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Descontinuidades e Regimes de Volatilidade no Apreçamento de Derivativos. Jorge Constantin Kapotas

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Descontinuidades e Regimes de Volatilidade no Apreçamento de Derivativos

Jorge Constantin Kapotas

Dissertação apresentada ao Instituto de Matemática e Estatística e à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da

Universidade de São Paulo.

Sumário

1. Introdução ...3

1.1 Objetivos e Relevância do Tema...3

1.2 O Processo Difusivo com Saltos na Literatura Financeira...4

2. Descontinuidades e a Preci…cação de Derivativos...5

2.1 O Processo Contínuo dos Retornos dos Ativos...5

2.2 O Processo de Descontinuidades nos Retornos...6

2.3 O Processo Difusivo com Saltos...7

2.4 Preci…cação de Ativos Derivados...9

2.5 Ilustração Numérica...15

3. Apreçamento de Derivativos com Descontinuidades e Transições no Regime de Volatilidade ...18

3.1 O Processo Dinâmico da Volatilidade ...18

3.2 A Dinâmica dos Ativos ...19

3.3 Prêmios de Risco e a Derivada de Radon-Nykodym...21

3.4 Apreçamento de Derivativos com Transições no Regime de Volatilidade...23

3.4.1 Ilustração Numérica...26 3.5 Preci…cando o Risco de Troca

(2)

de Regime de Volatilidade...27

3.6 Apreçamento de Derivativos com Saltos Idiossincráticos e Mudanças Assistemáticas no Regime de Volatilidade...29

3.7 Apreçamento de Derivativos com Saltos Idiossincráticos e Mudanças Sistemáticas no Regime de Volatilidade...30

3.8 Apreçamento de Derivativos com Saltos nas Mudanças do Regime de Volatilidade...31

3.8.1 Ilustração Numérica...32

4. Conclusões...35

5. Apêndice...36

6. Referências...45

(3)

1. Introdução

1.1 Objetivos e Relevância do Tema

Pretendemos neste trabalho estudar algumas das formas com que podemos incorporar um processo estocástico que produz descontinuidades espaciais nas trajetórias dos preços dos ativos …nanceiros e suas repercussões no apreça-mento de seus derivativos. Estas descontinuidades, ou saltos como são mais comumente conhecidos na literatura …nanceira, podem ser trazidos à análise por caminhos diversos, implicando em pressupostos e hipóteses de modelagem diferentes, como demonstraremos mais adiante.

Escolhemos o tópico, uma vez constatada a sua importancia nos mercados ilíquidos e de pouca ”profundidade” 1. Nestes mercados, nossa experiência

fornece indícios de que as descontinuidades são mais evidentes e frequentes. Percebemos que baixa liquidez nos mercados, é normalmente traduzida por um número maior de descontinuidades espaciais - e frequentemente tempo-rais - nos preços dos ativos. Vários fatores econômicos e institucionais con-tribuem para tanto. Mercados em desenvolvimento, ou emergentes, pode-riam ser tomados como exemplos de mercados de capitais onde os níveis de liquidez sofrem grandes oscilações, obviamente incluindo-se os mercados latino-americanos e em especial o brasileiro.

Em nossa primeira parte, obteremos o modelo de Merton [1976] a par-tir de alguns simples pressupostos sobre o comportamento dos preços dos ativos …nanceiros e argumentos de não arbitragem, aí incluindo as provas e ajustes que se …zerem necessários. Na segunda parte, conjugaremos de formas diferentes volatilidade estocástica com saltos, e desenvolveremos al-gumas extensões originais. Ilustrações numéricas para alguns modelos serão apresentadas. Provas demasiadamente longas, ou não essenciais ao encadea-mento lógico da nossa exposição são apresentadas no apêndice, e numeradas com a inicial ”A”, sequida do número da secção correspondente.

1Traduzimos aqui livremente a expressão americana ”shallow markets”, usada para

(4)

1.2 O Processo Difusivo com Saltos na Literatura Financeira Vários importantes trabalhos acadêmicos e pro…ssionais trataram deste tópico, não sendo nosso objetivo aqui apresentar uma extensiva lista. Em Merton [1976], trabalho seminal que seguiremos de perto na primeira parte de nosso estudo, o modelo difusivo com saltos é apresentado como o processo dos preços das ações e a solução para os ativos derivados é obtida. Cox e Ross [1976] exploram a preci…cação de opções sob um processo puramente pontual. Beckers [1981] e Ball e Touros [1983] apresentam alternativas ao modelo de Merton, assumindo certas premissas que simpli…cam a especi…cação do processo bem como a sua estimação. Jorion [1988] investiga a existência de descontinuidades nos mercados de câmbio e em índices de ações, mediante o uso de estimadores de máxima verossimilhança. Bates [1988] e Ahn [1990], preci…cam o risco dos saltos sistêmicos a partir de modelos de preci…cação de ativos no equilíbrio geral.

Naik [1993] conjuga saltos com volatilidade estocástica utilizando-se de argumentos de não arbitragem, de forma bastante original, como veremos na segunda parte de nosso estudo. Kou [1999] apresenta um modelo de difusão com saltos para o apreçamento de opções que incorpora as características leptokúrticas das distribuições dos retornos bem como volatilidade não con-stante. Andersen e Andreasen [2000] além de extenderem seu modelo para incorporar o ”smile” da volatilidade, tratam das questões numéricas relati-vas às equações integro-diferenciais parciais 2 que apresentaremos em nossa secção 2.4.

(5)

2.

Descontinuidades e a Preci…cação de

Deriv-ativos

As descontinuidades, ou saltos, representam uma característica marcante nas trajetórias dos retornos dos ativos …nanceiros dos países emergentes . Notícias inesperadas de alto impacto nos preços dos ativos, combinadas com um ambiente de liquidez limitada, podem desencadear uma descontinuidade na trajetória temporal dos ativos.

Neste capítulo inicial desenvolveremos os conceitos e pressupostos para a modelagem das trajetórias descontínuas destes ativos, tendo em vista os efeitos dos saltos na preci…cação de ativos contingentes.

2.1 O Processo Contínuo dos Retornos dos Ativos

Os acréscimos das trajetórias dos preços dos ativos …nanceiros no tempo, quando puramente contínuas, são comumente modelados3 na literatura,

uti-lizando a clássica equação diferencial estocástica (EDE): dSt St = ¹ dt + ¾d wt , que implica, St = S0e(¹¡ 1 2¾ 2 t)t + ¾dwt: (1) Prova: A.2.1

Sabemos também que a ausência de arbitragem num mercado completo

4 implica a existência de uma única medida de probabilidade Q tal que:

EtQ

£ Sue¡

Ru

t rsds j zt¤= St ; para u > t: 3Ver Black e Scholes [1973]

(6)

Isto faz do processo descontado Dt , dada a …ltração zt, um martingale.

De forma equivalente podemos dizer que existe uma dinâmica Q-martingale onde:

dSt

St

= rtdt + ¾tdwt

Prova: A.2.2

2.2 O Processo de Descontinuidades nos Retornos

Comumente na literatura a dinâmica contínua, como vimos acima, é rep-resentada por um processo de Wiener. No caso descontínuo podemos 5

uti-lizar o processo de Poisson 6. Assim podemos a…rmar que, para ¢t = h, Pfsalto em hg = ¸h + o (h) ;

Pfnão ocorrência de salto em hg = 1 ¡ (¸h + o(h));

Se St for o preço de um ativo em t ,de processo puramente descontínuo,

teríamos para o intervalo h pequeno, a seguinte situação:

St+h = StY , com probabilidade ¸h (ocorrência de um salto) ;

St+h = St , com probabilidade 1 ¡ ¸h (não ocorrência de saltos) .

Com ~Yi = e~xi onde ~x» N (°; ±) () E [Y ] = e°+

±2

2 = 1 + k

() ° +±2

2 = log (1 + k).

Fica portanto claro que no caso puramente descontínuo , com vários saltos possíveis em h, podemos denotar a sua trajetória temporal por:

St = N (t)Q i=1 exi = N (t)Q i=1 Yi ,e seu diferencial ,

5Ver Merton [1976] como claro exemplo de utilização do processo de Poisson.

6Se um evento segue uma distribuição de Poisson, a probabilidade de n eventos

ocor-rerem durante o intervalo t de tempo é dada por:

P [N (t) = n] = e¡¸t(¸t)

n

n! ; onde ¸ > 0 é a intensidade do processo e E [N (t)] = ¸t = V ar [N (t)] .

(7)

¢St St = e PN (t+h) i=1 xi eP N (t) i=1 xi ¡ 1 = e PN (t+h) i=N (t)+1xi ¡ 1 = N (t+h)P i=N (t)+1 ki+ o(h) (2)

2.3 O Processo Difusivo com Saltos

Uma vez expostos os componentes do nosso processo composto, podemos agora representa-lo ,na medida Q-neutra ao risco:

St = S0e(r¡ 1 2¾ 2)t + ¾ ~w tY t onde , Yt= N (t)Q i=1 Yi . (3)

Os choques Yi tem a propriedade de serem, em nossa modelagem,

to-talmente idiossincráticos e assistemáticos. Correspondem a notícias ou in-formações especí…cas de um ativo em particular, não comandando portanto nenhum prêmio de risco. Sendo ½s

ij = 0 (correlação nula entre os saltos do

ativo i e j), o risco de salto individual de cada ativo pode ser diversi…cado numa grande carteira de ativos.

Tendo combinado os processos de Sw

t (difusivo) com S p

t (Poisson) num

difusivo com saltos (”jump-di¤usion process”), desenvolvemos abaixo uma condição de não arbitragem (que se utiliza dos pressupostos econômicos usuais), dado que:

dSt

St

= ®dt + ¾ dwt+ ktdNt onde, ktdNt= dqt . (4)

A condição de não arbitragem implica em: EQ[Stw] = EQ[S pw t ]() EQ[® dt + ¾ dwt] + E · dStp Stp ¸ = EQ · dSw t Sw t ¸ = EQ[r dt + ¾ dw¼ t].

Mas como E [N (t)] = ¸dt e E[Y ¡ 1] = k as esperanças acima resultam respectivamente em: ® dt + ¸k dt = r dt portanto, ® = r ¡ ¸k.

(8)

O viés (”drift”) de St mais as descontinuidades do seu processo (saltos),

devem, na ausência de arbitragem, produzir um deslocamento ao longo do tempo que seja igual a r dt. Isto pode ser formalmente enunciado na proposição abaixo :

Proposição 2.3.1 Num processo difusivo com saltos independentes de wt e não correlacionados entre si, onde N (t) s P (¸t), a variável aleatória

Dt´ e¡rtSt é um Q-martingale, se e somente se d St St = ® dt+¾ dwt+ktdNt , onde ® = r ¡ ¸k. Prova: EQ[D t] = e¡rtE Q 0;S0 " S0e(r¡¸k¡ ¾2 2 )t + ¾w ¼ t N (t)Q i=1 Yi # EQ[e¡rtS t] = S0e¡¸kt EQ h e¡¾22 t+¾dw ¼ t i | {z }¢ E " N (t)Q i=1 Yi # 1 = S0e¡¸ktE " E " N (t)Q i=1 Yij N(t) = n ## = S0e¡¸kt 1 P n=0 e¡¸t(¸t) n n! ¢ E " N (t)Q i=1 Yij N(t) = n # = S0e¡¸kt 1 P n=0 e¡¸t(¸t) n n! ¢ n Q i=1 (1 + k) | {z } (1 + k)n = S0 1 P n=0 e¡¸(1+k)t[¸(1 + k)t] n n! e fazendo ¸ 0 = ¸(1 + k)

(9)

= S0 1 X n=0 e¡¸0t(¸ 0 t)n n! | {z } = S0 () ® = r¡¸k 1 ¤

2.4 Preci…cação de Ativos Derivados

Lema 2.4.1 Seja a dinâmica de um ativo dada pela EDE, dSt St

= ®dt + ¾dwt+ ktdqt. Se F (St; ¿ ) 2 C2, então seu processo diferencial derivado é

dado por:

dF = 12¾2St2Fss+ (®¡ ¸kt) StFs¡ F¿ + ¸ E [F (StY; ¿ )¡ F (St; ¿ )] .

Prova: A.2.4.1

Uma vez de posse da dinâmica Q-martingale dos retornos de St,

uti-lizamos o lema 2.4.1, no sentido de obter a dinâmica Q do processo derivado, F (St; ¿ ), livre de arbitragem. Como em Q, dF = r F e ¿ = T ¡ t , e St = S

, temos:

dF = 12¾2S2F

ss+ (r¡ ¸k) S Fs¡ F¿+ ¸ E [F (SY; ¿ )¡ F (S; ¿ )],

na ausência de possibilidade de arbitragem vale:

1 2¾

2S2F

ss+ (r¡ ¸k) S Fs¡ F¿ + ¸ E [F (SY; ¿ )¡ F (S; ¿)] = rF

(5) Sendo o processo uma opção européia de compra, temos como condições de contorno :

(10)

A equação integro-diferencial parcial (EIDP) (5) acima pode ser resolvida por métodos numéricos 7. Dada a di…culdade de se obter uma solução analítica para uma EIDP, utilizaremos o Teorema de Feynman-Kac gener-alizado, para alternativamente representarmos a solução da nossa EIDP na forma de um valor esperado:

Proposição 2.4.2 Seja F a solução de uma EIDP da forma acima, com St satisfazendo

dSt

St

= ®dt + ¾dwt+ dqt . Neste caso F pode ser representada

na forma, F (S;¿ ) = Et[ª(ST)j St = S] .

Prova: A.2.4.2

Usando a proposição acima temos, Ct = e¡r¿Et;St £ (ST ¡ K)+ ¤ = e¡r¿E (" Ste ³ r¡¸k¡¾22 ´ ¿ +¾w¿ N (¿ )Q i=1 Yi¡ K #+) = e¡r¿E ( E (" Ste ³ r¡¸k¡¾22 ´ ¿ +¾w¿ N (¿ )Q i=1 Yi¡ K #+ j N (¿) )) = e¡r¿ P1 n=0 E (" Ste ³ r¡¸k¡¾22 ´ ¿ +¾w¿ N (¿ )Q i=1 Yi ¡ K #+ j N (¿) = n ) ¢ P [N (¿ ) = n] = e¡r¿ P1 n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! E 8 > < > : 2 6 4Ste ³ r¡¸k¡¾22 ´ ¿ +¾w¿+ N (¿ )P i=1 xi ¡ K 3 7 5 +9 > = > ; = e¡r¿ P1 n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! E 8 > < > : 2 6 4Ste ³ r¡¸k¡¾22 ´ ¿ +¾w¿+ N (¿ )P i=1 (°+"i) ¡ K 3 7 5 +9 > = > ;

7Ver Tavella, D. e Randall, C. [2000] e Andersen L. e Andreasen, J. [2000] para métodos

(11)

rn = e¡r¿ P1 n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! E 8 > > > > < > > > > : 2 6 6 6 6 4Ste 0 B B @ z }| { r¡ ¸k +n° ¿ ¡ ¾2 2 1 C C A¿+¾w¿+ N (¿ )P i=1 "i ¡ K 3 7 7 7 7 5 +9 > > > > = > > > > ; como, ~" s N(0; ±2) e zi = "i p n±, onde ~z s N(0; 1) Ct = e¡r¿ 1 P n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! E (· Ste ³ rn¡¾22 ´ ¿ +¾w¿+pn± zn ¡ K ¸+) (6)

Observação 2.4.3 Dado que Y = e~

³ rn¡¾22

´

¿ +¾w¿+pn± ~zn

é uma var-iável log-normal, temos que log³Y~´= ~X =³rn¡ ¾

2 2 ´ ¿ + ¾w¿+pn ± zn » Nh³rn¡ ¾ 2 2 ´ ¿ ; ¾n¿ i onde ¾2n = ¾2+ n±2

¿ uma vez que zne w¿ são inde-pendentes.

Com o acima exposto chegamos ao ponto onde de…nimos e provamos o lema 1.4.4 abaixo, que será instrumental para a solução da esperança espaço-temporal acima. Lema 2.4.4 A esperança, Et h¡ Ste¹+^¾z¡ K ¢+i , onde z » N (0; 1), pode ser representada da forma:

Et h¡ Ste¹+^¾z¡ K ¢+i = Ste¹ + ^ ¾2 2 N (d1)¡ K N(d2): (7) Prova: Et[ ¡ Ste¹+^¾z¡ K ¢+ ] = Z R ¡ Ste¹+^¾z¡ K ¢+ 1 p 2¼e ¡z22 dz e fazendo: e¹+^¾z¤ = K St () ¹ + ^¾z ¤ = log µ K St ¶ () ¡z¤ = log µ St K ¶ + ¹ ^ ¾

(12)

no que resulta em: Et[ ¡ Ste¹+^¾z¡ K ¢+ ] = Z ¡z¤ ¡1 Ste¹+^¾z e¡z22 p 2¼ dz¡ K Z ¡z¤ ¡1 e¡z22 p 2¼ dz = Ste¹ Z ¡z¤ ¡1 1 p 2¼e ^ ¾z¡z22 dz¡ K Z ¡z¤ ¡1 1 p 2¼e ¡z22 dz = Ste¹ Z ¡z¤ ¡1 1 p 2¼e ^ ¾z¡z22 + ^ ¾2 2 ¡ ^ ¾2 2 dz¡ K N(¡z¤) , mas como ¡z 2 2 + ^¾z =¡ 1 2(z 2 ¡ 2^¾z), e fazendo N (¡z¤) = N 0 B B @ log µ St K ¶ + ¹ ^ ¾ 1 C C A = N(d2) , temos = Ste¹ Z ¡z¤ ¡1 1 p 2¼e ¡12(z 2¡2^¾z+^¾2)+¾2^ 2 dz ¡ K N (d 2) = Ste¹ Z ¡z¤ ¡1 1 p 2¼e ¡1 2(z¡^¾) 2+¾2^ 2 dz¡K N (d 2) , usando y = z¤¡ ^¾ = Ste¹+ ^ ¾2 2 Z ¡z¤+^¾ ¡1 1 p 2¼e ¡y22 dy¡ K N (d 2) , e como = Ste¹+ ^ ¾2 2 N à log¡St K ¢ + ¹ + ^¾2 ^ ¾ ! ¡ K N (d2) , fazendo N à log¡St K ¢ + ¹ + ^¾2 ^ ¾ ! = N (d1) = Ste¹+ ^ ¾2 2 N (d1)¡ K N (d2)

(13)

¤

Voltando para a equação (6) que determina Ct e usando a observação

2.4.3, obtemos: Ct = e¡r¿ 1 P n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! E (· Ste ³ rn¡¾22 ´ ¿ +¾np¿ z ¡ K ¸+) . Com a ajuda do lema 2.4.4 podemos escrever,

Ct= e¡r¿ 1 P n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! · Ste ³ rn¡¾22 ´ ¿ +¾2n 2 ¿N (d0 1)¡ K N (d02) ¸ (8) = P1 n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! e ¡r¿ern¿ · Ste¡ ¾2 2 ¿ + ¾2n 2 ¿N (d0 1)¡ Ke¡rn¿N (d02) ¸ , mas como, rn= r¡ ¸k + n° ¿ e ¾ 2 n= ¾2+ n±2 ¿ segue que, = P1 n=0 e¡¸¿(¸¿ ) n n! e ¡¸k¿ +n°hS te¡ ¾2 2 ¿ + ¾2 2 ¿ + 1 2 n±2 t tN (d0 1)¡ Ke¡rn¿N (d02) i e fazendo, ¸0 = ¸ (1 + k) obtemos, = P1 n=0 e¡¸0¿(¸¿ ) n n! e n°hS te n±2 2 N (d0 1)¡ Ke¡rn¿N (d02) i = P1 n=0 e¡¸0¿(¸¿ ) n n! e n°+n±22 · StN (d01)¡ Ke ¡³rn+n±22¿ ´ ¿ N (d0 2) ¸ mas como e°+±22 = 1 + k ()³e°+±22 ´n = (1 + k)n , ¸0 = ¸ (1 + k) e ^rn= rn+ n±2 2¿ = r¡ ¸k + n° ¿ + n±2 2¿ , temos = P1 n=0 e¡¸0¿(¸ 0¿ )n n! £ StN (d01)¡ Ke¡^rn¿N (d02) ¤ , usando d1 e d2 do lema 2.4.4:

(14)

d1 = log St K + ³ rn¡ ¾ 2 2 ´ ¿ + ¾2n¿ ¾np¿ mas como, ¾2 n = ¾2+ n±2 ¿ () ¾ 2 = ¾2 n¡ n±2 ¿ e µ rn¡ ¾2 2 ¶ ¿ = rn¿¡ 1 2 µ ¾2n¡ n±2 ¿ ¶ ¿ = µ rn+ n±2 2¿ ¶ ¿¡1 2¾ 2 n¿ = µ ^ rn¡ 1 2¾ 2 n ¶ ¿ no que resulta em , d01 = log St K + ^rn¿ ¡ ¾2 n 2 ¿ + ¾ 2 n¿ ¾np¿ = logSt K + ³ ^ rn+ ¾ 2 n 2 ´ ¿ ¾np¿ e d2 = log St K + ³ rn¡ ¾ 2 2 ´ ¿ ¾np¿ , mas usando µ rn¡ ¾2 2 ¶ ¿ = µ ^ rn¡ 1 2¾ 2 n ¶ ¿ d0 2 = log St K + ³ ^ rn¡ ¾ 2 n 2 ´ ¿ ¾np¿ ¤

Com isto demonstramos que o preço de uma opção européia de compra sobre um ativo que segue um processo de difusão com saltos tem a seguinte representação : Ct = 1 P n=0 e¡¸0¿(¸0¿ ) n n! 8 < :StN 2 4log St K + ³ ^ rn+ ¾2 n 2 ´ ¿ ¾np¿ 3 5 ¡ K e¡^rn¿N 2 4log St K + ³ ^ rn¡ ¾2 n 2 ´ ¿ ¾np¿ 3 5 9 = ;

(15)

(9) onde ¸0 = ¸ (1 + k) ¾2 n= ¾2+ n±2 ¿ ^ rn = r¡ ¸k + n° ¿ + n±2 2¿ Ainda de forma mais simpli…cada:

Ct= 1 P n=0 e¡¸0¿(¸ 0¿ )n n! BS (St; ¿ ; K; ^rn; ¾ 2 n) . (10)

BS (¢) representa a fórmula de Black-Scholes para os parâmetros ajus-tados ^rn e ¾2n . Fica claro que se trata de uma somatória in…nita de opções

ponderadas pela probabilidade de cada um dos n possíveis saltos ocorrerem durante o período ¿ .

Observação 2.4.5 Merton [1976], não chega à mesma representação acima, pois o ajuste n±

2

2¿ não é incorporado a rn. Vários trabalhos subse-quentes não incorporam esta correção. Somente na literatura mais recente ^rn

vem representado da forma correta , sem que nenhuma demonstração formal da necessidade do ajuste seja apresentada .

2.5 Ilustração Numérica

Na tabela abaixo computamos os preços de opções usando os resultados da equação (10) obtidos na secção anterior8, variando ¸, °, ± e ¾ , mantendo

St= 100, K = 100, r = 0:18, e ¿ = 0:5 …xos.

8Devemos salientar contudo, que se utilizarmos a formula de Black -Scholes , a título

de comparação de resultados, precisamos calcular ¾ ·

lnST St

¸

assumindo que Stsegue um

processo de difusão com saltos: V ar · lnST St ¸ = V ar [¾w¿] + V ar £ ln Yn(¿ ) ¤ onde Yn(¿ ) =

(16)

Tabela 1. Opções de Compra

Preços computados utilizando a equação (10) da secção 1.4

¸ (°; ±) ¾ = 0:10 ¾ = 0:25 0.5 (0; 0:10) 9.31 12.19 0.5 (¡0:15; 0:30) 11.81 14.06 1 (0; 0:10) 9.69 12.47 1 (¡0:15; 0:30) 14.31 16.06 2 (0; 10) 10.41 13.03 2 (¡0:15; 0:30) 18.46 19.67 4 (0; 0:10) 11.74 14.09 4 (¡0:15; 0:30) 24.79 25.66 8 (0; 0:10) 14.08 16.02 8 (¡0:15; 0:30) 34.27 34.90 16 (0; 0:10) 17.88 19.36 16 (¡0:15; 0:30) 48.00 48.38

Um dos resultados interessantes que extraímos analisando a Tabela 1, consiste na predominância do efeito dos saltos no apreçamento das opções de compra, quando a intensidade do processo de Poisson que rege os saltos é elevada. Na presença de muitos saltos notamos que o preços das duas opções convergem, principalmente quando a volatilidade do tamanho do salto é grande, apesar da volatilidade difusiva da segunda coluna ser duas vezes e meia o da primeira coluna.

Em outras palavras num ambiente em que os preços dos ativos sofrem descontinuidades frequentes e voláteis, o efeito difusivo tende a ser dominado

n(¿ )Q i=1 Yi . Mas se n P i=1 (Yi¡ 1) » N ¡

n°; n±2¢condicionada a n(t) = n , teremos portanto, V ar£ln Yn(¿ ) ¤ = Eh¡ln Yn(¿ ) ¢2i ¡ E£ln Yn(¿ ) ¤2 V ar£ln Yn(¿ ) ¤ = Eh¡ln Yn(¿ ) ¢2 j ni¡ (¸¿ °)2 = E£n(¿ ) ±2+ n(¿ ) °2¤¡ (¸¿ °)2 = ±2¸¿ + °2¡¸¿ + ¸2¿2¢¡ (¸¿ °)2 = ¸¡°2+ ±2¢ ¿() V ar · lnST St ¸ =£¾2+ ¸¡°2+ ±2¢¤ ¿ :

(17)

pelo efeito dos saltos, sugerindo que a utilização do modelo de Black-Scholes, da forma ”tradicional”, onde os efeitos de grandes saltos históricos são ex-purgados ou ”suavizados” exponencialmente na apuração da volatilidade, não considerando os ajustes demandados pela nota acima, pode levar ao apreça-mento incorreto das opções. Esta conlusão é particularmente interessante para os mercados pouco líquidos e sujeitos a frequentes choques não anteci-pados de informações, características estas, típicas dos mercados emergentes.

(18)

3. Apreçamento de Derivativos com

Descon-tinuidades e Transições nos Regimes de

Volatil-idade

Nesta secção desenvolveremos modelos visando incorporar o impacto de transições nos regimes de volatilidade . Neste contexto originalmente pro-posto por Vasanttilak Naik 9, as trocas nos regimes de volatilidade

determi-nam saltos (ou não, como veremos mais adiante) nas trajetórias dos preços dos ativos. Os saltos por sua vez podem ser idiossincráticos ou sistemáticos, gerando assim vários cenários ou ambientes de modelagem alternativos de modelagem dos ativos e apreçamento dos seus derivativos.

3.1 O Processo Dinâmico da Volatilidade

Assumimos que o processo de f¾tg é de…nido por uma cadeia de Markov

com dois estados, ¾h e ¾l ,com a matriz in…nitesimal,

A= ·

¡¹ ¹

º ¡º ¸

, e P(t) a matriz de transição da cadeia de Markov no tempo t.

Proposição 3.1.1 Seja A , a matriz in…nitesimal de uma cadeia de Markov , então P(¢t) = eA¢t= I + ¢tA+ o(¢t).

Prova: A.3.1.1

Os parâmetros ¹ e º determinam a probabilidade de transição do regime de volatilidade num pequeno período ¢t. Se no tempo t, ¾t = ¾h temos

com probabilidade ¹¢t que ¾t+¢t = ¾l , e com probabilidade 1 ¡ ¹¢t que

¾t+¢t= ¾h, formalizando,

Prt+¢t= ¾lj ¾t= ¾hg = ¹¢t Prf¾t+¢t= ¾h j ¾t= ¾hg = 1¡¹¢t

(19)

Prt+¢t= ¾h j ¾t = ¾lg = º¢t Prf¾t+¢t = ¾l j ¾t = ¾lg = 1¡º¢t

Sendo N (t) um processo de contagem de saltos que ocorrem toda vez que o regime de volatilidade transita de regime, este processo pontual tem portanto sua intensidade medida por ¸(t) = ¸(¾) onde ,

· ¸(¾h) ¸(¾l) ¸ = · ¹ º ¸

Portanto concluímos que a intensidade do processo pontual N (t) , de-pende do estado em que se encontra f¾tg imediatamente antes da ocorrência

do salto.

3.2 A Dinâmica dos Ativos

No capítulo anterior vimos que a trajetória de St num processo difusivo

com saltos, agora com volatilidade estocástica, pode ser representada por: St = S0e¹t¡ 1 2 Rt 0¾ 2 sds + Rt 0¾sdws N (t)Q i=0 exi onde Y (t) =exi. (11)

Isto como vimos resulta na seguinte EDE: dSt St = ®dt + ¾tdwt+ [Y (t)¡ 1]dqt e como EQ £ e¡r(T ¡t)ST j St ¤ = St , o que equivale em Q a dSt St = rdt + ¾td ^wt+ [Y (t)¡ 1]dqt 10 10Se

f¸(t)g é a intensidade estocástica de fN(t)g , então q(t) =nN(t)¡R0t¸(s) dso é um martingale , pois Et[N (t + ¢t)] = Et[N (t) + N (¢t)] = N (t) + Et[N (¢t)] = N (t) + Rt+¢t t ¸(s) ds e se …zermos q(¢t) = N (¢t) ¡ Rt+¢t t ¸(s) ds Et[q(t + ¢t)] = q(t) +Rtt+¢t¸(s) ds¡Rtt+¢t¸(s) ds = q(t)() fq(t)g é um martingale.

(20)

dSt

St

= rdt + ¾td ^wt+ [Y (t)¡ 1][dN(t) ¡ ^¸(t)dt]. (12)

Observação 3.2.1 A variável fY (t) ¡ 1g pode por sua vez , como já in-dicamos, relacionar o tamanho do salto à transição do regime de volatilidade. Ou seja, se relacionarmos diretamente Y (t) a ¾(t), Y (t) poderá assumir dois valores, Y (t) = · Y (h) Y (l) ¸ onde eventualmente [Y (l) ¡ 1] < 0 < [Y (h) ¡ 1]

Neste caso [Y (h) ¡ 1] mede o salto percentual no preço quando o regime de volatilidade transitar do estado alto para o estado baixo, e [Y (l) ¡ 1] equivalentemente do baixo para o alto.

3.3 Prêmios de Risco e a Derivada de Radon-Nykodym

Se a mudança no nível de volatilidade do ativo, que determina um salto ou uma discontinuidade no processo de preços deste mesmo ativo, for correla-cionado a mudança na volatilidade do mercado como um todo e portanto não diversi…cável, um premio de risco ¼j deve ser considerado na formulação ao

processo da dinâmica Q do ativo .

Proposicão 3.3.1 Sejam fWtg e fqtg dois processos estocásticos não

correlacionados , preci…cados e presentes na dinâmica, dSt St

= ®dt + ¾tdwt+

(Yt¡ 1) dqt. A condição de não arbitragem em Q somente sera preservada

se r = ® ¡ ¾t¼d(t)¡ (Yt¡ 1) ¼j(t) . Prova: Em Q, dSt St = rdtou, EtQ · dSt St ¸ = EtQ[®dt + ¾tdwt+ (Yt¡ 1) dqt] = rdt e fazendo

(21)

d ^wt = dwt+ ¼d(t)dt e d^qt = dqt+ ¼j(t)dt EtQ · dSt St ¸ = EtQf®dt + ¾t[d ^wt¡ ¼d(t)] + (Yt¡ 1) [d^qt¡ ¼j(t)]g = EtQf[® ¡ ¼d(t)¾t¡ ¼j(t) (Yt¡ 1)]dt + ¾td ^wt+ (Yt¡ 1) d^qtg = rdt () ® ¡ ¼d(t)¾t¡ ¼j(t) (Yt¡ 1) = r sendo EtQ £ e¡r(¢t)S t+¢t ¤ = St , portanto um martingale.

Em nosso processo pontual qt =

n

N (t)¡R0t¸(s) dso o ajuste ao risco pode ser representado por,

^ qt = n N (t)¡R0t¸(s) ds +R0t¸(s)¼j(s) ds o = N (t)¡R0t¸(s)[(1 + ¼j(s)] ds = N (t)¡R0t¸(s)[(1 + ¼^ j(s)] ds onde ^¸(s) = ¸(s)[(1 + ¼j(s)].

Como no caso difusivo, »j = dP

dQ representa a derivada de Radon-Nykodym, num processo pontual onde ¸(s) = ¸ , ¼j(s) = ¼j temos,

»j = P[N (t) = n] Q[N (t) = n] = e¡¸t(¸t) n n! e¡^¸t ³ ^ ¸t ´n n! = e ¡¸t(¸t)n e¡^¸t³^¸t´n = e¡(¸¡^¸)t µ ¸ ^ ¸ ¶n = e¡(¸¡^¸)telog(¸ ^ ¸) n = e¡(¸¡^¸)ten log(¸ ^ ¸)

= e¡(¸¡^¸+¸¼j)t+n[log ¸¡log ¸+log(1+¼j)]= e¡¸¼jt+n log(1+¼j)

no que implica para ¸(s) e ¼j(s) agora como processos em,

»j(T ¡ t) = e¡RtT¸(s)¼j(s)ds+

RT

(22)

Com posse de »j(T¡t) e »d(T¡t), obtida anteriormente podemos obter a derivada de Radon-Nykodym do processo de difusão com saltos, »d j(T¡t) = »d(T ¡ t) »j(T ¡ t), resultando em, »d j(T ¡ t) = eRtT¼d(s)dw(s)¡12 RT t ¼ 2 d(s)ds¡ RT t ¸(s)¼j(s)ds+ RT t log(1+¼j(s))dN (s) (14)

O parágrafo acima nos leva ao teorema de representação de martingale enunciado na proposição que segue abaixo.

Proposição 3.3.2 Para todo martingale M (t) 2 L2 , 0 6 t · T adaptado a …ltração browniana z e a …ltração de Poisson ©, existem processos, ¼d(s) e ¼j(s) tais que:

M (T ¡ t) = M(t) +RtT ¼d(s)dw(s) +

RT

t ¼j(s)dq(s) ,

onde q(t) = N (t) ¡RtT ¸(s)ds

Prova: Ver Bremaud [1981]

Usando a Proposição 3.3.2 podemos representar a dinâmica de »(t) como uma combinação linear dos dois processos dos premios de risco, f¼d(t)g e

f¼j(t)g,

» = ¼d(t) dw(t) + ¼j(t)[dN (t)¡ ¸(t)dt]: (15)

Com o desenvolvido acima temos os elementos para apreçar no tempo t, um ”pay-o¤”, g(ST), onde g 2 L1loc e ST é descrito por um processo

difusivo com saltos. Respeitando as condições de equilíbrio dadas nas secções anteriores temos, Ctg = e¡r(T ¡t)E Q t [g(ST)j St= S] = e¡r(T ¡t)Et £ »d j(T ¡ t)g(ST) ¤ . (16) Os pontos explorados até agora nos permitem proceder a especi…cação dos vários modelos que resultam de um processo com transições nos regimes de volatilidade.

(23)

3.4 Apreçamento de Derivativos com Transições no Regime de Volatilidade

Neste caso a volatilidade transita pelos dois estados de…nidos pela cadeia de Markov, sem gerar discontinuidades no momento da transição. Neste caso o processo do ativo segue sendo representado por uma EDE puramente difusiva,

dSt

St

= ®dt + ¾tdwt , onde o processo f¾tg é de…nido pela matriz

in…nitesimal, A = · ¡¹ ¹ º ¡º ¸ .

Nota-se que neste caso especí…co, Y (t) = ex(t) = 1

() x(t) = 0 , o que de…ne a continuidade do processo, e as transições de volatilidade sendo consideradas idiossincráticas, fazem com que o risco de mudança no seu regime não seja premiado, ¼¾(t) = 0. As proposições seguintes formalizam

as condições do apreçamento de não arbitragem.

Proposição 3.4.1 Seja ¿h(t) , 0· ¿h · T , a variável aleatória que

representa o tempo de ocupação do estado ¾h de um processo governado pela

matriz A . A distribuição de ¿h(T ¡ t) = ¿ é dada por:

f (¿j ¾h)= e[¡¹¿ ¡º(T ¡t¡¿)]f±0(T ¡ t ¡ ¿) + gh(¿ )I1[2h(¿ )] + ¹I0[2h(¿ )]g (17) onde, h(¿ ) = [¹º¿ (T ¡ t ¡ ¿)]12 , gh(¿ ) = · ¹º¿ (T ¡ t ¡ ¿) ¸1 2 , ±0(¿ ) = lim"!0 1 "[H(¿ )¡ H(¿ ¡ ")] e I1(¿ ) = 1 P j=0 ¡1 2¿ ¢2j+1 j!(j + 1)!

(24)

Prova: A.3.4.1

Proposição 3.4.2 Seja o processo de St contínuo com mudanças de

volatilidade idiossincráticas. O preço de uma opção de compra com preço de exercício K, e vencimento T ,localizada espaço-temporalmente em (S; ¾t; t),

pode ser denotado por: C(S; ¾h; t) = Z T ¡t 0 BS " S; K; r; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# f (¿j ¾h) d¿ (18), onde, BS " S; K; r; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# = SN (d1)¡ e¡r(T ¡t)KN (d2) , d1 = log S K + " r + 1 2 µ s(¿ ) T ¡ t ¶1 2 # (T ¡ t) µ s(¿ ) T ¡ t ¶1 2 p (T ¡ t) , d2 = d1¡ µ s(¿ ) T ¡ t ¶1 2 p (T ¡ t), com s(¿ ) = ¾2 h¿ + ¾2l (T ¡ t ¡ ¿ ) Prova: Seja dSt St = ®dt + ¾tdwt , ¾t2 f¾h; ¾lg e C(St; K; r; T; ¾t= ¾h; t) = EQt [C(ST; K; r; T ¡ T; ¾T)] e¡r(T ¡t) = e¡r(T ¡t)EQt ·³ Ste®(T ¡t)¡ 1 2 RT¡t 0 ¾ 2 sds + RT¡t 0 ¾sdws ¡ K ´+¸

(25)

= e¡r(T ¡t)E t ·³ Ster(T ¡t)¡ 1 2 RT¡t 0 ¾2sds + RT¡t 0 ¾sdws¡ K ´+ j ¾t = ¾h ¸ = e¡r(T ¡t)E t[²] . Como, Z T t ¾2sds = Z 0·s·T ¡t ¾2sds = Z 0·s·T ¡t ¾2s ¡ 1x=¾hg+ 1f¾x=¾lg ¢ ds = = ¾2 h Z T t 1x=¾hgds+¾ 2 l Z T t 1x=¾lgds = ¾ 2 h Z T t ¿h(x)dx+¾2l Z T t ¿l(s)ds = ¾2 h¿h+ ¾2l ¿l , mas como ¿l = (T ¡ t ¡ ¿h) , Z T t ¾2sds = ¾2h¿h+ ¾2l(T ¡ t ¡ ¿h) = s(¿ ) .

A variável aleatória ¿h corresponde ao tempo de permanência do estado

¾h durante o intervalo T ¡ t. Como em nosso caso a v.a.

nRT t ¾ 2 sds o é uma função de f¿h(T¡ t)g , usando a sua densidade f(¿ j ¾h), para ¿h(T¡ t) = ¿

e s(¿ ) , podemos calcular a esperança Et[²] acima usando uma vez mais a

solução de Black-Scholes : C(S; t; ¾h) = e¡r(T ¡t)Et[²] = = e¡r(T ¡t) Z T ¡t 0 Z +1 ¡1 · Ste(r(T ¡t)¡ 1 2 s(¿ ) T¡t)(T ¡t) +( S(¿ ) T¡t) 1 2p T ¡t z¡ K ¸+ '(z) dz f (¿j ¾h) d¿ onde z » N(0; 1) e Á(z) = p1 2¼e ¡1 2z 2 .

(26)

Como já vimos, a integral interior é iqual a BS " S; K; r; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# , tendo portanto: C(S; t; ¾h) = Z T ¡t 0 BS " S; K; r; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# f (¿h) d¿ 3.4.1 Ilustração Numérica

Com o intuito de apresentar um exemplo aplicado da equação (18), ap-resentamos na Tabela 2 abaixo os preços de opções de compra européias calculados para os parâmetros …xos, S = 100,K = 100, r = 0:19, ¾h = 0:25,

¾l = 0:10, e ¾t= ¾h. Por outro lado variamos as intensidades in…nitesimais

¹ e º, veri…cando assim a sua sensibilidade no apreçamento das opções. Tabela 2. Opções de Compra

Preços computados utilizando a equação (18) da secção 3.4

¹ = x 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 º = 2 11.77 11.59 11.43 11.29 11.17 11.06 10.96 º = y 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 ¹ = 2 11.32 11.38 11.43 11.48 11.52 11.56 11.59

Observação 3.4.1.1 No caso acima o estado inicial, ¾t = ¾h. Notamos

de imediato que @C

@¹ < 0 , pois a permanência em ¾h diminue na medida em que ¹ cresce. Por outro lado @C

@º > 0 , dado que um º maior equivale uma taxa de transição maior do regime de volatilidade para o estado alto, ¾h

(27)

3.5 Preci…cando o Risco de Troca de Regime de Volatilidade Como vimos na secção 3.2, ¸(t) deve ser corrigido neste caso pelo fator de ajuste ao risco 1 + ¼¾(t), que equivale na medida Q ,

^ ¸(t) = · ¸(¾h)[1 + ¼¾(h)] ¸(¾l)[1 + ¼¾(l)] ¸ = · ¹[1 + ¼¾(h)] º[1 + ¼¾(l)] ¸ = · ^ ¹ ^ º ¸

que resulta na matriz in…nitesimal ^A,

^ A= · ¡¹[1 + ¼¾(h)] ¹[1 + ¼¾(h)] º[1 + ¼¾(l)] ¡º[1 + ¼¾(l)] ¸ = · ¡^¹ ¹^ ^ º ¡^º ¸ (19)

Desta forma, quando o risco de mudança sistemático no regime de volatil-idade é preci…cado, usamos os elementos não diagonais da matriz de ^A, ou seja, ^¹e ^º para o cálculo da densidade ^f [¿ (T ¡ t)j¾h] , que resulta em:

^ f (¿j ¾h)= e[¡^¹¿ ¡^º(T ¡t¡¿)]f±0(T ¡ t ¡ ¿) + gh(¿ )I1[2h(¿ )] + ^¹I0[2h(¿ )]g (20) onde, h(¿ ) = [^¹^º¿ (T ¡ t ¡ ¿)]12 , gh(¿ ) = · ^ ¹^º¿ (T ¡ t ¡ ¿) ¸1 2 , ±0(¿ ) = lim"!0 1 "[H(¿ )¡ H(¿ ¡ ")] e I1(¿ ) = 1 P j=0 ¡1 2¿ ¢2j+1 j!(j + 1)!

Proposição 3.5.1 Seja o processo de St , contínuo com mudanças de

volatilidade sistêmicas. Podemos então representar o preço de uma opção de compra com o preço de exercício K, e vencimento T , em (S; ¾h; t) por:

C(S; ¾h; t) = E Q

(28)

= Z T ¡t 0 BS " S; K; r; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# ^ f (¿h) d¿ , (21) onde, dQ = dP

»d¾ , ou seja, a medida ajustada a ambos os riscos, difusivo e de regime de volatilidade.

Prova: Decorre imediatamente usando as proposições 3.3.1, 3.4.1 e 3.4.2

Podemos agora generalizar as representações anteriores para outros tipos de ”pay-o¤”.

Proposição 3.5.2 Seja o processo de St contínuo e g(St) uma função

”pay-o¤” como vimos acima, e tendo ¼¾(t) = Y (t) = 0 . O derivativo

Cg(S; ¾h; t) é dado por : Cg(S; ¾ h; t) = = Z T ¡t 0 Z +1 ¡1 g · Ste(r(T ¡t)¡ 1 2 s(¿ ) T¡t)(T ¡t) +( S(¿ ) T¡t) 1 2pT ¡t z¸ '(z) dz f (¿j ¾h) d¿ (22) onde z » N(0; 1) e Á(z) = p1 2¼e ¡1 2z 2 ; e em caso de mudanças sistemáticas no regime de volatilidade com ¼¾(t)6= 0 e Y (t) = 0, temos:

Cg(S; ¾ h; t) = = Z T ¡t 0 Z +1 ¡1 g · Ste(r(T ¡t)¡ 1 2 s(¿ ) T¡t)(T ¡t) +( S(¿ ) T¡t) 1 2p T ¡t z ¸ '(z) dz ^f (¿j ¾h) d¿ (23) Prova: Decorre imediatamente usando a equação (21) na generalização da proposição 3.5.1

(29)

3.6 Apreçamento de Derivativos com Saltos Idiossincráticos e Transições Assistemáticas no Regime de Volatilidade

Neste modelo, os saltos, apesar de estarem presentes nas trajetórias dos preços dos ativos, não estão correlacionados com as as mudanças nos níveis de volatilidade dos processos. Temos portanto que Y (t) 6= 0 e ¼¾(t) = 0

pois assume-se que as transições de volatilidade não são sistemáticas.

Combinando o que desenvolvemos nos ítens anteriores, enunciamos a seguinte proposição:

Proposição 3.6.1 Seja o processo de St discontínuo, com saltos e

mu-danças de volatilidade idiossincráticos. Podemos então representar o preço de uma opçaõ de compra , com preço de exercício K , e vencimento T , na localização espaço-tempo (S; ¾h; t) por:

C(S; ¾h; t) = 1 P n=0 e¡¸0¿(¸0¿ ) n n! Z T ¡t 0 BS " S; K; ^rn; T ¡ t; sµ sn(¿ ) T ¡ t ¶# f (¿h) d¿ (24) onde ¸0 = ¸ (1 + k) sn(¿ ) = s(¿ ) + n±2 ^ rn = r¡ ¸k + n° T ¡ t + n±2 2 (T ¡ t) ,

com f (¿ j¾h) de…nida pela equação (20), e os parâmetros restantes seguindo

as de…nição anteriores .

Prova: Usando as equações (10) e (18) da secções 2.4 e 3.4.2 respecti-vamente, obtemos: C(S; ¾h; t) = E ( 1 P n=0 e¡¸0¿(¸0¿ ) n n! BS " S; K; ^rn; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶#) ,

(30)

e sendo f (¿ j¾h) a distribuição de f¿ j ¾hg, como vimos na Proposição 3.4.1, resulta que , C(S; ¾h; t) = 1 P n=0 e¡¸0¿(¸0¿ ) n n! Z T ¡t 0 BS " S; K; ^rn; T ¡ t; sµ sn(¿ ) T ¡ t ¶# f (¿h) d¿

3.7 Apreçamento de Derivativos com Saltos Idiossincráticos e Mudanças Sistemáticas na Volatilidade

Este cenário difere do anterior, na medida em que, as mudanças nos níveis de volatilidade comandam um prêmio ajustado ao risco, dado que a mudança no regime de volatilidade não é diversi…cável. Aqui Y (t) 6= 0 e ¼¾(t)6= 0.

Proposição 3.7.1 Seja o processo de St descontínuo, com saltos

idioss-incráticos e mudanças de volatilidade sistemáticas. Podemos então repre-sentar o preço de uma opção de compra , com preço de exercício K , e vencimento T , na localização espaço-tempo (S; ¾h; t) por:

C(S; ¾h; t) = 1 P n=0 e¡¸0¿(¸ 0¿ )n n! Z T ¡t 0 BS " S; K; ^rn; T ¡ t; sµ s(¿ ) T ¡ t ¶# ^ f (¿h) d¿ (25) onde f (¿^ h) é dada pela equação (20) e os outros parâmetros pelas

de…nições anteriores.

(31)

3.8 Apreçamento de Derivativos com Saltos nas Mudanças de Regime de Volatilidade

Nestas condições, já previstas na observação 3.2.1, podemos denotar o valor de uma opção de compra utlizando a esperança representada pela equação (16) da secção 3.3, através da proposição abaixo.

Proposição 3.8.1 Sejam os saltos nos preços de um ativo determinados pelas transições nos regimes de volatilidade. Podemos então representar o preço de uma opçâo de compra , com preço de exercício K , e vencimento T , na localização espaço-tempo (S; ¾h; t) por:

C(S; ¾h; t) = = er(T ¡t)EQ t nh Ster(T ¡t)¡ 1 2 RT t ¾ 2 sds + RT t ¾sd ^ws+ RT t (log Ys) dNs¡ RT t ¸^s(Ys¡1)ds¡ K i +o (26) onde ^¸t= ¸[1 + ¼j(t)] e ¼j(t) = 0 se as mudanças do regime de

volatil-idade forem idiossincráticas e ¼j(t)6= 0 caso contrário. Prova:

Para que EtQ[C(ST)j St]seja um martingale, EtQ[C(ST)j St] = C(St); e

como vimos em (12) a dinâmica Q , dSt

St

= [r¡ ^¸t(Yt¡ 1)]dt + ¾td ^wt+ (Yt¡ 1)dNt , no que implica, como já

vimos acima em, ST = Ster(T ¡t)¡ 1 2 RT t ¾2sds + RT t ¾sd ^ws+ RT t (log Ys) dNs¡ RT t ¸^s(Ys¡1)ds . Logo, EtQ[C(ST)j St] = C(S; ¾h; t) = = er(T ¡t)EtQ nh Ster(T ¡t)¡ 1 2 RT t ¾ 2 sds + RT t ¾sd ^ws+ RT t (log Ys) dNs¡ RT t ¸^s(Ys¡1)ds¡ K i +o

(32)

3.8.1 Ilustração Numérica

A esperança EtQ[g(ST)j St] , onde g(ST) = max[ST ¡ K; 0] , é resolvida

por meio de um método númerico. Se discretizamos C(St; ¾t; t) a esperança

acima pode ser escrita recursivamente como,

C(St; ¾t; t) = er(¢t)EtQ[C(St+¢t; ¾t+¢t; t + ¢t)j St; ¾t] .

Isto implica que o processo discretizado de St pode ser representado por,

St+¢t = Ste[r¡ 1 2¾ 2 t¡^¸t(Yt¡1)]¢t +¾t p ¢t"t+¢t+(log Yt) ³t+¢t = Ste[r¡ 1 2¾ 2 t¡^¸t(Yt¡1)]¢t +¾tp¢t"t+¢tY t³t+¢t ,

onde "t+¢t = f+1; ¡1g com probabilidades iguais e ³t+¢t = f1; 0g com

probabilidades fº¢t; 1 ¡ º¢tg se ¾t= ¾l, ouf¹¢t; 1 ¡ ¹¢tg se ¾t= ¾h .

Utilizando uma árvore quadrinomial, uma vez que temos quatro estados possíveis para cada nó St+¢tna árvore, dados por St+¢t2

© S¾ul; S u ¾h; S d ¾l; S d ¾h ª , obtemos uma aproximação assintótica à equação (26) obtida na secção 3.8.

Com o método proposto calculamos a título ilustrativo o preço de uma opção de compra com K = 100 , ¢t = 7

365 , T ¡ t = 42

365 , r = 0:19 , ¾h = 0:25 , Y (h) = 1:075 , Y (l) = 0:925 , ¾l = 0:10, ¼j(t) = 0 . A Tabela 3

abaixo resume os resultados.

Tabela 3Preços de Opções de Compra Européias

Com saltos determinados determinados por mudanças idiossincráticas no regime de volatilidade

St ¾t Média Transitoriedade Alta Transitoriedade

f¹ = 4; º = 2g f¹ = 8; º = 4g 90 :10 .02 .04 90 :25 .59 .65 100 :10 3.04 3.64 100 :25 4.36 4.54 110 :10 11.78 11.93 110 :25 11.63 11.96

(33)

Observação 3.8.1.1 No caso de existencia de tres estados de

volatili-dade, ¾t+¢t2 f¾l; ¾m; ¾hg com seis saltos diferentes Yt2 fYlh; Ylm; Ymh; Yml; Yhm; Yhl;g

, podemos utilizar uma árvore hexanomial onde cada galho corresponde a um dos seis estados possíveis St+¢t 2

© Su ¾l; S u ¾m; S u ¾h; S d ¾l; S d ¾mS d ¾h ª . Neste caso utilizamos uma matriz in…nitesimal, A[3;3], do tipo,

A[3;3] = 2 4 ¡(a + b)c ¡(c + d)a db e f ¡(e + f) 3 5

Com a matriz A[3;3] calculamos de forma análoga o vetor de

probabili-dades dos estados na cadeia no tempo t , p(t + ¢t) , a saber,

ph(t + ¢t) = 2 4 1¡ (a + b)¢ta¢t b¢t 3 5 , pm(t + ¢t) = 2 4 1¡ (c + d)¢tc¢t d¢t 3 5 , pl(t + ¢t) = 2 4 f ¢te¢t 1¡ (e + f)¢t 3 5 .

Nota-se que a generalização é imediata para ¾t2 f¾1; ¾2; :::; ¾ng ,

pagando-se no entanto um preço computacional elevado.

Observação 3.8.1.2 Os saltos Yt não necessitam ser determinísticos.

Podemos assumir que os saltos são resultados de um sorteio de uma var-iável aleatória com distribuição 'j(Yt) , que ocorre sempre que temos uma

mudança no regime de volatilidade , por sua vez determinada pela matriz in…nitesimal A[n;n]. Neste caso um grande número · de árvores seriam

ger-adas, onde em cada delas teriamos um sorteio de 'j(Yt) , j 2 f1; :::; mg

correspondendo a Yt 2 fY1; :::Ymg, em cada galho da árvore onde um salto

ocorre.

Generalizando o que acima propusemos, representamos o preço de nossa opção usual pelo limite,

(34)

Cmc(St; ¾t; t) = lim·!1 1 · · P i=1 Ci[St; ¾t; t;fYsg; f'j(Ys)g] , (27) onde Ys2 fY1; :::Ymg e 'j(Ys) , j 2 f1; :::; mg .

(35)

4. Conclusões

Neste trabalho tivemos a oportunidade de explorar algumas das possi-bilidades que se apresentam na modelagem das discontinuidades pontuais nas trajetórias dos preços dos ativos e no apreçamento de seus derivativos. Extendemos nossa análise ao universo da volatilidade estocástica, na forma de regimes de volatilidade que transitam através de uma cadeia de Markov, apresentando ao mesmo tempo alternativas teóricas para o apreçamento dos ativos derivados.

Chegamos também a conjugar os efeitos dos saltos aos da volatilidade estocástica, permitindo a ambos fenômenos que se combinassem de formas diferentes. Tal postura se fundamenta no princípio cientifíco que postula a supremacia da realidade, ou seja, parte do pressuposto que os modelos teóricos devem se adequar à realidade, e não impor um comportamento pre-determinado ao mercado e seus agentes.

Percebemos no entanto, que a multiplicidade de modelos que resultam da forma como os saltos e a volatilidade estocástica são de…nidos, conju-gados e preci…cados, implicam em diferenças signi…cativas no apreçamento dos ativos derivados. Faz-se portanto necessário, num segundo passo, um ajuste econométrico de cada um dos modelos, para que a performance dos mesmos possa ser veri…cada e comparada. Sugerimos também que, numa etapa posterior, o desempenhos dos modelos acima quando comparados aos dos modelos mais simples, comumente utilizados pelo mercado para a avali-ação e gerenciamento de carteiras e posições de derivativos, sejam avaliados, possibilitando assim uma mensuração mais objetiva de sua e…cácia.

Finalmente salientamos nosso interesse e curiosidade nos resultados de uma análise, análoga a que ora apresentamos, aos mercados de renda …xa e seus derivativos.

(36)

5. Apêndice

A.2.1 dSt St = ¹tdt + ¾tdwt , assumindo ¹t = ¹ e ¾t= ¾ Z t 0 dSt St = ¹t + ¾wt e w0 = 0. Como Z t 0 dSt St = ln St , e usando o lema de Itô, d(ln St) = @ ln St @St dSt+ @ ln St @t + 1 2 @2ln S t @S2 t (dSt)2 = 1 St dSt¡ 1 2S2 t (dSt)2 = dSt St ¡ 1 2S2 t £ (¹Stdt)2+ 2¹StdtSt¾dwt+ (St¾dwt)2 ¤ = dSt St ¡ 1 2S2 t S2 t¾2dt = dSt St ¡ 1 2¾ 2dt () ln SSt 0 = µ ¹¡ 1 2¾ 2 ¶ t + ¾wt ; o

que nos permite concluir, St = S0e(¹¡

1 2¾

2)t+¾w

t , e generalizando para ¹

te ¾tnão constantes temos,

St = S0e Rt 0¹sds¡12 Rt 0¾ 2 sds+ Rt 0¾sdws A.2.2 Asummindo ¹t = ¹ e ¾t= ¾ e rt= r dSt St = ¹dt + ¾dwt e Dt= e¡rtSt portanto, dDt = e¡rtdSt¡ re¡rtdtSt

(37)

= Dt St dSt¡ rDtdt = Dt µ dSt St ¡ rdt ¶ = Dt[(¹¡ r) dt + ¾dwt] = ¾Dt ·µ ¹¡ r ¾ ¶ dt + dwt ¸ , onde ¼ = ¹¡ r ¾ = ¾Dt(¼dt + dwt) , fazendo wt¼ = wt+ ¼t = ¾Dtdw¼t () dDt Dt = ¾dw¼ t () E Q t [Dt+¢t] = Dt . Alternativamente

utilizando o teorema de Girsanov com, dQ dP(!) = »t= e Rt 0¼sdws¡ 1 2 Rt 0¼ 2 sds , e tendo ¼ t = ¼ , = »t= e¼wt¡12¼2t() Q(!) = Z ­ »tdP(!) = = p1 2¼t Z 1 ¡1 e¼wt¡12¼2e¡ 1 2 · (wt¡¹t)2 ¾2t ¸ dwt = 1

Assim construindo um Q-martingale para o processo descontado Dt ,

EQ

u [Dtj Su] = Su , para todo t > u, no no que resulta em EuQ[e¡rtj Su] =

Su .

Isto nos permite dizer que se St segue na dinâmica P a EDE,

dSt St = ¹dt + ¾dwt e como vimos ¼ = ¹¡ r ¾ , temos dw¼ t = dwt+ ¹¡ r ¾ dt() ¾dw ¼ t = ¾wt+ ¹dt¡ rdt () rdt + ¾dw¼

t = ¹dt + ¾wt , ou seja em Q-neutra ao risco

dSt St = rdt + ¾dw¼ t A.2.4.1 Sendo F (t; S) 2 C2, ¢F = F (t+¢t; S+¢S) e E t[¢F ] = E [¢Fj St= S]

(38)

E[dF ] = Ej [dF ] ¸dt + (1

¡ ¸dt)E [dF ] + o(dt) = E [dF ] + ¸dt (Ej [dF ]

¡ E [dF ]) + o(dt) ; e usando lema de Itô, i) E [dF ] = Ft+ ®FS+

1 2FSS¾

2; para a esperança composta,

ii) ¸dtEj[dF ] = ¸dtEj

½Z R fF [t + ¢t; S + ®¢t + ¾dw + g(a)] ¡ F (t; S)g p(a)da ¾ = ¸dt Z R fF [t; S + g(a)] ¡ F (t; S)g p(a)da ,

onde p(a) é a medida de probabilidadede a. Usando i) e ii) obtemos, dF = Ft+ FS® + 1 2FSS¾ 2+ ¸dt Z R fF [t; S + g(a)] ¡ F (t; S)g p(a)da , que equivale em nosso caso particular a:

dF = 12¾2S2Fss+ (r¡ ¸k) S Fs¡ F¿ + ¸ E [F (SY; ¿ )¡ F (S; ¿)] .

A.2.4.2

Decorre do uso do lema de Itô generalizado, formalizado pelo lema 2.4.1, no processo de difusão com saltos representado pela equação (3), na obtencão do Teorema de Feyman-Kac generalizado

A.3.1

Seja x(t) o estado ocupado no tempo t e ­ o espaço de estados f1; 2; ::; ng. De…nimos um processo de Markov de estados discretos e tempo contínuo,

quando temos um conjunto de funções pij(t)tal que, pij(t) = P [x(t + ¢t) = jj x(t) = i]

, satisfazendo: i) 0 · pij· 1 ; ii) pik(t) = n P j=1 pij(¢t)pik(t¡ ¢t) , para t > ¢t ; iii) n P j=1 pij(t) = 1 .

(39)

Em forma matricial temos ,

P(t + ¢t) = P(t)P(¢t) , para t; ¢t > 0 e P(0) = I . Sabemos também que,

1 = pii(¢t)+ n P j=1;j6=i pij(¢t) () 1 ¡ pii(¢t) = n P j=1;j6=i pij(¢t) e fazendo

¢t! 0 , dividindo por ¢t e usando os limites …nitos,

lim¢t!0 1¡ pii(¢t) ¢t = qii e lim¢t!0 pij(¢t) ¢t = qij , obtemos, qii = n P j=1;j6=i

qij , onde qij é a taxa de transição instantânea do estado i

para o

estado j, resultando em,

pij(¢t) = qij¢t + o(¢t) e pii(¢t) = 1 + qii¢t + o(¢t).

Podemos agora de…nir a matriz, A[n;n], de transição instantânea, ou

in-…nitesimal, A[n;n] = 2 6 6 4 ¡q11 q12 ::: q1n q21 ¡q22 ::: q2n ::: ::: ::: ::: qn1 qn2 ::: ¡qnn 3 7 7 5

Dado pij(t) = P [x(t) = jj x(0) = i], podemos escrever,

pik(t + ¢t) = pik(t) (1 + qkk¢t) + n P j=1;j6=k pij(t)qjk¢t + o(¢t). Logo: @pik(t) @t = n P j=1 pij(t) qjk , ou matricialmente, @P(t) @t = P(t)A = AP(t) , com a condição inicial P(0) = I .

(40)

Resolvendo a equação diferencial matricial ordinária e usando eA= P1 m=0 Am m! , obtemos, P(¢t) = eA¢t= I+ P1 m=1 Am(¢t)m m! ¼ I + ¢tA+ ¢t2A2 2 + ::: + ¢tmAm m! = I + ¢tA+ o(¢t)¼ I + ¢tA .

Em nosso caso especí…co com A = · ¡¹ ¹ º ¡º ¸ temos, P(¢t)¼ · 1 0 0 1 ¸ + · ¡¹¢t ¹¢t º¢t ¡º¢t ¸ = · 1¡ ¹¢t ¹¢t º¢t 1¡ º¢t ¸ ; e P(t + ¢t) = P(t)P(¢t) . A.3.4.1

Seja !(t) o estado ocupado no tempo t. Para calcular a distribuição de probabilidade de ¿ (t) , tempo de permanencia até t no estado i 2 ­ , dado por ­ = f1; 2; :::; i; :::; j; :::; ng, usamos a função geradora de ¿(t) ,

m (x; t) = E [e¡x¿t] = E£e¡x¿t1 f!t2 ­g ¤ = E · e¡x¿t n P i=1 1f!t= ig ¸ = n P i=1 E£e¡x¿t1 f!t= ig ¤ = n P i=1 mi(x; t).

Temos também que, mj(x; t + ¢t) = E £ e¡x¿t+¢t1 f!t+¢t=j g ¤ = E£e¡x¿t+¢t1 f!t+¢t=j g ¤ E£e¡x(¿t+¢twt)1 f!t+¢t=j g ¤ = E©E£e¡x(¿t+¢tw(t))1 f!t+¢t=j gj !t ¤ª

(41)

E©e¡x¿tE£e¡x¢twt1 f!t+¢t=j gj !t ¤ª = E©e¡x¿tE£e¡x¢tw(!t;j)1 f!t+¢t=j gj !t ¤ª E©e¡x¿te¡x¢tw(!t;j)E£1 f!t+¢t=j gj !t ¤ª ; como E£1f!t+¢t=j gj !t ¤ = P [!t+¢t= jj !t = i], mj(x; t + ¢t) = E © e¡x¿te¡x¢tw(!t;j)P [! t+¢t = jj !t = i] ª = E ½ e¡x¿t n P i=1 e¡x¢tw(i;j)¡1f!t=igP [!t+¢t= jj !t= i] ¢¾ e usando A.3.1, = E ½ e¡x¿t n P i=1 e¡x¢tw(i;j)¡1 f!t=ige A¢t¢ ¾

. Novamente com A.3.1,

eA¢t = I + ¢tA+ o(¢t) e e¡x¢tw(i;j) = e¡x(¿t+¢t¡¿t) = e¡x¿¢t ()

e¡x¿td (e¡x¿t) = = e¡x¿t(¡x¢tw ije¡x¿t) = e¡x¿t(1¡ x¢twij)temos, mj(x; t + ¢t) = n P i=1 E©e¡x¿t(1 ¡ x¢twij) [±ij+ Aij¢t + o(¢t)] 1f!t=ig ª , mas,

(1¡ x¢twij) [±ij+ Aij¢t + o(¢t)] = ±ij+ ¢tAij¡ x¢twij±ij+ o(¢t) =

= ±ij+ ¢t (Aij¡ xwij±ij) + o(¢t) Logo, mj(x; t + ¢t) = n P i=1 E©e¡x¿t1 f!t=ig[±ij+ ¢t (Aij¡ xwij±ij) + o(¢t)] ª = n P i=1 mi(x; t) [±ij+ ¢t (Aij¡ xDij) + o(¢t)] = mj(x; t) + ¢t n P i=1 mi(x; t) (Aij¡ xDij) + o(¢t). Mas como ,

(42)

@mj(x; t) @t = lim¢t!0 mj(x; t + ¢t)¡ mj(x; t) ¢t = n P i=1 (Aij¡ xDij) mi(x; t) , matricialmente, @m(x; t) @t = (A¡ xD) m e m(x; 0) = p , () m(x; t) = pTet(A¡xD) , ou seja, n P i=1 mi = m1 = £ pTet(A¡xD)¤1 () m(x; t) = E [e¡x¿t] =­p; et(A¡xD)1® .

Mas com m é a transformação de Laplace no tempo de f (¿t) no tempo,

e fazendof (¿t) = ft(s), $fm(x; ¢)(u)g = Z 1 0 e¡utm(x; t)dt = Z 1 0 e¡utE£e¡x¿t¤dt = Z 1 0 e¡ut µZ 1 0 e¡xsft(s)ds ¶ dt = Z 1 0 Z 1 0 e¡(ut+xs)ft(s)ds dt.

Isto implica em nosso caso que, $fm(x; ¢)(u)g = Z 1 0 e¡ut ­p; et(A¡xD)1® dt = ¿ p; Z 1 0 e¡ut£et(A¡xD)I¤dt À = ¿ p; ·Z 1 0 e¡utet(A¡xD)dt ¸ 1 À = ¿ p; ·Z 1 0 e¡utIet(A¡xD)dt ¸ 1 À = ¿ p; ·Z 1 0 et(A¡xD¡uI)dt ¸ 1 À . Mas Z 1 0 et(A¡xD¡uI)dt = lim b!+1 Z b 0 et(A¡xD¡uI)dt = limb!+1(A¡ xD¡uI)¡1£eb(A¡xD¡uI)¡ I¤=

= (A¡ xD¡uI)¡1£limb!+1eb(A¡xD¡uI) ¡ I¤=

(43)

Z 1 0

Z 1 0

e¡(ut+xs)ft(s)ds dt = $fm(x; ¢)(u)g = ¡(A ¡ xD¡uI)¡1,

ou como vimos , ft(s) = Z 1 0 Z 1 0 eut+xs ·¿ p; ·Z 1 0 et(A¡xD¡uI)dt ¸ 1 À¸ dudx = Z 1 0 Z 1 0

eut+xs¡­p; (A¡ xD¡uI)¡11® dudx .

Calculando (A ¡ xD¡uI)¡1 para uma cadeia de dois estados temos, A= · ¡¹ ¹ º ¡º ¸ e D = · 1 0 0 0 ¸

no que resulta em,

A¡ xD¡uI = · ¡¹ ¹ º ¡º ¸ ¡ x · 1 0 0 0 ¸ ¡ u · 1 0 0 1 ¸ = · ¡¹ ¡ x ¡ u ¹ º ¡º ¡ u ¸ () (A¡ xD¡uI)¡1 = 1 (¹ + x + u)(u + º) · ¡(u + º) ¡¹ ¡º ¡(¹ + x + u) ¸ , (A¡ xD¡uI)¡11= 1 (¹ + x + u)(u + º) · ¡(u + º) ¡¹ ¡º ¡(¹ + x + u) ¸2 4 11 1 3 5 =¡ 1 (¹ + x + u)(u + º) · º + u + ¹ ¹ + º + x + u ¸ .

Como o estado inicial de ¾(t) = ¾h temos, p =

· 1 0 ¸ , e ¡­p; (A¡ xD¡uI)¡11®= º + ¹ + u

(¹ + x + u)(u + º) , no que implica em, ft(s) = Z 1 0 Z 1 0 eut+xs º + ¹ + u (¹ + x + u)(u + º)dxdu

(44)

Resolvendo a integral dupla acima obtemos a distribuição de ¿h(T ¡ t)11

,dado o estado inicial ¾h de nossa cadeia de dois estados, obtemos ,

f (¿j ¾h)= e[¡¹¿ ¡º(T ¡t¡¿)]f±0(T ¡ t ¡ ¿) + gh(¿ )I1[2h(¿ )] + ¹I0[2h(¿ )]g onde h(¿ ) = [¹º¿ (T ¡ t ¡ ¿)]12 , gh(¿ ) = · ¹º¿ (T ¡ t ¡ ¿) ¸1 2 , ±0(¿ ) = lim"!0 1 "[H(¿ )¡ H(¿ ¡ ")] e I1(¿ ) = 1 P j=0 ¡1 2¿ ¢2j+1 j!(j + 1)!

De forma análoga calculamos ¿l(T ¡ t) , que resulta em

f (¿j ¾l)= e[¡¹¿ ¡º(T ¡t¡¿ )]f±0(¿ ) + gl(¿ )I1[2h(¿ )] + ºI0[2h(¿ )]g onde h(¿ ) = [¹º¿ (T ¡ t ¡ ¿)]12 , gl(¿ ) = · ¹º (T ¡ t ¡ ¿) ¿ ¸1 2 , ±0(¿ ) = lim"!0 1 "[H(¿ )¡ H(¿ ¡ ")] e I1(¿ ) = 1 P j=0 ¡1 2¿ ¢2j+1 j!(j + 1)!

11Ver Pedler [1971] para obtenção transformada inversa bidimensional de Laplace de

º + ¹ + u (¹ + x + u)(u + º)

(45)

6. Referências

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(48)

7. Códigos Desenvolvidos

Código em Maple 6 que implementa os cálculos da Tabela 1 restart:with(plots):with(…nance):

Warning, the name changecoords has been rede…ned >f:=blackscholes(S,K,rn,tau,sn): >BS:=unapply(f,S,K,rn,tau,sn): >k:=exp(g+delta^2/2)-1: >l:=lambda*(1+k): >lambda:=0: >g:=0:sigma2:=.01:delta:=.10:tau:=.5:lambda:=0:r:=.18:S:=100: K:=100:n:=0: >C[no_jumps]:=evalf(BS(100,100,0.18,0.5,0.10)); C[no_jumps] := 8.93274476 >sn:=sqrt(sigma2+((n*delta^2)/tau)): >rn:=r-lambda*k+(n*g/tau)+(n*(delta^2)/tau): >Prob[n]:=exp(-l*tau)*(l*tau)^n/n!: >Cad[n]:=evalf(BS(S,K,rn,tau,sn)): >C[n]:=Prob[n]*Cad[n]: >n:=0: >m:=1: >Call[n-1]:=0: >for n from 0 to m by 1 do >sn:=sqrt(sigma2+((n*delta^2)/tau));rn:=r-lambda *k+(n*g/tau)+(n*(delta^2)/tau); Prob[n]:=exp(-l*tau)*(l*tau)^n/n!;Cad[n]:=evalf(BS(S,K,rn,tau,sn)); C[n]:=Prob[n]*Cad[n];Call[n]:=C[n]+Call[n-1];od; sn := .1000000000 rn := .18 Prob[0] := 1. Cad[0] := 8.93274476 C[0] := 8.93274476 Call[0] := 8.93274476 sn := .1732050808 rn := .2000000000 Prob[1] := 0.

(49)

Cad[1] := 10.87491612 C[1] := 0.

Call[1] := 8.93274476

Código em Maple 6 que implementa os cálculos da Tabela 2 restart: >e:=exp(-mu*tau-nu*(T-tau)): >eh:=exp(-mu*T): >h:=sqrt(mu*nu*tau*(T-tau)): >g:=sqrt((mu*nu*tau)/(T-tau)): >I0:=Sum(’(0.5*(2*h))^(2*k)/(k!*k!)’,’k’=0..50): >I1:=Sum(’(0.5*(2*h))^((2*k)+1)/(k!*(k+1)!)’,’k’=0..50): >s:=sqrt((sigh^2*tau+sigl^2*(T-tau))/T): >T:=.5:r:=.19:S:=100:K:=100:sigh:=.25:sigl:=.10:mu:=2: >bsh:=evalf(S*(1/2*erf(1/2*(ln(S/K)+(r+1/2*sigh^2)*T)*sqrt(2) /(sigh*sqrt(T)))+1/2)-K*exp(-r*T)* (1/2*erf(1/2*((ln(S/K)+(r+1/2*sigh^2)*T) /(sigh*sqrt(T))-sigh*sqrt(T))*sqrt(2))+1/2)): >bseh:=bsh*eh: bstau:=evalf(S*(1/2*erf(1/2*(ln(S/K)+(r+1/2*s^2)*T) *sqrt(2)/(s*sqrt(T)))+1/2)-K*exp(-r*T)* (1/2*erf(1/2*((ln(S/K)+(r+1/2*s^2)*T) /(s*sqrt(T))-s*sqrt(T))*sqrt(2))+1/2)): >In2:=int(bstau*e*(g*I1+mu*I0),tau=0..0.5): >C:=bseh+In2: >Cvnu:=[evalf(seq(C,nu=[1,1.5,2,2.5,3,3.5,4]))]; Cvnu := [11.32413546, 11.38133218, 11.43270379, 11.47897786, 11.52077961, 11.55864748, 11.59304620]

Códigos em Visual Basic que implementam os calculos da Tabela 3 Public Sub cria_sequencia()

(50)

Dim jump(2) As String Dim vol(2) As String Dim t, rep As Integer Dim estado(4) As String Dim sequencia As String Dim linha As Integer Dim lin As Integer Dim est As Integer

Dim branching As Integer

Application.ScreenUpdating = False t_max = Range(”tempo”)

branching = Range(”branching”) For est = 1 To branching

estado(est) = Range(”lista_estados”).Cells(est) Next est Sheets(”Trajetorias”).Select Range(”trajetorias”).ClearContents t = t_max While t >= 1 linha = 2 For lin = 1 To (4 ^(t - 1)) For est = 1 To branching For rep = 1 To 4 ^(t_max - t) Cells(linha, t) = estado(est) linha = linha + 1 Next rep Next est Next lin t = t - 1 Wend Application.ScreenUpdating = True End Sub

Public Function f_preco(estado_anterior As String, preco_anterior As Double, estado_atual As String) As Double

If Right$(estado_anterior, 1) = ”l” Then ’Volatilidade ANTERIOR -LOW

If Left$(estado_atual, 1) = ”u” Then ’Estado ATUAL - UP

(51)

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_low”) - Range(”ene”) * (Range(”yn”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_low”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zu”)) * Range(”yn”)

Else ’Volatilidade ATUAL - LOW

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_low”) - Range(”ene”) * (Range(”yn”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_low”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zu”))

End If

Else ’Estado ATUAL - DOWN

If Right$(estado_atual, 1) = ”h” Then ’Volatilidade ATUAL - HIGH f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_low”) - Range(”ene”) * (Range(”yn”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_low”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zd”)) * Range(”yn”)

Else ”Volatilidade ATUAL - LOW

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_low”) - Range(”ene”) * (Range(”yn”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_low”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zd”))

End If End If

Else ’Volatilidade ANTERIOR - HIGH

If Left$(estado_atual, 1) = ”u” Then ’Estado ATUAL - UP

If Right$(estado_atual, 1) = ”h” Then ’Volatilidade ATUAL - HIGH

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_high”) - Range(”eme”) * (Range(”yp”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_high”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zu”))

Else ’Volatilidade ATUAL - LOW

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_high”) - Range(”eme”) * (Range(”yp”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_high”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zu”)) * Range(”yp”)

End If

Else ’Estado ATUAL - DOWN

If Right$(estado_atual, 1) = ”h” Then ’Volatilidade ATUAL - HIGH

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_high”) - Range(”eme”) * (Range(”yp”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_high”) * Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zd”))

Else ”Volatilidade ATUAL - LOW

f_preco = preco_anterior * Exp((Range(”taxa”) - 0.5 * Range(”sigma_high”) - Range(”eme”) * (Range(”yp”) - 1)) * Range(”dt”) + Range(”sigma_high”)

(52)

* Sqr(Range(”dt”)) * Range(”zd”)) * Range(”yp”) End If

End If End If

End Function

Public Function f_prob(estado_anterior As String, estado_atual As String) As Double

If Right$(estado_anterior, 1) = ”l” Then ’Volatilidade ANTERIOR -LOW

If Right$(estado_atual, 1) = ”h” Then ’Volatilidade ATUAL - HIGH f_prob = 0.5 * Range(”ene”) * Range(”dt”)

Else ’Volatilidade ATUAL - LOW

f_prob = 0.5 * (1 - (Range(”ene”) * Range(”dt”))) End If

Else ’Volatilidade ANTERIOR - HIGH

If Right$(estado_atual, 1) = ”h” Then ’Volatilidade ATUAL - HIGH f_prob = 0.5 * (1 - (Range(”eme”) * Range(”dt”)))

Else ’Volatilidade ATUAL - LOW

f_prob = 0.5 * (Range(”eme”) * Range(”dt”)) End If End If End Function Public Sub t() Application.ScreenUpdating = True End Sub

Referências

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