Geometria Analítica
Cleide Martins
DMat - UFPE - 2019.1
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real
o que são sequências LI e LD o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base
como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Já sabemos
o que é um vetor
somar dois ou mais vetores
multiplicar um vetor por um número real o que são sequências LI e LD
o que é uma base
como somar vetores e multiplicar vetor por escalar tendo suas coordenadas em alguma base como vericar se uma sequência de vetores é LI ou LD com as coordenadas desses vetores em alguma base
Objetivos
Apresentar um tipo especial de base: bases ortonormais
Denir uma das operações de produto entre vetores: o produto interno Entender a interpretação geométrica do produto interno
Estudar projeção ortogonal de um vetor sobre outro
Base Ortonormal
Denição
A base B = (u→1,u→2,u→3) é ortonormal se os vetoresu→1,u→2 e u→3 são unitários e dois a dois
Base Ortonormal
DeniçãoA base B = (u→1,u→2,u→3) é ortonormal se os vetoresu→1,u→2 e u→3 são unitários e dois a dois
ortogonais.
A conguração de uma base ortonormal é como na gura
Calculando comprimento com coordenadas
Seja E = (e→1,e→2,e→3) uma base ortonormal
Se →v = (a, b, c)E então →v é diagonal de um paralelepípedo que tem lados paralelos a e→1,e→2 e →
Calculando comprimento com coordenadas
Seja E = (e→1,e→2,e→3) uma base ortonormal
Se →v = (a, b, c)E então →v é diagonal de um paralelepípedo que tem lados paralelos a e→1,e→2 e →
e3.
→
v = ae→1 +be→2 +ce→3
Calculando comprimento com coordenadas
Seja E = (e→1,e→2,e→3) uma base ortonormal
Se →v = (a, b, c)E então →v é diagonal de um paralelepípedo que tem lados paralelos a e→1,e→2 e →
e3.
→
v = (ae→1 +be→2) + ce→3
O vetor ae→1 +be→2 é diagonal de um retângulo, portanto seu comprimento é dado pelo teorema
de Pitágoras
O vetor →v = (ae→1 +be→2) + ce→3 também é diagonal de um retângulo, portanto seu
comprimento também é dado pelo teorema de Pitágoras
k→vk2=k ae→1 +be→2k2 +k ce→3k2= a2+ b2+k ce→3k2= a2+ b2+ c2
Resumindo:
Se E = (e→1,e→2,e→3) é uma base ortonormal e→v = (a, b, c)E então
k→vk=pa2+ b2+ c2
Se a base tem outra conguração qualquer e não é ortonormal então essa expressão não serve para calcular comprimento de um vetor por suas coordenadas na referida base.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo.
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo.
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo. Nesse caso,→u .→v = 0
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo. Nesse caso,→u .→v = 0
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo. Nesse caso,→u .→v = 0
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ. Dizemos que Ang(→u ,→v ) = θ.
Produto Interno
Vamos denir o Produto Interno ou Produto Escalar entre dois vetores →u e →v. A notação é
→
u .→v e o resultado é um número real. Há duas situações:
Um dos vetores é nulo. Nesse caso,→u .→v = 0
Se nenhum dos dois é o vetor nulo então existem representantes desses vetores que formam um ângulo θ. Dizemos que Ang(→u ,→v ) = θ.
Nesse caso
→
Propriedades do Produto Interno
→
u .→v =k→uk . k→vk . cos θ Algumas propriedades do produto interno são bem óbvias:
1. →u .→v =→v .→u 2. →v .→v =k→vk2
Outras nem tanto
3. (λ→u ).→v =→u .(λ→v ) = λ(→u .→v ) 4. (→u +→v ).→w=→u .→w +→v .→w
Propriedades do Produto Interno
→
u .→v =k→uk . k→vk . cos θ Algumas propriedades do produto interno são bem óbvias:
1. →u .→v =→v .→u
2. →v .→v =k→vk2
Outras nem tanto
3. (λ→u ).→v =→u .(λ→v ) = λ(→u .→v ) 4. (→u +→v ).→w=→u .→w +→v .→w
Propriedades do Produto Interno
→
u .→v =k→uk . k→vk . cos θ Algumas propriedades do produto interno são bem óbvias:
1. →u .→v =→v .→u 2. →v .→v =k→vk2
Outras nem tanto
3. (λ→u ).→v =→u .(λ→v ) = λ(→u .→v ) 4. (→u +→v ).→w=→u .→w +→v .→w
Propriedades do Produto Interno
→
u .→v =k→uk . k→vk . cos θ Algumas propriedades do produto interno são bem óbvias:
1. →u .→v =→v .→u 2. →v .→v =k→vk2
Outras nem tanto
3. (λ→u ).→v =→u .(λ→v ) = λ(→u .→v )
Propriedades do Produto Interno
→
u .→v =k→uk . k→vk . cos θ Algumas propriedades do produto interno são bem óbvias:
1. →u .→v =→v .→u 2. →v .→v =k→vk2
Outras nem tanto
3. (λ→u ).→v =→u .(λ→v ) = λ(→u .→v ) 4. (→u +→v ).→w=→u .→w +→v .→w
Usando as propriedades do produto interno podemos deduzir algumas identidades interessantes
(→u +→v ).(→u +→v ) =k→uk2+2→u .→v +k→vk2
Usando as propriedades do produto interno podemos deduzir algumas identidades interessantes (→u +→v ).(→u +→v ) =k→uk2+2→u .→v +k→vk2
(→u −→v ).(→u −→v ) =k→uk2−2→u .→v +k→vk2
Usando as propriedades do produto interno podemos deduzir algumas identidades interessantes (→u +→v ).(→u +→v ) =k→uk2+2→u .→v +k→vk2 ou
k→u +→vk2=k→uk2+2→u .→v +k→vk2
Usando as propriedades do produto interno podemos deduzir algumas identidades interessantes (→u +→v ).(→u +→v ) =k→uk2+2→u .→v +k→vk2 ou
k→u +→vk2=k→uk2+2→u .→v +k→vk2 (→u −→v ).(→u −→v ) =k→uk2−2→u .→v +k→vk2
Usando as propriedades do produto interno podemos deduzir algumas identidades interessantes (→u +→v ).(→u +→v ) =k→uk2+2→u .→v +k→vk2 ou
k→u +→vk2=k→uk2+2→u .→v +k→vk2 (→u −→v ).(→u −→v ) =k→uk2−2→u .→v +k→vk2 ou
O produto interno em coordenadas
O cálculo do produto interno em coordenadas depende do cálculo de comprimento e, portanto é dependente da conguração da base.
Se as coordenadas de →u e →v em uma base ortonormal são
→
u = (a, b, c) e →v = (x, y, z) então
O produto interno em coordenadas
O cálculo do produto interno em coordenadas depende do cálculo de comprimento e, portanto é dependente da conguração da base.
Se as coordenadas de →u e →v em uma base ortonormal são
→
u = (a, b, c) e →v = (x, y, z) então
O produto interno em coordenadas
O cálculo do produto interno em coordenadas depende do cálculo de comprimento e, portanto é dependente da conguração da base.
Se as coordenadas de →u e →v em uma base ortonormal são
→ u = (a, b, c) e →v = (x, y, z) então k→uk2= a2+ b2+ c2 e k→vk2= x2+ y2+ z2 → u −→v = (a− x, b − y, c − z) k→u −→vk2= (a− x)2+ (b− y)2+ (c− z)2
Para calcular →u .→v em função das coordenadas desses vetores em uma base ortonormal, usaremos a identidade
Para calcular →u .→v em função das coordenadas desses vetores em uma base ortonormal, usaremos a identidade
k→u −→vk2=k→uk2 −2→u .→v +k→vk2 Portanto, basta calcular
→
u .→v = 1 2(k
→
uk2 +k→vk2 − k→u −→vk2)
Mãos à obra
→ u .→v = 1 2(k → uk2 +k→vk2 − k→u −→vk2) → u .→v = 1 2(a 2+ b2+ c2+ x2+ y2+ z2− ((a − x)2+ (b− y)2+ (c− z)2) = 1 2(a 2+ b2+ c2+ x2+ y2+ z2 −−(a2− 2ax + x2+ b2− 2by + y2+ c2− 2cz + z2))
→
Aplicações do produto escalar
Exemplo
Se, em alguma base ortonormal, são dados
→
v1= (2,−3, 6) e v→2= (−1, 3, −1)
Determine o ângulo θ entrev→1 ev→2
Aplicações do produto escalar
Exemplo
Se, em alguma base ortonormal, são dados
→
v1= (2,−3, 6) e v→2= (−1, 3, −1)
Determine o ângulo θ entrev→1 ev→2
Pela denição do produto interno sabemos que cos θ =
→
v1.v→2
Ângulo entre
v
→1= (2,
−3, 6) e
v
→2= (
−1, 3, −1) ( referentes a uma base
ortonormal)
Fazendo os cálculos → v1 .v→2= (2,−3, 6).(−1, 3, −1) = −2 − 9 − 6 = −17 kv→1k= √ 4 + 9 + 36 =√49 = 7 kv→2k= √ 1 + 9 + 1 =√11 Portanto, cos θ = −17 7√11 ⇒ θ = arccos −17√11 77Projeção Ortogonal
Dados os vetores→u e →v com →v6=O.→
Vamos denir a projeção ortogonal de→u sobre →v. Proj→u → v Denição O vetor Proj→u → v é um vetor paralelo a → v e tal que → u −Proj→u ⊥→v
Visualizando
Ang(→u ,→v )agudo b →u → v → u −Proj→u → v Proj→→u v Ang(→u ,→v ) obtuso b → u → v → u −Proj→u → v Proj→→u vDeterminando o vetor Proj
→u→
v
Em qualquer caso o vetor Proj→u
→v = λ→v é um cateto de um triângulo retângulo.
Se θ = Ang(→u ,→v )é agudo então λ > 0 e cos θ = k Proj → u →v k k→uk ⇒k Proj → u → v k=k → uk . cos θ λk→vk=k→uk . → u .→v k→uk . k→vk ⇒ λ = → u .→v k→vk2
Determinando o vetor Proj
→u→
v
Se θ = Ang(→u ,→v )é obtuso então λ < 0 e cos(180− θ) = k Proj → u → v k k→uk ⇒k Proj →u → v k=k → uk . cos(180 − θ) =k→uk .(− cos θ) |λ| k→vk=k→uk . −( → u .→v ) k→uk . k→vk ⇒ −λ = −(→u .→v ) k→vk2 ⇒ λ = → u .→v k→vk2
Determinando o vetor Proj
→u → v Em qualquer caso, λ = → u .→v k→vk2 = → u .→v → v .→v Portanto Proj→u →v = λ→v = → u .→v → v .→v. → v e k Proj→→u v k= |→u .→v | k→vkExemplo
Usando os dados do exemplo anterior. Se, em alguma base ortonormal são dados
→
u = (2,−3, 6) e →v = (−1, 3, −1) Vamos calcular a projeção de→u sobre→v e a projeção de →v sobre→u.
Exemplo
Usando os dados do exemplo anterior. Se, em alguma base ortonormal são dados
→
u = (2,−3, 6) e →v = (−1, 3, −1) Vamos calcular a projeção de→u sobre→v e a projeção de →v sobre→u.
Proj→u → v = → u .→v → v .→v. → v Proj→u →v = −2 − 9 − 6 1 + 9 + 1 (−1, 3, −1) = − 17 11(−1, 3, −1) = 17 11,− 51 11, 17 11
Exemplo
Usando os dados do exemplo anterior. Se, em alguma base ortonormal são dados
→
u = (2,−3, 6) e →v = (−1, 3, −1) Vamos calcular a projeção de→u sobre→v e a projeção de →v sobre→u.
Proj→v → u = → v .→u → u .→u. → u Proj→v →u = −2 − 9 − 6 4 + 9 + 36(2,−3, 6) = − 17 49(2,−3, 6) = −34 49, 51 49,− 102 49
Exercícios
1 Sendo ABCD um tetraedro regular de aresta unitária, calculeAB .→ DA→ 2 Sabendo que E e F são bases ortonormais e que →u = (1, 1, 2)E = (b, a, 1)F e
→
v = (1, 2, 3)E = (3, 1, 2)F, determine a e b.
3 Em alguma base ortonormal, sabe-se que→u = (x, 0, 3) e→v = (1, x, 3). Determine x de