Aula 1 – Introdução
Prof. Rafael Braga
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Campus Quixadá
Curso: Sistemas de Informação Disciplina: Gerência de Redes
Agenda
• Motivação;
• Definições;
• Objetivos;
• Atividades;
• Ciclo de gerência;
• Arquitetura básica;
• Padrões;
• Conclusões.
Motivação
• Crescimento das Redes
– Número de Equipamentos;
– Diversidade de Dispositivos e Tecnologias;
– Evolução das redes atuais (sistemas autônomos); – Novos dispositivos/protocolos/arquiteturas;
• Virtualização e Computação em Nuvem.
– Convergência dos Negócios na direção das redes de computadores (Internet).
Motivação
• Como manter tudo funcionando?
– Como gerenciá-los?
– Importância das redes nas organizações atuais; – Quais as atividades estão relacionadas com o
Gerenciamento de Redes de Computadores?
– Manter uma rede operacional lidar com grande quantidade de informações e equipamentos
Motivação
• sistemas autônomos (ou “rede”): centenas ou
milhares de componentes de
hardware/software interagindo;
• outros sistemas complexos exigindo
monitoração e controle:
– avião a jato, – usina nuclear, – outros?
Definição de Gerência de Redes
• A gerência de Rede é o elemento que monitora e
controla os componentes das redes (sejam físicos ou lógicos), assegurando uma certo nível de qualidade de serviço. O sistema de gerência de rede é definido como uma coleção de ferramentas integradas para monitoração e controle da rede [STALLINGS].
Definição de Gerência de Redes
• O gerenciamento da rede significa ter controle e poder agir em função de informações coletadas que demonstrem anormalidade de funcionamento, e pode ser efetuado através de duas alternativas: utilizando a própria infraestrutura da rede ou montar uma rede paralela a existente com intersecções nos pontos de interesse [ESR/RNP].
Definição de Gerência de Redes
• Gerenciamento de redes inclui o fornecimento, integração e coordenação de hardware, software e elementos humanos para monitorar, testar, configurar, consultar, analisar, avaliar e controlar a rede e recursos para atender aos requisitos de desempenho, qualidade de serviço e operação em tempo real dentro de um custo razoável [Kurose, 2006].
Resumindo as Definições
Objetivos
• Tempo de resposta aceitável;
• Segurança das informações , confiabilidade; • Disponibilidade;
• Redução nos custos;
• Flexibilidade de operação e integração das redes; • Eficiência e qualidade dos serviços.
O que gerenciar?
Switches (gerenciáveis) Roteadores
Access Points (AP) Servidores
Impressoras Nobreaks
O que gerenciar?
• Dispositivos – Telefones IP; – Estações de Trabalho; – Dispositivos de Armazenamento. • Serviços– Qualidade dos Serviços prestados com esses elementos (Contratos);
– Aplicações e serviços de rede; – Banco de Dados...
Exemplos de um NOC (
Network
Operation Center
)
Veja também o sistema de gerenciamento de redes da RNP no link abaixo:
Elementos arquiteturais
• Entidade gerenciadora (gerente)– Solicita informações de gerência, processa, analisa e realiza ações baseadas nas informações recebidas;
– Geralmente chamados de NMS (Network Management
Stations);
• Dispositivo gerenciado (agente)
– Atuam com ações locais de gerência no dispositivo gerenciado de acordo com as requisições do gerente;
• Protocolo de gerenciamento
– Descreve a comunicação gerente-agente e o formato para o envio das informações durante a comunicação;
Arquitetura básica
Dispositivos gerenciados contêm objetos gerenciadoscujos dados são reunidos em uma
MIB (Management
Information Base).
30/07/2014 Universidade Federal do Ceará - Campus 15
Arquitetura básica
• Uma
poll
é a operação de consultar
informações em um agente (roteador,
comutador, servidor etc);
• Uma
trap
é um método utilizado por um
agente para informar à NMS que algo
aconteceu;
– São enviadas de modo assíncrono, não em resposta a consultas de NMS;
Arquitetura básica
• Relacionamento entre NMS e agente
Arquitetura básica
• Transferência de informações
Atividades
• Monitoramento: Acompanhar o desempenho
da rede e serviços de rede;
• Diagnóstico: Conhecer e controlar alterações
nos equipamentos;
Ciclo da gerência de redes
Coleta
Diagnóstico
Ação
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• As atividades de gerência estabelecem um ciclo com três etapas:
1ª Etapa - Coleta de dados
• Monitoramento dos recursos gerenciados da
rede;
• Armazenamento em arquivos logs;
• Exemplos de dados coletados:
– Tráfego nos enlaces da rede;
– Sobrecarga dos pacotes característicos nos nós da rede;
2ª Etapa – Diagnóstico
• Tratamento e análise dos dados coletados;
– Detecção da causa do problema no recurso gerenciado;
– Conhecer e controlar alterações nos
equipamentos (Gerência de mudanças); – Critérios para disparo de alarmes;
3ª Etapa – Ação
• Realizada pela NMS para corrigir um defeito detectado; • Baseada nas informações recebidas do agente através
de uma trap;
– Conexão à internet é interrompida, o roteador envia uma trap;
– Trocar cabo rompido ou danificado;
– Trocar Conector defeituoso ou mal instalado; – Habilitar interface inoperante;
– Atualizar recursos saturados;
– Corrigir endereço IP de hospedeiro incorreto; – Mudanças rápidas em tabelas de roteamento ; – Habilitar serviço de nomes;
Padrões de Gerência
• FCAPS (Fault, Configuration, Accounting, Performance, Security)
– ISO - International Organization for Standardization;
• CMISE/CMIP (Common Management Service
Element/Common Management Information Protocol)
– ISO - International Organization for Standardization;
• SNMP ou Internet Network Management Framework
– IETF(Internet Engineering Task Force);
• TMN (Telecommunication Management Network)
– ITU-T (International Telegraph Union-Telecommunication
Standardization Sector).
FCAPS
• Criado pela ISSO, nele foram definidos os
conceitos de
áreas funcionais
, modelos de
informação para representar recursos de rede
e protocolos para transferência de
informações sobre gerências de rede.
• FCAPS:
– Fault Gerenciamento de Falhas
– Configuration Gerenciamento de Configuração – Account Gerenciamento de Contabilidade – Performance Gerenciamento de Desempenho – Security Gerenciamento de Segurança
Gerência de falhas
• Visa detectar, isolar e corrigir falhas transitórias
na rede:
– Rastrear e identificar falhas na rede; – Notificar a ocorrência de falhas;
– Registrar as notificações de eventos; – Executar procedimentos corretivos.
• Eventos: interfaces down, interrupção de enlaces,
serviços parados em servidores;
• Tarefas Associadas:
– Gerência de limites e eventos;
– Correlação causa/origem problemas e correção;
Gerência de falhas
• Reativa
– Reage às falhas na medida em que ocorrem.
• Pró-ativa
– Busca detectar as falhas antes que ocorram através da detecção de tendências ou
comportamentos anômalos; – É o ideal, mas é onerosa!
Gerência de falhas
• Pró-ativa pode ser obtida através:
– Monitoramento das taxas de erros;
– Evolução do nível de emissão de alarmes;
– Definição de ações necessárias para a correção de problemas, evitando situações mais críticas.
• Exemplo: Aumento de erros de somas de
verificação em quadros:
– Falhas em interfaces antes que o usuário perceba e reclame!
Gerência de configuração
• Visa:
– Controlar a configuração dos recursos da rede e seus estados;
– Coletar e armazenar as mudanças ocorridas na rede;
– Modificar configurações a partir das informações obtidas.
Gerência de configuração
• Na prática:
– Conjunto de dispositivos na rede, do software e hardware presente nesses dispositivos e sua
informação estática;
– Modo de operação de cada dispositivo;
– Conexões físicas e lógicas entre dispositivos.
• Tarefas associadas:
– Inventário dos elementos da rede (hardware e
software). Ex.: GLPI e OCS;
– Gestão de alteração na configuração dos dispositivos.
Gerência de contabilização
• Visa:
– Monitorar uso dos recursos pelos usuários; – Detectar abusos no uso dos recursos;
– Estabelecer taxas e custos de utilização dos recursos da rede;
– Planejar crescimento da rede.
• Tarefas Associadas:
– Gestão de contas de usuários;
– Autorização de utilização de recursos (quotas);
Gerência de desempenho
• Quantificar, medir, analisar, informar e controlar o
desempenho de diferentes recursos da rede.
• Visa:
– Identificar o desempenho da rede;
– Otimizar taxas de utilização e erros da rede;
– Assegurar uma capacidade mínima de tráfego na rede.
• Variáveis: vazão, tempo de resposta, etc.
• Tarefas Associadas: estabelecimento de métricas,
monitoração e avaliação das tendências,
monitoração de SLA’s;
Gerência de segurança
• Controla o acesso aos recursos da rede de acordo com as políticas definidas.
• Visa proteger e controlar o acesso aos recursos da rede:
– Proteção das informações;
– Controle de acesso ao sistema; – Monitorar uso dos recursos;
– Criar, manter e examinar arquivos de log.
• Tarefas Associadas:
– Definição de políticas de segurança;
– Detecção de violação de segurança(autenticação, integridade, privacidade).
Áreas funcionais
• Superposição:
– Uma ação de
gerência muitas vezes tem reflexo em mais de uma área
funcional!
Resumindo o FCAPS
• A ocorrência de uma
falha
pode gerar uma
redução de
desempenho
e uma brecha na
segurança
da rede. Esta falha pode ser
corrigida através de modificações na
configuração
da rede, voltando à situação
anterior à ocorrência da falha.
Resumo
• Motivação;
• Definições;
• Objetivos;
• Atividades;
• Ciclo de gerência;
• Arquitetura básica;
• Padrões;
– FCAPS• Conclusões.
Bibliografia
• James Kurose. Redes de Computadores e a Internet. 5 edição. Editora Pearson. 2010.
• MAURO, Douglas R.; SCHMIDT, Kevin J. SNMP essencial. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
• Lopes, Raquel V.; Sauvé, Jacques P.; Nicolletti, Pedro S.; Melhores Práticas para
Gerência de Redes de Computadores, Ed. Campus, 2003 (esgotado) – Disponível
em: http://www.lsd.ufcg.edu.br/~raquel/livro/melhoresPraticas.htm.