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Google une patrocinadores em
plataforma de conteúdo olímpico
O F E R E C I M E N T OQ U A R TA - F E I R A , 2 4 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 6
R$ 4,86 bi
foi o quanto a LeTV, da China,
pagou pelos direitos de TV do
campeonato local até 2020
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 4 4 7
POR DUDA LOPES
O Google apresentou na terça--feira uma plataforma inédita de conteúdo olímpico. O projeto, chamado “O Brasil Inteiro Joga Junto” tem patrocínio de quatro parceiros dos Jogos, em diferen-tes categorias. Claro, Nissan, Skol e Visa estão associados ao proje-to da empresa americana.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o diretor de marketing da Nissan, Arnaud Charpentier, justificou o motivo de se associar.
“É um projeto de ativação em comum entre os quatro patro-cinadores para levar um pouco da experiência dos Jogos para todo o público brasileiro. E esse é justamente nossa posição. Não queremos ser o patrocinador que apenas coloca o nome no papel. Nós queremos levar os Jogos a todos. Por isso, por exemplo, que somos os patrocinadores do reve-zamento da tocha”, explicou.
Há algumas peculiaridades: o projeto é global, mas os patro-cinadores locais, como a própria Nissan, não devem usar a
ferra-menta fora do Brasil. Além disso, como o Google não tem acordo com o Rio, o evento não é men-cionado. O projeto une diversas ferramentas do Google. Há uma série de vídeos de “YouTubers” famosos, sempre com temas rela-cionados aos Jogos Olímpicos.
O “Ana Maria Brógi”, que ensina receitas famosas de forma simples, publicou na ferramenta o filme “Como fazer o hambúrguer gigante do Michael Phelps”, refe-rente à calórica dieta do nadador americano. Assim se segue com outros famosos do YouTube.
Há também, no site, uma série
de jogos referentes às modali-dades que serão disputadas no Rio. No evento que apresentou o projeto, o Google disponibilizou algumas dessas versões, entre elas a natação e o badminton.
Além da parte mais descontra-ída, o site contém diversas infor-mações sobre os Jogos Olím-picos, desde detalhes sobre as modalidades até um mapa do Rio com os eventos esportivos, além, claro de pontos turísticos.
A plataforma é a primeira ação mais específica do Google na geração de conteúdo durante um megaevento esportivo mundial.
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diretor de conteúdo da Máquina do Esporte
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
diretor da conteúdo da Máquina do Esporte
Como melhorar a imagem da Fifa?
A Fifa elege seu novo presidente
na próxima sexta-feira. Quem quer
que vença o pleito, não dará uma
resposta de credibilidade ao público
do futebol. Pesquisa global feita pela
ONG Transparência Internacional
mostra que os torcedores não se
sentem representados por nenhum
dos cinco candidatos (leia à pág. 5).
Mesmo com a queda de
dirigen-tes, um atrás do outro, qual castelo
de cartas, a Fifa ainda não mostra
sinais de que alterou as práticas
corporativas do esporte mais
popu-lar do planeta. É senso geral, por
exemplo, que as eleições para a sede
das Copas de 2018 e 2022 não
tive-ram lisura, para dizer o mínimo.
Quase todos os principais
diri-gentes da América foram presos ou
estão sendo investigados por
cri-mes como recebimento de suborno,
formação de quadrilha e
enriqueci-mento ilícito. A Confederação
Sul--Americana de Futebol (Conmebol)
elegeu, há um mês, o quinto
presi-dente em três anos. Três dos
man-datários anteriores estão presos.
Sendo assim, como fazer para
res-gatar a credibilidade da Fifa?
Somente soluções radicais
pode-riam resgatar a credibilidade
insti-tucional. Todos os contratos em
vi-gor com suspeita de irregularidade
deveriam ser revistos ou anulados.
Não há mais tempo hábil de alterar
a sede da Copa de 2018. Para 2022,
uma mudança também é traumática.
A Fifa ao menos deveria exigir dos
futuros anfitriões práticas mais
hu-manas nas obras de construção dos
estádios do Mundial, manchadas
por denúncias de trabalho escravo e
morte de operários estrangeiros.
A dura missão de resgatar
a credibilidade da Fifa
Pepsi troca Messi por time de atletas em
ativação da Liga dos Campeões
POR REDAÇÃO Em 2014, ano de Copa do Mundo, a Pepsi
con-tratou o argentino Lionel Messi como principal garoto-propaganda da marca. Ao lado de outros jogadores de outras seleções,
como David Luiz, a ideia da marca era combater o patrocí-nio da Coca-Cola ao torneio.
Dois anos depois, a Pepsi abriu mão de sua maior estre-la. No primeiro ano em que patrocina a Liga dos Campe-ões da Europa, a marca esca-lou um grupo de jogadores
para reforçar a ligação com a competição, que entrou em sua fase final nas últimas semanas. Sergio Agüero (Manchester City), James Rodrí-guez (Real Madrid), Vincent Kompany (Manches-ter City), Alexis Sanchíz (Arsenal) e David de Gea (Manchesster United) são os
garotos-propagan-das da campanha lançada durante a semana. O conceito da campanha, que é ancorada por um comercial de TV e se reflete para outras
mídias, entre elas um aplicativo para celular, é criar o “cartão azul”.
“Enquanto os tradicio-nais cartões amarelo e vermelho servem para interromper o jogo, o cartão azul da Pepsi si-naliza que as coisas vão começar a ficar empol-gantes, o que é o pontapé perfeito para iniciar o ano da marca”, diz Carla Hassan, VP da Pepsico.
A escolha dos atletas também tem relação com a proximidade dos Jogos Olímpicos. Alguns deles devem estar presentes no Rio-2016. No torneio olímpico, o patrocínio é da Coca-Cola.
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A Magnus, marca de ração para cachorros, fez a estreia no espor-te nesespor-te ano, com o contrato de um ano com o time de futsal de Sorocaba. Com a equipe “lidera-da” por um cão, a marca quer se destacar na liga da modalidade e conseguir projeção nacional.
Com sede em Salto de Pirapo-ra, cidade na região metropolita-na de Sorocaba, no interior pau-lista, a Magnus planejava entrar no esporte em 2017, para ativar programas sociais e para fazer ações de endomarketing. Quan-do a Brasil Kirin deixou o time de futsal, a empresa adiantou o planejamento. Agora, com Falcão e cia., quer ganhar mercado.
Nesse primeiro momento, o plano é conquistar o público local. “Nossa vontade é estar
cada vez mais próximo do que é feito nos Estados Unidos, promovendo um grande evento em cada partida. Dentro de nossas limitações orçamentárias, claro”, explicou o executivo de marketing esportivo da marca, Rodrigo Luporini.
Um dos responsáveis por essa popularização será um cão. Mascote do time, o cachorro que leva o nome da marca é uma atração à parte. Ele entra com o time, diverte o público, tira fotos com Falcão. O animal está até no renovado escudo da equipe.
“Faremos um ‘espaço Magnus’ em cada partida, com sessões de autógrafos e com atrações para a família. No último jogo, distribu-ímos 1500 amostras do produto
para os presentes. É um exemplo do que podemos fazer”, disse.
Com a presença de Falcão e da inusitada mascote, a Magnus es-pera, aos poucos, conseguir uma exposição nacional com o futsal. Para isso, deverá precisar de mais tempo e, por isso mesmo, a em-presa já fala em renovações por mais temporadas com a equipe.
Além disso, a marca patrocina o apresentador Milton Neves na TV.
POR DUDA LOPES
Com apelo canino, Magnus usa
futsal para nacionalizar marca
A Brasil Kirin mudou a estratégia para a Stock Car. A equipe Carlos Alves Competition Team trocará de marca da empresa. Em 2015, os carros levavam a Schin, mas agora ficarão com a Eisen-bahn, marca catarinense comprada em 2008.
Dessa maneira, a Brasil Kirin vai priorizar uma de suas marcas premium de cerveja; essa será a estreia da Eisenbahn no esporte. Agora, a equipe passará a se chamar Eisenbahn Racing Team.
Em nota, a empresa justificou a escolha para usar a Stock Car como uma “plataforma de enga-jamento e de democratização” da Eisenbahn.
A Brasil Kirin tem realizado algumas mudanças
em suas plataformas esportivas nos últimos me-ses. Além de estrear a Eisenbahn no segmento, ela rompeu com o futsal de Sorocaba, no fim de 2015. No futebol, fechou um contrato com o Itua-no para a disputa do Campeonato Paulista.
E há investimentos em outros esportes. O gru-po usa a água Schin para agru-portes em corridas de rua. Já a Devassa, outra cerveja artesanal compra-da pela empresa, foi usacompra-da em alguns eventos de MMA nos últimos anos. Na Stock Car, a equipe terá dois pilotos: o gaúcho Vitor Genz e o argen-tino Néstor “Bebu” Girolami. Carlos Alves, que dava nome ao time, segue no comando técnico.
Pesquisa divulgada pela ONG Transparência Internacional (TI) mostra que 69% dos torcedores não confiam na Fifa. O estudo, divulgado de forma simultânea em Londres e Berlim, ouviu 25 mil pessoas em 28 países.
“Como torcedores temos uma relação de amor com o futebol. Mas quando os resultados, seja de competições, de escolha de sedes ou eleição [de presidente], não são limpos, nos sentimos en-ganados”, diz Cobus de Swartd, diretor administrativo da TI.
Swartd disse que o esporte de-veria ser uma força para impulsio-nar bons valores no mundo, mas os últimos escândalos mostram que o futebol está muito vulnerá-vel à corrupção. Gareth Sweeney, editor de um relatório da TI sobre a corrupção no esporte, afirmou que a confiança em entidades como Fifa, Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), entre outras, só irá se
recuperar com grandes reformas que devem ser implementadas de maneira transparente.
“Esperamos mudanças reais e irreversíveis em 2016”, afirma.
Segundo a pesquisa, 50% dos torcedores não acreditam que a Fifa possa recuperar a confiança perdida. Já 43% dizem que os escândalos irão reduzir o prazer gerado pelo futebol.
No total, 60% não votariam em nenhum candidato à presidência da Fifa, cuja eleição será na sexta--feira, em Zurique, na Suíça (leia mais sobre a eleição abaixo).
Para 69% das pessoas, os torce-dores deveriam ter direito a voto nas eleições da Fifa. Os países que menos confiam na Fifa são Chile (88%), Argentina, Irlanda e Coreia do Sul (80% cada um).
POR REDAÇÃO
Pesquisa mostra que 69% dos
torcedores não confiam na Fifa
A primeira polêmica envolvendo a eleição da Fifa já foi formada a três dias do pleito que deci-de o primeiro presideci-dente após 40 anos da dinastia João Havelange-Joseph Blatter. O candidato Ali Bin Al Hussein entrou com recurso na Corte Arbi-tral do Esporte para exigir cabines transparentes nas urnas da eleição que acontece na sexta-feira,
ou então adiar a votação até que seja atendido. Hussein alega que os votantes têm sido força-dos a tirar foto para mostrar em quem votou. Para inibir esse tipo de atitude, Hussein, que é príncipe da Jordânia, ofereceu à Fifa cabines transparen-tes, usadas na eleição da Conmebol, para serem usadas na eleição, mas teve o pedido negado.