Rafaela Noronha Brasil
Fonoaudióloga ESP/CE
Mestre em Saúde, Ambiente e Trabalho Profa Adjunto FATECI/CE
Saúde Pública e Epidemiologia 2013.1
• Economia agrícola: exportação café (e açúcar)
• Imigração de mão-de-obra para fortalecer cultura cafeeira
• Interesses de saúde ligados ao contexto econômico/ produtivo
• Atuação estratégica nos espaços de circulação de mercadorias: portos e estradas
• A saúde emerge como questão social
• Sanitarismo campanhista • Saneamento,
erradicação e controle das doenças nos portos e núcleos urbanos
• Combate à febre amarela e endemias
• Interesses puramente mercantis: regiões sem importancia econômica não eram assistidas
Oswaldo Cruz 1903
• Embrião do que conhecemos hoje como previdência social
• Organizadas por empresas; mantidas e geridas por patrões e empregados
• CAPS’s ferroviários e portuários
• Funcionavam como seguro social: aposentadoria e assistencia médica
• Iniciativas privadas, porém com intervenção do Governo na nomeação dos presidentes
• Metas
• Saneamento rural e urbano • Supervisão e fiscalização a
saúde
• Combate às endemias
• Benefícios
• Creches, armazéns, igrejas, moradias, assistencia médica aos trabalhadores menores
Carlos Chagas 1923
• Crescimento das CAP’s: Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAP’s)
• Organização por categorias profissionais • Assistência ampla (+prev - saúde)
• Organização tripartite: Estado, empregadores e trabalhadores
Centralizado
no Governo
• Ações coletivas (imunização, controle de
epidemias, saneamento): Campo da Saúde
Pública
• Ações
individuais:
estruturação
da
previdência social, vinculando assitência
médica ao princípio do seguro social e
colocando-a no mesmo plano de benefícios –
aposentadorias, pensões por invalidez)
Modelo de atenção que gera equívocos na saúde até hoje!
▸ Ministério da previdência e assistência social (1947)
▸ Ministério da Saúde (1953)
▸ Maior centralização do Estado
▸ Modelo agroexportador modelo industrial ▸ Foco no “corpo” do trabalhador: capacidade
produtiva
▸ Dicotomia saúde pública x assitência médica ▸ Unificação das IAP’s: INPS
▸ Unificacão das categorias (CAP’s + IAP’s)
▸ Instituição estatal que consolidou o modelo brasileiro de seguro social e prestação de serviços médicos
▸ Assistência médica orbigatória aos trabalhadores e seus dependentes
▸ Modelo por convênio: Estado comprava serviços a grandes corporações médicas privadas (hospitais)
▸ Estado passa a ser o grande gerenciador do sistema de seguro social
▸ Grande catalisador das ações de assistência médica no Brasil, privilegiando o setor privado ▸ Assistencia médica aos trabalhadores, aos
servidores da União e suas empresas: contribuição para a Previdência
▸ Centralizado no Estado
▸ Assistência estatal: privatização do setor saúde
▸ Modelo excludente; sem compromisso com melhoria das condições de saúde da população; prática médica curativista; sofisticação tecnológica
▸ Regime militar: forçou manutenção do sistema mesmo com críticas
▸ Década de 70: Escândalos da Previdência Social (corrupção)
▸ Má gestão de recursos, qualidade da
assistencia comprometida, “envelhecimento” do sistema, início aposentadorias e pensões ▸ Década de 80: Esgotamento do modelo de
▸ Reestruturação dos movimentos sociais
▸ Por uma política de saúde mais abrangente, democrática e disponível a todos
▸ Academia e trabalhadores de saúde: crítica ao modelo vigente de saúde e alternativas para reestruturação
▸ Incorporou liderenças políticas, sindicais e populares
•
Processo de redemocratização do país
•Eleições diretas
•
Nova república (1985): Tancredo Neves
•
Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde
(PREVSaúde):
proposta
governo
para
reorganização da assistência
•
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e
Saneamento (PIASS): experiencias de atenção
primária e extensão da cobertura (MG)
• Ações Integradas de Saúde (AIS): Sistema mais articulado e integrado que gerou comissões
• Comissões CIPLAN, CIS e CIMS: Embriões dos conselhos de saúde e base de implantação do SUDS • Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde
(SUDS): Primeira aproximação do SUS
• 8ª Conferência Nacional de Saúde: marco das discussões do Movimento Sanitário
• Promulgação da Constituição Federal de 1988: uma das mais avançadas do mundo na ótica da saúde
• Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 • Lei 8.142/90
• Criação dos Conselhos de Saúde e realização de Conferências de Saúde (Nacional, Estaduais e Municipais)
▸ Art. 200:
▸ Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei:
▸ I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de
interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
▸ II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador;
▸ IV - participar da formulação da política e da execução das ações de
saneamento básico;
▸ VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de
seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
▸ VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
▸ VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
▸
Art. 13. A articulação das políticas e
programas, a cargo das comissões intersetoriais,
abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
▸
I - alimentação e nutrição;
▸
II - saneamento e meio ambiente;
▸
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
▸IV - recursos humanos;
▸
V - ciência e tecnologia; e
▸VI - saúde do trabalhador.
• Composição dos Conselhos de Saúde
• Segmento Gestor e Prestador de Serviços: 25% • Profissionais de Saúde: 25%
• Organização das Secretarias de Saúde
• Organização das equipes de Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica nos municípios
• Criação dos Conselhos de Saúde e realização de Conferências de Saúde (Estadual e Municipais)
• Grande impulso na organização das Vigilâncias em âmbito municipal, decorrente da cessão de pessoal dos órgãos Federais e Estadual para os municípios
• Plano Diretor de Regionalização – PDR • Plano Diretor de Investimento – PDI
• A influência das Normas Operacionais Básicas – NOB/SUS e NOAS: descentralização para efetivação do SUS
• Conjunto de compromissos estabelecidos entre gestores da saúde nas três esferas de governo
• Fortalecer o SUS
• Eixos
• Pacto pela vida: metas prioritáris para a saúde
• Pacto em defesa do SUS: compromissos políticos para consolidação do SUS
• Pacto de Gestão: planejamentom regionalização, gestão do trabalho e educação na saúde
▸ Regulamenta a lei 8080/90
▸ Regular a estrutura organizativa do SUS, o planejamento em saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa
▸ Responsabiliza entes federativossobre competências e atribuições nas redes de atenção a saúde
▸ Art 2 Considera:
• Regiões de Saúde: espaço geográfico com finalidade de integrar ações e serviços de saúde
• Rede de Atenção à Saúde: ações e serviços articulados em níveis de complexidade crescentes para garantir integralidade
• Serviços especiais de acesso aberto: Serviços específicos em função de agravo ou situação laboral • Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica: documento
que estabelece critérios diagnósticos, terapêuticos, mecanismos de controle clínico e resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores do SUS
Ceará • 8.450.527 hab(IBGE 2007) • 9,5% de cobertura de saúde suplementar • 22 Regiões de saúde • 04 macrorregiões de saúde Brasil Brasil
CEARÁ, 2012: As Regiões de
Saúde
Mapa das Macrorregiões de Saúde
Sobral - 1.577.090 hab Fortaleza - 4.933.174 hab
Cariri - 1.411.904 hab
ATENÇÃO BÁSICA – 184 MUNICIPIOS Estratégia
TERRITÓRIOS DA SAÚDE DA FAMILIA
ATENÇÃO SECUNDÁRIA – 22 REGIÕES Estratégia
TERRITÓRIOS DAS REGIÕES DE SAÚDE
ATENÇÃO TERCIÁRIA – 4 MACRORREGIÕES Estratégias
TERRITÓRIOS DAS MACRO REGIÕES