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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO. Julgamento de Processos

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

I - PROCESSOS DE ORDEM A

I . I - OUTROS ASSUNTOS "PROCESSO A"

A-651/2020 MARCELO CASELATO OLIVEIRA

2.HISTÓRICO

3.O presente processo foi iniciado em outubro de 2020 devido ao requerimento (fls. 02) protocolado pelo profissional Eng. Sanit. e Seg. Trab. Marcelo Caselato Oliveira, para cancelamento da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART nº 28027230201130081, apresentando como motivo do cancelamento desta ART que o serviço não teria sido iniciado.

4.Em análise inicial A Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST, por meio da Decisão CEEST/SP nº 131/20 (fls. 11) decide “retornar o processo à UGI para realização de diligência junto ao contratante, visando a averiguação da situação conforme dispõe o parágrafo 1º do artigo 23 da Res. 1.025/09 do Confea, retornando à CEEST para continuidade da análise, conforme o caso”.

5.O processo é, então, instruído com: despacho de encaminhamento e providências (fls. 12) e informação da fiscalização (fls. 13) de que foram mantidos contatos com a contratante que forneceu elementos que comprovaram à fiscal a não realização do serviço na forma como foi apresentada a ART e que outra ART teria sido registrada, comprovando-se outra relação profissional.

6.O processo retorna à CEEST para continuidade da análise. 7.DISPOSITIVOS LEGAIS (vide informação fls. 08/09) 8.PARECER

9.O presente processo foi iniciado com a finalidade do julgamento da solicitação de cancelamento da ART nº 28027230201130081, registrada pelo profissional Eng. Sanit. e Seg. Trab. Marcelo Caselato Oliveira. 10.Com os esclarecimentos prestados pela fiscalização, confirmando a não execução dos serviços por parte do profissional interessado, não se visualiza óbice para o deferimento do cancelamento.

11.VOTO

12.A) Por cancelar a ART nº 28027230201130081 em nome do profissional Eng. Sanit. e Seg. Trab. Marcelo Caselato Oliveira, na forma como foi apresentada; e

13.B) Que a unidade competente promova as ações previstas na Res. 1.025/09 do Confea.

FERNANDO ANTÔNIO CAUCHICK CARLUCCI

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

II - PROCESSOS DE ORDEM C

II . I - CONSULTA.

C-74/2021 UNIFESP – COORDENADORIA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENG. SEG. TRABALHO (MAGNO JOSÉ ALVES)

2.HISTÓRICO

3.O Eng. Amb. e Seg. Trab. Magno José Alves, na função de coordenador do curso de engenharia de segurança do trabalho da Universidade Federal de São Paulo, consulta (fls. 02/03) se “...o Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatório aos cursos de Engenharia de Segurança do Trabalho, visto a Res. nº 01/07 CNE/CES foi revogada pela Res. CNE/CES nº 01/18...”?

4.O processo é instruído com encaminhamento ao GAC2 (fls. 04) sendo, então, encaminhado à assistência técnica da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST para análise em seu âmbito.

5.DISPOSITIVOS LEGAIS (vide informação fls. 06/07) 6.PARECER

7.O presente processo foi iniciado com a finalidade de responder ao consulente informações sobre cursos de engenharia de segurança do trabalho.

8.Em que pese tratar-se de matéria relacionada à engenharia de segurança do trabalho, não é matéria da competência legal desta autarquia de fiscalização administrativa do exercício profissional, a quem cabe a fiscalização, orientação e aprimoramento do exercício profissional das áreas tecnológicas da Engenharia e Agronomia, consoante disposto na Lei Federal 5.194/66, bem como demais profissões abrangidas pelo sistema Confea/Crea.

9.VOTO

10.A) Acusar ciência da solicitação recebida no Crea-SP, por meio do presente processo; e

11.B) Informar que o assunto consultado não faz parte do arcabouço normativo do sistema Confea Creas e deve, se assim entender o consulente, ser dirigido às autoridades do sistema educacional.

FERNANDO ANTÔNIO CAUCHICK CARLUCCI

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

C-253/2020 CREA/SP

O processo mencionado foi encaminhado a esse relator, pela Coordenação da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho, para as análise e manifestação, de forma objetiva e legalmente fundamentada.

Do processo.

Esse relator observou que o processo em questão tem como origem a Superintendência de Colegiados e foi criado em função da consulta técnica feita pelo engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Alcides Henrique Leite Santos, através da ‘internet’, cujo protocolo recebeu o número 30668 (Folha 2).

Em folha 2 do processo, constam, a mensagem enviada ao Crea SP pelo engenheiro mencionado, bem como outros dados pessoais. Folha 2, também apresenta as informações sobre a data, o horário e quem recebeu por parte do Crea SP, a consulta técnica do profissional Alcides Henrique Leite Santos.

Em folha 3, o Crea SP apresentou um resumo profissional do engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Alcides Henrique Leite Santos.

De folha 04 até o verso da folha 08, identificados como itens de 1 a 20, o arquiteto urbanista Gustavo A. Schliemann, assistente técnico DAC3, Supcol do Crea-SP, registro 4010, instrui o processo com todos os aspectos legais pertinentes a formação profissional do engenheiro Alcides Henrique Leite Santos.

Manifestação da Superintendência de Colegiados.

Do verso da folha 8 até a folha 10, o assistente técnico arquiteto urbanista Gustavo A. Schliemann apresenta os seus comentários amparados legalmente e de forma clara, (item 21).

Esse relator destaca o item 24, no verso da folha 8 onde se lê...’No sistema Confea-Creas a habilitação para o desempenho das atividades não decorre do titulo profissional, mas sim das atribuições profissionais concedidas pelo sistema, com base na formação obtida pelo profissional em cursos regulares e/ou de extensão por meio de formação acadêmica’.

O assistente técnico da SupCol, nos itens 25 a 50, com qualidade, faz os comentários legalmente amparados na legislação existente.

Parecer do relator.

Sugerir a Coordenação da CEEST, para acatar o inteiro teor do item 50, onde se lê...’...diante da

particularidade da questão e em conformidade com o Procedimento Operacional SupCol número 2/19 e a Instrução 2390 do Crea-SP, sugiro que o presente processo seja objeto de apreciação da CEEE, CEEC, CEEST deste Crea-SP, para emitir parecer sobre a resposta a ser proferida’.

Após as manifestações das Câmaras mencionadas, com certeza o parecer da CEEST, será mais objetivo e justo.

Nada mais.

CARLOS ALBERTO GUIMARÃES GARCEZ

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

C-312/2020 CREA/SP

O processo mencionado foi encaminhado a esse relator, pela Coordenação da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho, para as análise e manifestação de forma objetiva e legalmente fundamentada.

Do processo.

Esse relator observou que o processo em questão tem como origem a Superintendência de Colegiados e foi criado em função da consulta técnica feita pelo engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Rafael Rodrigues da Silveira, através da ‘internet’, cujo protocolo recebeu o número 42871 (Folha 2).

Em folha 2 do processo, constam, a mensagem enviada ao Crea SP pelo engenheiro mencionado, bem como outros dados pessoais. Folhas 2, também apresenta as informações sobre a data, o horário e quem recebeu por parte do Crea SP, a consulta técnica do profissional Rafael Rodrigues da Silveira.

Em folha 3, o Crea SP apresentou um resumo profissional do engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Rafael Rodrigues da Silveira.

De folha 4 até o verso da folha 6, identificados como itens de 1 a 12, o arquiteto urbanista Gustavo A. Schliemann, assistente técnico DAC3, Supcol do Crea-SP, registro 4010, instrui o processo com todos os aspectos legais pertinentes a formação profissional do engenheiro Rafael Rodrigues da Silveira.

Manifestação da Superintendência de Colegiados.

De folha 6 até a folha 7, o assistente técnico arquiteto urbanista Gustavo A. Schliemann apresenta os seus comentários de forma clara e amparado legalmente, (item 13).

Esse relator destaca o item 24, na folha 7 onde se lê...’ Com a habilitação profissional na área elétrica e de engenharia de segurança do trabalho o profissional encontra-se apto para ministrar o curso de proteção e combate a incêndio, específico dentro de sua formação, atribuição e área de atuação, observando o contexto da atuação profissional e não estando habilitado para ministrar cursos de primeiros socorros”. Parecer do relator.

Em resumo, o nosso parecer indica que o engenheiro Rafael Rodrigues da Silveira está habilitado para ministrar curso de Proteção e Combate a Incêndios e Explosões, disciplina ministrada no curso de pós graduação em engenharia de segurança do trabalho. Nessa mesma pós graduação em nível de

especialização, a disciplina O Ambiente e as Doenças do Trabalho, contempla na sua ementa, o tema Os Primeiros Socorros, que deve, na opinião desse relator, ser ministrada por medico, de preferência

especialista em medicina do trabalho, único profissional qualificado para esse fim. Nada mais.

CARLOS ALBERTO GUIMARÃES GARCEZ

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

C-354/2020 CREA/SP

1.HISTÓRICO

Trata-se de processo distribuído às Câmaras Especializadas em Agronomia – CEA e Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST do CREA-SP, para análise e manifestação, em razão de consulta efetuada pelo Eng. Civ. e Seg. Trab. Josimar Ferreira Souto, registrado no CREA-SP sob nº 0601627104. Segundo registro no processo o referido profissional informa e pergunta: “Prezados, no protocolo

61815/2020, com a finalidade de conhecimento sobre a competência técnica do Engenheiro de Seg. do Trabalho correlacionada a área de graduação, especificamente na elaboração de projetos técnicos e na responsabilidade técnica de execução de Projetos de Segurança contra incêndio submetidos ao Corpo de Bombeiros, obtive como resposta a Resolução Nº 359, de 31 de julho de 1991. Como ainda tenho dúvidas, vou ser mais específico, profissionais com graduação em engenharia florestal ou agronomia, com

especialização em Eng Seg Trabalho, devidamente registrados no CREA, possuem atribuição e podem ser responsáveis, inclusive assinando ART por projeto e também por execução de Projetos de prevenção de combate a incêndios? Existe alguma limitação quanto a área construída?, existe limitação quanto as medidas de segurança, podem ser responsáveis por rede de hidrantes; rede de sprinckler;

dimensionamento de saídas de emergência, determinação dos materiais de acabamento e revest.” 2.PARECER

Considerando que não consta no processo cópia do protocolo registrado sob o Nº 61815/2020; Considerando a legislação pertinente já citada em etapas anteriores do processo;

Considerando que no sistema Confea/Creas a habilitação para o desempenho das atividades não decorre do título profissional, mas sim das atribuições profissionais concedidas pelo sistema com base na formação obtida pelo profissional em cursos regulares e/ou de extensão por meio de formação acadêmica.

Considerando debate promovido no âmbito da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho (CEEST), demandado pelo processo C-240/2020 C8, que trazia a baila consulta efetuada pelo Departamento de Prevenção do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Tal consulta solicitava posicionamento quanto aos profissionais portadores de atribuições e decorrente registro de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, em face das atividades técnicas e objetos a seguir listados:

a. Elaboração do projeto de Segurança Contra Incêndio;

b. Instalação e/ou manutenção de Sistema de Proteção contra incêndio;

c. Instalação e/ou manutenção dos sistemas de utilização de gases inflamáveis; d. Instalação e/ou manutenção e atestado de abrangência do motogerador;

e. Instalação e/ou manutenção das instalações elétricas de baixa tensão e atestado de conformidade da instalação elétrica de baixa tensão;

f. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Resfriamento e/ou Espuma; g. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Pressurização de Escadas; h. Instalação e/ou manutenção do Sistema de uso de gases inflamáveis; i. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Gás Natural Canalizado;

j. Instalação e/ou manutenção do material de acabamento e revestimento quando não for de Classe I; k. Instalação e/ou manutenção do revestimento dos elementos estruturais protegidos contra o fogo; l. Instalação e/ou manutenção e/ou inspeção de vasos sob pressão;

m. Instalação e/ou manutenção da compartimentação vertical de shaft e de fachada envidraçada ou similar; n. Sistema de controle de temperatura, de despoeiramento e de explosão de silos;

o. Instalação e manutenção de lona de cobertura;

p. Instalação e manutenção de arquibancadas e arenas desmontáveis; q. Instalação e manutenção de brinquedos de parques de diversão;

RICARDO DE DEUS CARVALHAL

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

r. Instalação e manutenção de palcos;

s. Instalação e manutenção de armações de circo.

Considerando a Decisão CEEST/SP nº 137/20 de 15 de dezembro de 2020, exarada nos autos do processo C-240/2020 C8, que determinou:

1.Pela indicação clara na resposta ao Corpo de Bombeiros de que a atividade de “Elaboração do projeto de Segurança Contra Incêndio” é exclusiva do Engenheiro de Segurança do Trabalho devido à competência natural proporcionada por sua formação acadêmica com lastro definitivo na Decisão Plenária sob o nº 489/98. Entretanto deve-se ressaltar que quando necessário, em partes especificas do projeto, o

Engenheiro de Segurança do Trabalho recorrerá obrigatoriamente a profissionais de outras modalidades quando não for competente em sua formação de origem.

2.Pela indicação também na resposta de que existe única exceção para os casos em que outros

profissionais apresentem certidão do CREA indicando a atribuição respectiva, em função do que dispõe a Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA, em relação à extensão de atribuições.

3.Pela criação de “Comitê de Calibração” para dirimir eventuais pontos de conflito surgidos após análises das Câmaras Especializadas.

Considerando essencialmente a Lei Federal 7.410/85 que determina exclusivo exercício da especialização em engenharia de segurança do trabalho à engenheiros e arquitetos e que o currículo do curso será definido pelo MEC e as atribuições profissionais pelo Confea.

Considerando ainda três resoluções que disciplinam/disciplinaram o assunto (Res. 325/89; Res. 359/91 e Res. 1.010/05), em que todas elas trazem termos como: “...independentemente da modalidade do curso de graduação concluídos pelos profissionais engenheiros ou arquitetos...” e “...interdisciplinaridade...”, e não se encontra vinculação à modalidade da formação acadêmica original.

Destacamos que, embora não haja tal vinculação, não cabe ao profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho a interferência específica nas competências legais e técnicas estabelecidas para as diversas modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, devendo limitar-se às atribuições profissionais que ele próprio detém.

Outra característica: todas elas são de natureza intelectual, não “executiva” e usam termos como: supervisionar, coordenar, orientar, estudar, planejar, desenvolver, vistoriar, avaliar, analisar, propor, etc., sempre voltadas a planos, controle de riscos, grau de exposição, dentre outros, referentes à proteção dos trabalhadores (usuários/pessoas).

Portanto, a área de atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho é específica e interdisciplinar. Suas intervenções poderão se concretizar em programas, normas, regulamentos, projetos de sistemas de segurança (sempre dirigidos às pessoas), e outros, e não se caracterizam em atividades executivas como instalações, manutenções ou operações. Esta não é a característica típica deste profissional.

Exemplos:

-na área da agronomia = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que aplicam defensivos agrícolas; poderá indicar o tempo de exposição ao sol do trabalhador em sua função; mas não poderá indicar quais os componentes químicos/corretivos que serão usados para melhorias em solo ou plantações;

- na área da construção civil = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades de pedreiro, armador, carpinteiro, servente, sem, contudo, adentrar em especificações de projeto estrutural ou construtivo; poderá analisar riscos a que os trabalhadores estarão expostos, contribuindo com a determinação de adoção de medidas protetivas (das pessoas envolvidas) como bandejas de segurança, telas de proteção contra quedas (trabalhador ou objetos), sem, contudo, se responsabilizar pela sua instalação destes equipamentos;

- na área da indústria = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades fabris, determinação de áreas de isolamento ou limitação de trânsito, ações em prol de treinamento em situações emergenciais de abandono ou combate de incêndio, análise quanto às estatísticas de acidentes em segmentos industriais específicos com geração de propostas e programas para melhorias de segurança (das pessoas envolvidas), e outros,

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

sem que isto o habilite a interferir nas condições operacionais dos equipamentos, da produção, da vistoria em máquinas, caldeiras ou similares;

Logo, deve ficar clara a diferença entre as áreas de atuação e o foco do serviço. Uma não deveria invadir a outra.

Outras considerações:

- o profissional que detém mais de uma atribuição profissional poderá transitar em todas suas atribuições, situação bastante comum (título original + engenheiro de segurança do trabalho);

- o profissional que não possui atribuição em Engenharia de Segurança do Trabalho não está isento de se preocupar com a segurança nas atividades pelas quais se responsabiliza; neste caso, deverá limitar-se exclusivamente em sua atribuição original, não devendo se responsabilizar pela segurança em outras áreas de atuação além da sua. Exemplo:

- na área da agronomia o engenheiro agrônomo poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que aplicam defensivos agrícolas, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas industriais ou da construção civil;

- na área da construção civil o engenheiro civil poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades de pedreiro, armador, carpinteiro, servente, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas industriais ou da agronomia;

- na área da indústria o engenheiro industrial poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades fabris, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas da agronomia ou da construção civil.

3.VOTO

1.Informar ao profissional, Eng. Civ. e Seg. Trab. Josimar Ferreira Souto, que cabe ao profissional

engenheiro de segurança do trabalho assumir as responsabilidades pelas atividades projeto de segurança contra incêndio, como prevenção da saúde do trabalhador, ao risco a que um trabalhador se expõe, às ações profiláticas a serem tomadas para seu resguardo, conforme preceitua a Res. 359/91 do Confea; 2.E que não cabe ao profissional engenheiro de segurança do trabalho assumir as responsabilidades pelas atividades de instalação e/ou manutenção relacionadas às edificações, como, em regra, requerem as aprovações no Corpo de Bombeiros; e

3.Informar, também, que existe exceção para os casos em que outros profissionais apresentem certidão do CREA indicando a atribuição respectiva, em função do que dispõe a Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA, em relação à extensão de atribuições.

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

C-401/2020 CREA/SP

1.HISTÓRICO

Trata-se de processo distribuído à Câmara Especializada em Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST do CREA-SP, para análise e manifestação, em razão de consulta efetuada pelo Eng. Eletric. e Seg. Trab. Heraldo Maquette Scalise, registrado no CREA-SP sob nº 5061511598.

O profissional Eng. Eletric. e Seg. Trab. Heraldo Maquette Scalise, que possui atribuições dos artigos 8º e 9º da Resolução 218/73 do Confea e da Lei Federal 7.410/85, do Decreto Federal 92.530/86 e do artigo 4º da Resolução 359/91 do Confea, questiona: “... se o engenheiro de segurança do trabalho pode assinar o laudo CMAR exigido pelo Corpo de Bombeiros ... mencionei que o engenheiro de segurança pode definir, no projeto de prevenção e combate a incêndio, quais materiais de acabamento e revestimento devem ser utilizados na edificação, mas ao invés de me enviar uma resposta objetiva, me passaram as atribuições do engenheiro de segurança do trabalho, as quais, ao meu ver, não deixa claro se posso ou não assinar o laudo CMAR”.

2.PARECER

Considerando a legislação pertinente já citada em etapas anteriores do processo;

Considerando que no sistema Confea/Creas a habilitação para o desempenho das atividades não decorre do título profissional, mas sim das atribuições profissionais concedidas pelo sistema com base na formação obtida pelo profissional em cursos regulares e/ou de extensão por meio de formação acadêmica.

Considerando debate promovido no âmbito da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho (CEEST), demandado pelo processo C-240/2020 C8, que trazia a baila consulta efetuada pelo Departamento de Prevenção do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Tal consulta solicitava posicionamento quanto aos profissionais portadores de atribuições e decorrente registro de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, em face das atividades técnicas e objetos a seguir listados:

a. Elaboração do projeto de Segurança Contra Incêndio;

b. Instalação e/ou manutenção de Sistema de Proteção contra incêndio;

c. Instalação e/ou manutenção dos sistemas de utilização de gases inflamáveis; d. Instalação e/ou manutenção e atestado de abrangência do motogerador;

e. Instalação e/ou manutenção das instalações elétricas de baixa tensão e atestado de conformidade da instalação elétrica de baixa tensão;

f. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Resfriamento e/ou Espuma; g. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Pressurização de Escadas; h. Instalação e/ou manutenção do Sistema de uso de gases inflamáveis; i. Instalação e/ou manutenção do Sistema de Gás Natural Canalizado;

j. Instalação e/ou manutenção do material de acabamento e revestimento quando não for de Classe I; k. Instalação e/ou manutenção do revestimento dos elementos estruturais protegidos contra o fogo; l. Instalação e/ou manutenção e/ou inspeção de vasos sob pressão;

m. Instalação e/ou manutenção da compartimentação vertical de shaft e de fachada envidraçada ou similar; n. Sistema de controle de temperatura, de despoeiramento e de explosão de silos;

o. Instalação e manutenção de lona de cobertura;

p. Instalação e manutenção de arquibancadas e arenas desmontáveis; q. Instalação e manutenção de brinquedos de parques de diversão; r. Instalação e manutenção de palcos;

s. Instalação e manutenção de armações de circo.

Considerando a Decisão CEEST/SP nº 137/20 de 15 de dezembro de 2020, exarada nos autos do processo C-240/2020 C8, que determinou:

RICARDO DE DEUS CARVALHAL

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

1.Pela indicação clara na resposta ao Corpo de Bombeiros de que a atividade de “Elaboração do projeto de Segurança Contra Incêndio” é exclusiva do Engenheiro de Segurança do Trabalho devido à competência natural proporcionada por sua formação acadêmica com lastro definitivo na Decisão Plenária sob o nº 489/98. Entretanto deve-se ressaltar que quando necessário, em partes especificas do projeto, o

Engenheiro de Segurança do Trabalho recorrerá obrigatoriamente a profissionais de outras modalidades quando não for competente em sua formação de origem.

2.Pela indicação também na resposta de que existe única exceção para os casos em que outros

profissionais apresentem certidão do CREA indicando a atribuição respectiva, em função do que dispõe a Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA, em relação à extensão de atribuições.

3.Pela criação de “Comitê de Calibração” para dirimir eventuais pontos de conflito surgidos após análises das Câmaras Especializadas.

Considerando essencialmente a Lei Federal 7.410/85 que determina exclusivo exercício da especialização em engenharia de segurança do trabalho à engenheiros e arquitetos e que o currículo do curso será definido pelo MEC e as atribuições profissionais pelo Confea.

Considerando ainda três resoluções que disciplinam/disciplinaram o assunto (Res. 325/89; Res. 359/91 e Res. 1.010/05), em que todas elas trazem termos como: “...independentemente da modalidade do curso de graduação concluídos pelos profissionais engenheiros ou arquitetos...” e “...interdisciplinaridade...”, e não se encontra vinculação à modalidade da formação acadêmica original.

Destacamos que, embora não haja tal vinculação, não cabe ao profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho a interferência específica nas competências legais e técnicas estabelecidas para as diversas modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, devendo limitar-se às atribuições profissionais que ele próprio detém.

Outra característica: todas elas são de natureza intelectual, não “executiva” e usam termos como: supervisionar, coordenar, orientar, estudar, planejar, desenvolver, vistoriar, avaliar, analisar, propor, etc., sempre voltadas a planos, controle de riscos, grau de exposição, dentre outros, referentes à proteção dos trabalhadores (usuários/pessoas).

Portanto, a área de atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho é específica e interdisciplinar. Suas intervenções poderão se concretizar em programas, normas, regulamentos, projetos de sistemas de segurança (sempre dirigidos às pessoas), e outros, e não se caracterizam em atividades executivas como instalações, manutenções ou operações. Esta não é a característica típica deste profissional.

Exemplos:

-na área da agronomia = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que aplicam defensivos agrícolas; poderá indicar o tempo de exposição ao sol do trabalhador em sua função; mas não poderá indicar quais os componentes químicos/corretivos que serão usados para melhorias em solo ou plantações;

- na área da construção civil = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades de pedreiro, armador, carpinteiro, servente, sem, contudo, adentrar em especificações de projeto estrutural ou construtivo; poderá analisar riscos a que os trabalhadores estarão expostos, contribuindo com a determinação de adoção de medidas protetivas (das pessoas envolvidas) como bandejas de segurança, telas de proteção contra quedas (trabalhador ou objetos), sem, contudo, se responsabilizar pela sua instalação destes equipamentos;

- na área da indústria = um engenheiro de segurança do trabalho (independente da sua formação original) poderá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades fabris, determinação de áreas de isolamento ou limitação de trânsito, ações em prol de treinamento em situações emergenciais de abandono ou combate de incêndio, análise quanto às estatísticas de acidentes em segmentos industriais específicos com geração de propostas e programas para melhorias de segurança (das pessoas envolvidas), e outros, sem que isto o habilite a interferir nas condições operacionais dos equipamentos, da produção, da vistoria em máquinas, caldeiras ou similares;

Logo, deve ficar clara a diferença entre as áreas de atuação e o foco do serviço. Uma não deveria invadir a outra.

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CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

Outras considerações:

- o profissional que detém mais de uma atribuição profissional poderá transitar em todas suas atribuições, situação bastante comum (título original + engenheiro de segurança do trabalho);

- o profissional que não possui atribuição em Engenharia de Segurança do Trabalho não está isento de se preocupar com a segurança nas atividades pelas quais se responsabiliza; neste caso, deverá limitar-se exclusivamente em sua atribuição original, não devendo se responsabilizar pela segurança em outras áreas de atuação além da sua. Exemplo:

- na área da agronomia o engenheiro agrônomo poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que aplicam defensivos agrícolas, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas industriais ou da construção civil;

- na área da construção civil o engenheiro civil poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades de pedreiro, armador, carpinteiro, servente, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas industriais ou da agronomia;

- na área da indústria o engenheiro industrial poderá/deverá indicar o uso de EPIs aos trabalhadores que executam atividades fabris, mas não estará habilitado para atuar na segurança dos trabalhadores das áreas da agronomia ou da construção civil.

3.VOTO

1.Informar ao profissional, Eng. Eletric. e Seg. Trab. Heraldo Maquette Scalise, que cabe ao profissional engenheiro de segurança do trabalho assumir as responsabilidades pelas atividades projeto de segurança contra incêndio, como prevenção da saúde do trabalhador, ao risco a que um trabalhador se expõe, às ações profiláticas a serem tomadas para seu resguardo, conforme preceitua a Res. 359/91 do Confea; 2.E que não cabe ao profissional engenheiro de segurança do trabalho assumir as responsabilidades pelas atividades de instalação e/ou manutenção relacionadas às edificações, como, em regra, requerem as aprovações no Corpo de Bombeiros; e

3.Informar, também, que existe exceção para os casos em que outros profissionais apresentem certidão do CREA indicando a atribuição respectiva, em função do que dispõe a Resolução nº 1.073, de 19 de abril de 2016, do CONFEA, em relação à extensão de atribuições.

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C-572/2020 C7 CREA/SP

O presente processo é iniciado visando obter da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST manifestação quanto à situação ocorrida para fins de registro de pessoas jurídicas no Crea-SP no momento em que são apresentados como responsáveis técnicos dois profissionais que possuem vínculo empregatício por meio de contrato intermitente.

Preliminarmente, registramos a ausência da folha de número 04 no processo, e que para fins de referência desta informação serão mantidas as referências da numeração.

São juntadas no processo: cópia do requerimento de registro de empresa (fls. 02); parte do contrato social da empresa (fls. 03); CNPJ (fls. 05); registro do primeiro empregado (fls. 06); cópia de parte do contrato de trabalho intermitente (fls. 07) entre as partes para ocupação da função de engenheiro civil e para todas as atribuições que lhe são peculiares; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART (fls. 08) de cargo e função entre as partes para desempenho de cargo e/ou função técnica dentro de suas atribuições

profissionais; registro do segundo empregado (fls. 09); cópia de parte do contrato de trabalho intermitente (fls. 10) entre as partes para ocupação da função de engenheiro civil e para todas as atribuições que lhe são peculiares; Anotação de Responsabilidade Técnica – ART (fls. 11) de cargo e função entre as partes para desempenho de cargo e/ou função técnica dentro de suas atribuições profissionais; declaração de quadro técnico (fls. 12); taxa do requerimento (fls. 13/14); comunicações entre unidades do Crea-SP (fls. 15); situação de registro dos dois profissionais apresentados (fls. 16/17); concessão temporária de registro (fls. 18); comunicações entre unidades do Crea-SP (fls. 19/21); encaminhamento ao jurídico (fls. 22) e Parecer nº 171/20-DCS/Supjur (fls. 23/25) que, suscintamente, cita não haver vedação para se utilizar a modalidade de contrato de trabalho intermitente na engenharia, frente às novas relações trabalhistas; que uma das características dessa modalidade de contratação é a alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade e que a matéria deveria ser submetida às Câmaras Especializadas, no sentido de avaliar a compatibilidade destacada, fundamentando, de maneira técnica, as razões de decidir.

A presente cópia é dirigida à esta CEEST (fls. 26) para análise em seu âmbito. 2.PARECER

Lastreado nos Dispositivos Legais destacados no processo e em especial nos listados na peça de informação, folhas 27 e 28:

Lei Federal 5.194/66:

Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46 - São atribuições das Câmaras Especializadas: ...

d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região;

e) elaborar as normas para a fiscalização das respectivas especializações profissionais;

f) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações profissionais, encaminhando-os ao Conselho Regional.

...

Art. 59 - As firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta Lei, só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.

1º- O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral só será

RICARDO DE DEUS CARVALHAL

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

concedido se sua denominação for realmente condizente com sua finalidade e qualificação de seus componentes.

...

§ 3º- O Conselho Federal estabelecerá, em resoluções, os requisitos que as firmas ou demais organizações previstas neste Artigo deverão preencher para o seu registro.

Art. 60 - Toda e qualquer firma ou organização que, embora não enquadrada no artigo anterior, tenha alguma seção ligada ao exercício profissional da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, na forma estabelecida nesta Lei, é obrigada a requerer o seu registro e a anotação dos profissionais, legalmente habilitados, delas encarregados.

...

Decreto Lei 5.452/43 (CLT):

Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

...

Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter

especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 5o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - remuneração; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III - décimo terceiro salário proporcional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

IV - repouso semanal remunerado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) V - adicionais legais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e

fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

...

Res. 1.121/19 do Confea:

Art. 1º Fixar os procedimentos para o registro de pessoas jurídicas, de direito público ou privado, que se organizem para executar obras ou serviços que envolvam o exercício de profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea.

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...

Art. 8º O registro deve ser requerido por representante legal da pessoa jurídica. Art. 9º O requerimento de registro deve ser instruído com:

I - instrumento de constituição da pessoa jurídica, registrado em órgão competente, e suas alterações subsequentes até a data da solicitação do registro no Crea, podendo estas serem substituídas por instrumento consolidado atualizado;

II - número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;

III - indicação de pelo menos um responsável técnico pela pessoa jurídica;

IV – número da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de cargo ou função, já registrada, para cada um dos profissionais referido no inciso III deste parágrafo.

V - cópia do ato do Poder Executivo federal autorizando o funcionamento no território nacional, no caso de pessoa jurídica estrangeira; e

VI – comprovação do arquivamento e da averbação do instrumento de nomeação do representante da pessoa jurídica no Brasil, no caso de pessoa jurídica estrangeira.

...

Art. 11. O requerimento de registro de pessoa jurídica será apreciado e julgado pelas câmaras especializadas competentes.

...

Art. 16. Responsável técnico é o profissional legalmente habilitado e registrado ou com visto que assume a responsabilidade perante o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e o contratante pelos aspectos técnicos das atividades da pessoa jurídica envolvendo o exercício de profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea.

§1º O responsável técnico deverá fazer parte do quadro técnico da pessoa jurídica, ter atribuições total ou parcialmente compatíveis com o objetivo social da empresa e proceder o registro da respectiva ART de cargo ou função.

§2º Cada pessoa jurídica terá pelo menos um responsável técnico.

§ 3º Nos impedimentos do responsável técnico, a pessoa jurídica deverá designar substituto legalmente habilitado e registrado ou com visto no Crea, enquanto durar o impedimento.

...

Com especial atenção ao Parecer nº 171/2020 DCS/SUPJUR, juntado ao processo sob folhas 23 a 25, é certo não haver vedação para se utilizar a modalidade de contrato de trabalho intermitente na engenharia, frente às novas relações trabalhistas.

É certo também que uma das características dessa modalidade de contratação, a alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, apresenta forte aderência a muitos cenários da engenharia. Entretanto é importante destacar a exigência imposta no §2º do Art. 16 da Res. 1.121/19 do Confea que determina “Cada pessoa jurídica terá pelo menos um responsável técnico”.

No caso em tela nos parece razoável uma empresa, com as características apresentadas, contar com responsáveis técnicos apenas diante de demandas eventuais e temporárias como a montagem de andaimes. Entretanto nos parece mandatório que o contrato firmado tenha duração igual ou superior ao período registrado na ART para a execução do serviço, por exemplo!

Considerando as particularidades e diversidades envolvidas, nos parece pretensioso definir padrões capazes de validar ou não este tipo de contratação sem a prévia avaliação individualizada e criteriosa das Câmaras especializadas, fórum competente de acordo com o Art.46 da Lei Federal 5.194/66.

Entretanto é possível orientar a fiscalização e demais departamentos envolvidos para que, além das rotinas, imprimam maior esforço e atenção para reunir indícios de efetiva participação dos profissionais indicados; relacionem prazo de contrato, tempo de execução da obra/serviço e registro/baixa de ART; exijam o fiel cumprimento da Resolução nº 397, de 11/08/1995, do Confea, que dispõe sobre a fiscalização do cumprimento do Salário Mínimo Profissional, remetendo o juntado para análise e deliberação da

respectiva câmara especializada. 3.VOTO

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2.Pela exclusiva competência das respectivas Câmaras especializadas para analisar a aderência,

pertinência ou indícios de irregularidade relacionadas a contratação de responsáveis técnicos sob o regime de contrato de trabalho intermitente;

3.Orientar a fiscalização e demais departamentos envolvidos para que, além das rotinas, imprimam maior esforço e atenção para reunir indícios de efetiva participação dos profissionais indicados; relacionem prazo de contrato, tempo de execução da obra/serviço e registro/baixa de ART; exijam o fiel cumprimento da Resolução nº 397, de 11/08/1995, do Confea, que dispõe sobre a fiscalização do cumprimento do Salário Mínimo Profissional, remetendo o juntado para análise e deliberação da respectiva câmara especializada. 4.Orientar a fiscalização e demais departamentos envolvidos para que alertem profissionais e empresas para que tenham especial atenção aos preceitos estabelecidos no Art. 21 da Resolução nº1121, quanto a Baixa de Profissional do Quadro Técnico da empresa, e aos termos estabelecidos na Resolução nº 1025 quanto a necessária Baixa de ART.

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C-598/2020 CREA/SP

2.HISTÓRICO

3.O Eng. Prod., Eng. Contr. Autom. e Seg. Trab. Márcio Ricardo Morelli de Meira consulta (fls. 02) se está habilitado para “se responsabilizar tecnicamente por um serviço de inspeção de integridade em linha, uma vez que se trata de um equipamento de proteção coletiva (EPC). A rigor são linhas de vida instaladas em escadas do tipo marinheiro”.

4.O processo é instruído com a situação de registro do profissional (fls. 03) e é encaminhado à Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST para análise em seu âmbito.

5.DISPOSITIVOS LEGAIS (vide informação fls. 05/08) 6.PARECER

7.O presente processo foi iniciado com a finalidade de esclarecer ao consulente sobre suas atribuições profissionais permitirem assumir as responsabilidades técnicas pelo serviço de inspeção de integridade em linha, uma vez que se trata de um equipamento de proteção coletivo (EPC).

8.Caberá à CEEST manifestação sobre a área da engenharia de segurança do trabalho.

9.A Res. 359/91 do Confea dispõe em seu artigo 4º as atividades relacionadas à atuação profissional do engenheiro de segurança do trabalho.

10.Todas as atividades constantes nesta Resolução se voltam, precipuamente, para a proteção do

trabalhador em todas as unidades laborais, no que se refere à questão de segurança, inclusive higiene do trabalho, sem interferência específica nas competências legais e técnicas estabelecidas para as diversas modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

11.A Norma Regulamentadora NR-35 dispõe de ações preventivas em vários segmentos da engenharia e, por tal motivo, deverá ser considerado o segmento específico a que a atividade se destina.

12.O profissional deve observar é o contexto da realização da atividade, que consoante os conceitos prescritos na legislação em vigor, Lei Federal 7.410/85, Decreto Federal 92.530/86 e Res. 359/91 do Confea, remete exclusivamente à proteção do trabalhador.

13.No contexto laboral, s. m. j., é o profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho que possui atribuições para avaliação dos riscos de várias das atividades constantes da NR-35, Análise de Risco – item 35.4.5, a definição de utilização de um elemento de ligação quando necessário, seleção dos Sistemas de Proteção Contra Quedas – item 35.5 e a compatibilização dos seus elementos, submetendo-os a uma sistemática de inspeção, Sistemas de Ancoragem – item 1 do anexo II, dentre outras, sempre no contexto engenharia de segurança do trabalho.

14.De forma análoga, fora do contexto laboral, não é atribuição do profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho assumir as responsabilidades, a exemplo das atividades de especificações técnicas que adentram em indicação das estruturas que serão utilizadas e localização dos seus pontos de fixação, detalhamento e/ou especificação dos materiais e construção dos dispositivos de ancoragem, cálculos referentes à força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos simultâneos ou sequenciais e os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto.

15.Assim, o projeto do sistema e a execução da implantação serão concebidos por profissional habilitado na área da engenharia a que concerne a máquina, equipamento e/ou estrutura a ser instalado, não sendo inerentes ao engenheiro de segurança do trabalho estas atividades, mas cabendo análise em razão da atribuição da formação original da engenharia.

FERNANDO ANTÔNIO CAUCHICK CARLUCCI

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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16.E o profissional que detém as atribuições profissionais na área da engenharia de segurança do trabalho poderá realizar as devidas inspeções de integridade da linha, consoante dispõe o item 10 do artigo 4º da Res. 359/91 do Confea.

17.VOTO

18.A) Informar ao consulente que cabe ao profissional engenheiro de segurança do trabalho realizar as devidas inspeções de integridade da linha, consoante dispõe o item 10 do artigo 4º da Res. 359/91 do Confea, desde que o projeto do sistema e a execução da implantação tenham sido concebidos por

profissional habilitado na área da engenharia a que concerne a máquina, equipamento e/ou estrutura a ser instalado;

19.B) Que no âmbito da Engenharia de Segurança do Trabalho o profissional não detém atribuições para o atendimento integral na realização de projeto do sistema e a execução da implantação detalhamento e/ou especificação dos materiais e construção dos dispositivos de ancoragem, cálculos referentes à força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos simultâneos ou sequenciais e os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto; e 20.C) Quanto às demais atribuições da engenharia detidas pelo profissional, caberá análise por parte da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica – CEEMM.

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C-644/2020 CREA/SP

2.HISTÓRICO

3.O Eng. Prod. e Seg. Trab. Anderson Luís Santos da Silva consulta (fls. 02) se “...posso realizar projeto de segurança de linha de vida, proteção de máquinas e equipamentos, e quais são todos os projetos que posso realizar para a segurança do trabalhador? No Confea item 7 é muito amplo, preciso saber quais todos os projetos que posso elaborar e assinar para estar respaldado. Tenho curso de instalação de linha de vida. Onde encontro todas as minhas habilitações...”.

4.O processo é instruído com as atribuições do profissional (fls. 02), pesquisa (fls. 03) acusando inexistência de registro e é encaminhado à Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST (fls. 04) para análise em seu âmbito.

5.DISPOSITIVOS LEGAIS (vide informação fls. 05/08) 6.PARECER

7.O presente processo foi iniciado com a finalidade de esclarecer ao consulente sobre suas atribuições profissionais permitirem ou não assumir as responsabilidades técnicas pelo serviço de projeto de segurança de linha de vida, proteção de máquinas e equipamentos, bem como quais seriam todos os projetos que poderia realizar para a segurança do trabalhador.

8.Caberá à CEEST manifestação sobre a área da engenharia de segurança do trabalho.

9.A Res. 359/91 do Confea dispõe em seu artigo 4º as atividades relacionadas à atuação profissional do engenheiro de segurança do trabalho.

10.Todas as atividades constantes nesta Resolução se voltam, precipuamente, para a proteção do

trabalhador em todas as unidades laborais, no que se refere à questão de segurança, inclusive higiene do trabalho, sem interferência específica nas competências legais e técnicas estabelecidas para as diversas modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

11.A Norma Regulamentadora NR-35 dispõe de ações preventivas em vários segmentos da engenharia e, por tal motivo, deverá ser considerado o segmento específico a que a atividade se destina.

12.O profissional deve observar é o contexto da realização da atividade, que consoante os conceitos prescritos na legislação em vigor, Lei Federal 7.410/85, Decreto Federal 92.530/86 e Res. 359/91 do Confea, remete exclusivamente à proteção do trabalhador.

13.No contexto laboral, é o profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho que possui atribuições para avaliação dos riscos de várias das atividades constantes da NR-35, Análise de Risco – item 35.4.5, a definição de utilização de um elemento de ligação quando necessário, seleção dos Sistemas de Proteção Contra Quedas – item 35.5 e a compatibilização dos seus elementos, submetendo-os a uma sistemática de inspeção, Sistemas de Ancoragem – item 1 do anexo II, dentre outras, sempre no contexto engenharia de segurança do trabalho.

14.De forma análoga, fora do contexto laboral, não é atribuição do profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho assumir as responsabilidades, a exemplo das atividades de especificações técnicas que adentram em indicação das estruturas que serão utilizadas e localização dos seus pontos de fixação, detalhamento e/ou especificação dos materiais e construção dos dispositivos de ancoragem, cálculos referentes à força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos simultâneos ou sequenciais e os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto.

15.Assim, o projeto do sistema e a execução da implantação serão concebidos por profissional habilitado

FERNANDO ANTÔNIO CAUCHICK CARLUCCI

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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na área da engenharia a que concerne ao objeto onde será instalada a linha de vida, a exemplo de máquina, equipamento e/ou estrutura, edificação ou estrutura efêmera, ou outros, não sendo inerentes ao engenheiro de segurança do trabalho estas atividades, mas cabendo análise em razão da atribuição da formação original da engenharia.

16.Quanto ao questionamento de caráter genérico sobre “todos os projetos”, podemos afirmar que são inúmeras as atividades e projetos que podem ser elaborados pelo profissional Engenheiro de Segurança do Trabalho, pressupondo ser esta uma informação recebida quando do curso de sua pós-graduação e participação no próprio mercado de trabalho. O profissional poderá encontrar campos de atuação e

atividades típicas da área da Engenharia de Segurança do Trabalho no artigo 4º da Res. 359/91 do Confea. 17.VOTO

18.A) Informar ao consulente que a atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho se dá na proteção do trabalhador em todas as unidades laborais, no que se refere à questão de segurança, inclusive higiene do trabalho, conforme dispõe a Res. 359/91 do Confea;

19.B) Informar ainda que, no âmbito da Engenharia de Segurança do Trabalho, o profissional não detém atribuições para o atendimento integral na realização de projeto do sistema e a execução da implantação detalhamento e/ou especificação dos materiais e construção dos dispositivos de ancoragem, cálculos referentes à força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos simultâneos ou sequenciais e os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto; e

20.C) Quanto às demais atribuições da engenharia detidas pelo profissional, caberá análise por parte da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica – CEEMM.

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C-659/2020 CREA/SP

2.HISTÓRICO

3.O Eng. Eletric. e Seg. Trab. Alcides Henrique Leite Santos informa (fls. 02) que “...irá regularizar um estabelecimento e precisara apresentar em LTA da Anvisa e demais documentos para licenciamento e questiona: 1) Quais os códigos para a ART devem ser anotados; 2) Já é do entendimento deste Conselho que engenheiros de seg podem realizar trabalhos relacionados ao LTA da Anvisa, por solicito com urgência se posso ser responsável técnico por todo o processo de licenciamento de estabelecimentos de saúde, tendo em vista que as atividades são compatíveis e afetas a Eng de Seg e possuo atribuições da modalidade Civil nas especialidades Elétrica e Segurança do trabalho (art 33do dec 23569 e reso Eng Seg)bem como estas atribuições constam habilitadas no Crea/PR”.

4.O processo é instruído com a situação de registro do profissional (fls. 02v) e é encaminhado à Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST para análise em seu âmbito (fls. 03). 5.DISPOSITIVOS LEGAIS (vide informação fls. 04/06)

6.PARECER

7.O presente processo foi iniciado com a finalidade de esclarecer ao consulente sobre suas atribuições profissionais permitirem ou não assumir as responsabilidades técnicas pelo serviço LTA da Anvisa, cabendo à CEEST manifestação sobre a área da engenharia de segurança do trabalho.

8.A pergunta é formulada de forma truncada, mas serão travados esforços na tentativa de esclarecer ao profissional suas atribuições.

9.A Res. 359/91 do Confea dispõe em seu artigo 4º as atividades relacionadas à atuação profissional do engenheiro de segurança do trabalho.

10.Todas as atividades constantes nesta Resolução se voltam, precipuamente, para a proteção do

trabalhador em todas as unidades laborais, no que se refere à questão de segurança, inclusive higiene do trabalho, sem interferência específica nas competências legais e técnicas estabelecidas para as diversas modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

11.Diferentemente do que alega o profissional em sua afirmação, as atribuições detidas do Decreto 23.569/33 e Res. 218/73 do Confea, lhe conferem atribuições profissionais na área da elétrica. Mesmo as atividades descritas de construção de obras são destinadas ao aproveitamento de energia e seus

trabalhos, às usinas elétricas e às redes de distribuição de eletricidade, às instalações que utilizem energia elétrica.

12.A pergunta não apresenta o normativo específico a que se referem as atividades de regularização, donde depreendemos tratar-se da Portaria Secretaria Municipal da Saúde – SMS/Covisa nº 32 de 11/08/2020.

13.Caso se trate desse normativo, esclarecemos que ele estabelece os requisitos e os procedimentos para a avaliação físico-funcional e aprovação de projetos de edificações que abrigam atividades de interesse da saúde, sob a ótica do controle de risco sanitário, à salubridade e segurança dos ambientes construídos e ao saneamento ambiental e assegurar a compatibilidade entre a edificação e suas instalações com as atividades de interesse à saúde nela propostos, com a consequente emissão de Laudo Técnico de Avaliação – LTA pelo órgão de vigilância em saúde do município.

14.A declaração do anexo da Portaria remete à responsabilidade técnica pela construção, reforma, ampliação ou adaptação da edificação, garantindo condições de salubridade em ambientes e entornos. 15.O formulário do LTA apresentado remete ao projeto de edificações, instalações e empreendimentos de

FERNANDO ANTÔNIO CAUCHICK CARLUCCI

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Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

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interesse da saúde, inclusos condicionantes do projeto.

16.Todos os documentos remetem à avaliação de edificações utilizadas para fins da área da saúde. 17.As atribuições do consulente restariam suficientes apenas para abordar as instalações elétricas das edificações, bem como das providências de segurança dos trabalhadores envolvidos nas atividades da engenharia que ali acontecerão, de forma a prevenir acidentes do trabalho e prevenções em geral. 18.Nessa condição, o Laudo Técnico de Avaliação – LTA requerido pelo órgão de vigilância em saúde do município exige atribuições profissionais para edificações e as adequações para fins sanitários e não são encontradas “in totum” nas atribuições profissionais detidas pelo consulente.

19.VOTO

20.A) Informar ao consulente que cabe ao profissional engenheiro de segurança do trabalho realizar as atividades de proteção do trabalhador em todas as unidades laborais, no que se refere à questão de segurança, inclusive higiene do trabalho, consoante o artigo 4º da Res. 359/91 do Confea;

21.B) Que no âmbito da Engenharia de Segurança do Trabalho o profissional não detém atribuições para o atendimento integral na realização de Laudo Técnico de Avaliação – LTA pelo órgão de vigilância em saúde do município, conforme descrito na Portaria Secretaria Municipal da Saúde – SMS/Covisa nº 32 de

11/08/2020, por envolver atribuições relacionadas à construção e reforma de edificações; e

22.C) Quanto às demais atribuições da engenharia detidas pelo profissional, caberá análise por parte da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica – CEEE.

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Julgamento de Processos

II . II - OUTROS ASSUNTOS

C-376/1996 V2 C7 CREA/SP

O processo mencionado foi encaminhado a esse relator, pela Coordenação da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho, para as análise e manifestação de forma objetiva e legalmente fundamentada.

Do processo.

Esse relator observou que o processo em questão tem como origem o Departamento de Registros, Cadastro e o conteúdo mostra uma cópia da Proposta de Instrução de Registro de Pessoa Jurídica norteado pela resolução de número 1.121/2019, do Confea, que dessa forma pretende obter da Câmara Especializada em Engenharia de Segurança do Trabalho, manifestação quanto a proposta de instrução para fins de registro de pessoas jurídicas no Crea SP.

Manifestação da Superintendência de Colegiados.

Em folhas 335, a Superintendência de Colegiados do Crea SP, através do seu assistente técnico, arquiteto urbanista Gustavo A. Schliemann apresenta as informações e dispositivos legais que envolvem o assunto tratado nesse processo (Itens 1 ao 6).

Esse relator destaca o item 9, no verso da folha 335 onde se lê...’O presente processo compila uma grande quantidade de informações e pareceres, porém não se observa parecer jurídico específico sobre o texto da proposta’.

Parecer do relator.

Esse relator se sente impossibilitado de fazer um parecer justo e amparado legalmente e por essa razão, solicita à coordenação da CEEST, que envie o processo para o departamento jurídico desse Regional, para que sejam feitas as devidas orientações, conforme manifestação dada pelo assistente da SupCol em folhas, 335 v.

Nada mais.

CARLOS ALBERTO GUIMARÃES GARCEZ

11

Proposta Relator Processo/Interessado Nº de Ordem

(22)

22

CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

REUNIÃO N.º 148 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 25/05/2021

Julgamento de Processos

III - PROCESSOS DE ORDEM F

Referências

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