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Pesquisa sobre mecanismos de eleição de conselhos nacionais. LEGISLAÇÃO Criado pela Lei nº 378/ 1937 atualmente regido pela Resolução Nº 407/ 2008

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Pesquisa sobre mecanismos de eleição de conselhos nacionais

Conselho Nacional de Saúde (CNS)

LEGISLAÇÃO

•Criado pela Lei nº 378/ 1937 atualmente regido pela Resolução Nº 407/ 2008 COMPOSIÇÃO

•50% Usuário (24 conselheiros);

•25% Profissional de Saúde (12 conselheiros) e; •25% Governo/Prestador de Serviço (12 conselheiros) PRESIDENTA

•Maria do Socorro de Souza MANDATO

•3 anos ELEIÇÃO

As eleições para representante dos usuários e profissionais, que correspondem a 75% das vagas são realizadas por plenárias setoriais, dentro do que é considerado por usuários.

Capítulo VI

Do Processo Eleitoral Seção I

Das Entidades e dos Movimentos Sociais

Art. 61 A eleição das entidades e dos movimentos sociais para comporem o CNS será coordenada por uma Comissão Eleitoral composta de doze membros indicados pelos respectivos segmentos e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde com a seguinte composição:

I - seis representantes do segmento dos usuários;

II - três representantes do segmento dos profissionais de saúde; e

III - três representantes do segmento do gestor/prestador, sendo dois representantes do governo e um representante dos prestadores de serviços de saúde.

§ 1º As entidades e os movimentos sociais que indicarem pessoas para compor a Comissão Eleitoral serão elegíveis.

§ 2º Constituída a Comissão Eleitoral, esta será divulgada na página eletrônica do CNS e afixada na Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Saúde.

Art. 62 A escolha das entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, das entidades de profissionais de saúde e da comunidade científica da área de saúde, das entidades de prestadores de serviços de saúde e das entidades empresariais com atividades na área de saúde será feita por meio

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de processo eleitoral, a ser realizado a cada três anos, contados a partir da primeira eleição. 17 Parágrafo único. Somente poderão participar do processo eleitoral, como eleitor ou candidato, as entidades de que tratam os incisos I ao IV do art. 5º do Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006, que tenham, no mínimo, dois anos de comprovada existência.

Art. 63 O processo eleitoral a que se refere o art. 61 deste Regimento para a escolha das entidades que indicarão representantes em substituição aos atuais membros do CNS, será realizado em até noventa dias anteriores ao final do mandato dos atuais Conselheiros, em conformidade com o Regimento Eleitoral a ser aprovado pelo Plenário do CNS, homologado pelo Ministro de Estado da Saúde e publicado no Diário Oficial da União em forma de Resolução. Parágrafo único. Concluída a eleição referida no caput e designados os novos representantes do CNS, caberá ao Presidente do CNS convocar e presidir a reunião em que tomarão posse os Conselheiros e em que se realizará a eleição do Presidente do Conselho.

O Regimento Interno deixa normatizado ainda no seu Capítulo I, Art.3, a definição de cada uma das entidades que serão consideradas aptas a participarem do processo eleitoral:

Art. 3º Para efeito de aplicação deste Regimento definem-se como:

I - entidades e movimentos sociais nacionais de usuários do Sistema Único de Saúde – SUS aqueles que tenham atuação e representação em, pelo menos, um terço das unidades da Federação e em três Regiões Geográficas do País;

II - entidades nacionais de profissionais de saúde, incluindo a comunidade científica - aquelas que tenham atuação e representação em, pelo menos, um terço das unidades da Federação e em três Regiões Geográficas do País, vedada a participação de entidades de representantes de especialidades profissionais;

III - entidades nacionais de prestadores de serviços de saúde - aquelas que congreguem hospitais, estabelecimentos e serviços de saúde privados, com ou sem fins lucrativos, e que tenham atuação e representação em, pelo menos, um terço das unidades da Federação e em três Regiões Geográficas do País; e

IV - entidades nacionais empresariais com atividades na área da saúde - as Confederações Nacionais da Indústria, do Comércio, da Agricultura e do Transporte que tenham atuação e representação em, pelo menos, um terço das unidades da Federação e em três Regiões Geográficas do País.

Parágrafo único. Consideram-se colaboradores do CNS as universidades e as demais entidades de âmbito nacional, representativas de profissionais e usuários de serviços de saúde.

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Conselho Nacional de Educação (CNE)

LEGISLAÇÃO

•Criado pela Lei Nº 9.131, de 24 de novembro de 1995. COMPOSIÇÃO

•O CNE é composto pelas Câmaras de Educação Básica e de Educação Superior, cada uma constituída por 12 membros (poder público e sociedade civil), e pelo presidente do Conselho, totalizando 25 membros.

PRESIDENTE

•José Fernandes de Lima ELEIÇÃO

O conselho está dividido em duas Câmaras, as de Educação Superior e Básica. Cada uma delas tem seus membros representantes da sociedade civil eleitos a partir do universo de entidades que se relacionam diretamente com o nível de educação de cada Câmara. Os artigos da lei que dizem respeito a eleição dos membros deixam claro o formato e modelo de eleição:

Art. 8º A Câmara de Educação Básica e a Câmara de Educação Superior serão constituídas, cada uma, por doze conselheiros, sendo membros natos, na Câmara de Educação Básica, o Secretário de Educação Fundamental e na Câmara de Educação Superior, o Secretário de Educação Superior, ambos do Ministério da Educação e do Desporto e nomeados pelo Presidente da República.

§ 1º A escolha e nomeação dos conselheiros será feita pelo Presidente da República, sendo que, pelo menos a metade, obrigatoriamente, dentre os indicados em listas elaboradas especialmente para cada Câmara, mediante consulta a entidades da sociedade civil, relacionadas às áreas de atuação dos respectivos colegiados.

§ 2º Para a Câmara de Educação Básica a consulta envolverá, necessariamente, indicações formuladas por entidades nacionais, públicas e particulares, que congreguem os docentes, dirigentes de instituições de ensino e os Secretários de Educação dos Municípios, dos Estados e do Distrito Federal.

3º Para a Câmara de Educação Superior a consulta envolverá, necessariamente, indicações formuladas por entidades nacionais, públicas e particulares, que congreguem os reitores de universidades, diretores de instituições isoladas, os docentes, os estudantes e segmentos representativos da comunidade científica.

§ 4º A indicação, a ser feita por entidades e segmentos da sociedade civil, deverá incidir sobre brasileiros de reputação ilibada, que tenham prestado serviços relevantes à educação, à ciência e à cultura.

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República levará em conta a necessidade de estarem representadas todas as regiões do país e as diversas modalidades de ensino, de acordo com a especificidade de cada colegiado.

§ 6º Os conselheiros terão mandato de quatro anos, permitida uma recondução para o período imediatamente subseqüente, havendo renovação de metade das Câmaras a cada dois anos, sendo que, quando da constituição do Conselho, metade de seus membros serão nomeados com mandato de dois anos.

§ 7º Cada Câmara será presidida por um conselheiro escolhido por seus pares, vedada a escolha do membro nato, para mandato de um ano, permitida uma única reeleição imediata.”

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Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC)

PRESIDENTA

•Ministra Marta Suplicy LEGISLAÇÃO

•Criado pelo Decreto nº 5.520/ 2005. COMPOSIÇÃO •Poder Público (29) •Sociedade Civil (30) MANDAT O •2 anos ELEIÇÃO

Dentre os representantes eleitos pela sociedade civil, o Conselho de Cultura opta por diferentes formatos. No caso dos representantes de ONGs que desenvolvam projetos de inclusão social, a escolha se dá pelo Ministério, mas a partir de uma lista tríplice indicada por estas

entidades. Os representantes técnico-artistas também têm suas eleições por lista tríplice, mas cada área tem prerrogativa de indicar os três possíveis nomes. Podem votar as entidades representativas de cada uma das áreas.

V- um representante das entidades ou das organizações não-governamentais que desenvolvem projetos de inclusão social por intermédio da cultura, por escolha do Ministro de Estado da Cultura, a partir de lista tríplice, organizada por essas entidades; VI- treze representantes das áreas técnico-artísticas, indicados pelos membros da sociedade civil nos colegiados setoriais afins ou, na ausência destes, por escolha do Ministro de Estado da Cultura, a partir de listas tríplices apresentadas pelas associações técnico-artísticas pertinentes às áreas a seguir, de acordo com as normas definidas pelo Ministério da Cultura:

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Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM)

PRESIDENTA

•Eleonora Menicucci de Oliveira LEGISLAÇÃO

•Criado pela Lei Nº 7.353/1985 e atualmente regido pelo Decreto N° 6.412/2008. COMPOSIÇÃO •Poder Público (16) •Sociedade Civil (22) MANDATO •3 anos ELEIÇÃO

II - vinte e uma representantes de entidades da sociedade civil, de caráter nacional, indicadas pelas entidades escolhidas em processo seletivo; e

III - três mulheres com notório conhecimento das questões de gênero e atuação na luta pela promoção e defesa dos direitos das mulheres.

§ 1o As integrantes a que se refere o inciso II serão substituídas por sete suplentes, a serem definidas no processo seletivo.

§ 2oO processo seletivo referido no inciso II será aberto a todas as entidades que tenham objeto relacionado a políticas de igualdade de gênero, devendo as vagas serem preenchidas a partir de critérios objetivos previamente definidos em edital expedido pelo CNDM.

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Análise dos modelos de eleição de conselhos setoriais

Foi realizada uma breve análise no modelo de eleições de quatro diferentes conselhos nacionais. O Conselho Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Educação, o Conselho Nacional de Cultura e o Conselho Nacional de Direitos das Mulheres. Cada um, vale ressaltar, tem especificidades diferentes. Buscamos, no entanto, analisar os conselhos que tivessem pela temática ou pela localização dentro do organograma funcional sintonia com o trabalho desenvolvido pelo Conselho Curador da EBC.

Portanto, os conselhos de saúde, educação e cultura foram escolhidos por serem conselhos que compõem constitucionalmente a Ordem Social. Já o Conselho Nacional de Direitos das Mulheres foi escolhido por estar, como o CCEBC, ligado diretamente à Presidência da República.

Cabe aqui falar das especificidades do Conselho Curador da EBC com relação aos outros demais conselhos. Primeiramente, diferente dos demais conselhos que trabalham diretamente ligados a ministérios na elaboração de diretrizes e no monitoramento de políticas, o Conselho Curador da EBC tem seu trabalho limitado ao escopo de uma Empresa Pública e não às políticas de comunicação de uma forma geral, como é ou deveria ser o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional1.

Outra questão que diferencia o Conselho Curador da EBC principalmente dos conselhos que estão diretamente ligados à presidência da república é que a Empresa Brasil de Comunicação se afirma na necessidade de ser, acima de uma política de governo, uma política de Estado. Logo, é de fundamental importância que os membros representantes da sociedade civil neste conselho sejam diretamente escolhidos por entidades da própria sociedade civil, como forma de auxiliar no cumprimento de fiscalização dos princípios dispostos na leis de criação da EBC, dentre os quais a autonomia frente ao governo é uma das características que determina o caráter público da empresa. A lei que cria a EBC e determina a composição de um conselho curador deliberativo, teve, de saída, o cuidado de positivar esses dois importantes valores, em seu primeiro artigo.

Art. 1o Os serviços de radiodifusão pública explorados pelo Poder Executivo ou mediante outorga a entidades de sua administração indireta, no âmbito federal, serão prestados conforme as disposições desta Lei.

1 O Conselho de Comunicação Social tem a seguinte composição: Art. 4° O Conselho de Comunicação Social compõe se de: I - um representante das empresas de rádio; II - um representante das empresas de televisão; III – um representante de empresas da imprensa escrita; IV - um engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social; V - um representante da categoria profissional dos jornalistas;VI - um representante da categoria profissional dos radialistas; VII - um representante da categoria profissional dos artistas; VIII - um representante das categorias profissionais de cinema e vídeo; IX - cinco membros representantes da sociedade civil. § 1° Cada membro do conselho terá um suplente exclusivo (Lei nº 8389/91).

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VIII - autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão; e

IX - participação da sociedade civil no controle da aplicação dos princípios do sistema público de radiodifusão, respeitando-se a pluralidade da sociedade brasileira. (BRASIL, 2008)

Mais adiante a mesma lei vai tratar especificamente do Conselho, sua composição e atribuições. Para fins do preenchimento das 15 vagas destinadas à sociedade civil, o inciso IV do Art. 15 determina que tal composição observe os critérios de diversidade cultural e pluralidade de experiências profissionais sendo que cada uma das regiões do país deve ser representada por no mínimo um (a) conselheiro (a). Em seguida, o Estatuto Social da Empresa corrobora com base na lei que:

CAPÍTULO X

DO CONSELHO CURADOR

Art. 25. O Conselho Curador da EBC, órgão de natureza consultiva e deliberativa, será integrado por vinte e dois membros, designados pelo Presidente da República.

VII - quinze representantes da sociedade civil, designados pelo Presidente da República, indicados, segundo critérios de diversidade cultural e pluralidade de experiências profissionais, sendo que cada uma das regiões do Brasil deverá ser representada por, pelo menos, um conselheiro.

IX - coordenar o processo de consulta pública a ser implementado pela EBC para a renovação de sua composição, relativamente aos membros referidos no inciso VII do § 1o do art. 25;

Quanto às eleições dos membros representantes da sociedade civil o Estatuto da EBC faz a seguinte consideração:

Art. 31. Compete ao Conselho Curador:

§ 1o Para efeito do processo de consulta pública a que se refere o inciso IX do caput, a EBC receberá indicações da sociedade, na forma do regimento interno do Conselho Curador, formalizadas por entidades da sociedade civil constituídas como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, voltadas, ainda que parcialmente:

I - à promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos ou da democracia;

II - à educação ou à pesquisa;

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IV - à defesa do patrimônio histórico ou artístico;

V - à defesa, preservação ou conservação do meio ambiente; e VI - à representação sindical, classista e profissional.

§ 2o No processo de consulta pública a que se refere o inciso IX do caput, não serão consideradas indicações originárias de partidos políticos, de instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais ou confessionais.

Dessa forma, ainda resta aos membros do colegiado definir como vai se dar a consulta pública que definirá os nomes representantes da sociedade civil. Até hoje, duas Consultas Públicas foram realizadas para o preenchimento total de cinco vagas, ou seja, 1/3 dos membros da sociedade civil. Dessa vez, em uma só edição dessa consulta pública, serão renovados outros 1/3 dos membros da sociedade civil.

Na primeira consulta, realizada em 2010 para o preenchimento da vaga de três conselheiros, optou-se por fazer um processo totalmente aberto sem direcionamento de perfil, contando apenas com as determinações presentes na lei.

Na segunda consulta, realizada em 2012, optou-se, no entanto, pelo direcionamento desejável nos perfis a partir da necessidade de se preencher os critérios que a lei determina, além de demais características entendidas pelos conselheiros como importantes para a composição do colegiado. A consulta optou, portanto, em considerar os seguintes critérios:

3.9 No preenchimento das vagas ora em consulta serão consideradas, sem prejuízo de outras características e do que já preveem as normas supracitadas, a necessidade de ampliação da diversidade regional (especialmente no que diz respeito às regiões Norte e Centro-Oeste), da presença das mulheres, dos indígenas e negros, bem como o conhecimento e atuação dos candidatos nas áreas de comunicação pública, direitos humanos e rádio. (EDITAL CONSELHO CURADOR, 2012)

No próximo dia 14 de outubro de 2013, o Conselho Curador realizará uma audiência pública para receber sugestões de aprimoramento do seu modelo de consulta. Este material aqui presente foi, portanto, preparado para que os Conselheiros e Conselheiras tivessem acesso a diferentes formas de eleições e pudessem também construir sugestões para esse processo, a partir da realidade vivida pelo Conselho Curador da EBC diante das suas especificidades.

Referências

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