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Academic year: 2021

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TÍTULO: RACIOCÍNIO DA INIBIÇÃO TERAPÊUTICA DA RENINA NA NEFROPATIA DIABÉTICA TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Medicina SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI - UAM INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): STEPHANIE SAN GREGORIO CONTIERI, BIANCA DOMINGUES MASSOLINI, PAULA ANTOUN BELLACOSA, GIULIA SEVERINI LAZARINI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): OVIDIU CONSTANTIN BALTATU, LUCIANA APARECIDA CAMPOS ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

A atividade plasmática de renina (APR) tem um papel importante na nefropatia diabética (ND). Nesse estudo científico foi verificado o uso do inibidor direto de renina (IDR) na ND e foi estudado pela indução de ND em ratos pela enzima estreptozotocina. O diabetes induz uma queda drástica APR (0.25 ± 0.1 de 1.4 ± 0.3 ng AngI/ml por h, DM vs controle, p < 0.005) e a expressão de renina no rim (0.04 ± 0.004 de 0.15 ± 0.02 renina/ßactina RNAm, p < 0.005). A atividade plasmática de renina (APR) e os níveis de renina renal são inversamente correlacionados com a albuminúria (PRA: coeficiente de correlação de postos de Spearman r = -0.64, 95% [CI] 0.38–0.81, P < 0.001; renina RNAm: Spearman r = -0.66, 95% [CI] 0.40–0.82, P < 0.001).

Em seguida foram selecionados e analisados um total de 361 artigos em que o principal ponto analisado foi a questão da abordagem da atividade plasmática de renina em pacientes com nefropatia diabética.

Esse trabalho demonstra que não existem evidências a respeito da eficácia do tratamento com inibidor de renina na nefropatia diabética, isso porque a atividade plasmática de renina não foi mensurada em pacientes com ND antes e durante ao uso da medicação.

INTRODUÇÃO/REFERENCIAL TEÓRICO

A nefropatia diabética (ND) é a principal causa de doenças renais em estágio terminal. Apesar dos avanços terapêuticos, a nefropatia diabética ainda é o maior contribuinte para a morbidade e mortalidade de pacientes diabéticos ao redor do mundo (Dugbartey, 2017) O relacionamento entre o sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) e a progressão da doença diabética cardiovascular é um assunto de grande investigação. A superexpressão crônica do SRAA endócrino ou parácrino, localizado em diversos órgãos cardiovasculares, é um importante contribuinte para a fisiopatologia da doença cardiovascular cardiovascular (Campos et al., 2011; Baltatu et al., 2011). A atividade de um sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) ativo desempenha um papel importante na nefropatia diabética (UrushiharaandKagami, 2016). As drogas

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terapêuticas para a nefropatia diabética estão em sua maioria alvejando o sistema renina angiotensina aldosterona (Yacouband Campbell, 2015).

Enquanto alguns debates permanecem, testes clínicos tem, em geral, demonstrado que o bloqueio do SRAA pela inibição da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou a inibição do receptor de angiotensina podem reduzir o desenvolvimento e progressão da doença cardiovascular em diabéticos (Bhattacharjee et al., 2016). Os efeitos terapêuticos de inibidores do SRAA podem ser significantemente dependentes da ativação patológica do SRAA endócrino ou/e tecidual. (deAlencar Franco Costa et al., 2015; de Gasparo et al., 2013).

JUSTIFICATIVA

Compreender a ação do inibidor de renina na nefropatia diabética e seu impacto nos pacientes.

OBJETIVOS DA PESQUISA Objetivo geral:

Nós pretendemos estudar as evidências científica que suportam o uso de inibidor direto de renina (IDR) na nefropatia diabética.

Objetivos específicos:

1. Análise experimental de dados: analisar dados da atividade de renina e expressão gênica do experimento com ratos com diabetes induzida pela estreptozotocina (experimento realizado pelo nosso grupo).

2. Pesquisa baseada em evidências: estudar evidências científicas publicadas sobre o aumento da atividade plasmática de renina na nefropatia diabética

METODOLOGIA

1. Análise experimental de dados: analisar dados da atividade de renina e expressão gênica do experimento com ratos com diabetes induzida pela estreptozotocina (experimento realizado pelo nosso grupo).

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Os dados da atividade plasmática de renina e a expressão do gene da renina serão analisados utilizados métodos básicos de estatística. Além disso, outros métodos foram usados para a obtenção dos dados para análise:

 Reprodução da doença humana em modelo animal: a indução experimental de diabetes em ratos através da estreptozotocina.(de Alencar Franco Costa et al., 2015);

 Técnica de radioimunoensaio para a atividade plasmática de renina (de Alencar Franco Costa et al., 2015; Baltatu et al., 2002);

 Teste de RT-PCR em tempo real para a expressão renal dos genes de renina (Rentzsch et al., 2008; Campos et al., 2006).

2. Pesquisa baseada em evidências (Baltatu et al., 2011; Campos et al., 2011): estudo das evidências científicas publicadas sobre o aumento da atividade plasmática de renina na nefropatia diabética.

Artigos que evidenciam o aumento da atividade de renina em diabéticos foram avaliados em uma Revisão em Grupo de Estudantes de acordo com a Cochrane Guidelines for Systematic Reviews of Interventions (Zhang et al., 2016; Pollock et al., 2016). De acordo com as diretrizes, foi feita uma Revisão em Grupo de Estudantes (RGE) constituído de 4 estudantes estudantes do curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi e dois Coordenadores de Pesquisa de Ensaios (CPE), professores no curso de Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.

A Revisão Sistemática buscou estudos clínicos e pré-clínicos que utilizaram inibidores direto de renina e incluíram a determinação da atividade plasmática de renina em pacientes ou modelos experimentais como critério de seleção ou medida de resultado. As seguintes bases de dados serão pesquisadas: PubMed e Cochrane Library.

De acordo com as orientações sobre os métodos padrões aplicáveis a cada revisão, o estudo foi organizado da seguinte forma: um plano de revisão, pesquisa e seleção

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dos estudos, coleta de dados, risco de avaliação de parcialidade e interpretação de resultados.

A Revisão do Grupo de Estudantes foi orientada para aplicar métodos que reduzam o impacto do viés em diferentes partes do processo de revisão, incluindo:

1. Identificação de estudos relevantes de diversas fontes;

2. Seleção de estudos para a inclusão e avaliação de seus pontos fortes e limitações em bases claras, critérios pré-definidos;

3. Coleta sistemática de dados; 4. Síntese apropriada de dados DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento do trabalho foi realizado em duas etapas: na primeira etapa em que foi feita a análise experimental dos dados; e a segunda na qual foram analisados e selecionados as Revisões Sistemáticas referentes a nefropatia diabética e o inibidor de renina (como Aliskiren) e em um segundo momento foram analisados e selecionados os Estudos Clínicos que abordavam a nefropatia diabética e o inibidor de renina.

Na primeira etapa, os dados experimentais do estudo foram analisados conforme as técnicas anteriormente citadas no item de metodologia:

 Reprodução da doença humana em modelo animal: a indução experimental de diabetes em ratos através da estreptozotocina.(de Alencar Franco Costa et al., 2015);

 Técnica de radioimunoensaio para a atividade plasmática de renina (de Alencar Franco Costa et al., 2015; Baltatu et al., 2002);

 Teste de RT-PCR em tempo real para a expressão renal dos genes de renina (Rentzsch et al., 2008; Campos et al., 2006).

Na segunda etapa, em um primeiro momento, foram selecionados 208 artigos que abordavam tanto a nefropatia diabética quanto o uso de inibidor de renina nesses

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pacientes. Dentro dessa lista foram excluídos 16 artigos que não se enquadraram no critério de inclusão referente o idioma do artigo (estavam em outro idioma que não o português ou o inglês). Desse modo, ao final da análise, foram incluídos 192 Revisões Sistemáticas neste estudo. Em seguida foi observado quais Revisões Sistemáticas mencionavam a atividade plasmática de renina relacionada com estudos em diabetes. Em seguida, foram selecionados 169 artigos originais do tipo Estudo Clínico, que foram citados nas Revisões Sistemáticas selecionadas anteriormente, e que também abordavam tanto a nefropatia diabética assim como o uso de inibidor de renina nesse quadro. Todos os 169 artigos eram originais e as eventuais duplicações, por conta das citações, foram excluídas. Nos trabalhos selecionados, foi observado se tais estudos usaram o inibidor de renina e se mediram/determinaram a atividade plasmática de renina.

Dessa forma, este estudo teve como base a análise de um total de 361 artigos em que o principal ponto analisado foi a questão da abordagem da atividade plasmática de renina em pacientes com nefropatia diabética.

RESULTADOS

A atividade plasmática de renina (APR) tem um papel importante na nefropatia diabética (ND). Nesse estudo científico foi verificado o uso do inibidor direto de renina (IDR) na ND e foi estudado pela indução de ND em ratos pela enzima estreptozotocina. O diabetes induz uma queda drástica APR (0.25 ± 0.1 de 1.4 ± 0.3 ng AngI/ml por h, DM vs controle, p < 0.005) e a expressão de renina no rim (0.04 ± 0.004 de 0.15 ± 0.02 renina/ßactina RNAm, p < 0.005). A atividade plasmática de renina (APR) e os níveis de renina renal são inversamente correlacionados com a albuminúria (PRA: coeficiente de correlação de postos de Spearman r = -0.64, 95% [CI] 0.38–0.81, P < 0.001; renina RNAm: Spearman r = -0.66, 95% [CI] 0.40–0.82, P < 0.001).

Dentre as 192 Revisões Sistemáticas selecionadas e analisadas, apenas 14 mencionaram a relação entre a atividade plasmática de renina e a nefropatia diabética. Quanto os 169 Estudos Clínicos avaliados, nenhum deles mediou a atividade plasmática de renina em pacientes diabéticos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nosso trabalho demonstra que não existem evidências a respeito da eficácia do tratamento com inibidor de renina na nefropatia diabética, isso porque a atividade plasmática de renina não foi mensurada em pacientes com ND antes e durante ao uso da medicação.

REFERÊNCIAS

Alencar Franco Costa, D. de, Todiras, M., Campos, L. A., Cipolla-Neto, J., Bader, M., andBaltatu, O. C. (2015). Sex-dependent differences in renal angiotensinogen as an early marker of diabetic nephropathy. ActaPhysiol (Oxf) 213, 740–6.

Baltatu, O. C., Campos, L. A., and Bader, M. (2011). Local renin-angiotensin system and the brain--a continuous quest for knowledge. Peptides 32, 1083–6.

Baltatu, O., Cayla, C., Iliescu, R., Andreev, D., Jordan, C., and Bader, M. (2002). Abolition of hypertension-induced end-organ damage by androgen receptor

blockade in transgenic rats harboring the mouse ren-2 gene. J. Am. Soc. Nephrol. 13, 2681–7.

Bhattacharjee, N., Barma, S., Konwar, N., Dewanjee, S., and Manna, P. (2016).

Mechanistic insight of diabetic nephropathy and its pharmacotherapeutic targets: An update. Eur. J. Pharmacol. 791, 8–24.

Campos, L. A., Bader, M., and Baltatu, O. C. (2011). Brain Renin-Angiotensin system in hypertension, cardiac hypertrophy, and heart failure. Front Physiol 2, 115.

Campos, L. A., Iliescu, R., Fontes, M. A., Schlegel, W.-P. P., Bader, M., and Baltatu, O. C. (2006). Enhanced isoproterenol-induced cardiac hypertrophy in transgenic rats with low brain angiotensinogen. Am. J. Physiol. Heart Circ. Physiol. 291, H2371– 6.

Dugbartey, G. J. (2017). Diabetic nephropathy: A potential savior with “rotten-egg” smell. Pharmacol Rep 69, 331–339.

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Hypertension and Beyond. Int J Hypertens 2013, 157180.

Pollock, M., Fernandes, R. M., Becker, L. A., Featherstone, R., and Hartling, L. (2016). What guidance is available for researchers conducting overviews of reviews of healthcare interventions? A scoping review and qualitative metasummary. Syst Rev 5, 190.

Rentzsch, B., Todiras, M., Iliescu, R., Popova, E., Campos, L. A., Oliveira, M. L., Baltatu, O. C., Santos, R. A., and Bader, M. (2008). Transgenic angiotensin-converting enzyme 2 overexpression in vessels of SHRSP rats reduces blood pressure and improves endothelial function. Hypertension 52, 967–73.

Urushihara, M., and Kagami, S. (2016). Role of the intrarenal renin-angiotensin system in the progression of renal disease. Pediatr. Nephrol.

Yacoub, R., and Campbell, K. N. (2015). Inhibition of RAS in diabetic nephropathy. Int J NephrolRenovasc Dis 8, 29–40.

Zhang, J., Wang, J., Han, L., Cao, X., and Shields, L. (2016). Tools to assess risk of bias in systematic reviews of nursing intervention in China: Global implications of the findings. Nurs Outlook.

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