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Informativo nº 85 de 06.06.2016

Í N D I C E

1. CONTA-SALÁRIO NÃO PODE SER PENHORADA INDEPENDENTEMENTE DO SALÁRIO DO DEVEDOR, DECIDE O TRIBUNAL REGIONAL DA 4ª REGIÃO______________________________________________________________p.02

2. EMPRESA QUE DECLAROU FALÊNCIA DE FORMA IRREGULAR, PÔE OS SÓCIOS COMO SUCESSORES EM PROCESSO DE EXECUÇÃO – DECISÃO DA 3ª

TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL O

TRF4_________________________________________________________________p.03

3. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECIDE QUE DÍVIDA DE CONDOMÍNIO SÓ PODERÁ SER TRANSFERIDA AOS CONDÔMINOS EM CASOS EXTREMOS___________________________________________________________p.04

4. PORTARIA RFB Nº 719/2016 REGULAMENTA A REVISÃO DE OFÍCIO DE DÉBITOS INSCRITOS E NÃO EM DÍVIDA ATIVA __________________________________p.05

5. RECEITA FEDERAL EMITE SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5010, FIXANDO POSIÇÃO ACERCA DE CSLL - LUCRO PRESUMIDO QUANTO AO PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS HOSPITALARES______________________________________________________p.06

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Este informativo foi redigido meramente para fins de informação e debate, não devendo ser considerado opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Direitos autorais reservados a Micheloni

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2 CONTA-SALÁRIO NÃO PODE SER PENHORADA INDEPENDENTEMENTE DO SALÁRIO

DO DEVEDOR, DECIDE O TRIBUNAL REGIONAL DA 4ª REGIÃO.

Em importante decisão que vai contra a mitigação do princípio da impenhorabilidade, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) declarou que,

independentemente dos

rendimentos do contribuinte, a conta-salário é absolutamente impenhorável por tratar-se de verba alimentar.

Trata-se de regra processual de caráter absoluto fundado no princípio da dignidade da pessoa humana, cujo objetivo, em última análise, é garantir o sustento do devedor e de sua família.

Na execução fiscal analisada pelo TRF4, o exequente requereu que 5% dos rendimentos do devedor fosse depositado

judicialmente a cada mês. O magistrado de primeira instância indeferiu tal requerimento e esta decisão foi objeto de recurso ao tribunal, sob a justificativa de que o devedor estaria “zombando de seus credores”.

Contudo, apesar de o devedor ter rendimentos mensais superior a dez mil reais, tais argumentos não foram suficientes para afastar a proteção legal,

sendo mantida a

impenhorabilidade absoluta para que ele, nas palavras da Relatora, Desembargadora Vivian Josete Pantaleão Caminha, “mantenha uma vida minimamente digna”.

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3 EMPRESA QUE DECLAROU FALÊNCIA DE FORMA IRREGULAR, POE OS SÓCIOS COMO SUCESSORES EM PROCESSO DE EXECUÇÃO – DECISÃO DA 3ª TURMA DO TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL O TRF4.

A Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, obteve decisão favorável do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, no processo nº 5012876-88.2016.4.04.0000, contra os sócios da então Cruiser Linhas Aéreas, e por isso prosseguirão na condição de devedores das dívidas então existentes contra a sociedade, que foram relegadas por conta da declaração de falência.

Essa empresa em 2010, que operava numa região limitada do

Centro Oeste, passando

dificuldades encerrou as atividades, sem contudo atuar de forma com os procedimentos legais para correta dissolução, ou seja, declarou falência sem antes realizar a necessária liquidação dos ativos e passivos.

Em decisão do

Desembargador Relator, Ricardo Teixeira do Valle Pereira, que foi acompanhado pelos componentes da 3ª Turma, por unanimidade, julgaram procedente o direito de redirecionamento. Como trecho de sua decisão, afirmou: “o redirecionamento da execução contra o sócio só é admissível em casos excepcionais em que haja indícios de ocorrência de desvio de finalidade societária, confusão patrimonial ou dissolução irregular, situação que se aplica ao presente caso”.

Entendemos ser importante precedente para os credores, porque a decisão do TRF4 assegura que havendo evidente indícios de irregularidade na dissolução societária, é cabível o redirecionamento aos responsáveis

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e/ou representantes legais da sociedade, com a pretensão de

fazer com que sejam pagos, se existentes, bens pessoais.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DECIDE QUE DÍVIDA DE CONDOMÍNIO SÓ PODERÁ SER TRANSFERIDA AOS CONDÔMINOS EM CASOS EXTREMOS.

Diante da análise do o Recurso Especial - REsp 1.486.478, a 3ª. Turma do Superior Tribunal de Justiça negou a pretensão de uma empresa de Curitiba, que administrava um Condomínio, que para receber seu crédito pelos serviços prestados, requereu a penhorar bens dos condôminos.

Entretanto o tribunal negou o recurso afirmando que só é possível redirecionar a execução da dívida contra os condôminos e atingir o patrimônio individual, após esgotadas todas as possibilidades de penhora dos créditos do condomínio, devedor originário.

A empresa era responsável pela administração deste condomínio, e detém um crédito de R$ 90 mil liquidado por decisão

judicial, em que o devedor efetuou o pagamento por meio de depósitos bancários irrisórios. Daí requereu a penhora da fração ideal de cada unidade do edifício para vir efetivar a condenação judicial e receber. Entretanto, o Tribunal de Justiça do Paraná indeferiu tal pleito.

Ao apreciar o tema o ministro Relator Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça, entendeu que para cobrança, a inclusão dos

condôminos: “é medida

excepcional, que somente deve ser admitida após esgotadas as possibilidades de se satisfazer o crédito contra o condomínio”.

O Ministro destacou que os condôminos já contribuem para o condomínio e: “não devendo ser

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onerados novamente em razão de alguma despesa em particular, a menos que essa medida seja indispensável. Porém, o juízo de origem preferiu contar com a colaboração do condomínio, intimando-o para que fizesse a retenção da parcela penhorada das cotas condominiais, depositando-as em juízo. Essa medida, em pouco tempo, restou frustrada, pois o condomínio parou de fazer a retenção”, afirmou o ministro.

Entretanto, segundo o julgamento no STJ, caberia à

administradora requerer a penhora do crédito do condomínio, diante da determinação do artigo 671 do Código do Processo Civil de 1973, e não a penhora do patrimônio dos condôminos. Por essa razão, o ministro considerou correta a posição do TJ estadual, finalizando: “Desse modo, não estando esgotadas as possibilidades de penhora dos créditos do condomínio, descabido o redirecionamento da execução contra os condôminos, em respeito ao princípio da menor onerosidade

para o devedor”

PORTARIA RFB nº 719/2016 REGULAMENTA A REUNIÃO DE OFÍCIO DE DÉBITOS INSCRITOS E NÃO EM DÍVIDA ATIVA.

A Receita Federal do Brasil regulamentou através da portaria nº 719/2016 a possibilidade do contribuinte requerer a revisão de ofício de débitos (revisão de lançamento ou de declaração) inscritos ou não em dívida ativa,

em momento anterior a

apresentação de recurso administrativo.

As hipóteses da revisão de ofício encontram-se disciplinadas no artigo 149 do Código Tributário

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Nacional, tendo a portaria

regulamentado hipóteses

específicas, dentre as quais a que trata de revisão de ofício pela prescrição.

Dentre as importantes regulamentações, destaca-se a necessidade de que, qualquer decisão que exonerar o contribuinte do pagamento do tributo, valor total superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), até R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) deverá ser proferida por 2 (dois) Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.

Também nesse sentido, a decisão que exonerar o sujeito

passivo do pagamento de tributo e encargos de multa em valor total superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) será proferida por 3 (três) Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.

Pela análise da

regulamentação visa diminuir a apresentação pelos contribuintes de recursos perante a autoridade administrativa, sob este ângulo de que o pedido de revisão evitará exatamente que tal exigência venha prosseguir e seja inscrito em dívida ativa, bem como o ajuizamento de ações judiciais indevidas, e o melhor não será usado inutilmente o Poder Judiciário.

RECEITA FEDERAL EMITE SOLUÇÃO DE CONSULTA nº 5010, FIXANDO POSIÇÃO ACERCA DA CSLL – LUCRO PRESUMIDO QUANTO AO PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO

SOBRE OS SERVIÇOS HOSPITALARES.

Vários contribuintes do segmento de prestação de serviços hospitalares, não necessariamente os que executam como atividade

fim e principal o serviço de internação e tratamentos profiláticos, vem utilizando-se da interpretação com atenção ao que

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dispõe a Lei nº 11.727/08, que a partir de 01.01.2009 foram criados alguns critérios subjetivos a serem respeitados, para que possam fazer jus às reduções do IRPJ e da CSLL.

Com a regulamentação na última Instrução Normativa nº. 1.556/15, no seu artigo 4º., inciso II, alínea a) e na condição do parágrafo 9º. que firmou ser 8% a alíquota: “desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”

Entretanto, como existem dúvidas sobre os requisitos o contribuinte lança mão desse instrumento que é a Consulta, onde a resposta já vincula o consulente e dá um norte aos demais. Neste sentido, trazemos duas respostas onde percebemos com destaque a exigência detalhada do cumprimento da RDC 11, da ANVISA. Vejamos: “SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF05 Nº 5010, DE 23 DE MAIO DE 2016(Publicado(a) no DOU de 31/05/2016, seção 1, pág. 26)

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO.

SERVIÇOS HOSPITALARES.

PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO. Para fins de aplicação do percentual de presunção de 8% (oito por cento), a ser aplicado sobre a receita bruta auferida no período de apuração pela pessoa jurídica, com vistas à determinação da base de cálculo do imposto, consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas nas atribuições 1 a 4 da RDC Anvisa nº 50, de 2002.

Desse conceito estão excluídas as simples consultas médicas, que não se identificam com as atividades prestadas no âmbito hospitalar,

mas nos consultórios médicos. Para

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presunção referido, a

prestadora dos serviços

hospitalares deve, ainda, estar organizada, de fato e de

direito, como sociedade

empresária e atender às normas da Anvisa. Caso contrário, a receita bruta advinda da prestação dos

serviços, ainda que

caracterizados como

hospitalares, estará sujeita ao percentual de presunção de 32% (trinta e dois por cento).”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA

VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 36, DE 19 DE ABRIL DE 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, caput e §§ 1º, III, “a” e 2º; IN RFB nº 1.234, de 2012, art. 30 (com redação dada pela IN RFB nº 1.540, de 2015); Nota Explicativa PGFN/CRJ nº 1.114, de 2012, Anexo, item 52.

ASSUNTO: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO.

SERVIÇOS HOSPITALARES.

PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO.

Para fins de aplicação do percentual de presunção de 12% (doze por cento), a ser aplicado sobre a receita bruta auferida no período de apuração pela pessoa jurídica, com vistas à determinação da base de cálculo da contribuição, consideram-se serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas nas atribuições 1 a 4 da Solução de Consulta n.º 36 Cosit Fls. 2 2 RDC Anvisa nº 50, de

2002. Desse conceito estão

excluídas as simples consultas médicas, que não se identificam com as atividades prestadas no

âmbito hospitalar, mas nos

consultórios médicos.

Para fazer jus ao percentual de presunção referido, a

prestadora dos serviços

hospitalares deve, ainda, estar organizada, de fato e de

direito, como sociedade

empresária e atender às normas da Anvisa. Caso contrário, a receita bruta advinda da prestação dos

serviços, ainda que

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hospitalares, estará sujeita ao percentual de presunção de 32% (trinta e dois por cento). MILENA REBOUÇAS NERY MONTALVÃO Chefe”

Pela sutileza do tema, nossos advogados encontram-se à disposição para esclarecer eventuais dúvidas e avaliar possibilidades de medidas administrativas e judiciais, visando

o referido direito.

Advogados responsáveis pela redação e revisão:

Ricardo Micheloni da Silva Av. Churchill, 129 – Grupo 1003

Eduardo Landi De Vitto Centro – Rio de Janeiro

Rafael Ribeiro Campos (21) 2533-2613

Referências

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