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O direito à memória: análise de três acervos sobre a Ditadura Militar ( )

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O direito à memória: análise de três

acervos sobre a Ditadura Militar

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TEIXEIRA, Evandro. Tomada do Forte de Copacabana. Rio de Janeiro, 1 abr. 1964. Fotografia. Acervo IMS.

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Contexto Histórico

• O Golpe Militar foi deflagrado na madrugada de 1º de abril de 1964.

• O regime é assentado no discurso sobre livrar o país da corrupção e do comunismo para restaurar a democracia.

• São editados 17 atos institucionais, destacando-se o

• O AI-5 foi responsável pela perda de direitos políticos, estabelecimento de mecanismo de censura, e repressão (tortura, perseguição política, vigilância ideológica).

• Os anos de chumbo foram marcados por cinco governos militares: Castelo Branco (1964-1967), Costa e Silva (1967-1969), Médici (1969-1974), Geisel (1974-1979) e Figueiredo (1979-1985).

• O cenário artístico é marcado pelo ,

com as músicas de protestos, o Cinema Novo, e a utilização da

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Censura

1 2 3 4 5

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4. Mulheres de Atenas - Chico Buarque "por

considerarmos apologia ao relacionamento homem e mulher em comportamento decadente daquela época da Grécia, opinamos S.M.J. pela INTERDIÇÃO da letra” (sic). Acervo: Arquivo Nacional.

Censura

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Direito à memória

• Surgimento: o “breve” século XX é tido como o século da

memória. Após a Segunda Guerra, emerge pelo ocidente uma

profusão de monumentos, obras, espaços e memoriais dedicados à reflexão da memória e dos legados do passado recente.

• Diferença entre direito à memória e direito à verdade, e suas intersecções.

• A memória através da preservação, recuperação, e publicização de documentos, acervos e obras.

• Tipologia dos Museus: “museu de consciência”, “museu memorial”.

• Direito à memória no Brasil:

• A Lei de Anistia em 1979 e seus efeitos. • Políticas Governamentais.

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Instituto

Zuzu Angel

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Zuzu Angel

Fotografia de Zuzu Angel usando um casaco de pele, década de 1970, dimensões: 20,50 x 25,40 cm, papel fotográfico.

• Zuleika Angel Jones (1921-1976).

• Nascida em Minas Gerais, muda-se para o Rio de Janeiro de 1957, trabalhando na realização de roupas por encomenda.

• Zuzu produziu roupas tanto para a sociedade carioca como para personalidades internacionais, como Joan Crawford e Liza Minnelli. Também desenvolveu uma linha de roupas de prêt-à-porter.

• Em 14 de maio de 1971, Stuart Angel, seu filho, foi preso no Rio de Janeiro e levado para a Base Aérea do Galeão, onde foi brutalmente torturado e morto.

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Projeção Internacional

Liza Minnelli vestindo camiseta estampada da marca Zuzu, 1974, dimensões: 22,50 x 30 cm, papel fotográfico.

Elke Maravilha e Yuruah posando com peças da International Dateline Collection V, década de 1970, dimensões: 15,5 x 24 cm, papel fotográfico.

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Zuzu Angel em pé e ladeada por espadas de São Jorge. Década de 1970. Rio de Janeiro, Brasil. Registro fotográfico. Dimensões: 24,50 cm X 29,80 cm.

Modelos da coleção International Dateline collection inspirado em Lampião e Bonita. Década de 1970. Nova York, EUA. Papel fotográfico. Dimensões: 14,50cm X 20,00 cm.

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Documentos

Anúncio em inglês do desaparecimento de Stuart Angel, 15/08/1971, dimensões: 10,60 x 17, 30 cm, papel.

Carta de Zuzu Angel a Thomas Dine (Secretário do Senador Frank Church), 13/09/1971, dimensões: 22,50 x 29,31 cm.

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Moda e Protesto

• Em setembro de 1971, Zuzu lança a coleção “International

Dateline Colection III- Holiday and Resort”, em Nova York.

• No desfile, vislumbram-se bordados em vestidos amplos e brancos, que revelam a tortura e a repressão. As modelos vestiam faixas pretas nos braços em sinal de luto.

• Estampas de coleções passadas – até então coloridas – são reapresentadas em p&b.

• A partir de então, Zuzu Angel passa a fazer aparições públicas vestida sempre de roupas pretas e com um cinto de crucifixos. • A representação do anjo, além de símbolo do seu nome e da

marca, torna-se também um signo da morte de seu filho.

• Zuzu Angel é assassinada pelo Regime Militar em 1976. Na época, foi considerado um acidente de carro.

• Em 1993, a filha de Zuzu Angel, Hildegard Angel, funda o Instituto Zuzu Angel de Moda da Cidade do Rio de Janeiro.

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Zuzu Angel caminhando por Nova York acompanhada pela filha Ana Cristina Angel e uma modelo. Década de 1970. Nova York, EUA. Papel fotográfico.

Dimensões: 12,00 cm X 20,40 cm.

Xale luto de Zuzu (conjunto com vestido, lenço, cinto e colar). Década de 1970. Rio de Janeiro, Brasil. Seda lavrada, Franja.

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Vestido de protesto político, 13/09/1971, dimensões: 0,81 x 1,35 m, material: linho, zíper, colchete.

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Iconografia

Vestido de protesto político em foco.

Desenho de tanque verde e azul com bandeira, década de 1970, dimensões: 14,00 x 11,30 cm, desenho para bordado em papel.

Desenho de sol com grade, década de 1970, dimensões: 11,00 x 11,60, desenho para bordado em papel.

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Vestido de protesto político (anjo bordado em paetês), década de 1970, material: algodão, paetê, gorgorão.

Desenho de Anjo (Logomarca de Zuzu), década de 1960, dimensões: 50,20 x 58,20 cm, papel.

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Túnel Zuzu Angel:

Túnel Zuzu Angel, Rio de Janeiro, Março de 2020, Google Maps.

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Outras mídias:

Capa do Álbum Almanaque, Chico Buarque, 1981, Universal Music Group, Gênero: MPB.

Cartaz promocional do Filme Zuzu Angel, 04/08/2006,

dimensões: 23,00 x 31,00 cm.

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A Casa Zuzu Angel:

Casa Zuzu Angel. Usina, Rio de Janeiro. Fachada frontal com argamassa e azulejos. O Instituto comporta o museu e acervo da estilista. Acervo: Astorga Arquitetura.

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Um vento gelado soprava lá fora e os gemidos tinham a cadência dos passos dos sentinelas no pátio. Nele, os sentimentos não tinham eco nele, as baionetas eram de aço nele, os sentimentos e as baionetas se calaram. (...) Então houve o percurso sem volta houve a chuva que não molhou a noite que não era escura o tempo que não era tempo o amor que não era mais amor a coisa que não era mais coisa nenhuma

Canção para “PAULO” (À Stuart Angel)

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Memorial da

Resistência

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Memorial da Resistência de SP

• Edifício abrigou o Depto. Estadual de Ordem Política e Social – DEOPS, departamento da Política, criado em 1924. Ocupação total do prédio se deu em 1946.

• Atuação voltada para a apuração de crimes contra a “integridade da pátria”: investigação, perseguição e prisão de qualquer pessoa suspeita.

• Década de 1960: recrudescimento da ação policial e chefia de Sérgio Paranhos Fleury. Surgimento do “Esquadrão da Morte”. • Após AI-5: Operação Bandeirante (OBAN) – seleção dos

policiais mais duros e financiamento privado para agilizar a apuração das suspeitas. Deu origem aos DOI-CODI.

• Extinção do órgão em 1983: abertura política, mas evita-se que os documentos e operações fossem controladas pela oposição democrática.

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Cartão Postal com vista do Escritório e Armazéns da Sorocabana Railway Company, 1915. Fonte: NEVES (2014, p. 46)

Sérgio Fleury ao centro, 1973. Fonte: Memorial da Democracia. Disponível em: http://memorialdademocracia.com.br/card/no va-lei-penal-salva-o-delegado-fleury. Acesso em: 14/10/2020

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Memorial da Resistência de SP

• Início do processo de tombamento estadual: 1976 – contexto da morte de Vladimir Herzog.

• Reabertura do processo em 1984, sob gestão de Antonio Augusto Arantes. Contexto de abrangência de tombamento territorial dos Campos Elíseos.

• 1999: finalização do processo de tombamento (mais de 30 anos após sua abertura). Contexto de revalorização do bairro. CONDEPHAAT, Resolução 28 de 08/07/1999.

• Luta pela memória da Ditadura e da Repressão, mas inauguração do Memorial da Liberdade.

• 2008: Mudança de Memorial da Liberdade para Memorial da Resistência.

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Vladimir Herzog, década de 1970, Revista Fórum. Disponível em: https://revistaforum.com.br/politica/

mpf-denuncia-seis-pessoas-pelo- assassinato-e-simulacao-de-suicidio-de-vladimir-herzog/

Edifício do DEOPS, 1935. Fonte: NEVES (2014, p. 102)

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Capa do Processo de tombamento do Antigo DOPS, 1999. Disponível em: <

http://www.ipatrimonio.org/predio-do-

antigo-dops/#!/map=38329&loc=-23.534866000000005,-46.63885499999999,17>. Acesso em: 14/10/2020.

Inauguração do Memorial da Liberdade, 2002. Fonte: NEVES (2014, p. 138)

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Memorial Hoje:

• Lugar onde nunca houve liberdade, mas sempre houve Resistência.

• Novo projeto museográfico: foco na reconstrução dos espaços e nos depoimentos.

Cela com depoimento, 2013. Fonte: NEVES (2014, p. 182)

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Módulo C: A construção da memória: o cotidiano nas celas do Deops/SP. Acervo do Memorial da Resistência

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Corredor onde os presos tomavam banho de sol observados de cima. 2016 Katarina Holanda Fotografia

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Exposição

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Exposição AI-5 50 ANOS

• Exposição AI-5 50 – ainda não terminou de acabar.

• Esteve em cartaz entre setembro e novembro de 2018 no Instituto Tomie Ohtake.

• Curadoria de Paulo Miyada.

• A exposição rememora os 50 anos do ato, tendo por desígnio apresentar a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da opinião política.

• As obras reunidas, bem como seus respectivos autores, são retratos da censura, retaliações e limitações de direitos de expressão.

• Contou com mais de 150 obras e documentos de mais de 80 artistas e autores, dentre eles: Caetano Veloso, Chico Buarque, Renata Carvalho, Claudio Tozzi, Cybèle Varéla, Cildo Meireles.

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Visita à exposição, “AI-5 50 – ainda não terminou de acabar”, Entrada da exposição (“Painel Prólogo”) São Paulo, 2018. Acervo: divulgação do Instituto Tomie Ohtake.

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O painel inicial da exposição é estampado com a edição do Jornal do Brasil de 14 de dezembro de 1968. Na edição há como títulos: “ontem foi dia dos cegos”, “tempo negro, temperatura

sufocante. O ar está irrespirável. O país estando varrido por fortes ventos”.

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Exposição AI-5 50 ANOS.

• A exposição foi divida em seis núcleo:

• Primeiro Núcleo analisa os anos de 1964-1968, correspondendo ao período anterior ao AI-5.

• Até 1968 permanecia no ideário pátrio a ideia de que governo de exceção promovido pelo Golpe seria rápido, com desígnios de restaurar a democracia.

• Todavia, com a edição do AI-5 formaliza-se o regime ditatorial interna e internacionalmente.

• Segundo Núcleo: dedica-se às transformações artísticas e culturais resultantes da edição do AI-5, entre 1968 e 1970. • Terceiro Núcleo: analisa a “geração guerrilha”, entre os

anos de 1969 e 1970; a arte enquanto parte da guerrilha urbana, permeando suas formas de resistência e movimentação política.

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Exposição AI-5 50 ANOS.

• Quarto Núcleo: examina a arte da década de 1970 e sua crítica às estruturas autoritárias de poder. Analisam-se as produções “marginais”, as formas alternativas de distribuições e as experimentações linguísticas e artísticas.

• Quinto Núcleo: promove uma crítica ao modelo desenvolvimentista promovido pelo regime militar, em especial à produção de obras faraônicas e suas consequências, sobretudo, para as populações autóctones.

• Sexto Núcleo: produz reflexões sobre o processo de passagem de um regime autoritário para um regime democrático. Destacam-se os desafios de uma nova democracia e suas querelas institucionais.

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O presente, de Cybèle Varela. A obra foi enviada para a 9ª Bienal de São Paulo (Bienal de Arte Pop), mas acabou sendo censurada pelo DOPS. A obra acabou destruída, sendo reconstituída novamente para a exposição.

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Ampliação da obra o presente, de Cybèle Varela. No coração do centro da obra, encontra-se a seguinte frase “recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil”. Foto de Ricardo Miyada

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Guevara Vivo ou Morto, 1967, Claudio Tozzi, painel, dimensões: 175.00 cm x 300.00 cm.

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Exposição, “AI-5 50 – ainda não terminou de acabar”, São Paulo, 2018. Segundo Núcleo. Acervo: divulgação do Instituto Tomie

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A Prisão, Claudio Tozzi, 1968, dimensões: 200 x 200 cm, técnica: tinta em massa sobre hardboard.

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Lute de 1967, Carlos Zilio, Foto de Ricardo Miyada

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Inserção em Circuitos Ideológicos – 3, Projeto Cédula, Cildo Meirelis, 1970|1976. Foto de Ricardo Miyada

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Mesa executiva, Regina da Silveira, 1975, dimensões: 50 x 70,5 cm. Técnica: serigrafia. Série: “Destrutura Executiva”. Imagem retirada do acervo de Regina da Silveira.

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Sem título, Antonio Benetazzo, 1972, dimensões: 50 x 30 cm, técnica: grafite, guache e colagem sobre papel. Acervo: particular. Fotografia: Instituto Vladimir Herzog.

• Em 1972, Antonio Benetazzo inicia o processo de criação de sua última obra.

• Trata-se de uma colagem em que há o desenho de um pilão. Na parte superior da obra verifica-se o desenho de folhas e colocação de recortes – em um dos recortes é possível ler: “Brasil”.

• O artista havia se envolvido com a guerrilha, afastando-se um pouco da criação artística.

• Benetazzo foi preso 27 de outubro de 1972, e acabou brutalmente assassinado.

• A obra nunca foi concluída. A colagem permaneceu em sua mesa como a última criação.

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Foco da Obra Sem título, Antonio Benetazzo, 1972, dimensões: 50 x 30 cm, técnica: grafite, guache e colagem sobre papel. Acervo: particular.

Fotografia: Instituto Vladimir Herzog.

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Obra “História Política

Administrativa, Social e Econômica do Brasil”, 1990, de Paulo Bruscky e Daniel Santiago. Foto: Ricardo Miyada. Fonte: Revista Select

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Conclusão

Após períodos truculentos caracterizados por censura, repressão e destruição, a preservação do patrimônio assume papel preponderante como ferramenta de difusão de informações, bem como de prolação de valores democráticos. No âmbito da memória, a preservação e apresentação de acervos, obras e documentos ao público permitem a confecção das “memórias herdadas” ou “memórias próteses”, que embora não façam parte da subjetividade do espectador, são carregadas por esse último como suas, a partir das narrativas construídas.

Essa memória retida é uma ferramenta para o exercício da alteridade e da empatia, permitindo compreender a dor das vítimas e de seus respectivos familiares, assim como depreender a sociedade contemporânea.

(48)

Essa lembrança que nos vem às vezes... folha súbita

que tomba

abrindo na memória a flor silenciosa de mil e uma pétalas concêntricas... Essa lembrança... mas de onde? de quem? Essa lembrança talvez nem seja nossa,

mas de alguém que, pensando em nós, só possa mandar um eco do seu pensamento

nessa mensagem pelos céus perdida... Ai! tão perdida

que nem se possa saber mais de quem!

QUINTANA, Mario. Essa Lembrança que nos vem. In: QUINTANA, Mario. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2006

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1: Repressão militar na Praça da Sé, Evandro Teixeira,

fotografia 3: A Prisão, Claudio Tozzi, 1968, dimensões: 200 x 200 cm,

técnica: tinta em massa sobre hardboard. 5: Zuzu Angel em Nova York, 1971, dimensões: 16,50 x 23,00 cm. Legado do Acervo particular de Hildegard Angel. 2: Inserção em Circuitos Ideológicos – 3, Projeto Cédula,

Cildo Meirelis, 1970|1976,

fotografia p&b. 6: Manifestação no Rio de

Janeiro em 1968, Arquivo Nacional, Correio da Manhã.

7: Estudantes da Escola Nacional de Engenharia instalam “estação da legalidade”, 03/09/1961. Arquivo Nacional, Correio da Manhã 4: Mobilização de tanques no Rio de Janeiro em abril de

1964.

Arquivo Nacional, Correio da Manhã.

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Créditos da Montagem: “Instituto

Zuzu Angel”

• Vislumbra-se o retrato de Zuzu Angel junto da

combinação de duas plantas: angelica

archangelica (angélica), dracaena trifasciata

(espada-de-são-jorge).

• A angélica possui vasta simbologia para a vida

e obra de Zuzu Angel, já que representa o símbolo de sua marca (a figura do anjo), bem como seu próprio nome. Além disso, Angélica é o nome da música composta por Chico Buarque em sua homenagem.

• A Espada-de-São-Jorge sempre esteve presente na casa de Zuzu, em vasos na entrada. Claudiney Ferreira, um dos curadores da

Exposição Ocupação Zuzu (2014) no Itaú

Cultural, destaca que Zuzu fez pesquisas com a planta com o objetivo de criar uma fragrância para sua loja que tivesse a espada-de-são-jorge como ingrediente.

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Créditos da Montagem: “Memorial

da Resistência de SP”

• Na montagem, observa-se o prédio do Memorial da Resistência com suas cores saturadas, visando a aparentar um desenho ou pintura.

• Os cravos vermelhos são símbolo de amor. Nos anos de 1970, também se tornam símbolo da luta e da liberdade, devido à

Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, ocorrida em Portugal, a qual depôs

o Regime Salazarista.

• Pontua-se também a música “Tanto Mar”, de 1975, de Chico Buarque, que faz menção direta à flor símbolo da Revolução Portuguesa: “Sei que estás em festa, pá/

Fico contente/ E enquanto estou

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Créditos da Montagem: “AI-5 50

anos”

• No centro da imagem, há o documento que institui o AI-5 em 1968.

• Também há um recorte da obra “A Prisão”, de Claudio Tozzi, de 1968, que além de símbolo da repressão do regime, foi utilizada no material visual de divulgação da exposição, pelo Instituto Tomie Ohtake. • Os crisântemos brancos possuem conotação

de sinceridade e verdade, mas sua simbologia varia entre as diversas culturas do mundo. No Japão, aparecem como emblema do Império. Já em alguns países europeus (como Bélgica, Itália, França e Áustria) são associados ao luto e às homenagens fúnebres.

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Referências Bibliográficas

BRASIL. SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS (Brasil). Direito à verdade e à memória: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília: [s. n.], 2007. ISBN 978-85-60877-00-3.

BUARQUE, Chico. Angélica. [S. l.]: Ariola/Philips, 1981. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AhtlDIuSbIo. Acesso em: 15 set. 2020.

CARNEIRO, Júlia Dias. 50 anos do AI-5: artistas censurados contam como a repressão influenciou suas obras. BBC News Brasil, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46546686. Acesso em: 20 out. 2020.

CAYSES , Julia Buenaventura Valencia de. Isto não é uma obra: Arte e ditadura. Estudos Avançados, [s. l.], ed. 28, p. 114-128, 2014.

CRUZ, Heloisa de Faria. Direito à Memória e Patrimônio Documental. História e Perspectivas, Uberlândia, p. 23-59, 2016.

(54)

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GASPARI, Elio. As Ilusões Armadas: Ditadura Escancarada. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

IPATRIMÔNIO. Prédio do Antigo DOPS. Disponível em:

http://www.ipatrimonio.org/predio-do-antigo-dops/#!/map=38329&loc=-23.534866000000005,-46.63885499999999,17. Acesso em: 14 out. 2020.

JIMERSON, Randall. Archives for All: Professional Responsibility and Social Justice. The American Archivist, Estados Unidos, v. 70, ed. 2º, p. 252-281, 2007.

DOI https://doi.org/10.17723/aarc.70.2.5n20760751v643m7. Disponível em:

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KNACK, Eduardo; FERREIRA, Maria; POLONI, Rita (org.). Memória e Patrimônio: temas e debates. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. ISBN 978-85-5696-331-4.

MEDEIROS, Alexandre Pedro de. O real como trauma nos Guevaras de Claudio Tozzi. Encontro de História da Arte, [s. l.], p. 23-31, 2014.

(55)

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http://memorialdademocracia.com.br/card/vladimir-herzog-e-assassinado-no-doi-codi. Acesso em: 14 out. 2020.

NEVES, Deborah Regina Leal. A persistência do passado: patrimônio e memórias da ditadura em são paulo e buenos aires. 2014. 266 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-Graduação em História Social, História, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

RIBEIRO, Daniela Maura. Regina Silveira e o Terreno Da Ficção: o Cruzamento de Linguagens. Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, [s. l.], p. 1551-1560, 2012.

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Rio Grande do Sul (1964-1985): história e memória. v. 4. Porto Alegre: Corag, 2009. ZUZU Angel. Direção: Sérgio Rezende. Produção: Joaquim Vaz de Carvalho. Roteiro: Marcos Bernstein. Brasil: Warner Bros, 2006. DVD.

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Disciplina:

Interpretação Patrimonial: Museu, Cultura e Sociedade (MAK0144).

Título:

O direito à memória: acervos e obras sobre a Ditadura Militar (1964-1985).

Grupo:

Henrique Afonso da Cunha de Sousa – nº USP: 10340141 (Direito).

Jade Cardoso Sandilya – nº USP: 11271251 (Lazer e Turismo).

Karen Regina Bertolotti Cury – nº USP: 5454830 (Direito).

Pedro Vianna Godinho Peria – nº USP: 9862008 (Letras). Tárik Jarouche – nº USP: 10339880 (Direito).

São Paulo 2020

Referências

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