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RadiologiaOdontológica01

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Academic year: 2021

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia A EVOLUÇÃO DO FILME RADIOGRÁFICO DENTÁRIO

1895 - A 8 de novembro, quando Röntgen descobriu os raios X, os filmes eram fotográficos, empregados em radiografias. A 22 de novembro, o Dr. Otto Walkhoff de Braunschweig, Alemanha, com uma exposição de 25 minutos em sua própria boca, onde adaptara aquele filme, fez a primeira radiografia odontológica da história.

1896 - Abril – O Dr. W. J Monton, de New York, fez a primeira radiografia dentária nos Estados Unidos. Utilizou-se do filme radiográfico em rolo: Eastman NC Roll Film, envolto em papel preto. Setembro – Um Inglês, Frank Harrison, publicou no jornal da British Dental Association um artigo – Como obter radiografias dentárias.

1913 - A Eastman Kodak fez o primeiro filme de raios x. Era emulsionada de uma só fase. Surgiu a base de nitrato de celulose.

1919 - Surgiu “um tipo moderno” (sic) de filme dentário. Possuía também uma só emulsão e folha de chumbo para reduzir a radiação secundária. Tinha outras características mais modernas: envelope mais fácil de ser aberta, cantos arredondados, para maior conforto dos pacientes.

1920 - A base anterior, de nitrato de celulose, tinha combustão espontânea e em Cleveland, Ohio, em 1920, ocorreu um incêndio em um hospital com funestas conseqüências, o que motivou a Eastman a não mais produzir filme radiográfico com base de nitrato de celulose. Foi um risco muito grande e uma grande perda em dinheiro, porque não se sabia até então se seria possível descobrir uma nova e segura base de filme.

1921 - Industrialização através de maquinarias apropriadas.

1923 - Outro tipo de filme: Eastman Non Curling Dental X-Ray Film, com duas velocidades: regular e Extra-rápido.

1924 - Foi introduzido a base de segurança (“Safety Base”) nos filmes dentários: acetato de celulose.

1925 - O filme emulsionado em ambas as fases: Eastman RadioTized Dental X-Ray Film (hoje descontinuado). Grão-fino (lento) e alto contranste. Duas vezes mais rápido que os anteriores. O Dr. Kells provavelmente foi o primeiro a sugerir o emprego de filme “Bite Wing” (interproximal). O Dr.Howard R. Raper introduziu a radiografia interproximal. 1926 - Colaborando com aquele evento, a Kodak lançou o Eastman BiteWing Dental X-Ray Film.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia 1929 - Até este ano os envelopes de filmes eram pretos, sendo mudados para brancos. Foi lançado a primeira máquina de empacotar filmes para raios X dentário.

1939 - Surgiu o Eastman Occlusal Dental Ray Film, o Eastman Periapical Dental X-Ray Film e o infantil tipo “O”.

1933 - A Du Pont lançou a base azul dos filmes porque, antes de existir o negatoscópio, os filmes extrabucais eram interpretados através do azul do céu, daí a razão da base azul.

1941 - Foi fabricado o Eastman Ultar-Speed Periapical Dental X-Ray Film, duas vezes mais rápido que o Radio Tized.

1955 - Dobrou cerca de 5 a 6 vezes a velocidade do filme ultra- speed.

1960 - A indústria de filmes adota a base de poliéster – um derivado do petróleo.

1964 - A atual característica dos filmes de raios X Morlite: 10 vezes mais luminosidade de luz de segurança nas câmaras escuras.

1967 - O envelope confortável Poly-Soft X Ray Film Packed. Atualmente em plástico, à prova de umidade, eliminando-se problemas no filme com saliva.

1970 - Codificaram-se os filmes, facilitando a seleção através de cores: verde=simples; cinza=duplo.

DEFILUX: Os laboratórios de pesquisa da Kodak Pathé, em Vincennes, na França, lançando um filme que se processa à luz interior, dispensando-se a câmara escura.Todavia, a camada de prata superficial protetora de nome Cary Lee, em memória de seu descobridor, lhe dá uma coloração amarelada.

1972 - Cinco tipos de filmes panorâmicos.

1973 - Kodak X-Omatic screens. Ecrans que intensificam a ação dos raios X na faixa do azul e ultravioleta, cores a que são sensíveis os filmes extra-buscais. Melhora do detalhe e redução de exposição.

1977 - Kodak Poly-Soft Dental X-Ray Film packet, tipo “O”, infantil, adicionando conforto num tamanho apropriado ás crianças.

Filtro de Segurança Kodak, tipo GBX. Segurança para a faixa do azul e a maioria dos filmes de raios X sensíveis ao verde. Eliminando-se ter as camadas escuras 2 tipos de filtros de segurança: para os filmes intra e extra-bucais.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Podemos conceituar a Radiologia como sendo a ciência que, com a utilização dos raios X e dos filmes radiográficos, procura fornecer uma imagem “interna” que poderíamos chamar de “imagem historradiográfica”, pois fornece imagens dos constituintes e da estrutura de uma região anatômica, invisíveis ao olho nu.

No campo da Radiologia Odontológica, no Brasil, temos a considerar, como pioneiros na prática e ensino, o Prof. Dr. Cyro A . Silva, que implantou a Radiologia no Curriculum acadêmico, como Disciplina autônoma, nos idos de 1932, na faculdade de Farmácia e Odontologia de São Paulo; no Rio de Janeiro, o Prof. Carlos Newlands, Catedráticos de Clínica Odontológica, na Faculdade Nacional de Odontologia, da Universidade do Brasil, foi o primeiro autor de um livro de Radiologia Dentária, destinado aos profissionais odontólogos.

Aproveitando uma das propriedades dos raios X, que é o seu poder de penetração, eles têm sido empregados em vários seguimentos do campo científico.

Aparelhos de raios X odontológicos

Os aparelhos de raios X odontológicos encontrados no mercado são fabricados visando principalmente menor custo e adaptação às salas onde serão instalados os consultórios dentários.

No geral são de quilovoltagem e miliamperagem fixas, havendo apenas compensador para as variações da rede elétrica geral.

A quilovoltagem oscila entre 50 e 70 kVp. Miliamperagem – 7 a 10 mA.

Dentre os aparelhos de Raios X fabricados no Brasil, o SPECTRO II* - que apresenta uma área focal de 0,8mm x 0,8mm, trabalhando com 50 kVp e 10 mA, é uma dos aparelhos que atende perfeitamente os requisitos, para a obtenção de um exame radiográfico intra bucal, de rotina.

É dotado de um marcador de tempo eletrônico, cujo painel de comando apresenta uma chave seletora, através da qual é feita a seleção do tempo de exposição, o qual é indicado no painel, por um sinal luminoso. Possui um dispositivo sonoro, que permanece em funcionamento, durante o tempo de exposição, indicando ao profissional que o aparelho de Raios X está em operação.

Para radiografias que exigem maior penetração, para desempenho de certas especialidades, são construídos aparelhos que operam numa faixa até 100 kVp, havendo então um seletor de quilovoltagem, bem como miliamperagem variável até 15 mA.

Constituição dos Aparelhos:

a) Base. Fixa ou Móvel – pode estar presa à parede ou ao próprio equipamento odontológico.

b) Corpo. Partes Elétricas gerais:

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia 2. Estabilizador de corrente

3. Regulador de voltagem 4. Regulador de miliamperagem

5. Marcador de tempo (cronorruptor, “timer”) 6. Voltímetro – Amperímetro

7. Seletores de quilovoltagem

C) Braço articulado. Permiti movimentos do cabeçote nos planos vertical e horizontal. D) Cabeçote. Continente blindado para o tubo de raios X e:

I) Transformador de alta tensão: Corrente comercial – 110volts e 3 A

Tubo – 50 a 70 kVp – 7 a 10 mA ( dentro do tubo) II) Transformador de baixa-tensão: Corrente comercial – 110volts e 3 A

Tubo – 8 a 10 volts e 6 A (filamento) III) Filtro adicional de alumínio

IV) Diagrama de chumbo – Colimadores metálicos V) Localizadores – Cilindros abertos

Para o desempenho da técnica da bissetriz, as cadeira odontológicas, que apresentam encosto para a nuca são ideais, havendo no comércio cadeiras para otorrinologia que satisfazem este requisito. O uso de posicionadores para técnica do paralelismo, e sua difusão, possibilitou o uso das cadeiras odontológicas atualizadas, onde suportes para a nuca e espaldar.

A escolha do aparelho a ser adquirido pelo profissional está na dependência da área física do seu consultório, bem como na especialidade a ser desenvolvida, havendo no mercado nacional aparelhos satisfazendo às necessidades do profissional.

Normas de Proteção

As normas de proteção devem ser estabelecidas visando principalmente, em nosso caso específico, os pacientes e profissionais. Existe uma preocupação, em termos globais, visando minimizar os níveis de radiação a toda biosfera, pois nada mais somos do que guardiões temporários da essência humana, devendo passá-la a gerações futuras com o máximo de preservação. Em nosso ambiente uma atenção judiciosa deverá ser dedicada às instalações de nossos aparelhos, procurando estabelecer barreiras de atenuação, de acordo com normas sanitárias vigentes.

Iniciaremos pela proteção ao paciente, pois, indiretamente, estaremos nos protegendo, ou seja, os profissionais.

Proteção do Paciente Temos várias medidas a serem usadas:

a) Calibração do aparelho: é a primeira a ser efetuada, e, para gáudio, Serviço de fiscalização do Exercício Profissional da Secretaria da Saúde do Estado de São

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Paulo efetua esta calibração, bastando, para tal, solicitação por meio de requerimentos, para funcionamento dos aparelhos de raios X. Esta calibração determinará:

I) Rendimento do aparelho – dose em rad por segundo de exposição na ponta do cilindro e às distâncias de 20 a 40 cm da área focal.

II) Energia efetiva do aparelho.

III) Camada semi-redutora em alumínio. IV) Colimação.

V) Filtração.

VI) Radiação de vazamento ou escape.

A determinação do item III, Camada semi-redutora em alumínio, também chamada HVL, é de muita importância, pois expressa a qualidade da radiação do nosso aparelho. A camada semi-redutora seria a espessura do material absorvente que reduziria a quantidade de radiação incidente à metade. Por ser uma curva exponencial, a espessura a eliminar completamente a energia incidente tenderia ao infinito, o que praticamente é impossível. Assim, as barreiras de proteção visam atenuar a energia incidente a níveis inferiores aos da radioatividade natural. A camada semi-redutora em alumínio dos aparelhos de raios X odontológicos está entre 1,4 e 2mm de alumínio, dependendo da energia efetiva dos aparelhos.

B) Filtração: A radiação X produzida na área focal dos aparelhos é constituída por fótons de diferentes comprimentos de onda. Os de maior comprimento de onda tendo pouco poder de penetração, não interessam às finalidades de radiodiagnósticos, devendo portanto ser eliminados. Esta é a finalidade da filtração.

Existe uma filtração própria do aparelho, fornecida pelo óleo e janela de vidro do tubo e a chamada filtração adicional, dada pela interposição de discos de alumínio entre o diafragma de chumbo e a janela de vidro do tubo. Juntas, teremos a filtração total, que, nos aparelhos de raios X odontológicos, até 70 kVp, devem ter o equivalente a 2,25mm de alumínio.

C) Colimação: A radiação X apresenta semelhança com a luz, sendo um feixe divergente, com a forma cônica, sendo o vértice na área focal. Para o desempenho das técnicas intrabucais, uma área de incidência de 7 cm de diâmetro, na face do paciente, é mais do que suficiente. Com este propósito, redução da área de incidência na ponta do cilindro localizador, utilizamos um disco de chumbo, com um orifício central, diagrama de chumbo. Costuma ter a espessura de 2mm, e, no desempenho da técnica do paralelismo, com a distância área focal – área de incidência de 40mm, abertura deverá ser corrigida, com conseqüente diminuição, para a obtenção dos 7 cm de diâmetro; para este propósito, poderemos utilizar fórmulas geométricas com semelhanças de triângulos e retângulos.

A boa colimação evita irradiação desnecessária de tecidos moles dos pacientes, que contribui para o aumento de radiações secundárias.

Alguns autores mais perfeccionistas preconizam o uso de colimadores retangulares, o que demanda maior domínio de técnicas. Colimadores metálicos, revestidos internamente de chumbo, também têm sido usados, visando sempre boa resolução radiográficas e diminuição de radiação aos pacientes.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia D) Cilindros abertos: os cones de plástico localizadores não estão sendo mais utilizados, pois, juntamente com os filtros de alumínio e tecidos moles dos pacientes, constituíram as principais fontes de radiações secundárias.

Os aparelhos de raios X odontológicos atuais estão providos de cilindros de plásticos abertos, evitando esta fonte produtora de radiações secundárias.

E) Filmes ultra-rápidos: Foi o que mais se conseguiu em termos de proteção ao paciente. Com os chamados filmes “Radiatized”, utilizamos 4,5 segundos para uma exposição de molares superiores. Hoje, com os filme ultra-rápidos, com este tempo de exposição, podemos executar uma série total de 14 radiografias.

F) Proteção às gônadas: Crianças, gestantes e pacientes naquela faixa etária de maior atividade concepcional, ou seja dos 18 aos 30 anos, necessitam obrigatoriamente de uma proteção à região gonodal.

As paciente grávidas não poderão receber mais do que 1 Rem durante os dois primeiros meses de gravidez. No feto, a dose máxima admissível será de 1 Rem a partir do momento em que a gravidez é constatada (dose acumulativa). O tecido embrionário é muito sensível aos efeitos das radiações, sendo aquele período em que a célula passa do estágio embrionário para o estágio adulto, o período mais sensitivo. No embrião humano, esta transformação ocorre o 18.0 e 38.0 dias. Doses fracionadas neste período seriam mais severas que doses simples, devido à variedade de células a serem expostas pela radiação.

Um procedimento obrigatório é o uso de aventais de tecido plumbíferos, tendo no mínimo o equivalente a 0,25mm de chumbo ba sua constituição. Estes aventais deverão ter comprimento que permitam realmente proteger as gônadas.

Um dispositivo em forma de uma placa de chumbo em meia-lua, de colocação submentoniana, recoberto por madeira foi idealizado com o propósito de proteção às gônadas (Sonnabend). Sua validade foi testada com dosimetria termoluminescente, Lif, (Varoli. O.J.,1980), dando maior proteção à tiróide que os aventais plumbíferos.

G) Bom desempenho das técnicas intrabucais, para evitar repetições, bem como cuidados no processamento radiográfico, são medidas recomendadas. Critério nos pedidos de exames radiográficos, mormente para crianças e gestantes é outra norma a ser obedecida.

Proteção ao Profissional

Na proteção ao operador, existem normas que são necessárias, além daquelas relativas aos aparelhos , como radiações de vazamento, já descritos quando abordamos a proteção aos pacientes. Dentre estas normas teríamos:

1. O profissional nunca deverá ficar na direção do feixe útil de raios X.

2. Não deverá segurar o filme na boca do paciente e não segurar o cabeçote do aparelho, quando este apresentar movimentos durante a exposição.

3. Não permanecer atrás do cabeçote do aparelho (radiação de escape), e nem atrás do paciente, pois este é grande emissor de radiações secundárias.

4. colocar-se no mínimo à distância de 1,8 metro do aparelho, devendo, por este motivo, os fios dos marcadores de tempo possuírem no mínimo 2 metros de comprimento. A posição ideal seria entre 90o e 135o relacionada com o feixe útil, fato

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia comprovado por Richards e recentemente pelos trabalhos de Boscolo com termoluminescência.

Estes seriam, de uma maneira geral, as normas ditas necessárias à proteção profissional, somadas àquelas pertinentes aos pacientes, pois protegendo-o, estaremos nos protegendo,. Com a conseqüente diminuição das radiações secundárias.

Alem destas normas necessárias, outra medida recomendável, e, melhor dito, também obrigatória, é o uso de barreiras de proteção que dispensam o posicionamento do profissional e constitui a proteção ideal para os operadores.

Vários materiais podem ser usados na construção destas barreiras de proteção, geralmente elementos de alta densidade física como chumbo (Densidade = 11,35) e aço (7,80), constituindo os chamados Biombos. Estes biombos são providos de visores, feitos de vidros plumbíferos, cuja densidade física é em torno de 3,27, necessitando ter quatro vezes a espessura do chumbo, se este for usado como barreira. Em média, os biombos possuem 1mm de espessura de chumbo ou 2mm de aço.

O local a ser instalado o aparelho de raios X deve também apresentar barreiras que chamamos de proteção secundária, visando a atenuação das radiações de pessoal na vizinhança.

Existe uma fórmula que permite o cálculo destas barreiras. A fórmula é a seguinte:

I = P d² / WUT onde

I = Transmissão máxima permissível.

P = Dose máxima permissível semanalmente. d = Distância da fonte à barreira (em metros). W = Carga de trabalho.

U = Fator de uso

T =Fatores de ocupação.

Segundo a ICRP (International Commission on Radiological Protection) USA, as doses máximas permissíveis semanalmente seriam:

- 0,1 R/ semana ou 100 mR/semana – pessoal em atividade ocupacional.

- 0,03 R/semana ou 30mR/semana – pessoal em contato, mas não trabalha com radiações - vizinhança com mulheres e crianças.

- 0,01 R/semana ou 10mR/semana - população em geral .

- d = distância da fonte à barreira, geralmente considerado 1 metro para maior segurança. A intensidade da radiação X é inversamente proporcional ao quadrado da distância.

- W = Carga de trabalho: é o uso do aparelho de raios X no montante de utilização. É expressa em mA/minuto/semana.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Áreas de Incidências do Feixe de Raios X

A determinação da área de incidência do feixe de raios X, na face do paciente, é de primordial importância,pois o resultado radiográfico depende deste procedimento, uma vez que na técnica radiográfica periapical tanto da bissetriz, como na do paralelismo, i feixe central de raios X é orientado para a região apical dos dentes, levando em consideração determinada áreas, para esta incidência.

Assim é que, para examinarmos os dentes da mandíbula, orientamos a incidência do feixe de raios X passando por uma linha imaginária localizada a 0,5 (meio) centímetro acima da borda inferior mandibular.

Para cada agrupamento de dentes, a área de incidência obedecerá a uma determinada localização. Ao examinarmos os dentes inferiores, faremos as seguintes incidências.

a) Região dos dentes molares: o feixe central de raios X será orientado para incidir na região correspondente à intersecção formada pela linha imaginária, traçada a 1,0 cm párea trás, da comissura palpebral externa, perpendicular àquela situada a 0,5 cm acima da borda livre da mandíbula.

b) Região dos dentes pré-molares: devemos incidir o feixe central de raios X, na área de intersecção de uma linha imaginária determinada a partir do centro da pupila do paciente, este olhando para frente, perpendicular àquela localizada a 1,5 cm acima da borda livre da mandíbula.

c) Região dos dentes caninos: o feixe de raios x incidirá na intersecção de uma linha imaginária que, partindo da região da asa do nariz, seja perpendicular àquela situada 0,5 cm acima da borda livre da mandíbula.

d) Região dos dentes incisivos: faremos a incidência do feixe de raios X na área de intersecção de uma linha imaginária partindo do ápice nasal àquele situado a 1,5 cm da borda livre da mandíbula.

Quando do exame radio gráfico dos dentes da maxila,a a mesma orientação descrita para os dentes da mandíbula deverá ser observada, sendo que as áreas de incidências do feixe de raios X serão determinados pela intersecção das linhas imaginárias, anteriormente descritas, com aquele que vai do trágus à asa do nariz, que estará orientada paralelamente ao plano horizontal.

Posicionamento dos Filmes

Ao posicionar o filme durante o exame radiográfico, deve-se ter o cuidado de coloca-lo corretamente, obedecendo aos seguintes requisitos:

a) lado de exposição voltado para feixe de raios X, ou seja, aquele que não apresenta inscrições ou nomenclatura;

b) Para radiografar os dentes molares e pré-molares, o longo eixo do filme deverá ser paralelo ao plano horizontal, e perpendicular, quando se radiografarem os dentes caninos ou incisivos;

c) o pixote existente no filme deverá ficar dirigido para a porção oclusal ou medial dos dentes, pois o correto posicionamento indicará o lado radiografado (direito ou

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia esquerdo). Ao obtermos as radiografias, colocando-se o picote com a convexidade voltada para o examinador, as regiões situadas á sua direita corresponderão à esquerda do paciente, e as situações à esquerda equivalerão à direita do paciente.

Outro aspecto importante a considerar á a colocação dos filmes abrangendo os dentes de cada região a ser examinada, ultrapassando a face oclusal ou incisal cerca de 4 a 5 mm.

Os filmes deverão ser distribuídos na cavidade bucal obedecendo á seguinte ordem.

1. região dos dentes molares (superiores ou inferiores) 2. região dos dentes pré-molares (superiores ou inferiores) 3. região dos dentes caninos e incisivo lateral (superiores) 4. região dos dentes caninos (inferiores)

5. região dos dentes incisivos centrais (superiores) 6. região dos dentes incisivos laterais e centrais

Teremos, para o exame completo periapical, 14 (catorze) filmes, colocados nas regiões correspondentes, quer seja da maxila ou mandíbula.

A manutenção dos filmes, na técnica periapical da bissetriz, é feita pelo próprio paciente: na maxila, com o dedo polegar da mão do lado oposto àquele a ser radiografado e os demais dedos espalmados, apoiados na face em posição de continência, e na mandíbula, a manutenção é feita com dedo indicador, também da mão do lado oposto ao examinado. O dedo polegar fica apoiado sob o mento e os demais dedos fechados.

Técnicas Radiográficas Intrabucais: Exame Radiográfico Periapical

O propósito do exame radiográfico intra-oral periapical, é obter uma vista dos ápices das raízes dos dentes e das estruturas que os rodeiam. Duas técnicas podem ser empregadas para este tipo de exame: a técnica da bissetriz e a do paralelismo. Às vezes, devido às variações anatômicas, existe necessidade de pequenas modificações nestas técnicas, para obtenção de uma boa radiografia. Podem influir na imagem radiográfica final a kilovoltagem, a miliamperagem e o tempo de exposição; assim como o filme empregado, o aparelho de raios X utilizado e o método de revelação.

O filme utilizado para ambas as técnicas é o filme padrão ou standart, cujo tamanho é de 3 x 4 cm. Quando se trata de pacientes crianças, até 12 anos, podemos lançar mão do filme pediátrico, de tamanho 2,2 x 3 cm, que se acomoda melhor nos tecidos bucais da criança. Quanto à embalagem, poderão ser utilizados filmes simples (1 película por embalagem) ou duplos (duas películas). Os filmes duplos dão ao dentista a vantagem de possuir dois filmes do mesmo caso, mantendo sempre uma cópia de suas radiografias em arquivo apropriado, para comparação futura e seguimento do caso.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Como já dissemos anteriormente, o exame radiográfico periapical possui algumas indicações importantes. Assim, a radiografia periapical é utilizada para a pesquisa de nódulos e calcificações pulpares, fraturas anomalias, reabsorções e focos periapicais que atingem o órgão dental. É utilizada ainda para observação de tamanho, forma e número das raízes e dos condutos radiculares dos dentes inclusos e sua posição intra-óssea e nas relações das raízes com o seio maxilar. Utilizam-na ainda para determinar a relação dos germes dos dentes permanentes com os dentes decíduos, e a cronologia da mineralização e erupção dental.

Podemos dividir a técnica periapical em: A. Técnica da Bissetriz

B. Técnica do paralelismo

Técnica da Bissetriz

Para obtenção da condição geral dos dentes e do osso circundante, utilizamos este tipo de exame, que está baseado na lei isométrica de Cieszinski: “A imagem projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raios X central seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo filme e o objeto”.

Para obtenção de uma radiografia aceitável, em que se possa fazer uma interpretação radiográfica correta, existem alguns detalhes técnicos que devem ser seguidos.

1.Posição da cabeça do paciente:

- Para radiografia da maxila – Plano Camper, ou a linha que vai do Tragus à asa do nariz, na horizontal, e o plano sagital mediano na perpendicular.

- Para radiografia da mandíbula – Linha que vai do tragus à comissura labial na horizontal, plano sagital mediano na perpendicular.

Devemos salientar aqui, a grande importância do correto posicionamento do paciente, pois os ângulos verticais e horizontais só serão utilizáveis quando os planos de referência (plano oclusal e plano sagital) estiverem na posição correta.

2. Divisão da arcada dentária:

A conformação anatômica da boca, faz com que cada grupo de dentes, ou sejam, os molares, os premolares, os caninos e os incisivos, tomem posições diferentes entre si e entre os principais planos de orientação e, portanto, cada um destes grupos de dentes deverá ser individualmente radiografado.

Para o exame completo da boca, devemos dividir a arcada dentária em 14 regiões, ou seja, 7 superiores e 7 inferiores.

Desta maneira, podemos examinar praticamente todos os dentes da arcada dentária, exceto os terceiro molares, em duas radiografias diferentes.

Para radiografar uma série completa, deve-se habituar a seguir uma seqüência de tomada radiográfica, que pode ser a seguinte: inicia-se a tomada radiográfica pela região dos molares direitos da maxila, terminando pelos molares do lado oposto, passando pelas regiões de premolares, caninos e incisivos. Em seguida, deve-se radiografar os molares inferiores do lado esquerdo até o lado direito.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia 3. Colocação do filme

O filme deve ser colocado na boca com o lado de exposição correto, voltado para o cone. A região a ser radiografada deve ser centralizada; o picote sempre voltado para a coroa dental; a borda superior ou inferior do filme deve ultrapassar a face oclusal que está sendo radiografada de 2 a 3 mm. Para os dentes posteriores, os filmes devem ser colocados horizontalmente, e para os anteriores, verticalmente.

4. Manutenção do filme na boca:

Maxila – manter o filme com o dedo polegar da mão do lado oposto a ser radiografado e o dedo indicador apoiado na face, em continência.

Mandíbula – com o dedo indicador da mão do lado oposto, manter o filme, e os restantes dos dedos dobrados com o polegar apoiado sob a mandíbula.

5. Pontos de referência para colocação do cone:

Os pontos de referência são importantes na técnica radiográfica periapical, porque neste tipo de exame, o raio central é dirigido para os ápices dentários, e eles correspondem externamente a esta região.

Na maxila, os pontos de referência são: molares no ponto de intersecção formado pela linha que passa um centímetro para trás do canto externo da órbita e o plano de Camper; premolares, no ponto de intersecção formado pela linha que parte do centro da pupila (paciente olhando para frente) e o plano Camper;; canino, na asa do nariz e incisivos, no ápice nasal.

Na mandíbula, a colocação do localizador é feita levantando-se em consideração uma linha imaginária que passa meio centímetro acima da borda inferior da mandíbula, estando o localizador centralizado para a região a radiografar.

6. Ângulos de incidência dos raios X:

Os ângulos de incidência constituem fator extremamente importante na radiografia dentária, uma vez que determinam o tamanho da imagem do dente radiografado. Devido à conformação anatômica dos maxilares e consequentemente, á posição que toma o filme para cada região, torna-se necessário uma inclinação dos tubos de raios X, para que não haja distorções do tamanho real da imagem.

Ângulo vertical: é dado pelo movimento vertical do tubo de raios X. Em radiografia dentária torna-se necessário modificar o ângulo de cada região da arcada, a fim de que os raios centrais sejam dirigidos perpendicularmente à bissetriz do ângulo filme/ dente, tomando-se em consideração: posição do dente, altura da abóbada palatina e assoalho da boca.

Tabela de ângulos Verticais Técnica da Bissetriz

Maxila Mandíbula

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Premolares +30º a +40º -5º a -10º

Caninos +40º a +50º -10º a -20º Incisivos +45º a +55º -15º a -25º

Aos iniciantes da técnica radiográfica, foi criada uma tabela de ângulos verticais tipo-padrão, que varia de acordo com a constituição física do indivíduo a ser radiografado.

Esses ângulos são medidos através do goniômetro, que se encontra instalado no cabeçote do aparelho de raios X. Quando dirigidos de cima para baixo, esses ângulos representam mais (+) tantos graus, e de baixo para cima, menos (-) tantos graus.

Não podemos esquecer, que a tabela cima sugerida é representativa da média dos pacientes, havendo casos em que o profissional deverá variar ainda mais estes ângulos para atender às características do caso particular.

Ângulo horizontal: é dado pelo movimento horizontal do tubo de raios X. Baseia-se no Baseia-seguinte principio: o feixe central deve Baseia-ser paralelo às faces proximais dos dentes, para evitar a superposição das mesmas.

Para cada grupo dentário, existe um ângulo horizontal que, quando tomado em relação ao plano sagital mediano, varia de 90º (molares) até 0º (incisivos), pois está sobre este plano.

Podemos construir uma tabela, que serve para facilitar aos iniciantes o posicionamento correto do aparelho de raios X.

7. Tempo de Exposição:

O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do filme, porque relaciona-se com a sensibilidade, kilovoltagem e miliamperagem utilizadas.

8. Processamento do Filme:

Os filmes deverão ser processados seguindo-se as especificações do método de revelação tempo/temperatura e utilizando-se sempre as tabelas fornecidas pelo fabricante do revelador e fixador radiográficos.

Técnica do Paralelismo

O introdutor da técnica do paralelismo foi price, em 1904, e foi divulgada e ensinada a partir 1911 por F.W. McCormack e em seguida por D. W. McCormack. A técnica era pouco utilizada pois necessitava do uso de aparelhos tipo “médico” ,isto é, com alta kilovoltagem e miliamperagem; paciente deitado; distância anódico/filme de 91 cm e preparo especial dos filmes. Juntamente com o aparecimento dos filmes mais rápidos, os trabalhos de fitzgerald mostraram a possibilidade do uso desta técnica em consultório dentário, pois diminuiu a distância anódico/filme para 50 cm.

Atualmente, para a execução desta técnica, usamos a distância anódico/filme de 40 cm e suportes especiais porta-película, que possuem um anel localizador acoplado. Os ângulos, vertical e horizontal, são obtidos diretamente, encostando o cone

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia longo neste anel localizador. Quando não existe anel localizador, podemos usar a tabela de ângulos verticais sugeridos.

Além do material habitualmente requerido para a técnica da bissetriz, é necessário um localizador maior, completando-se a distância foco/filme de 40 cm, e um porta-filme especial.

1.Detalhes Técnicos

A posição da cabeça do paciente deve ser idêntica à técnica da bissetriz.

O número de filmes utilizados para um exame radiográfico completo da boca em um adulto, é de 16 radiografias, distribuídas de acordo com as regiões de molares, premolares, canino, insicivos lateral e central dos lados esquerdo e direito, para maxila e mandíbula.

O filme deverá ser colocado o mais paralelo passível ao eixo longitudinal do dente, para podermos dirigir o raio x central perpendicular a ambos. Para compensar a curvatura da abóbada palatina é necessário levar o filme bem distante do dente. Para isso não necessários os porta-filme e portanto faz-se necessário aumentar a distância foco/filme para evitar ampliação da imagem.

Os raios X serão dirigidos no sentido mésio-distal à porção média a ser radiografada e, com relação á altura, aproximadamente ao terço cervical das raízes dentais.

Para obtenção do ângulo, sugerimos a seguinte tabela:

Maxila Mandíbula Molares +10º +5º Premolares +20º 0º Caninos +25º -10º Incisivos +20º -5º

Mas ela varia de acordo com a constituição física do paciente e de acordo com a colocação do filme central na boca.

Quanto ao ângulo horizontal, o feixe central deverá ser paralelo ás faces proximais dos dentes.

O tempo de exposição depende do tipo de filme usado e é dado polo fabricante. Quando acontece nas especificações do filme ser dado apenas o tempo para a técnica da bissetriz, podemos deduzir o tempo para a técnica do paralelismo, quadruplicando o tempo de exposição usado para a técnica da bissetriz, pois de uma técnica para outra, nós dobramos a distância foco/filme, e os raios X diminuem de intensidade no quadrado do aumento da distância.

Com um suporte Rinn é mais fácil de executar esta técnica, pois os ângulos, vertical e horizontal, são dados pelo anel localizador, e não é necessário se preocupar com a posição do paciente.

2. A técnica do paralelismo possui as seguintes vantagens e desvantagens em relação à técnica da bissetriz:

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia  menor distorção de forma e tamanho

 não é necessário posicionar corretamente o paciente  maior simplicidade de execução da técnica

 a exposição do paciente aos raios X é menor  as radiografias são padronizadas

- Desvantagens:

 maior possibilidade de movimento, porque o tempo de exposição é maior

 não deve ser usada em crianças e pacientes de temperamento extremamente nervoso

 proporciona desconforto ao paciente

 preço mais elevado devido à necessidade de maior número de radiografias, como também o uso de um localizador especial, e ainda pela necessidade de usar vários jogos de suporte porta-películas.

3. Resumindo

A técnica da bissetriz é executada com maior freqüência do que a do paralelismo, porque os aparelhos de raios X odontológicos vêm calibrados e montados para aquela técnica e também porque não necessita de suportes para manter o filme em posição.

Quando, porém, a finalidade do exame radiográfico é a pesquisa de sutis alterações nas estruturas periapicais e periodontais ou quando existe necessidade de se conhecer o tamanho real das estruturas dentais, a técnica indicada será a do paralelismo.

Técnica Interproximal

O diagnóstico precoce de cáries constitui o fato mais importante no programa de conservação dos dentes, e é neste diagnóstico, especialmente das cáries proximais, que a radiografia tem o seu grande valor. Inúmeros trabalhos tratam da importância da realização de exames clínicos e radiográficos, e demonstram que a associação desses tipos de exames aumenta a sua eficiência.

A técnica radiográfica interproximal, idealizada por Rapper em 1925, permite um bom paralelismo entre dente e filme, e ao lado do emprego de um menor ângulo de incidência do feixe de raios X, contribui decisivamente para melhorar a nitidez da imagem obtida. Aliada a este fator, a facilidade de utilização do filme “bite wing” (asa de mordida), como ele o chamou, tornou esta técnica a escolhida para o estudo de cáries e cristas alveolares, principalmente dos dentes posteriores.

Além de se constituir um auxiliar valioso na descoberta precoce das lesões interproximais, o uso desta técnica no exame dentário periódico torna-a mais econômica e fácil.

Será explicada a feitura desta técnica, usando série de dois filmes “bite wing”, para radiografar os dentes posteriores; um para cada lado da arcada dentária, ou série de quatro filmes periapicais adaptados para radiografar os mesmo dentes, sendo dois para o lado direito e dois para o lado esquerdo, apesar de que a técnica “bite wing” ou

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia interproximal original proposta por Rapper em 1925, indicava a tomada de radiografias dos dentes posteriores (2) e anteriores (3), num total de 5 películas.

Para a explicação sobre os detalhes da técnica, serão dadas apenas noções de como radiografar os dentes posteriores, e não os anteriores. Somos da opinião de que a radiografia interproximal dos dentes anteriores é desnecessária, desde que se faça um exame clinico apurado, utilizando sonda exploradora, espelho clinico apurado, utilizando sonda exploradora, espelho clinico e iluminação adequada. Os achados radiográficos obtidos pelas radiografias periapicais destes dentes são suficientes para o exame completo dos mesmos. Aliado este fator, é necessário saber que os materiais restauradores utilizados nestes dentes para o exame completo dos mesmos. Aliado a este fator, é necessário saber que os materiais restauradores utilizados nestes dentes não tem radiopacidade suficiente para ser visualizados pelas radiografias, e apenas os radiologistas mais experimentados podem, em alguns casos, distinguir radiograficamente lesões cariosas das restaurações não metálicas sem forramentos com cimento de ácido fosfato de zinco.

Há vários tipos de filmes utilizados para o exame interproximal: o filme “bite wing” posterior, de tamanho 5,4 x 2,7 cm; o filme periapical padrão, de tamanho 3,2 x 4,1 cm, e o filme “bite wing” anterior, de tamanho 2,4 x 3, cm. Quando se trata de pacientes crianças, até 12 anos, podemos lançar mão do filme “bite wing” pediátrico, de tamanho menor, que se acomoda melhor os tecidos bucais da criança. O filme “bite wing” anterior é utilizado quando se deseja fazer o exame radiográfico interproximal dos dentes anteriores.

Quanto à embalagem, poderão ser utilizados filmes simples (1 película por embalagem) ou duplos (duas películas).

A radiografia interproximal é utilizada para a pesquisa de caries proximais, oclusais e reincidentes. É utilizada ainda para verificação da relação cárie-câmara pulpar, adaptação das incrustações, restabelecimento dos pontos de contato, estudo das cristas alveolares e verificação da existência de cálculos interproximais.

Para obtenção de uma radiografia interproximal aceitável, em que se possa fazer uma interpretação radiográfica correta, existem alguns detalhes técnicos que devem ser seguidos:

1.Posição da cabeça do paciente

O correto posicionamento do paciente é importante, pois os ângulos verticais e horizontais só serão utilizáveis, quando os planos de referencia estiverem na posição correta. Desta maneira, temos o plano de Camper, ou a linha que vai do tragus à asa do nariz, na horizontal, e o plano sagital mediano, na perpendicular.

2. Divisão da arcada dentária

No exame radiográfico interproximal dos dentes posteriores, quando se usa o filme “bite wing”, fazemos duas radiografias, uma do lado direito e outro do lado esquerdo; quando se usa o filme periapical adaptado, fazemos quatro radiografias, duas de cada lado, sendo uma para os molares e outra para os premolares.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia O filme deve ser levado à boca com o lado de exposição correto, voltado par o cone. Tanto para os filmes “bite wing” como para o filme periapical adaptado, o lado de exposição é o da aleta ou asa de mordida, mas devemos tomar cuidado para montar corretamente a nossa aleta de mordida. O filme deve ser posicionado primeiro nos dentes inferiores que vamos radiografar, mante a posição pela aleta e mandar o paciente cerrar os dentes. Desta maneira, o filme estará em posição para a tomada radiográfica.

4. Pontos de referência para a colocação do localizador

É importante na técnica radiográfica interproximal, o posicionamento correto do cone do nosso aparelho de raios X. O raio central deverá ser dirigido para o centro da película radiográfica. Externamente, a altura do ponto de entrada devera ser coincidente com a comissura labial, que corresponde internamente com o plano de oclusão.

A centralização no sentido mésio-distal é um pouco diferente quando se trata da série de duas películas. Neste caso, a centralização deverá ser sobre a superfície vestibular do primeiro molar superior. Na série de quatro películas, para a região de molares, a centralização deverá ser sobre a superfície vestibular do segundo molar superior. E para os premolares esta centralização será na face distal do segundo premolar superior.

5. Ângulos de incidência dos raios X

Os ângulos de incidência constituem fator extremamente importante na radiografia dentaria, uma vez que determinam o tamanho da imagem do dente radiografado. Devido à conformação anatômica dos maxilares, e conseqüentemente à posição que toma o filme para cada região, torna-se necessário uma inclinação no tubo de raios X, para que não haja distorções do tamanho real da imagem.

Ângulo vertical: este ângulo, que é dado pelo movimento vertical dos aparelhos de raios X, é constante e igual a 8 graus positivos quando se radiografa os dentes posteriores (molares ou premolares) pela técnica interproximal.

Ângulo horizontal: é dado pelo movimento horizontal dos tubos de raios X. baseia-se no mesmo principio válido para as técnicas periapicais; o feixe central dos raios X deve ser paralelo às faces proximais dos dentes, para evitar a superposição das mesmas.

Dependendo da quantidade de películas que se tomará dos dentes posteriores, o ângulo horizontal varia em relação ao plano sagital mediano e em relação à conformação da arcada dentaria de nosso paciente.

6. Tempo de exposição

O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do filme, porque relaciona-se com a sensibilidade, quilovoltagem e miliamperagem utilizadas.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Os filmes deverão ser processados seguindo-se as especificações do método de revelação tempo/temperatura, utilizando-se sempre as tabelas fornecidas pelo fabricante do revelador e fixador radiográficos.

Técnica Oclusal

O primeiro autor ao publicar dados sobre os detalhes técnicos da radiografia oclusal foi Simpson, em 1916, onde ele explica como se toma radiografias da maxila e mandíbula, que devido as suas dimensões maiores que o filme periapical ou interproximal, torna possível examinar áreas mais extensas de maxila e mandíbula.

Nos primórdios da radiologia dental, a radiografia oclusal foi o método mais utlizado, pois os profissionais daquela época dispunham apenas de placas sensíveis, feitas de vidro e com uma emulsão de um dos lados; placas essas, relativamente grandes para serem usadas como o são agora os filmes periapicais.

Este tipo de exame radiográfico possui um série de indicações importantes, mas o seu grande uso é para pacientes dentados, na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais e supranumerários, quando pode ser complementado o diagnostico com o uso de outras técnicas radiográficas intra e extra-orais. Esta uilizacao em pacientes dentados facilita e simplifica as tomadas radiográficas, sendo que apenas nos casos suspeitos devemos optar por outro tipo de exame.

A radiografia oclusal é utilizada ainda para a delimitação, localização e determinação de grandes áreas patológicas de maxila e mandíbula, na localização de fraturas ósseas maxilares, e como complemento de exame radiográfico periapical; quando este não permitir um exame seguro e completo da região desejada.

Utilizam-na ainda, para determinar a extensão de fendas palatinas, e para pesquisa de cálculos salivares no conduto de Wharton, empregada quando o paciente apresenta transtornos, como o trismo, que impede o exame periapical.

Em ortodontia, é utilizada quando se fizerem necessárias medidas ortodônticas, ou para controle de ação de diversos aparelhos.

O filme oclusal é encontrado no comercio no tamanho 5,7 x 7,6 cm. Quanto à embalagem pode ser filme simples ou duplo. A vantagem do filme duplo é a mesma que das técnicas periapicais e interproximais. Em crianças, podemos dobrar o filme pelo meio, pois devido as suas grandes dimensões, é impraticável sua acomodação na cavidade oral deste tipo de paciente.

1.Posição da cabeça

Pelas mesmas razoes mostradas nas técnicas anteriormente explicadas, é importante a posição da cabeça do paciente para a correta realização desta técnica. Esta posição deve ser a seguinte: plano oclusal na linha horizontal e plano sagital na perpendicular. As exceções são para o posicionamento do plano oclusal das seguintes radiografias: a da mandíbula (oclusal total e parcial) onde devemos mudar o plano oclusal, que devera ser perpendicular ao solo e para a radiografia oclusal da sínfise devemos posicionar este plano a 55º em relação ao solo.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia O filme oclusal possui uma superfície rugosa, que é o lado correto de exposições aos raios X. esta devera estar voltada para a regia a ser radiografada. Como o filme é um pouco grande, devemos tomar cuidado quando de sua introdução na boca. Primeiramente, colocamos junto à comissura labial uma das bordas do filme, e com o dedo indicador da outra mão tracionamos o outro lado da comissura, ate que possamos, ao girar o filme, introduzi-lo na cavidade oral do paciente. Depois da introdução devemos levar o filme para a parte posterior da boca, até onde permita o bordo anterior do ramo ascendente da mandíbula.

Para as radiografias oclusais totais da maxila ou da mandíbula de pacientes desdentados, posicionamos o filme com seu eixo perpendicular maior ao plano sagital. E nas outras, ele fica paralelo a este, fazendo com que a região a ser radiografada fique no centro do filme.

3. Fixação do filme

Quando o paciente possui dentes, o filme é mantido pela oclusão, mas para a radiografia oclusal do tuber, mesmo para os pacientes dentados , estes devem manter o filme com os polegares, pois a boca devera ser mantida aberta, para durante a exposição, o processo coronóide não se interponha entre os tubos de raios X e o tuber da maxila.

Quando se trata de pacientes desdentados estes devem manter a película em posição na maxila nos polegares, e na mandíbula, com os dedos indicadores e médios de ambos as mãos. Deve-se tomar cuidado para que os dedos que não estão mantendo o filme em posição, não fique na trajetória dos raios X.

4. Divisão

Segundo as diferentes regiões da maxila e mandíbula, para o exame de suas superfícies, as radiografias oclusais podem ser divididas em:

Maxila

 Oclusal total

 Oclusal de incisivos  Oclusal de canino

 Oclusal de premolares e molares  Oclusal da região do assoalho do seio  Oclusal da região do tuber

Mandíbula  oclusal total

 oclusal da região da sínfise  oclusal parcial

5. Ângulos e pontos de referencia para colocação do cone

Também na técnica oclusal, os ângulos são importantes, pois determinam o tamanho da imagem do dente radiogreafado.

Ângulo vertical: sempre que se vai radiografar dentes na cavidade oral, devemos manter nosso ângulo vertical perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelo plano do dente pelo plano do filme.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Ângulo horizontal: os raios X deverão ser paralelos nos espaços interdentarios. O uso incorreto destes ângulos trará modificações no sentido mésio-distal, isto é, superposição das faces proximais dos dentes e das partes anatômicas.

No exame radiográfico oclusal, por se fazer uso de um filme maior, é necessário certos cuidados especiais no correto posicionamento do localizador no nosso aparelho de raio X, procurando fazer com que o raio central seja dirigido sobre a região a ser radiografada e para o centro da película. Tomando este cuidado, mais a utilização dos ângulos verticais e horizontais corretos, obteremos uma boa radiografia para nos auxiliar nos diagnósticos.

Na tabela abaixo apresentamos os ângulos verticais e horizontais e pontos de entrada para os raios X, para cada tipo de técnica oclusal.

Tabela de ângulos sugeridos e pontos de entrada (técnica oclusal)

Divisão

ângulo vertical

ângulo

horizontal Pontos de entrada

M

A total 65º 0º glabela

X incisivos 65º 0º ápice nasal

I canino 65º 45º forame infraorbitário

L

premolares e

molares 65º 90º forame infraorbitário

A

assoalho do

seio 80º 0º forame infraorbitário

M túber 45º 45º 3 cm atrás do canto da órbita

A

N

D total 90º 0º centro do assoalho da boca

I

B sínfise 55º 0º sínfise mandibular

U

L parcial 90º 0º corpo da mandíbula de interesse

A

6. Tempo de exposição e de revelação

Da mesma maneira que acontece com as outras técnicas intrabucais, os tempos de exposição e de revelação serão os fornecidos pelo fabricante do filme. Há uma excessao para a técnica oclusal do túber, em que o tempo de exposição devera ser o dobro do recomendado para a radiografia oclusal da maxila, isto porque existe uma maior quantidade de estruturas a serem atravessadas e uma maior distancia ponto focal/filme.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Radiografias Oclusais em Odontopediatria

Em crianças, as radiografias oclusais poderão ser tomadas utilizado-se as mesmas técnicas que já foram descritas para os adultos. Entretanto, para os incisivos superiores e inferiores de crianças até 6 anos, podemos lançar mão de um recurso proposto por Alveres, que permite a tomada radiográfica desta regiões em um único filme, sem que seja necessária retirar o filme da boca do paciente para se conseguir boas radiografias.

Detalhes Técnicos: o paciente deverá estar sentado com a cabeça inclinada para trás e com o plano sagital na perpendicular.

O filme oclusal deverá ser dobrado pelo meio, de tal maneira que a face lisa do filme, a que corresponde à parte do filme coberta pela lâmina de chumbo, fique para dentro. O filme em seguida é introduzido na boca até a borda incisal dos incisivos superiores esteja a mais ou menos 2mm da borda do filme.O filme será mantido em posição pelos dentes do paciente que ocluirão livremente sobre o filme.

O ângulo vertical de 65º com o plano do filme, para radiografar os dentes da maxila e mandíbula. Esses ângulos poderão ser obtidos com o auxilio do goniômetro do aparelho de raios X, da mesma maneira que obtivemos na radiografia oclusal da sínfise: coloca-se o cone do aparelho de raio X no mesmo sentido do filme colocado na boca do paciente. Verifica-se o goniômetro qual o ângulo que ele está marcado, que deve coincidir no caso, com o plano oclusal. Assim por exemplo, se o plano oclusal está formando um ângulo de +30º com o solo, nós adicionamos 65º e obteremos +95º, que será levado ao goniômetro, e tendo como ponto de entrada para o ápice nasal do paciente. Tomamos em seguida a radiografia dos dentes incisivos superiores. Para a mandíbula, procede-se da mesma forma ( desde que o paciente não se mova entre uma exposição e outra). Basta colocar o aparelho agora formando um ângulo vertical igual a diferença entre a inclinação do plano oclusal –65º e tomar a radiografia da região de incisivos inferiores. Para este nosso caso, usaremos –35º, já que a inclinação do plano oclusal foi de +30º e desejamos –65º entre o plano do filme e o raio X central. O ponto de entrada será sobre a sínfise da mandíbula. O ângulo horizontal será dirigido paralelamente e em linha com o plano sagital.

A lâmina de chumbo, que neste caso se encontra com espessura dupla devido à dobra do filme, será suficientemente radiopaca para evitar a passagem dos raios X para o outro lado da película.O tempo da exposição será o mesmo que o fabricante do filme recomenda para crianças.

Precauções:

1. Nunca radiografar seus pacientes antes de remover dentaduras, aparelhos parciais removíveis, óculos, ou qualquer outro objeto metálico removível que possa se interpor entre o filme e o feixe de raio X.

2. Aos pacientes que possuem o problema de náusea, devemos evitar o mais possível o contato do filme com o paladar ou com a língua, na sua parte posterior. Pede-se ao paciente respirar pelo nariz e coloca-se o filme após já acertado o tempo de

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia exposição, ângulos, etc. Quando isso tudo não resolver, pode-se fazer anestesias tópicas, através de xilocaína spray, viscosa ou infiltrada.

3. Películas não devem ser dobradas nas pontas, ou curvadas na direção do eixo longitudinal dos dentes, mas sim, colocadas de encontro aos mesmos, na posição mais vertical possível.

4. O raio X central deve estar posicionado para o meio da película, pois se assim não for, o diafragma, por ser de chumbo ou de um elemento metálico de elevado número atômico, fará com que a imagem não apareça por inteiro, provocando o que chamamos de interferência do localizador ou “ meia lua”.

5. Nos pacientes desdentados e/ou crianças, devido à menor quantidade de tecidos a serem atravessados pelos raios X, devemos diminuir de um terço o tempo de exposição.

Técnicas Radiográficas Extra-Bucais Conceito:

São técnicas empregadas para tomar radiografias com o filme colocado fora cavidade bucal.

Divisão:

1. Lateral da mandíbula para exame do ângulo e ramo. 2. Lateral da mandíbula para exame do corpo.

3. Póstero-anterior do seio maxilar. 4. Axial-submentoniana.

5. Póstero-anterior do seio maxilar. 6. Lateral dos tecidos duros e moles.

7. Articulação temporomandibular supracraniana. 8. Articulação temporomandibular infracraniana. Filmes e Acessórios Usados:

1. Filmes

a) Quanto ao tamanho: Os filmes usados em radiografias extra-orais obedecem ás seguintes dimensões:

13 x 18 cm/ 18 x 24 cm/ 24 x 30 cm/ 30 x 40 cm.

b) Quanto à sensibilidade: são de grande sensibilidade, ultra-rápidos e não possuem identificação, como nos filmes periapicais comuns. Para fazermos a identificação, colocamos num dos cantos inferiores do chassi uma letra de chumbo (“E” ou “D” ). Podem ser: para usar com ecrans intensificadores (screen)/para usar sem ecrans intensificadores (no-screen).

c) Quanto à embalagem: Encontrados nomercado acondicionados em caixas especiais de 25 ou 100 filmes, envolvidos individualmente, por um papel, que não o protege contra as radiações ionizantes, mas, apenas facilita a retirada do filme da caixa sem deixar impressões digitais.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia 2. Acessórios

a) Chassi; dispositivo no interior do qual ficam os filmes e os ecrans intensificadores;

b) Ecrans intensificadores: são dispositivos usados para aumentar o efeito fotográfico dos raios X, diminuindo o tempo de exposição.São colocados no chassi e são duplos, pois, os filmes são de dupla emulsão;

c) Antidifusores: constam de redes (grades) ou lâminas paralelas de chumbo, colocadas dentro de placas de plástico.São utilizados para diminuir os efeitos das radiações secundárias e são colocados por fora do chassi, em contato com o rosto do paciente.

d) Letras de chumbo: “E” ou “D” são fixadas no chassi ou no antidifusor, por meio de fitas adesivas, esparadrapos ou cera pegajosa. Visam a identificação dos lados: direito e esquerdo, possibilitando a correta interpretação radiográfica.

e) Localizadores: tubulares, cônicos ou retangulares, de vários tamanhos, que auxiliam no correto direcionamento do feixe central de raios X.

Precauções:

Algumas precauções devem ser tomadas, antes mesmo da colocação dos filmes em posição: óculos, aparelhos protéticos removíveis, grampos, brincos, etc. devem ser removidos, para que não venham prejudicar a interpretação radiográfica.

Indicações:

As radiografias extra-orais são de grande eficiência e segurança nos seguintes casos:

 Como complemento dos exames radiográficos intra-orais, quando estes não permitem um exame seguro e completo da região desejada;

 Empregadas quando o paciente apresenta trismo, tornando difícil, ou mesmo impossível, o exame intra-oral;

 Na delimitação de grandes áreas patológicas;

 Na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários;

 Na localização e determinação de extensão das neoplasmas do palato e maxilar;

 Na localização e delimitação das fraturas ósseas dos maxilares;

 Pra pesquisa de cálculos salivares nos canais das glândulas parótida e submandibular;

 Usadas em Ortodontia para verificação: do crescimento e desenvolvimento e das anormalidades crânio-fasciais; para análises dos casos e diagnóstico; para avaliação progressiva da correção ortodôntica e a determinação do tipo facial. Técnicas:

Após as considerações feitas sobre os conhecimentos fundamentais à execução das técnicas, apresentamos cada uma, individualmente, citando indicações e normas técnicas a serem seguidas.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia Indicações:

a) Quando o paciente apresenta trismo;

b) Para pesquisa e localização e localização de corpos estranhos; c) Para delimitação de área patológica da região;

d) Para controle pós-operatório;

e) Para pesquisa de cálculos salivares no canal de Wharton. -Posição do Paciente: Plano sagital inclinado 30º com a vertical.

-Posição do Chassi: O chassi deve estar inclinado 30º com a vertical e colocado paralelamente à região a ser radiografada e o mais próximo possível da mesma. Isto provocará maior nitidez distorção da imagem.

-Ângulos: vertical: 0º / horizontal: 90º

-Direção dos raios x centrais: pouco abaixo do ângulo da mandíbula, do lado aposto a ser examinado.

-Fatores de exposição: 65 KVP e 10mA, distancia foco/filme de 50 cm, tempo de exposição depende do tipo de filme e ecrans intensificadores usados, com ecrans universais ou regular, sugerimos 0,5 segundo de exposição.

2. Lateral da mandíbula para exame do corpo. Indicações:

a)paciente com trismo;

b) na pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários;

c)para localização e delimitação de áreas patológicas; d) para pesquisa de cálculos salivares no canal de Wharton; e)para localização de fraturas;

f)para controle pós-operatória.

-Posição do Paciente: paciente procura aproximar o ápice nasal e o mento do chassi que se encontra inclinado 30º com a horizontal, fazendo com que todo o corpo da mandíbula possa ser examinado.

-Posição do Chassi: chassi inclinado 30º com a horizontal. -Ângulo: Vertical - 0º / Horizontal – 90º

-Direção dos raios x centrais: ângulo da mandíbula do lado oposto a ser examinado. -Fatores de exposição: 65 KVP e 10mA, distancia foco/filme de 50 cm, tempo de exposição depende do tipo de filme e ecrans intensificadores usados, com ecrans universais ou regular, sugerimos 0,6 segundo de exposição.

3. Póstero-Anterior para o exame do ramo e ângulo da mandíbula Indicações:

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia b) Para localização, determinação das direções, extensão e complexidade

das fraturas;

c) Para verificação da relação fratura/órgãos dentários;

d) Na pesquisa e localização de coros estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários, agulhas fraturas;

e) Para localização e delimitação de áreas patológicas; f) Para controle pós-operatório.

-Posição do Paciente: Plano sagital perpendicular ao plano horizontal. -Posição do chassi: perpendicular ao plano sagital.

-Ângulos: vertical – 0º / horizontal – 90º

-Direção dos raios x centrais: no ponto dado pelo traçado da linha que passa a 2 cm do ângulo da mandíbula.

-Fatores de Exposição: 65 KVp e 10mA, distancia foco/filme de 75 cm, o tempo de exposição depende do tipo de filme e ecrans intensificadores usados, para os ecrans regulares, sugerimos 2 segundos de exposição.

4. Radiografia Póstero – Anterior do Seio Maxilar (Posição de Waters ) a) Na pesquisa e localização das sinusites do seio maxilar;

b) Na pesquisa e localização de corpos estranhos, fragmentos de raízes, dentes no interior do seio;

c) Para localização e delimitação de áreas patológicas; d) Para localização e delimitação das fraturas da maxila.

-Posição do Paciente: plano sagital perpendicular ao plano horizontal e, encostado o mento e afastando o ápice nasal cerca de 1,5 a 4 cm do chassi.

-Posição do Chassi: perpendicular ao plano horizontal. -Ângulos: vertical – 0º / horizontal: - 90º

-Direção dos raios centrais: No ponto dado pelo traçado da linha que passa tangente à órbita.

-Fatores de Exposição: 65 KVp e 10 mA, distância foco/filme 75 cm, o tempo de exposição depende do tipo de filme e ecrans intensificadores usados, para o uso de ecrans regular e sugerimos 2,5 segundos de exposição.

5. Radiografia Axial – Projeção Submentoniana (Projeção de Hirtz ) Indicações:

a) Para pesquisa e localização das fraturas do arco zigomático; b) Para pesquisa da integridade da parede posterior do seio maxilar; c) Para exame da mandíbula (processo coronóide e côndilo).

-Posição do Paciente: plano sagital perpendicular ao plano horizontal, com a sutura inter – parietal encostada no chassi.

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia -Ângulos: vertical – 0º / horizontal – 90º

-Direção dos raios x centrais: no ponto dado pelo traçado da linha que passa tangente à órbita.

-Fatores de Exposição: 65 KVp e 0mA, distancia foco/filme de 75 cm, o tempo de exposição depende do filme de 75 cm, o tempo de exposição depende do filme e ecrans intensificadores usados, aconselhamos 2,5 segundos de exposição, usando-se ecrans regular.

6. Lateral da Cabeça para tecidos Duros e Moles Indicações:

a) para pesquisa da integridade da parede posterior do seio maxilar; b) para pesquisa e localização das fraturas do arco zigomático; c) para exame da mandíbula (processo coronôide e côndilo).

-Posição do Paciente: plano sagital perpendicular ao plano horizontal, com a sutura inter – parietal encostada no chassi.

-Ângulos: vertical – 0º / horizontal – 90º

-Direção dos raios x centrais: 2 cm atrás da cavidade orbitária.

-Fatores de Exposição: 65 KVp e 0mA, distancia foco/filme de 75 cm, o tempo de exposição depende do filme de 75 cm, o tempo de exposição depende do filme e ecrans intensificadores usados, aconselhamos 2,5 segundos de exposição, usando-se ecrans regular.

7. Telerradiografias Cefalométricas Conceito:

A telerradiografia ou radiografia á distancia é aquela que se propõe, sem deformação e sem aumento apreciável, fornecer uma imagem radiográfica dos ossos do crânio, da face e das partes moles.

Indicações:

a) Para o estudo do crescimento e desenvolvimento e das anormalidades crânio-faciais;

b) Para análise dos casos e diagnóstico;

c) Para a avaliação progressiva da correção ortodôntica; d) Para estudo das relações geométricas dento-faciais; e) Para análise funcional e determinação do tipo-facial.

Técnica:

A radiografia com fins cefalométricos exige técnica particular, onde a eliminação completa do movimento é conseguida com o uso de cefalostatos ou posicionadores de cabeça. Necessita de um aparelho de raios x com potencial suficiente para

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Anderson F. Lacerda – Tecnólogo em Radiologia impressionar um filme, colocado a uma distância tal, que a imagem radiográfica obtida tenha a menor distorção possível.

8. Artifícios de Técnicas

Há casos em que o profissional não possui o equipamento necessário para a tomada das radiografias extrabucais, devendo, então, lançar mão de recursos que permitam uma visão mais ampla das regiões a serem examinadas.

O filme oclusal preenche, às vezes, esta lacuna e é sobre a sua utilização das técnicas extra-orais que falaremos.

O filme oclusal pode ser usado com eficiência nos seguintes casos: 1. Lateral da mandíbula para exame do corpo;

2. Lateral da mandíbula para exame do ângulo; 3. Lateral da mandíbula para exame do ramo; 4. Projeção do contorno anterior da face. 8.1 Lateral da Mandíbula para exame do Corpo Indicações:

a) para pesquisa e delimitação das áreas patológicas; b) para localização de dentes supranuméricos, inclusos; c) para localização e delimitação das fraturas.

-Posição do filme: paralelo à região a ser radiografada.

-Direção dos raios centrais: o raio central dirigido a 1,5 cm abaixo do ângulo da mandíbula do lado aposto ao exame.

-Ângulos: vertical - -5 a 10º (para cima) / horizontal – em direção ao segundo premolar do lado a radiografar.

-Fatores de Exposição: 65 KVp, 10 mA, 1,0 segundo. 8.2 lateral da Mandíbula para Exame do Ângulo Indicações:

a)para pesquisa e delimitação das áreas patológicas; b)para localização de dentes supranuméricos, inclusos; c)para localização e delimitação das fraturas.

-Posição do Paciente: dentes em oclusão com o plano oclusal paralelo ao solo e com o paciente forçando o mento para frente, evitando a superposição da coluna vertebral. -Posição do filme: paralelo à região a ser radiografada. O meio do filme está sobre a área do terceiro molar e a extremidade inferior do filme está paralela com a borda inferior da mandíbula.

-Direção dos raios x centrais: o raio central dirigido a 1,5 cm abaixo do ângulo da mandíbula, do lado oposto ao exame.

Referências

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