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Repensando Programas de Didática

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11) Monumenfa Brasiliae, opus clt, vol, I, p. 496.

12) Monumenfa Brasil:ae, opus clt, vol. I, p. 157, 175; Monumen:a Brasi' Ii,.e" vol. IV, p. 360

13) Monumenta Brasiliae,opus clt, vol. I, p. 126,127, 135,148, 319, ::'52; Monumenfa Brasiliae, vol. li, p. 112, 282, 291. 323.

14) Monumen-a Brasiliae, opus clt. vol. IV, p. 188; 190; 194.

15) Monumenfa Brasiliae, opus cito vol, li, p. 103; Monumenfa Bras;!iBls, vel. IV, p. 312.

16) Monumen'a Bmsiliae, opus cít. vol. I, p. 437.

17) Monumenfa Brasil'ae, opus citovol. 111, p. 126,430, 467, 483, 503; IMonumenfa Brasiliae, opus clt. vol. IV, p. 6, p. 444.

18) Monumenf~ Brasilíae, opus clt, vol. li, p, 399; Monumenfa Bras:liae, vol, 111, p. 66, 80.

19) Sobre o assunto ver A. Vacant e ou.ros - DicUonnaire de Théologie Catholique, Tomo V, Livraria Letouzay e Ané, Paris; 1939;p. 494. 20) Quanto a estes mal·entendidos ver John Hemming - Red.Gold: lhe

conquesl of brazilian indians, edições Camelo! PressLtda, Grã Breta-nha, 1978,p. 33.

21).MO'l1umentaBrasiliae, opus clt., vol. li. p. 434-435.

22) Esta lu.a, afirmam diversos escritores contemporãneos, revelam que a obra dos aldeamen.os foi Instalada pelos Padres da Cornpanh.a tendo em vista interesses de ordem material, econômica e a é mesmo po,

lítlca por parte dos Jesuítas, Sobre o assunto ver Teóíilo Braga -História da Universidade de Coimbra, Tomo 111, Lisboa, 1898, p. 329; Mário Domingos - O Marquês de Pombal: o homem e sua época., 3a. edição, Livraria Romano Torres, Lisboa, 1970 p. 15b-157; 159; lzabel Ribeiro Freire - Le Systeme Scola[re Brésilien: une approche scclc-hlstorlque, tese de doutoramento, Universidade Oatól.ca de Lou. vain (Bélgica), 1982, p. 71,.Contrariando a estes autores ver Serafim Lite História da Companhia de Jesus no Brasil, Instituto Nacional do Livro (Rio de Janeiro) e Livraria Portuqálla (Lisboa), 1943,Tomo 11, Livro I, p. 92.

23) Quanto à obra destes missionários no Ceará ver Aécio Foltosa - Les Jésui.es dans Ia Capitainerie du Ceará (Brésil), Universidade Católica de Louvain (Bélgica), 1982.

24) Sobre o assunto ver J. Lúcio de Azevedo - Cartas do Padre Antonio Vieira, Imprensa Nacional Lisboa, 1970, vol. I; p.299-301; 327; 414.423. Ver igualmente a obra de Serafim Leite - His.ória da Companhia de Jesus no Brasil.

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Educação em Debate, Fort. (11) Ianeíro/Iunho: 1986

REPENSANDO PROGRAMAS DE DIDÁTICA

Meirecele Calíope Leitinho

INTRODUÇÃO

Este é um secundo artigo de uma série que pretendemos

escrever sobre a "Didática em Questão", tema de três

seminá-rios nacionais já realizados no sul do país.

No primeiro artlqo - "Repensando Conduções em

Didá-tica" (1980), publicada na Revista Educação em Debate, (*) da

UFC, sumariamos as principais idéias contidas na nossa tese

de rnestrado propondo nova condução para o aluno de Di

dá-tica, baseada numa relação dialógica entre professor, aluno e

processo ensino-aprendizagem.

Neste artigo relataremos os dados obtidos em um

dlaq-nóst'co sobre os programas de Didática executados pelas IES

do Estado do Ceará.

Para situar o le'tor no contexto do debate ora existente

no país sobre a "Didática em Questão", colocamos algumas

idéias que têm fundamento nesta discussão.

Em primeiro lugar, citamos Saviani (1980-p. 6'0) quando

afirma:' "para que os educandos possam exercer uma ação

pedagógica eficaz, seu processo de formação deverá ter como

preocupação básica desenvolver uma aguda consciência da

realidade em que vão atuar; proporcionando uma adequada

fundamentação teórica e uma satisfatória instrum=ntallzação

técnica". Tal afirmação nos leva a uma percepção nítida sobre

a proposta educacional vigente nas instituições formadoras de

profissionais para a educação, que embora teoricamente

com-(*) Educação em Debate. V, 4, n.o 4, 1980; pág. 5-10.

(2)

pleta, na prática não se operacionaliza no sentido de dar uma contribuição efetiva nas dimensões técnica, pclítica e humana da formação profissional da educação.

Vera Maria Candau, em uma conferência do I Encontro

à

"Didática em Questão" (Rio. 1982), enfoca o problema da multldimensionalidade do processo ensino-aprendizagem afir-mando: "o processo ensino-aprendizagem, para ser adequa-damente compreendido, precisa ser analisado de tal modo que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e po-lítico-social da educação". Para Vera, a Didática deve ser questionada, em vista dessa multidimensionalidade e deve estar situada. Entendemos que o situar da Didática se inicia a partir do questionamento de seus pressupostos teóricos e da definição de uma estrutura que a coloque contextuaiizada com uma prática pedagógica adequada

à

rnultidimenslonall-dade referida.

Nesta perspectiva, faz-se necessário um reexarne da Di-dática, que poderá ser analisada a partir de diferentes aspec-tos de sua operacionalização. A nível nacional, alguns estu-dos já estão sendo realizados, tais como: análise dos livros de Didática, pesquisas e debates sobre os seus pressupostos teóricos e diagnósticos sobre os programas de ensino em a.lguns Estados do país.

Este estudo resulta de diagnóstico realizado sobre os programas de Didática executados nas IES do Estado do Ceará e coloca a discussão nacional a nível estadual

colabo-rando para o "Repensar da Didática".

Pôr em questão os programas de Didática é o alvo prin-cipal deste texto.

DESCRiÇÃO DO DIAGNóSTICO

Nossa intenção precípua foi diagnosticar, através da análise de programas e planos de ensino, a organização das disciplinas Didática Geral e Didáticas Esoecla's contribuindo para a sua reestruturação, de modo a atender suas

especifi-cidades nos cursos de t.lcenc'atura e Pedagogia.

O diagnóstico foi iniciado a partir de solicitação feita às Coordenações de Cursos das IES do Estado, nara o envio de Programas de Didática

à

Pró-Reitoria de Graduação e

à

Co-ordenação das Licenciaturas da Faculdade de Educação da UFC, órgãos de apoio a esta atividade.

72

Educação em Debate, Fort, (11) Ianeíro/Iunho: 1986

As instituições que participaram do diagnóstico foram: Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Filosofia de Fortaleza, Faculdade de Filosofia do Crato e Fundação do Vale do Acaraú. Estas instituições representam a totalidade das IES do Estado.

Este quadro evidencia uma variação da denominação da disciplina e do número de créditos propostos em cada uma delas. As Didáticas I e

11,

em algumas instituições, são oferta-das com 4 créditos e em outras com 6 créditos. Alguns pro-gramas não chegam a especificar o número de créditos. A Didática aparece com múltiplas denominações: Didática Geral, Didáticas I,

11, 111

e IV, Didática Especial, Didática das

Ciên-cias, etc.

As Didáticas li! e IV somente são ofertadas pelo Curso de Pedagogia da UFC.

Estas variações no número de créditos e na denomina-ção da disciplina poderão adquirir maior unidade a partir de estudos e critérios que deverão ser fixados a nível de cada instituição de ensino superior.

ANÁLISE DOS PLANOS E PROGRAMAS

Universidade Federal do Ceará

A análise dos planos da Faculdade de Educação da

UFC evidenciou duas tendências sobre IJ planejamento de Ensino da disciplina Didática no Curso de Pedagogia e

li-cenciaturas. .

A primeira, de natureza tecnicista, reflete-se na proposi-ção de objetivos definidos segundo a Taxionomia de Bloom e nos conteúdos propostos

à

bibl!ografia recomendada, que enfatizam a dimensão técnica do processo ensino-aprendi-zagem. A metodologia citada é diversificada, variando desde os trabalhos em grupo até Fichas de Le.tura, estudos dirigi-dos, exposições e seminários. Os instrumentos de avaliação mais citados foram provas, testes e trabalhos escritos.

A segunda, de natureza crítico-analítica, revela-se através de objetivos não definidos operacionalmente, mas que tradu-zem as intenções educativas do processo a ser desenvolvido em sala de aula. Os conteúdos citados e a bibliografia reco-mendada enfatizam as dimensões técnica, política e humana do ato de ensinar e aprender.

(3)

pleta, na prática não se operacionaliza no sentido de dar uma contribuição efetiva nas dimensões técnica, pclítica e humana da formação profissional da educação.

Vera Maria Gandau, em uma conferência do I Encontro

à

"Didática em Questão" (Rio. 1982), enfoca o problema da multidimenslonalidade do processo ensino-aprendizagem afir-mando: "o processo ensino-aprendizagem, para ser adequa-damente compreendido, precisa ser analisado de tal modo que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e po-lítico-social da educação". Para Vera, a Dldátlca deve ser questionada, em vista dessa multidimensionalidade e deve estar situada. Entendemos que o situar da Didática se inicia a partir do questionamento de seus pressupostos teóricos e da definição de uma estrutura que a coloque contextualizada com uma prática pedagógica adequada

à

multidlrnensl onall-dade referida.

Nesta perspectiva, faz-se necessário um reexarne da Di-dática, que poderá ser analisada a partir de diferentes aspec-tos de sua operacionalização. A nível nacional, alguns estu-dos já estão sendo realizados, tais como: análise dos livros de Didática, pesquisas e debates sobre os seus pressupostos teóricos e diagnósticos sobre os programas de ensino em alguns Estadcs do país.

Este estudo resulta de diagnóstico realizado sobre os programas de Didática executados nas IES do Estado do Ceará e coloca a discussão nacional a nível estadual

colabo-rando para o "Repensar da Didática".

Pôr em questão os programas de Didática é o alvo prin-cipal deste texto.

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I

DESCRiÇÃO DO DIAGNóSTICO

Nossa intenção precípua foi diagnosticar, através da análise de programas e planos de ensino, a organização das disciplinas Didática Geral e Didáticas Esoecla's contribuindo para a sua reestruturação, de modo a atender suas

especifi-cidades nos cursos de t.lcenc'atura e Pedagogia.

O diagnóstico foi iniciado a partir de solicitação feita às Coordenações de Cursos das IES do Estado, nara o envio de Programas de Didática à Pró-Reitorla de Graduação e à Co-ordenação das Licenciaturas da Faculdade de Educação da UFC, órgãos de apoio a esta atividade.

72

Educação em Debate, Fort, (11) Janeiro/Junho: 1986

As instituições que participaram do diagnóstico foram: Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Filosofia de Fortaleza, Faculdade de Filosofia do Crato e Fundação do Vale do Acaraú. Estas instituições representam a totalidade das IES do Estado.

Este quadro evidencia uma variação da denominação da disciplina e do número de créditos propostos em cada uma delas. As Didáticas I e

11,

em algumas instituições, são oferta-das com 4 créditos e em outras com 6 créditos. Alguns pro-gramas não chegam a especificar o número de créditos. A

Didática aparece com múltiplas denominações: Didática Geral, Didáticas I,

11, 111

e IV, Didática Especial, Didática das

Ciên-cias, etc.

As Didáticas li! e IV somente são ofertadas pelo Curso de Pedagogia da UFC.

Estas variações no número de créditos e na denomina-ção da disciplina poderão adquirir maior unidade a partir de estudos e critérios que deverão ser fixados a nível de cada instituição de ensino superior.

ANÁLISE DOS PLANOS E PROGRAMAS

Universidade Federal do Ceará

A análise dos planos da Faculdade de Educação da

UFC evidenciou duas tendências sobre IJ planejamento de Ensino da disciplina Didática no Curso de Pedagogia e li-cenciaturas.

A primeira, de natureza tecnicista, retlete-se na proposi-ção de objetivos definidos segundo a Taxionomia de Bloom e nos conteúdos propostos

à

bibl!ografia recomendada, que enfatizam a dimensão técnica do processo ensino-aprendi-zagem. A metodologia citada é diversificada, variando desde os trabalhos em grupo até Fichas de Le.tura, estudos dirigi-dos, exposições e seminários. Os instrumentos de avaliação mais citados foram provas, testes e trabalhos escritos.

A segunda, de natureza crítico-analítica, revela-se através de objetivos não definidos operacionalmente, mas que tradu-zem as intenções educativas do processo a ser desenvolvido em sala de aula. Os conteúdos citados e a bibliografia reco-mendada enfatizam as dimensões técnica, política e humana do ato de ensinar e aprender.

(4)

DESCRiÇÃO

DOS

RESULTADOS

ANALISE DO QUADRO I Inic i amos no ss a d " scr i ç ã o c o m o Quadro I . a seguir: INFORMAÇõES GERAIS SOBRE

ms

PARTICIPANTES DO DIAGNÓ S TICO E OS PROGRAMAS ENVIADOS PELAS COORDENAÇÕES DE CURSOS INSTITUIÇAO CURSOS DISCIPLINAS CRÉDITOS CIDADES 1 .Univers i dade de Fortaleza P e dagogia e Didática I e 06 Fortaleza ( UNIFOR ) L i c e nciatura D i d á t i c a I! 06 Fortaleza

2.

Faculdade de Filosofia do Geografia D i d á t i ca I Sem/ es pec . Cr at o Crato s/esp e c í t , Didátic a I! se m/ r s p e c. C r ato V . c " nciatura D i d á t i c a I sem /e s p s c . Cr at o Ciências D i d á t i ca I s e m / r sp e c. Crato s/ e sp e cíf, Didátic a Geral sem/ e spec, Crato s/esp e c í f. D i dát i ca I 06 Cra to

3.

Universidade F e deral do L i c e nciatura Didát i ca I 04 Fortaleza Ceará L i cenciatura D i dát ' ca I 04 Fortaleza L t c = nc í atura Didática I! 04 Fortaleza Pedagogia Didát i ca IV 06 Fortaleza Pedagogia Didát i ca IV 06 Fortaleza Pedagogia D i d á t i ca lI! 06 Fortaleza Líc=nc í atura Didát i ca I 04 Fortal e za V . c p nciatura D í d á t -c a I 04 F o rtal e za

4.

Fundação Vale do Acaraú L'c=ncíatura D i d á t i c a II 06 Sobr a l L i c=ncía tura D i d áti c a E s p e cial 03 Sobral V~~nciatura D i dát ' c a I 04 Sobral

5.

Faculdade do Filosofia de O ' ê nctas R o ligiosas D i rl áti c a G er al 03 F o rtal = za Fortaleza (FAFIFOR) C ' ê n ctas Religiosas D i d át ' c a I 04 Fort a l = za F i lo s ofia D í d á t íca 04 Fortal = za P e dagogia D id á t ' c a I Sem /e spec . Fortal e za

6.

Univ e rsidade Estadual do L'cen c t atura em D i d á ti c a das Ceará C i ências C i r enc ' a s

OR

. For ta l e z a ( L . N.) V . c~nclatura D i n ~t' c a I 04 F' o r ta l = za P o dagOg i a D i n ~t' c a I 06 F o rta l " z a L ' c=nctatura D idá t i c a G e ral 04 F u r ta l = za

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DESCRiÇÃO

DOS

RESULTADOS

ANALISE DO QUADRO I Inic i amos no ss a d ' scr i ç ã o c o m o Quadro I. a seguir: INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE IES PARTICIPANTES DO DIAGNó S TICO E OS PROGRAMAS ENVIADOS PELAS COORDENA : ÇÕES DE CURSOS INSTITUIÇÃO CURSOS DISCIPLINAS CRÉDITOS CIDADES 1 .Univer si dade de Fortaleza P e dagogia e Didática I e 06 Furtaleza (UNIFOR ) L í c e nc í atura D i d á tica II 06 Fortaleza 2 . F a culdade de Filosofia do Geografia Did á t i ca I Bem/ es p e c . Cr a to Crato s/esp e c í r . Did á tica II s e m/ rs pee. C ra to V . c " nciatura Didát i ca I s em /es p s c. Cr at o Ciências D i d át i ca I s e m/ r sp e c. Crato s/esp e c í f, Did á t i c a Geral sem /r spec. Crat o s/específ. D i dát i ca I 06 Cra to

3

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Universidade Federal do L t c e ncíatura Didát i ca I 04 Fortaleza Ceará L t cencíatura D i dát ' ca I 04 Fortaleza L t c = nc í atura Didática II 04 Fortaleza Pedagogia Didát i ca IV 06 Fortaleza Pedagogia Didát i ca IV 06 Fortaleza Pedagogia D i d á tica III 06 Fortaleza L t c=nc í atura Didát i ca I 04 Fortal e za Li . c p nciatura Did á b ' c a I 04 F o rtal e za

4.

Fundação Vale do Acaraú L t c=nctatura D i d áti c a II 06 Sobr a l L i . conciatura D i d áti c a E s p e cial 03 Sobral Vr.~nciatura D i dá t' c a I 04 Sobral

5

.

Faculdade do Filosofia de C ' ê nc í a s Roligiosas D i rl át ic a Geral 03 F o rtal = za Fortaleza ( FAFIFOR) C ' ên cías Religiosas D i d át' c a I 04 Fortal = za F i lo s ofia D i d áti ca 04 F o rt a l " za Pedagogia Dí dát'ca I Bem /e spec. Fortal e za 6. Univ e rsidade Estadual do L'cen e tatura em D idáti c a das Ceará C i ências C i r enc'as 06 . F o r ta l e za ( L . N . ) V . c~nc ia tura D i r' lát' c a I 04 F o r ta l = za P e dagog i a D i rl át' c a I 06 F' orta l =z a V . c o nciatura D idáti c a G e ral 04 F o rt a l = z a

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(6)

A única proposta existente na tendência crítico-analítica

apresenta objetivos mais amplos, com temas e bibliografias

que possibilitam uma análise crítica do ensino em d.terentes

dimensões.

Universidade Estadual do Ceará (UECE)

As duas tendências existentes nas outras instituições

também se fazem presentes na UECE. No entanto, dos 06

pro-g ramas analisados apenas 2 refletem a tendência críti

co-ana-lítica. Há uma ênfase em trabalhos de grupo ,9 os ins

trumen-tos de avaliação mais citados foram: provas e trabalhos

escri-tos.

Faculdade de Filosofia do Crato

Os olanos enviados pela Faculdade dA Fllosofta do Crato

têm objetivos qerals e específicos definidos tecnicamente e

os conteúdos citados podem ser considerados temas

tradicio-nais da Didática (planejamento, rnetodoton'a, avaliacão). As

técnicas de ensino são bastante diversificadas, não indicando

uma conduta metodológica definida, A relação, objetivos,

con-teúdo, metodologia, recursos e avaliação não se faz

evi-dente na perspectiva de um planejamento sistêmico e a

bibliografia apontou um número maior de autores

preocupa-dos com os aspectos técnicos do ensino-aprendizagem.

-No todo, os olanos refletem uma preocupação com os

aspectos tecnológicos da Didática.

Fundação Vale do Acaraú

Na fundação Vale do Acaraú predominam os "proqramas"

e estes não especificam objetivos, nem bibtloqratta. Os temas

básicos são: planejamento, metodologia, avaliação do ensino.

As técnicas são diversificadas e apenas um deles cita

instru-mentos de avaliação, tais como: provas, fichas e controle de

participação.

Percebe-se nos programas analisados uma tendência

tecnicista, embora não se evidencie uma estrutura adequada.

76

Educação em Debate, Fort. (11) Janeiro/Junho: 1986

ESULTADOS DA ENQUETE REALIZADA COM OS

PROFESSORES DE PRÁTICA DE ENSINO DA UNIVERSIDADE

-EDERAL DO CEARÁ

Para completar o diagnóstico, realizamos uma enquete

Junto aos professores de Prática de Ensino da UFC,

coletan-o sugestões para a organização da disciplina Didática nos

cursos de Licenciaturas.

Os temas propostos:

I) Planejamento do Ensino.' os professores de Prática de

nsino sugeriram que o aluno deve ser est'mulado na

elabo-ração, execução e avaliação do planejamento em todos os

níveis: curso, unidade e aula, Faz-se necessário orientar sobre

v

'sã

o

sistêrnica do ensino para que este processo seja

ava-liado r:nrTl r,ip.ntificidade.

li) Estreténi« de

snrerviizeaem:

este tema deverá ser

dis-cutido na discioljl"l~ f)idátir:a. em termos d8 adequação das

stratéoias

à

realidade educacional brasileira.

I

JJ)

Teoria de Enstno-Aoreniitzeaem: a abordaqem das

teorias se faz necessária na disciplina Didática, para

oromo-ver a consolidacão do conhecimento obtido nas dlscipl'nas

de Pstcolocla. As teorias deverão ser estudadas e sua o

oera-clonal'zacâo na orátlca pedaoóqlca deve ser objeto de estudo

da Didát'ca nos Cursos de Licenciatura.

IV) Avaliação do Rendimento Escolar: a Didática deveria

contribuir para capacitar o aluno no planejamento. controle e

correcão dos resultados de ensino, isto é, caoacitá-lo no uso

de métodos e técnicas de avaliação de ensino-aprendizagem.

Além destes temas foram citados: formação geral do

pro-fessor, o papel do livro didático, os conteúdos programáticos

de 19 e 29 araus, a Prática Filosófica e Ideológica do educa

-dor, a antididática, comunicação e aprendizagem e a

tec-nologia educacional.

Sugestões apresentadas:

- analisar, exemplificar, justificar, diferenciar, sintet'zar,

resumir, esquematizar, concluir, relatar, comparar, avaliar o

conteúdo de mensagens escritas ou orais;

(7)

A única proposta existente na tendência crítico-analítica

apresenta objetivos mais amplos, com temas e bibliografias

que possibilitam uma análise crítica do ensino em d.terentes

dimensões.

Universldade Estadual do Ceará (UECE)

As duas tendências existentes nas outras instituições

também se fazem presentes na UECE. No entanto, dos 06

pro-gramas analisados apenas

2

refletem a tendência

crítico-ana-lítica. Há uma ênfase em trabalhos de grupo ·9 os

instrumen-tos de avaliação mais citados foram: provas e trabalhos

escri-tos.

Faculdade de Filosofia do Crato

Os planos enviados pela Faculdade dE'! Fllosofta do Crato

têm objetivos qerais e específicos definidos tecnicamente e

os conteúdos citados podem ser considerados temas

tradicio-nais da Didática (planejamento, rnetodolon'a, avaliacão). As

técnicas de ensino são bastante diversificadas, não indicando

urna conduta metodológica definida. A relação, objetivos,

con-teúdo, metodologia, recursos e avaliacão não se faz

evi-dente na perspectiva de um planejamento sistêmico e a

bibliografia apontou um número maior de autores

preocupa-dos com os aspectos técnicos do ensino-aprendizagem.

-No todo, os planos retietern uma preocupação com os

aspectos tecnológicos da Didática.

Fundação Vale do Acaraú

Na fundação Vale do Acaraú predominam os "proqramas"

e estes não especificam objetivos. nem biblloqrafta. Os temas

básicos são: planejamento, metodologia, avaliação do ensino.

As técnicas são diversificadas e apenas um deles cita

instru-mentos de avaliação, tais como: provas, fichas e controle de

participação.

Percebe-se nos programas analisados uma tendência

tecnicista, embora não se evidencie uma estrutura adequada.

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Educação em Debate, Fort. (11) Janeiro/Junho: 1986

RESULTADOS DA ENQUETE REALIZADA COM OS

PROFESSORES DE PRATICA DE ENSINO DA UNIVERSIDADE

-EDERAL DO CEARA

Para completar o diagnóstico, realizamos uma enquete

Junto aos professores de Prática de Ensino da UFC,

coletan-do sugestões para a organização da disc.pttna Didática nos

cursos de Licenciaturas.

Os temas propostos:

I) Planejamento do Ensino: os professores de Prática de

nsino sugeriram que o aluno deve ser est'rnulado na

elabo-ração, execução e avaliação do planejamento em todos os

nfveis: curso, unidade e aula. Faz-se necessário orientar sobre

visão sistêrnlca do ensino para que este processo seja

ava-liado com r.ip.ntificidade.

11)

Estretérüe de

e

oretvtizeaem

:

este tema deverá ser

dis-u+ido na disc:pli"::t f)idátir:a.. em termos dA adequação das

stratén'as

à

realidade educacional brasileira.

111)

Teoria de Enstno-Aorenâtzertem: a abordagem das

teorias se faz necessária na disciplina Didática, para

oromo-ver a consolidacão do conhecimento obtido nas d'sclpl'nas

de Psícoloqla. As teorias deverão ser estudadas e sua

opera-cional'zacão na prática pedaoóqica deve ser objeto de estudo

da Didát'ca nos Cursos de Licenciatura.

IV) Avaliação do Rendimento Escolar: a D'dática deveria

contribuir para capacitar o aluno no olanejamento. controle e

correcão dos resultados de ensino, isto é, caoacitá-lo no uso

de métodos e técnicas de avaliação de ensino-aprendizagem.

Além destes ternas foram citados: formação geral do

pro-fessor, o papel do livro didático, os conteúdos programáticos

de 19 e 29 araus, a Prática Filosófica e Ideológica do

educa-dor, a antididática, comunicação e aprendizagem e a te

c-nologia educacional.

Sugestões apresentadas:

- analisar, exemplificar, justificar, diferenciar, slntetzar,

resumir, esquematizar, concluir, relatar, comparar, avaliar o

conteúdo de mensagens escritas ou orais;

(8)

[

II

- utilizar comportamentos verbais que favorecem a

in-teração orotessorzatuno: aceitar idéias;

- utilizar comportamentos que facilitem a aprend.zaqern:

evidenciar prontidão em especificar objetivos de ensino;

- adequar técnicas de ensino a d.terentes propósitos;

- elaborar diferentes instrumentos de avaliação;

- Discutir os problemas fundamentais de ensino de 19, 29

e 39 graus, apresentando críticas e propostas de s:lução;

- discriminar as abordagens educacionais de

importan-tes pesquisadores nacionais e estrang-eiros sobre o processo

ensino-aprendizagem;

-- definlr tecnologia educacional, reconhecendo sua

im-portância para a eficácia e objetividade do ensino;

- discriminar as diferentes estratéqias de ensine, bem

como os métodos e as técnicas a serem aplicadas naquela

disciplina:

- identificar que tipos de instrumentos de avaliaç'ão

podem ser usados;

- criticar a educação como instrumento ideológico;

- elaborar planos de curso, unidade e de aula;

- refletir sobre a educação como forma de transformar

a sociedade;

- agir com liderança;

- agir com espírito de crítica;

- identificar recursos didáticos alternativos, coerentes

com a realidade dos alunos;

- elaborar instrumentos de ensino-grupos para ensino

individualizado;

- utilizar dinâmica de grUDO;

- ter o domínio de habilidades técnicas de ensino, que

ensejem e/ou desencadeem a aprendizagem e utilizar

recur-sos aos audiovisuais.

,Iil

ji

N

jl

I

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l11

~

E deverá também desenvolver atitudes:

- franqueza e imparcialidede;

- interesse pessoal pelos problemas dos alunos;

- senso de humor e tolerância;

- compreensão e respeito para com o aluno;

- pontualidade, seriedade e flexibilidade;

- senso crítico;

-- espírito de iniciativa;

78 Educação em Debate, Fort. (11) Janeiro/Junho: 1986

L

- sentimento de justiça;

- sensibilidade aos problemas sociais;

- capacidade de organização.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O DIAGNóSTICO

Em termos globais, constatamos que a organização da

disciplina Didática nos Cursos de Pedagogia e Licenciatura

das IES do Ceará, na sua maioria, evidenciam uma tendência

tecnicista, ao mesmo tempo em que aponta novas alternativas

de organização por algumas propostas que organizam um

nsino crítico-analítico da disciplina.

Os autores mais citados foram Juan Diaz Bordenave,

Turra e Euricone, Benjamim Bloom e de modo mais restrito

Paulo Freire, Gadotti, Maria T-ereza Nidelcolf e Saviani. A

bi-bliografia está bastante diversificada nas áreas de Filosofia,

Sociologia, Psicologia e Ed. Brasileira; os temas mais comuns

foram: o planejamento, a metodologia e a avaliação do

ensi-no, os chamados temas tradicionais da Didática; a citação de

ternac de natureza sócio-política e filosófica é restrita.

Os planos e programas analisados não indicam um

pro-cesso de avaliação, apenas citam alguns instrumentos que

serão utiiizados, e a questão metodológica explicita apenas

pela citação de técnicas diversificadas.

As intensões educativas traduzidas em objetivos

refle-tem na maioria dos planos e programas analisados uma visão

limitante do papel da Didática na formação do educador, que

a nosso ver se afigura como crítica e instrumental relacio

nan-do a prática pedagógica com a prática social. De fato, uma

formação inovadora e transformadora da ação docente.

REFLEXÕES SOBRE O ESTUDO REALIZADO

Por que iniciar um debate sobre a disciplina Didática a

partir de seus planos de ensino, quando a prática de

planeja-mento tem sido crit.cada e rejeitada por grande parte de

pro-fessores?

Fusari (Revista Ande, 1984) afirma que "o desempenho

na sala de aula extrapola a nosso ver a elaboração de um

bom plano de trabalho". E acrescenta: "na sala de aula a

relação professor/aluno encerra um conjunto de

(9)

- utilizar comportamentos verbais que favorecem a

in-teração professor/aluno: aceitar idéias;

- utilizar comportamentos que facilitem a aprend.zaqern:

evidenciar prontidão em especificar objetivos de ensino;

- adequar técnicas de ensino a diferentes propósitos;

- elaborar diferentes instrumentos de avaliação;

- Discutir os problemas fundamentais de ensino de 19, 29

e 39 graus, apresentando críticas ~ propostas de sclução:

- discriminar as abordagens educacionais de

importan-tes pesquisadores nacionais e estranqelros sobre o processo

ensi no-ap rend izagem;

_. definir tecnologia educacional, reconhecendo sua

im-portância para a eficácia e objetividade do ensino;

- discriminar as diferentes estratéqias de ensino, bem

como os métodos e as técnicas a serem aplicadas naquela

disciplina:

- identificar que tipos de instrumentos de avaliação

podem ser usados;

- criticar a educação como instrumento ideológico;

- elaborar planos de curso, unidade e de aula;

- refletir sobre a educação como forma de transformar

a sociedade;

- agir com liderança;

- agir com espírito de crítica;

- identificar recursos didáticos alternativos, coerentes

com a realidade dos alunos;

- elaborar instrumentos de ensino-grupos para ensino

individualizado;

- utilizar dinâmica de qruno:

- ter o domínio de habilidades técnicas de ensino, que

ensejem e/ou desencadeem a aprendizagem e utilizar

recur-sos aos audiovisuais.

E deverá também desenvolver atitudes:

- franqueza e imparcialidede;

- interesse pessoal pelos problemas dos alunos;

- senso de humor e tolerância;

- compreensão e respeito para com o aluno;

- pontualidade, seriedade e flexibilidade:

- senso crítico;

-- espírito de iniciativa;

78 Educação em Debate, Fort. (11) Ianeíro/Iunho: 1986

- sentimento de justiça;

- sensibilidade aos problemas sociais;

- capacidade de organização.

CONSIDERAÇõES GERAIS SOBRE O DIAGNÓSTICO

Em termos globais, constatamos que a organização da

disciplina Didática nos Cursos de Pedagogia e Licenciatura

das IES do Ceará, na sua maioria, evidenciam uma tendência

tecnicista, ao mesmo tempo em que aponta novas alternativas

de organização por algumas propostas que organizam um

ensino crítico-analítico da disciplina.

Os autores mais citados foram Juan Diaz Bordenave,

Turra e Euricone, Benjamim Bloom e de modo mais restrito

Paulo Freire, Gadotti, Maria Tereza Nidelcolf e Saviani. A

bi-bliografia

está

bastante diversificada nas áreas de Filosofia,

Sociologia, Psicologia e Ed. Brasileira: os temas mais comuns

foram: o planejamento, a metodologia e a avaliação do

ensi-no, os chamados temas tradicionais da Didática; a citação de

temac de natureza sócio-política e filosófica é restrita.

Os planos e programas analisados não indicam um

pro-cesso de avaliação, apenas citam alguns instrumentos que

serão utilizados. e a questão metodológica explicita apenas

pela citação de técnicas diversificadas.

As intensões educativas traduzidas em objetivos

refle-tem na maioria dos planos e programas analisados uma visão

limitante do papel da Didática na formação do educador, que

a nosso ver se afigura como crítica e instrumental

relacionan-do a prática pedagógica com a prática social. De fato, uma

formação inovadora e transformadora da ação docente.

REFLEXõES SOBRE O ESTUDO REALIZADO

Por que iniciar um debate sobre a disciplina Didática a

partir de seus planos de ensino, quando a prática de

planeja-mento tem sido crit.cada e rejeitada por grande parte de

pro-fessores?

Fusari (Revista Ande, 1984) afirma que "o desempenho

na sala de aula extrapola a nosso ver a elaboração de um

bom plano de trabalho". E acrescenta: "na sala de aula a

relação professor/aluno encerra um conjunto de co

(10)

tes que vão da preparação do plano ou programa ... ao com-portamento do professor à sua postura enquanto pessoa, ao f.r., oomorcrnisso com a sociedade, ao material didático, às

relações que ocorrem em sala de aula, ao número e aos di-ferentes ritmos de aprendizagem dos alunos".

Concordamos plenamente com Fusari e entendemos a questão do planejamento do ensino como um processo orga-nizacional da ação educativa do professor a partir de sua in-tencionalidade educacional, orientando sua prática pedaqóq.ca no contexto escola e sociedade. A prática de planejamento não deve ser encarada de forma mecanlctsta e formalizada, mas como instrumento que possibilita a leitura dos propósi-tos, questões e ações que determinarão o estabelecimento das relações na prática pedagógica do professor.

A análise realizada sobre os planos de Didática das IES do Estado do Ceará propicla uma leitura da orqanização da disciplina e evidencia que esta organização tem-se fundamen-tado, na maioria das vezes, em uma concepção mecanicista e neopositivista. Desta forma o planejamento se apresenta como "processo de preparação, execução e avaliação da ação com fases estanques e distintas, condiciona a ação às decisões to-madas previamente, determina os envolvidos no âmbito de pIa-no em geral, trunca a compreensão do executor e planejado-res propriamente ditos, e mede sem eficácia o grau de apro-ximacão com a preparação" (Oly, 1984).

Na nossa percepção, a organização da disciplina Didá-t'ca em planos de forma mecanicista tem comprometido o ato educativo quando este plano é utilizado como instrumento de controle, departamentalizando intenções e ações, não evi-denciando a busca da essencialldade das relações estabeleci-das entre estas ir.tenções e a prática pedagógica proposta.

Não estamos interessados em negar o valor da organi za-ção da disc.pllna em planos ou projetos, e sim interessados em propor nova organização, não tecnicista, mas, nem por isso menos científica, elaborada a partir de um saber mais popu-lar, propondo uma ação metodológica mais dialética e evi-denclando um projeto educacional que valorize uma prática pedagógica transformadora.

Segundo Lourdes, 1986, "a prática de modelos teóricos de programação, guia para a ação em sala de aula, envolvia uma postura científica idealista, e acabou dada a uma sér:e de variáveis, não atingindo a mudança qualitativa desejada no ensino superior. Os modelos de programação foram

desen-1\

80

Educação em Debate, Fort. (11) Ianeiro/Iunho: 1986

volvidos considerando-se um aluno médio padrão com habi-lidades e competências culturais bem diferentes do aluno da classe trabalhadora que hoje também freqüenta a universidade e que precisa aprender e organizar o conhecimento científico em nível de qualidade aceitável".

Tal afirmação indica a necessidade de uma nova atitude por parte do professor nas suas tentativas de relacionar a

sua

p

r

át

.

ca

pedagógica com os interesses populares.

Isso implica também em saber fazer estas relações, a partir da definição de princípios, da análise da natureza das experiências e sua relação com os conteúdos e, sobretudo, da consciência sobre a dimensão técnica, política e humana do ato de ensinar e aprender.

Concluímos que as diferentes fases da "Didática em Questão", que discute o estudo da prática pedagógica do pro-fessor na sua relação com a prática social, certamente trará elementos importantes para a reorganização da disciplina, no âmbito dos Cursos de Pedagogia e Licenciaturas das IES do Estado do Ceará.

(11)

tas que vão da preparação do plano ou programa ... ao

com-portamento do professor à sua postura enquanto pessoa, ao

f.'·, comoromlsso com a sociedade, ao material didático, às

relações que ocorrem em sala de aula, ao número e aos

di-ferentes ritmos de aprendizagem dos alunos".

Concordamos plenamente com Fusari e entendemos a

questão do planejamento do ensino como um processo

orga-nizacional da ação educativa do professor a partir de sua

in-tencionalidade educacional, orientando sua prática pedaqóqca

no contexto escola e sociedade. A prática de planejamento

não deve ser encarada de forma mecanicista e formalizada,

mas como instrumento que possibilita a leitura dos

propósi-tos, questões e ações que determinarão o estabelecimento

das relações na prática pedagógica do professor.

A análise realizada sobre os planos de Didática das IES

do Estado do Ceará propicia uma leitura da organização da

disciplina e evidencia que esta organização tem-se

fundamen-tado, na maioria das vezes, em uma concepção mecanicista e

neoposttivista. Desta forma o planejamento se apresenta como

"processo de preparação, execução e avaliação da ação com

fases estanques e distintas, condiciona a ação às decisões

to-madas previamente, determina os envolvidos no âmbito de

pIa-no em geral, trunca a compreensão do executor e

planejado-res propriamente ditos, e mede sem eficácia o grau de

apro-ximacão com a preparação" (Oly, 1984).

Na nossa percepção, a organização da disciplina

Didá-t'ca em planos de forma mecanicista

tem

comprometido o

ato educativo quando este plano é utilizado como instrumento

de controle, departamentalizando intenções e ações, não

evi-denciando a busca da essencialidade das relações

estabeleci-das entre estas ir.tenções e a prática pedagógica proposta.

Não estamos interessados em negar o valor da organi

za-ção da disc.plina em planos ou projetos, e sim interessados em

propor nova organização, não tecnicista, mas, nem por isso

menos científica, elaborada a partir de um saber mais

popu-lar, propondo uma ação metodológica mais dialética e

evl-denclando um projeto educacional que valorize uma prática

pedagógica transformadora.

Segundo Lourdes, 1986, "a prática de modelos teóricos

de programação, guia para a ação em sala de aula, envolvia

uma postura científica idealista, e acabou dada a uma sér:e

de variáveis, não atingindo a mudança qualitativa desejada

no ensino superior. Os modelos de programação foram

desen-80

Educação em Debate, Fort. (11) Ianeíro/Iunho: 1986

volvidos considerando-se um aluno médio padrão com

habi-lidades e competências culturais bem diferentes do aluno da

classe trabalhadora que hoje também freqüenta a universidade

e que precisa aprender e organizar o conhecimento científico

em nível de qualidade aceitável".

Tal afirmação indica a necessidade de uma nova atitude

por parte do professor nas suas tentativas de relacionar a

sua

p

r

á

t.

ca

pedagógica com os interesses populares.

Isso implica também em saber fazer estas relações, a

partir da definição de princípios. da análise da natureza das

experiências e sua relação com os conteúdos e, sobretudo,

da consciência sobre a dimensão técnica, política e humana

do ato de ensinar e aprender.

Concluímos que as diferentes fases da "Didática em

Questão", que discute o estudo da prática pedagógica do

pro-fessor na sua relação com a prática social, certamente trará

elementos importantes para a reorganização da disciplina, no

âmbito dos Cursos de Pedagogia e Licenciaturas das IES do

Estado do Ceará.

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