMENTO
Aplicação de
herbicidasRedução da competição da vegetação existente
Semeadura
Implantação de Aveia: 28/04/04
Implantação de Aveia: 28/04/04
SOBRESSEMEADURA
Adubação Cobertura 40 kg/ha N e 40 kg/ha K2O
Estabelecimento
Quando ocorre a queda na temperatura noturna, o que reduz a competição das espécies de estação quente e permita o crescimento das espécies de inverno.
No Brasil Central→ A semeadura das espécies de
inverno até meados do outono (abril), quando ainda há
ocorrência de chuvas e as temperaturas noturnas
decrescem permitindo o crescimento das espécies
introduzidas.
Época de semeadura
Semeaduras mais precoces, quando as espécies de
verão ainda estão em pleno crescimento, resultam em implantação deficiente
Atraso na semeadura até que as gramíneas de verão estejam dormentes é desejável, resultando em decréscimo na competição por água e nutrientes.
A produção das espécies de inverno continuará alta, até que se inicie o crescimento das forrageiras de verão, quando aumenta a competição pêlos fatores ambientais. A rebrota das espécies de verão pode ser prejudicada se ocorrer acúmulo de forragem oriunda das forrageiras de inverno durante o crescimento do fim da primavera.
Época de semeadura
Deve-se considerar que existem muitos métodos para se proceder a sobressemeadura, sendo estes desde o uso de esparramadora de calcário até as máquinas apropriadas para a semeadura direta ou cultivo mínimo.
Contato solo semente
Fertilidade do solo
No cultivo de espécies forrageiras de inverno→ observar a fertilidade dos solos → são plantas exigentes.
Os aspectos relacionados à irrigação devem ser
considerados, uma vez que para o desenvolvimento dessas culturas durante o período seco do inverno, há necessidade do fornecimento contínuo de água.
É importante analisar os aspectos relacionados aos custos de implantação e manutenção das áreas destinadas ao cultivo de forrageiras de inverno.
A aplicação de nitrogênio é de fundamental importância para o rápido crescimento das plantas, além de influenciar o conteúdo de proteína da forragem.
A quantidade e a época de aplicação variam de acordo com as plantas e sistema de utilização (pastejo, produção de feno, ensilagem). A aplicação de N pode estimular o crescimento de gramíneas e promover aumento da competição com as plântulas das leguminosas (Mayland e Wilkinson, 1996).
Produção de gramíneas (G) e leguminosas (L) em áreas de Tifton85 sobressemeada com forrageiras de inverno
Tratamento Leg. Gram. Invasora.
--- kg ha- 1
---
GL N0 780 643 481
GL N40 (Nov.) 874 1641 176
GL N40 (Nov.) + N40 (Dec.) 356 3160 264
GL N40 (Nov.) + N40 (Dec.) + N40 (Feb.) 510 4907 253
GL N40 (Nov.) + N40 (Dec.) + N40 (Feb.) + N40
(Mar.)
358 4778 328
G N160 2957 404
Adaptado de Reis e t al. (2009)
Produção (kg/ha) de gramíneas (G) e de leguminosas (L ) ) adubadas e colhidas em diferentes épocas
Trat. 09 Fevereiro 29 Março 29 Abril
G L Total G L Total G L Total Total
GL 102 111 240 273 54 371 266 554 1540 2151 GL-40 277 152 445 687 67 779 676 654 1675 2899 GL-80 522 72 628 1777 71 1935 860 212 1488 4051 GL-120 613 88 756 2964 103 3141 1328 318 2138 6035 GL-160 659 84 775 3135 78 3257 983 194 2411 6442 G-160 482 529 1933 1984 540 1852 4364
Adaptado de Reis et al. (2009)
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AP- aveia preta, AA- aveia amarela, T- Triticale Semeadura no outono. Jaboticabal-SP
Massa total de forragem disponível (t MS/ha) antes da entrada dos animais na pastagem de capim Tifton-85 exclusivo e sobressemeado com forrageiras de inverno.
AP: aveia preta; AA: aveia amarela; T: triticale; T-85: Tifton-85 avaliado em
2001/2002.
0 20 40 60 80 100 120 30/05 a 27/07 31/07 a 10/09 14/09 a 19/10 23/10 a 19/11 23/11 a 10/01 Crescimento - Data In cr em en to (% )
Incremento na produção das pastagens de tifton 85 sobressemeada com forrageiras de inverno em relação ao capim Tifton-85 exclusivo (%) avaliado em 2001/2002.
AP: aveia preta; AA: aveia amarela; T: triticale; T85 Tifton-85. MOREIRA et al, 2004 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 30/05 a 27/07 28/07 a 10/09 11/09 a 19/10 20/10 a 19/11 20/11 a 10/01 Crescimento - Datas M as sa d is p o n ív el ( t/ h a) AP AA T T-85
Massa total de forragem disponível (t MS/ha) antes da entrada dos animais na pastagem de capim Tifton-85 exclusivo e sobressemeado com forrageiras de inverno avaliado em2002/2003.
AP: aveia preta; AA: aveia amarela; T: triticale; T-85: Tifton-85.
MOREIRA et al., 2004 0 20 40 60 80 100 120 140 19/06 a 06/08 10/08 a 13/09 17/09 a 25/10 29/10 a 09/12 13/12 a 1501 Crescimento - Data Inc re m ent o (% ) AP AA T T-85
Incremento na produção das pastagens de capim Tifton-85 sobressemeadas com espécies de inverno sobre a pastagem de capim Tifton-85 exclusivo (%) avaliado em
2002/2003
AP: aveia preta; AA: aveia amarela; T: triticale; T-85: Tifton-85.
MOREIRA et al., 2004
2
oPastejo
3o Pastejo
Aveia Preta 1oPastejo Aveia Preta 3oPastejo
Resíduo Pós Pastejo
Aveia Preta
Resíduo Aveia Amarela
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Variação na produção das pastagens de Tifton 85 associado com forrageiras de inverno. 2004, 2005 AP- aveia preta, ASC- aveia São Carlos, AA- aveia amarela, semeadura no outono. Jaboticabal-SP
Furlan et al., 2006
Espécies
Massa seca total (t/ha) do Tifton-85 sobressemeado com aveia São Carlos (ASC), Aveia Preta e Aveia Amarela, avaliado em diferentes ciclos de pastejo
Furlan et al., 2006
Avaliação de diferentes cultivares de aveia em sobressemeadura sob pastejo com ovelhas
Ciclo de Pastejo MSV (kg/ha) 1º Pastejo (13/julho/2006) 1.160 2º Pastejo (05/agosto/2006) 2.319 3º Pastejo (13/setembro/2006) 1.493
Massa de forragem (MVS) média de três cultivares de aveia em sobressemeadura, sob pastejo por ovelhas
(Alves de Lima et al 2006)
Semeadura: 12/maio/2006, Jaboticabal-SP
Avaliação de diferentes cultivares de aveia em pastejo com cabras ¾ Boer e ¼ Saane.
Massa de forragem em função de diferentes cultivares de aveia sob pastejo, manejadas em duas ofertas de forragem (5 e 8 % do PV/dia)
Ciclo de pastejo Oferta de Forragem Média 5% do PV/dia 8% do PV/dia Cultivares de Aveia
Preta CarlosSão 86081UPF Preta CarlosSão 86081UPF
Kg/ha 1º Ciclo 25/junho/2006 1814 1702 1975 1392 1521 1407 1635 b 2º Ciclo 25/junho/2006 3923 3733 3378 3762 2619 2755 3362 a Medias 2754 A 2243 B
Semeadura: 28/abril/2006, Jaboticabal-SP
(Batista et al 2006)
Espécies
Teores de proteína bruta de pastos de Tifton 85 sobressemeado com espécies de inverno, 2001/2002
Tratamento
Período de crescimento (dia -mês)
Média 30-05 a 27-07 28-07 a 10-09 11-09 a 19-10 20-10 a 19-11 20-11 a 10-01 AP 18,7 13,2 13,6 14,0 11,4 14,2 AA 16,0 13,9 13,7 13,8 12,4 13,9 T 18,4 13,2 14,9 12,9 11,9 14,3 AP + AA 18,1 13,8 14,3 13,6 11,8 14,3 AP + T 20,3 14,0 12,9 13,4 10,4 14,2 AA + T 17,6 13,9 13,3 13,3 10,0 13,6 AP+AA+T 17,0 15,0 14,1 14,3 13,2 14,7 T-85 16,2 14,1 14,2 12,4 10,5 13,5 Média 17,8 a 13,9 b 13,9 b 13,5 b 11,4 c Moreira et al., 2006
Digestibilidade in vitro da matéria orgânica de pastos de Tifton 85 sobressemeados com espécies de inverno, 2001/2002
Tratamento
Período de crescimento (dia -mês)
Média 30-05 a 27-07 28-07 a 10-09 11-09 a 19-10 20-10 a 19-11 20-11 a 10-01 AP 79,3 69,7 65,7 76,0 45,1 67,2 AA 76,5 70,7 69,4 71,4 51,3 68,3 T 74,5 72,9 69,4 66,2 44,6 65,5 AP + AA 78,3 62,9 71,3 70,0 41,3 64,7 AP + T 81,4 69,5 61,1 59,3 40,8 61,4 AA + T 79,8 68,8 62,9 55,4 44,6 62,3 AP+AA+T 74,9 71,6 64,4 54,7 50,9 63,3 T-85 66,8 64,8 69,2 58,4 47,9 55,4 Média 73,9 68,8 66,7 63,9 45,8 Moreira et al., 2006
Teores de proteína bruta de pastos de Tifton 85 sobressemeado com espécies de inverno, 2002/2003
Tratamento
Período de crescimento (dia -mês)
Média 19-06 a 06-08 07-08 a 13-09 14-09 a 25-10 26-10 a 09-12 10-12 a 15-01 AP 14,5 10,7 8,7 7,1 8,8 10,0 AA 13,3 10,0 9,1 7,6 8,9 9,8 T 13,1 10,4 8,2 7,2 8,6 9,5 AP + AA 13,5 10,8 8,5 8,2 9,9 10,2 AP + T 12,6 10,3 8,8 8,0 8,5 9,6 AA + T 10,7 10,7 8,7 8,4 8,3 9,4 AP+AA+T 11,8 10,6 8,7 7,2 8,5 9,4 T-85 12,4 10,5 9,1 7,4 8,5 9,6 Média 12,7 a 10,5 ab 8,7 ab 7,7 b 8,8 ab Moreira et al., 2006
Digestibilidade in vitro da matéria orgânica, em porcentagem, da massa seca total do pasto, 2002/2003
Tratamento
Período de crescimento (dia -mês)
Média 19-06 a 06-08 07-08 a 13-09 14-09 a 25-10 26-10 a 09-12 10-12 a 15-01 AP 61,8 60,7 55,3 49,8 58,0 57,1 AA 64,4 59,3 59,6 49,5 56,4 57,8 T 64,0 61,7 57,3 50,6 59,5 58,6 AP + AA 66,0 59,3 58,1 55,7 53,8 58,5 AP + T 61,5 58,0 60,9 52,2 62,3 58,9 AA + T 68,8 62,8 55,7 55,3 58,6 60,2 AP+AA+T 63,3 58,7 53,9 59,7 59,6 59,0 T-85 60,3 54,2 58,0 55,7 56,3 56,9 Média 63,7 a 59,3 b 57,3 c 53,5 d 58,0 bc Moreira et al., 2006
Ganhos de peso de novilhos em pastagem melhorada por adubação e sobressemeadura (Guaíba, RS).
Estação Testemunha Sobressemeadura com aveia* Com Yuchi Com 90 kg N/ha Inverno 4,5 84,5 171,0 Primavera 20,5 214,5 130,5 Verão 56,5 130,5 168,5
Outono 9,0 37,5 -1,5
Totais 90,5 467,0 468.5 * 400 kg/ha/ano de fertilizante da fórmula 10 -30-10 para manutenção Adaptado de Scholl et al.,1976.
Qualidade
Utilização de pastagens nativas melhoradas para produção animal
Pastagens Ganho (g/dia) Carga animal PV/ha Ganho (kg/ha) Renda líquida (R$) Trit + Azev 693 1210 650,7 167,6 Ave + Azev 685 1055 568,8 113,9
Trit + Ave + Azev 665 1116 592,4 127,8
Adaptado de Restle et al., 1999.
Qualidade
Oferta de forragem e ganho de peso de novilhos mantidos em pastagens de azevém e aveia.
Fonte: Prohmann, 2006