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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS FACUNICAMPS CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO GESTOR NA INCLUSÃO

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Academic year: 2021

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

ARISLILIA ALVES DA SILVA PEREIRA INGRID MARTINS PEREIRA

KEISE CRISTINA BALBINA DOS SANTOS

GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO GESTOR NA INCLUSÃO

GOIÂNIA – GOIÁS 2019/2

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ARISLILIA ALVES DA SILVA PEREIRA INGRID MARTINS PEREIRA

KEISE CRISTINA BALBINA DOS SANTOS

GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO GESTOR NA INCLUSÃO

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para nota da disciplina de TCC, necessária para a graduação do curso de Pedagogia da Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps.

Orientação do Prof.° Dr. Israel Serique dos Santos

GOIÂNIA- GOIÁS 2019/2

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GESTÃO ESCOLAR: O PAPEL DO GESTOR NA INCLUSÃO

SCHOOL MANAGEMENT: THE ROLE OF THE MANAGER IN

INCLUSION

ARISLILIA ALVES DA SILVA PEREIRA

1

INGRID MARTINS PEREIRA

2

KEISE CRISTINA BALBINA DOS SANTOS

3

ISRAEL SERIQUE DOS SANTOS

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo mostrar o papel do gestor na área de inclusão, indicando quais são os desafios que ele enfrenta para poder administrar uma escola inclusiva e quais projetos podem ser desenvolvidos para manter uma escola nesta perspectiva. Dentro deste tema é abordado a história da administração escolar, a história da inclusão e seu longo percurso para que a inclusão saísse dos seus primeiros rudimentos e alcançasse os objetivos propostos da atualidade. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica de artigos científicos e livros relacionados ao tema. A partir destes foi possível observar os desafios e compreender os processos trabalhados através de uma boa gestão e de como o gestor deve desenvolver projetos para obter uma escola inclusiva, fazendo com que todos os alunos sejam acolhidos com dignidade, dando a eles a oportunidade de desenvolverem todas as suas habilidades, conquistando seu espaço no meio escolar e na sociedade. Com o processo de pesquisa bibliográfica percebe-se que o pedagogo precisa ter uma qualificação em gestão e noções administrativas para que consiga ter êxito nas questões que são impostas a ele no cotidiano administrativo da escola. A missão do gestor dentro de uma escola não se limita somente em administrar, e sim em tornar seu espaço inclusivo.

Palavras- chave: Inclusão. Gestão. Escola

ABSTRACT

This study aims to show the role of the manager in inclusion, indicating what are the challenges in order to run an inclusive school and which projects can be developed to maintain a school in this perspective. Within this theme is addressed the school administration history, the inclusion history and its long journey so that inclusion emerged from its first rudiments and reached the proposed goals of today. The methodology used was the bibliographical research of scientific articles and books related to the theme. From these researches it was possible to observe the challenges and to understand the processes worked through a good management and how the manager should develop projects to achieve an inclusive school, making all students to be received with dignity, giving them the opportunity to develop all their skills, conquering their space in the school environment and in society. Trough the research it is clear that the pedagogue needs to have a qualification in management and administrative notions in order to be able to succeed in the challenges that are imposed on him in the administrative routine of the school. The mission of the manager within a school is not limited to managing, but to make its space inclusive.

Keywords: Inclusion. Management. School.

1 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. E-mail: arislilia08@hotmail.com

2 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. E-mail: ingridcamargo2007@gmail.com

3 Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. E-mail: keisecbs@hotmail.com

4 Doutorado em ciências da religião, licenciado em pedagogia e matemática, bacharel em teologia e complementação pedagógica em história. israelserique@gmail.com.

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INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como tema Gestão escolar: O papel do gestor na inclusão, enfocando sua contribuição no processo de inclusão nas escolas. Os objetivos propostos para o desenvolvimento desta pesquisa são: Definir o papel do gestor, apontar os desafios que os gestores encontram no processo de inclusão; estabelecer o conceito de gestão e inclusão, expondo o seu percurso histórico, os marcos legais e as conquistas alcançadas até os dias atuais; citar alguns autores de relevância nesse processo de gestão, norteando novas ideias para que esses gestores alcancem resultados eficazes para atender as necessidades e as especificidades de cada aluno levando em consideração as competências da instituição.

No decorrer deste trabalho, apontaremos várias opiniões e abordagens distintas sobre a gestão escolar e o processo de inclusão, mostrando que o primeiro passo deverá ser dado pelo próprio gestor na sua formação pedagógica, na capacitação dos professores e conscientização de toda a comunidade escolar com a elaboração de projetos eficazes, com o intuito fortalecer a inclusão na instituição.

Nessa perspectiva, além da importância da formação do gestor e dos professores, é necessária a reestruturação do ambiente escolar para que seja acolhedor e proporcione a todos os alunos as mesmas oportunidades de aprendizagem. Mostraremos, também, o quanto é importante que o gestor faça parcerias com os pais e a sociedade para que todos trabalhem em conjunto evitando todos os elementos que propiciem a exclusão.

A relevância do tema escolhido justifica-se devido à grande falha no sistema educacional de ensino inclusivo, pois há um grande número de escolas sem as devidas qualificações para atender à demanda de alunos portadores de alguma necessidade especial que buscam o direito igualitário de acesso à educação no Brasil. Além disso, é considerável destacar que há um grande déficit de distribuição de recursos financeiros para que sejam realizadas as modificações necessárias na estrutura física e pedagógica dessas instituições, a fim de que estejam aptas a receberem esses alunos. Sendo assim, a escola, através do gestor, deve oferecer uma didática bem elaborada, através da formulação do PPP e do currículo, em busca de cumprir as metas estabelecidas previamente.

Por fim, o tema se justifica devido à importância de incluir o aluno dentro de um ensino regular para que ele possa ter as mesmas experiências e vivências, auxiliando na construção do seu conhecimento, para que se torne um ser crítico, reflexivo, capaz de interagir com todos os

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demais, criando meios que desenvolvam a capacidade de entender e respeitar as diferenças de cada pessoa.

Essa temática já foi abordada por outros autores, entre eles podemos citar: Mantoan (2015); Libâneo (2000) e Veiga (2014). Segundo Mantoan (2015), inclusão significa transformação educacional e essas transformações dependem de um compromisso coletivo com os gestores, professores, pais e sociedade para que as escolas passem por mudanças e garantam aos alunos inclusos o direito de aprender e permanecer nas escolas.

Libâneo (2000) acredita que a partir das tomadas de decisões e o controle dessas decisões junto com direção, as organizações poderão atingir os objetivos e isso é denominado gestão da escola, mais abrangente que o termo administração. Gestão também é uma atividade de mobilização para alcançar os objetivos propostos nas escolas.

Veiga (2014) cita que mesmo tendo grandes mudanças no que se refere à inclusão, há muito a ser alcançado, pois muitas instituições ainda não adotaram o modelo de escolas inclusivas para inserir os alunos que necessitam de uma educação especial nas salas de aula do ensino regular e que o gestor tem um papel fundamental nas ações de inclusão realizadas nas escolas.

Para o desenvolvimento desse trabalho optou-se pela pesquisa bibliográfica com o intuito de buscar embasamentos teóricos na temática em questão, através da leitura de vários artigos científicos e livros de autores que tratam sobre esse tema. Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 158) a pesquisa bibliográfica é uma busca de informações em geral dos principais trabalhos realizados, que são de grande importância por serem capazes de transmitir dados para o tema estudado.

Por fim, cabe destacar aqui a forma como esse artigo está organizado. No capítulo um são apresentados o contexto histórico da administração e sua relação com a gestão escolar, em seguida é apresentando o conceito de gestão escolar e quais são as responsabilidades e funções desenvolvidas pelo gestor para que ele possa desempenhar uma boa gestão.

O capítulo dois traz a importância da gestão na inclusão e o que o gestor deve realizar para que uma escola seja inclusiva, mostrando que ele deverá ser o mediador dessa ação, também apresentaremos o conceito de inclusão e como foi o caminho percorrido até chegar aos dias atuais, expondo alguns marcos legais que impulsionaram o movimento de inclusão no Brasil e como esses movimentos influenciaram no sistema educacional.

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No capítulo três trazemos os desafios da inclusão e os desafios que o gestor enfrenta frente ao processo de inclusão, e como ele deve desenvolver o papel de mediador conscientizando a comunidade escolar para a efetivação da inclusão.

1 A HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO E A GESTÃO ESCOLAR

Neste capítulo abordaremos a história da administração mostrando sua evolução para um melhor entendimento dos processos que foram implantados e modificados com o tempo e a forma como a administração era utilizada por diferentes povos. Nesse contexto de mudanças e evolução do processo administrativo, a gestão escolar possui os mesmos objetivos da administração geral só se diferenciando na finalidade dos mesmos, pois enquanto uma visa lucros, a outra visa o desenvolvimento social e crítico dos alunos.

1.1 Breve Históricos da Administração e Sua Relação Com a Gestão Escolar

A administração surgiu com o objetivo de solucionar diversos problemas, buscando o desenvolvimento da sociedade humana, e, a partir daí surgiram propostas para que esses interesses fossem colocados em ordem. Para Maximiano (2010, p. 05) podemos conceituar administração como um processo de tomar decisões sobre como utilizar os objetivos e recursos, seja individual, familiar, grupal, organizacional ou social.

Segundo Martins (1999 p. 23), no Egito surgiram os primeiros indícios administrativos para seus projetos de arquitetura, já os babilônios planejaram o código de Hamurabi, leis que foram elaboradas pelo rei Hamurabi para ter uma melhor administração do império, resolvendo problemas civis, penais e administrativos, orientando o povo para o campo de trabalho e determinando que o reino tivesse uma cultura e um modo de agir padronizados. O autor ainda cita que na Grécia, Aristóteles usava a administração para atividades científicas, enquanto que em Roma o governo já fundamentava o conceito de ordem e a igreja católica seguia uma conduta de administração para impor a doutrina e a hierarquia.

Para Martins (1999 p. 24) com o passar do tempo o processo inicial da industrialização necessitou de uma organização para aperfeiçoar a produtividade e competitividade no mercado, pois a administração familiar na produção artesanal já não atendia a demanda, pois a sua forma de administrar era arcaica. No setor público e privado foram imprescindíveis novos estudos

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formais na área da administração para que as modificações atendessem ao crescimento da produtividade, a fim de banir o desperdício e dar maior fluidez no desenvolvimento das atividades da empresa.

Para Martins (1999, p.24), de fato, a administração foi desenvolvida através da relevância política, econômica e social. A administração é uma atuação própria do ser humano, visto que apenas ele pode determinar metas para usufruir dos recursos de modo racional. Portanto, o objetivo de aplicar a administração é para a organização, planejamento, e fiscalização de recursos humanos e monetários, seja em um contexto político, econômico, social e educacional.

A expressão “organização escolar” é frequentemente identificada como “administração escolar”, termo que tradicionalmente caracteriza os princípios e procedimentos referentes à ação de planejar o trabalho da escola, racionalizar o uso de recursos (materiais, financeiros, intelectuais), coordenar e controlar o trabalho das pessoas (LIBÂNEO, 2000, p. 57).

Visto que a administração engloba a organização de várias áreas, podemos ressaltar, também, que no meio educacional há necessidade de uma administração para que haja um bom funcionamento e divisão de tarefas, visando também a economia e que sejam solucionados os problemas do meio educacional.

Para Martins (1999, p. 27) tanto a administração de empresas quanto a administração escolar visa o planejamento, a organização, liderar, orientar, mediar, coordenar, monitorar e avaliar. Na administração de empresas o foco é a produtividade e venda. Entretanto, a administração escolar é centrada no educando como uma pessoa que tem suas características próprias e no professor, como mão de obra, que possui uma formação pedagógica para o desenvolvimento do processo educacional.

Conforme Libâneo (2000, p. 59), para que as organizações funcionem e obtenham a realização dos seus objetivos é preciso que abordem a tomada de decisões, e que tenham um controle e direção dessas decisões, porém isso só pode ser feito através de um processo que denominamos de gestão. O autor ainda ressalta que as expressões, organização e gestão da escola, quando colocadas juntas são mais abrangentes do que administração. Desse modo, para Lück (2009, p.23), “Em caráter abrangente, a gestão escolar engloba, de forma associada, o trabalho da direção escolar, da supervisão ou coordenação pedagógica, da orientação educacional e da secretaria da escola, considerados participantes da equipe gestora da escola”

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Oriunda do latim Gestione, o conceito de gestão refere-se ao desempenho do ato de gerir e também administrar. Para suplantar o limitado enfoque imaginável de administração escolar, foi originado o conceito de gestão escolar, a partir do momento em que houve movimentos de abertura política no país que começaram a promover novas concepções e valores, relacionados, acima de tudo, à ideia de autonomia escolar, inserindo a participação da comunidade e da sociedade. Conforme Andrade, (apud OLIVEIRA, MENEZES (2018, p. 4).

Embora a palavra portuguesa gestão, em seu sentido original, expresse a ação de dirigir, de administrar e gerir a vida, os destinos, as capacidades das pessoas, uma parcela da sociedade compreende gestão como funções burocráticas, destituída de uma função humanística e como uma ação voltada à orientação do planejamento, da distribuição de bens e da produção desses bens.

No contexto da gestão escolar, a organização do ensino passou a ser vista como um sistema aberto, com culturas e identidades próprias, capazes de enfrentar com eficácia as solicitações dos cenários locais em que se inserem. No decorrer dos anos, várias concepções foram dadas ao tema.

Bordigno e Gracindo (2000) compreendem que gerenciar outras organizações sociais é diferente de gerenciar uma escola, devido às relações internas e externas, estrutura pedagógica e suas finalidades. Já para Santos Filho (1998), administração traz, no caso da educação, uma concepção técnica, hierarquizada e fragmentada, baseada no poder e na autoridade. O autor opta pela utilização de gestão escolar, pois a mesma leva ao conceito de compartilhamento de ideias, participação de todos no processo de organização e funcionamento da escola.

Segundo Maximiano (2007), administrar é um trabalho em que as pessoas buscam realizar seus objetivos próprios ou de terceiros com a finalidade de alcançar metas traçadas. Dessas metas fazem parte as decisões que formam a base do ato de administrar e que são as mais necessárias. Ainda de acordo com esse autor, o planejamento, a organização, a liderança, a execução e o controle são considerados decisões e funções, sem as quais o ato de administrar estaria incompleto.

A administração e a gestão não são sinônimas, todavia são métodos contingentes, pois os processos de uma gestão bem sucedida estão profundamente ligados a bons procedimentos de administração. A administração normalmente está ligada a procedimentos burocráticos, já a gestão está associada a uma maior proximidade entre os líderes e seus liderados, fazendo com que assim haja maior cooperação nas decisões e resultados, a gestão e a administração andando juntas, completam-se mutuamente (LOPES, 2013, p. 26).

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O método de gestão possui algumas etapas que são fundamentais para garantir a eficácia do funcionamento das instituições ou organizações e os resultados, possibilitando que os objetivos traçados sejam alcançados. São estas as etapas mais destacadas: O planejamento, a liderança, a organização e a avaliação (LOPES, 2013, p. 27).

Dentro do planejamento temos: Elaboração de objetivos organizacionais, tomadas de decisões para otimizar o desempenho, uso de técnicas quantitativas para aperfeiçoar a qualidade das decisões tomadas, e, por meio destas, antecipar as mudanças de ambientes, formular estratégias eficazes em respostas às previsões.

Na liderança, devem-se gerar desafios para estimular os seus liderados, criar um ambiente agradável para que haja um melhor desempenho dos trabalhadores e integrar as necessidades e objetivos individuais com a instituição e a criação de um sistema eficaz para que tenha uma rápida transferência de informações, atribuir recompensas levando em conta o desempenho de cada integrante da organização.

A organização busca maximizar a produção dos liderados, propondo e atribuindo tarefas, adaptando-as ao indivíduo, estabelecendo relações de autoridade claramente definidas, cobrando as responsabilidades individuais, com medidas de desempenho, comparando-as com os padrões previamente definidos e fazendo as correções de desvios.

A gestão escolar é um conceito que difere da administração escolar, cuja visão administrativa fica focada na instituição e no direcionamento dos seus recursos, enquanto a gestão é resultado de uma visão estratégica e o que sobressai por sua vez é o significado de recursos que precisam ser outorgados por pessoas e para pessoas. A especialista em educação Heloísa Luck (apud Lopes, (2013, p. 28) afirma:

Gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação, destinada a realizar o planejamento, a organização, a liderança, a mediação, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos processos necessários à efetividade das ações educacionais orientadas para a promoção da aprendizagem e formação dos alunos. A gestão escolar procura solucionar todas as situações impostas a ela no dia a dia, referentes aos alunos e toda a comunidade escolar, aplicando uma orientação adequada, buscando qualificação, uma liderança eficaz e motivação de todos os membros da instituição, utilizando recursos cabíveis, criando um ambiente estimulante e motivador, empregando metodologias de ensino para avançar no processo socioeducacional, para que o ensino de qualidade possa alcançar seu objetivo que é formar cidadãos críticos, autônomos e participativos.

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Eduardo Monteiro e Artur Motta (2013), dizem que a gestão envolve manejar e coordenar agentes (equipes, grupos, participação), finalidades, motivações, processos e recursos, especialmente tempo, espaço e instrumentos. E isso, considerando o contexto educacional, incluem e põe em destaque a mobilização e o desenvolvimento de capacidades, as quais as pessoas e coletividades são portadoras e que devem se tornar acessíveis, manejáveis, produtivas e compartilháveis nas redes colaborativas que caracterizam os ambientes comprometidos com aprendizagens.

As etapas da gestão escolar propiciam o alcance das metas propostas de modo ágil e efetivo, pois permite que no desenvolvimento das ações, aconteçam os monitoramentos das atividades, tornando favoráveis as correções necessárias, além de proporcionar que essas correções sejam feitas de forma organizada e com uma liderança que motive os colaboradores.

A gestão financeira e a gestão de pessoas devem afluir para a gestão pedagógica que destaca diretamente os objetivos educacionais, de formação e aprendizagem dos alunos. A gestão escolar tem que ser construída coletivamente, não pode ser dividida e sim comunicativa e democrática.

1.3 O Papel de Gestor

O papel do gestor vai além de administrar e distribuir tarefas. No decorrer dos dias letivos aparecem diferentes situações que cabem a ele resolver, como reuniões com os pais ou com a comunidade, decisões sobre eventos que serão realizados, questões financeiras, estruturais e até mesmo processos judiciais que recaiam sobre a instituição, entre outros.

A direção é um princípio e atributo da gestão, mediante a qual é canalizado o trabalho em conjunto com as pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo dos objetivos. Basicamente, a direção põe em ação o processo de tomada de decisões na organização, e coordenação dos trabalhos, de modo que sejam executados da melhor maneira possível (LIBÂNEO, 2000, p. 59).

O gestor necessita de uma visão ampla para entender tanto as questões administrativas quanto para saber lidar com as questões interpessoais, para que assim ele consiga, juntamente com o corpo docente, um relacionamento de companheirismo que possibilite a caminhada profissional dentro da instituição

Em seu trabalho, o gestor escolar deve ter como objetivo formar cidadãos de bem. Mas, para chegar a esse objetivo, esse profissional da educação deve ter em mente que existe todo um contexto mais amplo no qual esse objetivo será concretizado. Nessa conjuntura, ele deve

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considerar as tomadas de decisões, a hierarquia da instituição, a tendência pedagógica da escola - tradicional ou construtivista- etc.

Na elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, cabe ao gestor saber sobre todos os assuntos relacionados à escola. Por isso, é necessário que esse profissional tenha conhecimento tanto administrativo como pedagógico para que consiga entender cada processo da aprendizagem do aluno e que seja capaz de fazer um bom papel como gestor na elaboração desse importante documento norteador da escola.

A direção da instituição não depende unicamente dele, mas sim de uma equipe que é selecionada por ele e que toma ciência sobre os alvos educacionais a serem alcançados. Visto que para dirigir uma escola é necessário ter objetivos em comum, é indispensável buscar um caminho que deve ser discutido por toda equipe e estar em comum acordo com todos os envolvidos. Cabe ao gestor e coordenador sempre motivar seus professores para que as metas sejam alcançadas, devem sempre manter a comunicação para reforçar o objetivo a ser conquistado.

É preciso ter clareza de que o eixo da instituição escolar é a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem que, mediante procedimentos pedagógicos- didáticos, propiciem melhores resultados de aprendizagem. A organização e a gestão e, também as formas de participação, são meios para assegurar essa qualidade. (LIBÂNEO, 2000.p. 62)

Precisamos ter em mente que a didática e os conteúdos pedagógicos ajudam a ter um melhor resultado da aprendizagem e que o gestor e a comunidade escolar têm um papel fundamental nessa participação para oferecer um ensino de qualidade.

Ainda há muitas dúvidas sobre o papel do gestor, se é apenas administrativo ou pedagógico, alguns autores defendem a ideia de que o diretor precisa ter conhecimento nos dois setores, tanto administrativo para lidar com as questões financeiras da instituição, como custos de funcionários, materiais didáticos, água, energia entre outros, quanto pedagógico para compreender o processo da aprendizagem e saber quando e como acontece e, a partir desse conhecimento, contribuir com o corpo docente em suas atividades.

O que se vê são muitos gestores sem especialização nenhuma na educação assumindo o cargo, o que acaba muitas vezes desestruturando a escola por falta de conhecimento, por não entender o processo de aprendizagem, ele se fecha no mundo administrativo e esquece o pedagógico, atribuindo assim toda a responsabilidade de orientações ao coordenador, que assume responsabilidades além do que suporta. Os professores, por sua vez, ficam desmotivados e não desenvolvem um trabalho satisfatório.

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É possível identificar o fracasso escolar sem muita pesquisa, porém, isso não é responsabilidade somente dos professores, e sim de um conjunto de fatores negativos que fazem com que não se chegue ao objetivo esperado. É preciso que o gestor tenha diversas habilidades e competências para que consiga, de fato, ajudar sua equipe, uma vez que grandes decisões devem partir dele e é preciso que ele esteja ligado a todos na instituição.

Cabe destacar, também, que o gestor deve estar atento à taxa de aumento da população, pois isso torna mais difícil a organização, já que com um número maior de alunos matriculados, é preciso ter uma atenção redobrada para conseguir, de fato, contribuir para o desenvolvimento dos alunos. É preciso ressaltar que uma aprendizagem significativa não ocorre somente em sala de aula e sim em todo ambiente escolar, mostrando respeito para com todos os que estão envolvidos na instituição.

Deve-se, desde o princípio, falar sobre inclusão com a sociedade escolar, porque se houver algum aluno em situação de deficiência ou algum transtorno, os pais já estarão atentos e poderão contribuir para uma melhor aceitação desse aluno. Portanto, é necessário um envolvimento com a sociedade para que o ensino seja para todos. É preciso que a escola seja adaptada estruturalmente, a fim de incluir esses alunos como eles merecem.

Há necessidade de vínculo maior com as famílias, uma vez que as responsabilidades, que antes correspondia aos pais e mães, vão sendo conferidas às escolas: orientação psicológica, orientação sexual, orientação para novas necessidades da vida urbana, educação de trânsito, educação ambiental etc. (LIBANÊO, 2000, p. 63).

O gestor tem um importante papel diante da sociedade, pois é através de suas ações, perante coordenadores, funcionários, pais e alunos que a escola será respeitada por todos. Para conquistar esse respeito, é preciso que as metas do aprendizado dos alunos sejam colocadas em prática, e é necessário mostrar resultados, por isso é preciso que a instituição seja bem coordenada e administrada. O sucesso da escola não depende somente do gestor, mas sim de toda equipe escolar, porque tudo na escola tem um papel muito importante, e para conseguir êxito, é necessária uma boa e competente gestão.

2 GESTÃO ESCOLAR E INCLUSÃO

A gestão escolar passou por mudanças, antes era vista somente como função administrativa, cuidava somente da parte financeira da instituição, com o passar dos anos essa

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ideia foi mudando e, nos dias atuais, o gestor é visto como mediador de ideias, pois possui, também, a função de desenvolver projetos de inclusão para atender à demanda da comunidade. Nesta realidade sabe-se que é fundamental o papel do gestor na mediação dos mecanismos para a promoção da educação inclusiva, dos procedimentos didáticos em sala de aula e na organização da escola na busca da qualidade e transparência na gestão. (VEIGA, 2014, p.24,25).

A partir desse contexto, os procedimentos que devem ser feitos pelo gestor para o progresso da educação inclusiva, é uma organização da escola para o alcance da mesma. Levando em consideração que se deve ter a clareza de uma boa gestão.

2.1 Conceituando Inclusão

A inclusão escolar constitui-se no reconhecimento dos limites de cada um, respeitando as diferenças e suas limitações e assim garantindo o acesso de todos ao ambiente escolar. Um dos elementos pertinentes ao conceito da inclusão é a busca por igualdade para todos e isso visa a aceitação da diversidade e a defesa do direito de todos ao acesso à educação.

A ideia de inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isso significa garantia de acesso a todos, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo ou grupo social (ARANHA,2000, p. 02).

Um dos conceitos de inclusão é buscar igualdade para todos e uma sociedade justa que vise a aceitação da diversidade e identifique que é direito de todos o acesso à educação para a construção do conhecimento, desenvolvimento pessoal, social e crítico.

Respeitar a diversidade é viver consciente das diferenças, é se aceitar, é conviver na comunidade social, familiar e institucional. Esse relacionamento nos leva á aceitação das diferenças e a uma maior compreensão da unicidade de cada um como sujeito (SANDIM, DINATO, 2008, p. 172).

A inclusão baseia-se em agregar todo indivíduo no mundo como um todo, de forma igualitária, de tal modo que toda pessoa possa ter o direito de estudar, trabalhar, ao lazer entre outros. A inclusão visa cuidar de todos, para que sejam atendidos em qualquer ambiente de maneira respeitosa.

Mantoan (2015) acredita que inclusão significa a transformação educacional, pois não são somente os alunos de inclusão que possuem alguma dificuldade em aprender e que são afetados, mas também os outros alunos. Não podemos confundir integração com inclusão, pois a integração visa inserir os alunos especiais no ambiente escolar, ou seja, o aluno possui um acesso dentro das instituições de ensino especial, enquanto que a inclusão visa a transformação no ensino e no ambiente escolar regular para acolher esses alunos.

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A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral (MANTOAN,2014, p. 28).

Uma vez que a inclusão engloba todo tipo de pessoa, seja gordo, magro, negro, alto, baixo, deficiente físico, entre outros, a escola deve estar atenta para que ela ocorra de forma global. É preciso que a comunidade escolar, pais e alunos sejam orientados pelos gestores da instituição, para que consigam perceber que a inclusão deve ser considerada algo comum, e, com o passar do tempo, acabar com essas separações que ainda existem nos dias de hoje, fazendo com que todos tenham respeito à diversidade.

Visto que a inclusão de pessoas com necessidades especiais tem tomado uma proporção maior dentro das instituições, foram criadas leis para que essas pessoas sejam incluídas de forma adequada. Tendo em vista que também possuem direito de ir e vir sem quaisquer dificuldades. Conforme Art. 1° da lei 13.146 (2015)

É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de1988, afirma que todos têm o direito de desenvolvimento, não importa o sexo, raça, cor, idade, origem, e que todos têm o direito à educação, afirma também que a família e o estado devem incentivar a educação, juntamente com a colaboração da sociedade com o objetivo de preparar e desenvolver as pessoas para a cidadania e o trabalho.

[...] A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, art. 205º)

As inclusões sociais são diversas maneiras de não deixar que a exclusão ocorra no meio da sociedade, seja ela ocasionada pela deficiência física, posição social, gênero entre outras coisas. Constatando que a exclusão, no ambiente escolar, por muitas vezes ocorre de forma cruel por falta de conhecimento dos educandos.

Embora a inclusão escolar tenha se desenvolvido bastante nos últimos anos, ainda há muito a ser feito para que as escolas se tornem inclusivas, principalmente no Brasil, pois não adianta as leis ficarem só como projeto. Deve-se lutar para que a inclusão se torne realidade em todas as escolas, com um trabalho democrático e participativo de toda a sociedade escolar e do

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governo, pode-se conquistar uma educação que seja adaptada para as pessoas que dela necessitam.

De acordo com Mantoan (2015), para que uma escola seja inclusiva, é necessário que os planos se redefinam para uma educação que englobe toda a cidadania global e que reconheça as diferenças livre de preconceito.

Para que inclusão aconteça de fato, as escolas precisam se posicionar e enxergar que é fundamental a importância das mudanças, não só estrutural, mas também curricular, para que haja uma transformação no meio educacional, que possa atender as pessoas que necessitam de uma educação inclusiva. A inclusão deve ser vista como parte da essência da escola.

A inclusão escolar deve ser entendida como princípio (um valor) e como processo contínuo e permanente. Não deve ser concebida como um preceito administrativo, dado "a priori", que leva a estabelecer datas, a partir das quais as escolas passam a ter o estado de inclusivas, em obediência à hierarquia do poder ou às pressões ideológicas (CARVALHO, 2005, p. 15).

A partir desse pressuposto a inclusão escolar deverá ser uma construção contínua e vista como algo a ser melhorado. O processo do ensino inclusivo deve ser visto como uma parte fundamental, não o que é imposto pelo estado e sim algo internalizado como valor que deve ser implantado nas escolas.

2.2 Marcos Legais da Inclusão no Sistema Educacional

Na sociedade atual, existe uma necessidade de lutar pelos direitos de todos, sempre buscando a igualdade e tentando acabar com a discriminação de raça, cor, sexo, religião e aspectos físicos. Devido a esses fatores, vêm surgindo muitos movimentos que lutam pela inclusão social e escolar, com objetivos e ações cuja finalidade é alcançar uma sociedade inclusiva.

Conforme RODRIGUES (2013), para que haja a construção de uma educação de qualidade para todos, deve-se partir da aceitação de ações firmadas no princípio da não segregação, e isso quer dizer inclusão para todos, independentemente de suas limitações individuais e sociais. Ele ainda ressalta que, para acontecer a inclusão, é preciso levar em consideração que, em algumas situações, os alunos de inclusão poderão necessitar de alguns

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serviços e auxílios específicos, enquanto que para alguns esses auxílios não serão necessários. Assim SILVA (2012, p.101) afirma:

Em vista disso, acreditamos que para garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno com necessidades educacionais especiais na sala de aula do ensino regular, é preciso que a prática do professor seja baseada nas necessidades, nas potencialidades e nos interesses desse estudante. Em vista da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na sala comum do ensino regular, a postura do professor tem de mudar. Para tanto, é de suma importância, que os cursos de formação ensinem os futuros professores a lidar com a diversidade atualmente existente na sala de aula. Dentro da inclusão escolar, destacam-se grandes marcos que impulsionaram o Brasil a lutar pela inclusão. Um dos importantes eventos foi a Declaração dos Direitos Humanos (1948), que impulsionou a educação inclusiva no Brasil, como diz o artigo 2°, inciso 1:

Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.

A Declaração considera todas as pessoas como iguais, independentemente de cor, sexo, raça, língua ou religião, portanto todas as pessoas devem ter direitos sociais e acesso à educação sem discriminação, pois todos têm sua própria capacidade para usufruir da liberdade citada na declaração.

Rodrigues (2013) cita que a Declaração Mundial de Educação para Todos, tem como um dos objetivos que todas as crianças, jovens e adultos tenham acesso à educação, e que essa educação seja universalizada e promova a equidade. Em Jomtien, na Tailândia, onde aconteceu a Conferência em 1990, 155 países, inclusive o Brasil, participaram de um acordo cujo objetivo era a construção de um sistema educacional inclusivo. O autor ainda cita que os países se responsabilizaram com o compromisso de efetivar a melhoria dos serviços educacionais e promover o acesso à educação de qualidade para todos e, de forma igualitária, para os portadores de qualquer deficiência.

Segundo Veiga (2014), as necessidades das pessoas com deficiência foram citadas somente no relatório final da conferência de 1990. Sendo assim, os direitos das pessoas com necessidades especiais passaram a ser discutidos com mais consideração na Declaração de Salamanca em 1994 na Espanha, que foi um dos marcos de grande importância para a educação inclusiva.

O direito de cada criança à educação é proclamado na Declaração Universal de Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser

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realizados. Pais possuem o direito inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA,1994, p.03).

De acordo com a Declaração de Salamanca, o objetivo da estrutura do ensino inclusivo se baseia em acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e até mesmo aquelas que possuem dificuldades na aprendizagem. Segundo Veiga (2014), a Declaração de Salamanca (1994) foi um dos marcos que influenciaram a educação inclusiva no Brasil, pois, após o evento, surgiram aqui algumas leis de referência para a inclusão.

Conforme Rodrigues (2013), a Constituição da República Federativa do Brasil de (1988), garante o direito das pessoas que necessitam de uma educação especial e também é um suporte para o alcance de oportunidades no processo de inclusão. Especificamente em seu artigo 208, cita que o atendimento educacional deverá ser ofertado para os portadores de deficiências na rede regular de ensino estabelecendo: "O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: [...] III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino."

O (ECA) Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) surgiu para a proteção dos direitos da criança e do adolescente, ressaltando a igualdade independente de sua origem, cor ou situação econômica e que todas as crianças têm o direito ao acesso à educação.

O Estatuto da Criança e do Adolescente faz uso do princípio da igualdade, afirmando assim, que todas as crianças brasileiras têm os mesmos direitos. Nesse ponto, independentemente de sua origem ser negra, indígena ou branca ou mesmo sua condição socioeconômica, todas as crianças devem ter o direito à educação. Logo, a igualdade é um paradigma de inclusão social. Nessa perspectiva, é indispensável o respeito à igualdade e à diversidade existente entre os seres humanos para promover a igualdade sem aniquilar as diferenças. (VEIGA, 2014, p. 20).

Para que aconteça a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais no sistema escolar, a estrutura escolar deverá ser modificada para poder receber essas crianças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) em seu artigo 3º, I estabelece ''Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola."

Segundo Mantoan (apud Rodrigues 2013 p. 33), a lei de diretrizes e bases da educação alcançou um avanço na educação especial escolar, porém a lei não estabelece em nenhum de seus itens, os aspectos avaliativos. Rodrigues (2013), ainda afirma que concorda com as colocações da autora, e que os aspectos não ficaram bem definidos e que pode ser uma barreira para que se alcance o objetivo da inclusão.

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Em se tratando de inclusão, a Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que foi elaborada pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Educação Básica, que ampara a Inclusão, retrata em seu artigo 8, que os professores deverão ser capacitados para atender às necessidades dos alunos especiais, possibilitando também a diversidade e a acessibilidade.

Em consonância com os princípios da educação inclusiva, as escolas das redes regulares de: "educação profissional, públicas e privadas, devem atender alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, mediante a promoção das condições de acessibilidade, a capacitação de recursos humanos, a flexibilização e adaptação do currículo e o encaminhamento para o trabalho, contando, para tal, com a colaboração do setor responsável pela educação especial do respectivo sistema de ensino." (RESOLUÇÃO CNE/CEB nº 2/2001, art. 17).

No artigo 17, a Resolução especifica que o processo de inclusão deverá acontecer através de uma adaptação do currículo e a capacitação de recursos humanos, para prestarem atendimento adequado aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. Nesse sentido, para Rodrigues (2013) é de responsabilidade da escola, priorizar a efetivação do processo de inclusão e facilitar os meios para o atendimento com qualidade dessas pessoas.

De acordo com Silva (2012) existem evidências de que a prática pedagógica tradicional que é firmada somente com transmissão de conhecimento é ineficaz no ensino para os alunos de inclusão escolar. Olhando por esse lado, deve-se pensar em uma estrutura adaptada para receber esses alunos, promovendo uma formação adequada dos professores para que trabalhem de forma respeitosa diante dessas diferenças, focando o respeito às adversidades, tornando, assim, a escola apta para receber alunos com diversas características e que precisam de uma educação especial.

É preciso que todos estejamos preparados para que, dentro da nossa esfera de saber e de influência, possamos prestar o apoio adequado a todos os alunos otimizando as suas oportunidades de aprendizagem. Assim sendo, no que diz respeito à implementação de um modelo inclusivo, muitos profissionais têm de adquirir e/ou aperfeiçoar as suas competências, sendo necessário para isso, valorizar a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional. (COSTAS, 2012, p. 33).

O plano de Desenvolvimento da Escola (2007) tem como um dos objetivos a preparação de professores para atender a educação especial, a implementação de salas com recursos funcionais e a transformação do ambiente escolar para o acesso e permanência dos alunos.

De acordo com Rodrigues (2013), efetivar a inclusão requer uma mudança significativa no sistema de ensino e deve haver um cuidado essencial para a implantação de recursos físicos, materiais para percorrer um desenvolvimento de atitudes novas, buscando meios de interação, exigindo mudanças que influenciem na forma de efetivar o processo de ensino aprendizagem.

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Em termos de legislação é percebido que muitas vitórias foram alcançadas, mas faz-se necessário asfaz-segurar que estas conquistas expressas nas leis ocorram de fato no cotidiano do ensino regular. No entanto, é inegável, que mesmo com os significativos avanços nos últimos anos na política de educação inclusiva, na prática, este modelo ainda não se configurou em nosso país, pois a grande maioria das redes de ensino necessita das condições institucionais necessárias para sua viabilização, mas o mais importante, neste momento, é o papel do gestor escolar e quais as suas ações para a inclusão dos ANEEs. (VEIGA, 2014, p. 22).

A inclusão tem se desenvolvido muito e obteve alguns avanços, porém é importante ressaltar que, em alguns sistemas de ensinos, ainda persistem em uma educação segregada, pois incluir quer dizer uma educação para todos, com o foco nas necessidades e interesse da criança. É fundamental também o papel do gestor no processo de inclusão, porque a iniciativa deve partir dele para que os colaboradores possam buscar uma formação adequada para trabalhar com a inclusão.

3 OS DESAFIOS DA INCLUSÃO E O PAPEL DO GESTOR

A educação é essencial a qualquer indivíduo, a educação especial deve ter os mesmos termos da educação global, contudo a inclusão ainda se depara com muitos desafios a serem sanados, mesmo com a criação de várias leis determinando que a oferta da educação especial seja dever constitucional do estado, há muito a se conquistar e fazer, visto que isto implica ampliar o conceito de educação inclusiva, requerendo mudança de postura e percepção e uma nova visão dos sistemas educacionais, reformulando a política, currículos e metas.

Por isso o gestor tem um papel tão importante nesse critério, pois é através de uma visão inovadora de inclusão que ele poderá alterar esse conceito da diferença, mudando a compreensão do conceito de “especial” para trabalhar com a diversidade. Considerando que o aluno com deficiência é um indivíduo em construção do conhecimento, que tem os mesmos direitos que os outros alunos e isso significa estar matriculado na rede regular de ensino e apto a vivenciar as mesmas experiências que os demais e podendo, também, usufruir de toda a estrutura e estratégias que a escola possa lhe oferecer, garantindo a sua socialização e aprendizagem.

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A Educação Especial brasileira passa por grandes desafios, sendo o centro de observações sobre a diversidade no âmbito da educação inclusiva, tornando-se motivo de preocupação no meio educacional, pois os gestores e docentes enfrentam muitas dificuldades na tentativa de oferecer um ensino apropriado e ajustado às necessidades dos alunos, contudo muitos deles não possuem conhecimentos essenciais acerca desta demanda.

A princípio, a diversidade foi vista como uma inovação da educação especial, mas gradativamente, passou a ser entendida como uma tentativa de oferecer a todos os alunos uma educação igualitária e de qualidade. Para ter e exercer uma educação inclusiva de fato, e garantir que todos os alunos tenham um ensino de qualidade, é necessário, primeiramente, que se faça um investimento na qualificação e formação dos professores e todo corpo docente. Fortalecendo essa formação e garantindo que tenha uma grande rede de incentivo de gestores e professores com os alunos, pais, familiares e profissionais da saúde, que são responsáveis pelas crianças com necessidades especiais educacionais.

Porém, existem várias adversidades e variáveis que impedem a inserção desses alunos com necessidade especiais, são elas: as dimensões de escolarização, a conscientização dos pais para buscarem auxílio dos profissionais da saúde, o atendimento e acolhimento nas escolas, bem como a participação da sociedade na inclusão social desse aluno e as escolas oferecerem aos profissionais da educação autonomia para que não tenham impedimento na elaboração de projetos inclusivos e na execução dos mesmos, porque os desafios da inclusão vão muito mais além do que receber a matrícula desses alunos com deficiências e necessidades educacionais especiais, estes devem ter garantido o seu direito à educação inclusiva, tendo acesso à escolaridade através de todas as possibilidades que a rede de ensino possa lhe oferecer, para que tenham o pleno desenvolvimento de suas capacidades e construção de conhecimento.

A inserção dos alunos com deficiência na educação básica da rede regular de ensino compreende um procedimento “de segregação”, tratando-se da idealização de uma sociedade inclusiva, comprometida com esse público alvo, consequentemente percebida no contexto da educação comum. Segundo Mantoan (apud Fumegalli, 2012, p. 35):

A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender as dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e como um meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, tenham os mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas escolarizados em uma escola regular.

A escola em toda sua trajetória não foi planejada para atender a desigualdade, foi pensada para atender à necessidade da grande massa, na estrutura e funcionamento de uma escola regular é mais confortável considerar a semelhança do que a diferença. A deficiência

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coloca em xeque a função essencial da escola comum, que é a formação do conhecimento, pois o aluno com necessidades especiais tem uma maneira própria de aprendizagem, uma maneira individual de construir o saber, não correspondendo ao ideal da escola, sendo assim, é necessário fazer as adequações pertinentes para atender esses alunos.

Para Mantoan (2015, p. 11) há um alerta para a necessidade de profundas mudanças na escola, fazer questionamentos quanto á organização e ao trabalho pedagógico, tendo como objetivo a reestruturação para eliminar os elementos que produzem todo e qualquer tipo de exclusão, promovendo assim, o desenvolvimento inclusivo nas redes de ensino.

Nesse olhar, há uma perspectiva na emergência de novas propostas educacionais avançadas em sistemas de ensino, modificando e investindo na qualidade da oferta educacional para todos, isso expressa a possibilidade da concretização do desafio da inclusão escolar.

3.2 O Gestor e o Processo de Inclusão

O papel do gestor na inclusão é oferecer uma educação para todas as pessoas, inclusive as pessoas que necessitam de uma educação especial, transformando a escola em um ambiente propício para que elas tenham uma educação qualificada para o seu desenvolvimento pessoal, cognitivo e social. Conforme o Art 2º, DECRETO N°7.6111(2011).

A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

O gestor tem um papel muito importante no processo de inclusão, pois, é através dele que projetos de integração serão executados dentro da instituição. Essas crianças necessitam de uma atenção maior, precisam ser aceitas e respeitadas por todos.

O gestor precisa buscar parcerias governamentais e sociais, com enfoque na cultura e nos processos educacionais, para que ele consiga atingir os objetivos necessários para tornar-se uma escola verdadeiramente inclusiva, pois isso só será possível com o envolvimento de toda comunidade escolar, os pais e educandos. O gestor irá enfrentar diversos desafios, pois a realidade das instituições e dos alunos é diferenciada, requerendo uma grande dedicação pessoal, só com essa dedicação ele terá a percepção necessária daquilo que ele precisa colocar em prática, para que haja êxito no progresso do seu trabalho.

É fundamental que o gestor tenha uma formação pedagógica, visto que é através dessa formação que ele terá uma visão ampla de como lidar com a diversidade no ambiente escolar,

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com um olhar diferenciado ele conseguirá desenvolver projetos embasados nas necessidades de cada aluno, fazendo com que os professores apliquem adequadamente toda metodologia necessária para a construção do conhecimento do aluno.

Ainda é possível identificar inúmeras falhas no sistema de inclusão, pois há muitas escolas públicas e privadas que não seguem a legislação, a qual decreta que é direito de todas as pessoas especiais de terem acesso à educação inclusiva, sem que haja discriminação e que sejam vistas com igualdade e tenham as mesmas oportunidades. Há muitas instituições que não oferecem o ensino adequado deixando esses alunos com necessidades especiais desassistidos de seus direitos.

Além das escolas não serem inclusivas, a maioria dos gestores e professores não tem uma formação qualificada para desenvolver um trabalho eficaz com essas crianças. É preciso engajamento nas atribuições cotidianas, fazendo com que esse crescimento profissional seja cada vez mais eficiente contribuindo para que ele possa transmitir a esse aluno a confiança necessária em si mesmo, mostrando-lhe que ele é capaz de ter o seu pleno desenvolvimento em relação aos outros, mesmo tendo limitações.

É necessário que os nossos governantes voltem o olhar para esses alunos, disponibilizando recursos para que haja mais profissionais qualificados, materiais pedagógicos acessíveis, visto que sem o auxílio financeiro dos governantes a educação inclusiva fica impossibilitada de ser ofertada.

A necessidade de suporte para esses alunos nas escolas é enorme, pois faltam verbas necessárias para que os gestores possam desempenhar a sua função de fazer as modificações primordiais, tornando as escolas um lugar de acesso para receberem os alunos que precisam de uma educação específica. Segundo Silva

Na inclusão escolar, por outro lado, acreditamos que o sistema educacional precisa ser reestruturado para atender as necessidades dos alunos e, consequentemente, proporcionar meios para que esses alunos alcancem progressos escolares e sucesso acadêmico. Com isso, o problema deixa de estar centrado no aluno e se desloca para o sistema educacional como um todo (2014, p. 98).

Ao falar em inclusão escolar, nota-se que o enfoque encontra-se no aluno, porém deve haver uma reestruturação no sistema educacional, visto que nessa reestruturação entra a formulação de um novo PPP baseado nas necessidades dos alunos, para buscar uma qualificação tanto do gestor, professores e toda comunidade escolar e, progressivamente, uma reorganização na estrutura física da instituição para que atenda à demanda de todos os alunos.

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Um bom gestor precisa conscientizar a comunidade escolar, principalmente os professores, para que haja a identificação da criança que necessita de uma educação diferenciada. Sendo assim, o gestor, juntamente com os professores, buscará a conscientização dos pais em relação às necessidades especiais dos seus filhos e os orientará a procurar um profissional da saúde para avaliar as condições dessa criança, para que, através dessa análise, chegue a um laudo que identifique as necessidades especiais de seus filhos, a fim de desenvolver na escola um projeto de inclusão desses alunos. Para Mantoan (apud RODRIGUES, 2013, p. 18), a prática da inclusão escolar está pautada na capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de compartilhar e conviver com pessoas diferentes. É ter a capacidade de acolher todas as pessoas, sem exceção.

É através do trabalho de conscientização e capacitação de gestores, professores e comunidade escolar, que poderão ser desenvolvidos projetos eficazes para tornar essa escola, ou instituição, um ambiente acessível, que proporcione um ensino capaz de atender toda e qualquer necessidade cognitiva, afetiva, social e cultural, para que esse aluno tenha o seu pleno desenvolvimento, levando em consideração a necessidade particular de cada um, dessa maneira essa escola será realmente considerada uma escola inclusiva.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos concluir que a administração está presente na sociedade desde os povos antigos, e foi desenvolvida de várias formas para alcançar os objetivos de organização familiar, recursos ou pessoas, daí sua relação com a administração ou gestão escolar, cujo objetivo não é só administrar recursos e lidar com a parte burocrática da escola, mas também administrar e avaliar pessoas, liderar e supervisionar os projetos que são desenvolvidos em todo o espaço escolar, para um bom funcionamento das instituições.

Nesse artigo identificamos que o conceito de gestão não é somente o ato de gerir, mas de administrar, quando há uma abertura política nesse âmbito, abre-se um leque de novas concepções e valores, dando autonomia para a escola buscar parcerias e a participação de toda a comunidade escolar e da sociedade.

A gestão e administração são distintas entre si, pois a administração é mais burocrática, já a gestão lida mais com a questão humana, proximidade entre todo o corpo docente e

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comunidade escolar. A gestão escolar precisa se organizar, ser um sistema aberto, com culturas e identidade próprias, solucionando com eficácia toda a situação imposta a ela, pois é através da organização, liderança, a execução e o controle que fará com que toda a comunidade escolar trabalhe unida.

Cabe enfatizar que o gestor tem um imenso valor dentro do ambiente escolar, pois é com a iniciativa dele que projetos serão apresentados e com o auxílio dos demais funcionários buscará melhores resultados beneficiando os alunos que precisam do apoio educacional que por lei lhes pertence.

O papel do gestor numa instituição é de buscar, todos os dias, aprimoramento para que sua gestão seja eficaz. Ele necessita ouvir a voz de todo corpo docente e comunidade escolar, chegando a um senso comum para elaborar projetos visando a melhoria do todo, utilizando novas estratégias para orientar adequadamente os membros da instituição, usando os recursos cabíveis para promover um ambiente motivador e estimulante, para que assim possa obter os resultados esperados. Uma boa gestão é construída coletivamente, sendo comunicativa e democrática, empregando metodologias de ensino para alcançar o progresso socioeducacional, cujo objetivo é formar cidadãos críticos, autônomos e participativos.

O gestor tem o papel de transformar o ambiente escolar em um ambiente propício para oferecer uma educação qualificada para o total desenvolvimento desse aluno, proporcionando-lhe meios para um desenvolvimento intelectual, pessoal, cognitivo e social. O gestor deve utilizar os recursos financeiros, buscando parcerias governamentais, trabalhando com toda a comunidade escolar e a sociedade, elaborando projetos e fazendo as modificações primordiais na instituição para poder acolher as pessoas com necessidades especiais educacionais da melhor maneira possível, oferecendo-lhes todo amparo necessário, podendo ser o acompanhamento de um profissional da saúde, a oportunidade de frequentar a sala regular de ensino, tendo seu direito de inclusão garantido, tornando-o um indivíduo capaz de se relacionar, opinar, criticar e se socializar . O gestor escolar, alcançando esses objetivos, fará com que essa escola seja, de fato, uma escola inclusiva.

Cabe ressaltar que o sucesso da instituição não depende unicamente do gestor e sim dos governantes, e de toda comunidade escolar, pois é preciso recursos financeiros que deverão ser disponibilizado pelos governantes. Mas para haver uma escola inclusiva, estruturalmente e pedagogicamente, o gestor necessita ter uma visão ampla, para que juntamente com o corpo

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docente consiga colocar em prática suas ideias, respeitando sempre a opinião de todos, pois agindo em conjunto será possível ter bons resultados dentro da escola.

A inclusão significa incluir todo ser humano em todos os ambientes que ele deseja estar, sem qualquer dificuldade, pois o papel da inclusão é a transformação para que esses alunos se sintam parte da comunidade, sendo assim é preciso que se trabalhe firme a fim de facilitar a vivência deles em todos os lugares. A escola necessita se colocar à frente dos projetos de inclusão e buscar apoios governamentais para obter êxito na inclusão escolar.

Concluímos, também, que a educação é essencial para todo indivíduo, mas quando se trata de inclusão há muitos desafios a serem sanados pelo gestor, visto que a oferta da educação especial é dever constitucional do estado, como se comprova através dos marcos legais da inclusão escolar, o gestor deve ampliar esse conceito, com uma nova visão reformulando PPPs e os Currículos escolares, criando metas, trabalhando com a diversidade, considerando que o aluno com deficiência é um indivíduo em construção do conhecimento. Garantindo que esse aluno possa vivenciar as mesmas experiências que os demais alunos, para que ele tenha um bom processo de socialização e aprendizagem.

A legislação sobre inclusão que temos, hoje, foi uma construção histórica a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Declaração de Salamanca. No Brasil a questão da inclusão é definida pelos Marcos legais da educação, entre eles temos a LDB que ressalta que todos deverão ter igualdade de acesso e permanência na escola e enfatiza claramente que a escola tem que ser inclusiva para as séries iniciais, competindo ao gestor desenvolver essa prática. Segundo a LDB, a Constituição da República e o ECA, a gestão do sistema educacional do Brasil deve ser pautada nos princípios da inclusão e da democracia.

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