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PREFÁCIO. David Spencer* Tradução: Letícia Barroso

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Academic year: 2021

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PREFÁCIO 

David Spencer*  Tradução: Letícia Barroso 

 

Guerras  tradicionais  são  cada  vez  mais  improváveis  dada  a  grande  assimetria  entre  os  concorrentes, o que foi bem ilustrado durante a invasão do Iraque, em 2003. A assimetria entre  a força de coalisão e as forças iraquianas era tão proeminente que a vitória da campanha aliada  era  certa.  As  forças  iraquianas  foram  humilhadas  e  o  bilionário  aparato  de  guerra  obtido  tornou‐se,  rapidamente,  uma  pilha  de  lixo  muito  cara  incapaz  de  conter  o  avanço  das  forças  aliadas. O principal problema foi que o exército iraquiano apresentou aos Estados Unidos um  tipo  de  guerra  para  o  qual  vinha  se  preparando  desde  a  Guerra  Fria.  Os  americanos,  por  sua  vez,  não  fizeram  por  menos,  passando  por  cima  do  exército  iraquiano  como  faca  quente  na  manteiga.  As  forças  americanas  eram  limitadas  tão  somente  pelo  quão  rápido  conseguiam  dirigir,  assegurando  recordes  históricos  de  quão  longe  e  quão  rápido  um  exército  tradicional  consegue  singrar  o  território  inimigo.  Em  virtude  desse  panorama  surgem  as  Guerras  Irregulares1,  das  quais  emerge  o  terrorismo,  e  que  são,  provavelmente,  a  ameaça  mais  persistente do início do século XXI.  

A Guerra do Iraque foi uma campanha gloriosa para as forças de coalisão, mas a comemoração  durou  pouco  porque  rapidamente  os  inimigos  dos  Estados  Unidos  compreenderam  que  enfrentar um exército convencional com recursos tradicionais não era uma estratégia vitoriosa  e se adaptaram ao novo cenário. Adotaram a estratégia da resistência – que abre caminho para  o  terrorismo  –  com  o  qual  começaram  a  desfrutar,  senão  de  sucesso,  de  tornar  mais  difícil  a  ação dos Estados Unidos.  

Apesar de guerrilhas sempre terem existido, eram vistas como uma arma dos mais fracos, uma  estratégia  de  suporte  à  guerra.  Hoje,  apesar  de  ainda  ser  considerada  uma  arma  dos  mais 

1 “Guerra irregular” é a tradução mais aceita para o conceito, em inglês, Irregular Warefare. Não obstante, alguns

autores adotam outras expressões como “guerra de milícias”, “guerra rebelde”, “guerrilha”, “estratégia da resistência” e “guerra suja” para elucidar o conceito. Trata-se de uma expressão cunhada para caracterizar combates em que os combatentes façam parte de organizações militares irregulares, não militarizadas ou não chanceladas pelo Estado. A expressão está, na maioria dos casos, indissociavelmente ligada a práticas terroristas apesar de não se restringir a elas. Para efeitos de compreensão, nesta versão foram utilizadas diferentes expressões para caracterizar o conceito de acordo com o contexto criado pelo autor [N.T.].

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fracos, é a principal forma de combate escolhida, restando à guerra tradicional o segundo lugar,  até mesmo para países mais poderosos. Isso se dá pela relação custo‐benefício das guerrilhas  em  relação  à  guerra  tradicional  para  o  lado  mais  fraco,  e  o  impacto  tem  sido  devastador.  Voltando ao nosso exemplo, enquanto a guerra tradicional no Iraque durou apenas um mês, a  guerra de guerrilha se estendeu por oito anos e custou bilhões de dólares e milhares de vidas  antes que os Estado Unidos se declarassem “vitoriosos” e retornassem para casa. Dados oficiais  apontam  que  a  invasão  ao  Iraque,  em  2003,  custou  ao  erário  americano  92.3  bilhões  de  dólares,  além  de  139  mortos  e  551  feridos.  Enquanto  os  resultados  dos  oito  anos  da  guerra  irregular  foram  945.7  bilhões  de  dólares,  4.349  mortos  e  31.675  feridos.  Ou  seja,  a  guerra  irregular  custou  aos  Estados  Unidos  10  vezes  mais  em  recursos,  31  vezes  mais  em  vidas,  57  vezes mais em feridos e mobilizou suas forças por um tempo 96 vezes maior do que a guerra  tradicional. Não é de se espantar que seus inimigos tenham eleito esse tipo de estratégia para  combatê‐los.  Ansiosos  para  conter  a  hemorragia  [de  recursos  financeiros  e  humanos],  os  Estados Unidos retiraram suas tropas do local em 2011.  

Durante a retirada, os Estados Unidos aprenderam outra terrível lição: guerras irregulares são  conflitos longos que não são determinados por ciclos eleitorais, mas pela vontade do inimigo.  Não  há  como  negar  que  a  “estratégia  Anaconda”,  empregada  pelo  general  Petraeus,  desmantelou  Abu  Masab  al‐Zarqawi  e  a  primeira  formação  da  Al  Qaeda  no  Iraque,  mas  a  retirada  das  tropas  antes  que  a  poeira  abaixasse  aliada  a  uma  sucessão  de  erros  políticos  cometidos  pelo  governo  iraquiano,  permitiram  o  surgimento  de  um  novo  grupo,  conhecido  como  Estado  Islâmico.  Um  grupo  formado  de  insurgentes  sunitas  do  recém‐extinto  braço  iraquiano  da  Al  Qaeda,  mais  experiente,  mais  habilidoso  e  ainda  mais  assustador  do  que  seu  antecessor  jamais  pensou  em  ser.  Liderado  por  Abu  Bakr  al‐Baghdadi,  o  grupo  rapidamente  tomou armas e conquistou territórios de sua vizinha, Síria, se aproveitando do caos instaurado  no país pela guerra civil, e passou a convocar voluntários ao redor do mundo para construir seu  Estado  Islâmico.  Cerca  de  30  mil  pessoas  de  86  países  ao  redor  do  mundo  atenderam  ao  chamado. Caracterizado por sua crueldade, uso ostensivo de práticas nefastas – como filmar a  decapitação  de  prisioneiros  e  disponibilizar  o  conteúdo  na  internet  –,  e  promoção  de  massacres, o grupo de Abu Bakr lançou uma ofensiva que tomou território desde a cidade de 

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Mossul  até  Bagdá,  formando  o  infame  Triângulo  Sunita  –  que  também  compreende  cidades  como Fallujah, Tikrit e Ramadi –, e que só foi contida pelo exército iraquiano com auxílio do Irã  e Estados Unidos.  

Se  as  tropas  americanas  tivessem  permanecido  no  Iraque,  o  Estado  Islâmico  não  teria  conseguido  se  expandir  e  se  desenvolver  e  nem  ganhar  controle  territorial  como  ocorreu.  Os  Estados Unidos tiveram de retomar a guerra no Iraque. Aprenderam, assim, uma lição amarga:  a guerra irregular moderna é um compromisso de longo prazo – que custa centenas de bilhões  de dólares e milhares de vidas – que ultrapassa qualquer tipo de situação política imediata. Se  partirmos  do  atentado  às  Torres  Gêmeas,  em  2001,  os  Estados  Unidos  estão  em  guerra  com  grupos rebeldes radicais islâmicos, de uma forma ou de outra, por mais de 15 anos. E restam  poucas  dúvidas  de  que  o  combate a  essa  ameaça  se  prolongará  por  ainda  outros 15  anos  ou  mais.  

O  retorno  ao  Iraque  se  dá,  basicamente,  pela  participação  de  consultores  e  especialistas  técnicos  da  Força  Aérea  americana.  Afinal,  ao  tomar  territórios,  o  Estado  Islâmico  criou  alvos  que os Estados Unidos são bons em atacar. A partir de agosto de 2014, iniciou‐se, então, uma  campanha  de  bombardeios  sistemáticos  a  alvos  militares  e  economicamente  estratégicos  do  Estado  Islâmico  a  fim  de  minar  suas  capacidades  e,  ao  mesmo  tempo,  fortalecer  o  exército  iraquiano que, sistematicamente foi retomando territórios conquistados pelo grupo. Enquanto  escrevo  se  desenrola  uma  batalha  lenta  e  amarga  pela  retomada  da  cidade  de  Mossul,  estabelecida como capital do Estado Islâmico.  

O  Estado  Islâmico  desaparecerá  uma  vez  que  o  Iraque  e  a  Síria  recobrem  o  controle  de  seus  territórios? Provavelmente não. Já tivemos uma demonstração disso quando a guerra começou  a virar e prejudicar o Estado Islâmico, que orientou seus recrutas estrangeiros a não irem para o  território  da  Síria  e  do  Iraque,  mas,  ao  invés  disso,  realizarem  ataques  terroristas  em  seus  próprios  territórios.  O  Estado  Islâmico  orientou  ou  inspirou  ataques  a  21  países,  incluindo:  Afeganistão, Argélia, Austrália, Bangladesh, Bélgica, Bósnia, Canadá, Dinamarca, Egito, França,  Alemanha,  Indonésia,  Kuwait,  Líbano,  Líbia,  Malásia,  Arábia  Saudita,  Turquia,  Tunísia,  Estados  Unidos e Iêmen, matando, aproximadamente, 1.500 pessoas.  

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Apesar  de a América  Latina ter sido esparsamente atingida  pelo terrorismo islâmico, a  região  não  está  livre  dele.  Em  1990,  um  grupo  islâmico  tentou  promover  um  golpe  em  Trinidad  e  Tobago.  Em  1992  e  1994,  o  Hezbollah  assumiu  a  autoria  de  bombardeios  a  alvos  judeus  na  Argentina.  Mas,  mais  importante  do  que  a  ação  direta,  o  Hezbollah,  a  Al  Qaeda  e  o  Estado  Islâmico realizam operações econômicas na região, particularmente relacionadas ao tráfico de  drogas. É sabido, por exemplo, que o Estado Islâmico controla rotas utilizadas para o transporte  de  cocaína  da  América  do  Sul  para  a  Europa,  através  da  África  Ocidental.  Uma  rota  de  escoamento  da  Líbia  para  a  França.  Não é  por  coincidência  que  a  maior  parte  dos terroristas  que promoveram os ataques do Estado Islâmico a Paris, em novembro de 2015, tinham ligação  direta com o tráfico de cocaína, a maior parte vendia a droga nas ruas da França.  

Da  mudança  de  atuação  do  Estado  Islâmico  de  controlar  território  e  conduzir  ações  de  terrorismo  internacional,  vemos  dois  importantes  aspectos.  Primeiro,  sua  flexibilidade  estratégica:  conforme  a  situação  o  grupo  flutua  entre  práticas  de  guerra  tradicionais  e  irregulares  sem  nunca,  contudo,  admitir  derrota.  Segundo,  sua  flexibilidade  financeira.  Onde  controla o território, o grupo cobra impostos como qualquer outro governo. Extraía petróleo e  vendia  em  qualquer  mercado  que  pudesse  para  gerar  receita.  No  entanto,  nunca  hesitou  em  recorrer  a  práticas  ilícitas  para  obter  fundos,  como  suas  incursões  no  tráfico  de  drogas.  Eles  fazem  o  que  for  necessário  para  obter  fundos  e  fragilizar  seus  inimigos:  tráfico  de  pessoas,  mineração  ilegal;  e  qualquer  outra  prática  que  dê  algum  retorno,  seja  ela  lícita  ou  não.  No  Estado Islâmico existe uma convergência real entre práticas criminosas e atividades terroristas.  

Está claro que o Estado Islâmico tem conduzido atividades econômicas no ocidente, bem como  tem  utilizado  a  internet  para  recrutar  potenciais  terroristas  para  o  grupo.  Dos  muitos  que  se  juntaram  ao  grupo  dessa  forma  e  foram  aos  territórios  por  ele  controlados,  um  número  significativo é da região do Caribe. Não se sabe quantos permanecem em seus países de origem  o que nos leva a crer que é apenas uma questão de tempo até que um membro recrutado da  América Latina promova um ataque ao seu país ou a alguma outra região.  

Embora essa pesquisa tenha se focado, até o momento, no terrorismo islâmico de forma geral,  e  no  Estado  Islâmico,  em  particular,  é  importante  deixar  claro  que  o  terrorismo  não  está  restrito  a  grupos  islâmicos.  A  América  Latina  tem  uma  longa  tradição  de  guerrilhas.  Até  a 

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década  de  1990,  a  região  foi  berço  de  diversos  grupos  revolucionários,  muitos  dos  quais  utilizavam práticas terroristas em maior ou menor grau. As Forças Revolucionárias Colombianas  (FARC)  ficaram  conhecidas  por  empregarem  mais  práticas  terroristas  do  que  qualquer  outro  grupo  da  região,  mas  isso  se  deu  somente  porque  foi,  também,  o  grupo  que  teve  maior  sobrevida.  Sua  guerra  durou  mais  do  que  qualquer  outra  no  bloco.  Recentemente  as  FARC  assinaram  um  acordo  de  paz  com  o  governo  da  Colômbia  no  qual  abrem  mão  de  práticas  terroristas para uma atuação mais pacífica. Também na Colômbia, atua o Exército de Libertação  Nacional  (ELN),  que  ainda  não  negociou  um  acordo,  apesar  de  ser  sua  intenção.  No  Peru,  existem  reminiscências  do  notório  grupo  Sandero  Luminoso  e,  no  Paraguai,  desenvolveu‐se,  nos  últimos  20  anos,  uma  organização  quase  quixotesca  conhecida  como  Exército  Popular  do  Paraguai (EPP). Os demais grupos não são expressivos ou poderosos, mas, apesar da aparente  fraqueza, as práticas terroristas ainda sobrevivem na região.  

Dependendo  da  ótica,  o  terrorismo  pode  ser  considerado  como  uma  tática  ou  uma  ideologia  política  que  pode  ser  discutida  em  relação  ao  crime  organizado  internacional.  Apesar  de  não  terem  como  objetivo  final  o  controle  político,  grupos  de  crime  organizado  internacional  sediados no México, Colômbia e Brasil, entre outros, utilizam táticas terroristas para controlar  mercados,  eliminar  a  concorrência, intimidar  e/ou  matar  representantes  de  governos.  Apesar  de  relutarmos  em  chamá‐los  de  terroristas,  no  sentido  político,  compreendermos  que  sua  atuação  segue  metodologias  terroristas  é  fundamental  para  que  possamos  desenvolver  maneiras eficientes de combatê‐los.  

Em suma, o terrorismo está se tornando, cada vez mais, a metodologia preferida para a guerra  irregular  por  seu  grande  impacto  com  menor  custo.  Uma  vez  aderindo  a  esta  modalidade  de  guerra,  o  país  não  pode  escolher  quando  se  retirará  sem  correr  o  risco  de  graves  consequências. Os países devem enfrentar aquela ameaça até o fim em um cenário em que o  terrorismo vai se adaptando e criando resistência. Os grupos terroristas estão se tornando cada  vez  mais  internacionais  e  estão  convergindo  com  o  crime  organizado  uma  vez  que  obtém  dinheiro  e  armas  por  este  ramo  enquanto  o  crime  organizado  utiliza‐se  do  caos  criado  pelo  terrorismo para conquistar novos territórios, proteger‐se e ter sucesso nos negócios. Já existem 

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focos  de  terrorismo  na  América  Latina  e,  provavelmente,  é  uma  questão  de  tempo  até  que  ataques, como os que ocorreram na Argentina, aconteçam novamente.  

Diante deste cenário crítico, Marcus Reis e Joanisval Gonçalves trazem a público um necessário  manual para compreender e combater a ameaça terrorista. O Brasil ainda não foi alvo de um  ataque  sério  e  este  manual  pode  ser  a  chave  para  assegurar  que  ele  nunca  aconteça.  Afinal,  compreender  a  natureza  da  ameaça  é  o  primeiro  passo  para  enfrentá‐la.  Tantas  tragédias  poderiam ter sido evitadas se aqueles que estão no poder não tivessem subestimado a ameaça.  Diversas  foram  as  vezes  que  governos  acreditaram  na  imagem  de  que  tudo  está  bem  que  insistem em transmitir por mera conveniência política e alto foi o preço que tiveram de pagar  ao, finalmente, admitir a verdadeira dimensão do problema, normalmente, após um ataque.   Reis e Gonçalves desenvolveram um trabalho muito cuidadoso que tem início com a importante  discussão filosófica sobre o que é, afinal, terrorismo e com o debate político sobre quando e se  a rebelião armada é justificável para, então, explorar minuciosamente a evolução do terrorismo  desde meados do século XX até o surgimento do Estado Islâmico, conforme discuti brevemente  neste  texto.  Para  além  disso,  exploram  aspectos  jurídicos,  estratégico‐operacionais  e  tático‐ operacionais do problema, dividindo a análise em escopo macro e micro. Os autores discutem  aspectos  de  contraterrorismo  e,  finalmente,  lidam  com  questões  sobre  o  terrorismo  contemporâneo  como  a  Jihad  Global,  a  relação  entre  terrorismo  e  crime  organizado,  dentre  outros temas.  

Este  extenso  trabalho  cobre  todos  os  aspectos  do  fenômeno  chamado  terrorismo  desde  o  teórico  até  o  tático  passando  pelo  político,  jurídico,  estratégico  e  operacional,  com  um  texto  palatável e com exemplos do mundo real que o tornam ainda mais compreensível tanto para o  especialista  quanto  para  um  leitor  que  está  sendo  introduzido  ao  tema  pela  primeira  vez.  Parabenizo os autores pelo trabalho.  

*  David  Spencer  é  PhD  e  professor‐adjunto  no  Centro  para  Estudos  de  Defesa  Hemisférica  William J. Perry. Antes de aceitar sua colocação atual no Centro para Estudos Perry, Dr. Spencer  atuou  como  diretor  de  Combate  ao  Terrorismo  no  Hicks  e  Associados,  cargo  no  qual  apoiou  diversos  projetos  USOUTHCOM.  Por,  pelo  menos,  15  anos  trabalhou  em  diversas  áreas  no 

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Support  of  Plan  Colombia.  Passou  cinco  anos  em  El  Salvador  atuando  como  consultor  do  Ministério  da  Defesa  durante  a  guerra  civil.  Trabalhou  para  inúmeros  centros  de  pesquisa  e  empresas de consultoria como o Centro de Análises Navais (CNA) e a Corporação Internacional  de  Aplicações  Científicas  (SAIC).  Dr.  Spencer  foi  criado  na  América  Latina  tendo  residido  no  Chile,  Costa  Rica,  Colômbia,  Venezuela  e  Guatemala.  Serviu  ao  Exército  Americano  e  na  infantaria  da  Guarda  Nacional  deste  mesmo  país.  Conquistou  a  posição  de  Sargento  e  foi  convocado para atuar na primeira Guerra do Golfo, de 1990‐1991. Em junho de 2011, publicou  o  estudo  Colombia’s  Road  to  Recovery:  Security  and  Governance  1982‐20102.  Foi  premiado  com  a  medalha  de  Serviço  Público  Excepcional,  em  2013.  Dr.  David  Spencer  é  entusiasta  de  história militar e arqueologia.   

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