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ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS EM PACIENTES PÓS-INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO PRÉ E PÓS-PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 1

ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS EM PACIENTES PÓS-INFARTO AGUDO DO

MIOCÁRDIO PRÉ E PÓS-PROGRAMA DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Leonardo Squinello Nogueira Veneziano, Rubia Graciela Doge,Roberto Dias,

Rodrigo Sebastião Cruvinel Cabral ,Kátia da Silveira Ferreira,Lya Karla Manso

Miranda,Renata Nascimento Silva, Karlla Vaz da Silva Nogueira

,

Renato

Canevari Dutra, Adriana Vieira Macedo,Fernando Duarte Cabral.

Instituto de Ensino Superior de Rio Verde/Faculdade Objetivo, Rio Verde-GO. Faculdade de Fisioterapia.

Rua 12 de Outubro, Nº 40, Qd.: 64, Lt.: 02 Jardim Adriana – Rio Verde/GO CEP: 75900-000 Fone: (64) 3621-3539 www.faculdadeobjetivo.com.br

Resumo:O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais doenças cardiovasculares, tendo grande taxas de mortalidade no Brasil e no mundo. A reabilitação cardíaca, visa reduzir estas taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares. O objetivo do estudo foi avaliar as alterações da pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio e escala de Borg em pacientes infarto agudo do miocárdio. Foi montado um programa fisioterapêutico com quatro pacientes pós-infartados.Pode-se constatar que, um paciente teve sua freqüência cardíaca diminuída, um paciente teve sua freqüência cardíaca aumentada, um paciente teve sua freqüência cardíaca estabilizada e um paciente teve sua freqüência cardíaca aumentada. Com relação à pressão arterial, apenas dois pacientes apresentaram diminuição da mesma; em relação à saturação de oxigênio não houve alterações. E para a escala de Borg, apenas um paciente teve uma redução da dificuldade na realização do programa. Pode-se concluir que, mesmo com poucos pacientes e curto período de tempo teve-se uma melhora observada nestes pacientes, após um programa de reabilitação cardíaca.

Palavras-chave:infarto agudo do miocárdio, reabilitação cardíaca.

Área do Conhecimento: Saúde/Fisioterapia Introdução

As doenças cardiovasculares atualmente representam a principal causa de morte em países desenvolvidos, assim como, nos países que estão em desenvolvimento. Dentre estas doenças cardiovasculares podemos destacar o infarto agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, o qual ocorre de uma oclusão do suprimento sangüíneo arterial causando uma área de necrose.

A oclusão do suprimento sangüíneo se dá em geral pela formação ou rotura de um trombo sobre uma placa arteriosclerótica presente na artéria. Portanto, os fatores de risco para a ocorrência de um infarto agudo do miocárdio são os mesmos que predispõe à ocorrência de uma arteriosclerose. O infarto agudo do miocárdio é diagnosticado através de dados clínicos, eletrocardiográficos e marcadores de lesão; tendo como principal sintoma a angina, sendo esta irradiada para o membro superior esquerdo com duração superior a vinte minutos.

O tratamento para um paciente infartado, baseia-se nos sintomas apresentados, utilizando para tal propósito, tratamento medicamentoso e reabilitação cardíaca que visam respectivamente, trazer alívio imediato da dor e estabilizar o paciente hemodinamicamente, fazendo com que este volte a ter uma vida social ativa e produtiva.

Neste intuito o presente trabalho tem como objetivo avaliar possíveis alterações da pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio e escala de Borg em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio, após um programa de reabilitação cardíaca, verificando concomitantemente alguns fatores como sudorese, dispnéia, sonolência e vertigens, que possam interferir no programa de reabilitação cardíaca.

O objetivo do estudo em questão foi avaliar possíveis alterações da pressão arterial, freqüência cardíaca, saturação de oxigênio e escala de Borg em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio após um programa de reabilitação cardíaca.

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 2

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo e analítico segundo Pereira (2002) e Santos (1999), onde a população alvo foi composta de pacientes com diagnóstico clínico de infarto agudo do miocárdio, encaminhados ao programa de reabilitação cardíaca da Clínica Escola de Fisioterapia da FESURV – Universidade de Rio Verde, com idade igual ou superior a 30 anos e de ambos os sexos.

Critérios de inclusão

Pacientes encaminhados ao programa de reabilitação cardíaca da Clínica Escola de Fisioterapia da FESURV – Universidade de Rio Verde, com queixas de restrições físicas e sociais devidas a essa doença, estáveis clinicamente.

Todos os pacientes que participarem deste estudo o farão de forma voluntária, depois de devidamente esclarecidos e orientados quanto à natureza e ao significado do estudo proposto, assinando um termo de consentimento livre e esclarecido.

Critérios de exclusão

Doenças crônicas e agudas que possam interferir na execução do programa de exercícios, como nefropatias, deficiências ortopédicas, rinite alérgica.

Pacientes com incapacidade para realizar os exercícios.

Procedimentos

A primeira medida metodológica foi requerer a autorização da Clínica Escola de Fisioterapia da FESURV – Universidade de Rio Verde, para a realização deste estudo.

Este estudo foi realizado somente após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa dos Seres Humanos do UNITRI – Centro Universitário do Triângulo, sob o protocolo n°067/2015.

Após a autorização da Clinica Escola e aprovação do Comitê de Ética, foi então realizado o recrutamento de pacientes, sendo que estes para serem inclusos, foram encaminhados ao programa de intervenção fisioterapêutica no setor de cardiorespiratória da Clinica Escola de Fisioterapia da FESURV – Universidade de Rio Verde, como mencionado anteriormente.

Os pacientes recrutados foram submetidos a uma avaliação do histórico clínico e exames físicos completos, assim como, a um termo de consentimento livre e esclarecido que orientava quanto à natureza e significado do estudo proposto, fazendo-o assim de forma voluntária.

Foi realizado então, um teste incremental para membros inferiores na Esteira Ergométrica Moviment – 1600, para verificar a freqüência cardíaca de treino, através da formula de Karvonem; FCT = FCr + % . (FCmáx – FCr), onde FCT é freqüência cardíaca de treino, FCr é freqüência cardíaca de repouso, % é referente à porcentagem utilizada e FCmáx é a freqüência cardíaca máxima, ou seja, 220 menos a idade do paciente.(MORAES,et.al.,2005)

A porcentagem utilizada foi de 60%. Para a realização do teste incremental foi utilizada uma Esteira Moviment – 1600, com inclinação fixa de 06% e velocidade inicial de 2 mpH, com incrementos de 1 mpH a cada dois minutos, sendo que a cada dois minutos eram verificados também a pressão arterial, pelo esfigmomanômetro da marca Becton Dickinson (BD) e estetoscópio da marca Becton Dickinson (BD); freqüência cardíaca pelo frequencímetro da marca Polar; saturação de oxigênio por oximetria de pulso da marca Nonim e; Escala de Borg.

O teste era interrompido quando o paciente atingia a freqüência cardíaca de treino ou então era limitado por sintomas apresentados, utilizando-se da Escala de Borg.

Após a verificação da freqüência cardíaca de treino,atingida pelo paciente através do teste incremental, ou da velocidade máxima conseguida por ele sem apresentar sintomas da Escala de Borg, foi então montado o programa de intervenção fisioterapêutica.

O programa constou de cinco minutos de alongamento para os seguintes grupos musculares: adutores, flexores e extensores de quadril; flexores e extensores de joelho. Sendo uma serie com duração de quinze segundos para cada grupo muscular.

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 3 Mais cinco minutos de aquecimento na esteira ergométrica com velocidade de 20% daquela atingida no teste incremental. Logo após foi realizado o condicionamento na esteira, com velocidade de 60% daquela atingida no teste incremental e, com duração de trinta minutos; em seguida foi realizado relaxamento com duração de cinco minutos, onde o paciente caminhava na esteira a uma velocidade de 20% daquela atingida no teste incremental; logo após era realizado o mesmo alongamento inicial.(MORAES,et.al.,2005)

O programa de intervenção fisioterapêutica constou dos mesmos aparelhos utilizados na realização do teste incremental, ou seja, mesmo estetoscópio, esfigmomanômetro, frequencímetro e oxímetro.

Todos os dados hemodinâmicos de pressão arterial, freqüência cardíaca e saturação de oxigênio foram verificados de cinco em cinco minutos (pré, durante e pós-treinamento), por um período de cinqüenta minutos em cada sessão,assim como,a escala de Borg.

O período de intervenção fisioterapêutica constou, portanto de seis semanas com freqüência de três vezes semanais e com duração de cinqüenta minutos cada.(MORAES,et.al.,2005)

Acabado o período de intervenção fisioterapêutica foi realizado uma reavaliação física do paciente e um novo teste incremental para membros inferiores na esteira, para verificar os possíveis alterações hemodinâmicas do paciente.

Por fim os dados foram organizados em gráficos e tabelas sendo utilizada análise descritiva Test T de Student, Teste de Friedman e Análise de Variância (ANOVA). Considerando-se estatisticamente significativas as diferenças com p< 0,05.

Resultados

Ao fim da análise da triagem dos encaminhamentos médicos dos pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio para a Clínica Escola de Fisioterapia da FESURV – Universidade de Rio Verde; foram recrutados cinco (5) pacientes infartados para o programa de intervenção fisioterapêutica, porém no decorrer do programa um (1) paciente foi excluído por motivos pessoais do mesmo. A idade média dos pacientes foi de 66 anos e o tempo de infarto girava em torno de dois (2) até dezessete anos (17), sendo todos os pacientes do sexo masculino. O programa foi realizado durante seis (6) semanas, tendo oito (8) sessões para cada paciente.

Após o recrutamento, foi então realizada a avaliação dos pacientes, que constava de dados pessoais; dados vitais; inspeção em relação a cicatrizes; alterações de coloração, manchas, aderências e hipotrofias visíveis; exame físico avaliando o ritmo cardíaco, ritmo respiratório, presença de turgência jugular, de retração sistólica apical, de pulsação epigástrica, levantamento de massa do precórdio, presença de ictus cordis, perfusão capilar periférica, frêmito tóraco-vocal, atrofias musculares, amplitude torácica, flexibilidade torácica e expansão torácica.

Com essa avaliação cardio-respiratória, pode-se verificar que nenhum paciente apresentava qualquer tipo de limitação que pudesse excluí-lo do programa de intervenção fisioterapêutica. Sendo assim, foi realizado o teste ergométrico submáximo em esteira para dar início ao programa.

A tabela 1 demonstra que no decorrer das sessões pode-se ver a diminuição da freqüência cardíaca de um (1) dos quatro (4) pacientes, sendo que este teve uma diminuição de 92bpm para 76bmp. Já na tabela 2 podemos verificar que o segundo paciente teve um aumento discreto de 78bpm para 79bpm não havendo diferença estatisticamente significativa.

TABELA 1 – Variância da Freqüência Cardíaca Valores da variável

Independente Médias observadas Médias estimadas

1.000000 92.625000 93.145604 2.000000 91.500000 91.666209 3.000000 81.875000 90.186813 4.000000 90.375000 88.707418 5.000000 82.250000 87.228022 6.000000 99.625000 85.748626 7.000000 89.250000 84.269231 8.000000 90.750000 82.789835 9.000000 73.500000 81.310440

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 4

10.000000 74.375000 79.831044

11.000000 77.125000 78.351648

12.000000 76.125000 76.872253

13.000000 76.125000 75.392857

Fonte :Do próprio autor (2015)

TABELA 2 - Variância da Freqüência Cardíaca Valores da variável

Independente Médias observadas Médias estimadas

1.000000 78.000000 83.438636 2.000000 92.500000 83.118939 3.000000 82.500000 82.799242 4.000000 79.250000 82.479545 5.000000 85.250000 82.159848 6.000000 76.125000 81.840152 7.000000 81.000000 81.520455 8.000000 81.625000 81.200758 9.000000 84.375000 80.881061 10.000000 79.375000 80.561364

Fonte :Do próprio autor (2015)

Na tabela 3 o terceiro paciente teve sua freqüência cardíaca aumentada de 95bpm para 128bpm.com diferença estatisticamente significativa (P < 0,05).

TABELA 3 - Variância da Freqüência Cardíaca Valores da variável

independente médias observadas médias estimadas

1.000000 95.750000 95.770833 2.000000 102.750000 99.336310 3.000000 96.875000 102.901786 4.000000 107.625000 106.467262 5.000000 116.625000 110.032738 6.000000 112.000000 113.598214 7.000000 105.750000 117.163690 8.000000 128.625000 120.729167

Fonte :Do próprio autor (2015)

O quarto paciente não apresentou uma diferença estatisticamente significativa em relação à sua freqüência cardíaca. Porém em relação aos quatro pacientes, observou-se que ao longo das sessões, à medida que aumentava o tempo nas sessões, aumentava-se também a freqüência cardíaca.

Na tabela 4 comparando-se o pré e o pós-teste para os quatro pacientes, verificou-se uma diminuição da freqüência cardíaca de 87bpm para 86bpm, sendo que o primeiro paciente apresentou a menor freqüência cardíaca de 68bpm e o terceiro a maior freqüência cardíaca de 81bpm no decorrer das sessões.

TABELA 4 – Variância pré e pós-teste da freqüência cardíaca

Pré - Pós N média DP

FC Pré 30 87.63 15.725 Pós 31 86.94 20.920

Fonte :Do próprio autor (2015)

Em relação à saturação de oxigênio (Spo2), não houve uma diferença estatisticamente significativa para os quatro pacientes, ou seja, nenhum apresentou uma diminuição ou um aumento significativo para Spo2. porém comparando-se o pré-teste com o pós-teste, para os quatro pacientes na tabela 5, houve uma queda na Spo2 de 95%para 92%.

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 5

TABELA 5-Variância pré e pós-teste da saturação de oxigênio

Pré- Pós N média DP

SATURAÇÃO 1 30 95.70 1.418

2 31 92.74 3.493

Fonte :Do próprio autor (2015)

Como não existe nenhum teste específico para que se possa analisar estatisticamente a pressão arterial (PA), foi então verificada a menor e maior PA de cada paciente no decorrer dos testes (pré e pós) e das sessões.

Durante as sessões o primeiro paciente teve sua maior PA de 140x80mmHg e sua menor de 90x40mmHg; o segundo paciente teve sua maior PA de 130x90mmHg e a menor de 110x70mmHg; o terceiro paciente teve sua maior PA de 130x90mmHg e a menor de 100x60mmHg; e o quarto paciente teve sua maior PA de 114x80mmHg e a menor de 110x60mmHg.

Comparando-se o pré-teste com o pós-teste, pode-se verificar o seguinte: o primeiro paciente teve sua menor PA no pré-teste de 110x60mmHg, aumentada no pós-teste para 120x60mmHg; e sua maior PA no pré-teste de 110x69mmHg, aumentada no pós-teste para 120x80mmHg.

O segundo paciente teve sua menor PA no pré-teste de 120x72mmHg, aumentada no pós-teste para 130x69mmHg; e sua maior PA no pré-pós-teste de 160x90mmHg, diminuída para 130x90mmHg no pós-teste.

O terceiro paciente teve sua menor PA no pré-teste de 120x62mmHg, aumentada no pós-teste para 120x70mmHg; e sua maior PA no pré-teste de 120x79mmHg, aumentada para 130x80mmHg no pós-teste.

O quarto paciente teve sua menor PA no pré-teste de 112x80mmHg, diminuída para 110x71mmHg no pós-teste; e sua maior PA no pré-teste de 114x80mmHg, aumentada para 120x85mmHg no pós-teste.

Em relação à escala de Borg, verificou-se que o primeiro paciente não obteve alteração estatisticamente significativa. Para o segundo paciente, houve um aumento da dificuldade da realização do programa ao longo das sessões, passando da escala do muito fácil para o ligeiramente cansativo.

Já para o terceiro paciente, houve uma diminuição da dificuldade na realização do programa ao longo das sessões, passando da escala do muito fácil para extremamente fácil. Para o quarto paciente não houve alteração estatisticamente significativa.

Comparando-se o pré-teste com o pós-teste não houve alteração significativa estatisticamente para os quatro pacientes.

Discussão

No estudo realizado, cada sessão do programa de intervenção fisioterapêutica, incluía períodos de aquecimento, alongamento, condicionamento e desaquecimento. Sendo o condicionamento realizado com atividade aeróbica e o programa de intervenção realizado três vezes semanais.

De acordo com Brito (2000), a sessão de reabilitação após o infarto agudo do miocárdio, deve incluir três períodos distintos: aquecimento, fase aeróbica e desaquecimento; sendo a freqüência preconizada de três vezes semanais, pois a maior freqüência de exercício com menor intensidade aumenta os benefícios e reduz os riscos de complicações.

Verificou-se no presente estudo que 25% dos pacientes tiveram suas freqüências cardíacas diminuídas ao longo das sessões, demonstrando resposta cardiovascular regular ao exercício concordando com Moraes et al (2005), o qual em estudo de revisão relata que há redução de hiperatividade simpática ou mesmo uma melhora da função sistolica, já que o treinamento aeróbico reduz tanto a freqüência cardíaca em repouso, assim como, durante o exercício.

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 6 Informações semelhantes podem ser observadas no estudo de Araújo e Ricardo (2006), os quais realizaram um estudo sobre reabilitações cardíacas com ênfase nos exercícios, realizadas no período de 1990 a 2004; constam que entre os benefícios achados nos pacientes que participaram de reabilitação com ênfase no exercício, está a melhora da função endotelial com subseqüente vasodilatação coronariana, aumentando assim a variabilidade da freqüência cardíaca.

Em relação à pressão arterial, 50% dos pacientes analisados obtiveram uma redução de suas pressões ao término do programa de intervenção fisioterapêutica, revelando alterações significativas neste dado, mostrando adaptações hemodinamicamente esperadas pela prática de atividades físicas. Concordando com Moraes et al (2005), o qual relata em seu estudo que, assim como a freqüência cardíaca a pressão arterial também parece estar alterada com a prática de exercícios, provocando uma redução da pressão arterial de repouso e durante o exercício submáximo.

Conclusão

No estudo realizado, notou-se que após um programa de intervenção fisioterapêutica para reabilitação cardíaca de pacientes infartados, 25% dos pacientes obtiveram uma diminuição da freqüência cardíaca, porém em relação à pressão arterial 50% obtiveram uma redução da mesma; não havendo alterações significativas para a saturação do oxigênio.

Perante os dados obtidos, sugere-se que são necessários mais estudos que ensaiem a aplicação de um programa de reabilitação cardíaca em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio, no sentido de obter mais resultados clínicos junto a essa população, já que são escassos os estudos existentes em relação a este assunto.

Referências

ARAUJO, C. G. S.; RICARDO, D. R. Reabilitação cardíaca com ênfase no exercício: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.12, n.5, p.279-285, 2006.

BRITO, F.S.; CASTRO, S.; GIL, C. A.; RIBEIRO, J. P.; MASTROCOLA, L. E.; GHORAYEB, N.; YASBEK, P.; VIVACQUA, R.; MENEGHELLO, R.; SILVEIRA, W. Reabilitação após infarto agudo do miocárdio. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. v.64, n.3, p.289-296, 1995.

MORAES, R. S.; ARAUJO, C. G. S.; ALVES, M. J. N. N.; CARVALHO, T.; CASTRO, R. R. T.; NEGRAO, C. E.; SERRA, S. M.; STEIN, R.; TEIXEIRA, J. A.C. Diretriz de Reabilitação Cardíaca.

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v.84, n.5., p. 431-440, Maio 2005.

PEREIRA, M. G. Epidemiologia teórica e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 3.ed. p.1251, 2000.

SANTOS, R.A. Metodologia cientifica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: Dp& A, 1 ed.p.166,1999.

Referências

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