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Mara Olimpia Machado, Siliana Martins Morais, Maria Liz de Oliveira

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Academic year: 2021

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U

UNNIIDDAADDEEMMIISSTTAADDEESSAAÚÚDDEE//HHRRAASSDDEEBBRRAASSÍÍLLIIAA--22000088..

Mara Olimpia Machado, Siliana Martins Morais, Maria Liz de Oliveira

Resumo

Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos de pacientes co-infectados com HIV e HCV, acompanhados na Unidade Mista de Saúde/HRAS de Brasília.

Metodologia: Realizou-se uma pesquisa com abordagem quantitativa do tipo descritiva. Utilizou-se um roteiro estruturado para coleta de dados em 60 prontuários de pacientes co-infectados com HIV e HCV, os quais realizavam seu acompanhamento no referido centro de referência.

Resultados: 46 (76,7%) eram indivíduos do sexo masculino; 28 (46,7%) encontravam-se na faixa etária de 39 a 48 anos de idade; 29 (48,3%) eram da raça parda; 20 (33,3%) tiveram de 8 a 11 anos de estudo; as ocupações que tiveram maior incidência foram a de autônomo com 18 (30%) e os indivíduos com vínculo empregatício, 21 (35%); 39 (65%) eram heterossexuais; 32 (53,3%) fazem uso de drogas injetáveis, 15 (25%) tem histórico de transfusão sanguínea; 1 (1,7%) usa piercing; 11 (18,3%) possuem tatuagem; 30 (50%) fazem uso de drogas inaláveis. 40 pacientes (66,7%) desenvolveram SIDA e 22 (36,7%) eram sintomáticos para HCV. Notou-se que 39 (65%) encontravam-se em registro ativo, ou seja, tiveram sua ultima consulta nos 6 meses que antecederam a coleta e todos os casos foram notificados no SINAN. A maioria dos pacientes (35%) apresentaram somente um fator de risco associado para co-infecção. Dos 22 indivíduos que realizaram o tratamento para hepatite C, 9 (40,9%) obtiveram a cura, desses 6 utilizaram PEG e RBV.

Conclusão: Considerando todos os fatores de risco analisados nesse estudo e ainda aqueles que não fizeram parte da pesquisa, é notória a dificuldade de identificar por qual via os pacientes obtiveram os vírus da Hepatite C e do HIV.

Abstract

Objective: To describe the epidemiology of patients co-infected with HIV and HCV assisted in the Unidade Mista de sáude/ HRAS of Brasilia.

Methodology: Survey conducted with a quantitative descriptive type. A structured questionnaire was the means used tocollect data in 60 charts of patients co-infected with HIV and HCV, and who were monitored in the aforementioned center of reference.

Results: 46 (76.7%) were males; 28 (46.7%) were in the age group of 39 to 48 years of age; 29 (48.3%) were mulatto; 20 ( 33.3%) had at least 8 to 11 years of study; the occupations that had the greatest impact were the autonomous, with 18 (30%) and individuals with employment, 21 (35%); 39 (65%) were heterosexual, 32 (53.3%) reported to be injecting-drug users, 15 (25%) have a history of blood transfusion; 1 (1.7%) used piercing; 11 (18.3%) had tattoos, 30 (50%) made use of inhaled drugs. 40 patients (66.7%) developed AIDS and 22 (36.7%) were symptomatic for HCV. It was noted that 39 (65%) were filed in the active record or had their last visit in 6 months prior to the collection. Moreover, all cases were reported in SINAN. Most patients (35%) had only one risk factor

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associated with co-infection. Of 22 subjects received the treatment for hepatitis C and 9 (40.9%) achieved a cure, these 6 used PEG and RBV.

Conclusion: Considering all the risk factors analyzed in this study and also those which were not part of the research, it is the evident the difficulty in identifying the means by which the patients were infected with hepatitis C and HIV.

Resumen

Objetivo: Describir los aspectos epidemiológicos de pacientes co-infectados con HIV y HCV, acompañado en la Unidad Mixta de Salud/HRAS de Brasília.

Metodología: si realizó una pesquisa con abordaje cuantitativo tipo descriptiva. Si utilizó un guión estructurado para colecta de datos en 60 fichas de pacientes co-infectados con HIV y HCV, los cuales realizaban su acompañamiento en el referido centro de referencia.

Resultados: 46(76,7%) eran individuos del sexo masculino, 28(46,7%) otros estaban en la quinta de 39 a 48 años de edad; 29(48,3%) eran de raza parda; 20(33,3%) tuvieron de 8 a 11 años de estudio; las ocupaciones que tuvieron mayor incidencia fueron la de autónomo con 18(30%) y los individuos con lazo de ocupación, 21(35%). 39(65%) eran heterosexuales . 32(53,3%) hacen uso de drogas inyectables, 15(25%) tiene histórico de transfusión de la sangre. 1(1.7%) usan piercing. 11(18,3%) poseen tatuaje 30(50%) hacen uso de drogas de inhalación. 40 pacientes (66,7%) desarrollaron Sida y 22(36,7) eran sintomáticos para HCV. Si percibió que 39(65%) estaban en registro ativo, o sea, tuvieron su última consulta en los 6 meses en que ocurrió la antelación a la colecta y todos los casos fueron notificados en el SINAN. La mayoría de los pacientes(35%) presentaron solamente un factor de riesgo asociado a la co-infección. De 22 individuos realizaron el tratamiento para hepatitis C y 9(40,9%) obtuvieron la curación de eses utilizaron PEG y RBV.

Conclusión: consideraron todos los factores de riesgo analizados en ese estudio y aún aquellos que no hicieron parte de la pesquisa, es notorio la dificultad de identificarlos por cual vía los pacientes obtuvieron los virus de hepatitis C y del HIV.

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Introdução

Há aproximadamente 03 décadas, detectou-se a existência de uma nova infecção que atingia principalmente o grupo composto por jovens homossexuais do sexo masculino. Tratava-se de um microorganismo que comprometia o sistema imunológico dos indivíduos, deixando-os susceptíveis a todo tipo de patógenos oportunistas e incapazes de combatê-los. Em 1981 tal infecção foi denominada Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) (CDC,1981 apud PEREIRA,2005), dois anos após descobriu-se o agente etiológico desta síndrome, tratava-se do vírus da imunodeficiência adquirida, o HIV.

Estima-se que cerca de 60 milhões de pessoas já contraíram HIV e atualmente 40 milhões em todo o mundo vivem com a síndrome. Em 2004 ocorreram por volta de 4.9 milhões de novas infecções por HIV, sendo 95% em países em desenvolvimento e principalmente em indivíduos com idade entre 15 e 49 anos (UNAIDS, 2008).

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), de 1980 a junho de 2007, foram notificado 474.273 casos de AIDS (BRASIL, 2008 (a)).

Mesmo diante dos avanços tecnológicos da medicina, em torno dos métodos diagnósticos, agente etiológico e terapias antirretrovirais, não se tem tratamento que leve a cura ou algum tipo de vacina profilática para esta síndrome.

Inicialmente a epidemia foi definida como sendo de ocorrência exclusiva entre homossexuais. Após algum tempo esta teoria foi revogada, e este grupo de pessoas passou a ser tratado apenas como um dos grupos de risco de infecção por este agente, sendo que, associando-se, homossexuais, hemofílicos e hemotransfundidos tem-se o grupo de alto risco. Atualmente, sabe-se que a transmissão do HIV não se dá exclusivamente por relação sexual e hemotransfusão, mas também por via vertical, incluindo no grupo de risco recém nascidos de mães infectadas (COUTINHO, 2006).

A hepatite viral do tipo C é uma doença causada por um microorganismo que apresenta hepatotropismo, ou seja, preferência por se desenvolver nas células do fígado, gerando neste local um processo inflamatório degenerativo. Trata-se de uma patologia endêmica-epidêmica que constitui um problema de saúde pública no Brasil. O número de infectados é incerto, por ser necessário, para fins diagnósticos, técnicas laboratoriais complexas de biologia molecular, além da ocorrência de subnotificação de possíveis casos.

No Distrito Federal, em 2006 foram notificados 161 novos casos de HCV, sendo 104 em homens e 57 em mulheres. Vale ressaltar a importância de se analisar a faixa etária e o nível de escolaridade das pessoas que estão sendo acometidas por tal infecção, já que 70 dos 161 casos ocorreram em indivíduo com idade entre 20 e 39 anos, e 78 naqueles com idade entre 40 e 59 anos. Além disso, 43 casos possuíam de 8 a 11 anos de estudo, e 39 ocorreram em pessoas com 4 a 7 anos de estudo ( BRASIL, 2008 (c)).

O estado do Rio Grande do Sul e o Distrito Federal são os locais de maior incidência de indivíduos infectados pelo HCV, cerca de 47,9/100.000 habitantes, este número de pacientes com hepatite C, representa quatro vezes mais o montante de pacientes infectados pelo HIV (COUTINHO, 2006), enquanto as regiões Sul e Sudeste, como um todo, são responsáveis por altas taxas de HIV (BRITO, 2000).

Atualmente, estima-se que 40 milhões de pessoas estejam infectadas com o HIV-1 no mundo, e cerca de 3% da população mundial infectada pelo HCV, levando a estimativa de mais de 170 milhões de indivíduos co-infectados

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por esses vírus (ROCKSTROH et al., 2005). Tais números representam uma co-infecção de 30 a 50% dos portadores de HIV (CORVINO et al, 2007), de 50% dos usuários de drogas ilícitas e de 75% dos hemofílicos (FERREIRA, 2004). Isso justifica-se pelo compartilhamento das vias de transmissão para ambas as patologias, sendo elas: parenteral, por transfusão sanguínea ou de hemoderivados e uso de drogas endovenosas. Porém, pode ocorrer a disseminação por via sexual, ocupacional e vertical (MENDES-CORREA,2001).

Considerando as dimensões geográficas tomada pelas complicações da co-infecção, os fatores que influenciam são a falta de programas de prevenção para ambas as doenças, ou mesmo, a não disseminação dos programas já existente. A não implementação dos programas idealizados, e a não eficiência destes, por mais funcionais que sejam, dependem da adesão e conscientização da comunidade, e sua correta execução, para que alcancem bons resultados. Deve-se ressaltar que os dados de regionalização de tais doenças, não demonstram verdadeiramente a realidade, já que existem altas taxas de subnotificação de algumas regiões do país.

Sabe-se da atuação da co-infecção do HIV sobre o HCV e que esta acelera os processos patológicos do fígado, além de gerar maiores agravos nestes casos. Tal situação faz com que os índices de morbidade e mortalidade por estas patologias aumentem (FERREIRA, 2004). O estado permanente de ativação imune observado nos pacientes com HCV pode influenciar de forma negativa os pacientes com HIV, favorecendo a replicação do HIV e a destruição das células CD4 (TOVO, 2006).

Hoje existem vários tipos de tratamento para HIV, que, no entanto, encontram uma séria de fatores limitantes à sua eficácia. Entre estes fatores pode-se destacar a co-infecção com HCV, que acaba por limitar as expectativas de vida dos portadores de HIV por atingirem mais rapidamente estágios graves de doenças hepáticas como a cirrose e a descompensação hepática, principalmente entre os imunodeprimidos, o que não ocorre com tal velocidade em um pacientes monoinfectados por HCV (MOHSEN et al., 2003; PUOTI et al., 2001 apud NAVARRO, 2008).

Alguns estudos têm sugerido que o nível de viremia do HCV é mais elevado em pacientes infectados pelo HIV, quando comparado aos pacientes HIV-negativos (ZYLBERBERG, 1996). Segundo Ferreira (2004), a resposta gerada pelo tratamento para HCV é mais efetiva em pacientes monoinfectados.

Associado à alta viremia de HCV em co-infectados, tem-se o aumento da expectativa de vida dos HIV positivos, proporcionada pela evolução dos antirretrovirais, que viabilizaram o surgimento de maiores agravos hepáticos, acarretados pela hepatite C (TOVO, 2006).

Comprovou-se que o aumento da contaminação em mulheres não se restringe ao HIV, nota-se também o aumento da disseminação do HCV neste mesmo grupo. Strazza et al (2007), realizaram um estudo em uma penitenciária feminina de São Paulo, com propósito de avaliar o comportamento sexual associado aos riscos de transmissão do HIV e HCV. Detectou-se que, das 290 detentas que participaram do estudo, 13,9% estavam contaminadas pelo HIV, e 16,2% pelo HCV.

Embora existam diferenças importantes entre HIV e HCV, no que se refere a transmissão sexual, existem dados suficientes para indicar que a transmissão do HCV por esta via pode ocorrer, mas que o vírus é provavelmente ineficaz neste caso. No entanto, estudos comprovam que a transmissão sexual de HCV pode ser otimizada na presença do HIV (MENDES-CORRÊA, 2001).

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com outros quadros clínicos decorrentes do estado imunológico do paciente, como hepatites auto-imunes, hepatites tóxica, alterações metabólicas e colangite esclerosante primária (Berk et al.,1991 citado por NAVARRO, 2008).

Atualmente a doença hepática é a causa mais freqüente de morbi-mortalidade entre os infectados por HIV (Amaral, 2007). Por este motivo a avaliação da infecção pelo vírus da hepatite C em portadores do HIV, é obrigatória em qualquer centro que possua programas de acompanhamento dos soropositivos. O tratamento da hepatite C é feito por meio da utilização do Interferon alfa (IFN) e Ribavirina, do Interferon Peguilado (PEG), ou PEG com Ribavirina, além é claro, do transplante hepático.

É incerto o melhor momento para dar início aos tratamentos farmacológicos, ainda assim, pacientes com HIV e infecção crônica pelo HCV são considerados candidatos para terapia anti-HCV, devido ao risco de progressão para doença hepática terminal e aumento da toxicidade hepática após o início da terapia antiretroviral (Almeida, 2009).

Os critérios para indicação do tratamento são os mesmos utilizados para a infecção isolada pelo HCV, conforme orientação do consenso para manejo da hepatite C realizado pelo "National Institute of Health" (NIH) (2002): ALT (Alanina aminotransferase) elevada, RNA-VHC positivo, biopsia hepática com fibrose portal ou em ponte e sinais de atividade inflamatória moderada e necrose.

A Portaria Ministerial sobre Diretrizes Terapêuticas para Hepatite Viral C (Brasil d, 2007), sugere que pacientes co-infectados por HCV/HIV com qualquer grau de fibrose (F1 a F4 pela classificação METAVIR) devam ser tratados com PEG (Interferon Peguilado) associado à RBV (Ribavirina).

Os fatores prognósticos desfavoráveis para RVS (Resposta Virológica Sustentada) incluem sexo masculino, idade avançada, longo tempo de duração da infecção, presença de cirrose, abuso de álcool e imunossupressão. Com base nessas informações, não é surpresa que os pacientes co-infectados apresentem menores taxas de resposta do que aqueles monoinfectados pelo HCV (Almeida, 2009).

Há uma escassez de trabalhos, publicados na literatura brasileira, acerca do assunto “co-infecção”, o que dificulta a formulação de um referencial teórico, bem como, a confirmação ou não dos dados encontrados. Além disso, alguns estudos são realizados em populações muito especificas, tais como presidiárias (Strazza, 2007), tornando os dados tendenciosos.

Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa é descrever os aspectos epidemiológicos de pacientes co-infectados pelos vírus HIV e HCV, que realizam seu acompanhamento na Unidade Mista de Saúde/HRAS, no Distrito Federal, além disso é identificar e quantificar a procedência dos usuários infectados; estabelecer a correlação entre a co-infecção com a sexualidade, o uso de tatuagens e piercings, e o grau de escolaridade dos indivíduos; quantificar os fatores de risco que cada paciente possui; e identificar a proporção de cura entre os tratados contra Hepatite C.

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METODOLOGIA

1- Classificação da Pesquisa

No presente trabalho utilizou-se o tipo de pesquisa com abordagem quantitativa e classificada como descritiva (PEREIRA, 2000).

A pesquisa quantitativa utiliza a coleta de dados para responder às questões e testar as hipóteses previamente estabelecidas e confia na medição numérica, na contagem e freqüentemente no uso de estatística para estabelecer com exatidão os padrões de comportamento de uma população. Conta com grandes amostras, e portanto, maior amplitude e menor profundidade em seus resultados (SAMPIERI, 2006, p. 4 a 6)

Uma pesquisa descritiva visa analisar o perfil de uma amostra a partir de dados primários, estabelecendo relação entre as variáveis. Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenônemos sem interessar-se nas causas. Possui objetivos bem definidos, é bem estruturada e propõem alternativas e opções de ação. Vale ressaltar que o investigador não interfere na pesquisa.

2- Coleta dos dados:

Os dados foram coletados por meio de levantamento nos prontuários dos pacientes HIV positivos co-infectados com HCV, que são ou foram acompanhados na Unidade Mista de Saúde da Asa Sul,em Brasília.

A constituição do roteiro estruturado (ANEXO I) deu-se em várias reuniões entre profissionais da área da saúde.

Foram coletados no período de março a junho de 2008 por participantes de um projeto de pesquisa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o qual continha acadêmicos de Enfermagem da Universidade Católica de Brasília. Estes dados foram complementados por novas informações incluídas nestes prontuários no período de junho a dezembro de 2008.

Os critérios de inclusão dos dados do indivíduo na pesquisa constituíram-se de: a permanência de seu prontuário na unidade, a confirmação de infecção por HIV e destes serão selecionados somente aqueles que estão ou já estiveram infectados por HCV. Nos critérios de exclusão dos dados constaram: o paciente não ter a co-infecção e o prontuário do paciente co-infectado não estar na unidade de saúde escolhida para coletar os dados.

A unidade foi escolhida por se tratar de um centro de referência no tratamento de DST e doenças infecto-contagiosas em geral. Além disso, já havia interesse, por parte da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em fazer este levantamento de dados.

3- Analise dos dados:

Os dados foram tabulados e analisados segundo o programa SPSS 17.0. Este estabeleceu as correlações entre a co-infecção por HIV e HCV com variantes ambientais e culturais tais como o uso de piercings e tatuagens, procedência e escolaridade, sexualidade e, ainda, a adesão ou não ao tratamento, previstas nos objetivos deste projeto.

4- Aspectos éticos da pesquisa:

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Conselho Nacional de Saúde, que trata de pesquisas envolvendo seres humano. Foi submetido ao comitê de ética da Universidade Católica de Brasília e aprovado sobre o número CEP/UCB 047/2009. .

RESULTADOS

Foram preenchidos 60 questionários com dados de pacientes co-infectados com HIV e HCV. Dos prontuários analisados, 46 (76,7%) pertenciam a indivíduos do sexo masculino e 14 (23,3%) do sexo feminino. A maioria, 28 (46,7%), encontrava-se na faixa etária de 39 a 48 anos, 29 (48,3%) eram da raça parda e as ocupações que tiveram maior incidência foram a de autônomo com 18 (30%) e os indivíduos com vínculo empregatício, 21 (35%). Vale ressaltar, que de acordo com o prontuário de tais pacientes, 39 (65%) eram heterossexuais, 8 (13.3%) bissexuais e 6 (10%) homossexuais, destes 4 do sexo masculino e 2, feminino.

Dos participantes, 32 (53,3%) fazem uso de drogas injetáveis, 15 (25%) tem histórico de transfusão sanguínea ou de hemoderivados e 30 (50%) fazem uso de drogas inaláveis, sendo que 7 tiveram a resposta ignorado. A evidência laboratorial de HIV nos casos acompanhados ocorreu em grande parte (58,3%) entre 1998 e 2003, 40 (66,7%) casos desenvolveram AIDS, destes, 27 (67,5%) tinham como critério de definição as células CD4 menor que 200 cel/mm3.

Já a sorologia para HCV ocorreu em sua maioria entre 2002 e 2005 (58,3%), 35 (58,3%) iniciaram o acompanhamento em até 6 meses após o diagnóstico, 22 (36,7%) eram sintomáticos, sendo 19 (31,7%) com hepatopatia clínica e 5 (8,3%) com manifestações extra-hepáticas e apenas 6 (10%) possuíam parceiros HCV positivo.

No momento da coleta 35 (58,3%) estavam em tratamento para HIV e virgem de tratamento para HCV, enquanto a situação de acompanhamento demonstrava que 39 (65%) encontravam-se em registro ativo, ou seja, tiveram sua última consulta nos 6 meses que antecederam a coleta. Constatou-se apenas 1 caso de óbito, ocorrido há mais de uma ano. Todos os casos foram notificados no SINAN, e apenas 1 o fez fora da unidade.

Identificou-se que a maioria dos pacientes, 38 (63,3%), residiam nas cidades satélites, 9 (15%) residiam em Brasília (Plano Piloto), 9 (15%) no entorno e 4 (6,7%) em outras localidades.

Ao estabelecer a correlação entre a co-infecção com a sexualidade, o uso de tatuagens e piercings, e o grau de escolaridade dos indivíduos, observou-se que apenas um indivíduo fazia uso de piercing, sendo que este possui tatuagem, estudou de 8 a 11 anos e é bissexual.

Entre os outros 10 tatuados, 1 estudou de 1 a 3 anos e é bissexual; 4 estudaram de 4 a 7 anos, sendo 3 heterossexuais e 1 ignorado, ou seja, não encontrava a orientação relatada no prontuário; 5 estudaram de 8 a 11 anos, sendo 3 heterossexuais e 1 bissexual; e 1 estudou acima de 12 anos, sendo este heterosexxual (Tabela I).

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Tabela I: Correlação entre Escolaridade e Relações sexuais para indivíduos que possuem tatuagem

Orientação sexual Total

Bissexual Heterosse xuais Ignorado Escolaridade De 1 a 3 anos 1 0 0 1 De 4 a 7 anos 0 3 1 4 De 8 a 11 anos 2 3 0 5 Acima de 12 anos 0 1 0 1 Total 3 7 1 11

A tabela II trata da correlação entre a escolaridade e a orientação sexual das pessoas que não possuem tatuagem. Ao analisar-se, encontram-se 2 sem nenhuma escolaridade, desses 1 heterossexual e 1 ignorado; 3 estudaram de 1 à 3 anos, sendo 1 bissexual e 2 heterossexuais; 9 estudaram de 4 à 7 anos, sendo 2 homossexuais, 1 bissexual e 6 heterossexuais; 13 estudaram de 8 à 11 anos, sendo 1 homossexual e 12 heterossexuais; 5 estudaram acima de 12 anos, sendo 2 homossexuais e 3 heterossexuais; e 8 tiveram sua escolaridade ignorada, sendo 1 homossexual, 2 bissexuais, 3 heterossexuais e 2 com relação sexual ignorada (Tabela II).

Tabela II: Correlação entre Escolaridade e Relações sexuais para indivíduos que não possuem tatuagem

Orientação sexual Total

Homosexual Bissexual Heterosse

xuais Ignoado Escolaridade Nenhuma 0 0 1 1 2 De 1 a 3 anos 0 1 2 0 3 De 4 a 7 anos 2 1 6 0 9 De 8 a 11 anos 1 0 12 0 13 Acima de 12 anos 2 0 3 0 5 Ignorado 1 2 3 2 8 Total 6 4 27 3 40

Consideraram-se fatores de risco dos pacientes co-infectados: a orientação sexual (sendo considerado fator de risco ser homossexual ou bissexual), o uso de drogas injetáveis, ter realizado alguma transfusão sanguínea ou de hemoderivados, o uso de piercing, possuir tatuagem, fazer uso de drogas inaláveis e possuir parceiros HCV positivos. Ao quantificar tais fatores, observou-se que 21 pacientes, (35%), possuíam somente um fator de risco; 16 (26,7%), possuíam dois; 8 (13,3%) possuíam três; 8 possuíam quatro; e 7 (11,7%) não possuíam nenhum desse fatores de risco analisados, mas salienta-se que estes pacientes tiveram como resposta de alguns itens a opção “ignorado”, ou seja, sem resposta relatada no prontuário.

Foram submetidos ao primeiro tratamento 22 paciente, destes 7 (31,8%) obtiveram cura. Somente 4 pacientes fizeram o segundo tratamento, dos quais 2 (50%) obtiveram cura. Portanto, ao final dos tratamentos realizados, 9 indivíduos (40,9%) curaram-se da hepatite C.

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Dos 22 indivíduos que iniciaram o primeiro tratamento, 13 utilizaram Interferon peguilado (PEG) e Ribavirina (RBV), 8 utilizaram Interferon alfa (IFN) e Ribavirina e 1 utilizoou somente Interferon Peguilado. Já no segundo tratamento, administrado em 4 pacientes, todos utilizaram Interferon Peguilado e Ribavirina.

Analisando-se a taxa de cura e os medicamentos utilizados, observou-se que dos 7 indivíduos que obtiveram a cura no primeiro tratamento, 4 utilizaram PEG + RBV. Em relação ao segundo tratamento, todos fizeram uso dessas mesmas drogas. Portanto ao final da pesquisa, dos 9 (100%) indivíduos que obtiveram a cura, 6 (66,7%) utilizaram essa combinação de drogas.

DISCUSSÃO

Na pesquisa constatou-se que 76,7% dos co-infectados são do sexo masculino, da mesma forma que o estudo de Amaral (2007) e Carvalho (2006), nos quais encontrou-se 80,6% e 64,2% de indivíduos do sexo masculino, respectivamente. A faixa etária que apresentou maior freqüência foi a de 39 a 48 anos, números estes semelhantes aos encontrados nos estudos de Amaral et al (2007), que teve com mais freqüência a faixa etária de 43 a 49 anos, e Silva e Barone (2006), os quais encontraram maior prevalência da faixa etária entre 30 e 49 anos.

Com relação à raça, os de raça parda perfizeram 48,3% do total e os de raça branca 35%, contrariando a pesquisa de Silva e Barone (2007), realizada com detentas de um presídio feminino de São Paulo, a qual apresentou 56% de brancos e 26% de pardos. Nesse quesito, a presente pesquisa também contraria dados encontrados em dois estudos de Tovo, um realizado em 2006 e outro em 2007, os quais relatam encontrar 76,9% e 88,5% de indivíduos da raça branca, respectivamente.

No que se refere à ocupação detectou-se que 35% dos indivíduos possuam vínculo empregatício, contrariando a pesquisa de Marchesini et al (2007), o qual evidenciou que 51% dos entrevistados obtinham sua renda por meio de trabalhos eventuais, e Silva e Barone (2006) que detectaram uma maioria de aposentados.

Em relação ao comportamento sexual, os dados obtidos aproximam-se dos evidenciados por Amaral (2007), onde 64,5% eram heterossexuais, e Mendes-Corrêa (2001), que detectou 54,5% de heterossexuais e uma minoria (8,9%) de homossexuais, pois neste estudo encontrou-se uma maioria heterossexual e apenas 10% de homossexuais.

Diante da similaridade das vias de transmissão das duas patologias, e das significantes taxas de usuários de drogas injetáveis (53,3%) e de históricos de transfusão sanguínea (25%), conclui-se que, mesmo não se tratando de taxas muito altas, estes são fatores de risco para o contágio, o que é confirmado por Amaral et al (2007) que encontrou 67,7% de transfundidos e 54,8% de usuários de drogas injetáveis. Outro fator de risco encontra-se no uso de drogas inaláveis, assim como foi constatado neste estudo e confirmado pelo CDC (2000).

Dos 60 HIV positivos participantes da pesquisa, 40 (66,7%) desenvolveram SIDA, superando os dados encontrados por Braga (2007), que realizou revisão de prontuários de pacientes atendidos em um serviço universitário de referência de São Paulo, e evidenciou taxas de SIDA próximas de 50%.

Ao analisar-se a procedência dos pacientes, identificou-se que a maioria (63,3%) residia nas cidades satélites de Brasília. No entanto, notou-se alta diversidade de procedências, justificada pelo reconhecimento da unidade de realização da pesquisa como um centro de referência em DST/AIDS.

Assim como esta pesquisa, Silva e Barone (2006), afirmaram que o uso de piercing não é um fator de risco para a co-infecção. No entanto entra-se em divergência com estes autores quando se fala de tatuagens, que para eles

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configura fator de risco enquanto neste estudo ocorreu em apenas 18,3% da população estudada.

Segundo Silva e Barone (2006), que analisaram fatores de risco para a infecção pelo HIV em pacientes com o vírus da hepatite C acompanhados em ambulatórios de Hospital Universitário, e Strazza (2007), que estudou o comportamento associado à infecção pelo HIV e HCV em detentas de um presídio, ambas as pesquisar realizadas em São Paulo, a maior incidência de contaminados por HIV/HCV foi entre os que possuíam de 1 a 8 anos de estudo, diferentemente desta pesquisa, onde a incidência foi maior entre quem possuía de 8 a 11 anos de estudo. Tal divergência pode ser explicada pelo local de realização da pesquisa (DF), que apresenta altos níveis de escolaridade e melhor acesso a educação que em outras regiões do país.

Observou-se que 21 pacientes apresentaram somente um fator de risco associado à co-infecção, sendo que os mais freqüentes foram o uso de drogas injetáveis e a realização de transfusão sanguínea ou de hemoderivados, apresentando 28,6% cada um dos itens. A orientação sexual apresentou-se como fator de risco em 4 pacientes, o uso de drogas inaláveis em 3 e possuir tatuagem e ter parceiro HCV positivo em um paciente cada um destes fatores. Considerando-se os pacientes que apresentaram de 2 a 4 fatores de risco, estes perfizeram um total de 53,3%.

Mesmo com tais resultados, não podemos afirmar qual via seja a real responsável pela infecção de tais pacientes, pois em seus prontuários podem existir omissões de alguns dados e também é preciso considerar que possa haver alguma via de transmissão não analisada, como, por exemplo, o uso eventual de preservativos durante as relação sexuais, possuir parceiro HIV positivo e a quantidade de parceiros. Amaral (2007), que estudou a epidemiologia de pacientes co-infectados no Pará, considerou como fatores de risco ter realizado transfusão sanguínea, o não uso de preservativo, o número de parceiros sexuais, a preferência sexual e o uso de drogas injetáveis. Observou que a maioria dos pacientes apresentou dois e cinco fatores de riscos associados, alcançando 25,8% cada um dos itens e contrariando a presente pesquisa.

Observou-se 9 casos de cura, sendo o tratamento mais bem sucedido o realizado com PEG + RBV (6 dos 9 casos de cura). Tem-se usado mais esta combinação em pacientes co-infectados devido a superioridade das taxas de resposta virológica sustentada (RVS) que esta associação possui em relação a outras (Almeida, 2009). Segundo Almeida (2009), o tratamento realizado com PEG apresenta RVS de 23% e chance de 1,9 vezes maior de obter RVS, do que os tratado com IFN + RBV (14%).

CONCLUSÃO

Através dos dados obtidos, observou-se que prevaleceram os paciente do sexo masculino (76,7%); 46,7% estavam incluídos na faixa etária de 39 a 48 anos; a maioria era da raça parda (48,3%) e possuíam vinculo empregatício (35%); 39 (65%) eram heterossexuais; 32 (53,3%) fazem uso de drogas injetáveis, 15 (25%) tem histórico de transfusão sanguínea ou de hemoderivados, 1 (1,7%) usam piercing, 11 (18,3%) possuem tatuagem e 30 (50%) fazem uso de drogas inaláveis; 40 (66,7%) casos desenvolveram SIDA e 22 (36,7%) eram sintomáticos para HCV. Quanto aos fatores de risco, 21 (35%) dos pacientes possuíam um único fator, dentre os analisados. Dos 22 que realizaram o tratamento para hepatite C, 9 (40,9%) obtiveram a cura, desses 6 utilizaram PEG e RBV.

Considerando todos os fatores de risco analisados nesse estudo e ainda aqueles que não fizeram parte da pesquisa, é notória a dificuldade de identificar por qual via os pacientes obtiveram os vírus da Hepatite C e do HIV.

(11)

trabalhos publicados acerca do tema. Tem-se muitas publicações sobre HIV e HCV separadamente, porém, não sobre a co-infecção propriamente dita. O tema deveria ser abordado com maior importância, buscando seu aprofundamento, por se tratar da maior causa de morbi-mortalidade entre os soropositivos, como foi dito na presente pesquisa.

(12)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(13)

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ZYLBERBERG, H.; POL, S. - Reciprocal interations between human immunodeficiency virus and hepatitis C virus infections. Clin. infect. Dis., 23: 1117-1125, 1996.

(14)

ANEXO I

Pesquisa co-infecção HIV/HCV – 01/2009

A – Identificação:

Nº Identificação __________________

Nasc: 1- De 1951 a 1960

2- De 1961 a 1970

3- De 1971 a 1980

4- De 1981 a 1990

Sexo: 1-masculino 2-Feminino ( )

Raça: 1-Branca 2-parda 3- Negra 4-Indigena 5-Amarela 9- Ignorado ( )

Escolaridade: 1- Nenhuma

2- De 1 a 3 anos

3- De 4 a 7 anos

4- De 8 a 11 anos

5- Acima de 12 anos

9- Ignorado

Local de nascimento: 1- DF

2- Centro Oeste exceo DF

3-Sudeste

4- Nordeste

5- Norte

6- Sul

9- Ignorado

Ocupação: 1- Autônomo

2- Empregado

3- Desempregado

4- Servido público

5- Aposentado

6- Outros

9-Ignorado

Cidade /regional de residência: 1- Brasília

2-Cidades Satélites

3-Entorno

4- Outros

9-Ignorado

B – Dados Epidemiológicos para HIV:

Relações sexuais: 1-Homo 2-Bissexual 3 – Heterossexual 9- Não se aplica

Uso de drogas Injetáveis: 1-Sim

2- Não

9- Ignorado

Historia de transfusão:

1-Sim

2- Não

9- Ignorado

Transmissão vertical:

1-Sim

2- Não

Data da Evidência laboratorial do HIV:

1-De 1986 a 1991

2-De 1992 a 1997

3- De 1998 a 2003

4-De 2004 a 2009

9-Ignorado

C– Dados epidemiológicos para o HCV (outros):

Piercing:

1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Tatuagem:

1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Drogas Inaláveis:

1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Parceiros HCV(Positivo): 1-Sim

2- Não

9- Ignorado

Data da sorologia para HCV:

1- Antes de 2000

2- Entre 2000 e 2001

3- Entre 2002 e 2003

(15)

4- Entre 2004 e 2005

5- Ente 2006 e 2007

6- Entre 2008 e 2009

9- Ignorado

Data de Inicio do Acompanhamento HCV:

1- Menos de 6 meses após o inicio do tto

2- Entre 6 e 12 meses após o inicio do tto

3- Entre 12 e 18 meses após o inicio do tto

4- Entre 18 e 24 meses após o inicio do tto

5- Mais de 24 meses após o inicio do tto

9- Ignorado

D – Clinica da Infecção HIV: 1- HIV assintomático

2- SIDA

Data diagnóstico:

Critério definição AIDS: 1- Rio de Janeiro/Caracas

2- CDC

3- CD4 < 200 cel/mm

9- Não consta

E– Clinica da infecção pelo vírus C:

VHC assintomático

1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Hepatopatia Clinica

1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Manifestações Extrahepatica do VHC: 1- Sim

2- Não

9- Ignorado

Legenda: Hepatopatia clinica: hepato e/ou hesplenomegalia ;ictericia,varizes de

esôfago,ascite,hipertrofia da parótida,aranhas vasculares.

Manifestações extrahepaticas:Púrpura,porfiria,hipotireoidismo.

F– Classificação do paciente no momento da pesquisa___ Data:___/____/_____

1. HIV e HCV virgem de tratamento

2. HIV em tratamento ARV e VHC tratamento interrompido

3. HIV em tratamento ARV e VHC tratamento interrompido

4. HIV em tratamento ARV e VHC em tratamento

5. HIV em tratamento ARV e VHC pós tratamento com cura

6. HIV em tratamento ARV e VHC pós tratamento com falha

7. HIV em tratamento ARV e VHC em re-tratamento

8. HIV em tratamento ARV e VHC pós re-tratamento com cura

9. HIV em tratamento ARV e VHC pós re-tratamento com falha

10. HIV virgem de tratamento e VHC em tratamento

11. HIV virgem de tratamento e VHC pós tratamento com cura

12. HIV virgem de tratamento e VHC pós tratamento com falha

(16)

G – Evolução do Tratamento da Hepatite C

Sem indicação Tratamento da HCV:

1-etilismo

2- AIDS descompensado

3-Doença neuropsiquiátrica

4- Não consente

5- Uso de drogas

6-Cura sem tratamento

7-Outros

9- Não se aplica

1 º Tratamento do HCV: (9- Não se aplica)

Início:

1- Antes de 2000

2- Entre 2000 e 2001

3- Entre 2002 e 2003

4- Entre 2004 e 2005

5- Ente 2006 e 2007

6- Entre 2008 e 2009

9- Ignorado

Termino:

1- Menos de 6 meses após o inicio do tto

2- Entre 6 e 12 meses após o inicio do tto

3- Entre 12 e 18 meses após o inicio do tto

4- Entre 18 e 24 meses após o inicio do tto

5- Mais de 24 meses após o inicio do tto

9- Ignorado

Drogas Usadas e Dose:

1- Interferon alfa e Ribavirina

2- Interferon peguilado

3- Interferon peguilado e Ribavirina

4- Transplante hepático

9- Ignorado

Tratamento Suspenso

1-Sim

2-Não

9- Ignorado

Se sim, motivo: 1-falha virológica

2-Intolerância ( Sintomas )

3-Alteração hematológica

4-Doença neuropsiquiátrica

5-Disfunção tireoidiana

6- Cura

7- Outros

9- Ignorado

Resultado do tratamento: 1- Resposta sustentada

2- Recidiva

3- Falha

9- Ignorado

2º Tratamento do VHC: (9- Não se aplica)

Início:

1- Antes de 2000

2- Entre 2000 e 2001

3- Entre 2002 e 2003

4- Entre 2004 e 2005

5- Ente 2006 e 2007

(17)

6- Entre 2008 e 2009

9- Ignorado

Termino:

1- Menos de 6 meses após o inicio do tto

2- Entre 6 e 12 meses após o inicio do tto

3- Entre 12 e 18 meses após o inicio do tto

4- Entre 18 e 24 meses após o inicio do tto

5- Mais de 24 meses após o inicio do tto

9- Ignorado

Drogas Usadas e Dose:

1- Interferon alfa e Ribavirina

2- Interferon peguilado

3- Interferon peguilado e Ribavirina

4- Transplante hepático

9- Ignorado

Tratamento Suspenso

1-Sim

2-Não

9- Ignorado

Se sim, motivo: 1-falha virológica

2-Intolerância ( Sintomas )

3-Alteração hematológica

4-Doença neuropsiquiátrica

5-Disfunção tireoidiana

6- Cura

7- Outros

9- Ignorado

Resultado do tratamento: 1- Resposta sustentada

2- Recidiva

3- Falha

9- Ignorado

3º Tratamento do VHC: (9- Não se aplica)

Início:

1- Antes de 2000

2- Entre 2000 e 2001

3- Entre 2002 e 2003

4- Entre 2004 e 2005

5- Ente 2006 e 2007

6- Entre 2008 e 2009

9- Ignorado

Termino:

1- Menos de 6 meses após o inicio do tto

2- Entre 6 e 12 meses após o inicio do tto

3- Entre 12 e 18 meses após o inicio do tto

4- Entre 18 e 24 meses após o inicio do tto

5- Mais de 24 meses após o inicio do tto

9- Ignorado

(18)

Drogas Usadas e Dose:

1- Interferon alfa e Ribavirina

2- Interferon peguilado

3- Interferon peguilado e Ribavirina

4- Transplante hepático

9- Ignorado

Tratamento Suspenso:

1-Sim

2-Não

9- Ignorado

Se sim, motivo: 1-falha virológica

2-Intolerância ( Sintomas )

3-Alteração hematológica

4-Doença neuropsiquiátrica

5-Disfunção tireoidiana

6- Cura

7- Outros

9- Ignorado

Resultado do tratamento: 1- Resposta sustentada

2- Recidiva

3- Falha

9- Ignorado

Candidato a re-tratamento:

1-Sim 2-Não 9- Não se aplica (se nunca tratou)

H – Exame de Contatos: 1-Sim 2-Não 9-Não se aplica (se nunca tratou)

I – Situação de acompanhamento:

1- Em registro ativo

2- Morto

3- Transferido

4- Abandono

5- Acompanhamento em clínica particular

9- Ignorado

Data da ultima Consulta: 1- A menos de 6 meses

2- De 6 meses a um ano

3- Mais de um ano

9- Inorado

Data do Óbito:

1- A menos de 6 meses

2- De 6 meses a um ano

3- Mais de um ano

9- Ignorado

OBS: Considerar registro ativo quando a última consulta a menos de 6 meses.

J- Vigilância Epidemiológica:

Paciente Notificado no SINAN pela Unidade: 1- Sim

2- Não

Referências

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