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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Régis Filipe Schneider

Ijuí, RS, Brasil

2015

(2)

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Régis Filipe Schneider

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária, Área de Bovinocultura de Leite, da Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como

requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário.

Orientadora: Profª.Med. Vet. MSc. Denize da Rosa Fraga

Supervisor: Med. Vet. Emerson Tavares Pinto

Ijuí, RS, Brasil

2015

(3)

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

Relatório de Estágio da Graduação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Régis Filipe Schneider

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________

Denize da Rosa Fraga, MSc. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________

Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Banca)

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Independente dos obstáculos que a vida nos oferece, com dedicação, força e fé, nenhum

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pois sem ele é impossível alcançar nossos sonhos. Agradecer também a toda a minha Família que de alguma forma sempre me incentivaram a realização deste meu sonho, e em especial gostaria de agradecer ao meu pai Jorge e minha mãe Tânia, que são exemplos de vida para mim, sempre me orientando á tomada de decisões corretas, me oferecendo todo apoio necessário para dar sequência a minha formação.

Agradecer também a minha namorada Tadine, que sempre de alguma forma me incentivou e me deu forças para seguir na luta para a realização deste meu sonho.

Aos supervisores de estágios, Gilvan, Anderson, Susana e Emerson, pela oportunidade e ensinamentos passados. E também em especial a todos os meus professores que participaram de maneira muito importante desta conquista, me oferecendo amplo conhecimento sobre está área magnífica que é a medicina veterinária.

A amiga, professora e orientadora Denize da Rosa Fraga, a quem agradeço muito pelo conhecimento transmitido, sempre demonstrando a melhor maneira de enfrentar e vencer desafios, instigando minha capacidade de pensar e meu modo de agir, pelo auxílio e dedicação na orientação deste trabalho e dos projetos de pesquisa.

A todos que de uma forma ou de outra contribuíram para a realização deste sonho, que torcem pelo meu sucesso e que vibram com as minhas conquistas. Obrigada pelo amor, carinho, apoio, dedicação e compreensão.

(6)

Relatório de Graduação Curso de Medicina Veterinária Departamento de Estudos Agrários

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: RÉGIS FILIPE SCHNEIDER ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA Data e Local da Defesa: Ijuí, 10 de dezembro de 2015.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica, Cirurgia, Manejo e Reprodução de Grandes Animais, com ênfase em Bovinos de Leite. A realização ocorreu na Cooperativa Agropecuária e Industrial – Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS. No período de 03 de Agosto à 04 de Setembro de 2015, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Emerson Tavares Pinto e sob a orientação da professora Mestre em Medicina Veterinária Denize da Rosa Fraga. O estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido, além de uma troca de experiência profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, do conhecimento da rotina, e das condutas clínicas mais utilizadas. As atividades desenvolvidas serão expressas em forma de tabelas, sendo nestas especificadas as atividades acompanhadas tais como acompanhamento ações preventivas, ocorrências clínicas, atendimentos cirúrgicos, controles reprodutivos, com diagnósticos e a situação do trato reprodutivo das fêmeas bovinas e exames complementares. Serão relatados dois casos clínicos acompanhados, um sobre Leptospirose em novilha da raça holandesa, e outro sobre Volvo Cecal em vaca da raça holandesa. A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou excelente aprendizado junto à formação acadêmica, promovendo o crescimento pessoal e profissional. O desafio de promover a melhora da qualidade de vida dos animais exige uma conduta ética frente à tomada de decisões dos casos clínicos expostos abordando o conhecimento e o raciocínio lógico.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana , RS, no período de 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 11 Tabela 2 - Ações preventivas em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 11 Tabela 3 - Avaliações reprodutivas e Inseminação artificial em tempo fixo em fêmeas

bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período

03 de Agosto a 04 de Setembro de

2015... 12 Tabela 4 - Diagnósticos reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 13 Tabela 5 - Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 13 Tabela 6 - Atendimentos e Procedimentos clínicos em bovinos acompanhadas durante

o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 13 Tabela 7 - Procedimentos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.... 14

Tabela 8 - Solicitações de exames complementares em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015... 14

(8)

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO... 09

2

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 11

3

RELATO DE CASO 1... 15

3.1 Leptospirose em Novilha da Raça Holandesa... 15

4

RELATO DE CASO 2... 23

4.1 Volvo cecal em vaca da raça holandesa... 23

5

CONCLUSÃO... 31

(9)

1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária apresenta-se como uma sistematização teórica e prática de todo aprendizado adquirido durante a graduação e é de extrema importância na formação acadêmica, pois proporciona a oportunidade de vivenciar os desafios do cotidiano profissional.

A realização do estágio ocorreu na Cooperativa Agropecuária e Industrial – Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais, com ênfase em Bovinos de Leite. No período de 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Emerson Tavares Pinto e sob a orientação da professora Mestre em Medicina Veterinária Denize da Rosa Fraga.

Em 1957, os fundadores da Cotrijui tinham algo em comum: somar esforços e buscar soluções que atendessem o interesse coletivo, como a armazenagem e comercialização da produção. No dia 20 de julho de 1957, em Ijuí, os pioneiros da cooperativa (grupo de agricultores da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil) fundaram a Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda - Cotrijui, hoje demominada: COTRIJUI - Cooperativa Agropecuária & Industrial. Recém fundada, a Cooperativa já enfrentava seu primeiro desafio: equipar rapidamente sua infraestrutura para receber a produção de seus associados, já que a fundação se deu quando as sementes de trigo já estavam plantadas.

Desse dia em diante o crescimento do quadro social, fez multiplicar os investimentos e a capacidade de armazenagem de grãos, em diversas unidades que foram se espalhando pelo noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, fronteira oeste, e região da campanha.

Em 1957 a Cooperativa contratava a construção do seu primeiro armazém: em Ijuí. Com recursos provenientes da primeira integralização de capital e financiamentos conseguidos em bancos locais, levou-se à diante a construção do armazém da Cooperativa, que em 4 de dezembro de 1957 recebia suas primeiras cargas de trigo.

O quadro social da Cooperativa, que não ultrapassara 60 associados até o final de 1957, atingiria menos de 10 anos depois, em 1964, a casa dos 2.400 associados, e neste ano a Cooperativa passou a funcionar em sua primeira sede própria.

Em 1972 a Cotrijui iniciou a construção de sua nova sede. A expansão da Cotrijui teve início em 1969, com a construção de um armazém graneleiro (projetado pela própria Cooperativa) na cidade de Santo Augusto.

(10)

Em dezembro do mesmo ano, a Assembleia Geral aprovou a construção de um terminal portuário em Rio Grande. Em 1970 foi a vez da cidade de Tenente Portela receber a Cotrijui; em 1973, novas Unidades em Jóia, Coronel Bicaco e Chiapetta; em 1975 era a vez de Ajuricaba e Augusto Pestana. Em 1977, a incorporação das cooperativas Pedritense Agro-Pastoril de Dom Pedrito-RS, e Copermara de Maracaju-MS, alargam ainda mais as fronteiras da Cotrijui e em 1979 eram criadas as Regionais Dom Pedrito e Mato Grosso do Sul, esta última desincorporada em 1993, após decisão da Assembleia Geral.

Em 2003, a Cooperativa estendeu seus serviços na região da campanha, passando a atuar nas cidades de Manoel Viana e São Francisco de Assis. A Cotrijui diversificou suas atividades, ampliando suas ações através da agroindustrialização, em especial na indústria de cereais além do frigorífico, fábrica de rações e moinho, todas voltadas à agregação de valor no produto primário, buscando assim o melhor atendimento aos associados.

Atualmente esse complexo atende as demandas distribuídas em mais de 42 municípios, somados a seus mais de 2.700 colaboradores. Tendo como principal desafio desenvolver atividades agropecuárias e comerciais, oferecendo produtos e serviços com qualidade, a fim de construir o caminho da satisfação dos associados, funcionários e clientes. Atualmente a Cotrijui atua com 4 veterinários a campo, sendo destes 2 pertencentes a unidade de Augusto Pestana.

Optou-se por realizar o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, por ser uma empresa de ação cooperativista com referência no agronegócio. A cooperativa atende diversos produtores da região noroeste do Rio Grande do Sul e se insere em uma das maiores bacias leiteiras do estado, buscando constante crescimento e intensificação da atividade alicerçada em profissionais de excelência que trabalham com transparência e dedicação.

O estágio realizado teve como objetivo principal a interação entre o conhecimento teórico adquirido e a aplicação prática, além de uma troca de experiência profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, dos grupos de fomentos atendidos, do conhecimento da rotina, e das condutas clínicas mais utilizadas.

(11)

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas a seguir resumidamente na Tabela 1 e os tipos de atividades serão especificados nas Tabelas 2 a 8.

Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período de 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Resumo das atividades Total %

Ações Preventivas

Avaliações reprodutivas e IATF* Diagnósticos reprodutivos

Atendimentos cirúrgicos

Atendimentos e Procedimentos clínicos Procedimentos

Solicitações de exames complementares

1567 568 338 132 67 66 35 56,50 20,48 12,18 4,76 2,41 2,38 1,26 Total 2773 100,00

*Inseminação Artificial em Tempo Fixo

Tabela 2 - Ações preventivas em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Ações preventivas Total %

Vacinação para clostridioses (SINTOXAN 9TH®) Vacinação para Leptospirose (BIOLEPTOGEN®)

Vacinação para IBR*/BVD**/Leptospirose (BOVIGEN REPRO TOTAL®) Aplicação de brincos p/ moscas (Prevenção contra mosca do chifre) Vacinação para mastite ambiental (J VAC®)

Desvermifugação

Vacinação para brucelose (ANABORTINA B19®)

380 335 260 190 178 131 93 24,25 21,37 16,59 12,12 11,35 8,35 5,93 Total 1567 100,00

*IBR- Rinotraqueíte infecciosa bovina **BVD- Diarréia viral bovina

(12)

Tabela 3 - Avaliações reprodutivas e Inseminação artificial em tempo fixo em fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Avaliações reprodutivas Total %

Diagnóstico de gestação através de Ultrassonografia Diagnóstico de gestação por palpação retal

Protocolo de inseminação artificial em tempo fixo

257 221 90 45,24 38,90 15,84 Total 568 100,00

Os protocolos de Inseminação artificial em tempo fixo utilizados em novilhas e vacas durante o estágio, estão descritos nas Figuras 1 e 2.

Figura 1- Protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo em novilhas.

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Tabela 4 - Diagnósticos reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Diagnósticos reprodutivos Total %

Sem Alteração Retenção de placenta Metrite

Endometrite de grau I Endometrite de grau II Endometrite de grau III

244 7 20 54 10 3 72,18 2,07 5,91 15,97 2,95 0,88 Total 338 100,00

Tabela 5 - Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Atendimentos cirúrgicos Total %

Amochamento térmico Orquiectomia em bovinos

Excisão de glândula mamária acessória Descorna com fio de serra

Abomasopexia

Excisão de terceira pálpebra Sutura de teto Necropsia Cesariana Volvo Cecal Vulvoplastia 66 27 15 7 5 5 3 1 1 1 1 50,00 20,45 11,36 5,30 3,78 3,78 2,27 0,75 0,75 0,75 0,75 Total 132 100,00

Tabela 6 – Atendimentos e Procedimentos clínicos em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Atendimentos e Procedimentos clínicos Total %

Mastite clínica Hipocalcemia

Síndrome da vaca caída Pneumonia 13 7 5 5 19,40 10,44 7,46 7,46

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Auxílio a parto distócico com fórceps Diarreia

Leptospirose Cetose

Indução de Parto

Suspeita de retículo pericardite traumática Torção Uterina

Suspeita de leucose Actinomicose

Reação Alérgica Dérmica Inespecifica Tétano

Distúrbio Digestivo

Suspeita de Acidose ruminal

Suspeita de Intoxicação por planta tóxica Suspeita de Intoxicação por micotoxina Suspeita de Peritonite 5 5 5 4 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 7,46 7,46 7,46 5,97 4,47 4,47 2,98 2,98 1,49 1,49 1,49 1,49 1,49 1,49 1,49 1,49 Total 67 100,00

Tabela 7 – Procedimentos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Procedimentos Total %

Marcação de animais vacinados para brucelose Casqueamento corretivo e curativo

Remoção de Suturas Limpeza de Ferimento 40 17 5 4 60,60 25,75 7,57 6,06 Total 66 100,00

Tabela 8 - Solicitações de exames complementares em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Cotrijui, Unidade de Augusto Pestana, RS, no período 03 de Agosto a 04 de Setembro de 2015.

Solicitações de exames complementares Total %

Sorologia para neosporose Sorologia para leptospirose Cultura e antibiograma do leite Hemograma

Sorologia para leucose

10 10 10 3 2 28,57 28,57 28,57 8,57 5,71 Total 35 100,00

(15)

3 RELATO DE CASO 1

3.1 Leptospirose em novilha da raça holandesa

Régis Filipe Schneider; Denize da Rosa Fraga; Emerson Tavares Pinto

Resumo

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de leptospirose em uma fêmea bovina da raça holandesa, de pelagem branca e preta, com 29 meses de idade, pesando 600kg, atendida em uma propriedade no interior do município de Augusto Pestana, Rio Grande do Sul, Brasil. Na anamnese, o proprietário relatou que a novilha já havia sido inseminada duas vezes sem sucesso. Durante o atendimento suspeitou-se que o retorno ao cio estaria relacionado a ocorrência de leptospirose, visto que haviam outros animais com os mesmos sinais clínicos, e o potreiro onde estes animais estavam era um local alagado, com livre acesso a um açude. A fêmea foi examinada não apresentando sinais visíveis de alterações clínicas ou reprodutivas, sendo então realizada a coleta de sangue para diagnóstico sorológico. O resultado do exame sorológico confirmou a suspeita clínica, apresentando resultado positivo para Leptospira Pomona, L.wolffi e L. hardjobovis. Confirmada a suspeita de leptospirose optou-se por um tratamento a base de sulfato de estreptomicina 5g (Estreptomax®), com dosagem de 25mg/kg, por via intramuscular. Associado a este tratamento, foi realizado a vacinação para leptospirose da novilha, e recomendou-se a vacinação de todo o rebanho também, com a aplicação de 3mL, por via sub-cutânea, da vacina de Bioleptogen® (Leptospira interrogans, sorovares pomona; icterohaemorrhagiae; grippotyphosa; canicola; bratislava; hardjo; tarassovi). Cerca de uma semana após o tratamento a novilha demonstrou a presença de cio, e o proprietário realizou a inseminação artificial. O diagnóstico de gestação foi realizado com 35 dias, por meio da ultrassonografia, via transretal, onde se confirmou a prenhez.

Palavras-chave: Bovinos. Reprodução. Estreptomicina.

Introdução

As leptospiras são espiroquetas com morfologia uniforme, são organismos espiralados Gram-negativos, aeróbios estritos (HIRSH; ZEE, 2009). A leptospirose é a uma enfermidade bacteriana infecto-contagiosa, com grandes riscos à saúde pública, sendo zoonose cosmopolita que atingem tanto animais domésticos, silvestres, sinantrópicos, como também os seres humanos (CHIARELI et al., 2012). Apesar de casos clínicos em humanos que tiveram contato direto com bovinos serem pouco comuns, esta infecção pode ser transmitida

(16)

para pessoas que entram em contato com urina ou conteúdo uterino infectado. No leite leptospiras podem estar presentes em picos de febre da doença, porém são facilmente destruídas pela pasteurização (RADOSTITS et al., 2010). Além do risco para os seres humanos, esta doença é causadora de grandes perdas econômicas, afetando negativamente as taxas de reprodução, aumentando as incidências de descarte por aborto e infertilidade.

É uma enfermidade de distribuição mundial, sendo causada por diversos sorovares de Leptospira interrogans (PELLEGRIN et al., 1999). Há cerca de 260 sorovariedades, pertencentes à 23 sorogrupos e que são classificadas em 13 espécies patogênicas de Leptospiras: L. interrogans, L. borgpetersenii, L. alexanderi, L. wolffi , L. alstonii, L. inadai, L. fainei, L. kirschneri, L. licerasiae, L. noguchi, L. santarosai, L. terpstrae, e L. weilii. (ADLER; DE LA PEÑA MOCTEZUMA, 2010 apud HERRMANN et al., 2012). Sendo que as sorovares pomona e hardjo são consideradas as principais causadoras de abortos em bovinos (CORREA et al., 2001). Porém, a maioria das infecções causadas por leptospirose são subclínicas e geralmente associados a partos natimortos, infecções fetais que causam aborto, nascimento de neonatos fracos e em casos clínicos uma alta taxa de mortalidade em bovinos, ovinos, suínos e equinos (RADOSTITS et al., 2010), o que dificulta o diagnóstico em nível de rebanho.

Segundo Correa et al. (2001), animais que apresentam a enfermidade geralmente são manejados em ambientes úmidos, quentes e alcalinos. De acordo com Smith (2006), a leptospirose se manifesta de várias formas, onde as leptospiras atingem o hospedeiro penetrando pelas mucosas e pele fragilizada, disseminam-se pela corrente sanguínea e invadem vários órgãos, como glândula mamária, rim e trato genital, onde ficam relativamente protegidas da resposta imunológica. Esta exposição ocorre por meio de contato da pele e mucosas em partes contaminadas com o agente, como água, fômites ou alimentos contaminados com urina, além de existirem outras formas de contaminação, como leite de vacas infectadas em sua fase aguda, além de excreções genitais de bovinos (HIRSH; ZEE, 2009).

Na maioria dos casos, os sinais clínicos ou lesões fetais não permitem o diagnóstico conclusivo da doença. Como diagnóstico complementar utilizam-se as provas sorológicas (CORREA et al., 2001), sendo importante realizar o diagnóstico em animais com histórico de retorno ao cio, ou em rebanhos que apresentam baixos índices de prenhez.

A antibioticoterapia e a vacinação são métodos de controle da doença nos rebanhos. Sendo que os antibióticos são utilizados para reduzir ou eliminar a excreção urinária do

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microorganismo e a vacinação como um método preventivo para a ocorrência de aborto. Segundo Faine et al. (1999) a identificação da variante sorológica da leptospira tem importância, uma vez que a imunidade é específica para a mesma, não havendo imunidade cruzada. Portanto, quando um ou mais sorovares infectam os animais, é necessária a utilização de vacinas polivalentes.

O objetivo deste trabalho é relatar um caso leptospirose em uma fêmea bovina da raça holandesa acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

Metodologia

Uma fêmea bovina da raça holandesa, de pelagem branca e preta, com 29 meses de idade, pesando 600kg, foi atendida em uma propriedade localizada no interior do município de Augusto Pestana, Rio Grande do Sul, Brasil.

Na anamnese, o proprietário relatou que a novilha havia sido inseminada duas vezes sem sucesso. Esta fêmea era alojada com outras novilhas e vacas secas em um potreiro com diversas áreas alagadas e de banhado, com livre acesso a um açude presente no local. Sua alimentação era a base de concentrado, silagem de milho e pastagem de campo nativo. O rebanho da propriedade era vacinado para doenças reprodutivas, anualmente, com a vacina Bovigen® Repro Total SE, a qual promove imunidade para Herpesvírus bovino tipo 1 e tipo 5, Diarreia Viral Bovina tipo 1 e tipo 2, Leptospira interrogans sorovares: pomona, wolffi, hardjoprajitno, icterohaemorrhagiae, canicola, copenhageni, bratislava e Leptospira borgpetersenii sorovar hardjobovis, Campylobacter fetus sub sp.fetus, Campylobacter fetus sub sp, venerealis, Campylobacter fetus sub sp, venerealis biótipo intermedius. Todos os animais da propriedade haviam sido vacinados há 6 meses.

A novilha foi avaliada clinicamente, sendo observado que a mesma estava com escore de condição corporal 4, em uma escala de 1-5, seus sinais vitais apresentavam-se normais com temperatura retal de 39˚C, frequência respiratória de 20 movimentos por minuto, frequência cardíaca de 60 batimentos por minuto e 2 movimentos ruminais/min. Sua mucosa vaginal apresentava-se com coloração rosada. No exame ginecológico, por palpação retal o útero estava contraído com cornos uterinos simétricos, com presença de um folículo dominante no ovário direito. Optou-se então pela avaliação sorológica para teste de neosporose e leptospirose. A coleta de sangue foi realizada na veia jugular, separado o soro e encaminhado para análise em laboratórios na Universidade Federal de Santa Maria, RS.

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Após o recebimento dos resultados dos exames, confirmou-se a suspeita clínica, sendo o resultado negativo para neosporose e positivo para leptospirose, com titulação 1/200 para Leptospira wolffi; 1/400 para Leptospira pomona e 1/400 para Leptospira hardjobovis.

Confirmada a suspeita de leptospirose optou-se por um tratamento a base de Sulfato de Estreptomicina 5g (Estreptomax®), com dosagem de 25mg/kg, por via intramuscular. Juntamente com este tratamento foi realizado a vacinação para leptospirose da novilha e do rebanho, com a aplicação de 3mL, por via sub-cutâneade Bioleptogen® (Leptospira interrogans, sorovares Pomona; Icterohaemorrhagiae; Grippotyphosa; Canicola; Bratislava; Hardjo; Tarassovi).

Cerca de uma semana após o tratamento a novilha demonstrou cio, e o proprietário realizou a inseminação artificial. Trinta e cinco dias após a inseminação realizou-se a confirmação da prenhez, por ultrassonografia via transretal, com auxílio do aparelho Mindray DP-2200 Vet®, equipado com transdutor endorretal linear de 5-7,5 MHZ.

Resultados e Discussão

A epidemia por leptospirose se manifesta na maioria das vezes de forma subclínica, associada a infecções reprodutivas (RADOSTITS et al., 2010). No caso atendido de uma fêmea bovina da raça holandesa o único sinal clínico verificado foi o retorno ao cio. O proprietário relatou também a ocorrência de retorno ao cio em outros animais do mesmo lote. A novilha estava alojada com outras novilhas e vacas secas em um potreiro com diversas áreas alagadas e de banhado, com livre acesso a um açude presente no local. Segundo Chiareli et al. (2012) o acesso de bovinos a água contaminada, como riachos, rios ou água de drenagem são considerados fatores de risco para que ocorra a contaminação por leptospirose.

Em bovinos a doença pode ocorrer nas formas aguda, subaguda ou crônica. As formas aguda e subaguda são semelhantes, diferindo apenas a intensidade dos sinais clínicos, que geralmente são diagnosticados por febre, anorexia, hemoglobinúria, icterícia e palidez das mucosas, com baixa produção de leite, flacidez do úbere e leite avermelhado com coágulos de sangue, além do aborto algumas semanas após estas manifestações. Já na forma crônica os sinais clínicos são leves, sendo praticamente restritos a abortos (sendo mais comum no último trimestre de gestação) ou retorno ao cio (RADOSTITS et al., 2010). Neste caso, provavelmente a novilha apresentava uma infecção crônica.

Dentre os principais diagnósticos diferencias em situações de leptospirose aguda, estão a babesiose e anaplasma, em situações crônicas deve ser diferenciado de rinotraqueíte

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infecciosa bovina, diarréia viral bovina, toxoplasmose e neosporose (RADOSTITS et al., 2010). Buscou-se neste caso apenas o diagnóstico diferencial para neosporose, através de prova sorológica.

O teste utilizado para realização do diagnóstico de leptospirose foi o de aglutinação microscópica (TAM) que segundo Smith (2006) é o teste mais utilizado para detecção da doença em ruminantes. Existe também o teste de ELISA que é mais preciso que os demais, sendo específico para detecção de IgM e IgG, além de possuir excelente sensibilidade e especificidade.

Quando a reação de TAM é empregada para o diagnóstico da leptospirose animal adotando-se a diluição inicial dos soros sanguíneos de 1/50, espera-se que dos 60 aos 90 dias após a vacinação os animais comportem-se como não reatores (Faine 1994, Hanson 1997 apud ARDUINO et al., 2009). Títulos que excedem 1:400 são considerados significativos para diagnóstico quando acompanhados de sinais clínicos característicos de leptospirose. Porém algumas sorovariedades quando adaptadas ao hospedeiro com hardjo, podem ter pouca resposta imunológica, sem desenvolverem títulos significativos (QUIN et al., 2005).Segundo Radostits et al.(2010) e Cavazini et al. (2008), as titulações da TAM, quando forem iguais ou superiores a 100, o mesmo é considerado positivo. Porém está detecção sorológica da infecção pode ser difícil, mesmo na titulação pareada pode ser indetectáveis, decrescentes, estáticos ou crescentes, como por exemplo em ocasiões do aborto (SMITH, 2006).

Neste caso, foi encontrada titulação 1/200 para Leptospira wolffi; 1/400 para Leptospira pomona e 1/400 para Leptospira hardjobovis. Como o rebanho havia sido vacinado para leptospirose há 6 meses com a vacina Bovigen Repro Total SE® (Leptospira interrogans sorovares: pomona, wolffi, hardjoprajitno, icterohaemorrhagiae, canicola, copenhageni, bratislava e Leptospira borgpetersenii sorovar hardjobovis) a titulação encontrada provavelmente era de reação da doença, mesmo que esta vacina aplicada contenha todas as sorovares detectadas no teste.

Segundo Arduino et al.(2009), a maioria das vacinas disponíveis no mercado não promovem uma imunidade duradoura, sendo em seus estudos diagnosticados os sorovares Hardjo e Wolffi como os mais duradouros, sendo observados títulos de anticorpos pela TAM de até 120 dias pós vacinação, porém este período não é válido para todos os sorovares. Por isto, recomendou-se ao proprietário a vacinação do rebanho a cada três meses com a vacina Bioleptogen®, de forma a reforçar a imunidade dos animais. Esta vacina tem os sorovares leptospira pomona e L.hardjobovis, porém o sorovar Wolffi está ausente. O ideal seria a

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escolha de uma vacina com todos os sorovares, porém no local onde o proprietário adquire medicamentos não havia outra a venda. Estudos feitos por Arduino et al.(2009) revelam que todas as vacinas testadas foram capazes de provocar nos animais uma resposta de anticorpos aglutinantes detectados pela TAM contra o sorovar Wolffi mesmo algumas vacinas não contendo este sorovar.

Destaca-se a importância de ter uma vacina com a sorovar Hardjo, pois esta leptospira pode ocasionar aborto em qualquer época da prenhez (ELLIS, 1994 apud MINEIRO et al., 2010). A principal fase de aborto ocorre entre 4º mês e 9º mês de gestação, mas também pode ocorrer infertilidade em rebanhos infectados (DHALIWAL et al., 1996 apud MINEIRO et al., 2010).

O resultado do exame da novilha diagnosticou a prevalência de sorovares de Leptospira pomona, L. hardjobovis e L. wolffi. Estudos feitos por Herrmann et al. (2012) diagnosticaram que rebanhos bovinos das regiões Sudeste e Sudoeste do Rio Grande do Sul estão expostos a vários sorovares de Leptospira spp., havendo uma maior incidência a sorovariedade Hardjo, seguida da Hebdomadis e Wolffi. (HERRMANN et al., 2012).

O método terapêutico adotado na ocasião foi a antibioticoterapia juntamente com a vacinação, pois segundo Girio et al.(2005), quando se utiliza somente a vacinação para se tentar realizar o controle dos animais positivos, pode ocorrer aumento do número de animais positivos, pois a vacina não elimina o estado de portador, por isso recomenda-se o uso antibiótico em animais positivos.

Os tratamentos mais utilizados para eliminar ou reduzir excreções urinárias dos microorganismos são à base de dihidroestreptomicina e amoxicilina (QUIN et al., 2005). Porém, leptospiras também são sensíveis a penicilinas, tetraciclinas e eritromicina. Para se obter um tratamento eficaz, este deve ser instituído precocemente, até mesmo de forma profilática em casos de diagnóstico da enfermidade (HIRSH; ZEE, 2009). O tratamento utilizado na ocasião foi à base de sulfato de estreptomicina, na dose de 25mg/kg, via intramuscular, estando de acordo com Cavazini et al. (2008), onde descreve que o uso de sulfato de estreptomicina na dosagem única de 25 mg/kg é suficiente para controle da doença. A utilização da estreptomicina para controle da leptospirose foi um dos primeiros antibióticos a ser utilizado, e é considerada, até hoje, uma das melhores opções de tratamento (GIRIO et al., 2005).

Os métodos de prevenção mais indicados atualmente são através de calendários de vacinação. Outra forma de prevenção esta relacionada com a drenagem ou cerco de áreas

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alagadas, além de limitar acesso de roedores silvestres nas áreas de alimentação dos bovinos, principalmente água (SMITH, 2006). A melhoria no desempenho da imunização dos animais pode ser realizada através da identificação e caracterização das leptospiras existentes na propriedade, tanto para a obtenção de um diagnóstico preciso como para a detecção dos agentes, para a produção de vacinas mais eficazes. Pois com este diagnóstico, poderá se induzir uma imunidade mais duradora e eficiente, que refletirá em melhor controle da doença, melhores índices reprodutivos e de produtividade animal (CHIARELI et al., 2012).

Conclusão

A partir do relato de caso acima descrito, conclui-se que apesar da novilha ser positiva para leptospirose, o tratamento com a aplicação de estreptomicina, via intramuscular, associado a vacinação mostrou-se eficaz até o presente momento, visto que confirmou-se gestação de 35 dias. Cabe ressaltar que o controle da leptospirose é um fator fundamental para se obter um melhor desempenho reprodutivo, pois provoca atrasos reprodutivos e financeiros. Destaca-se a importância de neste caso realizar a vacinação a cada três meses.

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4 RELATO DE CASO 2

4.1 Volvo cecal em vaca da raça holandesa

Régis Filipe Schneider; Denize da Rosa Fraga; Emerson Tavares Pinto

Resumo

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de Volvo Cecal dilatado com correção cirúrgica. Uma fêmea bovina da raça holandesa, de pelagem branca e preta, com 5 anos de idade, pesando 700kg, foi atendida, em uma propriedade no interior do município de Augusto Pestana, Rio Grande do Sul, Brasil. Na anamnese, o proprietário relatou que a vaca apresentou cólicas após a ordenha onde deitava e levantava constantemente, não estava se alimentando e apresentava tremores. Durante o atendimento suspeitou-se de enfermidade gastrointestinal, tendo como suspeitas principais o deslocamento de abomaso para a direita ou Volvo intestinal, pois na percussão apresentava ping metálico na região do flanco direito e na palpação retal notou-se um aumento na porção final do intestino, localizado no lado direito da cavidade. Optou-se então pela cirurgia para possível correção, onde realizou-se a laparotomia pelo flanco direito, realizando a abertura da pele, músculos e peritônio para ter acesso a cavidade, onde se localizou uma dilatação no intestino, na região do ceco, com torção (volvo). A partir dai, realizou-se a distorção do ceco e tração para fora da cavidade para realizar a abertura e retirada do conteúdo do mesmo. Após a retirada do conteúdo realizou-se a limpeza do ceco para posterior sutura, em sequência se fez nova limpeza para só então devolvê-lo para cavidade em sua posição anatômica de origem, sendo assim suturado peritônio, musculatura, sub cutâneo e pele. Cerca de uma semana após o tratamento a vaca apresenta-se hígida e se alimentando normalmente.

Palavras-chave: Bovinos. Cirurgia. Ceco

Introdução

A bovinocultura de leite nos últimos anos vem ganhando grande destaque, principalmente na região sul do Brasil, e juntamente com o aumento da produção há um incremento em problemas relacionados a sanidade dos animais, principalmente em relação a desordens gastrointestinais.

As enfermidades gastrointestinais são consideradas uma das principais doenças que afetam bovinos leiteiros. A atuação clínica do médico veterinário vem se intensificando, pois o correto diagnóstico destas é de fundamental importância para se conseguir boas formas de

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tratamento, e aprimoramento dos métodos de prevenção (KLEEMANN et al., 2013). Dentre as patologias gastrointestinais a de maior ocorrência é o deslocamento de abomaso, sendo incomum o volvo e a dilatação cecal. A dilatação do ceco é uma disfunção digestiva em que o órgão apresenta-se distendido por gás ou ingesta, acometendo principalmente bovinos leiteiros (SILVA et al., 2014), podendo ser agravado o quadro clínico quando houver dilatação associada a volvo.

A dilatação cecal ocorre principalmente em bovinos de leite, sendo mais comum nos primeiros meses de lactação. O ceco pode-se encontrar dilatado por gás ou ingesta, com isso favorecendo o volvo. Os sinais clínicos encontrados se baseiam na queda da produção de leite, diminuição da quantidade de fezes, ping metálico na região superior do flanco direito e inapetência. O prognóstico é favorável se o diagnóstico for realizado precocemente (RADOSTITS et al., 2010).

A dieta oferecida aos animais nas propriedades é basicamente composta por pastagens, feno, silagem, ração concentrada e composto mineral. Porém conforme as estações do ano, a mesma sofre alterações, com variação em qualidade e quantidade de volumosos (KLEEMANN et al., 2013). Um dos principais fatores relacionados ao volvo cecal é a alimentação rica em carboidratos, pois estes não são completamente fermentados no rúmen, e irão sofrer nova fermentação no ceco, ocorrendo um aumento na concentração dos ácidos graxos voláteis (AGV). Com o aumento destes AGVs ocorre uma queda no pH do ceco, causando uma diminuição de sua motilidade, e estes fatores ocasionam uma dilatação do ceco e favorecem a possibilidade de torção (AFONSO et al., 2002).

Um dos principais sinais clínicos desta dilatação do ceco é o desconforto abdominal discreto, seguido de inquietação pelo acúmulo de gases produzidos (CORREA et al., 2001).

O volvo é basicamente uma obstrução intestinal devido a torção do intestino em seu eixo, e também pode ocorrer quando um segmento estrangula outra porção do intestino (CORREA et al., 2001). Em casos de torção de ceco, com acúmulo de ingesta e com possibilidade de necrose, o tratamento de escolha é cirúrgico, com prognóstico normalmente bom, porém a média de recidiva gira em torno de 11-13% na primeira semana após a cirurgia e a longo prazo a recidiva é de 25% (RADOSTITS et al., 2010).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso Volvo cecal com correção cirúrgica em uma fêmea bovina da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária com correção cirúrgica.

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Metodologia

Uma fêmea bovina da raça holandesa, de pelagem branca e preta, com 5 anos de idade, pesando 700kg, foi atendida em uma propriedade localizada no interior do município de Augusto Pestana, Rio Grande do Sul, Brasil.

Na anamnese, o proprietário relatou que a vaca havia tido um parto eutócico há 3 semanas, porém na ordenha da manhã apresentou uma queda significativa na produção de leite, tremores musculares, sinais de anorexia e cólica, deitando e levantando-se constantemente. Sua alimentação era a base de silagem, concentrado e pastagem de azevém.

A fêmea foi avaliada clinicamente, e apresentou sinais vitais normais com temperatura retal de 38,7˚C, frequência respiratória de 25 movimentos por minuto, frequência cardíaca de 65 batimentos por minuto, mucosa vaginal apresentava coloração rosada e motilidade ruminal diminuída.

No exame ginecológico, por palpação retal, notou-se a escassez de esterco com consistência mais escura e aumento na porção final do intestino localizado ao lado direito do rúmen. Na percussão do flanco direito se notou o som de ping metálico na região do vazio, suspeitando de torção de abomaso para a direita ou torção intestinal. Optou-se então pela realização da cirurgia de laparotomia exploratória.

Devido aos sinais de cólica foi aplicado por via intramuscular, 20mL de Megluminato de flunixina, dose total de 980mg, equivalente 1,4mg/kg (FLUNEXINA®), antes do início da cirurgia.

O procedimento iniciou com a tricotomia e anti-sepsia do local com cloreto de alquil dimetil benzil amônio 30g (CB-30 TA®), seguida da anestesia local em planos, primeiro a pele seguida da musculatura e peritônio com cloridrato de lidocaína 2% com vasoconstritor (Anestésico Bravet®). Iniciando-se então com bisturi a abertura da pele, musculatura subcutânea, músculo obliquo abdominal externo e interno, transverso do abdome e peritônio.

Após a abertura percebeu-se que uma porção do intestino, o ceco, estava dilatado e com torção, buscou-se então realizar a distorção do mesmo, e em seguida, direcioná-lo para fora da cavidade para se realizar a punção e retirar o conteúdo, gases e fezes. Após a retirada do conteúdo, foi realizada lavagem do ceco com alquil dimetil benzil amônio e posterior sutura do mesmo, o fio utilizado foi categut 2.0 cromado, realizando 2 suturas de cushing invaginante. Após a sutura foi realizado nova lavagem para só a partir dai, devolvê-lo para a cavidade e posicioná-lo em seu local anatômico.

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Posteriormente, iniciou-se a sutura da cavidade, iniciando pelo peritônio e musculatura com sutura de Sultan, com fio categut 4.0, sub-cutâneo com sutura continua simples, com fio categut 4.0, seguida da sutura da pele com fio de nylon com sutura de Wolf, recomendando deixar estes pontos da pele durante 15 dias. Após finalizada as suturas aplicou-se spray repelente e cicatrizante (TopLine Spray®) recomendando reaplicá-lo diariamente sobre o local, também aplicou-se 70 mL por via intramuscular de benzilpenicilina procaína 7.000.000UI, benzilpenicilina benzatina 7.000.000UI, dihidroestreptomicina 14g (SHOTAPEN LA®). Recomendou-se a repetição do antibiótico por mais duas vezes com intervalos de 48h; associado a 20mL de Megluminato flunixina (980mg, equivalentes a 1,4mg/kg) por mais 3 dias, uma vez ao dia.

Entrando em contato com o proprietário no outro dia, o mesmo relatou que o animal voltou a se alimentar e havia estercado uma pequena quantidade de fezes. Uma semana após o procedimento o bovino apresentou-se hígido, alimentando-se normalmente com trânsito intestinal normal.

Resultados e Discussão

Embora seja bem menos comum que os distúrbios abomasais, distúrbio cecal é considerado causa de alteração gastrointestinal no gado leiteiro (PEEK; DIVERS., 2008). Esta enfermidade ocorre maior frequência em vacas de elevada produção de leite, com idade entre três e cinco anos, nas primeiras 12 semanas após o parto, apesar de também ser relatada em outras fases da lactação (AFONSO et al., 2002). No presente caso, o bovino encontrava-se em sua 3º lactação, com produção média de 30 litros, 5 anos de idade, parida há três semanas, ou seja, com diversos fatores que aumentam o risco de ocorrência de distúrbio cecal.

Em bovinos a dilatação e posterior volvo cecal, ocorre devido a concentrações de AGVs dentro do ceco, acima do normal, o que resulta em uma redução de sua motilidade. Dietas ricas em concentrados ou por volumosos inadequados, carboidratos, sofrem sua metabolização na flora cecal, e este desequilíbrio na dieta acaba gerando um aumento na produção de AGV, metano e dióxido de carbono, acarretando na redução da motilidade seguida da produção de gases, que levam a distensão patológica do ceco, e está persistência na dilatação acaba predispondo o volvo (SMITH, 2006). No presente caso teve-se como principal suspeita o aumento da quantidade de concentrado oferecido, visto que o animal estava com 21 dias pós-parto e alta produção leiteira.

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Afonso et al. (2002), descreve em seus estudos que na maioria dos casos os animais apresentam apetite diminuído ou ausente, com queda na produção de leite, alguns animais demonstram sinais de cólica, frequência cardíaca e respiratória, temperatura e coloração de mucosa dentro do normal, além de desidratação e motilidade ruminal diminuída ou ausente, e na auscultação, com auxílio da percussão, na região do flanco direito, fica-se evidente a presença de uma ressonância timpânica (ping), que em alguns casos se estende até o 12º espaço intercostal. Os sinais clínicos mais evidentes encontrados durante a abordagem clínica estão de acordo com a literatura, verificando-se sinais de motilidade ruminal diminuída, diminuição do apetite, baixa produção de leite, sinais de cólica e a presença do ping metálico na região superior do flanco direito. Também foi observado um aumento na porção final do intestino localizado ao lado direito da cavidade estando de acordo com os sinais clínicos descritos por Silva et al., (2014), que descreve a detecção da víscera distendida na palpação retal.

A anestesia local utilizada no atendimento foi à base de lidocaina 2% com vasoconstritor, que segundo Turner e Mcilwraith (2002) é um dos agentes anestésicos regionais habituais utilizados em cirurgias, que compreende a desenssibilização, bloqueando os principais nervos na região anatômica escolhida..

Para acessar o ceco deve-se realizar a laparotomia do lado direito na região do flanco, após sua localização, deve-se palpá-lo ao longo do flanco para localizar alguma alteração, quando o mesmo estiver bastante distendido a incisão é mais difícil, para isso o ceco pode ser perfurado com uma agulha exteriorizada ligada a uma tubulação para aliviar um pouco de sua distensão, para facilitar sua manipulação e realizar sua abertura para retirada do conteúdo. Após o esvaziamento do ceco, deve-se realizar sua síntese com duas camadas (PEEK; DIVERS, 2008). A técnica utilizada na ocasião está de acordo com o descrito por Peek e Divers (2008), onde se realizou a laparotomia e localizou-se o ceco dilatado, porém conseguiu-se rotacioná-lo e tracioná-lo para fora da cavidade para realizar a incisão e retirada do conteúdo. As suturas utilizadas para síntese do ceco foram duas camadas de sutura cushing invaginantes, com fio categute 2.0 cromado, de acordo com Turner e Mcilwraith (2002), que recomenda a utilização de suturas contínuas de inversão para a síntese de incisões gastrointestinais. Após ceco realizou-se a limpeza com alquil dimetil benzil amônio e devolução do órgão exteriorizado à cavidade.

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Para realização da limpeza e desinfecção da pele e mucosa intestinal do bovino, e também das mãos e materiais cirúrgicos foi utilizado cloreto de alquil dimetil benzil amônio, este é um composto de amônia quaternária que segundo SANTOS et al. (2007), são largamente utilizados com anti-sépticos e desinfetantes devido à sua ação surfactante e a baixa toxicidade, além de possuir ação microbicida.

A incisão da laparotomia geralmente é fechada em três camadas, onde o peritônio e o músculo abdominal transverso são fechados em conjunto, com suturas continuas ou isoladas com categute nº 3 ou 4. A segunda camada nos músculos abdominais externo e interno e a fáscia subcutânea podem ser suturados com uma camada contínua simples, com fio categute nº 3 ou 4. As suturas de pele habitualmente são fechadas com suturas contínuas simples, ancorada, ou suturas isoladas, geralmente com nylon (TURNER; MCILWRAITH, 2002). A técnica utilizada está de acordo com a literatura, onde na primeira linha de sutura se utilizou fio categute nº 4, com suturas isoladas de Sultan, na segunda linha de sutura de utilizou o mesmo fio da primeira com sutura isolada simples, e para sutura da pele se utilizou nylon com suturas em wolf.

Um dos principais problemas subsequentes ao volvo cecal, é a progressão para um estado de necrose e peritonite dentro de um período curto de 2 à 72 horas, podendo ocorrer obstrução, parcial ou completa do trânsito intestinal (PEEK; DIVERS, 2008). Por isso se busca um método de prevenção e controle com o uso da antibioticoterapia. Neste caso foi administrado um antibiótico de amplo aspectro correspondendo a 70mL de benzilpenicilina procaína 7.000.000UI, benzilpenicilina benzatina 7.000.000UI, dihidroestreptomicina 14g (SHOTAPEN LA®), recomendando repetir a dosagem por mais duas vezes com intervalos de 48 horas, conforme recomendação de bula.

As penicilinas tem ação bactericida, agindo principalmente sobre bactérias gram positivas e em associação a dihidroestreptomicina, tem ação também contra bactérias gram negativas (SPINOSA et al. 2010). Os antimicrobianos de amplo aspectro são indicados se houver evidência de septicemia ou infecção localizada, e em casos de distúrbios intestinais é indicado para o controle de peritonite (RADOSTITS et al., 2010).

Para alivio da dor do bovino, foi administrado 20mL de Megluminato flunixina (FLUNEXINA®), dose total de 980mg, equivalente 1,4mg/kg, antes do início da cirurgia e recomendado repetir por mais dois dias, uma vez ao dia. Segundo Papich (2009), o flunexin meglumini possui grande ação analgésica, antiendotoxemica e antiinflamatória, pois inibe a

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síntese das prostaglandinas, podendo ser repetido na dose de 1,2 a 2,2 mg/kg, uma vez ao dia, por até três dias.

Dentre os diagnósticos diferenciais devemos destacar a dilatação e o volvo de abomaso à direita e também obstrução intestinal. Como forma de prevenção se recomenda um controle no uso de rações com altos teores de carboidratos neste período pós parto, onde deve haver um aumento gradativo para não haver uma mudança repentina, juntamente com o correto fornecimento de fibra para os animais, pois baixos níveis de fibra na dieta favorecem os distúrbios gastrointestinais (RADOSTITS et al., 2010).

Conclusão

A partir do relato de caso, conclui-se que a cirurgia de volvo cecal foi realizada com sucesso, sendo que a vaca apresentou excelente recuperação no pós-operatório, voltando a se alimentar normalmente. Sendo assim recomendado a laparotomia exploratória para diagnóstico e correção cirúrgica nestes casos.

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4 CONCLUSÃO

A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou grande aprendizado em conjunto à formação acadêmica, promovendo o crescimento pessoal e profissional. O desafio de promover a melhora da qualidade de vida dos animais exige uma conduta ética frente à tomada de decisões dos casos clínicos expostos abordando o conhecimento e o raciocínio lógico.

O estágio propiciou vivenciar e exercer a interação entre o conhecimento teórico adquirido e a aplicação prática no cotidiano profissional, permitindo o contato direto com produtores nesta imensa bacia leiteira da região Noroeste do estado. A rotina de acompanhamento do médico veterinário nestas propriedades trás excelentes resultados relacionados ao bem estar dos animais, com indicação de melhores manejos, controle sanitário e nutricional, proporcionando aumento nos índices reprodutivos e controle de problemas clínicos, além de possibilitar incremento na rentabilidade das propriedades. Desta forma percebeu-se o quanto a atividade leiteira é importante economicamente para a região, pois a maioria das propriedades tem esta atividade como única fonte de renda ou associada à produção de grãos.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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