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PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO ÍNDICE DE OBESIDADE INFANTIL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE MANAUS.

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ÍNDICE DE OBESIDADE INFANTIL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE MANAUS.

MANAUS 2017

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PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

ÍNDICE DE OBESIDADE INFANTIL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE MANAUS.

OTAVIO DE MELO MATOS

MANAUS 2017

Artigo apresentado como requisito a obtenção do título de Especialista (Latus Sensu) pela Faculdade La Salle. Orientador: Prof. MSc. Luiz Almir Menezes Fonseca

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ÍNDICE DE OBESIDADE INFANTIL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE MANAUS.

Otavio de Melo Matos1

1. Licenciado em Educação Física, Esp. em Fisiologia do Exercício. Faculdade La Salle Manaus; otaviomelosport@gmail.com

RESUMO

O índice de obesidade infantil tem aumentado significativamente em muitos países e no Brasil a situação acompanha essa realidade, sendo considerada uma epidemia. Mas, será que em Manaus, a obesidade apresenta a mesma epidemiologia que no resto do Brasil? Decorrente dessa problemática, o artigo baseia-se em uma pesquisa que tem como objetivo geral; Analisar aspetos epidemiológicos da obesidade infantil nos alunos do ensino fundamental da rede pública de Manaus. Por meio dos seguintes objetivos específicos; Calcular o IMC como parâmetro para definir o estado nutricional dos alunos; Estimar o Percentual de Gordura dos alunos; Avaliar a qualidade nutricional dos alunos e Comparar os dados por gênero e idade. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado o método científico indutivo, tipo de pesquisa bibliográfica e descritiva, de caráter qualitativo e de campo. A População é composta pelos alunos da Rede Pública de Manaus. Como amostra, foram selecionados aleatoriamente 360 alunos de ambos os gêneros com idades entre 7 e 12 anos. Os resultados evidenciam que sua grande maioria se encontra dentro da classificação média segundo os protocolos validados para IMC e Percentual de Gordura. Entretanto, Níveis de abaixo do peso e Não recomendado para IMC e Percentual de Gordura apresenta um nível de desnutrição entre os escolares. Palavras Chaves: Obesidade Infantil, Educação Física, Epidemiologia.

1. INTRODUÇÃO

A obesidade e considerada em muitos países desenvolvidos um grave problema de saúde publica, uma epidemiologia global. No Brasil, não e diferente, aliada a uma expansão da globalização e ao progresso do país, revertendo o problema de desnutrição pelos problemas de excesso de peso e suas comorbidades1.

É de extrema importância o profissional de Educação Física estar utilizando o maior número de ferramentas possíveis para a realização de avaliação física, para a obtenção de dados que comprovem a fidedignidade das informações coletadas. Para as avaliações no ambiente escolar isso não é diferente, é importante ter informações fisiológicas, nutricionais e limitações físicas de seus alunos, para que o planejamento seja embasado dentro das necessidades desses escolares.

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São elevados os riscos de óbitos prematuros na infância e adolescência oriundos de doenças cardiovasculares, esses dados estão comprovados estatisticamente. Crianças e Adolescentes obesos possuem 80% de probabilidade de se tornarem adultos obesos (BRASIL, 2010).

O índice de obesidade infantil tem aumentado significativamente em muitos países e no Brasil a situação acompanha essa realidade, sendo considerada uma epidemia. Mas, será que em Manaus, a obesidade apresenta a mesma epidemiologia que no resto do Brasil? Decorrente dessa problemática, esta pesquisa tem como objetivo geral; Analisar aspetos epidemiológicos da obesidade infantil nos alunos do ensino fundamental da rede pública de Manaus.

Por meio dos seguintes objetivos específicos; Calcular o IMC como parâmetro para definir o estado nutricional dos alunos; Estimar o Percentual de Gordura dos alunos; Avaliar a qualidade nutricional dos alunos e Comparar os dados por gênero e idade.

A concentração das classes mais pobres nas cidades parece expandir o flagelo da obesidade quando se observa seu crescimento no contexto da pobreza pela prática de alimentação barata, pobre em nutrientes e fibras, mas excessivamente calórica muito mais acessível que frutas, verduras, laticínios e carnes, o que favorece o aumento excessivo de peso de crianças e adolescentes. É evidente a falta de prevenção por meio de orientações sobra à importância de uma educação alimentar e a atividade física nos meios de comunicação, nas escolas, nas comunidades e no ambiente familiar.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Excesso de Peso e Obesidade Infantil

A obesidade e considerada em muitos países desenvolvidos um grave problema de saúde publica, uma epidemiologia global. No Brasil, não e diferente, aliada a uma expansão da globalização e ao progresso do país, revertendo o problema de desnutrição pelos problemas de excesso de peso e suas comorbidades. Os países da América Latina estão em estágios diferentes, onde os mais pobres ainda enfrentam os problemas com altos índices de desnutrição e baixos índices de obesidade, enquanto nos países ricos, os índices de desnutrição esta em declínio e a obesidade em ascensão (VITOLO, 2015).

Mendonça (2014 p. 65) registra que:

Dados da OMS indicam que uma em cada dez crianças no mundo apresenta obesidade. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – BSEM – identificou que o número de crianças obesas triplicou nas ultimas décadas, sendo que um em casa três esta acima do peso, de acordo com dados do IBGE. Nos adolescentes, em cada dez, dois estão acima do peso.

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Dando continuidade nos registros do autor, a concentração das classes mais pobres nas cidades parece expandir o flagelo da obesidade quando se observa seu crescimento no contexto da pobreza pela prática de alimentação barata, pobre em nutrientes e fibras, mas excessivamente calórica muito mais acessível que frutas, verduras, laticínios e carnes, o que favorece o aumento excessivo de peso de crianças e adolescentes. É evidente a falta de prevenção por meio de orientações sobra à importância de uma educação alimentar e a atividade física nos meios de comunicação, nas escolas, nas comunidades e no ambiente familiar.

A medida do peso corporal é o indicador mais simples e de maior acessibilidade para a verificação da diminuição da adiposidade. Em crianças e adolescentes, considera-se essa perda de peso relativa. O consumo alimentar tem sua relação com á obesidade não somente quanto ao volume, mas também em relação à composição e a qualidade do que ingerem na alimentação. Os padrões alimentares vêm sofrendo modificações constantemente, o que contribui para o contínuo aumento de adiposidade nas crianças.

A obesidade é considerada uma patologia de caráter multifatorial que resulta de um histórico familiar, biológico, econômico, social, cultural, psicológico, a restrição à prática esportiva e até uma questão de politicas (MENDONÇA, 2014).

Vitolo (2015) registra que as crianças obesas apresentam altura maior em comparação às crianças não obesas. Essa situação gera na família uma falsa impressão que ela será mais alta em comparação as outras crianças da mesma idade. É necessário alertar que a obesidade e a causadora dessa aceleração do crescimento, que inclui também a aceleração da maturação óssea e o adiantamento da puberdade.

Crianças com percentual de gordura maior que 33% possuem uma predisposição a risco de problemas cardiovasculares. Quando apresentam um percentual de gordura abaixo de 20%, o risco e mínimo de problemas cardiovascular (ABESO, 2009).2

Outro diagnostico muito utilizado para o diagnostico da obesidade é o IMC. É um método antropométrico, que utiliza as medidas de peso e altura (peso/altura²) muito utilizada em serviços públicos de saúde. É utilizado e aceito mundialmente, sendo a técnica de melhor aplicabilidade principalmente em estudos populacionais pela facilidade e padronização de obtenção de dados e pelo baixo custo (VITOLO, 2015).

Vale ressaltar que o IMC, em casos específicos, pode não refletir a real classificação de adiposidade do individuo. Exemplificando, um adolescente com IMC 21 e 30% de gordura, se

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for sedentário. O oposto também é encontrado em adolescente com alto nível de massa muscular pode apresentar um alto índice de IMC sem ter um alto índice de adiposidade.

2.2 Fatores de Risco Relacionados à Obesidade Infantil

São elevados os riscos de óbitos prematuros na infância e adolescência oriundos de doenças cardiovasculares, esses dados estão comprovados estatisticamente. Crianças e Adolescentes obesos possuem 80% de probabilidade de se tornarem adultos obesos (BRASIL, 2010).

O excesso de peso e de gordura corporal apresenta uma grande ameaça à qualidade de vida e a longevidade de indivíduos obesos. E riscos maiores de cardiopatias coronarianas, hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes melito e alguns tipos de câncer (HEYWARD, 2013).

Seguindo as referencias do autor, relata no extremo oposto, indivíduos com déficit de peso e baixa porcentagem de gordura tendem a ser malnutridos. Essas pessoas estão expostas a altos índices de risco de desenvolverem desequilíbrios fluidoseletrolíticos, osteoporose e osteopenia, fraturas ósseas, degradação muscular, arritmias cardíacas, morte súbita entre outras.

2.3 A Importância da Educação Física para a Diminuição dos Índices de Obesidade Infantil

O nível de conhecimento de crianças em idade escolar modifica a relação entre obesidade e práticas alimentares saudáveis. Isso leva a suspeita de que as crianças quando tem acesso às informações sobre nutrição e a importância de atividade física, as mesmas começam a ter sabidamente práticas mais saudáveis (VITOLO, 2015). Salientando a importância do profissional de Educação Física, principalmente na sua prática profissional no ambiente escolar.

Finck (2011 p. 70) revela que:

Acreditamos que se deve ter um grande investimento de início na escola, com a abordagem de conhecimentos significativos relacionados à cultura corporal do movimento, bem como com a orientação para o desenvolvimento de hábitos saudáveis em relação à vivência corporal das atividades físicas e esportistas. Nesse caso, o professor deve buscar alertar e conscientizar os alunos, desde cedo, para a importância de se preservar, manter e melhorar sua saúde.

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Dessa forma, cremos também que a espontaneidade, o prazer, a naturalidade e a liberdade de escolha são extremamente importantes para a aquisição de hábitos saudáveis com a contribuição do professor de Educação Física.

Em sua obra Finck (2011 p. 140) registra que:

Na fase escolar, a Educação Física e o esporte são fundamentais e necessários, pois, é nesse período da vida que as vivências dessas atividades poderão contribuir para a sedimentação de valores referentes à importância e aos benefícios que o indivíduo poderá adquirir com a prática de exercícios de forma regular, tanto para a manutenção como para a melhoria da saúde.

As atividades físicas realizadas pelas crianças da escola e as brincadeiras desenvolvidas em casa, contribuem para a regulação do peso corporal. O tempo em que a criança assiste à televisão ou estar jogando vide game, apresenta-se como um indicador de se inatividade física e tem influência da prevalência de obesidade (VITOLO, 2015).

Mendonça (2014 p.145) relata que:

A atividade física planejada melhora a condição física e é essencial e eficaz quando concomitante com tratamento dietético da perda de peso. É um processo de conquista para que a criança e adolescentes sedentários aceitem como parte do tratamento. Deve estar de acordo com as capacidades individuais de cada criança e ter completa aceitação para o sucesso.

O mesmo autor revela que o tratamento dietético para uma criança obesa necessita de um acompanhamento multidisciplinar com médicos pediatras, nutricionistas, psicólogos e profissionais de Educação Física. Essa equipe multiprofissional atuará para tratar todos os fatores etiológicos da obesidade. É importante que a família, participe desse processo, principalmente os pais, e que também adotem um estilo de vida saudável facilitando o tratamento.

Segundo a autora acima, atividades devem ser adaptadas às condições físicas e fisiológicas de cada criança, quando bem orientados, preservam o tecido muscular (massa magra) e auxiliam a aumentar a taxa metabólica para auxiliar na perda de peso corporal.

A atividade física é ao longo prazo uma ótima estratégia para a manutenção do peso corporal e redução do percentual de gordura, altamente prejudicial à saúde, preservando a massa muscular isenta de gordura (GUEDES e GUEDES, 1998).

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2.3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA 2.3.1 Características da Pesquisa

Vários autores, entre os quais Gil (2007) e Jurema (2012) afirmam que para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizado o método científico indutivo permitindo uma análise da pergunta, que de uma situação particular, ajudou a realizar uma inferência ou generalização. O tipo da pesquisa bibliográfica, de caráter descritivo, já que busca descrever as características do fenômeno, aspetos epidemiológicos da obesidade infantil nos alunos do ensino fundamental da rede pública de Manaus.

Também se caracteriza por ser uma pesquisa qualitativa, onde o pesquisador compreende, interpreta e compara as informações e dados coletados. Quanto aos procedimentos técnicos trata-se de uma pesquisa de campo já que selecionou um grupo especifico de sujeito que podem sofre mudanças durante o estudo.

2.3.2 População e Amostra

A população compunha-se por alunos, de ambos os sexos, com idades entre sete e doze anos, matriculadas nas séries do ensino fundamental 1 da Rede Pública de Manaus. Como amostra foram selecionadas por conveniência escolas dos Bairros São Jose e Ouro Verde, Escola Municipal E.M Inaneide Cunha Marques e E.M Raimunda Barroso Ramires, sendo que para cada idade entre 7 e 12 anos respectivamente, 30 pertencentes ao sexo masculino e 30 ao sexo feminino, totalizando 360 alunos.

2.3.3 Amostragem

A coleta dos dados foi realizada tanto durante as aulas de Educação Física quanto nos horários destinados aos professores responsáveis pela turma, nos locais e horários a elas destinados, mediante as autorizações dos gestores das instituições. Os questionários foram entregues pelo próprio pesquisador, sendo recolhidos imediatamente após o seu preenchimento.

O instrumento de coleta de dados utilizado foi elaborado pelo próprio pesquisador. Trata-se de um questionário composto por um cabeçalho contendo as seguintes informações: Idade, Sexo, Peso, Altura, IMC e % de Gordura. Além de 7 questões abertas e fechadas, correspondentes a informações de hábitos alimentares, esportivos.

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2.3.4 Análise dos dados

A análise das informações foi realizada sob a forma de estatística descritiva inferencial, para cada afirmativa foi calculada uma média. Para tanto, uma base de dados foi construída no Excel, onde cada pergunta do questionário corresponde a uma variável analisada. Com a matriz de dados pronta, foi usada a ferramenta tabela dinâmica do excel e calculadora científica para cruzar as variáveis e calcular os parâmetros estatísticos das medidas de tendência central. Os resultados foram comparados por gênero e idade.

2.4 RESULTADOS

2.4.2 Índice de Massa Corporal da Amostra (IMC)

O estado nutricional das crianças demonstra que sua grande maioria se encontra dentro do peso normal segundo a classificação. Entretanto outras porcentagens de grande importância evidenciam cuidados. Para a as faixa etárias de 7, 8, 9 e 10 anos do gênero feminino para cada sem encontram abaixo do peso. Indivíduos com déficit de peso e baixa porcentagem de gordura tendem a ser malnutridos. Para os índices de obesidade com maior porcentagem, os alunos de 10 anos do gênero masculino apresentam a maior porcentagem 26,7%. Essas pessoas classificadas como abaixo do peso estão expostas a altos índices de risco de desenvolverem algum tipo de patologia muscular, esquelética, cardiovascular e em casos extremos a óbito. (Tabela 1)

Tabela 1. Estado Nutricional para Gênero e Idade.

Estado Nutricional Gênero Idade (anos)

7 8 9 10 11 12

Abaixo do Peso Feminino 46,7% 30% 30% 30% 23,3% 20%

Masculino 20% 33,3% 23,3% 36,7% 33,3% 43,3%

Peso Normal Feminino 46,7% 43,3% 46,7% 43,3% 53,3% 56,7%

Masculino 60% 46,7% 56,7% 33,3% 36,7% 53,3% Sobrepeso Feminino 3,3 % 16,7% 13,3% 16,7% 20% 13,3% Masculino 6,7% 13,3% 6,7% 3,3% 26,7% 3,3% Obesidade Feminino 3,3% 10% 10% 10% 3,3% 10% Masculino 13,3 6,7% 13,3 26,7% 3,3% 0% Fonte: Própria

Uma ferramenta muito utilizada para o diagnostico da obesidade é o IMC. É um método antropométrico, que utiliza as medidas de peso e altura (peso/altura²) muito utilizada em

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serviços públicos de saúde e. É utilizado e aceito mundialmente, sendo a técnica de melhor aplicabilidade principalmente em estudos populacionais pela facilidade e padronização de obtenção de dados e pelo baixo custo (VITOLO, 2015).

Uma ótima ferramenta para os profissionais de Educação Física Escolar utilizarem em suas avaliações físicas com seus alunos, entretanto essa avaliação deve ser realizada com frequência e com intencionalidade, muitos profissionais realizam o diagnostico no inicio das aulas e entram no esquecimento em relação à importância desses dados para o combate a obesidade e a desnutrição dentro do ambiente escolar.

Vale ressaltar que o IMC, em casos específicos, pode não refletir a real classificação de adiposidade do individuo. Exemplificando, um adolescente com IMC 21 e 30% de gordura, se for sedentário. O oposto também é encontrado em adolescente com alto nível de massa muscular pode apresentar um alto índice de IMC sem ter um alto índice de adiposidade.

2.4.3 Percentual de Gordura da Amostra

Para os resultados de Percentual de Gordura, outra vez a grande maioria dos alunos se encontra nos níveis médio segundo a classificação. Entretanto, para os alunos com 7 anos de ambos os gêneros se encontram classificados com índices baixos e não recomendados de gordura com mais de 30% da amostra. Para o nível com porcentagem elevada para taxa de gordura corporal fica para os alunos com 10 anos do gênero masculino. Com mais de 20% de classificados com índices altos e obesos. (Tabela 2)

Tabela 2. Índice de Percentual de Gordura para Gênero e Idade.

Fonte: Própria

Classificação Gênero Idade (anos)

7 8 9 10 11 12

Não Recomendado Feminino 20% 6,6% 13,3% 10% 3,3% 6,6%

Masculino 16,7% 0% 0% 0% 0% 0 Baixo Feminino 33,3% 23,3% 16,7% 10% 13,3% 3,3% Masculino 16,7% 23,3% 0% 6,6% 10% 20% Médio Feminino 33,3% 50% 56,7% 63,3% 73,3% 76,7% Masculino 43,3% 73,3 70% 63,3% 76,7% 80% Alto Feminino 3,3% 10% 13,3% 13,3% 10% 6,6% Masculino 13,3% 3,3% 30% 13,3% 6,6% 0% Obeso Feminino 10% 10% 0% 3,3% 0% 6,6% Masculino 10% 0% 0% 16,7% 6,6% 0%

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Outra Uma ferramenta muito utilizada para o diagnostico de obesidade infantil são os Índices de Percentual de Gordura Corporal. Crianças com percentual de gordura maior que 33% possuem uma predisposição a risco de problemas cardiovasculares. Quando apresenta um percentual de gordura abaixo de 20%, o risco mesmo que existente e considerado mínimo de problemas cardiovascular.

É de extrema importância o profissional de Educação Física estar utilizando o maior número de ferramentas possíveis para a realização de avaliação física, para a obtenção de dados que comprovem a fidedignidade das informações coletadas. Para as avaliações no ambiente escolar isso não é diferente, é importante ter informações fisiológicas, nutricionais e limitações físicas de seus alunos, para que o planejamento seja embasado dentro das necessidades desses escolares.

2.5 Questões do Aplicativo Coletor de Dados 1º Quantas Refeições faz durante o dia?

Em relação às refeições realizadas diariamente, nas faixas etárias de 7, 8 10, 11, 12 anos de ambos os gêneros, e para os com idade de 9 anos do gênero masculino obtiveram porcentagem entre 66,7% a 93,4% para a realização de 3 a 4 refeições por dia. Para as meninas com 9 anos, 43,3% para 5 ou mais refeições por dia. Fato que pode ser contribuinte para os mais de 13% de nas classificações de sobrepeso e altos índices de gordura corporal exposto nas tabelas acima.

O consumo alimentar tem sua relação com á obesidade não somente quanto ao volume, mas também em relação à composição e a qualidade do que ingerem na alimentação. Os padrões alimentares vêm sofrendo modificações constantemente, o que contribui para o contínuo aumento de adiposidade nas crianças.

2º Você convive com pessoas acima do peso ou obesas?

A maioria dos alunos de todas as faixas etárias e gêneros não convivem com pessoas acima do peso ou obesas. Porem, índices entre 26% a 40% devem ser considerados. Os pais, a família de modo geral possui grande importância na construção da personalidade e costume dos seus dependentes. É de grande importância à participação da família na construção de hábitos saudáveis para seus dependentes.

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3º Participa das aulas de Educação Física?

A grande maioria dos alunos participa efetivamente das aulas de Educação Física na escola, fato que contribui grandemente para o combate a obesidade e excesso de peso para as crianças. Entretanto, nas idades entre 9 e 12 anos de ambos os gêneros, em média 20% dos alunos não participam das aulas por não terem professores de Educação Física e que a escola não oferece espaço para as atividades por ser um espaço não apropriado por ser um prédio alugado.

Porem, as atividades físicas podem e devem ser aplicadas em espaços alternativos, devem ser adaptadas às condições físicas e fisiológicas de cada criança, não podendo esquecer o quanto é importante a Educação Física Escolar nessa faixa etária, tanto para o desenvolvimento dos movimentos básicos, coordenação motora, socialização, cognição, combate a obesidade entre outros. O professor deve retribuir todo o carinho que recebe desses alunos, realizando aulas com intencionalidade, objetivando sempre o desenvolvimento integral desses educandos, ciente das dificuldades que a profissão tem em relação as estruturas físicas das escolas.

4º Pratica algum esporte fora da escola?

A grande maioria dos alunos participantes da pesquisa não participam de atividades físicas ou desporto fora do ambiente escolar. Fatores como a idade, segurança, e a promoção de atividades eficientes para a sociedade para essas crianças não existam. Essa porcentagem vai de 63,3% a 100% de acordo com a faixa etária e gênero. Os alunos com 9 anos de ambos os gêneros são os que mais praticam esportes fora do ambiente escolar com 36,7%, com frequência semanal de 3 a 5 vezes. A atividade física é uma ótima estratégia no combate a obesidade e sobre peso das crianças, associando uma alimentação saudável os resultados se potencializam.

5º Quais seus alimentos preferidos?

Foi de comum acordo em todas as faixas etárias e gêneros que os alimentos preferidos citados foram: frutas, carnes, feijão, sanduiches e pizza. É satisfatório ter a ciência que as crianças tomem gosto de alimentos saudáveis como as frutas, feijão e carnes. Entretanto o gosto por alimentos altamente calóricos e de baixo custo é preocupante.

A concentração das classes mais pobres nas cidades parece expandir o flagelo da obesidade quando se observa seu crescimento no contexto da pobreza pela prática de alimentação barata, pobre em nutrientes e fibras, mas excessivamente calórica muito mais

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acessível que frutas, verduras, laticínios e carnes, o que favorece o aumento excessivo de peso de crianças e adolescentes.

6º Com que frequência consome cada alimento?

O gráfico vem a esclarecer a questão anterior, o arroz, feijão, cernes e frutas fazem parte da alimentação diária das crianças. A salada continua sendo a vilã da alimentação infantil, nessa pesquisa fato que teve certa comprovação. Dessa forma, cremos também que a espontaneidade, o prazer, a naturalidade e a liberdade de escolha são extremamente importantes para a aquisição de hábitos saudáveis com a contribuição do professor de Educação Física.

7º Seus pais ou responsáveis lhe estimulam a se alimentarem de frutas, verduras e legumes?

Em todas as idades e gêneros os pais ou responsáveis com medias acima de 90% estimulam seus dependentes em ingerirem, frutas, verduras e legumes. O que contribui grandemente o desenvolvimento de forma saudável dessas crianças. O nível de conhecimento de crianças em idade escolar modifica a relação entre obesidade e práticas alimentares saudáveis. Isso leva a suspeita de que as crianças quando tem acesso às informações sobre nutrição e a importância de atividade física, as mesmas começam a ter sabidamente práticas mais saudáveis Salientando a importância do profissional de Educação Física, principalmente na sua prática profissional no ambiente escolar.

90% 50% 15% 30% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Todo dia Sò fim de semana Nunca Pocas Vezes

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CONCLUSÃO

Conclui-se que a obesidade infantil não apresenta a mesma epidemiologia em alunos do Ensino Fundamental de Rede Publica de Manaus. Os resultados evidenciam que sua grande maioria se encontra dentro da classificação media segundo os protocolos validados para IMC e Percentual de Gordura. Entretanto Níveis de, Abaixo do peso e Não recomendado tanto para o IMC quanto Percentual de Gordura apresenta um nível de desnutrição entre os escolares. Alguns casos de obesidade e excesso de peso foram identificados, porém, em números não tanto significativos.

Em relação à qualidade nutricional conclui-se que, os alunos se alimentam com maior frequência durante a semana de alimentos ricos em proteínas e vitaminas presentes nos alimentos como o feijão, frutas e carnes. Esses mesmos alimentos são citados como os preferidos das crianças. A ingestão de doces, pizzas e sanduiches fica restrito aos finais de semana, em alguns casos poucas vezes. O vilão da alimentação infantil continua sendo a salada, sendo consumida poucas vezes ou nunca pelas crianças.

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REFERÊNCIAS

ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Disponível em: <http://www.abeso.org.br > Acesso em 7 de out. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Antropometria e estado

nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil, 2010.

FINCK, S. C. M. A Educação Física e o Esporte na escola: cotidiano, saberes e formação. Curitiba: Ibpex, 2011.

GIL, Antônio Carlos: Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ed, São Paulo, 2007.

GUEDES, D. P., GUEDES J. E. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Crianças e Adolescentes do

Município de Londrina, PR. Motriz, v.4, n.1, p.18-25, 1998.

HEYWARD, VIVIAN H. Avaliação Física e Prescrição de Exercícios: técnicas avançadas. 6 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2013.

JUREMA, Jefferson; QUEIROZ, Walace: Metodologia Cientifica: Seu conteúdo da melhor forma, Manaus, AM: UEA, 2012.

MENDONÇA, REJANE TEIXEIRA. Obesidade Infantil e na adolescência – São Paulo: Rideel, 2014. VITOLO, MÁRCIA REGINA. Nutrição da gestação ao envelhecimento. 2 ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

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APÊNDICE

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Idade: ______ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Peso: ______ kg Altura: ______ cm IMC: __________ % de Gordura: ___________

1. Quantas refeições faz durante o dia? ( ) 1 ou 2 ( ) 3 ou 4 ( ) 5 ou mais

2. Você convive com pessoas acima do peso ou obesas? ( ) Sim ( ) Não

3. Participa das aulas de Educação Física?

( ) Sim ( ) Não Se não por quê?_____________________________________________

4. Pratica algum esporte fora da escola?

( ) Sim ( ) Não Se sim quantas vezes por semana? ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ou mais.

5. Qual ou quais seus alimentos preferidos?

__________________________________________________________________________

6. Com que frequência come cada alimento?

Alimento Todo dia Só fim de semana Nunca Poucas vezes

Arroz Feijão Salada Carnes Frutas Refrigerantes Doces Sanduiches Pizzas

7. Seus pais ou responsáveis lhe estimulam a se alimentarem de frutas, verduras e legumes? ( ) Sim ( ) Não

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

O seguinte questionário objetiva identificar o Índice de obesidade Infantil em alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública de Manaus. Pesquisa a ser desenvolvida pelo Professor de Educação Física Otavio de Melo Matos, como parte do processo do desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso da Pós-graduação em Fisiologia do Exercício. A participação na pesquisa é voluntária, não necessitam se identificar, e o procedimento não oferece algum tipo de risco para sua integridade. Os dados serão usados exclusivamente para a pesquisa. Agradecemos sua colaboração voluntária e para maiores informações pode entrar em contato através do e-mail abaixo.

_____________________________

Prof. Otavio de Melo Matos CREF: 004095-G/AM otaviomelosport@gmail.com

Referências

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