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FICHAS DE TRABALHO DE PORTUGUÊS Níveis A2 e B1. Português Língua Estrangeira. Organização do prof. José Carlos Silva

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(1)

FICHAS DE TRABALHO DE PORTUGUÊS

Níveis A2 e B1

Português Língua Estrangeira

(2)

FICHA DE TRABALHO 1

Vinte e Cinco e Sete Vozes

Grupo I – Compreensão Escrita

Leia com atenção o texto.

Vinte e cinco a sete vozes

Olhe que foi mesmo por acaso! Quando saí de casa, nem pensava em passar por aqui. Mas depois tive de ir ali ao Montepio levantar a minha pensão, e lembrei-me de dar uma palavrinha ao Paulito. Para mim ele há-de ser sempre o Paulito... Olhe que foi dos melhores alunos que eu tive! Uma pena não ter continuado a estudar, uma pena! Se fosse hoje, nada disso tinha acontecido, mas naquele tempo... E eu lembro-me que a família dele passava muitas dificuldades, o pai ora estava empregado ora desempregado, e além disso sofria do coração, havia dias que quase nem se podia mexer. A gente bem lhe dizia para ele ir ao médico, mas onde é que havia médico, e onde é que havia dinheiro para médico. «Isto é tudo nervos», dizia ele. Só quando morreu é que se soube que era do coração que sofria.

VIEIRA, Alice (1999): Vinte e Cinco a Sete Vozes, Editorial Caminho, Lisboa.

Responda às questões.

1. Qual o tema do excerto?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2. Onde se dirigia o autor do texto?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3. Quem encontrou ele pelo caminho?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4. Qual é a profissão do autor do texto?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. Descreva a situação económica do Paulito.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 6. Qual era o problema de saúde do pai do Paulito?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 7. Por que razão não foi ele ao médico?

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_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

Grupo II – Conhecimento Explícito

1. Indique o tipo e a forma da primeira frase do texto.

_______________________________________________________________________________________ 2. Retire do texto: 2.1. Um nome próprio _______________________________________________________________________________________ 2.2. Três nomes comuns _______________________________________________________________________________________ 2.3. Um verbo na terceira pessoa do singular do Pretérito Imperfeito do Indicativo

_______________________________________________________________________________________ 2.4. Um verbo na terceira pessoa do singular no Pretérito Perfeito do Indicativo

_______________________________________________________________________________________ 2.5. Um nome comum no grau diminutivo

_______________________________________________________________________________________

Grupo III – Expressão Escrita

Escreva um texto com um mínimo de 100 e um máximo de 120 palavras sobre o Dia Mundial do Coração. Não se esqueça de mencionar os seguintes aspetos:

• o objetivo do Dia Mundial do Coração;

• as doenças do coração mais comuns e como se podem prevenir.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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FICHA DE TRABALHO 2

Alguns Anos Mais Tarde...

Grupo I – Compreensão Escrita

Leia com atenção o texto.

Alguns Anos Mais Tarde

“Quando entrou no parque, ela olhou as grandes árvores escuras, carregadas de brilhos e de folhas trémulas, e pensou:

– Parece um sonho.

E lembrou-se da festa das flores.

Mas continuou o seu caminho e chegou à casa dos donos da quinta e entregou o cesto dos ovos à cozinheira. Depois deu-lhe as boas-noites e veio-se embora.

Mas não tinha pressa de voltar para a sua casa.

A noite de Maio com as suas sombras e os seus brilhos, os seus perfumes, as suas flores e os seus murmúrios parecia uma história fantástica. As folhas no ar mexiam-se levemente e faziam sinais como se conversassem umas com as outras.

– Como tudo parece vivo! – pensou Florinda. – Parece que tudo me vê, que tudo me escuta! E caminhando ao acaso chegou ao jardim do Rapaz de Bronze.

Na sua ilha de pedras e fetos, no meio do lago, a estátua estava muda e quieta. Florinda parou.

Tudo no jardim pareceu parar. De repente, nem a brisa suspirava. Mas o Rapaz estendeu uma mão e lentamente disse:

– Florinda, lembras-te de mim?

– Ah! Lembro-me, lembro-me de ti! – respondeu ela.

Então o Rapaz de Bronze desceu da sua ilha, saltou o lago e ficou em pé em frente da rapariga. – Lembras-te da festa das flores e da clareira e da noite de Primavera? – disse ele.

– Lembro-me, lembro-me de tudo agora. Mas eu pensava que era um sonho. Pensava que tudo o que eu tinha visto era extraordinário demais e não podia ser verdade.

– As coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras. Porque há um país que é a noite e um país que é o dia.

– Como o mundo é maravilhoso! – disse Florinda.”

Sophia de Mello Breyner Andresen (1994), O Rapaz de Bronze, Salamandra, Lisboa.

Responda às questões que lhe são colocadas.

1. Qual é o título do livro, de onde foi retirado este excerto?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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2. Qual é o tipo de narrador presente neste excerto?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3. Localize a história no espaço.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4. “Mas continuou o seu caminho...”

4.1. Para onde se dirigia a Florinda?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4.2. Localize a história no tempo.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. “... parecia uma história fantástica”. Qual a razão pela qual esta história parecia fantástica?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 6. “Chegou ao jardim do Rapaz de Bronze”. Descreva o local onde o Rapaz de Bronze se encontra.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 7. Florinda, lembras-te de mim?” De onde é que o Rapaz de Bronze e a Florinda se conhecem?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 8. “Pensava que tudo o que eu tinha visto era extraordinário demais.” O que é que a Florinda poderá ter visto, para achar que seria extraordinário demais?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 9. “Comente a afirmação do Rapaz de Bronze: “Porque há um país que é a noite e um país que é o dia.”

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

Grupo II – Conhecimento Explícito

1. “Quando entrou no parque, ela olhou as grandes árvores escuras, carregadas de brilhos e de folhas trémulas”.

1.1. Sublinhe os adjetivos da frase supracitada (=acima escrita).

1.2. Coloque, completando, a frase: “As folhas das árvores eram trémulas”, no... 1.2.1. Grau superlativo absoluto analítico.

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_______________________________________________________________________________________ 1.2.3. Grau superlativo relativo de inferioridade.

_______________________________________________________________________________________ 2. Transcreva uma frase do texto que contenha uma comparação.

_______________________________________________________________________________________ 2.1. Indique quais os elementos que estão a ser comparados nessa frase.

_______________________________________________________________________________________ 3. Retire uma frase do texto que contenha uma repetição.

_______________________________________________________________________________________ 4. Indique um sinónimo de:

a) Perfumes: ______________ b) Murmúrios: _____________ c) História: _____________ 5. Indique os antónimos das seguintes palavras:

a) Mexiam: _____________ b) Conversassem: ___________ c) Polissílabo: ___________ 6. Classifica a palavra “lentamente” quanto:

6.1. à acentuação; ________________________________________________________________________ 6.2. à formação; __________________________________________________________________________ 6.3. ao número de sílabas.__________________________________________________________________ 7. Retire do texto um verbo que esteja no:

7.1. Pretérito imperfeito do indicativo; ________________________________________________________ 7.2. Pretérito perfeito do indicativo;__________________________________________________________ 7.3. Gerúndio;____________________________________________________________________________ 7.4. Infinitivo impessoal;___________________________________________________________________ 8. Analise sintaticamente as seguintes frases:

8.1. A Florinda entregou o cesto dos ovos à cozinheira.

_______________________________________________________________________________________ 8.2. Depois, o Rapaz de Bronze desceu da sua ilha.

_______________________________________________________________________________________ 9. Faça a análise morfológica da frase “…o Rapaz de Bronze desceu da sua ilha…”.

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FICHA DE TRABALHO 3

Corre por Amor

Grupo I – Compreensão Escrita

Leia com atenção o texto.

Correr por amor

Passei a noite acordado por causa da rapariga ruiva da minha escola. Estão a ver… É uma paixão! Não que eu quisesse. Aconteceu-me. E logo a mim, que sou dado a exageros. Se eu soubesse desamar… Mas quem é que sabe? Não há um rapaz da escola que não goste dela, embora alguns não queiram que se saiba.

Por isso a escolheram para entregar o prémio ao vencedor da corrida de fim-de-ano. Antes disso, só havia dois rapazes inscritos e a prova chegou a estar em risco. Depois, já eram tantos a querer correr que tiveram de encerrar as inscrições à pressa. Nem oito nem oitenta, disseram eles.

O meu lugar na linha de partida estava garantido, o problema era chegar ao fim antes dos outros. Sou um rapaz franzino que escreve versos e histórias enquanto os outros jogam à bola e sobem às árvores. Numa corrida rápida, de velocidade, teria as minhas hipóteses, mas dar cinco voltas ao recinto enlameado da escola era mais apropriado para o Mário e o Xavier, por exemplo, que praticavam vários desportos e eram desses rapazes fortes e musculados, sem miolo nenhum, que as raparigas admiram.

No entanto, e fosse pelo que fosse, tinha grandes esperanças. Se todos os rapazes iam correr por amor, correria mais quem mais amasse a rapariga ruiva, pensei eu já ao fim da noite. Já não sabia se tinha sonhado ou imaginado que o amor ia pôr asas nos meus pés e ajudar-me a ganhar aquela corrida. Depois, recebia das mãos dela a salva de prata com a data do meu feito gravada no centro, enquanto ela sorria para mim, só para mim, e eu decidia abandonar tudo, até a minha mãe. De mãos dadas, sem trocar palavras, eu e a rapariga ruiva atravessávamos o campo de jogos e chegávamos ao jardim secreto, um pedacinho de mundo que só os jovens namorados da escola conheciam. Ela voltava a sorrir e eu ganhava coragem para lhe contar que era eu quem escrevia as cartas de amor e os poemas que o Nuno e o Filipe lhe mandavam. Eles não sabiam escrever dessas coisas e eu não sabia que fazer às palavras de amor que me assaltavam a todas as horas. Depois, ela dizia qualquer coisa que eu não percebia, talvez por o ter dito muito baixinho, e trocávamos um beijo apaixonado enquanto o sol caía no céu.

Álvaro Magalhães, Hipopóptimos – Uma História de Amor, Edições ASA.

Responda de forma completa às seguintes questões.

1. “Passei a noite acordado (…)”. Qual foi a razão que perturbou o sono do narrador?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2. Explique por que motivo surgiram tantos inscritos para a corrida de fim-de-ano.

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3. Faça o retrato físico do narrador-personagem, a partir de todas as informações contidas no texto.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4. Faça o seu retrato psicológico.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. Apesar de tudo, o narrador tinha grandes esperanças. Explique porquê.

_______________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

6. Depois de ter recebido a taça, para onde se devia dirigir o rapaz com a rapariga ruiva?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 7. No seu sonho, o que mais via o narrador?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

Grupo II – Exercício Suplementar de Compreensão Escrita

Leia o texto com atenção.

A Casa Nova

“Quando Bruno viu a casa pela primeira vez, os seus olhos arregalaram-se, a boca abriu-se de espanto e os braços afastaram-se do corpo mais uma vez. Tudo nesta casa parecia ser o oposto da antiga e ele não queria acreditar que iam realmente viver ali.

A casa de Berlim ficava numa rua sossegada numa fiada de outras casas como a dele e era sempre agradável olhar para elas, porque eram quase todas iguais, mas não exatamente iguais, e nelas viviam outros rapazes com quem ele costumava brincar (se eram seus amigos) ou de quem se afastava (se eram brigões). A casa nova, no entanto, erguia-se sozinha num lugar vazio e desolado, e não se viam outras casas por perto, o que significava que não havia outras famílias nem rapazes para brincar, fossem eles amigos ou brigões. A casa de Berlim era enorme e, apesar de ele já lá viver há nove anos, ainda conseguia encontrar recantos e buracos ainda não totalmente explorados. Havia até compartimentos inteiros, como o escritório do pai, que eram de “Acesso Interdito A Todas as Horas Sem Exceção”, e nos quais ainda mal tinha entrado. No entanto, a casa nova tinha apenas três andares: o andar de cima, onde ficavam todos os quartos e apenas com uma casa de banho; o rés-do-chão, com a cozinha, a sala de jantar e o escritório do pai (o qual, pensava ele, devia estar sujeito às mesmas restrições que o antigo); e uma cave onde dormiam os criados.

À volta da casa de Berlim havia outras ruas também com grandes casas e as ruas que iam dar ao centro da cidade estavam sempre cheias de pessoas a passearem que paravam para conversar umas com as outras, ou de pessoas a correrem, cheias de pressa, a dizerem que não tinham tempo para parar porque tinham mil coisas para fazer. Havia lojas com montras resplandecentes e bancas com frutas e vegetais dispostos em pilhas muito altas em grandes tabuleiros, com couves, cenouras, couve-flor e milho. Alguns estavam a

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abarrotar de alho-francês, cogumelos, nabos e grelos, outros de alfaces e feijão-verde, courgettes e cherivias. Às vezes ele gostava de parar à frente destas bancas, fechar os olhos e inspirar fundo, sentindo a cabeça tonta com a mistura doce dos aromas e da vida. Mas não havia outras ruas perto da casa nova, ninguém a deambular ou a correr apressado, e nem sombra de lojas nem de bancas com frutas e vegetais. Quando fechava os olhos, tudo em redor era frio e vazio, como se estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio do nada.”

John Boyne, “O rapaz do pijama às riscas”, Edições ASA, Alfragide, 2006

1. Indique o modo de apresentação do discurso.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2. Qual é o objetivo do autor ao utilizar esse modo de apresentação?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 3. Identifique os recursos expressivos das seguintes frases.

a) “Tudo nesta casa parecia ser o oposto da antiga” ______________________________________________ b) “A casa nova, no entanto, erguia-se sozinha num lugar vazio” ___________________________________ c) “num lugar vazio e desolado” _____________________________________________________________ e) “Alguns estavam a abarrotar de alho-francês, cogumelos, nabos e grelos, outros de alfaces e feijão-verde, courgettes e cherivias.” ____________________________________________________________________ f) “Quando fechava os olhos, tudo em redor era frio e vazio, como se estivesse no lugar mais solitário do mundo.” ________________________________________________________________________________ 4. Quais são as sensações presentes no texto. Justifique com elementos do texto.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

Grupo III – Conhecimento Explícito

1. Passe o excerto para o discurso indireto.

“– Tenho outra frase para ti – disse ela. – Temos de aprender, a tirar melhor partido das más

situações-– Não sei se temos situações-– retorquiu Bruno. situações-– Eu acho que devias dizer ao pai que mudaste de ideias, e pronto. Se tivermos de passar aqui o resto do dia, jantar e dormir aqui por estarmos cansados, tudo bem, mas talvez fosse melhor levantarmo-nos amanhã de manhã cedinho se quisermos estar em Berlim à hora do lanche.”

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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2. Agora, passa o excerto para o discurso direto.

A mãe insistiu para que ele não discutisse com ela e que fosse para o seu quarto.

Porém, antes de o fazer, ainda ouviu a mãe dizer ao criado que, se o Comandante perguntasse, diriam ter sido ela a tratar de Bruno.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

3. Analise sintaticamente as seguintes frases.

a) “Em Berlim, havia mesas postas na rua.”

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) “Pousou os copos em cima da mesa com cuidado.”

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ c) As malas foram desfeitas por Bruno.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ e) d) Bruno, muito determinado, encheu o armário com roupa.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ f) Bruno e a irmã leram um livro maravilhoso.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ g) “Ouviu-se um estalido no corredor.”

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 4. Substitua os complementos sublinhados pelo pronome pessoal correspondente e reescreve as frases.

a) Abriu o envelope.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) O João sorriu ao professor.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ c) O rapaz encostará a cara ao vidro.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ d) Ele viu o que se passava lá fora.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 5. Coloque na frase ativa ou passiva (conforme os casos) as seguintes frases:

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a) Uma dor de estômago foi sentida pela Maria.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ b) Eles não cometerão um erro.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ c) O João encontrara o Manuel, seu amigo.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ d) Os professores são respeitados pelo aluno.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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FICHA DE TRABALHO 4

Sete Estrelas Regressam ao Firmamento

Leia o texto com atenção e responda às questões que lhe são colocadas. Sete estrelas regressam ao firmamento

Os shipibos, uma tribo de pessoas simples e comunicativas que vivem no interior da floresta amazónica, contam que, da mesma forma que o Sol viaja ao longo de um rio no firmamento, também as estrelas andam em canoas pelos rios do céu.

Numa noite de tempestade, um dos barcos em que elas se deslocavam virou-se e sete estrelinhas caíram na Terra, no meio da floresta. Entretanto, os espíritos da floresta entretinham-se em amena cavaqueira, gerando trovões, relâmpagos e faíscas.

As pobres estrelas estavam muito aterrorizadas e queriam regressar a suas casas, no firmamento, mas não conseguiam. Enquanto excogitavam1 o que haviam de fazer, viram os homens da tribo shipiba a usar arcos e flechas na caça. Então as estrelinhas, espertalhonas, também construíram arcos e flechas e começaram a atirá-las em direção ao céu. Quando uma das flechas conseguiu espetar-se no firmamento, as seguintes iam-se pregando umas às outras, formando como que uma escada muito longa, que unia o Céu e a Terra.

A maior das estrelas, que comandava a operação, resolveu subir a caminho do céu. As mais pequenas seguiram-lhe os passos sem hesitarem. A escada que haviam construído com as flechas era tão comprida que, no trajeto, passava por cima de um lago cheio de caimões2. A estrela maior pousou sem querer o pé na cabeça de um caimão, que lhe deu uma ferradela na perna.

Finalmente, sem mais contratempos, chegaram, uma a uma, às suas casas. Para recompensar o seu esforço, o deus Habi, ser supremo no Céu e na Terra, pai do Sol e da Lua, transformou-as numa constelação de sete estrelas brilhantes. É conhecida por constelação do Sete-Estrelo.

À estrela maior, os shipibos deram-lhe o nome de Estrela sem Perna, ou «Chishi Uma», em memória da dentada que o caimão lhe deu enquanto atravessava o lago da floresta amazónica. Mas a história não acaba aqui: alguns homens, descobrindo a escada abandonada pelas sete estrelas depois do seu regresso a casa, resolveram também eles subir até ao Céu, na esperança de também se tornarem estrelas.

Mas o deus Habi, furioso com aquela incrível arrogância, atirou-os pela escada abaixo. Os homens, caídos na terra, transformaram-se noutros tantos tatus3 desajeitados, como castigo pelo seu atrevimento.

Vocabulário

1 excogitavam – meditar, investigar, descobrir alguma coisa. 2 caimões – crocodilo da América, de focinho muito comprido.

3 tatus – mamífero da América do Sul cujo corpo é revestido de uma couraça.

Grupo I – Compreensão Escrita

1. As afirmações seguintes apresentam informações contidas no texto que acabou de ler. Numera-as pela ordem cronológica pela qual aparecem no texto.

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a) Para as recompensar pelo seu esforço, o deus Habi transformou-as numa constelação. b) Começaram a construir uma escada usando arcos e flechas.

c) As estrelinhas tinham muito medo dos relâmpagos e trovões que os espíritos provocavam. d) Numa noite de temporal, um barco cheio de estrelas virou-se.

e) Ao observarem os homens, as estrelas tiveram uma ideia para regressarem ao céu. f) Para os castigar pela sua presunção, o deus Habi transformou-os em animais. g) Sete estrelas caíram na floresta.

h) Ao subir a escada, a estrela maior levou uma dentada de um caimão. i) Alguns homens tentaram chegar até ao céu.

_______________________________________________________________________________________

2. Responda às perguntas.

2.1. Qual é a origem da lenda apresentada?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2.2. Por que motivo caíram sete estrelas na Terra?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2.3. As estrelas tinham razões para se sentirem aterrorizadas? Justifique a sua resposta.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2.4. Que estratagema usaram as estrelas para regressarem a casa?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2.5. Que obstáculo dificultou a missão à estrela maior?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ 2.6. Porque foram castigados os homens que subiram pela escada construída pelas estrelas?

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

Grupo II – Conhecimento Explícito

1. Indique o que designam os seguintes nomes comuns contáveis coletivos, seguindo o exemplo: souto:

um conjunto de castanheiros.

a) coro ______________________________

b) biblioteca ______________________________ c) constelação ______________________________

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f) frota ______________________________

g) cáfila ______________________________

h) turma ______________________________

2. Forma o plural dos nomes que a seguir se enumeram:

a) o rádio-despertador ______________________________ b) o cidadão ______________________________ c) o saca-rolhas ______________________________ d) a couve-flor ______________________________ e) o cão ______________________________ f) o guarda-chuva ______________________________ g) a imperatriz ______________________________ h) o lápis ______________________________

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FICHA DE TRABALHO 5

A Multiplicidade do Ser Está na Linha da Memória

Leia o texto com atenção e responda às questões que lhe são colocadas. A multiplicidade do ser está na linha da memória Artista plástica lusa inaugura exposição de arte inspirada em Biologia

2013-01-10

Por Marlene Moura

“Quem somos nós, se as nossas memórias se alteram todos os dias?”, questiona Joana Ricou. A artista plástica portuguesa radicada nos Estados Unidos, cuja formação base assenta em Arte e Biologia, inaugura a sua primeira exposição individual em Portugal, na galeria Edge Arts (Lisboa), no próximo dia 15 de janeiro, pelas 18h30, e estará patente até dia 15 de fevereiro.

O tema da mostra “Um, Nenhum e Cem Mil” é baseado na memória, especialmente inspirado numa última descoberta que atesta que de cada vez que lhe fazemos apelo esta se vai alterando, ou seja, “cada vez que lembramos, as sinapses vão mudando”, refere [a artista plástica] ao jornal Ciência Hoje.

Joana Ricou iniciou a sua formação num laboratório de neurociências, onde nasceu o seu fascínio por uma área “que ilustra as descobertas consequentes que nos ajudam a entender-nos a nós próprios e às nossas fundações biológicas”. “Quando formamos memórias, há uma quantidade de informação que é guardada conscientemente, por exemplo, se conhecemos alguém queremos lem-brar o seu nome, o seu rosto, etc. , e outra parte é lembrada de forma aleatória, como a cor do seu casaco; existe também informação que vamos perdendo”, assevera. […]

“A biologia da memória reverte para lembranças de momentos descontínuos, é episódica e plástica (manipulável)”, acrescenta Joana Ricou, referindo ainda que a imagem mostra, no fundo, “momentos neutros de passagem do tempo”, isto é, “um determinado segundo e o seguinte e o seguinte, ou seja, informações que estamos a tentar guardar e que muitas vezes se perdem durante o processo de transferência”. […]

Para além da peça multimédia, os trabalhos são em madeira, óleo e papel e podem ser vistos de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h, e, ao sábado, das 12h às 16h.

Joana Ricou

Estudou Arte e Biologia na Carnegie Mellon University de Pittsburgh (2004) e completou o mestrado em Arte Multimédia na Duquesne Uni - versity (2009). Expõe regularmente nos Estados Unidos, em espaços de arte e ciência, destacando-se o Andy Warhol Museum (2007), o Carnegie Science Center (2010) e o Children’s Museum of Pittsburgh (2010). Em 2011, integrou uma mostra em Portugal, no Pavilhão de Ciência Viva. Algumas das suas peças inspiraram capas de jornais, como é o caso de “Outro eu”, capa da Nature (junho 2012), ou “Hipocampo de rato”, capa do Journal of Neuroscience (2005). É representada pela

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científicas – o que a mantém em contacto com a área e com investigadores com quem vai trocando impressões.

in Ciência Hoje, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56672&op=all (adaptado e com supressões, consultado a 14/10/2020)

Grupo I – Compreensão Escrita

Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que lhe são dadas.

1. As afirmações apresentadas de A. a F. correspondem a ideias-chave do texto. Escreva a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas ideias aparecem no texto. Comece pela letra E.

A. Na nossa memória, uma parte da informação é “guardada” conscientemente, outra parte, aleatoriamente. B. Os trabalhos de Joana Ricou são feitos de materiais diversos e podem ser visitados no horário indicado. C. A memória serviu de base ao tema que escolheu para a criação das suas obras.

D. A imagem, guardada na memória, é feita de momentos neutros e descontínuos.

E. A artista plástica Joana Ricou vai inaugurar a sua primeira exposição individual em Portugal.

F. O atração de Joana Ricou pela ciência da mente nasceu da formação que fez no laboratório de neurociência.

_______________________________________________________________________________________

2. Para cada item que se segue (2.1. a 2.4.), assinale a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. O presente texto é jornalístico, podendo ser classificado como A. recensão.

B. reportagem. C. entrevista. D. editorial.

2.2. O título do texto sugere que “A multiplicidade do ser” surge como A. consequência da memória.

B. finalidade da memória.

C. efeito independente da memória. D. obstáculo à memória.

2.3. A caixa de texto fornece informação sobre… A. a infância de Joana Ricou.

B. os estudos e a carreira profissional da artista.

C. a intervenção da artista nos meios de comunicação social. D. as descobertas de Joana Ricou enquanto investigadora científica.

2.4. Conforme a informação transmitida na caixa de texto, os proj etos de Joana Ricou… A. foram postos de lado, pois decidiu dedicar a sua vida à arte.

B. passam por se dedicar exclusivamente à investigação científica. C. permanecem ligados às descobertas científicas.

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D. relacionam-se exclusivamente com a Galeria Guichard.

Grupo II – Expressão Escrita

Nos subúrbios atuais já quase não se ouvem chamamentos como “Víííííííítor” ou “Antóóóóóóóónio”, que o autor relembra com saudade.

Escreva um texto de opinião, correto e bem estruturado, com um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras, subordinado ao tema “Viver no campo ou viver na cidade?”, no qual exponha as vantagens e

desvantagens dos diferentes estilos de vida e os argumentos que fundamentem o seu ponto de vista.

_______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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FICHA DE TRABALHO 6

Acha que Assinar com “XXX” em Vez de “Beijinhos” é Coisa da Malta Jovem?

Leia o texto com atenção e responda às questões que lhe são colocadas.

Acha que assinar com "xxx" em vez de "beijinhos" é coisa da malta jovem?

O dicionário de inglês Oxford define a letra X como "usada para representar um beijo". A letra tornou-se popular, sobretudo entre jovens que a usam como forma de se despedirem em mensagens, comentários deixados nas redes sociais e até mesmo no correio electrónico. Será evolução da linguagem ou puro modernismo efémero?

Os teóricos dizem que não é nada disso e acenam com provas que apontam para uma existência secular. A primeira referência ao termo designando um beijo terá acontecido em 1763 numa carta escrita pelo naturalista Gilbert White. Mais de um século depois, era a vez de Winston Churchill, político britânico, escrever: "Desculpe os erros pois estou com uma terrível pressa. (Muitos Beijos) XX WSC".

O Mashable, site de notícias que se dedica a assuntos da Internet e redes sociais, recorreu a Marcel Danesi, professor de antropologia da Universidade de Toronto, para encontrar uma explicação. O mesmo relata num artigo publicado que a origem do X é bem mais longínqua do que aquilo que se pensa. Já no período medieval, as cartas eram seladas com um X. Os analfabetos usavam também a letra X para assinar documentos, aos quais juntavam um beijo físico. A prática foi-se assim tornando simbólica, até hoje, sofrendo algumas alterações na sua utilização.

Haverá ainda alguns que se perdem em justificações mais românticas, afirmando que o X está relacionado com o toque dos quatro lábios no momento do beijo.

Resta agora saber se o X (letra) irá resistir à efervescência dos tempos, na qual os emoticons ganham cada vez mais terreno.

in http://www.msn.com/pt-pt/noticias/other/acha-que-assinar-com-xxx-em-vez-de-beijinhos- %c3%a9-coisa-da-malta-jovem/ar-BBhKiCs?ocid=mailsignoutmd (consultado a 14/10/2020)

Grupo I – Compreensão Escrita

Assinale a opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto.

1. O recurso à letra “X” para representar “beijos” é A. exclusivo das camadas mais jovens da sociedade. B. na sua maioria, utilizado pela juventude.

C. usado, de modo equilibrado, por todas as camadas sociais. D. uma marca da evolução da sociedade.

2. De acordo com os especialistas, esta estratégia A. revela uma tendência do século em que vivemos. B. tem séculos de existência.

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C. tem tendência a desaparecer e ser substituída por outra. D. acompanha a evolução da tecnologia.

3. A letra “X” tem servido, ao longo dos tempos, para

A. assinalar a despedida no final de uma carta de alguém com pressa. B. os analfabetos poderem escrever cartas.

C. várias utilizações, desde a Idade Média. D. marcar simbolicamente a evolução da escrita. 4. O autor conclui o texto deixando a dúvida se

A. o “X” representará o toque dos lábios a beijarem-se.

B. os emoticons irão ser tão bem sucedidos quanto o uso do “X”.

C. na efervescência dos tempos atuais, o “X” coexistirá com os emoticons. D. o uso do “X” não será ultrapassado pelos emoticons.

5. A palavra “efémero” (linha 4) pode ser substituída pelo adjetivo A. atual.

B. passageiro. C. tecnológico. D. frequente.

Grupo II – Conhecimento Explícito

1. Transforme a frase em discurso direto –“Desculpe os erros pois estou com uma terrível pressa” (linha 8)– e coloca-a no discurso indireto.

_______________________________________________________________________________________ 2. A oração “que se dedica a assuntos da Internet e redes sociais” (linha 10) classifica-se como oração subordinada

A. adverbial causal. B. substantiva relativa. C. adjetiva relativa restritiva. D. adverbial final.

3. A oração subordinada adverbial “para encontrar uma explicação” (linha 10) classifica-se como A. consecutiva.

B. concessiva. C. comparativa. D. final.

(20)

A. pronome relativo; conjunção subordinativa causal; conjunção subordinativa completiva. B. conjunção subordinativa completiva; conjunção subordinativa comparativa; pronome relativo. C. conjunção subordinativa completiva; pronome relativo; conjunção subordinativa concessiva. D. conjunção coordenativa ; conjunção subordinativa temporal; pronome relativo.

5. Completa cada uma das frases seguintes com um dos elementos do quadro apresentado.

a quem/ cuja /cujo /de que /onde /qual /que /quem

a) A reportagem __________ te falei aborda a situação dos sobreviventes dessa catástrofe. b) Os repórteres __________ foi autorizada a entrada na cimeira receberam uma credencial. c) Um jornal __________ primeira página apresente imagens relativas às notícias é apelativo. d) Foram os jornalistas __________ descobriu a verdade sobre esse assunto.

e) O estádio __________ se realizou o campeonato de atletismo fica perto da escola.

6. Reescreva cada uma das frases seguintes, iniciando a frase que escreveu pela palavra indicada entre parênteses. Faça apenas as alterações necessárias.

a) As notícias do jornal referiam-se a catástrofes. (Todas)

_______________________________________________________________________________________ b) Encontramo-nos logo na conferência de imprensa. (Talvez)

_______________________________________________________________________________________ c) Disseram-me que ele tinha sido entrevistado. (Ninguém)

_______________________________________________________________________________________

Grupo III – Expressão Escrita

As Tecnologias de Informação e Comunicação alteraram a forma de comunicar, sobretudo entre os mais jovens.

Escreva um texto em que manifeste a sua opinião sobre o uso que os jovens fazem das Tecnologias de Informação e Comunicação, apresentando exemplos que ilustrem o ponto de vista que vai defender.

O seu texto deve ter um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras.

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FICHA DE TRABALHO 7

Paraísos Subaquáticos

Gupo I – Compreensão Escrita

Leia os textos A e B. Em caso de necessidade, consulte o vocabulário apresentado a seguir aos textos. TEXTO A

Paraísos Subaquáticos

É difícil imaginar um país europeu como destino de mergulho. A Europa é uma terra de urbes1 e, no bulício2 da nossa vida urbana, esquecemos os ritmos da Natureza, não sabemos quando nasce e se põe o Sol, só damos pela Lua às vezes – quando está cheia – e, se não estamos na praia, vivemos o conceito de marés como uma abstracção.

Sem o mar, contudo, Portugal não faz sentido, e há uma cheia (enfim, um bocado mais que uma mão-cheia) de gente que todos os fins-de-semana se afoita3 a procurar, por esse país fora, o contacto com o mítico Atlântico, que modelou as nossas terras e as nossas gentes.

O mar em Portugal carece da temperatura amena dos destinos de mergulho mais mediáticos e não tem «nemos» nem outras tropicalidades subaquáticas. A água não é transparente nem tem aquele azul profundo (excepto nos Açores e na Madeira, onde os azuis são únicos). Quem tenha estudado alguma Biologia sabe, contudo, que a água é tanto mais azul e límpida quanto mais pobre em vida. Tal como as florestas tropicais, que sob o exuberante manto de vida escondem uma constrangedora pobreza do solo, os recifes de coral tropicais são ilhas de vida num quase-deserto de nutrientes.

Nas águas de Portugal continental, a riqueza de nutrientes é, pelo contrário, enorme, universal e consegue alimentar uma quantidade planetária de peixes, peixinhos e peixões; como não há bela sem senão, o omnipresente plâncton4 torna a água esmeralda em vez de turquesa e mais fitogénica5 que fotogénica, mas com uma biodiversidade equiparável à dos mais ricos recifes de coral. À beira de Lisboa, há uma curiosidade geológica que potencia o interesse da equação: perto do Cabo Espichel, a plataforma continental é mínima e passa abruptamente dos 40 metros de profundidade para os mais de mil. Esta proximidade do verdadeiro mar alto traz para perto de Sesimbra espécies animais que, de outro modo, só se poderiam ver a muitas milhas da costa. Bichos pequenos e grandes, coloridos como se fossem pintados, em profusão alarmante, eis algo que não se antecipa encontrar nos mares de uma capital europeia.

Vasco Pinhol, Expresso, 25 de Outubro de 2008 (texto adaptado)

VOCABULÁRIO:

1 urbes – cidades.

(22)

Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que lhe são dadas.

1. As afirmações apresentadas (de A a G) baseiam-se em informações do texto. Escreva a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual essas informações aparecem no texto. Comece a sequência pela letra E.

A. A Biologia ensina que a transparência da água do mar não é sinal de riqueza em vida marinha. B. Os recifes de coral são exemplos de riqueza de vida, ao contrário das águas que os rodeiam. C. Existe uma ligação estreita entre Portugal e o mar, e são muitas as pessoas que procuram o contacto com o Atlântico. D. Na costa portuguesa, junto a Lisboa, vivem espécies que são típicas de mares profundos.

E. Não é comum os países do continente europeu serem associados à prática de mergulho.

F. Em Portugal, o mar tem características diferentes das que se associam aos destinos de mergulho mais famosos.

G. A tonalidade das águas do mar, em Portugal, deve-se à presença de plânton.

_______________________________________________________________________________________

2. Selecione, em cada item (2.1. a 2.4.), a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. A expressão «só damos pela Lua às vezes – quando está cheia –» (linha 3) ilustra a ideia de que os europeus, em especial os citadinos,

A. procuram o contacto com a Natureza. B. vivem afastados dos ciclos da Natureza. C. se abstraem a observar a Natureza.

D. contactam, apenas à noite, com a Natureza.

2.3. Entre as águas de Portugal continental e os recifes de coral, a semelhança está na A. temperatura amena.

B. riqueza de nutrientes. C. tonalidade da água. D. profundidade do mar.

2.4. A expressão «peixes, peixinhos e peixões» (linha 16) traduz a ideia de A. quantidade e diversidade.

B. intensidade e igualdade. C. qualidade e desigualdade. D. diversidade e intensidade.

2.5. A utilização do advérbio «abruptamente» (linha 20) revela que a passagem de uma profundidade para outra se faz de forma

A. gradual. B. lenta. C. suave. D. súbita.

(23)

TEXTO B

YANN ARTHUS-BERTRAND UM FOTÓGRAFO PELA CAUSA

AS SUAS IMAGENS AÉREAS TÊM APENAS UM FIM – MOSTRAR A TERRA PARA QUE AS PESSOAS A PRESERVEM

POR LUÍS RIBEIRO

Yann despertou para a fotografia aérea por acidente. Encontrava-se no Quénia, nos finais da década de 70, a estudar uma família de leões quando, deslumbrado com as savanas, decidiu apreciar as paisagens a partir de um balão de ar quente. Levou uma máquina fotográfica com ele.

No regresso a França, publicou um livro com fotos dos animais. Passou a dedicar-se à fotografia, a única linguagem, acreditava ele, capaz de descrever a beleza da natureza. […]

Mas as imensas paisagens africanas que ficaram registadas na sua câmara, durante os passeios de balão, nunca o abandonaram. Em 1991, Yann Arthus-Bertrand, hoje com 61 anos, funda a Altitude, a primeira agência dedicada à fotografia de altitude. O projecto da sua vida, no entanto, só chegaria em 1994. Depois de várias recusas de patrocinadores para um ensaio aéreo que recolhesse imagens por todo o mundo, recebe, na véspera do Natal de 1993, a melhor das prendas: a UNESCO1 seria sua parceira. Começava uma aventura que terminaria no livro A Terra Vista do Céu, publicado em 1999: uma gigantesca colecção de imagens dos quatro cantos do mundo, tiradas de altitudes entre os 20 e os 2 mil metros, e, de longe, a obra mais importante do seu género (a base de dados total tem 3 mil fotos). Oito anos após o seu lançamento, os números do sucesso são espantosos: três milhões de exemplares vendidos, traduções para 24 línguas e exposições que já atraíram mais de 100 milhões de visitantes.

Ecologista obstinado

Yann Arthus-Bertrand nasceu em 1946, em Paris, numa família de joalheiros. Aos 17 anos, começa a sua vida profissional como assistente de realização, carreira que abandonará quatro anos mais tarde para gerir uma reserva natural no Sul de França. Aí fica até à viagem para o Quénia, em 1976.

O seu trabalho como fotógrafo manteve sempre o mesmo objectivo ambientalista: mostrar o encanto da Terra para sensibilizar as pessoas a protegê-la. Sendo um ecologista de convicções, tenta garantir que o impacto negativo do seu trabalho no ambiente seja nulo: o dióxido de carbono emitido pelos helicópteros é compensado através de investimentos em energias renováveis e na reflorestação.

Luís Ribeiro, Visão, 7 de Junho de 2007 (texto adaptado)

VOCABULÁRIO:

1 UNESCO – Sigla de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

(24)

1. As afirmações apresentadas (de A a G) referem-se a acontecimentos biográficos de Yann Arthus- -Bertrand. Escreva a sequência de letras que corresponde à ordem cronológica desses acontecimentos, do mais antigo ao mais recente. Comece a sequência pela letra F.

A. Funda a agência Altitude, dedicada à fotografia aérea. B. Viaja para o Quénia para estudar uma família de leões. C. Consegue uma parceria com a UNESCO.

D. Publica o livro A Terra Vista do Céu.

E. Expõe as suas fotografias para milhões de pessoas. F. Nasce numa família de joalheiros, em Paris, em 1946. G. É gestor de uma reserva natural no Sul de França.

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2. Selecione, em cada item (2.1. a 2.4.), a alternativa que permite obter a afirmação adequada ao sentido do texto.

2.1. A expressão «um fim» (linha 3) pode ser substituída por A. um termo.

B. um limite. C. uma conclusão. D. uma finalidade.

2.2. Na frase «Yann despertou para a fotografia aérea por acidente.» (linha 6), a expressão «por acidente» significa que esse facto se deveu a

A. um acontecimento casual. B. um momento azarado. C. uma circunstância triste. D. uma situação desastrosa.

2.3. O «projeto da sua vida» (linhas 14 e 15) consistia em A. fazer carreira na UNESCO.

B. fundar e promover uma agência dedicada à fotografia. C. recolher e divulgar imagens aéreas do mundo inteiro. D. regressar às paisagens africanas.

2.4. Yann Arthus-Bertrand é apresentado como «um fotógrafo pela causa» (linha 2), sendo a causa a que o título se refere

A. a defesa dos direitos humanos. B. a luta pela protecção do Planeta. C. a divulgação da fotografia de altitude. D. a promoção do turismo em África.

(25)

1. Complete cada uma das frases seguintes com um dos elementos do quadro apresentado.

que/ de que/ a quem/ cujo/ em que/ onde a) O livro _________ mais gostei tinha fotografias de paisagens africanas. b) O fotógrafo _________ saco de viagem foi roubado ficou desesperado.

c) Aqueles são os fotógrafos _________ o presidente ofereceu um prémio de cidadania. d) Este é o lugar do nosso país _________ conheço melhor.

2. Transforme cada par de frases simples numa frase complexa, utilizando conjunções das subclasses indicadas entre parênteses. Faça as alterações necessárias.

a) Os ecologistas denunciam os problemas ambientais. Os ataques à natureza são cada vez mais frequentes. (conjunção subordinativa concessiva)

_______________________________________________________________________________________ b) Os munícipes fazem a separação dos lixos. A Câmara Municipal trata da recolha dos resíduos domésticos. (conjunção coordenativa copulativa)

_______________________________________________________________________________________ c) A equipa de fotógrafos é tão esforçada! O diretor premiou o seu trabalho. (conjunção subordinativa consecutiva)

_______________________________________________________________________________________

3. Reescreva as frases apresentadas, iniciando a oração sublinhada pela conjunção, ou pela locução, indicada entre parênteses. Faça as alterações necessárias nas orações sublinhadas.

a) Mesmo se não me quiseres acompanhar, vou agora à praia. (mesmo que)

_______________________________________________________________________________________ b) Se vires alguém a deitar lixo no mar, avisa as autoridades! (caso)

_______________________________________________________________________________________ c) Apesar de não teres muito tempo livre, deves ir à exposição sobre baleias. (ainda que)

_______________________________________________________________________________________ d) Para poderes mergulhar em águas profundas, tens de receber treino apropriado. (para que)

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Grupo IV – Expressão Escrita

As causas ambientalistas têm muitos defensores, como é o caso do fotógrafo francês Yann Arthus- -Bertrand. Acualmente, vários são os apelos a que cada indivíduo, no dia a dia, se responsabilize pelas consequências dos seus atos no meio ambiente.

Escreva um texto correto e bem estruturado, com um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras,

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