• Nenhum resultado encontrado

AMAZONE-SE TERÇA-FEIRA 02 DE JUNHO DE 202O R$5 ANO 1 NÚMERO 1 MANAUS CONTADA AQUI. ATAQUES À IMPRENSA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AMAZONE-SE TERÇA-FEIRA 02 DE JUNHO DE 202O R$5 ANO 1 NÚMERO 1 MANAUS CONTADA AQUI. ATAQUES À IMPRENSA"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

AMAZONE-SE

M A N A U S C O N T A D A A Q U I .

TERÇA-FEIRA 02 DE JUNHO DE 202O R$5 ANO 1 NÚMERO 1

ATAQUES À IMPRENSA

O DESAFIO DIÁRIO DO JORNALISTA

A TV na região

amazônica

É triste a realidade que estamos vivendo hoje, a agressão contra

os profissionais da imprensa só vem aumentando.

Página- 9

A televisão antes de chegar na sua casa precisou passar por vários procedimentos para conquistar seu espaço no AM. Página- 3

Foto: Reprodução/Twitter

AGRESSÃO CONTRA OS PROFISSIONAIS DE IMPRENSA

Do impresso

ao digital

No Amazonas, os portais de infor-mação dominam o campo jorna-lístico cada vez mais com notorie-dade. Página- 4

Coberturas jornalisticas

que são histórias

Uma das funções mais nobres no jornalismo é quando o repórter vai à campo fazer coberturas de assuntos polêmicos, calamidades públicas e entretenimento. Nessa hora o jornalista não pode deixar passar informa-ções importantes e nem esquecer de ouvir todos os envolvidos. Página-5

A chegada do impresso

no Amazonas

No Amazonas, devido à precariedade dos instrumentos de pesquisa da época fica difícil de rastrear o início da história da imprensa local. Apesar disso, sabe-se que foi em 3 de maio de 1851 que passou a circular o pri-meiro jornal da Província chamado “Cinco de Setembro”. Página- 6

O profissional

de imagem

A tecnologia e a máquina ajudam mas, sempre será o talento de quem a opera, o ingrediente pri-mário de qualquer obra. Página- 7

Os desafios diários do

novo jornalista

Com o surgimento da internet e suas tecnologias agregadas, o jornalismo teve que se adaptar às novas condições e até mesmo se reinventar para enfrentar o que certamente podemos chamar de uma nova era, tanto para profissionais quanto para as empresas. Página- 8

Crescem

portais no AM

Esses sites tem grande número de visualizações pela inovação tec-nológica e que o meio online pos-sibilita. Página- 10

(2)

2

Manaus, 02 de junho de 2020

O jornalismo é uma atividade es-sencial para a população. Ela preci-sa ser exercida por um profissional qualificado e confiável para que se

REGISTRO

PROFISSIONAL:

TER OU NÃO TER?

EIS A QUESTÃO

tenha a devida credibilidade ao noticiar/informar um fato. Tendo em vista isto, para nós jornalistas é extremamente importante o re-gistro para atuar como jornalista no mercado, pois somos profissionais de extrema importância valor para a sociedade como um todo. Muito se fez para que a nossa profissão fosse exercida por “qualquer um”, o que podemos considerar como um

ataque a imprensa e um forma de descredibilizar a profissão, porém, no dia 21 de abril de 2020, a MP 905 que permitia o exercício da profissão sem registro foi extinta, tornando-se obrigatório o registro profissional. Em meio ao atual mo-mento em que estamos vivendo, os jornalistas são sim um serviço es-sencial à população e tem de ser res-peitada, valorizada e exercida com

qualidade, ética e responsabilidade. As pessoas são todos os dias alvos de fake news e notícias sem fun-damentos que são compartilhadas de forma desenfreada o que pode ter bastante efeito negativo na vida das pessoas. Dito isso, precisamos de profissionais sim, qualificados e registrados oficialmente para que nossa profissão seja tratada com o valor e respeito que merecem.

VIOLÊNCIA

CONTRA OS

JORNALISTAS E

LIBERDADE DE

IMPRENSA NO

BRASIL

O Brasil continua sendo um país violento para o exercício do jorna-lismo, ainda que o número de ca-sos de agressões tenha diminuído. Os registros dos casos de violência contra a categoria, são vistos em várias ocorrências, e mais de um profissional agredido. As agressões

físicas são a violência mais comum, dentre elas ocorreram também ca-sos de agressões verbais, ameaças ou intimidações, atentados, censu-ra, cerceamento à liberdade de im-prensa por meio de ações judiciais, impedimento do exercício profis-sional, prisões e violência contra a organização sindical dos jornalistas. Sendo obrigados a conviver com censuras internas nas redações, manipulação dos fatos e até mesmo mentiras, sofrendo censura direta em mais de uma ocasião. O cenário no Amazonas não tem sido diferen-te, há ocorrências de agressões físi-cas e verbais, ambos impedindo o

exercício da profissão. Como o caso da jornalista Larissa Balieiro que so-freu inúmeras agressões de ofensas e falas machistas pronunciadas por um torcedor do time São Raimun-do, no campeonato amazonense de futebol. E outros casos não notifi-cado como o do jornalista Leandro Guedes e cinegrafista Michel Castro da rede amazônica, agredidos fi-sicamente durante a cobertura de um assassinato na casa de show o almirante, localizado no bairro Santo Antônio. De acordo com pes-quisas divulgadas pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) o presidente da República Jair

AMAZONE - SE

JORNALISTA RESPONSÁVEL

LEILA SOUZA

MTB 179-Am

SUPERVISOR

HELENO ALMEIDA

EDITORAS

ROSIANE OLIVEIRA

TALITHA TEIXEIRA

DIAGRAMAÇÃO

GERSON MARINHO

TALITHA TEIXEIRA

03/05/1851 - Lançamento do primeiro jornal, o periódico ‘Cinco de Setembro’.

02/01/1904 - Fundação do ‘Jornal do Commercio’, por Joaquim Rocha dos Santos. O jornal impresso mais antigo de Manaus em circulação nos dias de hoje. 02/09/1972 - Inauguração da primeira estação de televisão a cores (TV Amazonas).

04/02/1976 - Ligação de Manaus às primeiras 44 cidades brasileiras através do sistema DDD.

27/11/2012 - Cobertura do maior incêndio registrado em Manaus. Centenas de famílias ficaram sem suas casas no Bairro São Jorge.

EDITORIAL AMAZONE-SE

FOI HISTÓRIA

ROSIANE OLIVEIRA EDITORIAL

sias Bolsonaro foi responsável por vários casos de ataque a jornalistas e veículos de comunicação, ofensas e agressões diretas. Podemos ver a gravidade da situação, o registro histórico de cada caso e denúncia à sociedade brasileira e as entidades internacionais são instrumentos de combate à impunidade. A sociedade brasileira não pode prescindir da informação jornalística e não há jornalismo sem jornalistas. Toda e qualquer forma de violência contra jornalistas é, portanto, um atentado à liberdade de imprensa e ao direito do cidadão e da cidadã à informação de qualidade.

(3)

3

Manaus, 02 de junho de 2020

V

ocê sabe como a

televisão chegou

na região Amazônica?

Primeiro você precisa

saber que a televisão

antes de chegar na sua

casa precisou passar

por vários

procedimen-tos necessários para

conquistar seu espaço

e se tornar um meio de

comunicação de massa

presente na sociedade

brasileira. Essa mídia

televisiva é

importan-te porque serviu como

um meio de

comuni-cação, além do rádio,

de representação para

a integração do Brasil

através da imagem.

O professor de

comuni-cação social/

jornalis-mo na Universidade do

Estado de Minas Gerais

(UEMG), Plínio Volponi

Leal, conta que quando

falamos da história da

televisão não podemos

deixar de lado o rádio,

pois foi graças ao seu

auge entre a década de

40 e 50, quando

atin-gia muitas pessoas e se

tornou um meio de

co-municação social

mui-to grande que se deu

início à televisão no

Brasil. “Foi nesse

ce-nário e nesse contexto

que surgiu a televisão”,

afirma Volponi. Logo

no seu início, o acesso

à televisão era limitado

para a elite devido aos

poucos números de

aparelhos televisivos

disponíveis, mas ao

longo do tempo esse

cenário foi mudando.

O milagre econômico

foi um fator

primor-dial para o aumento na

venda de

eletrodomés-ticos - devido à vários

financiamentos

for-necidos pelo governo

– resultando na

popu-larização da televisão.

Os anos 50 foram

mar-cados praticamente

pela explosão de

emis-soras e de estúdios de

televisão, a década de

60 dá continuidade a

esse processo

expan-dindo a mídia

televisi-va para as demais

regi-ões do país. Nesse

pe-TELEVISÃO E SUA OCUPAÇÃO NA AMAZÔNIA

Yandra Negreiros

ríodo, o governo militar

tinha a ideia central de

defesa da segurança

nacional e a televisão

se tornou um artificio

que serviu a esse

pro-pósito. “O governo

du-rante o regime militar

viu a televisão como

um instrumento social

no qual eles poderiam

persuadir e impor seus

posicionamentos”,

in-forma o professor. Com

a necessidade de

ocu-pação, o governo do

Brasil voltou seu olhar

para a Amazônia

fa-zendo com que a

tele-visão chegasse

oficial-mente com o interesse

governamental sobre a

região.

Segundo o professor

publicitário e jornalista,

Geovani Berno, a

tele-visão veio para ocupar

um espaço vazio que

era o norte brasileiro,

pois naquela época

por exemplo, se pegava

melhor uma rádio das

américas – que eram

programas

produzi-dos em Cuba com viés

socialista – do que

rá-dio nacionais que não

tinham abrangência

para região norte. “Tem

vários pesquisadores

que falam desse

va-zio demográfico, e até

porque parece que nós

estamos vivendo hoje,

mas se falava muito na

questão dos

comunis-tas entrarem no Brasil”

comenta o pesquisador.

E o principal motivo

para levar a televisão

até essas regiões,

as-sim como o rádio, é o

desejo de integrar os

brasileiros que moram

nessas comunidades

que estavam surgindo

ao país, para que

acon-tecesse o que se

cha-ma de pertencimento.

“A televisão foi com o

avançar da tecnologia

uma necessidade para

levar a imagem do

Brasil para esses

rin-cões e também levar

a imagem desses

rin-cões, que chamavam

na época, para o

res-tante do país para que

as pessoas vissem que

aqui também era Brasil”

destaca Berno.

Atualmente a televisão

ainda possui esse papel

importante de

divul-gação, principalmente

para a região

Amazô-nica. Os profissionais

de comunicação, como

jornalistas, que atuam

nessa área da mídia

televisiva assumiram

esse papel de mostrar

a região e

principal-mente quem vive aqui,

sendo as imagens

re-gistros incontestáveis

da grandeza da região

e de quanto o Brasil e

o mundo precisam se

importar e conhecer a

Amazônia. Como

afir-ma a jornalista Marcela

Rosa Marcon: “Os

sim-plistas sempre veem

somente as notícias

ruins, mas só eu fiz

centenas de matérias

pra Globo, SBT, CNN

(em inglês e espanhol)

mostrando pesquisas

científicas, iniciativas

econômicas, culturais

e lugares da nossa

re-gião”. Isso mostra que a

televisão tem a missão

de aproximar as

pesso-as, levar e trazer

infor-mação fazendo com

que as pessoas se

sin-tam integradas,

impor-tantes e representadas,

tendo como resultado

o desenvolvimento da

região.

A MÍDIA TELEVISIVA TEVE UM PAPEL IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA, AGINDO COMO UM

FOMENTADOR QUE DESENVOLVE TODA A REGIÃO E INTEGRA A POPULAÇÃO AO PAÍS

Fonte: Divulgação

Fonte: Acervo Pessoal

Fonte: Acervo Pessoal

Fonte: Acervo Pessoal

Plínio Volponi Leal, professor de comunicação social/jorna-lismo

Geovani Berno, jornalita e publicitário

Marcela Rosa Marcon, Jorna-lista apresentadora e editora

HISTÓRIA AMAZONE-SE

(4)

4

Manaus, 02 de junho de 2020

E

pensar que, no pas-sado, o jornalista não poderia trabalhar sem uma caneta e um bloco de anotações. Hoje, basta que o profissional tenha um dispositivo móvel em mãos. No Amazonas, mais especificamente, os portais de informa-ção dominam o campo jornalístico. Quem diria que uma tela de celular substituiria as tábuas usadas pelos primeiros jornais, as “actas”? Entre-tanto, tudo isso ocorreu gradualmente.

O jornalista do Portal A Crítica, Dante Graça,

acompanhou essa tran-sição do impresso ao digital. Para ele, entrar para o meio digital de fazer jornalismo não foi

um processo complicado, o que não significa que a atividade não tenha sido desafiadora: “Como quase tudo no mercado, foi difícil. Na época em que trabalhava no D24, eu era editor do caderno de cultura, quando re-cebi a notícia que seria uma plataforma digital. Um ano depois, eu saí e precisei estudar para assumir o outro cargo. É preciso aprender coisas que não são ligadas com o jornalismo.” Já a mudança da asses-sora de comunicação do Fundação de Hemato-logia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), Flávia Rezende, também ocorreu de forma tran-quila: “A transição acon-teceu naturalmente. Eu tinha essa experiência

DO IMPRESSO AO DIGITAL

em televisão, em jorna-lismo de TV e jornalis-mo de internet. Fiquei em um hiato e quando eu voltei a trabalhar, aca-bei já indo para asses-soria. Eu considero que não tem diferença, tudo é comunicação. Tanto jornalismo propriamente dito quanto assessoria, exigem as mesmas habi-lidades. Você tem que ter um faro, apuração, mui-ta atenção na apuração dos fatos, uma lingua-gem clara, saber se ex-pressar (seja por texto, seja por vídeo, seja na hora de conversar com as pessoas, perguntar o que você quer saber), a clareza com que você vai trabalhar.”

Acredita-se que o jor-nalismo digital já está consolidado aqui no

es-tado. Até por conta disso, muitas pessoas preveem o fim dos jornais impres-sos. Inclusive, Flávia Re-zende é uma dessas pes-soas. Segundo ela, é um questionamento polêmi-co, pois sempre quando há o aparecimento de um novo veículo de comuni-cação, a sociedade pensa que o anterior desapare-cerá. Ela ainda comple-menta: “Já estamos em uma grande crise, os jornais já estão saindo do impresso e migran-do mesmo para o digital, porque são poucas pes-soas que chegam no dia e não sabem o que acon-teceu no anterior. Elas já viram o que aconteceu. Chegou no WhatsApp, Facebook, Instagram, o vizinho já comentou, elas já ouviram no rádio,

assistiram na televisão. Está em todos os locais. Elas já estão sabendo tudo o que aconteceu. Então por que elas iriam comprar um jornal no dia seguinte para ver o que elas já sabem?”

Portanto, é válido res-saltar que, apesar de mudar a forma de fazer jornalismo, o intuito de todos os veículos é o mesmo: informar sobre o Amazonas para quem desconhece. O veículo de comunicação digital também procura expan-dir o alcance da infor-mação, tentando incluir populações do interior do estado, assim como um jornal impresso de bairro, por exemplo, ten-ta incluir os moradores da localidade onde se encontra.

PROFISSIONAIS DO RAMO DÃO DETALHES DE COMO FUNCIONA O JORNALISMO DIGITAL

ATUALIDADE AMAZONE-SE

Foto: Arquivo/Dante/Flávia

Maria Beatriz

Josnalistas profissionais que hoje atuam no jornalismo digital

(5)

U

ma das funções mais nobres no jornalismo é quando o re-pórter vai à campo fazer coberturas de assuntos polêmicos, calamida-des públicas e até mesmo entrete-nimento. Nessa hora o jornalista não pode deixar passar informações importantes e nem esquecer de ou-vir todos os envolvidos. Sempre em compromisso com a verdade, pro-curando a melhor forma de deixar o seu público bem informado.

A jornalista Camila Leonel do Jornal Acrítica relata que a sensação de fazer a cobertura de um jogo histó-rico para nosso estado causou uma emoção muito grande. “Mesmo que o Manaus FC não subisse de série

a união do povo Manauara com energias positivas era surreal, es-tava vivendo a quase realização de um sonho no esporte Amazonense”, conta Camila.

“Primeiro de tudo, a sensação de que vamos presenciar um jogo histórico já dá aquela emoção, sabe?”, relata a jornalista. Segundo a jornalista, o passe certo para uma boa cober-tura de esporte é fazer uma ótima preparação, estudar sobre os jogos anteriores, prestar muita atenção nos passes certos e errados e por fim sentir a emoção de assistir ao vivo e pertinho do campo um dos dias mais importantes para o estado do Amazonas.

O jornalista Paulo André do Jor-nal Acrítica relata sua experiência como torcedor nesse histórico jogo para os amazonenses. Conta sobre a preparação no dia do jogo, sua ansiedade e as expectativas, os pro-blemas enfrentados por ele naquele dia. A emoção ao ver a arena lota-da a euforia lota-da torcilota-da, e podendo acompanhar um dia histórico igual aos anos 2000 do glorioso São Rai-mundo. “O que mais me marcou, foi o acesso do time a série c na vitória

por 3 a 0 sobre o Caxias, a euforia da torcida numa Arena da Amazônia completamente lotada. Fazendo nos relembrar da época dos anos 2000 do glorioso São Raimundo.”, conta Paulo André.

Em fevereiro de 2020, a jornalista Vanessa Oliveira lembra, quando no dia foi anunciado pelo vice-go-vernador Carlos Almeida, que iria acontecer a reintegração de pos-se do bairro Monte Horebe. Como ela havia participado da coletiva de imprensa, O portal tucumã e a Band a convocaram para cobrir todo o desenvolvimento dessa de-sapropriação.

“Era uma segunda-feira chuvosa e por sinal a gente chegou cedo com

outras equipes de reportagem ali no Viver Melhor, que era onde saia a sede pra poder entrar na invasão. Eu fui com o pensamento de que era muito melhor desapropriar aquela área, porque a criminalidade naque-le lugar era muito grande,” afirmou. Vanessa nos conta que a primeira dificuldade foi a primeira barreira, onde não era permitida a entrada de equipes de reportagens, ou seja, os jornalistas não iriam conseguir cobrir efetivamente o que estava acontecendo ali. Algumas equipes precisaram criar estratégias para poder entrar na invasão e captar algumas imagens. A jornalista conseguiu cobrir mesmo que in-diretamente e relata que a falta de liberdade prejudicou a todos os pro-fissionais da comunicação.

JORNALISTAS FAZEM PARTE DE FATOS HISTÓRICOS QUE JAMAIS SERÃO ESQUECIDOS

COBERTURAS HISTÓRICAS AMAZONE-SE

Foto: Reprodução

Alexsandro Teixeira Karoline Nascimento

COBERTURAS JORNALÍSTICAS QUE

SÃO HISTÓRIAS

5

Manaus, 02 de junho de 2020

O time Manaus FC comemorando mais uma vitória

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

“P

articipar

dessa

reintegração

foi uma

gran-de

experiên-cia para minha

vida”, conclui a

jornalista.

(6)

6

Manaus, 02 de junho de 2020

N

o Amazonas,

de-vido à

precarie-dade dos instrumentos

de pesquisa da época,

fica difícil de rastrear

o início da história da

imprensa local. Apesar

disso, sabe-se que foi

em 3 de maio de 1851

que passou a circular o

primeiro jornal da

Pro-víncia chamado “Cinco

de Setembro”. Ele

per-maneceu por cerca de

8 meses circulando

até mudarem o nome

para “Estrela do

Ama-zonas”. Em 2 de janeiro

de 1904, J. Rocha dos

Santos fundou o Jornal

do Commercio. Ele é o

jornal mais antigo em

circulação no estado e

um dos mais antigos

do Brasil. A história do

jornal pode ser

dividi-da em três grandes

pe-ríodos: a fundação do

jornal; a “era

Chateau-briand”, quando foi

in-tegrado à rede Diários

Associados em 1943; e

a gestão do jornalista

Guilherme Aluízio de

Oliveira Silva a partir

de 1985. Neste

perío-do, foi denunciado um

esquema de sonegação

na Superintendência

da Zona Franca de

Manaus (SUFRAMA),

que levou a demissão

do então presidente.

A partir disso, o jornal

segmentou o

conte-údo para a economia

aproveitando que

ne-nhum outro meio de

comunicação dedicava

tratamento prioritário

à Zona Franca.

No Brasil, a “Gazeta

do Rio de Janeiro” e

o “Correio

Brasilien-se”, foram os

primei-ros jornais impressos.

As publicações dos

jornais na época, não

eram regulares, o

equi-pamento para

impres-são gráfica era caro, por

isso haviam diversos

jornais escritos à mão.

Historiadores

apon-tam o primeiro jornal,

chamado de Acta

Diur-na, relatava os feitos

de César. O jornalista

Alberto Dines na época

editor-chefe do Jornal

do Brasil relatou em

uma entrevista que

até o AI-5 o regime

autoritário não havia

provocado mudanças

na rotina da redação.

COMO FOI A CHEGADA DO IMPRESSO NO AMAZONAS E NO BRASIL

Logo do jornal do Commercio em 1904

FATO HISTÓRICO AMAZONE-SE

Clara Perret/Rita Duque Colaboração: Beatriz Aquino

A CHEGADA DO IMPRESSO NO ESTADO

DO AMAZONAS

Foto: Reprodução/Rodrigo Basile

Jornal do Commercio surgiu em 1904 Foto: Reprodução/Internet

O Marco inicial da Imprensa no Brasil Foto: Reprodução/Internet

“C

obria--se tudo,

publicava-se

tudo. As

gran-des alterações

começaram em

1968.”, disse

Alberto Dines.

(7)

R

egistrar perspectivas diferentes por meio de suas lentes e garantir que isso se perpetue eternamente esse é o trabalho essencial dos profissio-nais de imagem. Eles emprestam seu talento e sua visão para captar cenas que transmitem alegria, solidão, es-perança, inúmeras emoções capazes de nos contar histórias, sem precisar de uma única palavra. No Amazonas dois profissionais exercem essa missão diariamente. Contar histórias em fotos e imagens que retratam fatos sob uma ótica, não puramente profissional, mas também pessoal. Alexandro Pereira é um cinegrafista com 15 anos de experi-ência que já atuou em várias coberturas nacionais sobre a Amazônia. Alberto César Araújo traz em cada foto a baga-gem de quem atua como fotojornalista há quase 30 anos. Dois profissionais da imagem, cada um com a sua visão sobre o ofício de informar. Cinegrafista do Núcleo Investigativo da Rede Amazô-nica em Manaus, afiliada da Rede Globo, Alexandro Pereira defende que a credi-bilidade é fundamental no jornalismo. É a confiança do telespectador em saber que está sendo bem informado. “Nossas imagens precisam transmitir o máximo de confiança”, diz Alexandro. Ele relata sobre uma viagem a cidade peruana de Caballococha na fronteira com o Brasil, onde foi acompanhar a destruição de

uma fazenda de cocaína pela polícia do Peru. Durante a operação ele precisou pular de um helicóptero. “Isso é muito difícil, pois além da adrenalina de um possível confronto, você ainda tem que fazer isso tudo correndo, tem que se-guir o faro, dedo no rec e Deus na fren-te”, conta o cinegrafista. Na cobertura da pandemia do novo coronavírus no Amazonas esteve frente a frente com

os dramas de quem perdeu familiares para a Covid-19. “Famílias chorando por seus familiares, covas sendo abertas como trincheiras, pessoas morrendo dentro de suas casas. Ver a dor de uma mãe gritando por seu filho que não vai mais voltar, aquilo fica ecoando na sua cabeça, mas temos que ser fortes, pois somos a linha de frente nesse momento e temos que registrar a imagem”. Jornalista e fotógrafo desde 1991, Al-berto César Araújo, atualmente traba-lha na Agência Amazônia Real. Alberto acumulou prêmios ao longo da carreira e teve o nome estampado em projetos socioambientais de organizações como o World Wide Found for Nature (WWF) e o Greenpeace Brasil. Ele lembra da época em que atuou na imprensa tra-dicional. “Tínhamos limitações gravís-simas no uso de filmes e matérias para trabalhar. Quando chegou o sistema digital isso melhorou”, conta o fotógrafo.

Alberto César criou uma espécie de conto, uma narrativa escrita, sobre o momento da ação de registrar uma cena. Apesar dos avanços tecnológicos, o fo-tojornalista vê no mercado atual um grande retrocesso nesses 30 anos de profissão.

EMOÇÕES CONTADAS SEM PRECISAR DE UMA ÚNICA PALAVRA

FOTOJORNALISMO AMAZONE-SE

Gerson Marinho

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE IMAGEM

Foto: Alberto César

Profissionais

registram e

contam

histó-rias através de

suas lentes.

7

Manaus, 02 de junho de 2020

A tecnologia precisa jogar a favor do profissional, principalmente para quem busca emplacar fotos em plataformas como Google Earth e Street View. A tecnologia e a máquina ajudam, mas sempre será o talento de quem a opera, o ingrediente primário de qualquer obra. O ofício de captar imagens exige um aprendizado constante. As artes, em especial as pinturas, inspiram muitos

fotógrafos que buscam na visão dos grandes artistas formas diferentes de retratar a realidade. “No meu caso, além de fotografar, busco escrever sobre fo-tografia, conhecer outras obras, estudar muito. Já organizei quatro exposições coletivas nacionais e uma internacional. Me considero um curador em formação, que é uma das habilidades que acho im-portante hoje no mundo da fotografia”, diz Alberto. Em um de seus trabalhos

Os policiais saem da via-tura. Arma em punho. Edu-ardo já não raciocina corre em direção a ambos. Arma sua Canon. No visor um homem ren-dido com as mãos na cabeça e um policial a apontar a nove milíme-tros. O primeiro disparo. Eduardo nunca tinha ouvido um disparo de pistola de tão perto. Estava entre o policial e o homem ren-dido. O olhar do policial se cruzou por menos de um segundo com o seu antes do segundo disparo. Pensou que o próximo tiro po-deria vir em sua direção. Porque nenhum PM em sã consciência se deixaria fotografar assim. Tão exposto. Em plena ação. E como já sabia do “modus operandi” da “briosa Policia Militar”, resolveu sair daquela posição de extremo risco”.

Foto: Alexandro Pereira

Covas sendo abertas como trincheiras

(8)

O

jornalismo contemporâneo vem evoluindo, vencendo barreiras, enfrentando novos desa-fios e a tecnologia estão cada dia mais presentes na vida no novo jornalista. Com o surgimento da internet e suas tecnologias agregadas, o jornalismo teve que se adaptar às novas condi-ções e até mesmo, se reinventar, para enfrentar o que certamente podemos chamar de uma nova era, tanto para profissionais quanto para as empresas. Ouviu-se muito que os rádios acaba-riam na época em que as televisões estavam se desenvolvendo, hoje ainda é enorme a audiência que os progra-mas de rádio ainda cativam. Com o

passar dos anos, as mídias evoluíram e passaram a estar presentes no meio on-line. Aumentaram os investimentos em portais, sites, blogs e redes sociais para que suas notícias cheguem de forma rápida a seus leitores. Aprender a trabalhar com todas essas ferramen-tas de comunicação virou um desafio diário para os novos jornalistas profis-sionais da era digital. O jornalista atual desempenha multitarefas e multipla-taformas, pois o mercado se por um lado está exigente e é desafiador, por outro, tem a oportunidade de realizar trabalhos diferentes dos quais a facul-dade os prepara.

A jornalista e radialista Odinéia Araujo da Rádio Mix Fm em Manaus no Ama-zonas, afirma que a ascensão da tec-nologia e da internet provocou

trans-formações nas formas que se utilizam para comunicar e informar sobre fatos diversos, desde novidades cotidianas a acontecimentos importantes no mundo. Por conta disso, os jornalistas estão se adequando garantindo um “lugar ao sol” no mercado de trabalho pois sempre haverá grandes desafios e dificuldades nesse novo universo. Existem novas carreiras desafiadoras para os novos jornalistas investirem como a profissão repórter, sim, o bom e velho cargo de repórter continua à disposição. O que mudou é a sua atua-ção. Hoje, mais que escrever ou narrar boas histórias, o repórter precisa saber se comunicar de maneira apropriada com as peculiaridades de públicos distintos: quem lê uma matéria na internet tem perfil diferente de quem

assiste TV e isso deve ser considerado na hora de produzir notícias. Saber mais sobre estratégia e planejamento para o ambiente digital é fundamental para o jornalista que deseja trabalhar nesse ramo. Podemos concluir que a era digital é um caminho sem volta e o jornalismo está se reinventando para acompanhar a nova realidade. No entanto, os jornalistas não podem esquecer que a divulgação da infor-mação é o coração de sua profissão. Não importa em qual mídia.

COM O SURGIMENTO DA INTERNET, O JORNALISTA TEVE QUE SE ADAPTAR AS CONDIÇÕES

INOVADORAS, SE REINVENTAR PARA ENFRENTAR UMA NOVA ERA DIGITAL

ATUALIDADE AMAZONE-SE

Luís César Moreira/Luana Silva

OS DESAFIOS DO NOVO JORNALISTA

8

Manaus, 02 de junho de 2020

O jornalista atual precisa estar apto a exercer multitarefas

Foto: Reprodução/Internet

Foto: Reprodução/Internet

(9)

9

Manaus, 02 de junho de 2020

A

jornalista Larissa Ba-lieiro e outras mulhe-res foram alvo de ofensas por um torcedor do time São Raimundo quando es-tavam no estádio no dia 08 de março de 2020, durante o retorno no segundo turno do campeonato amazonen-se de futebol.

“Tive medo de o cara fazer alguma coisa comigo, mas foi um medo inicial, sen-ti na pele o pavor que a mulher tem em denunciar qualquer tipo de agressão.”, relatou Larissa Balieiro.

A jornalista se sentiu extre-mamente incomodada com a situação e no mesmo mo-mento recorreu ao delegado da partida, mas não obteve nenhuma resposta positiva. Toda a ação do torcedor foi gravada pela jornalista que posteriormente entrou com uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva do Ama-zonas (TJDA), a qual julgou e condenou o agressor. Em 2019, o jornalista Le-andro Guedes e toda sua equipe foram agredidos fisicamente durante a co-bertura do assassinato de um empresário em Manaus. Um dos seguranças que se

encontravam no local agre-diu o cinegrafista Michel com o portão e o jornalista tentava conter a ação. “Foi surreal para todo

mun-do. Em nenhum momento faltamos com respeito aos familiares do morto e nem com o trabalho da polícia e seguranças do local. Eu e Michel ficamos assusta-dos, já tínhamos passado por momentos de agressão verbal, mas nunca física.”, declarou Leandro Guedes. De acordo com a psicólo-ga Silmara Rosseto, toda e qualquer agressão física ou verbal pode gerar traumas que podem ou não serem

superados, principalmente um transtorno de estres-se pós-traumático. Essa é a triste realidade que os profissionais da imprensa tem vivido e só tem aumen-tado o número de casos. No ano passado a Federação Nacional de Jornalistas (FE-NAJ) registrou 208 ataques

a jornalistas e veículos de comunicação no Brasil. Os jornalistas do sexo mascu-lino são a maioria entre as vítimas de violência, em decorrência deles serem a maioria no exercício da pro-fissão. Entre as mulheres 21,67% foram vítimas de alguma agressão.

DIFICULDADES ENFRENTADAS DIARIAMENTE PELOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA

ESPECIAL AMAZONE-SE

Beatriz Aquino

Colaboração: Clara Perret-Gentil e Rita Duque

BASTIDORES DA IMPRENSA:

VIOLÊNCIA, ATAQUES, TRAUMAS, CENSURA E DESRESPEITO

Foto: Reprodução/Twitter

Larissa (de óculos, à direita) ao lado das demais jornalistas também agredidas

Foto: Divulgação/G1

(10)

10

Manaus, 02 de junho de 2020

J

á é comum as pesso-as se informarem pela internet e redes sociais e há quem acredita que os jornais físicos já são pas-sado. Mas, porque está ocorrendo essa mudança do modo de fazer o jornalis-mo? As pesquisas mostram que os meios tradicionais possuem linhas editoriais que não abarcam muitos assuntos. Com o advento da internet alguns jorna-listas experientes viram um espaço para poderem fazer matérias e publicar

notí-cias que não eram possí-veis. Os sites têm grande número de visualizações pela inovação tecnológica e no experimento das novas estratégias que o meio onli-ne possibilita, promovendo um trabalho de qualidade e credibilidade, e ao mesmo tempo alcançando diversos grupos sociais. Um exem-plo disso é o surgimento de mais de 50 sites de no-tícias independentes no Estado do Amazonas nos últimos cinco anos tendo a disputa pela atenção do público local aumentada segundo uma pesquisa feita pela faculdade UFMS.

Esse crescimento se tornou uma grande preocupação para a grande mídia, pois ela teve que encontrar no-vas estratégias para manter sua ampla audiência, que por muitos anos permane-ceu intacta, ou seja, até o jornalismo tradicional mu-dou e por isso que temos podcasts de notícias, sites, redes sociais e outras va-riedades de passar notícias. Jornalista e criador do Por-tal BNC Amazonas, Neuton Correia, diz que tem desa-fios nesse novo meio como as fake News: “Então, nesse momento que entra a ciên-cia da comunicação, o

jor-nalismo, que é o exercício da apuração das notícias. Você não pode confundir uma informação de uma notícia, ela é o resultado de um processo da infor-mação. O jornalista recebe uma informação, verifica a procedência, tem certeza da verdade e do que poderá dar a credibilidade aos fatos e a publicação, depois disso confronta com a realidade. Isso é o que resulta na mi-nha credibilidade” ele afir-ma. Os textos precisam ser objetivos e chamar a aten-ção do leitor, uma vez que há uma vasta concorrência, principalmente quando

di-vulgados nas redes sociais. Isso não quer dizer que os portais de notícias não possam publicar conteúdos mais aprofundados, como artigos de opinião de colu-nistas. No entanto, as no-tícias corriqueiras do dia a dia do precisam ser breves, pois o consumidor atual é voraz e gosta de acompa-nhar tudo o que acontece em primeira mão.

TANTO O PÚBLICO QUANTO OS PROFISSIONAIS DO JORNALISMO ESTÃO PREFERINDO O MEIO

VIRTUAL DEVIDO A FACILIDADE DE DIFUNDIR INFORMAÇÕES

INTERNET AMAZONE-SE

Lucas Araújo/Igor Souza

CRESCE O NÚMERO DE PORTAIS DE NOTÍCIAS EM MANAUS

Portais que crescem em números de acesso no Estado do Amazonas

Foto: Reprodução/Canvas

Foto: Arquivo Pessoal

Referências

Documentos relacionados

Assim, o letramento focaliza os aspectos sociais da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade (SOARES, 2017). 98) define as práticas de letramento como

Para a realização da análise fatorial, utilizaram-se 37 variáveis (Tabela 1) produzidas para o estudo, o que inclui dados presentes no ambiente pedonal de três bairros da cidade

A par disso, analisa-se o papel da tecnologia dentro da escola, o potencial dos recursos tecnológicos como instrumento de trabalho articulado ao desenvolvimento do currículo, e

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Tal será possível através do fornecimento de evidências de que a relação entre educação inclusiva e inclusão social é pertinente para a qualidade dos recursos de

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se A espectrofotometria é uma técnica quantitativa e qualitativa, a qual se baseia no fato de que uma

¢ll', ™pe• oÙ m£qon œrga qalassopÒrwn ¡li»wn ka• buq…hj oÙk o‧da dolorrafšoj dÒlon ¥grhj, Leukoqšhj œce dîma baqÚrroon, e„sÒke pÒntou ka• s ka•