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XV Encontro de Iniciação à Docência Universidade de Fortaleza 19 a 23 de outubro de 2015

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ISSN 21755396 1

XV Encontro de Iniciação à Docência

Universidade de Fortaleza 19 a 23 de outubro de 2015

CONSTRUINDO CONCEITOS DE GEOMETRIA PLANA E ESPACIAL

ATRAVÉS DO USO DE JOGOS E MATERIAIS CONCRETOS.

Antonio Marcos da Silva Brasil1* (ID), Carlos Mateus Pinto De Oliveira2 (ID), Emerson Lopes Varela3 (ID), Maria Jacinta Ferreira da Silva Brasil4(ID).Luciana de Oliveira Souza Mendonça5(PO), Maria Jacinta Ferreira da Silva Brasil4(ID).

1. Bolsista Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campi Canindé – Licenciatura em Matemática.

2.Bolsista Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campi Canindé – Licenciatura em Matemática.

3. Bolsista Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campi Canindé – Licenciatura em Matemática.

4. Professora da Educação Básica formada pela Universidade Estadual Vale do Acaraú Graduada em Licenciatura plena em Biologia e Química

5. Coordenadora de área Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campi Canindé - Graduada em Licenciatura Plena em Matemática e Mestrado em Educação, professora do IFCE.

marcostavaresgt@gmail.com

Palavras-chave: Materiais concretos. Jogos. Matemática. Geometria.

Resumo

Este trabalho apresenta uma breve revisão de literatura sobre o uso de jogos e materiais concretos nas aulas de geometria, partindo-se do pressuposto que esses recursos são de suma importância para uma melhor visualização e compreensão dos conceitos envolvidos e que devem ser trabalhados em sala de aula. Além de abordar alguns exemplos de materiais que podem ser utilizados para o ensino da geometria plana e espacial, também é destacada a importância do papel do professor como agente intermediador do conhecimento, pois ele apenas utilizará o jogo e o material concreto para auxiliar suas aulas. Este trabalho também dá ênfase ao processo de ensino-aprendizagem de geometria de forma significativa, ou seja, ressaltamos a importância da formação do aluno como um ser crítico, ativo e participante do processo de ensino-aprendizagem, o que contribui para uma educação matemática mais eficiente, não só na geometria em si, mas também em outras áreas do conhecimento.

Introdução

Um dos grandes desafios de se ensinar geometria é fazer com que os alunos aprendam de maneira que possa relacionar o conhecimento obtido em sala de aula com o mundo que o cerca,

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haja vista que o aluno não compreenderá como e quando ele utilizara a geometria no seu ambiente externo, culminando na distração e indisciplina dos alunos, este problema já é percebido desde o inicio do ensino da geometria e se encontra presente até os dias atuais. Dai à importância do uso de jogos e material concreto no ensino da geometria, recurso este que dará subsídios tanto para o professor que poderá ter uma maior aproximação com o aluno, quanto para a interação social aluno-aluno o que despertará o interesse acarretando em uma melhor visualização e aprendizagem significativa dos conteúdos abordados e ainda pode deixar a aula mais dinâmica e produtiva, o que trará elementos ao quais os alunos poderão relacionar com o seu cotidiano e desta forma estará propiciando ao educando um desenvolvimento do seu pensamento lógico-dedutivo, reflexivo e que despertará a sua curiosidade estimulando a sua atenção.

Ressaltando a importância do ensino da geometria e a utilização de material pedagógico e o uso de variadas metodologias, no qual permitem uma maior visualização e interação do aluno podemos destacar o que traz os PCNs:

O pensamento geométrico desenvolve-se inicialmente pela visualização: as crianças conhecem o espaço como algo que existe ao redor delas. As figuras geométricas são reconhecidas por suas formas, por sua aparência física, em sua totalidade, e não por suas partes ou propriedades. (PCN, 1997, p. 82)

Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho é analisar referencias bibliográfica sobre a temática do uso de jogos e materiais concretos para auxiliar as aulas de geometria plana e espacial, tendo como referências alguns autores como MONTEIRO (2013), PICOLO (2007), SCOLARO (2006), BOTAS e MOREIRA (2013), PAIS (2000) e assim contribuir para uma discussão mais aprofundada dessa temática como contribuição para a formação docente inicial e para estimular o uso de materiais concretos e jogos para a melhoria do ensino de geometria.

Como sabemos o ensino de geometria nas escolas públicas ainda é bastante defasado e vem se desenvolvendo aos poucos, pois o professor encontra muitos desafios para trabalhar os conteúdos desta disciplina e os alunos sentem dificuldades em compreender os conceitos envolvidos nos conteúdos trabalhados, pois quando trabalhados sem nenhum recurso adicional se tornam conceitos de difícil entendimento, segundo é destacado por PICOLO:

De todas as ciências, a Matemática formal está entre as que apresentam mais dificuldades de compreensão e aproveitamento pelos alunos. São muitas justificativas para isso devido ao alto grau de abstração, linguagem específica e universal, muitas vezes incompreensíveis para ele, pouca atratividade exercida por algumas teorias Matemáticas ou pela falta de aprendizagem significativa dos conceitos fundamentais. (PICOLO, 2007, p. 5).

Ao trabalhar com material concreto nas aulas de geometria o aluno estará desenvolvendo suas potencialidades não só na geometria mais também em outras áreas da matemática, onde o mesmo vai poder interagir com seus colegas de sala e até mesmo no meio social ao qual ele está inserido. Como destaca PICOLO

O uso de materiais concretos proporciona diversas possibilidades de descobertas que os alunos podem obter como recurso na aprendizagem da Geometria, na

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prática da investigação Matemática e na valorização de suas experiências dentro do processo ensino aprendizagem (PICOLO, 2007, p. 2).

Nesse contexto, o professor ao utilizar material pedagógico (jogos, material concreto, software entre outros) para a construção desses conceitos de geometria tanto plana quanto a espacial ira facilitar o processo de assimilação por parte dos alunos, pois o material pedagógico poderá auxiliar o professor na construção desses conhecimentos, haja vista que o material permitirá ao aluno maior interação com o conteúdo que está sendo explicado, lhe possibilitando a construção de um conhecimento mais concreto e prático a respeito dos conteúdos abordados, de maneira que os alunos estarão confeccionando, visualizando e trabalhando direta e indiretamente os conceitos geométricos abordado em sala de aula.

Assim o uso de jogos e materiais concretos possibilitam avanços no processo de aprendizagem dos alunos e lhe proporciona uma maior significação, interação com o ambiente e concretização dos conceitos básicos de geometria, culminando na formação de um cidadão crítico e participante do meio social, pois a geometria está contida em muitas situações do nosso cotidiano e desta forma é preciso mostrar a real importância da geometria para os alunos e junto com eles nortear caminhos em busca do conhecimento.

Metodologia

A pesquisa teve caráter de levantamento de revisão bibliográfica, no qual este trabalho aborda as vantagens e desafios no ensino da geometria com base na utilização de jogos e materiais concretos, e como esse processo vem se tornando cada vez mais significativo para refletirmos acerca desta temática, que quando realizada de forma inadequada poderá causar defasagem no processo de desenvolvimento da aprendizagem. O presente trabalho foi referenciado com base em alguns autores como: MONTEIRO (2013), PICOLO (2007), SCOLARO (2006), BOTAS e MOREIRA (2013), PAIS (2000) que realizaram pesquisas e trabalhos na área do ensino de geometria com o uso do material pedagógico (jogos e material concreto). Após a leitura dos trabalhos publicados por esses autores, observamos o que cada um trabalhou sobre ensino de geometria e foi feito a comparação sobre a ideia que cada um defende acerca da temática aqui em foco.

Resultados e Discussão

A partir da análise bibliográfica de autores que defendem a metodologia em questão e autores que criticam sobre a má utilização da mesma, foi possível levantar algumas hipóteses que nos leva a refletir sobre o uso de jogos, material manipulável e dentre outros materiais pedagógicos que podem ser utilizados nas aulas de geometria e as suas contribuições para o desenvolvimento e melhor comprensão dos alunos. Será que o uso de materias manipuláveis nas aulas de geometria facilita a comprensão dos alunos? Ou atrapalha causando desestruturação do raciocínio e inefeciencia mediante os objetivos a serem alcançados? Por que muitos professores sentem dificuldade em utilizar material concreto nas aulas de matemática e em específico nas

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aulas de geometria? As escolas públicas estão preparadas para auxiliar e fornecerem recursos para que seus professores possam fazer uso de jogos e material concreto em suas aulas? Qual a visão dos alunos, professores e a sociedade em geral acerca da utilização de material concreto para a construção do conhecimento em sala de aula?

Muitos autores que pesquisaram esta temática como: MONTEIRO (2013), PICOLO (2007), SCOLARO (2006), BOTAS e MOREIRA (2013), PAIS (2000) defendem a utilização de jogos e materiais concretos em sala de aula, pois os mesmos podem ou poderá transformar o modo de ver e compreender do discente, tornando-o um indivíduo ativo, participante da ação desenvolvida e capaz de trilhar muitos caminhos em busca do conhecimento, pois ao interagir e participar da ação ele despertará a curiosidade e começará a pesquisar sobre a problemática em questão e os conceitos envolvidos de uma forma mais dinâmica e prazerosa. Como destaca SCOLARO:

Com o material manipulável substituímos o fazer pelo ver e também substitui as atividades mecânicas e repetitivas, neste contexto de reconstrução o aluno torna-se sujeito de sua própria aprendizagem e o professor mediador desta e consequentemente as aulas vão se esquivando da monotonia na medida em que os alunos vão se interando e se apropriando do conhecimento trabalhado. (SCOLARO, 2006, p. 7)

Uma das grandes problemáticas sobre o uso de jogos e de materiais concretos ou manipuláveis é a forma com que o mesmo será utilizado pelo professor em sala de aula, pois o uso indevido pode acarretar sérios problemas no processo de aprendizagem dos alunos e desta forma é preciso sempre ter um planejamento bem elaborado com criações pedagógicas desenvolvidas para facilitar o processo de aquisição do conhecimento para que o real objetivo seja alcançado que é a aprendizagem. De acordo com PAIS:

O uso inadequado de um recurso didático pode resultar em uma inversão didática em relação à sua finalidade pedagógica inicial. Isto ocorre quando o material passa a ser utilizado como uma finalidade em si mesmo em vez de ser visto um instrumento para a aquisição de um conhecimento específico. (PAIS, 2000, p. 7, grifo do autor)

Para que o uso inadequado de jogos e materiais concretos não ocorra como destaca PAIS, defendemos que o professor deve sempre buscar aperfeiçoar sua pratica pedagógica mantendo-se atualizado com as novas metodologias que estão mantendo-sendo propostas, mantendo mantendo-sempre um diálogo com seus alunos, pois este serve como uma fonte de pesquisa para que o mesmo possa rever seus métodos de ensino e se necessário fazer alterações visando sempre o principal objetivo que é a aprendizagem do aluno, o uso do material concreto pode agir como um facilitador neste processo de diálogo entre aluno e professor uma vez que com a utilização deste material busca-se que o aluno torne-se um ser participativo em sala de aula e o professor possa ser o mediador do conhecimento tirando a monotonia das aulas tradicionais, mais sem perder o real objetivo da aplicação do conteúdo estudado, destacado por PICOLO:

É dever do professor se questionar sobre os conteúdos a serem ministrados aos alunos, orientando-os para que possam observar situações do cotidiano. A partir disso poderão concluir que as aplicações mostram como a Matemática está relacionada com a vida dos alunos. (PICOLO, 2007, p. 6)

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Na busca de uma melhor aprendizagem dos conceitos geométricos a manipulação de objetos do cotidiano dos alunos continua sendo um ótimo aliado neste processo, dentre muitos materiais pedagógicos podemos destacar alguns que podem ser utilizados na geometria plana, geometria espacial e em ambas de modo a facilitar a assimilação dos conteúdos abordados nessas temáticas. Dentre esses materiais podemos destacar alguns exemplos como:

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS SEGUNDO PERIGAL

Trata-se de uma forma evidente de mostrar que a soma das áreas dos quadrados construídos sobre os catetos preenchem o quadrado construído sobre a hipotenusa. Perigal corta o quadrado construído sobre o maior cateto por duas retas passando pelo seu centro, uma paralela à hipotenusa do triângulo e outra perpendicular, dividindo esse quadrado em quatro partes congruentes. Essas quatro partes, mais o quadrado construído sobre o menor cateto, preenchem completamente o quadrado construído sobre a hipotenusa. Nesta demonstração o professor poderá confeccionar o material juntamente com os alunos.

POLIEDROS REGULARES A PARTIR DE PLANIFICAÇÕES

Quando estudamos um poliedro, conseguimos observar suas faces, arestas e vértices com maior clareza sendo mais bem compreendido. É simples construir um poliedro regular a partir de sua planificação, basta recortar, dobrar e colar as planificações.

Figura 02: exemplo de planificações.

Conclusão

Após levantamento de hipóteses e análise de dados bibliográficos podemos perceber que o uso de jogos e materiais concreto contribui significativamente para o processo de ensino-aprendizagem da geometria plana e espacial, agindo como um facilitador para uma melhor aceitação quanto ao aluno com relação aos conteúdos abordados, fazendo com que os mesmos

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possam ser repassados de uma forma mais dinâmica e prazerosa fugindo um pouco da forma tradicional e muitas vezes mecânica de se ensinar.

O professor não deixa de ser a peça fundamental nesta nova metodologia agindo como um mediador da aprendizagem, o mesmo só tem que se manter atualizado constantemente com as novas metodologias que vem sendo propostas, podendo assim estimular o desenvolvimento intelectual e crítico de seus alunos, tornando o mesmo um agente participativo no processo de ensino-aprendizagem.

Muito se discute que é muito difícil oferecer uma aula de geometria com qualidade, pois são poucos os recursos que se oferece em sala de aula para a execução de uma boa aula, mais nem sempre isso é verídico, ao final desta pesquisa podemos concluir que uma aula bem elabora que esteja inserida dentro da realidade dos alunos com material concreto (manipulável) confeccionado pelos mesmos tornasse um grande contribuinte no processo de ensino, podendo assim ter uma aprendizagem da geometria de uma forma mais agradável e fácil, fazendo assim com que os alunos sintam prazer em aprender.

Referências

BOTAS, Dilaila e MOREIRA, Darlinda. A utilização dos materiais didáticos nas aulas de

Matemática – Um estudo no 1º Ciclo, CIEd - Universidade do Minho 2013.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental. 5ª a 8ª série, Brasília, SEF, 1997.

KALEFF, Ana Maria; REI, Dulce Monteiro. Varetas, canudos arestas e sólidos geométricos, 1995.

MONTEIRO, Bruna Garcia. O uso de material concreto para melhor visualização dos sólidos

geométricos, Monografia (apresentada para conclusão de curso), Pará de Minas 2013.

PAIS, Luiz Carlos. Uma análise do significado da utilização de recursos didáticos no ensino

da geometria, 2000.

PICOLO, Kátia Luzia. Considerações sobre práticas pedagógicas com ênfase no ensino da

geometria, 2007.

SANTOS, Iguaracy Medeiros dos. O uso de materiais didáticos na construção de poliedros

regulares, 2011.

SCOLARO, Maria Angela. O uso dos Materiais Didáticos Manipuláveis como recurso

pedagógico nas aulas de Matemática, 2006.

Agradecimentos

Agradecemos primeiramente a Deus, em seguida agradecemos aos professores e aos técnicos administrativos do curso de Licenciatura em Matemática do IFCE campus Canindé que estão colaborando para a formação de futuros professos, agradecemos também aos nossos familiares e amigos, a CAPES pelo apoio financeiro através da bolsa Pibid e a todas as pessoas que de alguma forma colaboraram para a produção deste trabalho e para o desenvolvimento de nossos conhecimentos.

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