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RESILIÊNCIA NO CONTEXTO EDUCATIVO: uma análise de publicações científicas

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Academic year: 2021

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Profa. Dra. Marluce Auxiliadora Borges Glaus Leão2

Resumo- O objetivo deste estudo foi identificar as produções científicas sobre o constructo da resiliência no contexto educativo. Para isso, realizou-se um levantamento bibliográfico de pesquisas relacionadas ao tema no período de 2009 a 2013, em bases de dados digitais, com a utilização dos termos: resiliência e docência, resiliência e educação. Foram identificados na busca, 55 produções, entre artigos, dissertações e teses. Desses, apenas 10 foram eleitos para fins de análise, conforme critério de seleção adotado, de que as produções tivessem seus objetivos vinculados à resiliência e docência ou educação. Os resultados apontaram um baixo número de pesquisas abordando este tema. Em relação ao método, prevaleceram os estudos de cunho qualitativo, 80% utilizando entrevistas; 20% escalas de resiliência e 20% relacionados à análise das pesquisas.

Palavras-chave: Resiliência e docência; resiliência e educação; produção científica.

INTRODUÇÃO

A profissão docente, como tantas outras, a cada dia se defronta com novos desafios e exigência, em vários aspectos, às quais o professor precisa estar preparado para enfrentar. Quanto maior o desafio, mais capacidades e habilidades são necessárias para lidar com o desconhecido, especialmente na área do ensino, como afirma Tardif e Lessard (2005, p.43), em que a atividade de ensinar é a de:

[...] agir dentro de um ambiente complexo e, por isso, impossível de controlar inteiramente, pois, simultaneamente, são várias as coisas que se produzem em diferentes níveis de realidade: físico, biológico, psicológico, simbólico, individual, social, etc. Nunca se pode controlar perfeitamente uma classe na medida em que a interação em andamento com os alunos é portadora de acontecimentos e intenções que surgem da atividade da mesma.

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Mestranda em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais flor.nead.mba@gmail.com

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Docente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais –PRPPG- Universidade de Taubaté, marluce@unitau.br

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55 Para esses autores, uma das maiores características do trabalho docente é a diversidade de tarefas a cumprir que demandam competências e habilidades profissionais variadas. Um processo de educação em constante mudança, aos quais o docente deve estar atento às cobranças relacionadas ao novo contexto social, como as exigências advindas dos avanços tecnológicos. Contudo, tantas transformações e mudanças reativam no docente o desenvolvimento de comportamentos de inadaptação e sentimentos como insegurança, medo, ansiedade, estresse, dentre outros.

Este quadro denuncia a necessidade de repensar a formação profissional, no sentido de incrementar nos docentes atitudes e comportamentos que os fortaleçam e cada vez mais respondam aos imperativos deste contexto, ou seja, a manifestação de suas capacidades de resiliência, para que também formem alunos resilientes às situações desafiadoras na sociedade contemporânea.

Pela importância social e científica deste tópico no conjunto das atividades do contexto da educação e para o profissional docente, definiu-se neste estudo como objetivo identificar as produções científicas sobre o constructo da resiliência no contexto educativo, delimitando as relacionadas à resiliência e educação e resiliência e docência.

Acredita-se o construto psicológico da resiliência é um saber necessário na formação do educador oriundo de qualquer área, cujo apoio de todos os envolvidos no processo educativo contribui para desenvolver também habilidades dos educandos para enfrentar as adversidades do cotidiano.

CONCEITO DE RESILIÊNCIA

A resiliência é um constructo que transita entre aspectos físicos, biológicos e psicológicos. Do latim resiliens, significa voltar para trás, recolher-se. Do inglês resilience, relaciona-se à elasticidade, capacidade de recuperação.

Suas origens remontam à área da Física, sobre a propriedade que um corpo tem de recuperar sua forma original após sofrer choque ou deformação. No âmbito das Ciências Naturais e na Engenharia, resiliência é definida como a qualidade que os materiais têm de suportarem a aplicação de esforços externos sem se romperem. Um dos seus precursores foi o cientista inglês Thomas Young que tratou desta capacidade onde o material ao ser submetido a fortes impactos, posteriormente, voltaria ao seu estado normal.

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56 Sobre isto, destaca-se a afirmação de Antunes (2003, p.13):

Resiliência é uma abordagem teórica e um conceito extraído da física e muito usado pela engenharia e que representa a capacidade de superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo e inalterado. Aplicado a vida humana e animal, representa a capacidade de resistência a condições duríssimas e persistentes e, dessa forma, diz respeito à capacidade de pessoas, grupos ou comunidades não só de resistir às adversidades, mas de utilizá-las em seus processos de desenvolvimento pessoal e crescimento social.

Quando aplicado ao ser humano, os princípios deste conceito de resiliência permanecem e se ampliam, como se entrevê na definição de Mota et al. (2006, p.58) define como:

A resiliência pode ser definida como uma capacidade universal que possibilita a pessoa, grupo ou comunidade prevenir, minimizar ou superar os efeitos nocivos das adversidades, inclusive saindo dessas situações fortalecida ou até mesmo transformada, porém não ilesa.

Aldo Melillo (2004, p.63,64) ressalta esta capacidade dos seres humanos de superar os efeitos da adversidade aos quais são submetidos e sairem fortalecidos na medida em que a resiliência também dá “ênfase na necessidade do outro como ponto de apoio para superação da adversidade”. Depreende-se, pela colocação deste autor, que indivíduos resilientes, além de superar, conseguem aprender com as adversidades e que o contexto pode favorecer este aprendizado.

Portanto, a questão da resiliência pode ser aplicada à profissão da docência ao lidar com suas atividades cotidianas e, muitas vezes, adversas, como também destaca Tavares (2002, p.35), descrevendo do que se trata a capacidade de ser resiliente.

É a capacidade de responder de forma mais consciente aos desafios e dificuldades, de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante desses desafios e circunstâncias desfavoráveis, tendo uma atitude otimista, positiva e perseverante e mantendo um equilíbrio dinâmico durante e após os embates características de personalidade que, ativada e desenvolvida, possibilita ao sujeito superar-se e às pressões de seu mundo, desenvolver um autoconceito realista, autoconfiança e um senso de autoproteção que não

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57 desconsidera a abertura ao novo, à mudança, ao outro e à realidade subjacente .

Tão importante quanto estas definições em relação à profissão docente e à educação, é identificar os fatores que possam favorecer ou não, o desenvolvimento da resiliência, no sentido de se criar estratégias e programas que facilitem o enfrentamento das adversidades nos contextos educativos.

RESILIÊNCIA E SUA APLICABILIDADE NO CONTEXTO EDUCATIVO

O trabalho docente exige que o professor apresente várias habilidades e capacidades, mediante as questões institucionais e burocráticas de cada contexto educativo, formal ou informal3, no qual se inscreve, além da diversidade cultural dos alunos e destes contextos.

Este quadro de constante desafio sugere afetar diretamente o professor, mas que segundo Yunes (2003) seus impactos ainda são poucos estudados. Todavia, sobre isto lembra-se a advertência de Codo (2002, p.242) de que o professor “torna-lembra-se incapaz do mínimo de empatia necessária para a transmissão do conhecimento e, de outro, ele sofre: ansiedade, melancolia, baixa auto-estima, sentimento de exaustão, física e emocional”. Observa-se, assim, que o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente tende ao comprometimento se os integrantes do contexto educativo não forem empoderados 4em relação às respectivas capacidades de superarem estes embates juntos, possível pelo fortalecimento da resiliência pessoal e do contexto.

Além disso, para Grotberg (2005), condutas resilientes supõem a presença e a interação dinâmica de fatores e estes vão mudando nas diferentes etapas do desenvolvimento. Melillo, Estamatti e Cuestas (2005, p.61) corroboram esta perspectiva, ressaltando que:

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O trabalho formal é, no Brasil, o trabalho com benefícios e carteira profissional assinada. Trabalho

informal é o trabalho sem vínculos registrados na carteira de trabalho..

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58 A resiliência se produz em função de processos sociais e intrapsíquicos. Não se nasce resiliente, nem se adquire a resiliência ‘naturalmente’ no desenvolvimento: depende de certas qualidades no processo do sujeito com os outros seres humanos, responsável pela construção do sistema psíquico humano.

Portanto, a existência ou não da resiliência depende da interação da pessoa com outras e o meio ao longo de toda sua vida. Masten, Kaplan e Benard (1999) salientam que a resiliência é um processo dinâmico e que as influências do ambiente e do indivíduo interatuam numa relação recíproca, que permitem a pessoa se adaptar, apesar das adversidades.

Com base nestas considerações, acredita-se que a resiliência no contexto educativo pode sustentar o enfrentamento das adversidades pelos indivíduos, (re) ativando o aumento de características como a criatividade e flexibilidade para que se beneficiem com as experiências vivenciadas, possibilitando maior preparação do docente nas suas práticas educativas e asseguramento constante de seu potencial de transformação pessoal e do contexto. Assim, a resiliência, tanto individual, quanto em grupo, favorecerá resistir às situações presentes no cotidiano, sem perder o equilíbrio inicial, ou seja, a capacidade de se ajustar às adversidades de forma mais positiva e através delas fortalecer a atuação de todos.

MÉTODO

Esta pesquisa deve-se ao questionamento sobre o que se tem estudado e publicado sobre este tema. Para tal, realizou-se uma busca eletrônica das produções científicas indexadas nas coleções: Sistema Online de busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE),

Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe (LILACS) e Scientific Eletronic

Library Online (Scielo), a partir dos seguintes termos: resiliência e docência, resiliência e

educação. As consultas foram realizadas em janeiro de 2014, abrangendo publicações do período entre 2009 e 2013.

A busca resultou em uma listagem com os títulos das produções, utilizando como critério de exclusão a rejeição de estudos que não se relacionavam ao tema em pauta. A partir da leitura dos resumos encontrados, foi feita uma análise de conteúdo para sistematização dos materiais e aprofundamento das questões neles tratadas.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Identificou-se na busca, 55 produções, entre artigos, dissertações e teses, de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 – Distribuição quantitativa dos resultados encontrados nas bases de dados consultadas MEDLINE PRODUÇÕES (N) Resiliência e educação 12 Resiliência e docência 10 LILACS PRODUÇÕES(N) Resiliência e educação 5 Resiliência e docência 6 SCIELO PRODUÇÕES(N) Resiliência e educação 10 Resiliência e docência 12 TOTAL 55

Do total de 55 publicações, somente dez resumos foram eleitos para leitura, e destes, apenas dois estavam relacionados ao foco desta pesquisa, a resiliência no contexto educativo. Ao investigar a população de docentes, constatou-se que, dentre as 10 pesquisas analisadas, 80% apresentou a docência de forma geral sem alusão à resiliência e 20% respondeu ao tema da pesquisa, conforme descrito a seguir:

No que se refere aos artigos encontrados na base de dados da SCIELO, foram encontrados os seguintes títulos: “Educação escolar e resiliência: política de educação e a prática docente em meios” (FAJARDO; MINAYO; MOREIRA, 2010); “Resiliência e educação: examinando conceitos e possibilidades” (SALLES; SALLES FIHO, 2010).

O artigo de Fajardo; Minayo e Moreira (2010) uma revisão de literatura, cujo objetivo visou discutir a questão da resiliência na educação escolar. Dos estudos encontrados

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60 entre 2002 e 2008 constou o total de 60 produções: 22 resumos, 13 artigos na íntegra, 13 capítulos de livros e 12 livros, contudo 25 textos foram excluídas por não trazerem contribuição para o estudo destes autores. Apresenta a compreensão do significado do conceito da resiliência, sua adequação à figura do professor e que ao mesmo tempo viabiliza práticas e atitudes construtivas frente aos problemas do cotidiano da escola. Concluíram que ainda são preliminares ou insuficientes os estudos sobre resiliência na ótica da educação, entendendo que a resiliência não é um atributo da pessoa, mas pode ser consolidada na ação docente que o ambiente resiliente da ação pedagógica ocorre quando existe um suporte efetivo e emocional necessário para que as pessoas trabalhem no clima de aprendizagem constante.

Para Assis (2009, p.7), a resiliência não é um atributo que nasce com o sujeito, mas sim, uma qualidade oriunda da relação da pessoa com o meio em que vive e que pode fortalecê-la para superar as dificuldades e violências a que estiver exposto. A autora ressalta, ainda, que a resiliência pode ser trabalhada e estimulada por qualquer grupo social ou instituição escolar, comunidades, profissionais e famílias.

Henderson e Milstein (2005) apresentam seis passos que estimulam o aparecimento de características próprias de um docente resiliente:

1.Enriquecer os vínculos

2.Determinar limites claros e fortes 3. Ensinar habilidades para a vida 4.Proporcionar afeto e apoio

5.Estabelecer e transmitir expectativas elevadas

6.Proporcionar oportunidades de participação significativas

Sobre essas características, acreditam que produzam maior apego à escola, mais compromisso social e uma percepção mais positiva de si mesmo por parte dos alunos, pais, responsáveis e docentes (HENDERSON; MILSTEIN, 2005). Podem contribuir para que os docentes assumam posturas mais resilientes diante das adversidades inerentes ao seu trabalho; ressalta-se, portanto, a importância da qualidade de vida no âmbito pessoal, a ligação entre os familiares e amigos, lazer e a situação econômica. Observa-se que a presença dessas características permite a promoção da resiliência.

A relevância da resiliência na educação, para vários autores (ANTUNES, 2003; ASSIS, PESCE, AVANCI, 2006; BARBOSA, 2007; TAVARES; 2001; VARELA, 2005), aponta para a escola como um ambiente promotor de resiliência potente da sociedade. A ideia

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61 que ambientes facilitadores de resiliência apresentam características como: “estruturas coerentes e flexíveis, respeito; reconhecimento; garantia de privacidade; tolerância às mudanças; limites de comportamento definidos e realistas; comunicação aberta; tolerância aos conflitos; busca de reconciliação; sentido de comunidade; empatia.” (PINHEIRO, 2009, p.69).

Nesse sentindo ressalta-se que a promoção da resiliência:

[...] pode ser promovida com a participação de pais, pesquisadores, pessoas que trabalham na área, implementando programas psicossociais e serviços sociais, os políticos e a comunidade. Dessa forma, a resiliência permite nova epistemologia do desenvolvimento humano, pois enfatiza seu potencial, é específica de cada cultura e faz um chamado à responsabilidade coletiva. Um enfoque em resiliência permite a promoção da qualidade de vida seja um trabalho coletivo e multidisciplinar (INFANTE, 2005 p.36).

O artigo de Salles e Salles Filho (2010) também se volta para resiliência e educação, analisando as dimensões do conceito de resiliência como capacidade de responder de forma mais consistente aos desafios e dificuldades do mundo, reagindo com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de desafios e de circunstâncias desfavoráveis.

Estes autores identificaram uma aproximação do conceito de resiliência e sua repercussão na área educacional, relacionada à dimensão da individualidade e coletividade. Ainda que pessoas mais resilientes são mais autônomas, críticas, participativas, sensíveis e amorosas e discordam de atitudes como: intolerância, fatalismo, radicalismo, egoísmo e irresponsabilidade. Porém, esses acontecimentos estão presentes na vida cotidiana e, portanto, a necessidade de melhores formas de comprometimento em ações individuais e coletivas venha favorecer a resiliência.

Outro ponto importante de superação das adversidades cotidianas é a afetividade. Sobre isso, lembra-se Freire (1996, p.141) afirmando que “Ensinar exige querer bem aos educandos” Ou seja, para ser um educador há que possuir qualidades como o querer bem ao outro. Dessa forma, a humanização assume um importante papel no processo educacional. Este autor esclarece ainda que:

É preciso que saibamos que, certas qualidades ou virtudes como amorosidade, respeito aos outros, tolerância, humildade, gosto pela alegria, gosto pela vida, abertura ao novo, disponibilidade à mudanças, persistência na luta, recusa aos fatalismo, identificação com a esperança, abertura à justiça, não é possível à pratica pedagógica progressista, que não faz somente com ciência e técnica (FREIRE, 1996, p.136).

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62 Portanto, o professor tem um importante papel como educador e a escola é um relevante lugar propulsor de resiliência para os docentes e discentes (FAJARDO, MINAYO, MOREIRA, 2010; POETINI, 2010).

Por último, (Antunes, 2003 apud POETINI, 2010, p. 16) esclarece sobre o que considera uma escola resiliente:

A escola resiliente proporciona confiabilidade, segurança e esquemas de organização mesmo em comunidades aparentemente apáticas. Para o autor, esse tipo de instituição é ágil, acolhe a diversidade, contextualiza o conhecimento e transforma-se permanentemente sabendo dar a volta por cima e reajustando-se rapidamente após perturbações, choques e frustrações, além disso, reinventa meios para assumir sua real condição e acolhe a resiliência como centro de seus estudos e desenvolvimento de excelência, oferecendo um ambiente educacional rico e estimulante.

É notório que as dificuldades no contexto educacional nacional acontecem, e que depois da família, a escola é o meio fundamental e essencial para formação de indivíduos adquirirem competências necessárias para ter sucesso na vida (ANTUNES, 2003). Portanto, promover a resiliência no meio educacional é cumprir com objetivos fundamentais como: formação de pessoas livres e indivíduos responsáveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito deste artigo foi conhecer as produções científicas sobre o constructo da resiliência no contexto educativo. Dentre as pesquisas encontradas no levantamento bibliográfico, 20% contribuíram para alcançar o objetivo deste estudo.

Observou-se nesta pesquisa, que o quantitativo das produções em relação à resiliência ainda é pequeno. No entanto, encontrou-se em Assis (2009) uma afirmação pertinente sobre o assunto, para a autora a resiliência é proveniente do sujeito com o meio social e que esta pode ser desenvolvida pelas instituições sociais, para o bem-estar do indivíduo.

Nesse sentido, a resiliência tende a proporcionar ambientes favoráveis ao desenvolvimento do profissional, tendo em vista viabilizar práticas e atitudes construtivas diante dos problemas do cotidiano escolar.

Constatou-se também, a importância do apoio da afetividade no ambiente de trabalho escolar, pois esta tende permitir o desenvolvimento de características para o

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63 enfrentamento das adversidades, impostas por uma sociedade em que os paradigmas educacionais estão em constantes transformações.

RESILIENCE IN THE EDUCATION CONTEXT: NA ANALYSIS OF SCIENTIFIC PUBLICATIONS

ABSTRACT-The aim of this study was to identify the scientific production on the construct of resilience in educational context. For this, we performed a bibliographic survey of related research in the period 2009-2013, in digital databases, using the terms: teaching and resilience, resiliency and education. 55 productions, including articles, theses were identified in the search. Of these, only 10 were chosen for analysis as selection criteria adopted, that the productions were your goals linked to resilience and teaching or education. The results showed a low number of studies addressing this topic. Compared with the method prevailed studies with qualitative approach using interviews 80%; 20% range of resilience and 20% related to the analysis of the research.

Keywords: Resilience and teaching; resilience education, scientific production.

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65 YUNES, Maria Angela Mattar. Psicologia positiva e resiliência: o foco no indivíduo e na família. Psicologia em estudo, Maringá, v.8,75-84, 2003.

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