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/ 1 pts 1/13 - Qual o nome do seu projeto? Você respondeu. nome do projeto Dividindo culturas, multiplicando aprendizagens Pergunta 2

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Academic year: 2021

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Dados do Projeto Resultados para Roselaine Silveira da Rosa Pontuação desta tentativa: 13 de 13

Enviado 21 nov em 1:34

Esta tentativa levou 221 minutos. CONCEPÇÃO

Pergunta 1 0

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1/13 - Qual o nome do seu projeto? Você respondeu

Dividindo cu

nome do projeto

Dividindo culturas, multiplicando aprendizagens Pergunta 2

1

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2/13 - Faça uma breve descrição dele para nós.

Conte-nos sobre a relevância do seu projeto para a educação brasileira. Sua Resposta:

O Projeto realizado em uma turma de 2º ano de Ensino Fundamental 1, chama-se “Dividindo Cultura, Multiplicando Aprendizagens” e está inserido na área da educação, englobando a ampliação do conhecimento de mundo dos alunos envolvidos no estudo. A turma demonstrou grande interesse pelo assunto abordado neste estudo, e foi a partir de uma conversa que surgiram questionamentos e curiosidades por parte das crianças a cerca de realizar uma troca de culturas e de aprendizagens com uma escola de outra localidade do Brasil. Levando-se em conta a grande extensão do Brasil houve a necessidade de delimitar uma região para este estudo. Então, o interesse pelo Nordeste, mais especificamente, pelo Estado da Bahia a fim de obter uma interação com alunos de 2º ano de uma escola de Ensino Fundamental e dessa forma conhecer mais sobre a cultura dessa região.

O estudo visava valorizar a cultura dos estados estudados e gerando, assim, um maior conhecimento por parte dos alunos tanto sulinos quanto nordestinos sobre a vastidão cultural do território brasileiro. Além de todo conhecimento trocado durante o ano letivo de 2019, também era possibilitado aos educandos vivenciarem a cultura

estudada, ou seja, eram propiciadas atividades nas quais tudo o que caracteriza a cultura da região Nordeste era realizado também na região Sul e vice-versa, de forma que os

educandos vivenciassem tais experiências.

Este estudo vem de encontro aos movimentos regionalistas que acontecem nas cinco regiões do Brasil (Norte, Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste) nas quais cada uma

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possui seus traços culturais específicos e frequentemente essa riqueza cultural fica nos saberes da população local. Para as crianças sempre é magico fazer descobertas e, para a maioria das crianças é na escola que terão acesso a possibilidades novas e assim ampliarem seu conhecimento de mundo. Sendo assim, este estudo é de grande relevância para a comunidade escolar, pois visa elucidar algumas questões quanto à valorização da cultura regional na qual a criança está inserida, mas também obtendo conhecimento de que há muitos movimentos culturais pelo Brasil e que nenhum é mais importante do que outro, mas que toda cultura se permeia.

Pergunta 3 1

/ 1 pts

3/13 - Seu projeto foi criado para resolver qual questão da sua sala de aula? Ele atende qual demanda do currículo?

Faça uma breve descrição do seu projeto, ressaltando a consonância do mesmo com a BNCC.

Sua Resposta:

Durante um diálogo em sala de aula, surgiu a proposta de conhecer a cultura de outra região do Brasil e também poder levar a cultura gaúcha para outra região do país. Muito se fala em ‘aluno protagonista’ na escola e com o Projeto: “Dividindo culturas, multiplicando aprendizagens” os alunos do 2º ano de uma escola Municipal do Município de Campo Bom- RS e de uma Escola Municipal de Salvador-BA vivenciaram uma

experiência totalmente nova, pois há pouquíssimas informações sobre trocas culturais entre escolas da Região Sul e Região Nordeste do Brasil. Sendo assim, trata-se de algo inovador e pioneiro na área da educação.

Através desse estudo, abordamos questões referentes aos gêneros textuais quando escrevíamos cartas com a intenção de estreitar os laços para uma boa comunicação, quando realizávamos interpretações de texto, explorávamos a leitura, a expressão oral, a boa dicção nos momentos em que era necessário criar um vídeo explicativo para os alunos baianos. Desenvolvemos a criatividade ao formar frases, utilizando corretamente a acentuação e os espaçamentos entre as palavras ao escrever. Reconhecendo-se com integrante de uma cultura, valorizando a formação familiar e respeitando a diversidade cultural.

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) destaca as competências gerias da educação

básica e dentre elas está a seguinte afirmativa: “Valorizar e fruir as diversas manifestações

artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural” (Brasil, 2017), sendo papel do professor atender essa necessidade do aluno. Foi com o Projeto: “Dividindo culturas, multiplicando

aprendizagens” que conseguimos atingir a competência citada à cima, pois os educandos envolvidos no estudo não só vivenciaram atividades que valorizavam a expressão cultural como posicionaram-se de forma crítica expressando suas opiniões.

O documento da BNCC é claro ao afirmar que uma das competências que o aluno precisa desenvolver é:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as

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escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (Brasil, 2017, pág. 11).

Durante a pesquisa utilizamos as tecnologias como forma de apoio constante, como: pesquisas on line, utilização de App de redes sociais nos quais eram postadas as fotos e vídeos para que não só os alunos tivessem acesso, mas também seus familiares e toda comunidade escolar. Embora utilizássemos as mídias, não podíamos deixar de abordar o gênero textual que atualmente está um pouco esquecido: a escrita de cartas como meio de comunicação. Não se sabe ao certo quando se deu a primeira troca de cartas, mas reis já faziam uso desse gênero, assim como também podemos encontrá-lo na Bíblia. Foi através de uma carta que Pero Vaz de Caminha comunicou o descobrimento de novas terras (Como surgiu a carta escrita, 2014). Refletindo sobre a utilização de mídias e também do resgate da escrita de cartas, cria-se um maior vínculo entre as crianças gaúchas e baianas, pois na BNCC (Brasil, 2017, pág. 14) lê-se: “(...) a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades.”

O documento da BNCC (Brasil, 2017, pág. 58) nos traz a seguinte afirmativa: “As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural, suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua interação com as mais diversas tecnologias de informação e comunicação são fontes que estimulam sua curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza”.

Este projeto proporcionou aos educandos situações diversificadas nas quais eles puderam se engajar e direcionar a aprendizagem como protagonistas no fazer pedagógico.

Pergunta 4 0

/ 1 pts

4/13 - Em que tipo de espaço é possível aplicar o seu projeto? Você respondeu Escola pública Você respondeu Escola particular

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Você respondeu Biblioteca Laboratório Makerspace Museu Parque Você respondeu Internet Pergunta 5 0 / 1 pts

5/13 - Qual o público-alvo da sua proposta?

Alunos do infantil (3-5 anos)

Você respondeu

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Alunos do Fund.I (6-10 anos)

Alunos do Fund.II (11-14 anos)

Alunos do Ensino Médio (15-18 anos) Pergunta 6

0

/ 1 pts

6/13 - Qual a quantidade ideal de participantes? Você respondeu

Duas turmas

quantidade ideal de participantes

Duas turmas de Ensino Fundamental com uma média de 25 alunos , formando um total de 50 educandos.

Pergunta 7 1

/ 1 pts

7/13 - Valorização da diversidade e da inclusão na sala de aula.

Conte-nos sobre as articulações do projeto que valorizem a diversidade e a inclusão na sala de aula.

Sua Resposta:

CAMARGO (2019) nos diz que cultura é tudo aquilo “que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do convívio social”. O mesmo autor nos traz ainda que não importa se a sociedade é simples ou complexa “todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir (...). Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes”. Este estudo traz a valorização da cultura regional (Região Sul e Região Nordeste), mas a cima de tudo enaltece a diversidade cultural do nosso País.

Segundo o documento Plataforma Agenda 2030, um dos objetivos para a evolução no âmbito escolar é: “Fomentar atividades culturais que possibilitem a ampliação de

visibilidade das expressões culturais das minorias, dos grupos historicamente excluídos e das comunidades tradicionais, reconhecendo a diversidade cultural como motor do desenvolvimento sustentável”. Refletindo quanto a este objetivo, podemos afirmar que o projeto: “Dividindo culturas, multiplicando aprendizagens” foi de encontro com essa

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temática, pois é muito comum haver uma distorção da cultura brasileira. Cultura esta muito rica, mas que precisamos pensar também nos regionalismos, na cultura das minorias e na cultura tradicional de cada região. Enquanto realizavamos nossas trocas, foi se tornando comum ouvir “Que legal, eu não conhecia isso”, ou então, “Pensávamos que era

diferente”, afinal há uma divulgação errônea quanto a cultura gaúcha e nordestina em que o gaúcho é aquele ser rude que toma chimarrão e faz churrasco enquanto o nordestino é aquele indivíduo preguiçoso e que toca berimbau. A partir desse estudo, pudemos elucidar uma cultura riquíssima de ambas as partes, mas além disso, e muito importante foi o fato de conseguirmos desfazer uma caricatura estilizada que é difundida de forma errada. Cabe ressaltar também que tanto o Sul quanto o Nordeste são marcados por momentos de luta e autoafirmação do povo que só foram possíveis porque acreditaram em ideais e não

desistiram de lutar por uma vida melhor.

O mesmo documento citado a cima nos traz a importância de: “Preservar (...) a diversidade linguística, as expressões, manifestações artísticas e práticas culturais das diversas etnias”. A partir do momento que os alunos reconheceram-se como parte fundamental deste projeto, valorizaram muito mais a sua cultura, respeitando a cultura do próximo como expressão de um povo, como fator de representatividade cultural e humana. No momento em que entendemos a importância das Festas Juninas para o povo

Nordestino, e tudo o que a religiosidade representa para eles, compreendemos o motivo pelo qual o recesso escolar acontece na época das Festas Juninas.

APLICAÇÃO Pergunta 8

0

/ 1 pts

8/13 - Quantas horas/aula são utilizadas? Você respondeu

O Projeto tev

horas/aula

O Projeto teve abrangência do ano letivo de 2019. Foram realizadas em média uma aula com duração de 3 horas/aula a cada quinzena.

Pergunta 9 1

/ 1 pts

9/13 - Como funciona seu projeto na prática?

Registre aqui o passo- a-passo de aplicação do seu projeto, incluindo as atividades que são desenvolvidas em cada fase.

Sua Resposta:

. Para o desenvolvimento do Projeto: "Dividindo culturas, multiplicando

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midiáticas, como: Facebook e Instagram com o intuito de criar maior proximidade entre os alunos envolvidos, as suas famílias e comunidade escolar.

As escolas que participaram deste estudo são:

• Escola Municipal de Ensino Fundamental Borges de Medeiros, escola de ensino fundamental, situada na zona urbana da cidade de Campo Bom, RS. A instituição possui 14 salas de aula, uma biblioteca, um laboratório de ciências, uma sala de multimídia, uma sala de informática, uma secretaria, uma sala da diretoria, uma sala da coordenação, uma sala dos professores, uma sala de planejamento, duas salas de SAP (sala de atendimento pedagógico), uma sala multifuncional (sala pedagógica), uma sala para reuniões com pais/familiares, uma quadra interna, uma quadra externa, uma sala verde (especial para os dias de calor), uma praçinha, dois pátios externos, sete banheiros (dentre os quais 2 são de uso dos servidores e os demais para uso dos alunos).Possui um quadro funcional com 97 funcionários, atende 691 alunos do 1º ano ao 9º ano do ensino fundamental e EJA (Educação de Jovens e Adulto). A escoa atende nos turnos da manhã, tarde e noite.

• Escola Municipal Saturnino Cabral, está situada no Município de Salvador, no bairro de Cosme de Farias. A escola possui uma estrutura simples com seis salas de aula, uma secretaria, um banheiro destinado aos alunos da Educação Infantil, um banheiro masculino e outro feminino para atender os alunos do ensino

fundamental e um banheiro de uso exclusivo para funcionários e servidores. A escola conta também uma sala de convivência, na qual estão os nossos acervos. Neste espaço são realizados os AC´s, atendimento aos pais e alunos, alinhamento com a equipe. A UE dispõe apenas de três computadores, uma impressora que funciona como copiadora e scanner. Na escola não há refeitório e sim uma pequena cozinha e um depósito de alimento. Há uma área de circulação, a qual é utilizada pelos alunos nos horários de intervalos. Quanto à estrutura de pessoal, a escola possui três gestores, onze professores, sendo que quatro em Regime especial de Direito Administrativo (Reda) e sete Servidores. Uma secretária, cinco funcionários de apoio, dois vigilantes, três auxiliares de desenvolvimento infantil, duas estagiárias de Pedagogia e uma coordenadora pedagógica. A instituição atende a comunidade do Alto do Cruzeiro que está localizada no bairro de Cosme de Farias, região central da capital baiana. É uma comunidade bastante carente, com dificuldades que se assemelham com as demais que constituem o município de Salvador. Entretanto, o grande diferencial é participação e a presença dos pais e responsáveis desta comunidade na Escola. Essa característica da população do Alto do Cruzeiro só tem fortalecido a relação com a escola, mostrando que essa é a grande sacada para formação de um sujeito atuante na sociedade na qual está inserido (descrição da instituição Saturnino Cabral realizada pela diretora da escola).

Teve-se o cuidado de que os alunos tivessem a mesma faixa etária para que dessa forma este estudo fosse mais proveitoso para ambas as partes envolvidas, sendo maior a possibilidade de interesses semelhantes.

A turma que está realizando este estudo é uma turma de 2º ano do ensino fundamental da EMEF Borges de Medeiros. A pesquisa foi realizada pelos alunos da turma, com a orientação da professora titular da turma, sendo assim, os educandos não tinham seus nomes revelados, porém foi utilizada uma numeração aleatória para os alunos

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da EMEF Borges de Medeiros e letras do alfabeto para os alunos da EM Saturnino Cabral, como nomenclatura para identificá-los, caso fosse necessário, ao ser utilizada alguma fala produzida pela criança para ilustrar a pesquisa.

O interesse pela pesquisa iniciou quando a turma assistiu a um vídeo e realizou a leitura de um poema que retratava diferentes tipos de moradia. (Anexo1). A turma

conversou bastante sobre o assunto e surgiram muitas dúvidas e curiosidades. Enfim, começamos a pensar em como seria uma escola na Bahia, como seriam os alunos... Percebemos que havia diversas coisas que gostaríamos de aprender. Então, a professora titular da turma enviou diversos e-mails para as escolas da Bahia e em 10/04/2019, a diretora da Escola Municipal Saturnino Cabral respondeu ao e-mail dizendo que a equipe da escola tinha interesse em participar do projeto (anexo 2).

A professora realizou uma hora do conto: “Os cabelos de Lelê” (BELÉM, 2012), livro que retrata a personagem Lelê que não gosta do seu cabelo, mas que aos poucos vai descobrindo e valorizando a sua herança africana. A turma conversou bastante em sala de aula sobre as diferenças e reafirmamos o quanto é importante respeitar a todos e que ninguém é igual, por isso somos especiais do jeitinho que somos. Como atividade complementar, os alunos levaram um pratinho de papelão para casa e com a ajuda dos familiares, fizeram a representação de um dos penteados de Lelê, utilizando materiais diversos, como: linha, lã, fitas, etc. O material foi exposto no mural da escola. (anexo 3, 3A).

A diretora da escola Saturnino Cabral, nos enviou um vídeo de boas vindas juntamente com dois alunos e os mascotes da turma: Caco e Lilica. (anexo 4). Sempre muito prestativa ela comunicava que os mascotes da turma eram utilizados no 2º ano para incentivar a leitura e a escrita dos alunos. A partir desses primeiros contatos, fizemos um levantamento sobre o que queremos aprender sobre o povo da Bahia, seus costumes, sua cultura e tradições (anexo 5). Os alunos da Saturnino Cabral também realizaram um levantamento sobre o que gostariam de saber sobre o Rio Grande do Sul. As perguntas foram as seguintes (Anexo 6A):

• “Faz muito frio no inverno?” (Aluno A)

• “No São João vocês dançam um forrozinho?” (Aluno B);

• “Aí cai neve?” (Aluno C);

• “Sua escola é grande ou pequena? A nossa é pequena.” (Aluno D);

• “Tem biblioteca?” (Aluno E)

• “Tem espaço para brincar?” (Aluno F)

• “Como é a sua cultura?” (Aluno G)

• “Eu sou Bahia, qual é o seu time?” (Aluno H)

• “A gente usa uma farda azul e branca. Como é a de vocês?” (Aluno I);

• “Ganhamos uma maleta com um bocado de materiais. Vocês ganham também?” (Aluno J).

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A professora titular da turma do 2º ano da EM Saturnino Cabral, postou uma ciranda para selar nosso compromisso com o projeto e assim formalizar o empenho das duas escolas para um bom andamento do trabalho (Anexo 6).

Definidos alguns aspectos que gostaríamos de abordar e conhecer sobre nossos novos amigos, realizamos um sorteio, como em um amigo secreto, para definir com quem cada aluno iria se comunicar por meio de cartas, e-mail, vídeo chamada.... Todo o sorteio foi filmado e posteriormente postado na página do Facebbok da EMEF Borges de Medeiros:

cbb web tv. (anexo 7). A professora baiana fez a mesma atividade com os alunos da EM

Saturnino Cabral, na qual os alunos pronunciaram o nome do amigo gaúcho com que iriam se corresponder durante o projeto. O vídeo dessa atividade foi postado no Instagram: Saturninocabral2019. Assistimos ao vídeo que nossos amigos postaram e eles também assistiram o nosso vídeo a fim de se conhecerem um pouco melhor.

Os alunos conheceram o gênero textual carta (Anexo 8), identificaram o

destinatário e o remetente de uma correspondência (anexo 8A). Inicialmente a carta que foi trocada entre os alunos, já que muitos se encontravam ainda em processo de alfabetização, foi um questionário (anexo 9A). Esse questionário foi utilizado nas duas turmas envolvidas com o projeto, então um pouco mais adiante você receberá informações quanto à chegada das cartas dos nossos amigos baianos. Os alunos demonstraram bastante curiosidade e interesse durante a escrita dos questionários, dialogavam e trocavam ideias de como deveriam preencher o questionário e quanto tempo levaria para chegar uma carta até a Bahia. O que também chamou a atenção das crianças foram os selos que foram utilizados nas cartas, os quais os alunos puderam observar e perceber que cada selo possui um valor e que as cartas são seladas conforme o peso que possuem, ou seja, a cada 30 gramas o valor sofre variável e os selos funcionam como ‘moeda’(Anexo 9B).

Cabe ressaltar que o foco do projeto é a cultura e a troca de aprendizagem, porém os alunos sendo os protagonistas desta pesquisa se torna imprescindível, também, suprir a curiosidade dos mesmos assim que vão surgindo, caso contrário, o estudo perderia um pouco da sua essência. Por isso, uma das questões que surgiu durante as conversas, foi saber como era uma escola na região Nordeste. Os alunos gaúchos tinham muita curiosidade de ver a escola Saturnino Cabral, de saber como era a estruturada, enfim entender e comparar se as duas escolas se pareciam. O mais interessante é que os alunos baianos expressaram essa mesma curiosidade quanto à escola Borges de Medeiros. Por isso as duas escolas fizeram um roteiro simples e um vídeo mostrando os ambientes das escolas. Os vídeos foram postados no Instagram: saturninocabral2019 e na página do Facebook: cbb

web tv. (Anexo 10).

Os alunos fizeram uma pesquisa com seus pais e avós sobre as brincadeiras mais presentes nos momentos de brincar dos alunos da Turma 23 durante seus momentos de lazer e de seus pais e seus avós quando eram crianças. Com os dados coletados, foi montado um gráfico para melhor ilustrar esses dados. (Anexo 11).

A partir da observação dos dados do gráfico das brincadeiras, selecionamos três que iríamos brincar e convidar os amigos da Bahia para brincar também. As brincadeiras

escolhidas foram: pé de lata, elástico e cinco Marias. O momento foi filmado e postado na página: cbb web tv. (Anexos 12, 12 a, 12 b). Além disso, enviamos as regras das brincadeiras por e-mail. A regra da brincadeira ‘pé de lata’ foi descrita pelos alunos (Anexo 13).

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Já haviam acontecido algumas interações entre os alunos gaúchos e baianos através de vídeo conferência, onde as crianças puderam interagir e conversar um pouco, até que em certo momento, após assitirmos a um vídeo enviado pelos alunos da Saturnino Cabral, surgiu uma pergunta: “Por que na Bahia a maioria da população é negra?”. Para responder a essa pergunta, as crianças foram instigadas a realizar uma pesquisa com o auxílio da família, trazer os resultados obtidos para então debatermos em sala de aula. Após

analisarmos esses dados que as crianças haviam trazido, construímos um texto explicativo (Anexo 14) no qual concluímos que a maioria da população da Bahia é negra devido à entrada de negros escravizados trazidos pelos navios negreiros da África na época da escravidão, pois Salvador era um dos pontos de desembarque desses navios.

Pensando na importância desse projeto que envolve o respeito e a valorização cultural, fizemos uma fotografia para enviar para nossos amigos baianos a fim de comemorar o dia Mundial da Diversidade para o Diálogo e o Desenvolvimento,

comemorado em 21 de maio. A data “celebra a riqueza das culturas do mundo e seu papel do diálogo intercultural para alcançar a paz e o desenvolvimento sustentável.”

(Representação da UNESCO no Brasil, 2019). Da mesma forma, os alunos e a professora Marília enviaram uma fotografia comemorativa para a data (Anexo 15).

Pensando na valorização do negro e toda a sua luta, desde tempos mais antigos, foi realizada uma Hora do Conto com o vídeo: “O Amigo do Rei” (Santiago, Souza & Silva), podemos observar que nem sempre aquilo que imaginamos é a realidade (Anexo 16), pois na época da escravidão, a amizade entre negros e brancos não era concebida, e infelizmente percebe-se ainda hoje essa intolerância, mas na inocência e pureza de duas crianças esses empecilhos raciais foram deixados de lado pelos personagens principais. A turma 23

realizou uma atividade na qual criaram tirinhas para ilustrar o assunto trabalhado (Anexo 16 A e 16 B).

Retomando as brincadeiras que fazem parte do cotidiano das crianças e faziam parte das interações dos pais e avós das crianças, assistimos ao vídeo enviado pela

professora Marília no qual as crianças demonstraram três brincadeiras que selecionaram a partir da mesma pesquisa que realizamos aqui. Foi muito divertido assistir a esse vídeo e conhecer brincadeiras novas e também perceber que apesar da distância, há brincadeiras em comum, como por exemplo, a ciranda (ou brincadeira de roda (Anexo 17,17A, 17B). Mas a parte mais divertida foi poder brincar das mesmas brincadeiras que os nossos amigos baianos (Anexo 17C, 17 D, 17 E). Empolgadas, as crianças relataram: “Foi muito bom brincar de macaquinho” (Aluno 1), “Eu fiquei com medo, mas depois foi bem legal.” (Aluno 7), “Eu nunca tinha brincado assim.” (Aluno 2), “Foi surpreendente brincar de roda e eles brincam também.” (Aluno 1).

No mês de junho chegou a primeira correspondência dos nossos amigos para cada aluno da turma 23. Foi uma alegria imensa receber notícias, abrir as cartas, era uma euforia, pois as crianças perguntavam como deveriam abrir, o que fazer com o envelope... Mas a surpresa maior foi descobrir que a maioria dos alunos não conseguia ler a sua carta, pois nossos amigos já utilizam a letra cursiva. Surgiu então mais um desafio a superar e todos estão instigados a ler e escrever com letra Script e Cursiva, assim como nossos amigos (Anexo 18, 18A, 18B). Após a leitura das cartas, construímos uma carta coletiva em resposta à carta recebida, (Anexo 19). Esse material será enviado para a EM Saturnino

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Cabral juntamente com um livro intitulado: “Prendarella”, o qual faz uma releitura dos contos clássicos de fadas, na visão da cultura tradicionalista gaúcha (Anexo 20).

Celebrando nossa amizade e troca de aprendizagens, resolvemos trocar também uma receita típica baiana (Lelê) e uma receita típica gaúcha (cuca rápida). Os vídeos e fotos dessa atividade foram postados respectivamente no Instagram e no Facebook (Anexo 21, 21 A, 21B, 21C, 21D), bem como as receitas explicativas com o modo de preparo das duas receitas (Anexo 21E).

Além de todas as trocas que viemos fazendo, tivemos uma surpresa incrível: um presente enviado para nós pela professora Marília: o livro “Jorginho Amado em: O maior tesouro da Terra” de autoria de Carlos Lopes (Anexo 22). A obra conta um pouco dos pontos turísticos de Salvador e trabalhamos a leitura e interpretação do texto subdividindo a sua leitura por vários dias (Anexo 23, 23A, 23B, 23C, 23D). Quando surgia alguma palavra desconhecida, os alunos recebiam a tarefa de pesquisar com os familiares o significado para que na próxima aula pudéssemos dialogar e formar um só significado .Além disso, pesquisamos no MAPS (GOOGLE) a localização da EM Saturnino Cabral em relação à estes pontos turísticos que estávamos conhecendo (Anexo 23B).

O livro: “Prendarella” de autoria de Keller (2015) é uma releitura do conto clássico: “Cinderela”. Na obra de Keller (2015) a história é adaptada para a cultura tradicionalista gaúcha, o que torna a leitura um momento cheio de magia e surpresa. Os alunos criaram a sua própria releitura de “Prendarella” na qual utilizaram a técnica de xilogravura (em isopor) para ilustrar a sua história. A atividade foi muito produtiva e todas as impressões em xilogravura representaram perfeitamente as partes principais da história. A obra do autor citado bem como uma cópia dessa releitura de Prendarella serão enviados para a EM Saturnino Cabral como forma de agradecimento pela parceria durante este primeiro semestre. (Anexo 24, 24A, 24B, 24C).

Recebemos muitas fotografias referentes às Festas Juninas na EM Saturnino Cabral. Pudemos aprender bastante com os relatos realizados pela professora titular e pela diretora da EM Saturnino Cabral (Anexo 25, 25A, 25B, 25C, 25D, 25E, 25F, 25G). Os Festejos Juninos são muito comemorados durante todo mês de junho na região Nordeste do País. Mas na EMEF Borges de Medeiros, também comemoramos o dia de São João com uma festa animadíssima, com muita música, dança, brincadeiras e comidas típicas (Anexo 26). Em nossa escola aconteceu também a apresentação do grupo gaúcho que demonstrou danças como: Massanico e Rancheirinha (Anexo 26A, 26B). Além disso, na cidade de Campo Bom, também acontece um belíssimo Arraiá no centro da cidade.(Anexo 27, 27A, 27 B).

Retornamos do recesso de inverno e com isso retomamos nossas trocas culturais. A Lenda do Negrinho do Pastoreio é muito conhecida no Rio Grande do Sul, por isso

decidimos montar um teatro de fantoches recontando a lenda do Negrinho do Pastoreio para nossos amigos baianos. Para realizarmos o teatro, primeiramente, lemos a lenda, dialogamos e expomos nossos pensamentos quanto ao respeito, à valorização da vida, relembramos de alguns fatos que já havíamos estudado sobre a época da escravatura e concluímos que todo ser humano merece respeito e principalmente uma criança necessita receber cuidados dos adultos e ter sua integridade física protegida. Após essa conversa inicial, analisamos o texto (Quais eram os personagens? Onde a lenda acontece? Como era o local? Se você pudesse modificar o final, como seria? Qual é o início, o meio e o final da

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lenda?). Em seguida, os alunos dividiram-se em grupos e cada grupo recebeu uma parte da lenda para representar (início, meio e fim). Os alunos deveriam criar os fantoches

utilizando folhas de desenho, hidrocor, lápis de cor, giz de cera e etc. Após a construção dos personagens, os alunos recontaram com suas palavras, a parte a qual foram

incumbidos. Quando tudo estava pronto, iniciamos a filmagem da lenda, onde um dos alunos fazia a leitura enquanto o grupo realizava a representação da lenda com os fantoches que eles haviam criado. O teatro de fantoches foi postado na rede social da EMEF Borges de Medeiros para que os nossos amigos da Bahia pudessem apreciar e conhecer a lenda do Negrinho do Pastoreio que é muito difundida em nosso estado. Foram dias de muita aprendizagem e interação constante dos alunos. (Anexo 28, 28A, 28B).

Após o estudo da Lenda do Negrinho do Pastoreio iniciamos uma abordagem mais intensa quanto às tradições gaúchas pois se aproximava a Semana Farroupilha que trata-se de uma das datas mais festejadas em todo território gaúcho. Podendo ser comparada em importância como as Festas Juninas na Região Nordeste. Durante a Semana Farroupilha houve toda uma organização na Escola Municipal a fim de expressar todo orgulho do tradicionalismo gaúcho. Ocorreram diversas atividades como: declamação de poesia, danças típicas, culinária campeira que era degustada no momento do lanche na escola, rodas de chimarrão, entoação de cantigas gaúchas (vanerão, milonga, chote) e Fandango. Pudemos enviar diversas fotografias e vídeos para nossos amigos baianos e dessa forma eles conseguiram vivenciar um pouquinho da cultura gaúcha. Para eles tudo era novidade e ao mesmo tempo divertido, sentimentos que faziam crescer a vontade dos nordestinos de conhecer a Região Sul, e dos sulistas de conhecerem a Região Nordeste.

Com o término do ano letivo se aproximando, foi necessário nos despedirmos com imensa tristeza pela despedida, mas com o coração repleto de alegria, não só por termos tido a oportunidade de ampliar nossos conhecimentos, de podermos conhecer uma cultura que embora fosse diferente da cultura sulista , em alguns aspectos possui muitas semelhanças. E, cultura é isso: é a representação de um povo, é a

miscigenação que faz nosso país ser tão maravilhoso e especial. Além de todas as aprendizagens que adquirimos, obtivemos a maior gratificação que poderíamos almejar: conquistar uma amizade sincera, engajada que acredita na educação e no trabalho em equipe.

Estas foram as atividades realizadas com a troca cultural entre a Bahia e o Rio Grande do Sul.

Pergunta 10 1

/ 1 pts

10/13 - Com quais competências, habilidades e conteúdos o seu projeto propõe trabalhar?

Sua Resposta:

Com embasamento da BNCC (Brasil, 2017), O Projeto: “Dividindo culturas, multiplicando aprendizagens” abrange as seguintes competências e habilidades:

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Práticas de linguagem Objeto de conhecimento Habilidade Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Reconstrução das condições de produção e recepção de textos (EF15LP01)

Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa

cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital,

reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam. Oralidade Oralidade pública/Intercâmbio conversacional em sala de aula (EF15LP09) Expressar-se em situações de intercâmbio oral com

clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado

• Língua portuguesa 1º e 2º anos Práticas de linguagem Objeto de conhecimento Habilidade Escrita (compartilhada e autônoma) Construção do sistema alfabético/ Convenções da escrita (EF02LP01) Utilizar, ao produzir o texto, grafia correta de palavras conhecidas ou com estruturas silábicas já dominadas, letras maiúsculas em início de frases e em substantivos próprios,

segmentação entre as palavras, ponto final, ponto de

interrogação e ponto de exclamação. Escrita (compartilhada e autônoma) Escrita autônoma e compartilhada (EF02LP13) Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,

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considerando a situação comunicativa e o

tema/assunto/finalidade do texto.

• Arte

Unidade temática Objeto do

conhecimento Habilidades

Dança Contextos e

práticas

EF15AR08) Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes contextos,

cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal.

Artes integradas Matrizes estéticas culturais

(EF15AR24) Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais.

• Ciências

Unidade temática conhecimento Objeto do Habilidades

Vida e evolução

Seres vivos no ambiente

Plantas

(EF02CI05) Investigar a importância da água e da luz para a manutenção da vida de plantas em geral. • Geografia Práticas de linguagem Objeto de conhecimento Habilidade O sujeito e seu lugar no mundo Convivência e interações entre pessoas na comunidade

(EF02GE01) Descrever a história das migrações no bairro ou comunidade em que vive. (EF02GE02) Comparar costumes e tradições de

diferentes populações inseridas no bairro ou comunidade em que vive, reconhecendo a importância do respeito às diferenças.

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Conexões e escalas

Experiências da comunidade no tempo e no espaço

(EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares.

• História Práticas de linguagem Objeto de conhecimento Habilidade A comunidade e seus registros A noção do “Eu” e do “Outro”: comunidade, convivências e interações entre pessoas (EF02HI01) Reconhecer espaços de sociabilidade e

identificar os motivos que aproximam e separam as pessoas em diferentes grupos sociais ou de parentesco.

(EF02HI02) Identificar e

descrever práticas e papéis sociais que as pessoas exercem em diferentes comunidades.

(EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que remetam à

percepção de mudança, pertencimento e memória. Conexões e escalas Experiências da comunidade no tempo e no espaço (EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares.

• Ensino Religioso Práticas de linguagem Objeto de conhecimento Habilidade Identidade e alteridades O eu, a família e o ambiente de convivência (EF02ER02) Identificar costumes, crenças e formas diversas de viver em variados ambientes de convivência. Conexões e escalas Experiências da comunidade no tempo e no espaço (EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos hábitos, nas relações com a natureza e no modo de viver de pessoas em diferentes lugares.

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AVALIAÇÃO Pergunta 11

1

/ 1 pts

11/13 - Quais instrumentos são utilizados? Sua Resposta:

Durante todo o estudo, os educandos foram sendo avaliados pelo seu interesse e participação nas pesquisas e ao expor suas dúvidas e questionamentos. Também é avaliada a interação entre os alunos quando realizam tarefas em grupo, pois a turma apresentava certa dificuldade em realizar atividades em grupo, no início do ano letivo de 2019.

Outro aspecto avaliado é a criatividade e interpretação ao realizar algum relato oral ou expressar sua opinião ao grande grupo, visando sempre o aumento da autoconfiança e percepção da importância do próprio aprendizado ao resolver algum problema, ou posicionar-se criticamente.

Os métodos avaliativos foram: expressão oral, engajamento durante o estudo, interesse, participação, utilização da escrita correta das palavras, expressão oral com boa dicção das palavras.

Pergunta 12 1

/ 1 pts

12/13 - Como você avalia o desempenho dos alunos? Sua Resposta:

Desde o início do estudo, ficou evidenciada a empolgação de todos os alunos tanto nordestinos quanto gaúchos. A cada tarde de estudo o tempo passava mais rápido e tínhamos muitas coisas ainda para estudar, entender, perguntar, responder, pesquisar, enfim, havia muito a fazer. Foi possível perceber que algumas questões e dúvidas eram semelhantes para os alunos envolvidos no estudo, como por exemplo: saber como eram as escolas, as brincadeiras que fazem parte do cotidiano, a culinária típica, se caía neve no Rio Grande do Sul, etc.

Os educandos perceberam que haviam brincadeiras que eram comuns e as crianças brincavam tanto no Sul como no Nordeste, como por exemplo: “Ciranda, cirandinha”, “Cabra cega” e “Sai, sai ó piaba”. Mas também havia brincadeiras que eram desconhecidas pelas crianças, como; “Macaquinho”, brincadeira esta que divertiu imensamente os alunos do Borges. Havia também variações do jeito de brincar, como por exemplo; “Elástico”, no qual se pode cantar uma cantiga enquanto pula ou dizer os passos que está realizando.

A troca de cartas se mostrou o ápice do projeto, pois quando a secretária do

Borges, gentilmente, veio até a nossa sala entregar as cartas que o carteiro acabara de trazer, houve uma enorme vibração dos alunos que só amenizou assim que cada um conseguiu receber sua correspondência, abri-la e lê-la. Tanto as crianças do Sul quanto as crianças do Nordeste nunca haviam recebido uma carta antes, endereçada especialmente a elas. E isso

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elevou muito a autoestima de cada criança, sentiram-se importantes e parte de uma sociedade na qual estão inseridos.

Utilizávamos, frequentemente, as mídias para a comunicação, como: mensagens de texto, postagens em redes sociais e também vídeo chamadas. O lado positivo do uso desses recursos era a facilidade e a rapidez com que acontecia a comunicação. Mas nenhum desses meios foi capaz de substituir a ansiedade da espera pela resposta de uma carta, de imaginar quantos dias levaria para chegar essa correspondência até seu destinatário, de imaginar a reação da pessoa que receberia a carta. Esses aspectos recriavam a expectativa e o saber esperar que estavam um tanto quanto esquecidos em meio a tantas mensagens instantâneas.

Quando surgiu a questão: “porque a maioria da população é negra, na Bahia”, inicialmente percebeu-se a inocência da criança refletida nas respostas que deram: “São a maioria negros porque comem muito feijão e arroz!” (Aluno 22); “São negros por que ficam muito no sol.” (Aluno 10); “São negros por que ‘puxaram’ de alguém” (Aluno 3). Mas também reflete a importância de trabalharmos as questões étnicas com as crianças. Ao compreenderem que o fato de Salvador possuir a metade da população negra se deve à época da escravidão enriqueceu muito este estudo, pois foi possível compreender outras questões que estão interligadas a partir da escravidão dos negros que eram trazidos da África, local o qual habitavam e viviam em comunidade, tinham seus costumes, suas tradições e ao serem escravizados eram obrigados a viverem como se não detivessem nenhuma bagagem cultural. E esse aspecto chamou muito a atenção dos alunos da EMEF Borges de Medeiros, pois cada um expressava seus sentimentos, sua indignação quanto a esta passagem marcante da história brasileira ou em silêncio refletia sobre o que estava sendo discutido em aula. O mesmo aconteceu com a questão religiosa a qual os Africanos possuíam seus cultos e religião, mas que ao serem escravizados eram obrigados a seguir somente ao Cristianismo. O que os fazia tomar meios de burlar essa religiosidade imposta pelos senhores para assim poderem realizar seus cultos religiosos.

O Dia Mundial da Diversidade para o Diálogo e o Desenvolvimento foi marcado e comemorado pelas escolas envolvidas no projeto com uma fotografia, na qual, cada escola, com suas peculiaridades, celebrou a data convidando a todos a refletir em uma sociedade em que seja valorizada e respeita a cultura, a diversidade e o diálogo para o

desenvolvimento de uma sociedade melhor e mais igualitária para todos.

A culinária com a troca de receitas também contribuiu positivamente para o

andamento do projeto, pois na escola, cada criança pode ser um ‘cheff’ de cozinha enquanto o alimento era preparado. Além disso, os educandos opinavam, explicavam, compreendiam mais facilmente como seguir os passos da receita. Sendo necessário desprender muita atenção para realizar cada etapa corretamente e assim poder chegar ao resultado final: a cuca rápida. O mesmo ocorreu com a turma da EM Saturnino Cabral, pois também fizeram uma receita, filmaram e postaram no Instagram a fim de compartilhar conosco.

Ao recebermos uma única correspondência em nossa sala de aula, foi a maior surpresa. Todos os alunos ficaram eufóricos e curiosos para saber o que havia no envelope. Ao abrir, percebemos que era um livro o qual era narrado por Jorginho Amado e que em meio a uma história familiar, trazia informações sobre a cidade de Salvador e seus pontos turísticos. Logo o livro despertou o interesse das crianças, mas como ele trazia algumas explicações sobre locais turísticos, a obra foi abordada em partes até ser trabalhado em sua

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totalidade. As ilustrações do livro e também as que a professora trazia criavam um

ambiente divertido e cheio de aprendizado. Por ser lido aos poucos, os alunos solicitavam que a professora continuasse a contar a história, ou até mesmo diziam: “Para o relógio profe, para poder continuar a história” (pedido do aluno 7). Ao final da trama, a obra traz um desfecho que pode-se dizer que enquadra-se muito bem neste estudo.

Com o Projeto a turma valorizou muito mais os laços de amizade e por isso decidiram enviar um livro para presentear os amigos baianos. Além disso, utilizaram a técnica de xilogravura para criar ilustrações únicas.

Quando recebemos as fotografias referentes às Festas Juninas na EM Saturnino Cabral, os alunos expressavam o quanto a cidade de Salvador ficara linda toda enfeitada. Perceberam o quanto esta data é importante para os nordestinos e que a festividade é comparada à Semana Farroupilha em importância cultural, pois retrata as tradições representativas da região sul e da região nordeste.

Percebo que ao findar o projeto, os alunos demonstraram ter se apropriado de tudo o que foi abordado, compreenderam com mais propriedade e valorizaram a própria cultura gaúcha assim como perceberam quão rica é a cultura do Nordeste.

MATERIAL COMPLEMENTAR Pergunta 13

1

/ 1 pts

13/13 - Anexe aqui arquivos que nos façam entender melhor seu projeto ou visualizar detalhes

Você respondeu base2edu- anexos.docx Pontuação final: 13 de 13

Aqui estão os resultados de questionário mais recentes de Roselaine Silveira da Rosa. É possível modificar os pontos de qualquer pergunta e adicionar mais comentários, depois clicar em "Atualizar pontuações" na parte inferior da página.

Questionários enviados

• Tentativa 1: 13

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