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ZÊNITE DISTRIBUIDORA.

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Academic year: 2021

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www.espm.br/centraldecases

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Preparado pelo Prof. Gabriel Vianna Schlatter, da ESPM-RS.

Recomendado para as disciplinas de: Estruturas e Processos, Logística Integrada, Gestão de Operações e Gestão de Serviços.

Este é um caso fictício, cuja elaboração é de exclusiva responsabilidade do autor. Desenvolvido unicamente para fins de estudo em ambiente acadêmico. Eventuais

semelhanças com fatos reais terão sido mera coincidência. Direitos autorais reservados ESPM. Maio 2007

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RESUMO

O caso da Zênite Distribuidora apresenta uma empresa de distribuição de produtos de consu-mo, principalmente alimentos, higiene e limpeza, a qual atua com um grande volume de clien-tes de diferenclien-tes porclien-tes. São detalhados diversos aspectos da empresa, incluindo seu histórico e sua estrutura organizacional atual, bem como o mix de produtos distribuídos e o perfil dos clientes atendidos. Algumas particularidades do negócio e do mercado são exploradas a fim de que o leitor compreenda melhor como uma empresa de distribuição atua e quais são as exigências de desempenho dos clientes. Por fim, se convida o leitor a refletir sobre alternativas para reestruturação da organização, bem como sobre novas formas de gestão que permitam integrar os processos comerciais e logísticos da empresa.

PALAVRAS-CHAVE

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SUMÁRIO

1. Apresentação ... 5

2. Histórico ... 5

3. Produtos e clientes ... 6

4. Particularidades do negócio e do mercado ... 7

5. Logística de entregas ... 7

6. Questões para discussão ... 8

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APRESENTAÇÃO

Este caso trata do processo de reestruturação de uma empresa distribuidora de produtos ali-mentícios, de higiene e de limpeza em todo o Estado do Rio Grande do Sul. A empresa é des-crita tanto em função do seu mix de produtos trabalhados como do perfil e do porte dos seus clientes. A configuração organizacional atual da empresa atende parcialmente os requisitos de desempenho desejados, mas, com certeza, não permitirá aproveitar as oportunidades de crescimento que têm sido identificadas pelos principais gestores.

É uma boa oportunidade para refletir sobre as possibilidades de reorganização de uma empresa e, em particular, como os processos principais do negócio podem ser agrupados a partir de características dos produtos ou dos clientes da empresa.

HISTÓRICO

A Zênite Distribuidora comercializa e distribui produtos alimentícios, de higiene e limpeza em todo o Estado do Rio Grande do Sul. É uma empresa jovem, com menos de 25 anos, tendo como diretor principal seu sócio fundador, Sr. José Roberto. É uma empresa tipicamente fa-miliar, sendo que os três fundadores eram irmãos, todos com larga experiência em vendas de alimentos para pequenos e médios supermercados do interior do Estado.

A matriz da empresa situa-se em Santa Maria, a 292 km de Porto Alegre. Lá reside e tra-balha o diretor principal. Em 1990, embalados pelo excelente desempenho em sua região, os sócios, a convite de um dos principais clientes, decidiram pela abertura de uma filial em Eldorado do Sul, na Grande Porto Alegre. Essa filial, com o passar dos anos, acabou respon-dendo por cerca de 70% do faturamento da empresa, uma vez que se situa mais próxima dos grandes centros consumidores do Estado. Com isso, um dos irmãos, Sr. Marco Antônio, passou a residir em Eldorado, sendo responsável pela gerência comercial de toda a empresa.

Atualmente, o ponto forte da empresa é o fato de já ter conseguido se estabelecer como distri-buidora exclusiva de algumas marcas importantes, fruto de sua competência comercial, a qual é re-conhecida pelas indústrias que representa. Seu ponto fraco foi ter crescido de maneira rápida na área comercial, atingindo um quadro de 185 vendedores, sem ter podido crescer de forma organizada e moderna na área de logística e transporte, a qual conta com 125 funcionários. A imagem de flexibili-dade da empresa para os pequenos e médios clientes também é um ativo importante. É filosofia da empresa atender a qualquer pedido, não importando seu valor ou número de itens a serem entregues.

A gestão da empresa passou por transformações significativas nos últimos dois anos. Ini-cialmente centralizada na matriz e na figura do diretor principal, a gestão foi obrigada a pro-gredir para um sistema mais descentralizado, principalmente em função da nova filial. Com a busca e contratação de novos profissionais, a empresa optou por uma gestão baseada em uma estrutura funcional, conforme apresentado na figura 1, a seguir.

Figura 1: Organograma da Zênite Distribuidora

Diretor

Gerente

Comercial Gerente de Operações FinanceiroGerente Gerente de

RH

Gerente de TI AdministratGerente

Equipes de

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O diretor e os gerentes administrativo, financeiro e de TI ficam na matriz, em Santa Maria. O gerente de operações, o gerente comercial e o gerente de RH ficam em Eldorado do Sul. Apesar de possuir duas unidades, toda a gestão dos vendedores é feita pelo gerente comercial em Eldorado do Sul, controlando todas as regiões de atuação no Estado. Da mesma forma, o gerente de operações controla todos os aspectos relacionados aos armazéns e ao transporte, tendo apenas um coordenador local em Santa Maria.

PRODUTOS E CLIENTES

A Zênite Distribuidora possui mais de 20 mil itens cadastrados em seu sistema. Um item consis-te em um registro que caracconsis-teriza qualquer uma das alconsis-ternativas de oferta de um produto. Por exemplo, um suco tem associado ao mesmo produto vários itens, cada um especificando os diferentes sabores e, ao mesmo tempo, tipos e tamanhos de embalagem. Além disso, o agru-pamento de produtos em packs ou caixas também produz um novo item de registro. Apesar de toda essa diversidade de produtos, cerca de 80% do faturamento está associado a menos de 3 mil itens. O perfil e a representatividade dos produtos distribuídos são os seguinte:

Alimentos Higiene Pessoal Limpeza

• Refrigerados (margarinas e chocolates)

• Não refrigerados (massas, salgadinhos, biscoitos, temperos, óleos, sucos e refrescos) • Xampus, condiciona-dores e desodorantes • Absorventes e fraldas • Sabão em pó • Ceras e desinfetantes • Produtos automotivos Representam 25% do faturamento global Representam 20% do faturamento global Representam 30% do faturamento global O restante do faturamento provém de produtos diversos, como sabonetes, cremes, fil-mes fotográficos, cereais e outros.

O número de clientes cadastrados na empresa é de cerca de 10 mil. Entretanto, os clientes ativos (com pedidos nos últimos seis meses) são de aproximadamente 7 mil. O porte dos clien-tes ativos está distribuído da seguinte forma:

Microempresas Médias empresas Grandes empresas

• 6.000 mercados ou minimercados (até 3 checkouts),

• 1.200 supermercados de médio porte (de 4 a 12 checkouts), • 120 grandes super-mercados (mais de 12 checkouts e redes), Representam 40% do faturamento global Representam 30% do faturamento global Representam 30% do faturamento global

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PARTICULARIDADES DO NEGÓCIO E DO MERCADO

O negócio de distribuição de produtos de consumo é extremamente complexo, apresentando uma diversidade de perfis e necessidades dos clientes. Os pequenos mercados, por exemplo, têm capacidade de pagamento limitada, tendo uma demanda por produtos muito variável ao longo do mês. Via de regra, são visitados semanalmente pelos vendedores, os quais oferecem o portfólio completo de produtos da empresa ao próprio dono ou sócio-gerente. Este acaba fazendo as encomendas da semana em função de uma disponibilidade de caixa projetada para os próximos dois dias, tempo máximo em que as entregas serão feitas e que, consequen-temente, deverá pagar pelos produtos. Assim, a maioria dos pagamentos é à vista, exceto para clientes mais antigos, para os quais se oferece a possibilidade de pagamento com boletos ban-cários com vencimento em 15 ou 20 dias.

Os supermercados de médio porte, por sua vez, têm um trabalho bem mais elaborado de-senvolvido por parte dos vendedores. Estes acabam gerindo o estoque dos clientes, visitando depósitos e sugerindo volumes e mix de compras para os gerentes. As visitas são, no mínimo, duas vezes por semana, sendo que cada vendedor oferece toda a linha de produtos disponí-veis. Os prazos de pagamento são maiores, sendo realizados via boleto bancário ou, eventual-mente, contra entrega do produto para clientes sem crédito aprovado. As grandes redes têm um tratamento especial. Em geral, possuem um vendedor dedicado, disponível full time para consultas, solicitações e negociações especiais. As negociações de preços, descontos e prazos são feitas semestral ou anualmente, sendo os pagamentos realizados somente via banco.

LOGÍSTICA DE ENTREGAS

A logística tem seu desempenho determinado, fundamentalmente, por dois aspectos: tipo de produto a ser entregue e porte do cliente. Alimentos refrigerados devem ser transportados em caminhões com refrigeração. Não há problemas, entretanto, de se colocar alimentos comuns em compartimentos refrigerados. Por questões legais, não é possível o transporte de alimen-tos e produalimen-tos de higiene ou limpeza em um mesmo compartimento de um caminhão.

Os diferentes portes das empresas clientes acaba por determinar procedimentos de separação e entrega com particularidades associadas à cobrança, conferência e tempo de espera para descarga. Os pequenos clientes recebem prontamente os produtos, em qualquer ordem ou agrupamento, limitando-se o processo de entrega a uma simples con-tagem para conferência com a nota fiscal. O recebimento, entretanto, pode ser um tanto demorado, pois depende da disponibilidade do gerente principal em buscar dinheiro ou cheques que totalizem o pagamento.

Já os grandes supermercados ou redes exigem que os produtos sejam separados em pallets e alinhados lado a lado para a conferência. Antes dessa, entretanto, a nota fiscal é encaminhada ao setor de compras, o qual confere a mesma a fim de verificar se todos os produtos foram realmente solicitados pelo comprador. Além disso, os caminhões têm que estar no cliente em um determinado horário do dia (janela de entrega) ou entram em uma fila no início da manhã, cuja ordem de entrega pode ou não ser alterada pelo cliente. Como consequência, frequentemente o caminhão precisa ficar o dia inteiro no cliente, aguardando seu momento de descarga e conferência dos produtos.

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Questões para discussão

A Zênite comercializa e entrega uma grande variedade de produtos para um número expres-sivo de clientes. O número mensal de entregas é, em média, próximo a 30 mil, uma vez que um mesmo cliente solicita de quatro a seis entregas mensais de produtos. Essa intensa movi-mentação, somada à diversidade de clientes e produtos, exige alta organização, sincronismo e visão integrada de todas as atividades a fim de que se consiga garantir níveis de serviço adequados às expectativas dos clientes.

O crescimento da demanda, a possibilidade de representar outras marcas, além de opor-tunidades de atuação em outro Estado têm pressionado as lideranças da empresa a rever a forma atual de trabalho. A área comercial, por exemplo, se questiona sobre como deve ser a distribuição do mix de produtos para os vendedores. Devem eles visitar os clientes oferecendo todos os produtos ou devem ser criados vendedores especialistas em alimentos e outros em higiene e limpeza? Experiências com dois times de vendedores mostraram que o valor final da compra é maior quando o cliente é visitado por dois vendedores com linhas de produtos espe-cíficas, ao contrário de um único com o portfólio completo. Para a logística, por outro lado, não é eficiente fazer com que dois caminhões visitem o mesmo cliente em uma mesma semana, somente para entregar as diferentes linhas de produtos.

Como conciliar esses dois aspectos? Como melhorar a integração dos processos comerciais com os de logística?

Além disso, há um forte questionamento dos gestores quanto à estrutura organizacional da empresa. A área de logística da matriz (armazéns e transporte), apesar de ter um porte menor, gostaria de ter maior autonomia no processo de decisão quanto a rotas, veículos e o próprio pro-cesso de separação de produtos. A filial, por sua vez, se queixa de depender muito das decisões do gerente administrativo (que fica na matriz) para resolução de problemas do quotidiano. Que outras formas de estrutura poderiam suportar melhor a empresa no seu nível atual e futuro de desenvolvimento? Qual seria o melhor mecanismo de coordenação para essa estrutura? Procure refletir sobre a possibilidade de estruturar a gestão por processos dentro das áreas atuais da empresa. Pondere sobre como o perfil de clientes ou dos produtos poderá definir o agrupamento e o foco de cada processo principal do negócio.

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Referências

HAMMER, Michael. A agenda: o que as empresas devem fazer para dominar esta década. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O processo da estratégia. 3.ed. Bookmann, 2001. GONÇALVES, J.E.L. As empresas são grandes coleções de processos. RAE – Revista de

Adminis-tração de Empresas, São Paulo, v.40, n.1, p.6-19, jan./mar. 2000.

GONÇALVES, J.E.L. Processos? Que processos? RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.40, n.4, out./dez. 2000.

MATHIAS, Alexandre; HALPERN, Eduardo. Service profit chain: gerando valor para os clientes, funcionários e acionistas. Revista ESPM, São Paulo, v.9, n.5, p. 58-69, set./out. 2003. MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São

Paulo: Atlas, 1995.

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