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ALTERADA PELA LEI 927/2010, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 E LEI 1001/2012, DE 18 DE MAIO DE 2012.

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LEI MUNICIPAL № 839/2009, DE 27 DE OUTUBRO DE 2009.

ALTERADA PELA LEI № 927/2010, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 E

LEI № 1001/2012, DE 18 DE MAIO DE 2012.

“Institui o Programa de Regularização Fundiária Urbana, e outras providências”.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PORTO SEGURO, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, amparado pelo inciso IV, do artigo 58, da Lei Orgânica do Município, FAZ

SABER que a Câmara Municipal APROVOU e EU SANCIONO a seguinte Lei:

Art. 1º. Fica instituído o Programa de Regularização Fundiária Urbana Municipal,

com o objetivo de regularizar a ocupação de áreas públicas municipais, visando à melhoria da qualidade de vida da população e adequação da propriedade à sua função social.

Art. 2º. Para participar do programa, o interessado deverá atender aos seguintes

requisitos básicos:

Art. 2º. Para participar do programa, o interessado deverá preencher formulário emitido pela administração pública e atender aos seguintes requisitos básicos:

Comprovar estar ocupando a área pública municipal, por si ou seus sucessores, há mais de 04 (quatro) anos a partir da publicação desta Lei, de forma ordeira e pacífica, mediante preenchimento de formulário emitido pela administração municipal, aonde deverão constar as assinaturas do requerente e dos confrontantes do imóvel;

a) Comprovar estar ocupando a área pública municipal, por si ou seus sucessores, há mais de 04 (quatro) anos, de forma mansa e pacífica;

b) Apresentar Certidão de Cadastro do imóvel, expedida pela Secretaria Municipal de Fazenda;

c) Apresentar fotografias do local, que poderão ser digitalizadas e impressas;

d) Apresentar planta topográfica e memorial descrito do local, que deverão ser assinados por profissional credenciado pelo Poder Executivo Municipal, acompanhado da devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites do imóvel e de sua localização, de acordo com ato normativo a ser expedido pelo Poder Executivo;

e) O imóvel deverá possuir frente para via pública, salvo se a área destinar-se à unificação à imóvel já regularizado, com frente para a via pública;

f) Apresentar Certidão Negativa de Débitos, expedida pela Secretaria Municipal de Fazenda, sendo uma referente ao requerente e outra referente ao imóvel;

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§ 1º. Somente serão alcançados por esta Lei, as áreas urbanas, ou de expansão urbana, que apresentem sistema viário implantado.

§ 2º. O Poder Executivo poderá requisitar quaisquer outros documentos visando instruir o procedimento administrativo, de acordo com regulamento.

§ 2º. Para a comprovação do tempo de ocupação será aceito um dos seguintes documentos:

I – certidão do contrato fiscal (IPTU)

II – recibo, contrato ou escritura de promessa de compra e venda da posse; III – inventário em caso de herança ou termo de quinhão hereditário; IV – contas de água, luz ou telefone;

V – sentença em ação possessória;

VI – termo de doação devidamente registrado em cartório.

§ 3º. O ônus com relação à elaboração de plantas, do memorial descritivo e demais exigências, será de inteira responsabilidade do requerente.

§ 3º. O ônus com relação à elaboração de plantas, do memorial descritivo e demais exigências, será de inteira responsabilidade do requerente, ressalvada a hipótese prevista no art. 9º. §2º desta lei.

§ 4º. Na hipótese da alínea “d”, do caput deste artigo, caberá à Secretaria Municipal de Fazenda certificar que a poligonal, objeto do memorial descrito, não se sobrepõe a nenhuma outra constante do cadastro municipal.

Art. 3º. Não serão atendidos os pedidos que versarem sobre áreas:

a) que impliquem em risco geológico/geotécnico; sujeitas à inundação; ou que apresentem qualquer outra situação que coloque em risco a vida do morador ou de terceiros;

b) alagadiças, a menos que sejam tomadas providências para assegurar o escoamento das águas;

c) com declividade igual ou superior a 45% (Quarenta e Cinco por Cento) saldo se atestada sua viabilidade, mediante laudo técnico assinado por profissional da engenharia civil, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica;

d) reservadas à administração municipal;

e) tradicionalmente ocupadas por população indígena; f) de relevante interesse ambiental;

Parágrafo único: A secretaria Municipal de Meio Ambiente emitirá parecer a fim de declarar que o imóvel, objeto da regularização, não contraria as alíneas deste artigo.

Art. 4º. Fica facultado ao Poder Executivo Municipal, através da Comissão de Regularização Urbanística Fundiária a ser instituída, deferir ou não o pedido considerando os aspectos sociais, urbanísticos, jurídicos e ambientais, atendendo os interesses da administração.

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Parágrafo único: O pedido poderá ser individual ou coletivo, neste último caso quando tratar-se de projeto de loteamento destinado a assentamento popular.

Art. 5º. Aqueles que porventura já tenham adquirido o domínio direto da área pública municipal e, por qualquer motivo, não tenham efetuado o competente registro, poderão ser beneficiados por esta lei, ficando o Prefeito Municipal autorizado a regularizar a situação, notadamente para assinar escrituras de compra e venda e ratificação de compra e venda ou qualquer outro documento, público ou particular, hábil para a regularização do imóvel.

§ 1º. A Secretaria Municipal de Fazenda deverá tomar as devidas precauções a fim de constatar e certificar a veracidade e legitimidade da documentação de que trata o caput deste artigo, que deverá estar acompanhada de declaração expedida pela Diretoria de Patrimônio e Cadastro da Secretaria Municipal de Fazenda, e de Certidão Negativa de Débitos municipais de tributos incidentes sobre o imóvel.

§ 2º. Os termos deste artigo não isentam o requerente do pagamento das taxas instituídas por esta Lei e da juntada de outros documentos eventualmente exigidos.

Art. 6º. A Comissão de Regularização Urbanística Fundiária, vinculada ao Gabinete do Prefeito, é competente para coordenar a tramitação e análise dos pedidos de regularização, sendo composta de servidores municipais titulares, os quais deverão expedir Parecer em conjunto sobre o pedido, lotados nos seguintes órgãos:

a) Procuradoria Geral do Município; b) Secretaria de Governo e Comunicação; c) Secretaria de Meio Ambiente;

d) Secretaria de Fazenda; e) Secretaria de Obras.

Art. 7º. Uma vez verificado que o pedido está devidamente instruído, em atendimento aos termos desta Lei, a Comissão de que trata o artigo anterior emitirá parecer conclusivo, o qual será submetido ao Prefeito Municipal, que fica autorizado a alienar o imóvel, por venda direta ou doação, através da concessão de Título de Propriedade, ou através de escritura pública ou qualquer outro documento hábil para o competente registro da alienação e/ou doação, junto ao Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Porto Seguro.

§ 1º. Fica dispensado, em razão das peculiaridades desta Lei, o procedimento licitatório para a alienação e/ou doação dos imóveis atendidos pelo programa.

§ 2º. Fica instituída a Taxa de Emissão de Título de Propriedade, no valor de R$ 23,00 (Vinte e Três Reais), a ser recolhido através de Documento de Arrecadação Municipal, junto à rede bancária autorizada.

§ 3º. Quanto o imóvel possuir mais de um detentor, o Título será outorgado, preferencialmente, à mulher, sendo permitida a concessão do mesmo Título e/ou escritura, extraordinariamente, a até duas pessoas.

§ 4º. Os beneficiários desta Lei deverão possuir mais de 18 (dezoito) anos de idade, ou judicialmente emancipados e, excepcionalmente, os menores, quando tratar-se de herdeiros de

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Art. 8º. O Título de Propriedade será assinado pelo Prefeito Municipal, pelo Procurador Geral do Município e pelo Secretário de Governo e Comunicação, e conterá, além do memorial descritivo do imóvel, cláusulas sob a condição resolutiva que determinem:

I – obrigatoriedade de apresentação do Título e/ou escritura para registro no Cartório de Registro de Imóveis, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias;

II – o aproveitamento racional e adequado da área;

III – a obrigatoriedade da recuperação de áreas eventualmente degradadas; IV – o preço.

Parágrafo único: Quando o valor do imóvel for inferior a 30 (trinta) salários mínimos vigentes, o Título de Propriedade, de que trata o caput deste artigo, servirá para o competente registro no Cartório de Registro de Imóveis. Nos casos em que o valor calculado for superior, o Título de Propriedade servirá para a lavratura de escritura pública de compra e venda que será assinada exclusivamente pelo prefeito Municipal, sendo hábil para o competente registro.

Art. 9º. O preço do imóvel será Calculado de acordo com a planta genérica dos valores referentes ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana instituída por lei, sobre o qual incidirá a critério da Comissão, desconto de até 70% (setenta por cento), de acordo com a conveniência da administração, levando-se em conta a condição econômica do requerente e os aspectos do imóvel.

§ 1º. O valor alcançado poderá ser parcelado, mediante Termo de Promessa de Regularização Fundiária, em até 06 (seis) pagamentos mensais e consecutivos, recolhidos exclusivamente na rede bancária autorizada, através de Documento de Arrecadação Municipal, vedada a concessão do Título de Propriedade ou lavratura da escritura de compra e venda, até a comprovação de quitação total do valor ajustado.

§ 2º. Caso o requerente, comprovadamente, encontrar-se em situação econômica que não lhe permita pagar à custa do programa e o preço do imóvel, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, poderá a Comissão optar pela doação gratuita de imóveis de até 300 m2 (Trezentos Metros Quadrados), concedendo isenção de pagamento das taxas, podendo requerer os documentos que achar necessários para a comprovação da pobreza.

§ 3º. O valor cobrado a título de regularização fundiária e adequação da presente lei serão de acordo com o tamanho da área do imóvel, devendo obedecer a seguinte classificação de valores, em percentuais, sobre o valor da “Terra Nua”, de acordo com a Planta Genérica de Valores referentes ao IPTU:

I – Cobrar-se-á o percentual de 3% (três por cento) sobre o valor da “Terra Nua” para os imóveis com áreas de até 300 (trezentos) metros quadrados;

II – Cobrar-se-á o percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor da “Terra Nua” para os imóveis com áreas entre 301 (trezentos e um) metros quadrados até 500 (quinhentos) metros quadrados;

III – Cobrar-se-á o percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da “Terra Nua” para os imóveis com áreas de 501 (quinhentos e um) metros quadrados acima.

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Art. 10º. A concessão do Título de Propriedade implicará no automático cancelamento de eventuais autorizações e licenças de ocupação outorgados pelo Município que incidam sobre a área.

Art. 11º. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado através de decreto numerar os respectivos imóveis, visando à regularização dos cadastros municipais e das empresas concessionárias de serviços públicos.

Art. 12º. Caberá exclusivamente ao requerente a responsabilidade pelo pagamento das custas cartoriais incidentes em decorrências desta Lei.

Art. 13º. Ficarão excluídos dos benefícios deste programa aqueles que, a partir da publicação desta Lei, tenham invadido ou ocupado irregularmente áreas públicas municipais.

Art. 14º. Esta Lei deverá ser regulamentada pelo Poder Executivo no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da sua publicação.

Art. 15º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO

Porto Seguro, 18 de maio de 2012.

Gilberto Pereira Abade

Referências

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