Índice
Índice
Apresentação
Apresentação
...3
...3
Introdução
Introdução
...4
...4
O Trader LifeStyle
O Trader LifeStyle
...6
...6
Mercados no Brasil
Mercados no Brasil
...10
...10
Renda Fixa...10
Renda Fixa...10
Renda Variável...12
Renda Variável...12
Gestão Própria e Terceira...15
Gestão Própria e Terceira...15
Reguladores...17
Reguladores...17
Ferramentas do Trader
Ferramentas do Trader
...19
...19
Ferramentas de Análise e de Trading...19
Ferramentas de Análise e de Trading...19
De Carteira...22
De Carteira...22
Custos e Tributação...23
Custos e Tributação...23
Modelos de Análise
Modelos de Análise
...26
...26
Análise Fundamentalista...26
Análise Fundamentalista...26
Análise Gráca e Análise Técnica...28
Análise Gráca e Análise Técnica...28
Análise de Fluxo e Tape Reading...32
Análise de Fluxo e Tape Reading...32
Métodos quantitativos e robôs...33
Métodos quantitativos e robôs...33
Seu Mix de Análise...34
Seu Mix de Análise...34
Setups & Técnicas de Trading
Setups & Técnicas de Trading
...35
...35
Tudo começa no Trading Plan...35
Tudo começa no Trading Plan...35
Controle de Risco...38
Controle de Risco...38
Gestão de Carteira...40
Gestão de Carteira...40
Blindagem Emocional & Alta
Blindagem Emocional & Alta
Performance
Performance
...42
...42
Como Deve Funcionar a Cabeça do Trader...42
Como Deve Funcionar a Cabeça do Trader...42
Vieses Psicológicos que Podem Afetar o Trader...43
Vieses Psicológicos que Podem Afetar o Trader...43
Trading de Alta Performance...45
Trading de Alta Performance...45
Considerações Finais...46
Considerações Finais...46
Anal, é possível viver de Trading?...46
Anal, é possível viver de Trading?...46
Opte sempre pelo mais simples...47
Rodrigo Cohen
Rodrigo Cohen
Com o Cohen, só Gain! Com o Cohen, só Gain! Eu
Eu adoro essa piada boba. Por trás dela tem muito suor e adoro essa piada boba. Por trás dela tem muito suor e lágrimas, mas tambémlágrimas, mas também muito trabalho duro e a dedicação que só quem faz o
muito trabalho duro e a dedicação que só quem faz o que AMA consegue entenque AMA consegue enten- -der.
der. Ess
Esse sou eu, Rodrigo Cohen. Muito prazer!e sou eu, Rodrigo Cohen. Muito prazer! Me formei em
Me formei em Engenharia Elétrica/Computação e depois z pós-graduação peloEngenharia Elétrica/Computação e depois z pós-graduação pelo Instituto Coppead/UFRJ, mas a maior
Instituto Coppead/UFRJ, mas a maior parte da minha bagagem prossional veioparte da minha bagagem prossional veio do mercado nanceiro, da prática. Dos dias de ganhos e de perdas.
do mercado nanceiro, da prática. Dos dias de ganhos e de perdas. Trabalho desde os 17
Trabalho desde os 17 anos. Comecei com tecnologia em anos. Comecei com tecnologia em projetos multinacionaisprojetos multinacionais e z minha primeira operação na bolsa em 2000. Nunca mais parei. Nove anos e z minha primeira operação na bolsa em 2000. Nunca mais parei. Nove anos depois migrei de vez para o mercado nanceiro e estou aqui até
depois migrei de vez para o mercado nanceiro e estou aqui até agora.agora. Ho
Ho je tenho je tenho comigo ucomigo uma das maioma das maiores legres legiões de tiões de traders draders do Brasil, o Brasil, seja no mseja no meueu grupo de
grupo de Facebook “Trading Insights”Facebook “Trading Insights”,, seja no meu seja no meu Blog Prossão TraderBlog Prossão Trader dentrodentro do Infomoney, seja no
do Infomoney, seja no canal do Youtubecanal do Youtube da Rico Corretora ou no da Rico Corretora ou no meu programameu programa diário de trades que é o
diário de trades que é o Ponto a PontoPonto a Ponto.. Estou com eles TODO DIA! E me divirtoEstou com eles TODO DIA! E me divirto muito!
muito! Apr
Aproveitando a deixa, sou analista da Rico Corretora e apresento diariamente ooveitando a deixa, sou analista da Rico Corretora e apresento diariamente o programa Ponto a Ponto a partir das 8h40. Venha me conhecer!
programa Ponto a Ponto a partir das 8h40. Venha me conhecer! É u
É um prazer saber que o meu material chegou até m prazer saber que o meu material chegou até você. Espero, de coração, quevocê. Espero, de coração, que ele seja aquele gatilho que te faltava para começar a operar no
ele seja aquele gatilho que te faltava para começar a operar no mercado nanceimercado nancei- -ro... Ou aquele ponto de inexão que você
ro... Ou aquele ponto de inexão que você esperava para lhe fazer um trader deesperava para lhe fazer um trader de sucesso... Ou mesmo aquela gota de
sucesso... Ou mesmo aquela gota de inspiração para começar a investir.inspiração para começar a investir. Qu
Qualquer que seja o motivo que te trouxe alquer que seja o motivo que te trouxe aqui, aproveite o passeio. E se vocêaqui, aproveite o passeio. E se você ainda não me conhece, vai lá na minha página, cadastre-se no
ainda não me conhece, vai lá na minha página, cadastre-se no BLOGBLOG para receber para receber noticações exclusivas e faça parte desta
noticações exclusivas e faça parte desta família super unida!!!família super unida!!!
QUER
QUERME CONHECER UM POUQUINHO ANTES DE COMEÇAR?ME CONHECER UM POUQUINHO ANTES DE COMEÇAR?
Nesse vídeo de 180 segundos, eu resumo como
Nesse vídeo de 180 segundos, eu resumo como é um dia de é um dia de Trades que faço ao-vivo emTrades que faço ao-vivo em
minha sala de Cha
minha sala de Chat. É bem doido, t. É bem doido, mas eu sou assim!!!mas eu sou assim!!!
Espero que goste:
Introdução
Introdução
Diz a lenda que
Diz a lenda que Munehisa Homma, pai dos candlesticks, acumulou uma Munehisa Homma, pai dos candlesticks, acumulou uma fortunafortuna gigantesca ao manter e analisar registros históricos do mercado. Por meio de sua gigantesca ao manter e analisar registros históricos do mercado. Por meio de sua análise gráca rudimentar misturada à psicologia, chegou
análise gráca rudimentar misturada à psicologia, chegou a realizar a façanha dea realizar a façanha de 100 trades consecutivos vitoriosos.
100 trades consecutivos vitoriosos. De
Detalhe: tudo isso no mercado de arroz do Japão Feudal do talhe: tudo isso no mercado de arroz do Japão Feudal do século XVIII. Além deséculo XVIII. Além de rico, Homma acabou se tornando conselheiro do império japonês.
rico, Homma acabou se tornando conselheiro do império japonês. Si
Simplesmente mitou: o cara era day trader (como eu), desenvolveu uma escola demplesmente mitou: o cara era day trader (como eu), desenvolveu uma escola de análise gráca para analisar os mercados e
análise gráca para analisar os mercados e multiplicou este conhecimento commultiplicou este conhecimento com seus livros escritos! Que história
seus livros escritos! Que história top das galáxias!top das galáxias! E
Essa é apenas uma das várias histórias conhecidas de ssa é apenas uma das várias histórias conhecidas de traders de sucesso. Hátraders de sucesso. Há outras, como as de
outras, como as de Ralph ElliottRalph Elliott,, Jim Simons, e George Soros, Jim Simons, e George Soros, claro. Inspiração nãoclaro. Inspiração não falta, mas, nem tudo são rosas (ou
falta, mas, nem tudo são rosas (ou tulipastulipas……).). S
Se fosse fácil assim, estava todo mundo rico. Porém, a realidade é quee fosse fácil assim, estava todo mundo rico. Porém, a realidade é que muita gen-muita gen-te fracassa
te fracassa ao tentar ser trader. Mas quer saber? Não nos interessa saber quantaao tentar ser trader. Mas quer saber? Não nos interessa saber quanta gente ganha como investidor/trader/day trader. O que interessa mesmo saber é: o gente ganha como investidor/trader/day trader. O que interessa mesmo saber é: o que fazer para estar no lado vencedor?
que fazer para estar no lado vencedor? C
Como eu disse, não é fácil, mas também não precisa ser omo eu disse, não é fácil, mas também não precisa ser da NASA pra ganhar noda NASA pra ganhar no mercado, para ser um trader de sucesso.
mercado, para ser um trader de sucesso.
Para mim um trader de sucesso precisa dos três Cs do Trader (ou
Para mim um trader de sucesso precisa dos três Cs do Trader (ou do Cohen!):do Cohen!): Conhecimento, Controle e Cabeça. Isto é:
Conhecimento, Controle e Cabeça. Isto é:
01
01
Cabeça:Cabeça: O preparo mental doO preparo mental do
trader é fundamental. Prepare
trader é fundamental. Prepare
sua mente, saiba como
sua mente, saiba como
funcio-na a psicologia trader e como
na a psicologia trader e como
tirar proveito disso de forma
tirar proveito disso de forma
positiva. Se algo sair do
positiva. Se algo sair do
con-trole na sua cabeça, tudo pode
trole na sua cabeça, tudo pode
ir para o brejo.
ir para o brejo.
02
02
Controle:Controle:Este item se divide em dois. OEste item se divide em dois. O
primeiro é o controle gerencial, que são as
primeiro é o controle gerencial, que são as
ferramentas pelas quais você sabe como está
ferramentas pelas quais você sabe como está
o
o balanbalanço da sua carteiço da sua carteira, seus riscra, seus riscos e a ges-os e a
ges-tão das execuções. O segundo e o controle
tão das execuções. O segundo e o controle
contábil, no qual você apura
contábil, no qual você apura custos operacio-custos
operacio-nais e tributação. Se não fzer os dois, pode
nais e tributação. Se não fzer os dois, pode
acabar achando que ganhou quando perdeu.
03
Conhecimento: Como toda prossão de alto valor agregado, você precisa
acu-mular conhecimento, precisa estudar e entender com profundidade o seu tema. Não dá para ter dúvidas no calor do mercado.
Tudo é muito rápido! Portanto, prepare yourself, soldier!!
Com os 3 Cs você toca o bumbo, mas quem vai te ajudar a fechar a apoteose é sua META. Com base no seu objetivo, você vai desenhar todo o caminho. Quem não tem meta, não sabe onde quer chegar. Simples assim. Foi desse modo, aliás, que eu escrevi este ebook: eu pensei em cada um destes tópicos e em como te ajudar a denir a meta. O resto é aprofundamento e dedicação.
O Trader LifeStyle
Jesse Livermore conta em seu livro “Reminiscências de um Especulador Financei-ro” que jogava com um sistema, e não com ações favoritas ou rumores de mer-cado. Ele se interessava apenas na aritmética do negócio. E estava tão certo em operar nos mercados desta forma que foi um dos homens mais ricos do mundo no começo do século XX. Seu livro, junto a “Os Axiomas de Zurique”, de Max
Gunther, são dois clássicos que sintetizam o Estilo de Vida do Trader.
Vou apresentar aqui para você o que eu acredito ser um bom “Trader LifeStyle”.
Ser trader
Como um comerciante (tradução literal de trader), seu foco é em ganhar margens entre aquilo que você compra e vende, e vice-versa. Por mais simples que seja esta denição, ela é pouco praticada.
O trader deve ser racional e frio neste papel, não se apegando aos ativos que “co-mercializa” ou muito menos agindo e reagindo com emoções.
Não deve car triste ou comemorar. Só assim você vai conseguir fazer seu sistema trader funcionar por você.
Apague agora da sua mente a ideia carros luxuosos, casas de praia e viagens de primeira classe. Isso pode até ser a consequência da sua vida de trader, mas nunca deve ser o objetivo.
Seja comprometido
Seja comprometido, de verdade! Ser um trader comprometido vale totalmente a pena, anal, tem retorno nanceiro. Você não precisa ser trader 24 horas por dia. Existem aqueles que mantêm seu trabalho e são traders de meio período. Mas naquelas horas que você tem para ser trader, SEJA TRADER! Assim, se tudo der errado, você nunca poderá dizer que não foi até o nal. Então vá!
Foque na execução
Só planejar bem não basta, tem que saber executar. E uma boa execução começa com um bom teste do seu trading plan. Antes de sair por aí disparando ordens,
use as contas de demonstração que várias corretoras disponibilizam.
Saber executar também é dominar alguns outros aspectos operacionais, como transferir recursos, pagar impostos e balancear sua carteira, medir seu desempe-nho e avaliar onde melhorar. A execução é o feedback do seu trading plan. Depois de praticar muito na conta demonstração você pode dar os primeiros passos na vida real.
Ser trader
Se você está buscando nos fóruns da internet aquela estratégia infalível, que chamamos de santo graal, PARE AGORA MESMO!
Primeiro porque não existe estratégia infalível. Uma ou outra vez qualquer estratégia dará algum prejuízo; segundo porque o que fun-ciona para outra pessoa não necessariamente funciona para você. Cada um tem sua aversão ao risco, cada um tem um capital, um conhe-cimento de mercado diferente... Desenvolva para você algo que funcione para você!
Tenha uma rotina
Dedicação e disciplina são a base do sucesso do trader. E desenvolver rotinas ajuda a tornar estes hábitos algo automático. Não estamos falando só do hábito de abrir um jornal ou checar suas posições. Uma rotina de vida também ajuda sua cabeça (o primeiro C!) a se equilibrar e te levar a um bom desempenho nos tradings e nos timings que o seu perl de operador exigirá. Você precisa estar de bem com a saúde, com a mente e com sua técnica.
Seja exível
Desenvolver um trading plan ecaz é uma tarefa que exige dedicação e muito
tempo de aprendizado. Uma vez desenvolvido um bom trading plan, monitore seu desempenho para saber o quanto antes é hora de mudá-lo ou mesmo hora de abandoná-lo. Flexibilidade de mudar suas convicções e estratégias é essencial para a sobrevivência do trader.
Saiba lidar com seus erros
Errar é extremamente frustrante no mercado, pois custa dinheiro. Porém, a for-ma como você, trader, lida com isto fará toda a diferença no seu futuro como in-vestidor. Evite canalizar energias negativas dos seus erros, anal, perder já é dor suciente. Foque em responder a essa pergunta: “O que aprendi com este erro?”
As armadilhas de um trader
Resumidamente, a maior armadilha para um trader é não viver o estilo de vida trader que eu expliquei antes, ou seja, ter pouco comprometimento, não seguir uma rotina, ser cabeça dura, e por aí vai.
Além disso, gosto de reforçar: NÃO EXISTE CAMINHO FÁCIL para o sucesso do trader. Duvide de mamatas e métodos infalíveis. Duvide de discursos do tipo “deixe seu di-nheiro comigo que é sucesso garantido”, ou qualquer outra coisa que pareça exigir baixo esforço com retorno alto.
11 em cada 10 são furada. 11 em cada 10!
Mais do que altos retornos, o trader precisa buscar consistência e sustentabilida-de nos seus retornos. Não adianta ganhar 1000% num dia e persustentabilida-der 90% no outro. Quem perde 90% num dia precisa ganhar 1000% para voltar ao capital original (a matemática é essa, pode conferir).
Aquele trader que controla bem as suas perdas e vai aumentando seu capital com uma estratégia têm mais chance de sucesso do que qualquer um que siga um método “bom demais para ser verdade”.
MUITA GENTE É BARRADA ANTES DE COMEÇAR
Alunos e mais alunos me dizem que quando está tudo pronto cam travados e não conse-guem dar o pontapé inicial. Gravei um vídeo falando sobre o
Mercados no Brasil
E
stamos vivendo uma época incrível na evolução do mundo dos investimentos no Brasil. Desde que comecei a trabalhar no mercado nanceiro, vi tanta coisa legal ser criada que já dá para dizer que hoje no Brasil é possível fazer o que quiser com seus investimentos.Hoje temos produtos e serviços sosticados, além de muitos canais de investimen-tos (principalmente nas corretoras). E o mais importante: com a ajuda dos nossos reguladores, temos bastante segurança de que as coisas vão funcionar bem.
Renda Fixa
Devo ter renda xa na minha carteira de investimentos? A resposta é: SIM. Os investimentos de renda xa podem ser um excelente fator de diversicação e até mesmo de rentabilização de carteira em momentos em que a Bolsa esteja de lado ou andando contra você.
É verdade que, para a maioria dos traders, a renda xa pode parecer pouco ren-tável e até entediante. E por isso preciso dizer algo logo para você: a renda xa pode ser incrível! Vamos falar agora dos principais instrumentos que todo trader precisa conhecer:
Os investimentos de renda xa são aqueles que nos retornam um valor ou refe -rencial conhecido de forma periódica e com retorno do capital inicial investido. Por exemplo, um título que pague o CDI pode ser considerado renda xa pois durante seu período de vigência, ainda que não saibamos o valor exato, sabe-mos que é uma referência conhecida — no caso, o CDI (Certicado de Depósito Interbancário), que nada mais é que a taxa pela qual os bancos emprestam di -nheiro entre si. No geral apresentam risco menor que os investimentos de renda variável.
Renda Fixa Bancária: os bancos são grandes ofertantes de diversas
modalida-des de investimentos de renda xa, que em sua maioria não são tão atraentes e nem exíveis. Produtos como Poupança, CDB e Títulos de Capitalização são os nomes mais comuns, mas na prática do investidor mais engajado raramente ganham espaço
Debêntures: são títulos de dívida de empresas emitidos publicamente. Quando
ocorre uma nova emissão no mercado (neste caso, mercado primário), você com-pra debêntures direto da empresa, com a vantagem de ser o primeiro investidor a ter acesso àquele título. A alternativa é recorrer ao mercado secundário
(BOVESPAFIX) e comprar em uma negociação com outros investidores. A vanta-gem de comprar uma dívida direto das empresas é obter taxas melhores, pois não há o banco no meio. Por outro lado, quem compra debêntures está exposto à saúde nanceira da empresa.
Fundos de Investimento Imobiliário (FII): diferentemente do fundo de
investi-mentos tradicional, os FIIs são negociados em Bolsa. Pode-se dizer que são quase um híbrido entre renda xa e variável. Isso porque a maioria valoriza-se à medida que recebem aluguéis dos imóveis que possuem. O preço também pode variar em função do valor dos imóveis na carteira do fundo. Como no geral não são tão voláteis, prero classicá-los como renda xa.
LCIs, LCAs, CRIs e CRAs: estes quatro são isentos de IR e IOF e não têm taxa de
administração. Quem aplica em CRs (Certicados de Recebíveis) adquire o direito de receber uxos de pagamentos de nanciamentos (Agropecuários ou Imobiliá-rios, no caso). Como desvantagem, geralmente seguram o capital por mais tempo e não contam com a garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Crédito.
Por outro lado, as LCs (Letras de Crédito) funcionam de forma parecida com CDB, exceto pelo fato de que os bancos direcionam os recursos captados para o setor Imobiliário e Agrícola e por sua vez então contam com a garantia do FGC.
Tesouro Direto (TD): o TD é o sistema criado pelo Tesouro Nacional para
permi-tir que pequenos investidores possam comprar e vender títulos da dívida pública federal brasileira como alternativa de investimento. Para acessá-lo você precisa de uma Corretora (como a Rico Corretora!). Tem muita coisa legal lá, para todos os bolsos e estratégias de renda xa.
O que considerar na hora de escolher sua renda xa?
Rentabilidade:Deve estar ACIMA da Selic ou CDI. Se qualquer produto
que estiver considerando render menos, melhor comprar um título público que pague Selic, por exemplo.
Custo de administração: Pode não parecer, mas num mundo onde as
rentabilidades disputam cada 0,1% ao ano, uma administração de 1% pode ser muito cara (e para a Renda Fixa, de fato é). Olhe o custo dela antes de investir;
Risco: por mais que o risco em geral seja baixo na renda xa, é bom
co-nhecer as condições em que você pode perder, quanto pode perder e a chance disso acontecer;
Tributação: observe os prazos da tributação para resgatar seus
investi-mentos.
Devo ter renda xa na minha carteira de investimentos? A resposta é: SIM. Os investimentos de Renda Fixa podem ser um excelente fator de diversicação e até mesmo de rentabilização de carteira em momentos em que a Bolsa esteja de lado ou andando contra você.
Renda Variável
Os investimentos de renda variável são aqueles cujos retornos são incertos e dados normalmente por forças dinâmicas dos mercados. Ao comprar uma ação, nada lhe garante que seu preço subirá ou cairá em qualquer prazo. Seu preço depende totalmente da dinâmica de sua negociação nas bolsas de valores. Na maioria das vezes apresentam risco maior que os investimentos de renda xa.
Ações
Ações são títulos de posse no capital das empresas. É o tipo mais conhecido de investimento de renda variável. No Brasil são negociados na B3
(ex-BM&FBOVESPA).
Existem dois tipos principais de ações. As ordinárias (exemplo: ITUB3, do Itaú) e as preferenciais (exemplo: ITUB4). A principal diferença entre elas é que as or-dinárias dão ao seu detentor direito de voto nas assembleias de acionistas. As preferenciais permitem o recebimento de dividendos em valor superior ao das ordinárias.
É possível ao investidor comprar ações de duas maneiras: por meio de emissões da própria empresa ou na Bolsa. As emissões das empresas, chamadas primá-rias, podem ser IPOs (Initial Public Oer, em inglês, ou Oferta Pública Inicial), ou Follow-ons, se for um aumento de capital aberto. O ambiente de negociação na bolsa de valores é chamado de mercado secundário.
Opções e Futuros
Opções e Futuros são dois tipos de uma classe de ativos chamada de derivati-vos. Um derivativo é um título cujo preço depende diretamente de outro ativo. Cada derivativo possui uma determinada dinâmica em função das condições que o ligam ao ativo principal, por exemplo: o preço de uma opção de compra sobe quando o preço da ação sobe. Porém, neste mesmo movimento certamente o preço das opções de venda estão caindo.
No Brasil as opções mais negociadas são as opções de ações, ou seja, opções cujos preços estão ligados aos das ações. Já os principais futuros negociados são de índice Bovespa (ou mini-índice) e do dólar americano (mini-dólar).
VOCÊ CONHECE OPÇÕES?
Este é um assunto que chama a atenção de muita gente e eu gravei um vídeo explicando o básico de opções para você dar os primeiros passos: MINI-AULA DE OPÇÕES.
Nos futuros também temos a oportunidade de negociar contratos agrícolas de café, milho e boi.
Qualquer contrato futuro é alavancado, pois usa somente uma margem de nego-ciação. Essa margem pode ser em dinheiro, ações ou mesmo títulos públicos. Os ganhos (e as perdas) tendem a ser muito maiores do que nas negociações do mer -cado à vista (com ações). Portanto, esteja certo do que vai fazer antes de executar uma ordem!
Exchanged Traded Funds (ETFs): instrumento popular no mercado americano, o
ETF é um fundo de investimento cujo valor está atrelado a uma carteira de refe-rência. Por exemplo: o BOVA é o ETF que acompanha o movimento do Ibovespa no seu preço, isto é, se o Ibovespa subir 10%, é esperado que o BOVA suba os mes-mos 10% (ou algo muito próximo disso). Nesse caso o fundo é negociado em bolsa para você comprar ou vender como se fosse uma ação.
Estes são apenas alguns dos vários títulos de renda variável negociados na B3 (BM&FBOVESPA). Vale a pena ir ao site deles e conferir mais.
O que é necessário avaliar na hora de escolher um instrumento de renda variável para investir ou operar?
Dinâmica de preços: procure olhar o histórico para entender como o preço
daquele ativo se comporta, buscando identicar sua volatilidade e volume e se você aceita conviver com elas;
Condições de negociação: alguns ativos podem ter validade, horário de
negociação limitado, lotes mínimos, execução de direito e muitas outras ca-racterísticas intrínsecas. Saiba exatamente o que você está comprando, para não perder dinheiro por não saber as regras do jogo;
Direitos e obrigações: o investidor também precisa ter ciência do que mais
a posse pode implicar para ele. Fatores como pagamento de dividendos, ex-piração, depósito de margem e transformação (grupamento e desdobramen-to) são alguns exemplos de condições que podem confundir o investidor. E aqui vale a mesma dica do ponto anterior: saiba exatamente o que você está comprando para não perder dinheiro por não saber as regras do jogo.
Gestão Própria e Terceira
Gestão própria é aquela em que o investidor decide diretamente quais
inves-timentos entram e quais saem da sua carteira de invesinves-timentos, mesmo que assessorado por um analista de investimentos.
Por outro lado, na gestão terceira o investidor delega a decisão de onde
inves-tir a um terceiro. Ela, por sua vez, divide-se em dois tipos: gestão particular,
quando uma pessoa ou instituição faz a gere o capital do investidor; e gestão coletiva, quando colocamos o nosso dinheiro em um fundo com vários outros
investidores. No segundo caso, o gestor do fundo dene a direção toda da c ar-teira, independentemente das características de cada investidor.
O que é melhor? Gerenciar eu mesmo os meus investimentos ou terceirizar a gestão?
Depende muito, claro! Mesmo para quem é um trader experiente e rentável, deixar uma parte do seu capital num fundo ou numa gestão particular pode não ser nada estranho. Levando em consideração algumas variáveis típicas que se costuma avaliar para esta decisão, montei a tabela a seguir com as vantagens dos dois modelos:
Conhecer bem os produtos de renda variável é crucial para o trader, anal é aqui que ele estará a maior parte do tempo. Além de entender bem os produ-tos de renda variável, invista também um tempo aprendendo um pouco mais sobre Governança Corporativa, e como funcionam os segmentos de
Gestão Própria Gestão Particular Gestão Coletiva
Capital
Pode-se começar com pouco capital, porém gerenciar muito capital
pode ser desaador
É uma gestão cara, por-tanto não vale a pena se
o capital for pequeno.
Existem opções para todos os capitais, e existem opções baratas
e opções caras.
Tempo tempo e dedicação doEm geral exige mais investidor. Permite ao investidor fazer um acompanha-mento baixo. Permite ao investidor fazer um acompanha-mento baixo. Conhecimento Exige um conhecimento inicial para se realizar uma gestão com mais
segurança.
Não exige muito
conhe-cimento do investidor. Não exige muito conhe-cimento do investidor.
Rentabilidade
Com bom preparo, as rentabilidades podem ser muito superiores se
comparada aos outros dois modelos.
Vai depender muito do preparo e experiência do gestor, e do
relacio-namento com o inves-tidor.
São poucos os fundos com rentabilidade
supe-rior à média.
Tributação Varia em função dos in-vestimentos realizados. Varia em função dos in-vestimentos realizados. Varia em função dos in-vestimentos realizados.
Pagamento dos tributos Cálculo e pagamento são responsabilidade do investidor. Geralmente fazem o cálculo, porém paga-mento deve ser feito
pelo investidor.
Cálculo e pagamento são responsabilidade do
gestor.
Minha mensagem aqui para você é: caro trader, reita sobre quando a gestão terceira pode ser útil para você e não tenha medo de usá-la para montar uma carteira diversicada e vencedora!
Reguladores
Os reguladores têm um papel relevante no dia a dia de todos os participan-tes do mercado nanceiro e, portanto, na vida do investidor. Os reguladores do mercado de capitais atuam principalmente com o objetivo de garantir que todos os participantes jogam com as mesmas regras e que se dê o máximo de transparência nos processos e negociações.
Vamos aqui então apresentar os reguladores que mais interessam para a vida do trader, qual sua função e em que situações o trader pode recorrer a eles em sua própria defesa:
Banco Central do Brasil (BCB): é conhecido por ser o ”banco dos bancos”.
E o que isso quer dizer? Quer dizer que o nosso Banco Central tem o papel de organizar o mercado bancário do Brasil por meio da centralização de pagamen-tos, ditando normas, auditando e scalizando instituições nanceiras, pesqui-sando a opinião dos participantes e até mesmo analipesqui-sando a economia do país;
Fundo Garantidor de Crédito (FGC): Entidade privada e sem ns lucrativos
que administra mecanismos de proteção a investidores e poupadores. Garante depósitos em diversos tipos de investimentos. Em outras palavras: em caso de liquidação, falência ou intervenção em sua instituição nanceira, o FGC devolve seu dinheiro até o limite de R$ 250 mil.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM): é uma autarquia federal do governo
brasileiro responsável pela normatização e scalização do mercado de capitais. A CVM, por exemplo, scaliza as corretoras de valores e normatiza que estas instituições deixem públicos seus balanços anuais. A CVM também certica ana-listas e registra pedidos de emissões públicas (como ações), por exemplo;
BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados (BSM): é o organismo independente
de autorregulação dos mercados e participantes (corretoras, por exemplo) da B3 (antiga BM&FBOVESPA). Um importante mecanismo da BSM é o MRP (Meca-nismo de Ressarcimento de Prejuízos), para aqueles investidores que se senti-rem lesados por sua corretora, administradora ou banco que administra seus investimentos;
US Securities and Exchange Comission (SEC): de forma prática, podemos
di-zer que a SEC é a CVM americana. Por mais que suas regras só se apliquem aos participantes diretos do mercado de capitais dos Estados Unidos, muito do que acontece lá interessa ao mundo inteiro, inclusive aos investidores brasileiros, claro. Para você ter uma ideia, empresas brasileiras com negociação em mercados mercados EUA estão sujeitas à sua regulação, e, além disso, as disposições deni -das lá tendem a ser tornar regra em outros mercados e a interferir no compor-tamento dos investidores. Olho na SEC!
A função dos reguladores é de extrema importância para todos os participantes do mercado, mesmo para os pequenos investidores. Não vamos aprofundar aqui todas as funções destes reguladores, mas estão aí os links dos respectivos sites para você saber mais.
Ferramentas do Trader
Mas antes de sair por aí buscando aquela planilha que faz até macarrão, ou aquele software potente que custa uma fortuna, o importante é saber sua ne-cessidade primeiro. Foi por isso que dividi este tópico desta forma, dependendo de como você vai analisar, operar e controlar sua carteira, existem diversas fer-ramentas no mercado para te ajudar a fazer um bom controle gastando pouco tempo.
Ferramentas de Análise e de Trading
Analisar e operar são momentos às vezes distintos, às vezes simultâneos na ro -tina de um trader. Por isso as ferramentas integram estes dois momentos, como forma de simplicar e agilizar a decisão na hora do “vamo ver”. Este tópico aborda os dois assuntos ao mesmo tempo.
Para cada modelo de análise existe uma ferramenta. Vou explicar aqui as principais:
Usar as ferramentas do trader não é um luxo dos grandes in-vestidores, é uma necessidade principalmente para os inician-tes. Se você não conhece as principais, leia abaixo minhas sugestões!
ESPECIAL DE METATRADER
Gravei uma super aula (para todos os níveis) falando de metatrader. Acho legal você assistir para conhecer as funcionalidades dessa ferramenta: ESPECIAL DE METATRADER
Nome O que faz? Para quem é indicado?
ProtChart, Tryd, Tradezone,
ProTrader.
Todos são softwares de análise grá-ca. Alguns permitem análise de Fluxo
e roteiam ordem (enviam compra ou venda)
e outros não.
Traders intensivos de análise grá-ca/técnica/tape reading. Aqueles que precisam de algo com mais recursos e que seja mais parrudo
para o dia a dia.
Metatrader
Uma das plataformas mais popula-res do mundo para análise técnica e
programação de robôs. O Metatra-der permite que um robô opere por
você enquanto está no trabalho.
Traders que não têm tempo de acompanhar o mercado durante o dia ou que não conseguem ter um bom controle emocional. Nesse
caso o robô faz tudo pra você.
Home Broker
Por natureza um home broker é um terminal de execução de ordens. No entanto a qualidade de cada um
varia de corretora para corretora e alguns têm boas ferramentas de análise e execução (trading).
Traders iniciantes e de baixa inten-sidade. Normalmente quem está iniciando na análise técnica pode usar este tipo de terminal para
suas análises, sem grandes perdas na qualidade.
Terminais Broa-dcast, Reuters e
Bloomberg
São terminais de informação em tempo real, como notícias, índices e cotações, tanto do Brasil como de qualquer mercado do mundo. Seus preços variam muito a depender das
funcionalidades contratadas, desde algumas centenas de reais a
milha-res de dólamilha-res por mês.
Um trader prossional e com um capital relevante nas mãos não pode se dar ao luxo de não ter uma
ferramenta como estas, porém pa-ga-se um preço elevado por isso.
Infomoney Maior portal de notícias, análises e
informações do mercado financeiro.
Traders e investidores de todos os níveis tem ampla cobertura de
informações sobre diversos assuntos do mercado financeiro.
Investing.com Cotações, notícias ao vivo e análises.
Traders que querem informações em tempo real sobre os
Fundamentus
Oferece acesso gratuito aos dados de balanços das empresas de capital
aberto no Brasil. Básico e funcional.
Analistas fundamentalistas inician-tes e para rápidas consultas.
Comdinheiro
Concorrente mais forte do Funda-mentus, com dados de vários tipos de ativos brasileiros, porém pago.
Analistas fundamentalistas e inves-tidores de fundos e de renda xa,
que desejam informações mais aprofundadas.
Economatica
Sistema de análise fundamentalista, além de prover dados de mercado, eles tratam os dados e dão uma
fer-ramenta para realizar a análise.
Investidores experientes em análise fundamentalista.
Minha dica: nem sempre a ferramenta mais cara e mais completa é a melhor na-quele momento, então comece com algo grátis, ou que tenha demonstração, e vá testando para ver o que lhe falta para buscar um novo provedor de serviço.
Outro ponto importante é que você não precisa analisar diretamente o mercado. Sério! A corretora em que você opera (no meu caso na Rico Corretora), possui re-latórios elaborados pelas equipes de análise para facilitar sua tomada de decisão. E mais importante ainda do que isso é a interatividade que você pode ter através das salas de chat. Eu co numa sala chamada Ponto a Ponto em que 3.000 traders passam por dia para me escutar e aprender.
De Carteira
Uma boa gestão de carteira fará toda a diferença nos ganhos do investidor no longo prazo, portanto escolher uma boa fer-ramenta de gestão de carteira é super importante!
A principal ferramenta de contro-le de carteira é o nosso famoso Microsoft Excel, software de pla-nilhas da Microsoft.
Como não existe a planilha universal de gestão de carteira, vou citar aqui o que eu diria que são as informações mais importantes que devem entrar e o que deve sair de resultado para você numa boa planilha de Excel:
Entradas:
Armazenar históricos de ordens de compra e venda dos ativos negociados na B3 (BM&FBOVESPA). Para uma análise mais completa, você pode tam-bém querer armazenar dados do setup de compra, como preços de stop (vamos falar mais dele no capítulo Controle de Risco) e condições dos indi-cadores, para análises futuras;
Armazenar dados de entrada e saída de fundos de investimentos e outros produtos de investimento, principalmente renda xa, como Tesouro Direto; Deve ser capaz de registrar entradas e saídas de caixa (dinheiro).
Saídas:
Rentabilidade por operação, por tipo de investimento e retorno total da carteira;
Valor total dos tipos de investimentos a valor de mercado;
Se possível, cálculo parcial e total do Imposto de Renda devido.
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Nome O que faz? Para quem é indicado?
LiveCapital
Gestão de carteira com muitas op-ções de customização. Possui
ver-sões gratuitas, porém as verver-sões completas podem sair caro.
Tam-bém calcula imposto de renda.
Investidores iniciantes e avançados que preram fa-zer controles de carteira sem
Excel.
Zimma Invest
Gestão de carteira mais voltada para trading. Possui versão para celular. Também calcula Imposto
de Renda.
Investidores iniciantes e avançados que preram fa-zer controles de carteira sem
Excel.
“Home Broker”
Mais uma vez algumas corretoras às vezes oferecem uma boa solu-ção econômica (muitas vezes gra-tuita) e útil de gestão de carteira. Vale a pena vericar isso com sua
corretora.
Investidores iniciantes, que utilizam investimentos pouco
complexos e com operações igualmente simples.
Importante também não confundir softwares de gestão de carteira de investi-mentos com softwares de gestão de nanças pessoais, este segundo tipo geral-mente costuma ser bem limitado na parte de investimentos.
Custos e Tributação
Dois importantes fatores às vezes acabam sendo menosprezados pelo investidor, e que podem pesar muito no retorno dos investimen-tos: os custos operacionais e a tributação.
Custos operacionais são aqueles valores pagos no processo de negociação de investimentos, podem ser xos ou variáveis em relação ao capital investido/movimentado. São custos operacionais mais comuns a corretagem, taxa de negociação e taxa de custódia.
Corretagem
É a taxa paga pelo investidor para a sua Corretora relativo à execução de sua ordem. Cada corretora pratica um ou mais tipos de cobrança (as vezes depende do que você está operando), geralmente sob forma de corretagem xa por ope-ração (exemplo: R$ 10 por ordem executada) ou variável (exemplo: 0,25% sobre o montante executado). Isso signica que para comprar e vender, na sequência, normalmente se paga 2 corretagens.
Taxa de Negociação
É a taxa paga pelo investidor à B3 (BM&FBOVESPA) relativa à compra e venda de ativos nos seus ambientes eletrônicos. O valor básico (para ações, não day tra-de) é de 0,0325% sobre o montante movimentado. Para outras condições, veja a tabela no site B3 (BM&FBOVESPA).
Taxa de Custódia
É a taxa paga pelo investidor para a sua Corretora relativo à guarda na CBLC dos ativos em nome do investidor. Assim como a corretagem, as corretoras cobram ou sob forma de valor xo mensal (exemplo: R$ 10 por mês) ou variável (exem-plo: 0,25% sobre o total custodiado), ou até mesmo mista (taxa xa + variável).
Tributação
A Receita Federal do Brasil tributa investimentos sob duas formas básicas: investi-mentos em renda xa e em renda variável.
A tributação em investimentos classicados como Renda Fixa, com Imposto de Renda Retido na Fonte, pratica-se a seguinte alíquota de tributação:
22,5%, em aplicações com prazo de até seis meses;
20%, em aplicações com prazo de seis meses e um dia até doze meses; 17,5%, em aplicações com prazo de doze meses e um dia até vinte e quatro meses;
15%, em aplicações com prazo acima de vinte e quatro meses. Para a Renda Variável, temos apenas duas alíquotas:
20%, no caso de operação day trade;
15%, nas operações realizadas nos mercados à vista, a termo, de opções e de futuros.
Ainda que esta parte pareça simples, dependendo da complexidade de suas ope-rações a tributação pode ser tão difícil quanto o trading, acredite se quiser!
Por isso a minha dica é ter de largada uma boa planilha de cálculo da DARF ou um serviço de cálculo contratado, o que geralmente as Corretoras oferecem.
Modelos de Análise
Análise Fundamentalista
A análise fundamentalista recebe este nome por utilizar como fonte de informa-ção os fundamentos da companhia, que são em essência os relatórios contábeis e os comunicados públicos da empresa.
Para entender como funciona a análise fundamentalista basta entender o concei-to de uxo de caixa.
Numa visão nanceira, uma empresa é um uxo de caixa, ou seja, uma empre -sa é constituída de uma sequência de pagamentos (-salários e fornecedores, por exemplo) e recebimentos (vendas) de dinheiro. Quanto maior for a diferença entre os recebimentos e os pagamentos, mais valiosa é a empresa, e vice-versa. Mais importante do que olhar o histórico do uxo de caixa desta empresa é
olhar a expectativa de uxos futuros. Por exemplo: duas empresas similares têm o mesmo histórico de uxo de caixa, porém espera-se que o da primeira seja maior que o da segunda empresa. Neste caso a primeira empresa será natural-mente mais valiosa.
Para terminar, o risco é outra grande variável determinante do valor da compa-nhia. Se esperamos o mesmo uxo de caixa futuro entre duas empresas, porém a primeira está num negócio mais arriscado que uma segunda, naturalmente a segunda será mais valiosa, pois entrega o mesmo resultado que a primeira com risco menor.
O resto são contas e modelos nanceiros que desenvolvem a linha de raciocínio acima, trabalho que é o dia a dia dos analistas de investimentos de análise fun-damentalista. Este preço calculado pelos analistas ser chamado de valor teórico.
Já o valor calculado na bolsa de valores (que é o preço unitário da ação vezes to-tal de ações que empresa possui) é chamado de preço de mercado. Da diferença entre estes dois valores, derivamos as seguintes possíveis conclusões:
Preço teórico maior que o preço de mercado: signica que, na visão dos
analistas, a empresa vale mais do que a percepção do mercado, e que por isso o preço da ação deve subir;
Preço teórico menor que o preço de mercado: desta vez signica que,
a empresa vale menos do que a percepção do mercado, e que por isso o preço da ação deve cair.
Além de olhar o valor geral da companhia, a análise fundamentalista também se utiliza de indicadores que permitam comparar empresas de tamanhos e até de setores diferentes, como forma de simplicar a avaliação nanceira do investi-dor. Dentre os vários tipos de indicadores existentes, destacamos:
Preço sobre o Lucro (P/L): preço da ação dividido pelo lucro por ação,
indica de forma simples quantos períodos de lucro o investimento na ação se paga sob forma de lucro;
Preço de Mercado sobre Valor Patrimonial (P/VP): é um indicador de
geração de valor da companhia. Se for maior que 1 signica que a empre-sa vale mais do que seus ativos a valor de mercado;
Dividend Yield: é o retorno sobre o valor investido na ação sob forma de
dividendos;
Retorno do Patrimônio Líquido (ROE, Return on Equity): indica o
retor-no percentual de lucro sobre o valor investido pelos doretor-nos da companhia.
Quando é melhor usar a análise fundamentalista?
Como as grandes alterações de relatórios de análise ocorrem a cada publicação trimestral de resultado, os movimentos costumam ser lentos e graduais, o que faz com que a análise fundamentalista seja “lenta”. Além disso, quem geralmente olha o uxo de caixa da empresa está provavelmente buscando empresas lucra-tivas e perenes, pois estas tendem a se valorizar de forma consistente ao longo do tempo.
Análise Gráfca e Análise Técnica
A análise gráca se utiliza da identicação de padrões visuais no histórico de
preços dos ativos para estimar movimentos futuros. A análise técnica se utiliza deste mesmo histórico de preços para estimar movimentos a partir de cálculos
sobre estes preços.
A sustentação teórica destes dois modelos (que andam juntos) começa com a Teoria de Dow, isso mesmo, um dos caras que inventou o índice Dow Jones. Estes são seus princípios:
Os preços descontam tudo: notícias velhas e novas,
boas e ruins, verdades e boatos, tudo o que está disponí -vel pode ser visto pelo preço da ação. E por isso a análise gráca é tão auto-suciente, na visão dos grastas mais engajados;
Os mercados se movem em tendências de alta e de baixa;
Uma tendência se desenvolve em três etapas: conhecidas como
Acu-mulação (quando os primeirvos ver a tendência iniciam ele); Movimento (quando a tendência é surfada pelo mercado como um todo) e Distribui-ção (quando os que entraram na acumulaDistribui-ção começam a se desfazer de suas posições);
Os índices conrmam os movimentos: um movimento de alta ou de
bai-xa de um ativo devem estar em linha com dos índices dos quais ele partici-pa partici-para ser considerado um movimento sustentável;
Tendências são conrmadas pelo volume: uma tendência de alta ou de
baixa que seja forte e duradoura tem volume relevante;
A tendência permanece até que esteja claro que houve uma inversão da tendência
O desenho das cotações sob forma gráca é feito principalmente em dois tipos de padrões: candlesticks e barras. As imagens abaixo ilustram a for-ma de ler estes padrões de desenho de gráco:
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Candlestick Barras
Dia de alta
Dia de baixa
A partir destes princípios, que podem ser lidos nos grácos de cotações, a análise gráca nos permite identicar tendências de alta, de baixa e padrões que sinali-zam algum movimento especíco.
Nome Como identicar Uso
Tendência de Alta Sequência de topos e
fun-dos ascendentes Operações de compra
Tendência de Baixa Sequência de topos e fun-dos descendentes Operações de venda Ombro Cabeça Ombro
Inversão de tendência com simetria entre topos
e fundos
Operações de venda
Triângulo Ascendente
Encurtamento da distância entre topos e fundos, com
eventual “rompimento”
Ombro cabeça ombro
Triângulo ascendente
Os indicadores de análise técnica se dividem em três tipos:
Tendência: apontam a direção da tendência do ativo;
Osciladores: identicam os momentos de exaustão de um movimento de
curto prazo;
Nome Tipo Cálculo
Média Móvel Tendência Identicação detendências.
Bandas de Bollinger Tendência Indicador de tendênciacom desvio padrão.
Índice de Força Relativa Oscilador
Compara a quantidade de dias de alta e baixa num
determinado período de tempo.
Estocástico Lento Oscilador
Se baseia no tamanho das altas e baixas num deter-minado período de tempo.
On Balance Volume (OBV) Volume
Simples soma e subtração de volume, em função dos dias de alta e de baixa,
res-pectivamente.
Quando é melhor usar a análise gráca/técnica?
Todo dia tem gráco novo de todos os ativos com negócios fechados, e mesmo dentro do dia você pode congurar seu candlestick para surgir a cada minuto, por exemplo. Ou seja: os grácos são rápidos, e, portanto, é a ferramenta do trader intensivo e do day trader.
Quem me acompanha no Blog Prossão Trader, no InfoMoney, no canal de youtube da Rico ou no meu programa diário Ponto a Ponto, sabe que eu sou um grasta (analista que usa análise gráca/técnica). Portanto, para mim, a resposta é: sempre!
TÉCNICAS BÁSICAS PARA INICIANTES
Com toda a humildade do mundo, me superei nesse vídeo em que consigo sin-tetizar de forma muito clara a visão básica que todo iniciante deve ter na forma
Análise de Fluxo e Tape Reading
São duas modalidades intimamente ligadas, nas quais se analisam os livros de ofertas dos ativos operados, o histórico de negócios fechados do mesmo ati-vo com o intuito de interpretar as dinâmicas e interesses dos participantes do mercado. Trata-se de uma abordagem bastante empírica, porém prática, que é utilizada por day traders intensivos.
A seguir detalharei como os principais insumos do Tape Reading ajudam o tra-der a executar uma estratégia viável:
Histórico de Negócios Fechados: permite identicar os tipos de estraté-gias executadas pelos players (corretoras) relevantes de determinado ativo, com foco nos negócios com maior volume;
Book de Ofertas: aponta provável concentração de compradores e ven-dedores e agressores de preço.
É importante citar que a Análise de Fluxo e o Tape Reading só são viáveis uti-lizando ferramentas tecnológicas de suporte ao trader, gerando a informação em tempo real. Sem isso o Tape Reading pode ser inecaz.
Métodos quantitativos e robôs
Na década de 80 os nerds resolveram entrar no mercado nanceiro. Com o avan-ço da computação na época, estes nerds trouxeram um novo tipo de análise para o mercado nanceiro: a análise quantitativa. Esqueça os modelos de avaliação -nanceira e mesmo os suportes e resistências. Os físicos e matemáticos (chamados de quants na época) traziam modelos matemáticos que, sem saber que se tratam de dados nanceiros, mastigavam as informações de preços e volumes em tempo real para decidir o que comprar e vender com lucro. São os chamados “robôs”. O livro “Os Profetas de Wall Street” conta esta história de forma viciante!
Hoje os robôs dominam os mercados nanceiros, executando milhares de cálcu-los e cruzamentos de informações em tempo real e são capazes de realizar inni-tas operações por milissegundo. Graças a estes robôs hoje é possível lucrar nos mercados sem nem saber o que é uma ação.
E a melhor parte é que hoje não é preciso ser nenhum físico da NASA para usar um deles. Já existem ferramentas gratuitas de análise de mercado por meio das quais é possível desenvolver um algoritmo robusto em qualquer computador bá-sico. São ferramentas como o Metatrader.
Quem me conhece sabe que eu sou um entusiasta dos métodos quantitativos também.
Para quem gostou dessa história toda de robôs, a dica é: seja um bom trader, e tudo aquilo que você aprender poderá ser usado no seu robô de mercado
Seu Mix de Análise
A escolha do tipo de análise que funciona melhor para você depende de fato-res como a sua aversão ao risco, prazo de investimento e tempo de dedicação à atividade de trading, principalmente. Isto não signica dizer que a escolha de um método implica em abandonar os demais. Aliás, muito pelo contrário: estar em contato com todos os modelos de análise pode ajudar o trader a identicar novas oportunidades — mas isso demanda tempo.
Também não existe um modelo melhor que outro. Mas, claro, é importante sa-ber as limitações de cada modelo. E isso exige um pouco de prática mesmo. Exemplo: um papel sem liquidez não dará um gráco para ser analisado, bem como uma companhia com preço de ação muito volátil indica que as opiniões sobre os fundamentos da empresa estão divergindo rapidamente, tornando o investimento em longo prazo arriscado.
Acompanhe comigo no meu blog, no YouTube da Rico ou no meu programa diá-rio de trades nossas análises, e isso te ajudará a ganhar a conança que é neces-sária para seu desenvolvimento como trader.
Setups & Técnicas de Trading
Tudo começa no Trading Plan
Numa das inúmeras icônicas cenas do lme Wall Street (se você ainda não as -sistiu a este lme, assista já!), Gordon Gekko diz para Fox uma frase de Sun Tzu: Toda batalha é vencida antes de ser lutada (até correu uma lágrima aqui agora). Esse é o espírito da coisa aqui: um bom Trading Plan vai te dizer onde você pode chegar, antes de você entrar nele! Essa é a meta!
Você não está aqui para apostar no mercado como uma roleta ou um jogo de cartas, você está nessa para ganhar. Nenhum método é infalível, claro (e para isso existem os stops), mas jamais entre quando seu trading plan não permitir. Jamais jogue contra você. Óbvio, não?
Trading Plan
Para mim, um trading plan bem suce-dido é aquele que vai te entregar re-sultados consistentes. Ainda que seja possível obter resultados consistentes de diversas formas (até mesmo sorte), eu recomendo que você monte um pla-no com metas muito bem denidas. E uma vez com esse plano montado, siga a regra a risca. Ou melhor: Plan the Trade and Trade the Plan. As regras
abaixo proporcionarão a execução do seu plano de trade:
Dena os indicadores de qualidades dos seus trades: o que é um trading bom para você? Não basta dizer “lucro”. Não tem sustância aí! É a relação lucro/ prejuízo? É entrar com padrões grácos clássicos? Ou simplesmente é durar 15 minutos? Leia alguns grácos e veja aquilo que lhe parece mais atraente. Como capturar estes momentos? Esse é o começo de um bom trading plan!
Dena sua recorrência/período de operação: De quanto tempo você dispõe para ser trader? Um dia por semana? Uma hora por dia? Manhãs de segunda? Tenha isso em mente para saber qual é a recorrência que você dará 100% de atenção para seu trading, pois se não for 100%, seu risco operacional será alto; Dena os limites da sua disposição a operar: saber até quanto de capital pode ser empregado é importante para denição do risco que estará correndo de fato. Eu recomendo para quem está começando da regra do 2% — 6%, do
Alexander Elder. Ela diz que você não deve colocar em risco mais de 2% do seu capital em um trade e limitar as perdas a até 6% do seu capital no mês. É uma regra simples e prática. Exemplo: num trade em que o potencial de perda é de 4%, você pode colocar no máximo 50% do seu capital;
Dena os ativos com os quais você tem mais facilidade em lidar: se você tra-balha, por exemplo, no setor agrícola, talvez tenha mais facilidade em operar ações de frigorícos e CRAs, por exemplo. Por outro lado, você também pode preferir operar ações voláteis, por saber lidar melhor com este tipo de estresse pessoal. De qualquer forma, a mensagem aqui é, encontre o nicho que te faz sentir bem. Mas não se apegue a estes ativos se o seu desempenho neles está ruim. Busque um novo tipo para conhecer e operar;
Dena um setup: o setup é a condição para o envio de ordens do trader. O se-tup é o clímax do trading, e por isso será o tópico seguinte dentro deste capítu-lo;
Faça um backtesting: é o teste dos seus setups com preços de mercado antigos. Após um tempo de leitura do mercado e aprendizado, tendo um setup deni -do, busque situações aleatórias nos ativos em que você quer operar para ter certeza que seu setup é ecaz. Além do backtest, também é importante sempre olhar seu histórico de ordens executadas, para ver se seus setups estão indo bem, ou se precisam de ajustes para melhorar seus desempenhos.
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Setup
Um setup é uma condição de mercado que dispara uma série de instruções de trading, junto a uma ordem direcional. Ter um ou vários setups conhecidos prontos para identicação e uso agilizam a decisão e retiram a carga emocional que pode impactar seu desempenho na operação. Podemos dividir um setup nas seguintes partes e suas respectivas atribuições:
Análise: tudo o que você aprendeu no capítulo anterior gerará uma análise
(seja ela gráca/técnica ou fundamentalista). E é importante que esta análise conclua quais são os preços mais relevantes do ativo analisado. Por exemplo: você pode se focar em rompimento de tendências.
Critério de entrada: responda-se às seguintes perguntas: qual é o preço exato
da compra/venda? Qual é a condição de indicadores que sinaliza a compra/ven-da?
Critério de saída em caso de lucro: responda-se às seguintes perguntas:
como é a liquidez deste ativo? O que fazer ao atingir lucro? Subimos stop e novo alvo ou zeramos tudo?
Critério de saída em caso de perda: responda-se às seguintes perguntas:
como é a liquidez deste ativo? O ponto de stop me gera uma perda suportável?
Balanceamento da carteira: responda-se às seguintes perguntas: operando
este ativo, vou me concentrar demais em um setor/tipo de ativo? Como ca o risco da carteira? é um ativo arriscado demais? Caso haja algum fator externo, consigo me desfazer desta posição com facilidade?
VOCÊ PODE ESTAR FAZENDO TUDO ERRADO
Que tal pensar certo? Ao lado uma aula sensacional sobre o mindset correto para um trader: TRADING PLAN & ETC.
Controle de Risco
Risco é a incerteza de um evento. Quanto mais arriscado é algo, mais incerto este evento é, e vice-versa. O nascer e pôr do sol são eventos diários com bai-xo risco de falhar, pois temos uma certeza muito alta de que os dois ocorrerão todos os dias.
Quando falamos de risco no mercado nanceiro, podemos classicar o risco em duas naturezas separadas: risco sistemático e risco não-sistemático:
Risco sistemático: é aquele que está presente em
toda parte, em todo o sistema nanceiro. O risco de variação da taxa de inação está em todos os lugares, seja numa ação, seja no fundo ou até na poupança. Ou seja, ao investir você está correndo o risco sistemático da inação, quer você queira ou não. Outro exemplo é o risco cambial;
Risco não-sistemático: também chamado de risco
especíco, é aquele risco diretamente relacionado a um tipo de investimento ou a um único ativo. Por exemplo, o risco de roubo de carga no Sul do país é especíco das empresas desta região que operam com bens transportados. Não afeta em nada uma empresa de tecnologia sediada no Norte do país (a não ser que haja alguma conexão especíca, claro).
DOIS VÍDEOS SELECIONADOS PARA VOCÊ
Eu selecionei dois vídeos especialmente para ilustrar com prática o meu uso de setups. O primeiro deles fala sobre PIVOT POINT que é um indicador muito utili-zado em meus trades. O segundo fala sobre MÉDIAS MÓVEIS que também fazem
Risco no trading
Do ponto de vista prático, gestão de risco no dia a dia do trader é saber quanto se está colocando em risco do capital total, baseado no stop denido pelo setup. Um consenso entre os traders é que não se deve entrar em trades cuja relação entre retorno e prejuízo potencial seja menor que 2:1. Se o seu alvo der um lucro de R$ 3,00 por ação, o stop loss não pode ter prejuízo potencial maior que R$ 1,50 por ação. Na prática a proporção média mais comum é 3:1.
Outro fato importante é saber a probabilidade de sucesso de um trade que você está entrando. Para isso o backtesting dos seus setups é fundamental.
Imagine que, após passar por todo o processo de trading plan, e rodar um teste você percebe que seu modelo acerta 75% dos trades (3 em cada 4) numa relação típica de 2:1. Isso signica que você vai ganhar 6 vezes para cada vez que perder, de forma simplória. Como eu cheguei nessa conta? Assim:
# Trade Lucro/Preju Resultado Fluxo de Caixa
1 2:1 Lucro +2
2 2:1 Lucro +2
3 2:1 Lucro +2
4 2:1 Prejuízo -2
Total 2:1 Taxa de acerto: 75% 6:1
Saber sua taxa de acerto e sua relação lucro:prejuízo é fundamental, tem que estar na ponta da língua!
Stop Loss
No cotidiano do trader, a ferramenta mais importante do controle de risco é o stop loss. Nunca deixe de estabelecer um! Funciona assim: imagine que você com-prou uma ação a R$ 10, imaginando que ela subiria até a R$ 10,20. Mas o merca-do anmerca-dou de uma maneira diferente da que você imaginava e o preço começou a cair. Você, como um trader consciente, já havia estabelecido seu stop loss, di-gamos, em R$ 9,90, limitando suas perdas a 1%. Assim, quando a ação chega ao valor de R$ 9,90, o stop loss é acionado e você perde só o que estava preparado para perder.
Gestão de Carteira
Longe do calor do mercado, a gestão de carteira vai te ajudar a rever se as coisas estão caminhando na direção desejada no seu objetivo maior, como um retorno anual ou um objetivo de longo prazo (dez anos, por exemplo).
Gerenciar a carteira signica que seu portfólio está adequadamente diversicado e que o risco da carteira está de acordo com seu perl.
Um portfólio adequadamente diversicado possui diversas classes de ativos. Aqui vai a minha abordagem simplicada: compre títulos públicos para a parte de ren-da xa e ações para a parte de mais risco.
Regra do 80: quanto colocar de renda variável no meu portfólio? Faça a conta
80 menos a sua idade. Exemplo, se tenho 50 anos, devo colocar em média 30% do meu capital em renda variável. Esta regrinha simples e funcional parte da premissa de que nossa disposição ao risco cai conforme nossa idade, algo que faz bastante sentido de forma geral;
Regra dos setores: para diversicar bem seu portfólio, procure deixar a parte
do capital alocado em renda variável em uma ação de cada setor da economia. Isso irá te dar um mínimo de diversicação de forma simples e fácil;
Balanceamento mensal ou trimestral: não precisa balancear sua carteira a
todo momento, deixe a renda variável fazer seu papel de desbalancear a cartei-ra. E então a cada mês ou trimestre veja o que precisa movimentar para voltar ao seu percentual ideal (usando a regra dos 80, por exemplo).
Usando estas regras simples e práticas você já estará fazendo uma gestão de carteira top das galáxias!
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Blindagem Emocional &
Alta Performance
Rafaela Silva, primeira medalhista de ouro do Brasil nas Olímpiadas do Rio em 2016 tinha comprado quadro e moldura para medalha sonhada ainda em 2013, como parte de um trabalho psicológico para atingir sua meta. Está bom para você? É disso que vamos falar aqui: do papel do preparo psicológico no desempenho do trader.
Antes de tudo, apesar de um típico trader parecer um cara doidão, no fundo, no fundo ,ele é uma pessoa de bem com a vida. Não que o trading deixe ele tran-quilo… Longe disso! Mas se houver preocupações grandes enquanto ele estiver operando, isso vai se reetir em vieses psicológicos que vão acabar com o tra -ding plan dele, por melhor que seja.
Tenha em mente: você nunca vai aprender a operar adequadamente se precisa ganhar dinheiro imediatamente. Fazendo uma analogia: fazer compras no su-permercado com fome é uma péssima ideia. A fome de alguma forma afeta sua racionalidade e você acaba comprando coisas que não deveria, e pode até se esquecer das outras coisas que não tinham a ver com sua barriga.
Vieses Psicológicos que Podem Afetar o Trader
Sem conhecimento você não entra no mercado nanceiro, mas sem preparo emocional você não SOBREVIVE! Qual é a sua relação com o dinheiro? Como está sua autoconança? Como você lida com sua impulsividade? Você se considera ganancioso? Se você tiver vergonha de responder a uma destas quatro perguntas, reita sobre suas emoções e não comece a operar no mercado até que, sendo honesto consigo mesmo, possa gostar das respostas que vai dar.
Se você é um day trader ou scalper (day trader que busca poucos pontos por ope-ração), mais cuidado ainda! Anal, clicar numa compra/venda ruim é a coisa mais fácil quando se está fora de controle emocional. Errou um trade? Espere pelo me-nos 15 minutos para entrar numa nova operação. Assim você pode minimamente se acalmar e reetir sobre as decisões seguintes que irá tomar.
Em 1979, Daniel Kahneman e Amos Tversky publicaram o artigo quebrador de paradigmas sobre a Teoria da Perspectiva. De forma simplicada, a teoria da perspectiva indica que o comportamento humano tende a enviesar decisões que deveriam ser baseadas em processos racionais. Este artigo é tão importante que em 2002 lhes rendeu um prêmio Nobel de economia, por praticamente terem criado o ramo das Finanças Comportamentais.
Grosso modo, um viés psicológico é qualquer processo cerebral que desvia a ação humana da resposta lógica mais adequada. Existem dezenas de vieses psi-cológicos identicados em nanças... E vai saber quantos ainda desconhecemos! Por conta disso eu escolhi apenas cinco deles que acredito serem os mais co-muns ao operar nos mercados. E que você, trader, deve evitar a todo custo:
Ancoragem: todo investidor toma uma decisão com base em informações
parciais que lhe estão disponíveis no momento da decisão. Uma vez tomada a decisão, o viés da ancoragem te faz perseguir fatos e análises que conrmem que a decisão está correta, mesmo que existam informações que indiquem o contrário;
Aversão à perda: ao segurar uma posição ruim o investidor acredita que não
há prejuízo, pois anal a posição não foi encerrada. Porém, segurar uma posi-ção ruim não impede de esta posiposi-ção que ainda pior e inclusive te impede de realizar uma operação nova melhor;
Atribuição: a ideia de que os bons feitos são de sua própria responsabilidade,
porém os erros são causados pelo ambiente externo. Este aqui é bem comum de se ver até mesmo nos relatórios anuais das empresas;
Efeito manada: a ideia de seguir a maioria sem que existam sinais
convincen-tes de que esta maioria está correta. Este parece bem óbvio, mas no dia a dia, nós, como um bichos sociais, caímos com muita facilidade. O trader deve igno-rar o efeito manada;
Ilusão do controle: ainda que seja estatisticamente pouco provável, um
in-vestidor pode fazer uma sequência de operações bem sucedidas. O que acon-tece a seguir é decisivo: (1) ou ele acredita que, ainda que dotado de um bom trading plan, o acaso lhe favoreceu um pouco; ou (2) ele acredita que ele, de alguma forma, é capaz de prever os movimentos do mercado. O processo do segundo item é o viés chamado de ilusão de controle, pois sabemos que na verdade ninguém é capaz de prever os movimentos do mercado.
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A conclusão que eu quero trazer aqui, meu caro trader, é que você perceba a importância de se focar nos dados de análise e no processo de decisão denido por você no seu trading plan.
Na prática é impossível se blindar de todos os vieses psicológicos possíveis. No m ainda somos humanos, mas o trader preparado é aquele que tem ciência de que está seguindo o plano e aquele que PARA quando percebe que sua cabeça está atrapalhando, em vez de ajudar.
Um bom registro de operações executadas e os setups utilizados vão te ajudar a identicar quais vieses estão te atrapalhando.
Trading de Alta Performance
O Trader de Alta Performance é a evolução
constante de um trading plan bem feito. Depen-de Depen-de engajamento contínuo e superação do trader.
A melhor analogia para o trader de alta perfor-mance são os atletas prossionais, aqueles que estão sempre no topo e que superam sucessiva-mente seus próprios marcos. Para além do que falamos na parte de setups e técnicas de tra-ding, o trader que deseja uma alta performance deve se lembrar dos seguintes pontos:
Preparação: quanto maior sua preparação diária, melhor será seu
desem-penho. Às vezes um belo trade que durou apenas 15 minutos é fruto de uma preparação de horas de estudo da agenda econômica do dia e de trades de dias parecidos com o atual. Lembre-se: a preparação deve ser técnica, física e mental. Um trader de alta performance deve estar de bem com sua saúde!
Grave vídeo dos seus trades: isso mesmo, faça um vídeo de sua tela,
princi-palmente se você for day trader. Assista para poder reetir o que precisa ser melhorado cada vez que você opera;
Separe os bons trades dos maus trades: existem bons trades que dão certo
e bons trades que dão errado, que são aqueles em que o setup era ótimo e ainda assim o mercado não se comportou da forma esperada. Um mau trade é aquele que, independente de ter dado lucro ou prejuízo, você não consegue explicar o setup utilizado, ou mesmo fez tudo no impulso. Identique os mau trades e as condições nas quais eles aparecem para eliminar isso do seu dia a dia de trading;
VOCÊ SE PREPARA DE VERDADE?
Uso uma abordagem bem interessante que se complementa com esse capítulo no que diz respeito aos aspectos psicológico, físico e técnico para o