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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA. Nome da Tecnologia: Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

Nome da Tecnologia: Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Ano de Avaliação da Tecnologia: 2013 Unidade: Embrapa Suínos e Aves

Equipe de Avaliação:

João Dionísio Henn

Jonas Irineu dos Santos Filho Marcos Novaes

Luizita Salete Suzin Marini Márcia Mara Tessmann Zanotto

Concórdia, SC, Março de 2014

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1. IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA

Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

1.1. Objetivo estratégico PDE/PDU

X Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio X Inclusão da Agricultura Familiar

X Segurança Alimentar – Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas

Avanço do Conhecimento Não se aplica

1.3. Descrição Sucinta – Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

O tamanho das partículas dos ingredientes destinados à fabricação de rações influencia na digestibilidade dos nutrientes e como conseqüência na maximização de resposta pelo animal. Além disso, o tamanho das partículas está muito relacionado com o consumo de energia elétrica nos equipamentos para obtê-la, bem como ao rendimento da moagem. Na produção avícola, a alimentação chega a representar cerca de 70% dos custos totais, por isso, é importante realizar o controle de qualidade dos ingredientes que compõem a ração. O milho, principal ingrediente energético, participa normalmente com 60 a 65% na composição do alimento para as aves e representa aproximadamente 40% do seu custo de produção.

O presente trabalho objetiva disponibilizar uma metodologia simples e prática que permita, para os segmentos do setor que detenham uma estrutura mínima de laboratório, determinar a granulometria de ingredientes para rações (TECNOLOGIA NOVA), (anexo 1). O procedimento utilizado para caracterizar o tamanho das partículas chama-se granulometria, que consiste no peneiramento de uma amostra do ingrediente, gerando informações que possibilitam as determinações do Módulo de Finura (MF), do Índice de Uniformidade (IU) e do Diâmetro Geométrico Médio (DGM) das partículas, expressos pelo Diâmetro Geométrico Médio (DGM) e Desvio Padrão Geométrico (DPG), respectivamente. Desta forma, o DGM e o DPG se constituem em indicadores eficazes para avaliar as relações entre o grau de moagem do milho, a digestibilidade de nutrientes e da energia e o desempenho de frangos de corte. Por fim, o método de granulometria avaliado indica que o uso de milho com DGM das partículas tendendo a 1.050 mm, proporciona economia de energia elétrica e aumenta o rendimento de moagem, mantendo o mesmo desempenho dos frangos, independente da forma física da ração. O presente trabalho tem como objetivo avaliar os impactos da tecnologia, nos seus impactos econômico, social e ambiental, em comparação à TECNOLOGIA

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ANTERIOR, em que o grau de moagem se caracterizava em fino, médio e grosso ou com base nos furos da peneira utilizada no moinho, sem controle do DGM.

A avaliação da granulometria do milho das rações é extremamente importante, nos aspectos técnicos e econômicos da produção de suínos e aves. O milho é o principal ingrediente energético das rações e também o ingrediente que participa com maior proporção nas formulações para suínos (75%) e aves (60%), o que representa em torno de 40% do custo total de produção, ele deve ser bem aproveitado pelos animais para otimizar a digestibilidade das rações, o desempenho animal e a redução de excreção de nutrientes no meio ambiente. As principais vantagens da tecnologia “Granulometria do milho para dietas de frangos de corte” são a economia de energia elétrica na moagem do milho, aumento no rendimento da moagem e economia de tempo nesta atividade.

1.4. Ano de Lançamento: 1998

1.5. Ano de Início de Adoção: 1998

1.6. Abrangência

A “Granulometria do milho para dietas de frangos de corte” desenvolvida pela Embrapa foi difundida em todo território nacional e estima-se que sua abrangência, em 2013, tenha envolvido a maior parte das agroindústrias e ou fábricas de ração, pequenas médias e grandes, em 22 Estados Brasileiros e no Distrito Federal. Consequentemente, com a adoção deste método por parte das integradoras, toda cadeia se beneficia (Tabela 1). Vale destacar que estas informações foram estimadas com base nas entrevistas realizadas com especialistas.

Tabela 1 – Estados/regiões usuárias da tecnologia “Granulometria do milho para dietas de frangos de corte” AL X AC X DF X ES X PR X BA X AM - GO X MG X RS X CE X AP - MS X RJ X SC X MA - PA X MT X SP X PB X RO X PE X RR -PI X TO X RN X SE X Sul

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1.7 Beneficiários

Os principais beneficiários da tecnologia avaliada são as agroindústrias, também os pequenos, médios e grandes produtores rurais, patronais ou familiares, criando frangos em sistemas confinados e inseridos na avicultura industrial. Neste contexto, o modelo de produção é o de integração vertical, onde a produção é tecnificada e existe um arranjo contratual entre os agentes da cadeia produtiva. Cada “elo” tem suas atribuições gerenciadas pela agroindústria, a montante e a jusante, e parte dos riscos da atividade produtiva, transporte, comercialização, entre outros, é transferido para a integradora.

Temos ainda como beneficiários da Granulometria para Aves, os demais elos da cadeia produtiva, sejam os consumidores, freteiros e etc., principalmente porque a granulometria permite uma redução de custos significativa, o que pode vir a refletir nos preços finais da carne de frango.

1.8 Metodologia e fonte de dados

A metodologia para confecção deste relatório de avaliação de impactos, nos âmbitos econômico, social e ambiental, consistiu de entrevistas com especialistas, bem como, levantamento de dados estatísticos, amparadas por um roteiro elaborado e discutido com a equipe de avaliação.

1.8.1 Referencial para Análise dos Impactos Econômicos

Para análise dos impactos econômicos da tecnologia Embrapa, utilizamos a metodologia do excedente, comparando-se a tecnologia Embrapa com uma tecnologia substituta. No caso, a tecnologia substituta foi o método que se utilizava anteriormente à granulometria, ou seja, a ração era produzida sem controle do DGM das partículas de milho.

1.8.2 Referencial para Análise dos Impactos Sociais e Ambientais

Quanto a avaliação dos impactos social e ambiental, utilizamos o Sistema de Avaliação de Impacto Social e Ambiental da Inovação Tecnológica Agropecuária (Sistema Ambitec e Ambitec-Social) em análise comparativa do método de granulometria, com a produção de rações sem controle do DGM das partículas de milho, utilizada até meados de 1998.

1.8.3 Referencial para Análise dos Custos com Pesquisa

- 100% dos projetos correlacionados;

- 5% dos gastos com o técnico, analista ou pesquisador responsável pelo acompanhamento e gestão do projeto para fins de transferência de tecnologia e; - 10% (rateio) das despesas com difusão e transferência de tecnologias (TT/MKT).

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2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA

De acordo com a União Brasileira de Avicultura (UBABEF) em 2013 a produção de carne de frango, principal produto avícola, foi de 12,308 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,60% em relação a 2012. Com este volume, o consumo per capita atingiu a média nacional de 41,8 quilos por habitante por ano. O Brasil manteve a posição de maior exportador mundial e de terceiro maior produtor de carne de frango, atrás dos Estados Unidos e da China. A UBABEF informa que as exportações da avicultura brasileira (carne de frango, peru, patos e marrecos, ovos, material genético, pintos e ovos férteis) totalizaram 4,07 milhões de toneladas em 2013, resultado 1,5% menor em relação a 2012. Em receita, houve crescimento de 2,3%, atingindo US$ 8,55 bilhões.

A produção de frangos é uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil e das regiões onde está inserida. Por ser uma cadeia complexa, devido às relações e interrelações com outras atividades (milho, farelo de soja, vitaminas, minerais, sanidade animal, transporte, máquinas e equipamentos, genética avançada, etc.), a avicultura de corte apresenta um grande efeito multiplicador da renda e do Produto Interno Bruto brasileiro. O Brasil é líder na produção e exportação de vários produtos de origem agropecuária, ocupando posição de destaque na produção e exportação de carne de frangos, de bovinos e de suínos (USDA, 2012).

As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 3,89 milhões de toneladas em 2013, registrando queda de 0,7% em relação ao ano passado. Já na receita, houve crescimento de 3,4%, com US$ 7,97 bilhões. Os cortes mantiveram-se como principal produto exportado pelo setor avícola brasileiro em 2013, com 2,068 milhões de toneladas (-3,5%) em relação ao mesmo período do ano passado). Em segundo lugar vieram os embarques de frango inteiro, com 1,484 milhão de toneladas (+4,7%). Na terceira posição estão as carnes salgadas, com 178 mil toneladas (+0,9%) e, por último, os industrializados, com 161 mil toneladas (-10,8%). Com relação aos destinos das exportações por região, o Oriente Médio manteve-se como maior importador de carne de frango brasileira, com 1,448 milhão de toneladas em 2013 (+3,7%) na comparação com o mesmo período de 2012. A Ásia, em segundo lugar, importou 1,118 milhão de toneladas (-1,9%). Em terceiro lugar, a África foi destino de 525 mil toneladas no mesmo período (-12,2%). Quarto maior destino da carne de frango brasileira, a União Europeia importou 423 mil toneladas (-6,5%). Para os países das Américas foram embarcadas 281 mil toneladas (+29,8%). Já a Europa Extra União Europeia foi destino de 95 mil toneladas (-15,6%). Por fim, as exportações para a Oceania em 2013 atingiram 2 mil toneladas (-16,2%). Arábia Saudita, com 688 mil toneladas (18% do total), União Europeia, com 423 mil toneladas (11% do total), Japão, com 389 mil toneladas (10% do total), Hong Kong, com 335 mil toneladas (9% do total), Emirados Árabes Unidos, com 244 mil toneladas (6% do total) e China, com 190 mil toneladas (5% do total) foram os principais mercados importadores da carne de frango Made in Brazil.

O Paraná foi o principal estado exportador no Brasil em 2013 em volume, com 1,14 milhão de toneladas. Segundo maior exportador, Santa Catarina totalizou 937 mil toneladas. Em terceiro esteve o Rio Grande do Sul, com 711 mil toneladas. Na quarta posição, São Paulo foi responsável por 246 mil toneladas. No quinto posto, Goiás foi exportou 217 mil toneladas.

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O Brasil tem uma das aviculturas comerciais mais desenvolvidas no mundo. Além disso, se destaca ainda como uma das principais atividades desenvolvidas em pequenas propriedades sendo responsável, também, portanto, pela geração de aproximadamente 4 milhões de empregos diretos no Brasil (UBABEF, 2013).

Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, com mais de 12,308 milhões de toneladas produzidas, contra 16,476 milhões dos Estados Unidos em 2013. Mas quando se trata de exportações de carne de frango, o Brasil lidera o ranking mundial com 3,918 milhões de toneladas exportadas e receita de U$ 7.703.000,00, contra 2,97 milhões toneladas exportadas pelos Estados Unidos em 2013(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA, 2013). Reduzir-se os custos de produção, especialmente da ração que representa até 70% dos gastos totais, tem uma importância estratégica para a cadeia produtiva desta carne. Neste enfoque, a granulometria gera economia para a cadeia produtiva, na casa dos milhões de reais, todos os anos.

A granulometria para frangos de corte está diretamente ligada a avicultura industrial brasileira, que desde o inicio de sua trajetória vem se modernizando, ano após ano e, tem conseguido com sucesso acompanhar as exigências do mercado interno e externo. O desenvolvimento da avicultura nacional ocorreu a partir do final da década de 50, nos estados do Sudeste, principalmente em São Paulo. Posteriormente, na década de 70, com a difusão do sistema integrado de produção, a atividade se deslocou para a região Sul.

Destaca-se ainda que a granulometria do milho para frangos de corte, é uma ferramenta indispensável na redução do custo de produção, economizando-se energia elétrica na moagem, sem comprometer o desempenho zootécnico dos animais, especialmente em períodos de alta do preço do milho, como em 2012 e 2013. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações, 2013), a respeito da produção nacional de rações, as preliminares para fechamento do ano de 2013, são de quase 66,25 milhões de toneladas de ração que devem movimentar cerca de 40 bilhões, sendo que 50% destes valores correspondem ao consumo de ração pela cadeia avícola. Com a utilização do método de granulometria para o milho consumido pelas aves, otimiza-se estes recursos, trazendo uma enorme economia com redução de custos para a avicultura. Em 2012 (Sindirações, 2012) foram produzidas 33,2 milhões de toneladas de ração para frangos de corte, volume 3,1% superior a 2011. Para 2013, ainda não temos os dados disponíveis. A previsão, entretanto, é de redução de 2,6% na produção de rações para frangos de corte em 2013.

Os reflexos desta economia proporcionada pela tecnologia avaliada, denominada “Granulometria para Aves”, podem atingir o consumidor desta carne que, por vez, se beneficia com os preços mais baixos. A produção de carne de frango, na sua conjuntura, em se tratando de otimização dos insumos para a ração através da granulometria, também pode impactar nas cadeias produtivas do milho e da soja.

Em termos de participação de parceiros na obtenção desta tecnologia, podemos identificar a UFRGS como parceira direta neste projeto, bem como várias outras universidades, como a UFPR e UNESP, que desenvolveram estudos nesta área e promoveram conhecimento sobre o tema que, em algum grau, foi incorporado no sistema produtivo. Vale destacar que existia previamente algum conhecimento na literatura internacional, que serviu de referência para os primeiros estudos que culminaram com a geração desta tecnologia. Também os profissionais ligados com a nutrição animal das empresas atuantes no mercado e suas equipes, produziram

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informações sobre o assunto. Desta forma, podemos dividir os ganhos decorrentes desta tecnologia para estes 4 grupos, com 25% para cada um deles (Embrapa, conhecimento acumulado na literatura, universidades e indústrias de alimentos para frangos de corte).

3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS - METODOLOGIA DO EXCEDENTE ECONÔMICO

Os indicadores de Expansão da Produção para Novas Áreas, Agregação de Valor e indicador de impacto no incremento de produtividade, não se aplicam à tecnologia avaliada. Desta forma, o único benefício econômico identificado com a adoção da granulometria para frangos, foi referente a redução de custos diretos na fabrica de ração, com diminuição do consumo de energia elétrica, mantendo-se um mesmo desempenho zootécnico dos animais. Destaca-se que a adoção da tecnologia avaliada implica num menor tempo de moagem, uma vez que as aves não necessitam de um DGM mais específico dos grãos, sem que isto venha a comprometer o desempenho delas.

Este impacto na redução de custos foi analisado com base em um experimento realizado pelo pesquisador da Embrapa e autor da tecnologia, Dirceu Luís Zanotto, em 1997 e, cujos resultados foram publicados em maio de 1998, no Comunicado Técnico 224, denominado “Granulometria do Milho em Rações para Frango de Corte” e em outras publicações. Sendo que os resultados apresentados neste comunicado técnico indicaram que o uso de milho com DGM das partículas tendendo a 1.050 mm, proporciona economia de energia elétrica e aumenta o rendimento de moagem, mantendo-se o mesmo desempenho dos frangos, independente da forma física da ração.

Os cálculos sobre ganhos líquidos unitários foram estimados a partir de entrevistas realizadas com especialistas e, a unidade de medida para dimensionamento dos cálculos foi de 1.000 kg de ração produzida. Para cálculo dos ganhos unitários com implementação da granulometria, considera-se os custos adicionais de moagem dos grãos de milho, gasto com energia elétrica. Conforme observa-se no CT 224, para moagem de 1 tonelada de ração sem auxilio da granulometria, temos um consumo que pode chegar até 10,3 Kwh, ao contrario do caso onde se usa a granulometria, chegando a 4,0 Kwh/ tonelada. Considera-se ainda os preços médios ponderados do kwh. Estes valores são obtidos nas companhias de eletricidade dos principais Estados produtores de Carne de Frango e custos de Produção da Embrapa.

Os valores para produção de 1.000 kg de ração na situação onde se aplica a técnica de granulometria do milho na criação dos frangos, são apresentados na Tabela 3 – B, diminuindo-se o tempo de moagem e gastos com energia elétrica e, na situação substituta, na Tabela 3 – A, sistema onde se cria as aves sem aplicação do método de granulometria. A economia unitária média gerada fica na ordem de 1,34 reais para cada 1.000 kg de ração produzida em 2013, Tabela 3 – C. A variação de reais economizados por 1.000 kg de ração, entre 1998 e 2013, se dá principalmente por causa da inflação,

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sendo que partir dos preços atuais, recuperou-se os valores até 1998 - com base no Índice Geral de Preços – IGP, Fundação Getúlio Vargas, mas também considerando-se os custos de produção desenvolvidos pela Embrapa.

2.IMPACTOS ECONÔMICOS - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Tabela 2. Incremento de Produtividade Não se Aplica

Ano Rendimen-to Anterior/U M Rendimen-to Atual/UM Preço Unitário R$/UM Custo Adicio-n al R$/UM Ganho Unitário R$/UM Participa- ção da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico (A) (B) (C) (D) E=[(B-A)x C]-D (F) G=(ExF) (H) I=(GxH) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 x

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Tabela 3. Redução de Custos (Economia de energia elétrica) - Granulometria do milho

para dietas de frangos de corte

Ano Custos Anterior Kg/UM Custo Atual Kg/UM Economia Obtida R$/UM Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico (A) (B) C=(A-B) (D) E=(CxD) F=(CxD) G1=(ExF) 1998 4,06 1,58 2,48 25% 0,62 832.129,98 515920,58 1999 3,91 1,52 2,39 25% 0,60 1.022.310,00 610830,23 2000 3,66 1,42 2,24 25% 0,56 2.212.621,40 1239067,98 2001 3,24 1,26 1,98 25% 0,50 2.429.790,00 1202746,05 2002 3,24 1,25 1,99 25% 0,50 4.134.185,00 2056757,04 2003 2,92 1,13 1,79 25% 0,45 7.071.725,00 3164596,94 2004 2,77 1,08 1,69 25% 0,42 12.107.520,0 5115427,20 2005 2,85 1,1 1,75 25% 0,44 13.464.000,0 5890500,00 2006 2,88 1,11 1,77 25% 0,44 16.839.000,0 7451257,50 2007 2,95 1,15 1,8 25% 0,45 18.033.750,0 8115187,50 2008 2,7 1,04 1,66 25% 0,42 19.307.750,0 8012716,25 2009 2,6 1,01 1,59 25% 0,40 19.290.250,0 7667874,37 2010 2,52 0,97 1,55 25% 0,39 19.414.000,0 7522925,00 2011 2,36 0,92 1,44 25% 0,36 19.975.000,0 7191000,00 2012 2,2 0,86 1,34 25% 0,34 20.574.600,0 6892491,00 2013 2,18 0,84 1,34 25% 0,34 21.006.666,7 7037233,35 Total no período: 79.686.530,99

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Tabela 4. Expansão da Produção para novas áreas Não se Aplica Ano Renda com Produto Anterior -R$ Renda com Produto Atual - R$ Renda Adicional Obtida R$ Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico (A) (B) C=(B-A) (D) E=(CxD) F=(CxD) G2=(ExF) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 x

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Tabela 5. Agregação de Valor Não se aplica Ano Renda com Produto sem Agregação R$ Renda com Produto com Agregação R$ Renda Adicional Obtida R$ Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção Benefício Econômico

(A) (B) C=(B-A) (D) E=(CxD) E=(CxD) G3=(ExF) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 x

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Tabela 6. Total dos Benefícios Econômicos Estimados - Granulometria do milho para

dietas de frangos de corte

Ano TOTAL DOS BENEFÍCIOS DE IMPACTO ECONÔMICO T=(I+G1+G2+G3) 1998 515920,59 1999 610830,23 2000 1239067,98 2001 1202746,05 2002 2056757,04 2003 3164596,94 2004 5115427,20 2005 5890500,00 2006 7451257,50 2007 8115187,50 2008 8012716,25 2009 7667874,38 2010 7522925,00 2011 7.191.000,00 2012 6.892.491,00 2013 7.037.233,34 Total no período= 79.686.530,99

Para cálculo destes benefícios econômicos gerados para a cadeia avícola, considerou-se a participação efetiva da Embrapa em 25% - referentes ao desenvolvimento e prospecção da tecnologia. Gerando-se então um ganho líquido de R$ 0,34 / 1.000 kg de ração produzida em 2013, Tabela 3 - E. Quanto a área de adoção da tecnologia (Tabela 3 – F), foi estimada a partir de informações obtidas em entrevistas com especialistas e, entende-se que nos primeiros anos de sua apresentação e inserção na avicultura, houve uma adoção entre 10% e 20% da granulometria na produção de rações. Em 2013, estimou-se adoção de 90% da avicultura industrial.

Observando-se que a ração produzida a nível nacional é estimada com base na produção de carne de frango nacional – Fonte no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - considerando-se ainda estimativas de mortalidade e conversão alimentar no decorrer dos anos (1998-2013), temos então o total de 7,037 milhões de reais economizados para a cadeia produtiva em 2013 e, cerca de 79.686.530,99 milhões de reais economizados ao longo dos anos, atribuídos diretamente aos esforços da Embrapa (1998-2013).

Vale considerar que nos anos de 2011, 2012 e 2013 foram obtidos novos coeficientes técnicos, indicadores e informações, que possibilitaram cálculos considerando a incorporação de novas tecnologias (complementares e/ou substitutas)

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na produção de rações, que provocaram um efeito diluidor no impactos econômicos da tecnologia “Granulometria do milho para dietas de frangos de corte”, mas que, mesmo assim, demonstrou forte impacto econômico na avicultura brasileira.

4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS - Metodologia AMBITEC-Social

4.1. Aspecto Emprego

O indicador “Capacitação” apresenta coeficiente de impacto no valor de 10,85, (Tabela 7) impacto positivo e expressivo, conforme entrevistas realizadas. Os especialistas entrevistados explicam que na ocasião da adoção da granulometria pela cadeia produtiva, houve uma intensa troca de informações e capacitação entre os técnicos da Empresa e especialistas de algumas agroindústrias. Neste ponto, vale destacar que o impacto ocorreu nos tipos de capacitação, local e especializado de curta duração, bem como nos níveis de capacitação, básico, técnico e superior. A Embrapa também divulgou o método de granulometria, através de documentos diversos e programas especializados no rádio e na televisão.

Os indicadores de impacto “Oportunidade de Emprego Local Qualificado” e “Oferta de Emprego e Condição do Trabalhador”, com atributos referentes a origem do trabalhador, qualificação para o trabalho, bem como, condição do trabalhador (temporário, permanente, parceiro ou familiar), não foram percebido pelos entrevistados (4 especialistas e 5 produtores, Tabela 13) a partir da adoção da granulometria. Também não houve alteração no indicador “Qualidade do Emprego”, sem mudanças percebidas nos atributos sobre a legislação trabalhista e benefícios trabalhistas auferidos aos tratadores/produtores.

4.2. Aspecto Renda

Geração de Renda do estabelecimento: O indicador “Geração de Renda no Estabelecimento” apresenta coeficiente com resultado médio de 5,00 (Tabela 7), impacto positivo e expressivo a partir da adoção da granulometria. Os entrevistados perceberam mudanças na renda da propriedade ou do estabelecimento, agroindústria ou empresa produtora de rações. Estando estes impactos relacionados aos atributos de estabilidade e especialmente ao aumento do montante gerado. Conforme as entrevistas realizadas, o impacto se deve pela economia proporcionada com a otimização do tempo de moagem do milho, diminuindo-se o tempo de operação e reduzindo-se os gastos com energia elétrica, especialmente.

Para os indicadores de “Diversidade de Fontes de Renda” e “Valor da Propriedade”, não tivemos impactos com a adoção da granulometria para aves ou estes impactos não puderam ser percebidos pelos entrevistados.

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4.3. Aspecto Saúde

Nos indicadores “Saúde Ambiental e Pessoal” e “Segurança e Saúde Ocupacional”, para os entrevistados especialistas, não foram percebidos impactos advindos da adoção do método de granulometria. O impacto da tecnologia/ método Embrapa sobre aspectos de insalubridade/doenças, emissão de poluentes atmosféricos e hídricos, periculosidade ou exposição a agentes biológicos que poderiam afetar direta ou indiretamente a saúde dos trabalhadores nas fábricas de ração, não puderam ser identificados ou confirmados pelos especialistas. O impacto no indicador “Segurança Alimentar”, com atributos de garantia da produção, quantidade ou qualidade nutricional do alimento, não foi percebido por parte dos entrevistados.

4.4. Aspecto Gestão e Administração

O indicador “Dedicação e Perfil do Responsável” apresenta impacto positivo a partir da adoção da granulometria para aves, com valor geral médio de 1,45 (Tabela 7), percebido pelos entrevistados (4 especialistas e 5 produtores, tabela 13). Sendo que estes acreditam que tenha diminuído de forma significativa o tempo de permanência dos operadores da máquina de moagem do milho, a partir da adoção do método de granulometria, uma vez que reduz-se o tempo de moagem. Para os indicadores “Condição de Comercialização” e “Disposição de Resíduos”, não foram percebidos impactos com a adoção da granulometria.

Quanto ao indicador “Relacionamento Institucional”, temos o resultado com média geral de 0,90 (Tabela 7), identificado pelos entrevistados (4 especialistas e 5 produtores, tabela 10) e, refere-se a assistência técnica associada a adoção do método de granulometria, bem como a melhora do associativismo e cooperativismo entre os agentes da cadeia e a própria Embrapa.

4.5. Impacto Social - Análise Agregada

Para a avaliação de impactos sociais referente ao ano de 2013, o índice geral de impacto social apresentou coeficiente com o valor de 1,65 (Tabela 7), sendo este o primeiro ano de avaliação de impactos gerados pela granulometria para aves. Primeiramente, temos um ponto forte que foi mencionado de forma expressiva, refere-se aspecto emprego, tanto com relação aos tipos de capacitação promovidos, sejam locais de curta duração ou especializados de curta duração, mas também quanto ao nível de capacitação, abrangendo-se todos os níveis, sejam eles básico, técnico ou superior.

Quanto ao aspecto renda, a geração de renda é um indicador que pontua de forma positiva, apresentando um impacto expressivo. O método desenvolvido pela Embrapa para granulometria do milho na avicultura, afeta diretamente na produção de ração, um dos itens mais caros e importantes da criação dos animais. Com o uso da granulometria, todos os elos da cadeia produtiva se beneficiam do ponto de vista econômico, uma vez que ela permite maior economia de energia elétrica, com o mesmo aproveitamento do alimento por parte das aves. No que diz respeito a questão social, a

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granulometria tem um forte apelo quanto ao aumento da renda para os produtores de ração, com recursos sendo otimizados/ economizados.

A granulometria está, indiretamente, influenciando o produtor de aves, seja na renda ou nas transações contratuais com as integradoras, mas não impacta na diversidade de fontes de renda ou valor da propriedade rural. O método de granulometria do milho para aves, conforme entrevistas realizadas, não causa impacto no aspecto saúde, mas poderia ter sido identificado como impactante na saúde ambiental e pessoal, uma vez que reduzindo-se o tempo de operação da moagem do milho, sobra maior tempo para o operador da máquina despender em atividades pessoais. Também com relação a saúde ocupacional, igualmente não foram mencionadas mudanças na geração de ruídos, vibração, calor e frio, que poderiam estar associados ao menor tempo de utilização das máquinas.

Tabela 7 – Impactos Sociais - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Indicadores Não Se

Aplica Coeficiente 1. Emprego

Capacitação 10,85

Oportunidade de emprego local qualificado - Oferta de emprego e condição do trabalhador - Qualidade do emprego

2. Renda

Geração de Renda do estabelecimento 5,00

Diversidade de fonte de renda -

Valor da propriedade -

3. Saúde

Saúde ambiental e pessoal - Segurança e saúde ocupacional -

Segurança alimentar -

4. Gestão e administração

Dedicação e perfil do responsável 1,45 Condição de comercialização -

Reciclagem de resíduos -

Relacionamento institucional 0,90

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5. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NA GERAÇÃO DE EMPREGOS - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

O impacto da granulometria para aves sobre a geração de empregos foi estimado tomando-se como base a elasticidade dos preços ou custos de produção de 1 quilograma de carne de frango e, a relação desta variável com a possível exclusão de produtores caso a tecnologia avaliada não estivesse disponível ao mercado. Para fins destes cálculos, a elasticidade de preço (Tabela 8 – A) foi considerada de 0,723% (Pintos – Payeras, 2009). Também foram considerados: A variação entre os custos de produção com adoção da tecnologia Embrapa e da situação substituta (Tabela 8 - B) e; Os empregos envolvidos com a atividade avícola, proporcionais a adoção da tecnologia (Tabela 8 – D).

A utilização da tecnologia substituta, ao invés do modelo Embrapa, aumentaria os custos de produção, em percentual, conforme Tabela 5 – B. temos então a variação percentual provocada na produção, a partir da adoção da tecnologia Embrapa (Tab. 5 - C), sendo (C) = (A) x (B) e, por fim, temos o número de empregos atribuídos a adoção da tecnologia Embrapa (Tab. 5 - E), sendo (E) = (C) x (D). A partir do exposto, conclui-se então que aproximadamente 99 empregos (E), foram mantidos ou gerados com a adoção da tecnologia em 2013, uma quantidade expressiva conjugada aos ganhos econômicos, sociais e ambientais atribuídos a adoção desta tecnologia.

Tabela 8: Geração de empregos diretos pela incorporação da tecnologia no setor produtivo - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Ano 2012 Elasticidade Preço (A) Variação Custos (B) Variação Produção (C)=(A)x(B) Empregos Suinocultura % Adoção (D) Empregos Embrapa (E)=(C) x (D) Redução Custos 0,723 0,0015556 0,0011247 88.020 99

6. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS - Metodologia AMBITEC

6.1. Alcance da Tecnologia

O método de granulometria do milho para aves foi desenvolvido com o objetivo inicial de melhorar a absorção de nutrientes pelos frangos, impactando posteriormente na economia de energia elétrica no processo de moagem do milho, bem como no desempenho zootécnico dos animais. Logo que identificadas as vantagens de utilização da granulometria, a cadeia produtiva passou a adota-la gradativamente, a partir de 1998 com 10% de adoção, até 2010, com 90% de toda produção de industrial avícola de

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corte. Abrangendo cerca de 50% de toda a produção de rações no Brasil (Sindirações, 2013) e equivalente a 100% da produção industrial de carne de frango.

A granulometria acompanha a produção industrial do frango de corte, alcançando todos os estados do Sul, Sudeste e centro Oeste do Brasil, bem como todas as agroindústrias na Região Norte e Nordeste. Com mais de 33,2 milhões de toneladas de rações produzidas no Brasil, em 2013, estima-se que a granulometria tenha interferido diretamente em 100% deste volume, uma vez que é uma tecnologia amplamente conhecido, que não requisita qualquer mudança na matriz tecnológica (maquinário) e, desta forma, foi absolutamente incorporado a produção a cadeia produtiva de carne de frango.

6.2. Aspecto Eficiência Tecnológica

O indicador “Uso de Insumos Materiais”, com atributos de impacto relacionados ao uso de insumos na alimentação (ração, volume/ silagem, suplementos), teve impacto positivo com resultado geral de 0,52 (Tabela 9), identificado pelos entrevistados (4 especialistas e 5 produtores, Tabela 13), com um impacto baixo no que diz respeito ao ambiente da fábrica de rações, especialmente na utilização dos insumos. Porém, com bastante expressão quando se observa a produção de aves no seu contexto.

Uso de energia: Quanto ao indicador “Uso de Energia”, com coeficiente médio positivo de 3,89 (Tabela 9), expressivo, é percebido pelos entrevistados, principalmente redução no tempo de utilização das máquinas para moagem do milho, uma vez que o DGM das partículas do milho não é importante para um melhor aproveitamento do alimento por parte dos frangos, desta forma, economiza-se energia elétrica com menor tempo para moagem. Também utiliza-se menos água para manejo da fábrica de rações, reduzindo-se também a geração de resíduos.

6.3. Aspecto Conservação Ambiental

O impacto sobre o indicador “Atmosfera” é positivo, com valor de 1,00 (Tabela 9). É entendimento entre os entrevistados (4 especialistas e 5 produtores, Tabela 13), que a adoção da granulometria para aves impactou positivamente na redução da geração de gases de efeito estufa e odores, em relação a prática anterior. Entende-se que com a otimização da utilização dos insumos/ração, com menos utilização de energia elétrica ou água para limpeza e manutenção reduz-se então o volume de resíduos totais gerados, ocasionando também menor geração de gases de efeito estufa e odores.

Os indicadores de “Qualidade da Água”, “Qualidade do solo” e “Biodiversidade”, com atributos de impacto referentes a qualidade da água ou contaminantes tóxicos e compactação do solo, erosão ou perdas do solo, perda de vegetação nativa, perda de corredores de fauna ou perda de espécies/ variedades, não foram percebidos pelos entrevistados especialistas ou não se aplicam a tecnologia avaliada.

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6.4. Aspecto Recuperação Ambiental

O aspecto “Recuperação Ambiental” não se aplica a esta tecnologia ou não teve impacto identificado pelos entrevistados especialistas.

6.5. Aspecto Bem-estar e Saúde Animal

O aspecto “Bem-estar e Saúde Animal”, com indicadores de bem-estar animal sob pastejo ou bem-estar animal sob confinamento, não se aplica a esta tecnologia ou não teve impacto identificado pelos entrevistados especialistas.

6.6. Aspecto Qualidade do Produto

O aspecto “Qualidade do Produto”, com variáveis de aditivos químicos, resíduos químicos ou contaminantes biológicos, não se aplica a esta tecnologia ou não teve impacto identificado pelos entrevistados especialistas.

6.7. Capital Social

O aspecto “Capital Social” não se aplica a esta tecnologia, uma vez que, para fins deste trabalho, o módulo utilizado foi o Ambitec - Produção Animal.

6.8. Impacto Ambiental - Análise Agregada

Para a avaliação de impactos ambientais referente ao ano de 2013, o índice geral de impacto ambiental apresentou coeficiente com o valor de 1,20 (Tabela 9), sendo este o primeiro ano de avaliação de impactos gerados pela granulometria para aves. Um ponto que foi mencionado de forma mais expressiva, refere-se ao aspecto de eficiência tecnológica, uso de energia elétrica, especialmente no que diz respeito a otimização dos insumos, com menor tempo de moagem do milho, sem que isto interferisse na conversão alimentar dos animais, acarretando numa redução de dejetos/ resíduos e, consequentemente, menor emissão de gases de efeito estufa e odores. Sendo a diminuição do consumo de energia elétrica, se configurando como ponto forte da tecnologia/ método avaliado, favorecendo ainda ao menor consumo de água para limpeza ou manutenção das instalações.

O método de granulometria do milho para ração das aves não apresenta impacto em indicadores de campo ou referentes a propriedade rural (qualidade da água ou do solo, biodiversidade ou recuperação ambiental. Também não afeta o bem-estar do animal, seu desempenho zootécnico ou qualidade nutricional do alimento, sendo um método de fácil aplicação, sem custos adicionais e impacto expressivo na redução do consumo de energia elétrica, apresenta poucos indicadores ambientais afetados e nenhum impacto negativo.

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Tabela 9 – Impactos Ambientais - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Indicadores Não Se

Aplica Coeficiente 1. Eficiência Tecnológica

Uso de agroquímicos/ insumos químicos e ou

materiais 0,52

Uso de energia 3,89

Uso de recursos naturais 0,50

2. Conservação Ambiental

Atmosfera 1,12

Qualidade do solo -

Qualidade da água -

Biodiversidade -

Geração de resíduos sólidos -

3. Recuperação Ambiental -

4. Qualidade do Produto -

5. Bem - Estar e saúde do animal -

6. Capital Social -

Índice de Impacto Ambiental 1,20

7. AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS

O método de granulometria do milho para aves foi desenvolvido inicialmente para melhorar a absorção de nutrientes fornecidos na ração, possibilitando-se uma conversão alimentar mais baixa – relação consumo de ração versus carne produzida. No entanto, constatou-se que não existe um DGM da partícula de milho, que é mais adequado para alimentação dos frangos. Por outro lado, o método avaliado trouxe inegável otimização de recursos energéticos, com economia de energia elétrica para a cadeia produtiva, também uma menor geração de resíduos/dejetos. A capacitação foi intensa, com redução do tempo de moagem do milho e consequente diminuição do tempo de trabalho pelo responsável pela fábrica de rações.

Estima-se que o método tenha sido adotado nos processos de produção de rações em toda da avicultura industrial, 100% de toda atividade avícola que está relacionada a produção industrial de rações. A avicultura restante é de subsistência ou atrelada a fábricas de rações independentes ou pequenas agroindústrias com outros métodos e/ou tecnologias para produção de rações, que não tiveram acesso as informações prestadas pela Embrapa, ou não quiseram/puderam modificar a matriz tecnológica das fábricas. Este fato leva a crer que a granulometria para aves, conforme foi desenvolvida pela Embrapa, ainda pode aumentar sua área de abrangência.

(20)

Observando-se ainda que nos últimos anos não foram feitas novas pesquisas com granulometria. Por fim, vale ressaltar que a tecnologia pode gerar uma economia com otimização dos insumos para ração, na ordem de milhões de reais anuais, seja com uma redução de custos para a cadeia produtiva, no que diz respeito ao consumo de energia elétrica. São aproximados 7,037 milhões de reais somente em 2013 e R$ 79.703.049,47 no período de 1998 até 2013.

A tecnologia apresenta grande potencial para seguir tendo alto grau de adoção na cadeia produtiva, na medida em que o milho representa um importante insumo, assim como a energia elétrica, nas fábricas de rações para frangos de corte. Em termos de adoção futura da tecnologia, a mesma está consolidada, estabilizada, e com pequeno potencial de crescimento, até atingir praticamente a totalidade da produção de rações para suínos no Brasil.

8. CUSTOS E RECEITAS DA TECNOLOGIA

Os gastos com pesquisa e desenvolvimento do Método de Granulometria para Aves, estão concentrados entre os anos de 1998 e mais recentemente nos anos de 1010, 2011 e 2012, para a obtenção de novos valores, considerando a nova genética de frangos de corte, bem como a nova genética do milho. Em custeio de pesquisa, foram gastos até o momento R$ 283.873,78 (em valores atualizados, IGP-Di, Fundação Getúlio Vargas). Destaca-se porém que, a pesquisa e desenvolvimento desta tecnologia é um desdobramento dos trabalhos desenvolvidos para o Método de Granulometria para Suínos e, calcula-se que tenham sido gastos para a pesquisa com suínos, quanto ao descarte de material não desejado, cerca de 30% do valor total gasto com pesquisa para suínos (granulometria para suínos), total de R$ 36.366,47. No Período que vai de 1998 até 2013 temos ainda os gastos administrativos e com pessoal na geração de documentos e comunicados, bem como na transferência da tecnologia, que diz respeito a organização de eventos, diárias, transporte e etc. O acumulado é de R$ 4.232.522,30, ao longo dos anos 1998-2013 (Tabela 10).

Destacando-se que, conforme fica descrito neste relatório, a tecnologia avaliada foi considerada de amplo conhecimento pela sociedade. Entretanto, não existem vendas diretas ou outras receitas, ou royalties correlacionadas a tecnologia, porém, devemos considerar a economia proporcionada com redução de custos a partir da adoção da tecnologia avaliada. Somente em 2013, temos o valor de 7,037 milhões que a sociedade economizou na produção de rações, particularmente quanto a redução do consumo de energia elétrica. Vale destacar que o benefício econômico acumulado chega ao montante de R$ 79.703.049,47 referentes aos anos de 1998 até 2013.

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Tabela 10 – Demonstração dos custos da tecnologia “Granulometria do milho para dietas de frangos de corte” (Histórico 1995-2013).

Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência Tecnológica Total

(A) (B) (C) (D) (E) F=(A+B+C+D

+E) 1995 1996 1997 334.535,26 0,00 36.177,89 50.709,98 0,00 421.423,14 1998 258.086,99 199.084,24 31.026,72 50.806,39 5.798,12 544.802,45 1999 234.278,28 0,00 29.969,71 71.360,09 3.619,68 339.227,76 2000 250.752,59 0,00 31.324,70 65.287,87 4.344,22 351.709,38 2001 197.582,90 0,00 25.025,71 82.688,56 5.506,23 310.803,40 2002 193.118,63 0,00 23.878,28 47.927,26 7.822,02 272.746,19 2003 171.834,03 0,00 21.296,59 59.325,75 5.164,58 257.620,95 2004 161.648,45 0,00 22.064,36 55.913,31 5.098,39 244.724,51 2005 157.749,74 0,00 22.782,12 51.174,55 3.501,34 235.207,75 2006 127.341,85 0,00 25.089,33 18.703,16 3.370,86 174.505,20 2007 140.045,04 0,00 25.168,64 32.985,23 1.990,10 200.189,00 2008 127.328,21 0,00 23.660,84 17.580,70 2.142,98 170.712,73 2009 138.809,16 0,00 23.840,45 16.469,47 5.851,63 184.970,70 2010 151.969,95 12.455,04 23.041,82 14.323,29 4.795,50 206.585,60 2011 145.890,94 34.430,98 21.830,67 16.641,64 5.164,65 223.958,87 2012 146.199,85 37.903,53 21.383,73 18.410,28 4.386,25 228.283,64 2013 111.005,23 0,00 18.529,07 12.890,50 6.500,00 148.924,80

O custo de depreciação de capital foi obtido considerando-se o custo total em depreciação da unidade e o tempo dedicado pelo pesquisador e de uso de instalações no projeto, totalizando R$ 426.090,63 no período de 1998 até 2013.

8.1. ANÁLISE CUSTO/BENEFÍCIO

Os cálculos da taxa interna de retorno (TIR), do valor presente líquido (VPL) e da relação benefício/custo (B/C), feitos com base na análise conjunta do fluxo de custos e de benefícios da tecnologia (Tabela 11), confirmam o impacto positivo de investimentos em pesquisa e desenvolvimento sobre a geração de renda no agronegócio brasileiro.

(22)

Tabela 11: ANÁLISE DE RENTABILIDADE DOS INVESTIMENTOS - Granulometria do milho para dietas de frangos de corte (Histórico 2010 - 2013).

Taxa Interna de Retorno TIR

Relação Benefício/Custo

B/C (6%)

Valor Presente Líquido VPL (6%)

98,90% 13,42 R$ 39.995

Esta tecnologia proporcionou uma relação benefício/custo de R$ 13,42, no período avaliado, de 1998 até 2013, ou seja, para cada real investido, houve um retorno foi de R$ 13,42.

A avaliação da TIR nos apresenta a taxa de desconto que faz com que o valor atualizado dos benefícios seja igual ao valor atualizado dos custos. A tecnologia será economicamente viável se a TIR for maior do que o retorno exigido. Caso contrário, a menos que ela tenha impactos sociais e ambientais positivos que compensem o investimento, ela deve ser rejeitada.

No período de 15 anos, a TIR foi de 98,90%, para a tecnologia em avaliação, apresentando impacto econômico altamente positivo. O retorno tão alto é justificado porque os custos são muito baixos em comparação com a receita (Tabela 10 e 3). O retorno é tão alto porque os gastos são muito baixos em comparação com o incremento de produtividade na produção de leitões. O VPL foi de R$ 39.995.

9. AÇÕES E PROJETOS SOCIAIS

As ações sociais relacionadas a esta tecnologia para fins do Balanço Social da Empresa estão sintetizadas na tabela 12.

Tabela 12. Ações sociais – Granulometria do milho para dietas de frangos de corte

Tipo de ação

Ações de filantropia

x Agricultura familiar Apoio Comunitário Comunidades Indígenas

x Educação e formação profissional externa Educação e formação profissional interna

x Meio ambiente e educação ambiental Participação no Fome Zero

Reforma Agrária

Saúde, segurança e medicina do trabalho

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10. FONTE DE DADOS

A avaliação de impacto do programa baseou-se nas informações obtidas junto a pesquisadores e técnicos da Embrapa Suínos e Aves para caracterizar o trabalho realizado, seus benefícios e beneficiários e a área de abrangência. Dados secundários foram obtidos junto a fontes estatísticas oficiais e setoriais.

Os dados relativos à composição do rebanho e de abates nos estados de GO, MG, MS, MT, PR, RS, SC e SP, foram obtidos a partir do Anualpec 2013 e de dados da literatura especializada.

As entrevistas de coletas de dados e informações qualificados foram realizadas com os pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia, bem como com os profissionais das principais indústrias produtoras e processadores de produtos suínos (Tabela 13).

Tabela 13 - Número de consultas realizadas por município*

Municípios Estado Produtor Familiar Produtor Patronal Especialistas Total Pequeno Médio Grande Comercial

Videira SC 1 1

Xanxerê SC 1 1 1 3

Concórdia SC 1 2 3

Chapecó SC 1 1 2

Total 2 3 4 9

* As entrevistas foram todas feitas em SC, mas envolveram profissionais das principais agroindústrias e cooperativas que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Por fim, para as estimativas dos custos do programa foram realizadas consultas à área orçamentária da Unidade.

Os seguintes gastos foram alocados para o programa:

- para os custos de pessoal alocou-se as despesas com pesquisadores, analistas e técnicos envolvidos (ponderadas por sua dedicação ao programa, entre 15% e 70%); - 15% do custeio de pesquisa a título de custos administrativos (padrão para todos os

projetos da Unidade);

- Os gastos específicos em transferência de tecnologia, na participação em eventos, congressos, simpósio, cursos e consultorias, as despesas foram obtidas junto aos profissionais envolvidos.

- O custo de depreciação de capital foi obtido considerando-se o custo total em depreciação da unidade e o tempo dedicado pelo pesquisador e de uso de instalações no projeto.

Atualização dos valores:

Optou-se por atualizar os valores com base do IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas.

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11. EQUIPE RESPONSÁVEL

Nome Função Matrícula Correio Eletrônico

João Dionísio Henn

Entrevistas, impactos econômicos, sociais e ambientais; custos e receitas

352639 joao.henn@embrapa.br Jonas Irineu dos Santos Filho Entrevistas, impactos econômicos, sociais e ambientais; custos e receitas

291785 jonas.santos@embrapa.br

Marcos Novaes

Entrevistas, impactos econômicos, sociais e ambientais; custos e receitas

316819 marcos.novaes@embrapa.br

Luizita Salete

Suzin Marini Custos e receitas 311059 luizita.marini@embrapa.br Márcia Mara

Tessmann Zanotto

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BIBLIOGRAFIA

ANUALPEC – 2013. Anuário da Pecuária Brasileira. FNP, 20° Edição. 357 p. São Paulo – SP, 2013.

UBABEF - Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Carne de Frango. Estatísticas. Disponível em http:// http://www.ubabef.com.br/. Acesso em fevereiro de 2013.

AVILA, A. F. D., MAGALHÃES, M. C., VEDOVATO, G. L., IRIAS, L. J. M., RODRIGUES, G. S. Impactos econômicos, sociais e ambientais dos investimentos na Embrapa. Revista de Política Agrícola, v. XIV, p. 86-101, 2005.

AVILA, A. F. D., RODRIGUES, G. S., VEDOVATO, G. L. (coord.) Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa: metodologia de referência. Brasília, DF: Secretaria de Gestão Estratégica, 2006. 128 p.

JAENICH, F. R. F.; COLDEBELLA, A.; MACHADO, ABREU, P. G. de; ABREU, V. M. N.; SANTIAGO, V. Importância da higienização na produção avícola. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2004. 5 p. (Embrapa Suínos e Aves. Comunicado Técnico, 636).

Dirceu Luís Zanotto, Gilberto Silber Schmidt, Antônio Lourenço Guidoni, Paulo Antonio Rabenschlag de Brum & Paulo Sérgio Rosa. Tamanho das Partículas do Milho e

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ZANOTTO DL, ALBINO LFT, BRUM P. Efeito do grau de moagem no valor energético do milho para frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 31.,1994, Maringá, PR. Anais... Maringá: SBZ, 1994, p. 57.

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ZANOTTO, D.L.; GUIDONI, A.L.; BRUM, P.A.R. de. Granulometria do milho em rações fareladas para frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre, RS. Anais... Porto Alegre: SBZ, 1999. 1 CD–ROM.

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PINTOS-PAYERAS, JOSÉ ADRIAN. Estimação do sistema quase ideal de demanda para uma cesta ampliada de produtos empregando dados da pof de 2002-2003. Economia Aplicada, v. 13, n. 2, pp. 231-255, 2009.

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Anexo 1:

Referências

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