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A construção da identidade nacional brasileira a partir do lugar de memória: O projeto do Museu Histórico Nacional. Mariana Pastana Batista da Silva 1

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Academic year: 2021

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A construção da identidade nacional brasileira a partir do lugar de memória: O projeto do Museu Histórico Nacional

Mariana Pastana Batista da Silva1

O presente trabalho busca demonstrar a importância do museu, enquanto lugar de memória, na construção de uma identidade nacional. Neste caso, apontando a criação do Museu Histórico Nacional como forma de resgate e preservação da memória histórica da nação, a partir do esforço do recém-governo republicano de legitimar o regime e desenvolver a identidade brasileira.

A reverência ao passado e o culto à memória são fenômenos que ganharam forte expressão a partir do século XIX. A velocidade das transformações sociais, políticas e culturais provenientes do mundo moderno fez com que as sociedades perdessem seu referencial e, assim, as noções de identidade. Essa “aceleração da história” (NORA, 1993:7) provocaria uma distância entre as “sociedades-memória”, as quais asseguravam a conservação e transmissão dos seus valores, e as “sociedades-história”, concebidas pela modernidade e as mudanças decorrentes desta − condenadas ao esquecimento. Essa distância entre memória e história, ocasionada pela rapidez da oscilação de um passado concluído, faz emergir uma profunda desestruturação e, com isso, o fim da memória verdadeira.

Da mesma forma que Halbawchs refletiu a diferença entre os conceitos concluindo que a memória é constituída pelo sujeito de forma viva e natural, Nora retoma esse pensamento definindo a memória como “a vida, sempre carregada por grupos vivos” (NORA, 1993:9). A memória, para ele, é afetiva e, por isso, renova-se e evolui permanentemente de acordo com as lembranças. Ela não promove ruptura entre o passado e o presente, pois ela retém o passado no presente. Já a história seria uma oposição à memória; enquanto a memória é atual, a história é uma reconstrução do passado morto. A história se insere em um processo intelectual, em que se faz necessária análise e discurso crítico. Enquanto a memória pertence aos grupos, a história pertence a todos. “A memória instala a lembrança no sagrado, a história liberta, e a torna sempre prosaica.” (NORA, 1993:9).

1 UFRJ, Graduanda.

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Nesse sentido, com o início de uma consciência historiográfica na “reconstituição de um passado sem lacunas” (NORA,1993:10), a história passou a se “desidentificar” com a memória, uma vez que esta é sempre suscetível a mudanças. Assim a memória transforma-se em objeto da história.

As sociedades-história advindas da modernidade começaram a buscar sua legitimação através do passado como meio de combater o esquecimento e, a partir desse momento, surge a necessidade dos lugares de memória.

O movimento da história, a ambição histórica não são a exaltação do que verdadeiramente aconteceu, mas sua anulação. Sem dúvida, um criticismo generalizado conservaria museus, medalhas e monumentos, isto é, o arsenal necessário ao seu próprio trabalho, mas esvaziando-os daquilo que, a nosso ver, os faz lugares de memória. Uma sociedade que vivesse integralmente sob o signo da história não conheceria, afinal, mais do que uma sociedade tradicional, lugares onde ancorar sua memória. (NORA,1993:9)

Apesar da sociedade se reconhecer através de um passado comum, ou seja, uma memória comum, não se pode desconsiderar que no interior dessa sociedade podem existir inúmeras memórias − individuais, subterrâneas, de vencedores e de vencidos. Essas inúmeras memórias que coexistem dentro de uma memória coletiva podem, de alguma maneira, conviver pacificamente, como Halbwachs insinua, sobre um “processo de negociação para conciliar memória coletiva e memórias individuais” (POLLAK, 1989:3), ou, de acordo com a abordagem de Pollak, a memória coletiva, na realidade, oprime e domina algumas memórias para manter determinada identidade. Nesse sentido, a construção de uma memória coletiva, principalmente de caráter nacional – memória oficial − estabelece-se, paralelamente, a memórias subterrâneas, aquelas referentes às minorias e aos grupos marginalizados2. Pollak desenvolve a ideia de “enquadramento da memória”, já que ela é constituída por escolhas.

Para que a memória oficial se enraíze nos indivíduos, além de discursos organizados por líderes e da criação de heróis nacionais, necessita de materialização − “ela nunca se desenvolverá, no interior dos sujeitos, sem suportes materiais” (CATROGA, 2001:23). Essa

2 Pollak utiliza “memórias em disputa” para demonstrar que dentro de uma sociedade existem múltiplas memórias e que a coexistência delas nem sempre é pacifica. Para a construção de uma memória oficial, a memória das minorias – subalternos, marginalizados – é suprimida. (POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio, 1989).

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necessidade da memória de se “espacializar”, de acordo com Nora, emerge devido à ruptura com o elo de identidade antigo. Dessa forma, o sentimento de continuidade e a persistência das identidades tornam-se possíveis somente pela materialização da memória.

Os lugares de memória nascem como meio de lembrar incessantemente a sociedade daquilo que ela tem medo de esquecer − ou daquilo que determinado grupo não quer que se esqueça. Considerando isso, Pollak aborda a ideia de que para se construir a memória são necessários, primeiramente, acontecimentos vividos pessoalmente e, em segundo lugar, aqueles que ele chama de “vividos por tabela”. Esses acontecimentos são aqueles em que o indivíduo não estava necessariamente envolvido, no entanto, dentro da sua imaginação o evento tomou proporções que dificilmente ele sabe clarificar se participou ou não.

Os lugares de memória são, portanto, essenciais ao enquadramento de uma memória oficial e construção da identidade de uma nação. Apesar disso, a reprodução de uma memória como patrimônio não necessariamente assume caráter de verdade absoluta. De acordo com o que Koselleck discorre a respeito dos memoriais de guerra, “diferentes grupos sociais e políticos fazem uso de memoriais para preservar de forma segura a sua própria tradição particular reivindicando para si o significado de morte que se apropriou.” (KOSELLECK, 2002: 304-305)3. Logo, percebe-se que a representação nos lugares de memória além de poder se alterar e se ressignificar pela sociedade através do tempo, pode ser apropriada e construída pelas entidades oficiais de maneira a produzir uma identidade nacional.

Os “discursos do patrimônio cultural”, presentes em todas as modernas sociedades nacionais, florescem nos meios intelectuais e são produzidos e disseminados por empreendimentos políticos e ideológicos de construção de “identidades” e “memórias”, sejam de sociedades nacionais, sejam de grupos étnicos, ou de outras coletividades. (GONÇALVES, 2007:41)

Em outras palavras, é através dos símbolos e rituais: monumentos, museus, festas e hinos, criação de heróis, etc., que se desenvolvem a construção da nação e, principalmente, o sentimento de identidade nacional. De acordo com Nora (1993) o espaço onde a memória se

3 Tradução nossa. “Different social and political groups make use of memorials to safely preserve their own particular tradition by laying claim for themselves to the meaning of death which has taken place” (KOSELLECK, Reinhart. War Memorials: Identity Formations of the Survivors. In: ____ The practice of conceptual history: timing history, spacing concepts. California, 2002, p.304-305),

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representa só existe a partir de uma intenção específica, investida de simbolismos e significações. Logo, a representação da memória reside, antes de tudo, na vontade de memória. Ou seja, a memória se materializa e se preserva para que o indivíduo e o(s) grupo(s) entrem em contato com esses símbolos e ritos de modo a aflorar um sentimento de significação e integração com a coletividade − “as ideias, valores e imagens fragmentam em diversos lugares de memórias, que só serão suscitadores de recordação quando lhes é atribuído um valor simbólico”. (CATROGA, 2001:23)

Para Benedict Anderson a nação é uma comunidade imaginada que só existe devido à “camaradagem horizontal”, ou seja, a ideia de que seus integrantes possuem uma identidade comum constituída a partir da imaginação coletiva. Assim, a nação é construída pelos seus membros e reconhecida por eles, e pela comunidade externa, a partir da identidade nacional. Assim, a partir do século XVIII, as nações europeias começaram a desenvolver esse processo de criação das identidades nacionais. Mesmo que com pontos distintos, os diferentes Estados passaram por semelhantes caminhos –“não há nada de mais internacional que a formação das identidades nacionais” (THIESSE, 2000:15). Esse processo de “invenção” (HOBSBAWM, RANGER, 1984), ou construção da identidade, abarca não somente uma, mas uma série de procedimentos essenciais para sua elaboração. De acordo com Anne-Marie Thiesse:

Uma nação digna desse nome deve apresentar uma história que estabelece uma continuidade com os ilustres antepassados, uma série e heróis modelos das virtudes nacionais, uma língua, monumentos culturais, um folclore, locais eleitos e uma paisagem típica, uma determinada mentalidade, representações oficiais – hino e bandeira – e identificações pitorescas – trajes, especialidades culinárias ou um animal emblemático. (THIESSE, 2000:18)

O Brasil, entre o final do século XIX e início do século XX, passava por intensas transformações sociais e culturais, além da transição política de monarquia para república. A principal intenção do país, neste momento, era se inserir nos moldes das nações modernas europeias e legitimar seu novo sistema político. Dessa forma, o Estado associado às elites promoveu o enquadramento de uma memória histórica com o objetivo de enraizar nos indivíduos um sentimento de identidade nacional. Para tanto, símbolos foram constituídos como forma de doutrinar a nação a respeito de costumes e valores antepostos pelos setores dominantes. Foi neste contexto de enquadramento da memória histórica, com o propósito de

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criar uma identidade oficial brasileira, que ocorreu a criação do Museu Histórico Nacional (MHN).

O escopo do governo republicano, de promover um Brasil moderno e progressista, podia ser observado já nas grandes obras e construções realizadas principalmente na capital, Rio de Janeiro4. As mudanças, decorrentes no século XX (já idealizadas no século XIX por D. Pedro II), buscavam inserir o país no rol de nações modernas e civilizadas, seguindo os preceitos eurocêntricos. Além de modernizar a estrutura do país, era necessário inculcar nos seus membros costumes e valores cívicos, importados do Velho Mundo, e proporcionar uma educação histórica para a nação.

Em 1922, com a comemoração dos cem anos da independência do Brasil foram realizadas inúmeras cerimônias e festas, dentre elas a “Exposição Internacional de 1922”. As exposições internacionais, já ocorriam desde o século anterior e tinham “função eminentemente didática, onde procurava-se divertir, disciplinando e educando a multidão” (ABREU, 1990:16). Dessa maneira, o MHN, que nasce como desdobramento dessa exposição, ao mesmo tempo em que visava representar uma nação voltada para o futuro, mantinha elos com o passado e a tradição, ligados ao governo imperial.

Para que fosse desenvolvida a adoração à pátria, o MHN deveria se edificar em torno de uma série de simbolismos. Nesse sentido, primeiramente verifica-se a importância da escolha do local para sua habitação. O Museu foi instalado no centro da capital Rio de Janeiro, em um ponto geográfico de grande representação histórica, rodeado por diversas construções como, por exemplo: o Paço Imperial, a Santa Casa de Misericórdia, a Casa do Trem, entre outras propriedades de valor significativo para a memória do país. O prédio de instalação do Museu abrigou − de 1822 até a proclamação da república − o Arsenal de Guerra da Corte, sendo dividido após a criação do MHN entre diferentes órgãos de burocracia federal. (ABREU, 1990)

Logo, o MHN foi constituído, desde a escolha de seu local até à disposição dos objetos, com a finalidade de resgatar a memória histórica – com ênfase nos heróis militares, e identificar a nação como civilizada, moderna e progressista. O projeto de Barroso estava relacionado principalmente com uma visão idealizada do passado, mas também com o

4 No início do século XX, o Rio de Janeiro passou por uma série de transformações com o objetivo de “europeizar” a capital. O prefeito Pereira Passos coordenou a reestruturação urbana e social, demolindo cortiços, alargando ruas, construindo praças, estabelecendo o embelezamento da cidade.

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discurso desenvolvido pelo poder público a respeito do significado desse passado e da memória histórica a ser fabricada no museu e inculcada nos brasileiros.

Retomando Pierre Nora, para que a memória social possa ser constantemente relembrada e revisitada no presente, o lugar de memória necessita ser revestido de uma aura simbólica. Assim, os esforços de Barroso voltaram-se, fundamentalmente, para a aquisição de um acervo de objetos simbólicos relacionados à elite aristocrática brasileira e a personagens militares. Para ele, o contato imediato com esses vestígios da nação acarretaria a lembrança do passado e, assim, ensinaria a amá-lo e preservá-lo construindo uma nação coesa – “o “culto da saudade” representou a tentativa de consolidar uma tradição nacional por meio de objetos que, por serem valorizados como autênticos fragmentos do passado, funcionavam como símbolos poderosos dos “heróis” eleitos por uma parte da elite dirigente” (SANTOS, 2006:41).

O Museu foi dividido em duas seções, a 1ª seção uma biblioteca especial de história universal, particularmente do Brasil, e de arqueologia e história da arte, e a 2ª uma biblioteca especial de numismática, sigilografia e filatelia. As salas eram nomeadas de acordo com os objetos expostos ou eventos e períodos da história do país. De acordo com o catálogo da exposição:

O visitante, que desejar visita-la toda, entrando no Museu, tem á sua direita a Portaria, a ALA DOS CANDELABROS, a SALA DOS MINISTROS e o Gabinete do chefe da Secção; á sua esquerda, as SALAS DOS RETRATOS e DAS BANDEIRAS. A sua frente, verá o passadiço que o leva, diretamente, ao 2º corpo do edifício, onde se abrem sobre o PATEO DAS CÓROAS as ARCADAS DOS CANHÕES, DAS PEDRAS e DOS CÔCHES. No encontro destas duas, a ESCADARIA DOS ESCUDOS conduzi-lo-á, á esquerda, ás SALA DOS THRONOS, DO SCEPTRO, DA CONSTITUINTE e DOS CAPACETES; á direita, ás SALAS OSÓRIO e DOS THROPHÊOS. Do patamar da ESCADARIA DOS ESCUDOS, a ESCADARIA DAS ARMAS dar-lhe á acesso á GALERIA DAS NAÇÕES e as SALAS DA ABOLIÇÃO E DO EXÍLIO, e DA REPÚBLICA. (BARROSO, 1924)

Barroso organizou o museu com os objetos provenientes do período imperial adquiridos por doações, compras ou transferências de outras instituições. Esses objetos foram escolhidos e listados de acordo com sua relevância histórica, ou a personalidade a que pertencia buscando construir a memória histórica. Através da disposição das salas do MHN, se buscou produzir uma linha cronológica evolutiva, com a república sendo a forma ideal do

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progresso. Assim, a concepção da história que norteava Barroso, era a de “mestra da vida” 5 – “os exemplos são retirados do passado, com o objetivo de ensinar, transmitir ou afirmar valores no presente” (ABREU, 1990:47). Myrian Sepúlveda dos Santos caracteriza o Museu da seguinte maneira:

O Museu Histórico Nacional da época de Barroso (...) considerando todas as demais diferenças – como um museu-memória (...) encontramos construções arbitrárias em relação à memória, por outro, objetos altamente simbólicos podem ser recolhidos por museus que optam por um discurso historiográfico moderno.O museu-memória é, portanto, aquele onde observamos que a história, como reconstrução intelectual, laica e universalizante, submete-se ao poder do afetivo e do mágico, à dialética da lembrança e do esquecimento presente na memória. (SANTOS, 2006:46)

Sendo assim, a fundação do Museu Histórico pelo governo republicano foi um meio de legitimação do novo sistema político, demonstrando que a nação brasileira caminhava rumo ao progresso e à modernidade, mas ainda vinculada aos grandes episódios do passado. Enquanto lugar de memória, ele se estabeleceu assegurando nos brasileiros um sentimento de identidade nacional, fundamentado por um discurso concebido pelas classes dirigentes do país, de acordo com os moldes europeus.

Referências Bibliográficas Fontes

BARROSO, Gustavo. Catalogo Geral – 1ª secção: arqueologia e história. Rio de Janeiro. Museu Histórico Nacional: 1924. Disponível em:

<http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=MHN&PagFis =26089&Pesq=> Acesso em 15/01/2015

BRASIL. Decreto nº 15.596, de 2 de agosto de 1922. Disponível em: http://legis.senado.leg.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=102652&tipoDocumento=DE C&tipoTexto=PUB> Acesso em 15/01/2015.

5 A concepção de história clássica, ou “mestra da vida”, baseava-se numa história linear onde o passado era visto como exemplo pedagógico. A compreensão do passado servia como modelo para o futuro, já que segundo essa visão, o futuro era inalterável, vindo a ser muito semelhante ou mesmo análogo aos acontecimentos anteriores. CATROGA, Fernando. Ainda será a história Mestra da vida?

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Livros e revistas

ABREU, Regina. Museu, história e coleção. In: Anais do Museu Histórico Nacional. Rio de Janeiro, vol. 28, 1996, p.37-65.

______________ Tradição e modernidade: o Museu Histórico Nacional e seu acervo. In: Cadernos Museológicos. Rio de Janeiro, vol.3, nº1. 1990, p. 13-29.

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BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Zahar, 2ed. 2008.

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__________________ A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CATROGA, Fernando. Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto, 2001. ___________________Pátria e nação. Disponível em:

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