• Nenhum resultado encontrado

IV EREEC João Pessoa - PB 19 a 21 de setembro de 2017

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "IV EREEC João Pessoa - PB 19 a 21 de setembro de 2017"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

19 a 21 de setembro de 2017

LOGÍSTICA DE TRANSPORTE COMO FERRAMENTA NA REDUÇÃO

DE CUSTOS E AGREGAÇÃO DE VALOR DE UM PRODUTO FINAL

Igor Bernardino Borges (igor.bb7@gmail.com) Jeniff er de Nadae (jeniff er.nadae@ufca.edu.br) Josivan Leite Alves (josivanleite3@gmail.com)

Cicero Anderson do Nascimento Santos (c.anderson.nascimento@gmail.com)

Resumo: Um bom sistema de transportes reduz signifi cativamente os custos gerados para uma empresa, reduzindo o preço

do produto fi nal e fazendo com que a mercadoria chegue onde há demanda. Por essa razão, o trabalho buscou analisar as consequências que a logística de transporte adotada pode gerar em uma empresa, identifi cando os fatores que mais a afetam e as que são considerados mais importantes durante o desenvolvimento do plano logístico, a fi m de reduzir custos e garantir a qualidade do serviço. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfi co acerca do tema, envolvendo conceitos sobre a logística propriamente dita e a atividade de transporte. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso, sendo realizada uma entrevista em uma distribuidora no ramo de bananicultura. Ao fi m, fi cou explícito que os principais fatores de preocupação e geração de custos estão ligados ao governo e que o planejamento logístico possui elevada importância para garantir vantagem competitiva por meio da busca da melhor rota de distribuição tanto em desempenho operacional quanto em economia.

Palavras-chave: Logística. Transporte. Distribuição. Planejamento.

Abstract: A good transportation system signifi cantly reduces the costs generated for a company, reducing the price of the

fi nal product and causing the merchandise to arrive where there is demand. For this reason, the work sought to analyze the consequences that the logistics of transport can generate in a company, identifying the factors that aff ect it the most and which are considered most important during the development of the logistics plan, in order to reduce costs and ensure The quality of service. For this, a bibliographical survey about the theme was carried out, involving concepts about the logistics itself and the transport activity. The research was carried out through a case study, and an interview was conducted at a distributor in the banana industry. Finally, it was explicit that the main factors of concern and cost generation are linked to the government and that logistic planning has high importance to ensure competitive advantage by searching the best route of distribution in both operational and economic performance.

Keywords: Logistics. Transport. Distribution. Planning.

INTRODUÇÃO

Em um mercado moderno, a quali dade da logística transformou-se uma das ferramentas determinantes da competitividade na medida que se geram metodologias efi cazes na redução de custos e otimização do tempo para determinado produto ou serviço., quando se atentam a formação de sistemas logísticos que acompanham o desenvolvimento e os sistemas econômicos[1].

Partindo da visão do cliente, a atividade logística diminui o tempo de produção e eleva o nível de con-fi ança em relação às entregas, além de evitar custos elevados com relação a estocagem e o manuseio de produ-tos. Assim, cada uma das atividades soma valores ao produto fi nal[2].

Vale destacar que uma condição sign ifi cativa para a inserção da estratégia de logística de uma empresa é mensurar as capacidades logísticas devidas para todas as operações de logística e ligações funcionais e de uso efetivo[1].

(2)

Além do planejamento, implantação e controle do fluxo de mercadorias, a logística envolve estrategica-mente o gerenciamento da obtenção, movimentação e armazenagem de estoques de matéria-prima, produtos semi acabados e produtos finais e seus canais de distribuição, gerenciada por uma rede interligada de negó-cios[3].

A logística está estreitamente correlacionada com a área de transporte não somente pelo motivo de este representar o custo de fácil identificação nas operações logísticas como também porque a maioria dos opera-dores logísticos em diversos países, incluindo o Brasil, tem sai formação no serviço de transportes ou arma-zenagem. Gradativamente, os transportadores englobam novos serviços em decorrência de novos acordos ou, inclusive, pela junção com organizações multinacionais[2].

O setor de transportes corresponde a uma das principais áreas que a logística abrange, de modo que a mesma representa uma parcela significativa dos custos logísticos, influenciando diretamente no preço final de um produto.

Para muitas organizações, o transporte é uma atividade logística mais importante, fundamental para ele-var a capacidade de distribuição física, proporcionado a participação das empresas nos segmentos de mercado que atuam, gerando um diferencial dos seus produtos/serviços ofertados e na obtenção de vantagens compe-titivas[4].

O transporte representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas. Ele pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos supera o lucro operacional. Depreende-se, portanto, que um transporte eficiente é sinônimo de preços mais atrativos para o cliente final, atuando tanto em um maior nú-mero de consolidação de vendas, quanto contribuindo para a geração de vantagens competitivas em relações a outras empresas[5].

O desenvolvimento econômico e a inserção das mais variadas atividades industriais no brasil fizeram com o que a logística de transporte ganhasse um destaque no país, servindo como ferramenta estratégica e competitiva no mercado atual. No segundo semestre de 2012 o Governo Federal lançou o Programa de Investi-mento em Logística- PIL, com a finalidade de aumentar a escala dos investiInvesti-mentos em investiInvesti-mentos na infra-estrutura dos modais de transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário no Brasil. De modo geral, o PIL determinou diretrizes, objetivando o reestabelecer o planejamento integrado dos transportes, de maneira a implantar uma rede de infraestrutura de transporte moderna e eficiente, com uma capacidade de promover uma maior competitividade ao país, assim como incentivar o desenvolvimento econômico e social[6].

Assim, a escolha do meio de transporte mais adequado para conduzir o produto ao seu destino final se torna o escopo da logística quando a busca é conciliar as necessidades das empresas garantindo vantagem com-petitiva, com as necessidades dos clientes de ter seu produto certo e na hora certa com um custo acessível[7].

O setor de transportes é uma das forças motrizes mais representativas da economia mundial, pois permi-te a movimentação de pessoas, bens e serviços, contribuindo para o crescimento econômico. Estima-se que o valor adicionado à economia pelo setor de transportes equivalha de 3% a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de um país. Os investimentos nos transportes são da ordem de 2% a 2,5% do PIB, mas podem chegar a até 3,5% quando os países fazem a modernização de infraestruturas ultrapassadas ou quando aplicam na constru-ção de novas infraestruturas para os transportes. Além disso, este setor representa de 5% a 8% do total pago aos trabalhadores[8].

Tanto no âmbito das políticas públicas de investimento em infraestrutura quanto no âmbito gerencial de empresas privadas e estatais, a principal decisão relativa ao transporte de cargas é a escolha dos modais de transporte[9]. Os modais de transporte se dividem em cinco: aéreo, aquático, duto viário, ferroviário e

rodoviá-rio, de forma que a escolha de um transporte para a efetuação de entrega de determinada mercadoria deve con-siderar os custos e características de cada um.

Diante de todo o material supracitado, o método de pesquisa selecionado é o estudo de caso único rela-cionado ao planejamento logístico de distribuição, aplicado em uma distribuidora consolidada no mercado no ramo de frutas, responsável pelo abastecimento de suas mercadorias em grande parte da Região do Cariri e em outros estados, com o objetivo de analisar o planejamento da logística de transporte adotada, suas influências na geração de custos e as consequências que a metodologia aplica tem diante o mercado consumidor.

Este trabalho está dividido em cinco partes. Nesta primeira seção se tem a parte introdutória que apre-senta uma contextualização do tem bem como objetivos e estrutura. A segunda traz a revisão literária sobre Logística e Logística de Transporte para dar suporte ao entendimento da proposta do trabalho. A terceira parte aborda o método de pesquisa utilizado para a coleta e análise de dados. Na quarta seção são apresentados os

(3)

resultados discutidos com base na teoria e ao fim, na quinta parte estão as considerações finais com a síntese dos resultados, implicações e limitações.

1. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 Logística

A logística consiste no processo de planejar, executar e controlar o fluxo de produtos, serviços e infor-mação que vai da origem até o local de consumo com o intuito de atender aos pedidos dos consumidores, sen-do assim, uma parte da chamada cadeia de suprimentos[7].

Sendo um dos conceitos gerenciais mais modernos, a logística é ao mesmo tempo uma das atividades mais antiga podendo ter seu surgimento confundido com o inicio da atividade econômica organizada na qual estavam envolvidos a produção e troca de excedentes, de modo que criava as funções base e de grande impor-tância dos serviços logísticos: armazenagem, estoque e transporte[10].

A logística vem a ser uma associação de atividades de movimentação e armazenagem, ordenadas a para diminuir as dificuldades no fluxo de produtos dos fornecedores e matérias-primas[11].

A logística é uma manifestação do processo de planejamento, operação e controle do fluxo de produtos (bens manufaturados, granéis agrícolas, granéis minerais etc.), por intermédio da utilização intensa de infor-mações, que venha a oferecer a quantidade precisa de mercadorias nos locais e períodos determinados a um custo reduzido[12].

O processo de planejamento, implementação e controle eficaz, a um custo correto, o fluxo e a armaze-nagem de matérias-primas e estoque ao longo da fabricação de produtos acabados, as informações referentes a essas atividades, desde o ponto de origem até o local de consumo, buscando atender as exigências dos clientes vem a ser definição do que é a logística[13].

1.2 Logística de transporte

Dentro do contexto de cadeia temos que todas as partes são dependentes umas das outras, pois estão in-terligadas de modo que para garantir a realização da operação de modo geral todas essas partes devem atuar de modo eficiente para que a logística consiga garantir o fluxo ideal das mercadorias, atingindo assim seu obje-tivo. A garantia da produção em um país industrializado em que produtos acabados são entregues aos clientes é feita através da logística uma vez que esta permite o andamento dos insumos no processo[14]. A ligação entre

todos os elos da cadeia é garantida por meio do transporte em dois sentidos, indo do fornecedor ao consumi-dor final e no sentido inverso.

Tendo como função básica transportar produtos e permitir a uma sociedade ter acesso a um produto ou serviço fora do seu alcance, ou que só seria adquirido por um preço elevado, a logística de transporte pode ser vista como uma função econômica que promove a integração entre as sociedades que produzem bens diferen-tes (GUERESCHI, 2012). Essa função de transporte está ligada às dimensões de tempo e lugar, já que este se faz necessário para garantir o alcance do objetivo do serviço logístico, de disponibilizar o produto certo, a quantidade certa, na hora exata, no lugar correto e pelo menor custo possível[15,5].

Os produtos quase nunca são consumidos no mesmo local de sua produção o que torna o transporte uma parte importante na cadeia de suprimentos e um fator de custos significativos[16]. A visão com relação aos

trans-portes precisa passar a ser como a de um sistema aberto dentro de uma perspectiva sistêmica onde as informa-ções são processadas e resultam em decisões, tais como possui uma frota ou terceirizar, quando renovar a frota, o que será possível ser feito por meio de uma análise profunda dos custos[16,17].

Na atividade de transporte os custos são decorrentes de fatores como mão-de-obra, manutenção, com-bustível, instalações de carga e descarga e gastos administrativos, separados em dois grupos (fixos e variá-veis)[8].

Uma das maneiras de minimizar os custos é por meio da escolha dos modais de transporte (rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e dutoviário), levando em consideração o custo fixo, custo variável, disponibili-dade, confiabilidisponibili-dade, rapidez, capacidade e freqüência de cada tipo de modal e junto com o entendimento das técnicas de formação e controle dos custos operacionais de fretes, caminhões e vida econômica dos veículos[17].

(4)

Em se tratando do modal rodoviário, as empresas podem carregar seus caminhões por lotação cheia fa-zendo um único lote com o veículo totalmente carregado, ou por lotação fracionada compartilhando a carga em pequenos lotes e dividindo com outros transportadores, entretanto o modo de operação da empresa irá depen-der da quantidade que a mesma deseja transportar visando sempre atingir o melhor desempenho e rendimento (CHOPRA; MEINDL, 2003; NOVAES, 2007)[18].

São muitas as opções para transporte de cargas, inclusive por mais de um modal, porém todas essas op-ções devem ser cuidadosamente analisadas durante o planejamento logístico para decidir qual o método mais eficiente e rentável.

O transporte está sujeito ao risco de comprometer a qualidade da logística e a estratégia de toda a cadeia na medida em que as decisões passam a ter como foco o preço do serviço e quando priorizam as decisões ope-racionais em lugar das decisões estratégicas (MARTINS e VIEIRA, 2012). Para possuir um melhor controle bem planejado as empresas necessitam buscar inovações tecnológicas no transporte[19].

2. METODOLOGIA

O estudo de caso pode ser entendido como uma estratégia de pesquisa, podendo se apresentar de forma simples ou complexa devendo sempre ser bem delimitado. Pode ser embasado em outros, como também po-de ser distinto pois sempre apresenta um interesse próprio, único, particular, representando um potencial na educação Neste sentido, o estudo de caso se apresenta como uma investigação empírica, compreendendo um método abrangente, com a lógica de coleta, análise e planejamento. Pode incluir estudos únicos ou múltiplos, assim como abordagens qualitativas e quantitativas de pesquisa[20,21].

O estudo de caso sobre o planejamento logístico de distribuição de mercadorias foi proposto para iden-tificar as principais medidas e estratégias utilizadas pela empresa a fim de realizar uma entrega eficiente e lu-crativa de suas mercadorias. Sua articulação se embasa em pesquisas de campo de modo a observar os arranjos institucionais existentes, bem como a relação com os beneficiários.

Ao escolher o estudo de caso é preciso estar aberto as novidades e atento aos novos elementos durante toda a pesquisa. Devido à complexa realidade, podem surgir diferentes cenários em uma determinada situação, podendo ocorrer a necessidade de abordá-los[22].

Fundamentados nisso, foi realizada uma visita técnica ao centro de distribuições da empresa analisada, bem como entrevista com o responsável pelo setor logístico das distribuidoras. Posteriormente se buscou da-dos secundários, alocada-dos principalmente no site da empresa, de modo a melhor compor o estudo. Um roteiro de pesquisa foi elaborado visando melhor aproveitamento em campo contendo 5 questões abertas (para que o responsável classificasse o grau de importância de acordo com o que era perguntado) e 8 fechadas que condu-ziram o estudo de caso, além disso, um checklist foi aplicado com o intuito de analisar aspectos quantitativos e qualitativos das rotas de entrega. além disso, documentos e relatórios diversos das empresas selecionadas fo-ram analisados para contribuir para a construção do estudo. Além disso, documentos e relatórios diversos da empresa selecionada foram analisados para contribuir para a construção do estudo.

O questionário ainda continha questões acerca de problemas que ocasionalmente são enfrentados por empresas de distribuição com a finalidade de identificar qual dimensão mais acontece e necessita de mais pla-nejamento.

Existem 08 grandes distribuidoras localizadas na região do Cariri, das quais apenas três se disponibi-lizaram para receber os autores no intuito de realizar a pesquisa de campo. Entretanto duas empresas foram descartadas por conter respostas limitadas que não atendiam ao objetivo da pesquisa. Assim, o estudo de caso se limitou a apresentar os resultados de uma organização. Amostra decidida de modo não probabilístico e por conveniência.

O estudo de caso foi realizado no mês de abril/2017 as respostas foram gravadas, posteriormente os da-dos foram transcritos e serão apresentada-dos no capítulo seguinte. Decidiu-se por manter o anonimato da empre-sa analiempre-sada a pedido dos entrevistados.

(5)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 A empresa

A empresa avaliada é do ramo de bananicultura fundada em 1996 na cidade de Missão Velha no estado do Ceará. Conta com três centros de produção localizados em Ponto Novo - BA, Missão Velha - CE e Cajua-para - MA, além de contar com sete unidades de distribuição nas cidades de Salvador - BA, Feira de Santana - BA, Fortaleza - CE, Barbalha - CE, Recife - PE, Belém - PA e Manaus - AM, que abastecem o Nordeste, o Amazonas, o Pará, o Amapá e as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro.

O modal de transporte utilizado pela empresa é o rodoviário devido a acessibilidade que o mesmo oferece em relação aos centros de produção para com os seus centros de distribuição, além de contar com a flexibilidade ofertada em organizar a rota e a pouca burocracia em relação a documentação exigida para o transporte.

3.2 O estudo de caso

Há uma preocupação com as dimensões relacionadas tanto ao tempo quanto ao lugar, uma vez que a lo-gística de transporte utilizada pela empresa visa que a mercadoria deve chegar onde há uma demanda poten-cialmente considerada dentro do prazo adequado as exigências de seus clientes, mostrando que essa prática condiz com os estudos de Nazário (2000). Com isso, viu-se que objetivam obter um diferencial competitivo, ao tempo que oferecem produtos de qualidade e prezam pela confiabilidade de seus clientes por meio da garantia de agilidade e qualidade na entrega.

Quando se questionou sobre o impacto que a logistica de transporte na gera a empresa, o responsável respondeu: “Se não houver um bom planejamento logistico, é bem provavel que haja atraso na entrega das fru-tas principalmente nos postos ficais. Isso gera um consideravel custo a empresa, uma vez que só para uma via-gem são necessários dois motoristas entre outras despesas diretas e indiretas”.

O impacto que o transporte gera no serviço também recebe a devida atenção pela empresa, já que levam em consideração que as exigências do mercado estão, geralmente, interligadas com a pontualidade do serviço mesmo lidando com alguns imprevistos relacionados à infraestrutura das rodovias brasileiras.

A partir dos dados coletados com o questionário percebeu-se que a empresa sofre com a infraestrutu-ra devido a má qualidade das rodovias binfraestrutu-rasileiinfraestrutu-ras, o que acarreta uma maior manutenção nos veículos, geinfraestrutu-ran- geran-do um custo considerável. Ademais, a empresa entende que o planejamento logístico se torna essencial para a qualidade e agilidade na entrega do produto final, principalmente como forma de evitar os atrasos em postos fiscais e portos, além de contar com dois motoristas por veículo. Utilizam como critério para a roteirização das entregas a quantidade em quilogramas de frutas.

Sobre as dimensões relacionadas ao serviço se buscou estabelecer um ranking, baseado nas respostas do entrevistado que atribuiu uma ordem de impacto, para identificar o principal problema enfrentado pela empre-sa em relação à logística de transporte (Quadro 1).

Quadro 1. Ranking dos problemas em relação à logística de transportes

1º Impostos 7º Frete

2º Pedágios 8º Armazenamento dos produtos 3º Condições da rodovia 9º Destino das mercadorias 4º Modal de transporte selecionado 10º Roteirização

5º Origem da mercadoria 11º Falta de planejamento logístico 6º Preço da mercadoria 12º Número alto de acidentes e roubos de

(6)

Com isso se pode perceber que os principais problemas enfrentados pela organização estudada decor-rem estão relacionados com o governo, uma vez que este é quem regulamenta e decide a respeito de impostos, pedágios e é responsável pela manutenção da infraestutrura (rodovias).

Além de identificar tais problemas a pesquisa revelou pelas respostas do entrevistado, que o maior custo logístico incorrido no processo de distribuição (Quadro 2), é gerado por tramites legais, fazendo do poder pú-blico mais uma vez um fator relevante no planejamento ao considerar que o mesmo, por possuir determinada burocracia encarece o serviço de modo que esse custo pode afetar o valor do produto.

Quadro 2. Ranking dos fatores geradores dos custos logísticos

1º Tramites legais 2º Transporte 3º Estoque 4º Armazenagem 5º Administração

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

No mundo competitivo atual não há como falar de serviço sem relacioná-lo com qualidade já que esta determina o potencial da organização e possui grande contribuição para a sobrevivência no mercado. A fim de verificar o que a empresa analisada prioriza durante o seu planejamento foi estabelecido um ranking com base nas respostas do entrevistado (Quadro 3), que vai do mais ao menos importanteem relação as dimensões con-sideradas sobre qualidade no serviço.

Quadro 3. Ranking das dimensões da qualidade do serviço

1º Confiabilidade de entrega 2º Preço

3º Responsividade 4º Empatia com o cliente

5º Tangíveis (integridade do produto) 6º Segurança

7º Qualidade do produto 8º Fatores pessoais

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

A confiabilidade de entrega aparece na liderança da preocupação da empresa confirmando que a mesma objetiva realizar o seu serviço de modo que seus clientes fiquem satisfeitos, mostrando o preço em segundo lu-gar como um meio mais atrativo. Entretanto devido aos fatores legais e de infraestrutura que incorrem custos no processo de distribuição a é possível deduzir que a organização em seu planejamento logístico busca fazer um equilíbrio entre seus interesses e as exigências dos clientes para que com isso o serviço seja realizado de modo benéfico para ambas as partes.

Ademais, A confiança que o consumidor atribui aos serviços e produtos ofertados traz uma considerá-vel vantagem competitiva assim como observado por Marcelino (2004), fazendo com que a empresa estudada trabalhe e incentive a sua equipe a manter o nível de serviço ao cliente, promovendo um aumento na sua lu-cratividade.

(7)

CONCLUSÕES

O estudo partiu de questionamentos sobre como as empresas que trabalham distribuindo produtos rea-lizam seu plano de transporte resulatndo no objetivo de fazer uma analise sobre planejamento da logística de transporte adotada pela empresa estudada, quais eram as influências na geração de custos e as consequências que a metodologia aplica tem diante o mercado consumidor.

A pesquisa revelou que os fatores aos quais a empresa mais fica atenta e desenvolve uma análise maior são os ligados ao poder público pois no topo de seus problemas estão os impostos, pedágios e rodovias em má condição, algo que acaba afetando negativamente o desempenho da organização e gerando um custo conside-rável que deve ser constantemente avaliado e planejado para garantir uma atuação competitiva.

Outra informação foi que juntamente com as obrigações legais o serviço de transporte em si é um os fa-tores que mais encarecem o processo de distribuição por gerarem um alto custo logístico, seguido pelo estoque e armazenamento, algo que sempre é visto na literatura e mais uma vez se confirmou nessa pesquisa.

Assim sendo, a fim de obter a confiabilidade do cliente, algo que para a empresa é de grande importân-cia, o planejamento busca fazer a empresa ter um bom desempenho equilibrando seus custos com a qualidade do serviço ofertado.

Diante isso a pesquisa mostra que para realizar um planejamento logístico eficiente, o pensar deve ir des-de as vantagens para a própria empresa objetivando reduzir seus custos ao analisar e mensurar qual a melhor opção desde a decisão sobre o modal, o tipo de carregamento (total ou fracionado) até as vias de distribuição (estradas), considerando o modo que tais fatores afetam no processo e na qualidade do serviço.

Teoricamente a pesquisa reforça que o transporte é a atividade do processo logístico que possui um maior custo, além de mostrar quais fatores geram esse custo de acordo com a organização, servindo de auxilio para outras empresas que não tinham conhecimento sobre tais itens.

O estudo foi feito apenas com uma distribuidora da região do Cariri que trabalha com um tipo específico de produto. Desse modo recomenda-se expandir o campo de pesquisa, bem como a quantidade de empresas e que distribuam produtos diferentes, pois para cada tipo de mercadoria há especificações a serem seguidas que podem resultar em novas informações. Ademais, dados estáticos não poderão ser utilizados nessa produção, uma vez os estudos sobre a logística de transporte na região é escassa e pouco explorada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] YUKHIMENKO B. I. Mathematical Formalization Of Certain Problems Of Transport Logistics. 2015. [2] MARCELINO, P. R. P. A logística da precarização. São Paulo: Expressão Popular, 2004.

[3] CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução de

custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997.

[4] SCANDOLARA, Neudi Luís. Logística Como Suporte de um Modelo de Transporte para Laminados de

Madeira. 2010.

[5] NAZÁRIO, Paulo. Papel do transporte na estratégia logística. In: FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Pe-ter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística Empresarial: A perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. p. 126-132.

[6] BRASIL, Ministério do Planejamento. Plano de Investimento em Logística. Disponível em: <http://www. epl.gov.br/ferrovias2>. Acesso em: 16 jun. 2017.

[7] BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial; tradução Raul Rubenich. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

(8)

[8] WORLD BANK (2000). World Bank’stransport home page. Disponível em: http://www.worldbank.org/ transport. Acesso em: Abr. 2017.

[9] FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:

planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

[10] FLEURY, Paulo Fernando. Logística Integrada. In: FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEI-REDO, Kleber Fossati. Logística Empresarial: A perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. p. 27-38. [11] RIBEIRO, D. M. Logística: conceitos, problemas e perspectivas. Curitiba: Ipardes, 2010. (Nota Técnica, n. 10).

[12] CNT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Plano CNT de logística. Brasília: CNT, 2008.

[13] FIESP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Conceito de logística. Bra-sília: Fiesp, 2016. Disponível em:. Acesso em: 13 jun. 2017.

[14] BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER M. Bixby. Gestão da Cadeia de Suprimentos e

Lo-gística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

[15] GUERESCHI, Jonathan Soares. Logística de Transporte: A Importância dos Custos Logísticos: AJM

Transporte Ltda - Lins - SP. 2012. 73 f. TCC (Graduação) – Curso de Administração, Unisalesiano, Lins, 2012.

[16] CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gestão da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e

Ope-rações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

[17] DAVID, Raphael Kling. Contribuição à escolha modal no transporte de carga: um modelo de decisão

ba-seado nos custos operacionais de transportes terrestres. 2007. 129 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de

En-genharia de Transporte, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http:// www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp078057.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2017.

[18] NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação

e Avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

[19] CAPO, Jeucimar Moro. Gerenciamento de projetos aplicado ao transporte de cargas especiais

indivisí-veis. 2005. 134 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Gestão e Desenvolvimento Regional, Departamento de

Economia, Contabilidade e Administração, Universidade de Taubaté, Taubaté, 2005. Disponível em: <http:// www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp001837.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2017.

[20] LÜDKE M, A. MEDA. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU; 1986. [21] YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman; 2001.

[22] GODOY, A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de

Empre-sas, v. 35, n. 3, p. 20-29. Disponível em: <http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/

Referências

Documentos relacionados

Este estudo caracterizou-se como um relato de caso, cujo objetivo foi avaliar a contribuição do alongamento passivo na melhora da amplitude de movimento articular

Continua a constituir uma prioridade prevenir a recorrência da crise que provocou o alívio em primeiro lugar, mas se não conseguirmos isto, o futuro alívio terá de: ser

“Unidade Autônoma”, de nº 21, localizado no 2º andar ou 4º pavimento, do EDIFÍCIO PIAZZA DI SPAGNA II, situado à Rua Esther Maccagnan Mancuso, nº 150 - Bairro Nova

Risk factors for the development of PMPS can be related to the patient or the surgery itself. As for age, the incidence of PMPS is higher in younger patients 36,37,45 ; this can

O conselho de administração deve exercer seu papel com a elaboração de estratégias para a empresa e deve eleger (e destituir) o executivo principal, fis- calizar e avaliar o

• No momento da avaliação final ao nível nacional na América Latina, o júri receberá os documentos para qualificar em anonimato, para garantir a transparência nesta fase. •

Após essa etapa da pesquisa, nos reunimos com as professoras Tarsila e Guita para refletir sobre a práxis pedagógica no ensino de arte observada em suas salas e elaborar uma ação

RoHSyCE Vistasuperior Medidasenmilímetros Diagramademedidas MR LUMINOSIDAD SÚPERBRILLANTE FRGB CÓDIGO: FF300RGBIA R G B R G B 10 50 16,7 ESPECIFICACIONES