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Trajetória da LT

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Academic year: 2021

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Texto

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TRAJETÓRIA DA

(2)

Cours de Linguistique Generale Saussure, 1916 Dicotomias Significado X Significante Sincronia X diacronia Sintagma X Paradigma Língua X fala Linguística da Língua Formalismo Estruturalismo

Linguística da Fala (a partir dos anos 60) Funcionalismo

Sociolinguística Estruturalismo

Escola de Praga (Jakbson, Martinet, Trubetzkoi) Escola de Copenhague (Hjelmslev) Escola Americana (Sapir, Bloomfield)

Ênfase na fonética e na morfologia

Gerativismo

Teoria Gerativa Transformacional Final da década de 50 Chomsky Ênfase na sintaxe Objetivismo abstrato Sociolinguística (variacionista e interacional) Labov, EUA Pragmática Austin, Searle Análise do Discurso Peucheux, Bakhtin Linguística Textual Materialismo sócio-histórico

(3)

INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA TEXTUAL: TRAJETÓRIA E GRANDES TEMAS INGEDORE G. V. KOCH

PLANO DE TEXTO

Análises interfrásticas e gramáticas de texto As gramáticas de texto

A perspectiva semântica

A virada pragmática

A virada cognitivista

(4)

MOMENTOS DA LINGUÍSTICA TEXTUAL

(proposta)

Análises interfrásticas 1a fase As gramáticas de texto

A perspectiva semântica

2a fase A virada pragmática

3a fase A virada cognitivista

(5)

1a fase

(

Análises interfrásticas

, gramáticas de texto,

perspectiva semântica)

segunda metade da década de 60 até meados da década de 70;

Preocupação básica: estudo dos mecanismos interfrásticos

(garantindo a duas ou mais sequências o estatuto de texto); • Fenômenos estudados: correferência, pronominalização,

Fenômenos estudados: correferência, pronominalização,

seleção do artigo, ordem das palavras, relação tema/tópico-rema/comentário, concordância dos tempos verbais, relações entre enunciados não ligados por conectores explícitos, fenômenos de ordem prosódica;

(6)

1a fase

(

Análises interfrásticas

, gramáticas de

texto, perspectiva semântica)

Conceitos de texto:

“frase complexa”

“signo linguístico primário”

“cadeia de pronominalizações ininterruptas” “Sequência coerente de enunciados”

“cadeia de pressuposições”

“sucessão de unidades linguísticas constituída mediante uma

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1a fase

(

Análises interfrásticas

, gramáticas de

texto, perspectiva semântica)

Primazia dos estudos da coesão textual: relações referenciais

(anáfora e catáfora). Halliday e Hasan (1976)

Ontem houve um casamento. A união ocorreu numa bela igreja.

Pouco espaço havia para os fenômenos remissivos não correferenciais (anáforas associativas e anáforas indiretas).

(8)

1a fase

(

Análises interfrásticas

, gramáticas de texto,

perspectiva semântica)

Anáfora associativa

Ontem houve um casamento. A noiva usava um longo vestido branco.

Anáfora indireta

(resumitiva,

encapsuladora)

Naquele dia, ele recebeu um telegrama, comunicando-lhe

branco. telegrama, comunicando-lhe

a volta da noiva, que se achava no exterior. Isso

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1a fase

(Análises interfrásticas,

as gramáticas de texto

,

a perspectiva semântica)

As gramáticas de texto: influência do gerativismo

Tarefas básicas de uma gramática de texto:

• verificar o que faz com que um texto seja um texto; • levantar critérios para a delimitação de textos; e • diferenciar as várias espécies de textos.

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1a fase

(

Análises interfrásticas

,

as gramáticas de

texto

, a perspectiva semântica)

Competência Textual

(competência linguística chomskyana)

distinguir um texto coerente de um aglomerado incoerente de enunciados

parafrasear, resumir um texto

perceber se está completo ou incompleto

atribuir um título (ou produzir um texto a partir de um título dado) Conceito de texto: signo linguístico primário.

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1a fase

(

análises interfrásticas

,

gramáticas de

texto

, perspectiva semântica)

Alguns autores do período:

1. Weinrich (64, 71, 76, 82, 93): macrossintaxe do discurso. Estudo dos tempos verbais (mundo narrado e mundo comentado)

2. Petöfi (73): representação semântica indeterminada com 2. Petöfi (73): representação semântica indeterminada com respeito às manifestações lineares do texto, determinadas pela parte transformacional. Componente contextual.

3. van Dijk (72): características de sua gramática

• insere-se no quadro teórico gerativo;

• emprega o instrumental teórico e metodológico da lógica formal; e • busca integrar a gramática do enunciado na gramática do texto.

(12)

1a fase

(Análises interfrásticas, as gramáticas de

texto,

a perspectiva semântica

)

A perspectiva semântica

Fenômenos estudados: cadeias isotópicas, relações semânticas entre enunciados do texto não ligados por conectores.

Conceitos de texto: “sequência coerente de enunciados”,

“cadeia de pressuposições”.

(13)

1a fase

(Análises interfrásticas, as gramáticas de

texto,

a perspectiva semântica

)

Charolles (78) formulou macrorregras de coerência textual:

repetição, progressão, não-contradição, relação; macroestrutura (79).

Dressler (70,72): postula que a semântica deve constituir o ponto

de partida (tema do texto ↔ significado global) de partida (tema do texto ↔ significado global)

Outros autores: Brinker (73), Rieser (73,78) e Viehweger (76,77)

postulavam que na superfície textual apenas poderia ser encontrada parte do sentido de um texto; deveria-se recorrer à

(14)
(15)

2a fase: A VIRADA PRAGMÁTICA

Metade da década de 70

A adoção da perspectiva pragmática busca ir além da abordagem sintático-semântica (e acompanha os movimentos epistemológicos da Linguística).

Modelos contextuais e Modelos Comunicativos Modelos contextuais e Modelos Comunicativos

Teoria dos Atos de Fala Teoria da Atividade Verbal

Busca de conexões determinadas por regras, entre textos e seu contexto comunicativo-situacional, mas tendo sempre o texto como ponto de partida dessa representação

(16)

2a fase: A VIRADA PRAGMÁTICA

O funcionamento da língua passa a ser estudado nos processos comunicativos de uma sociedade concreta.

Os textos deixam de ser vistos como produtos acabados, passando a ser considerados elementos constitutivos de uma passando a ser considerados elementos constitutivos de uma atividade complexa, como instrumento de realização de intenções comunicativas e sociais do falante.

Bases para essa nova orientação: Psicologia da Linguagem e Filosofia da Linguagem

(17)

2a fase A VIRADA PRAGMÁTICA

Autores

Wunderlich (76): pesquisou a dêixis (espacial), os atos de fala e a interação

face-a-face.

Isenberg (76): apresenta um método que permite descrever a geração,

interpretação e análise de textos, desde a estrutura pré-linguística da intenção comunicativa até a sua manifestação superficial.

Schmidt (73): propõe uma teoria sociologicamente ampliada da

Schmidt (73): propõe uma teoria sociologicamente ampliada da comunicação linguística.

van Dijk (81): um dos grandes responsáveis pela virada pragmática.

Propõe-se a estudar as relações entre enunciados a que geralmente Propõe-se têm denominado pragmáticas ou discursivo-argumentativas. É também um dos pioneiros na introdução de questões de ordem cognitiva. Passa a postular uma macroestrutura pragmática, responsável pela coerência pragmática (o que incorpora ao conceito de coerência fatores de ordem pragmática e contextual).

Charolles (83): Passa a conceituar a coerência como um “princípio de

(18)

3a fase: A VIRADA COGNITIVISTA

Todo fazer (ação) é necessariamente acompanhado de processos cognitivos Texto= resultado de processos

Quem age precisa dispor de modelos mentais de operações e tipos de operações processos mentais (abordagem procedural)

Beaugrande & Dressler (81, marco inicial do período): o texto é

(19)

3a fase: A VIRADA COGNITIVISTA

Heinemann & Viehweger (91): o processo textual ocorre por meio dos conhecimentos:

1. linguístico (gramatical e lexical)

2. enciclopédico (ou semântico ou conhecimento de mundo)= modelos cognitivos (frames, esquemas, scripts, superestrutura) 3. interacional (ilocucional, comunicacional, metacomunicativo e

superestrutural)

4. referente a modelos textuais globais (superestrutural ?) = reconhecimento de textos de determinado gênero e/ou tipo

“Conhecimento Controle” Práticas peculiares ao meio sociocultural em que vivem os interactantes e estratégias de interação.

(20)

3a fase: A VIRADA COGNITIVISTA

“ O processamento textual é estratégico”.

Estratégias:

cognitivas

Consistem na execução

de algum “cálculo

mental” por parte dos interlocutores. Ex.: inferência

sociointeracionais

Socioculturalmente determinadas que visam a estabelecer, manter e levar a bom termo uma interação verbal.

textualizadoras

Escolhas textuais que os interlocutores realizam.

(21)

3a fase: A VIRADA COGNITIVISTA

Beaugrande & Dressler (81)

Textualidade: “o que faz com que um texto seja um texto”, a partir dos critérios de textualidade.

Padrões Fatores

(22)

4a fase:

A PERSPECTIVA

SOCIOCOGNITIVO-INTERACIONISTA

COGNITIVISMO CLÁSSICO

Diferença bem nítida entre

os

processos

cognitivos

que acontecem dentro da

mente dos indivíduos e os

processos que acontecem

SOCIOCOGNITIVISMO-INTERACIONISTA

Muitos

dos

nossos

processos cognitivos têm

por base a percepção e

capacidade

de

atuação

física no mundo.

processos que acontecem

fora dela.

O ambiente seria apenas

uma fonte de informações

para a mente individual.

Mente desvinculada do

corpo.

física no mundo.

Muitos processos cognitivos

acontecem na sociedade e

não

exclusivamente

nos

indivíduos.

A

cognição

é

um

fenômeno situado.

(23)

4a fase:

A PERSPECTIVA

SOCIOCOGNITIVO-INTERACIONISTA

“Os rituais, os gêneros e as formas verbais disponíveis não são em nada neutros quanto a este contexto social e histórico”. (Koch & Lima, 2004)

Alterações na noção de CONTEXTO: Alterações na noção de CONTEXTO:

Co-texto situação comunicativa

entorno sócio-histórico própria interação e seus sujeitos (o contexto constrói-se na própria interação)

Noção de TEXTO:

Próprio lugar da interação e os interlocutores, sujeitos ativos que – dialogicamente – nele se constroem e por ele são construídos.

(24)

4a fase:

A PERSPECTIVA

SOCIOCOGNITIVO-INTERACIONISTA

Agenda de estudos da linguagem, a partir da dimensão sociointeracional:

• Progressão textual (referenciação, progressão referencial, formas de articulação textual, progressão temática, progressão tópica)

tópica)

• Dêixis textual

• Processamento sociocognitivo do texto • Gêneros

• Hipertexto

Referências

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