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Pastorado desejante

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Academic year: 2021

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Evaldo L. Pauly

Introdução

Estratégico na ig re ja é o R eino de Deus. Só m exem os com tática. Estratégia é a a rte m ilita r de p la n e ja r um a g u e rra ; tá tica é a a rte de dis­ por as tropas no c a m p o de b a ta lh a . Táticas são e vo lu çõ e s p a rcia is da es­ tra té g ia . Tática é in s tru m e n ta liz a ç ã o da e stra té g ia . Na ig re ja e na g u e r­ ra.

C o n fu n d ir e s tra té g ia com tá tica é um a heresia na fé . C o n fu n d i-la s na p o lític a , característica de to d o o p o rtu n is ta in g ê n u o ou sa fado. N ão te ­ nho, e te n h o ra iv a de q u e m te n h a , um a e s tra té g ia para a ig re ja . O Reino de Deus ou é de Deus ou é bobag ens. Ou é de Deus ou é p ro je ç ã o a lie - n ante. A c re d ito qu e um a das táticas do R eino de Deus possa ser a T eolo­ g ia da Libertação.

C om o pai de fa m ília , pastor de profissão, te n h o m uitas c o n tra d i­ ções com o je ito da so cie d a d e b ra s ile ira a n a rq u iz a r a p ro d u ç ã o c o le tiv a dos bens e riquezas sociais. Sei qu e a sua ra c io n a liz a ç ã o , a través do con­ tro le d e m o c rá tic o dos tra b a lh a d o re s , m e fa rá m ais rico. Tenho a té m o ti­ vos te o ló g ic o s contra essa so cie d a d e , mas te n h o interesses m u ito m ais egoistas para c o m b a tê -la . N ão te n h o n ada a p e rd e r, a não ser as c o rre n ­ tes...

Sei q u e a a b so lu ta m a io ria , a quase to ta lid a d e s dos p a ro q u ia n o s aos q uais sirvo, tem as m esm as c o n tra d içõ e s e os m esm os interesses. Tal­ vez m eus p a ro q u ia n o s sa ib a m usar a P aróquia para seus interesses sub­ jetivos. M as não sabem usá-la a in d a p a ra os seus interesses o b je tivo s. M in h a tá tica está em a p e rfe iç o a r a P aróquia no a te n d im e n to das

necessi-P rim e ira p a rte de u m a p a le stra p ro fe rid a na EST e m 2 3 /9 /8 7 . A seg u n d a p a rte e n titu la -s e "S u b m issã o Para a L ib e rd a d e : N o Rastro de L u te ro ."

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dades su b je tiva s, e in s tru m e n ta liz á -la p a ra a te n d e r as necessidades o b ­ jetivas. O u seja, eu q u e ro um a ra d ic a liz a ç ã o da pastoral de a te n d im e n ­ to! M in h a e s tra té g ia é a g u a rd a r o R eino de Deus. E nquanto e le está em gestação vou te n ta n d o a p rim o ra r o q u a rto o n d e o b e b ê será hosped ado. Sem m e e sq u e rce r q u e o n e n ê ve m , com ou sem q u a rto .

Um a tá tic a é a u m e n ta r a p a rtic ip a ç ã o dos le ig o s na c o n d u çã o e fe ­ tiv a d o m eu p astorado . Isto va i desde a disposição d o a lta r até a re fle x ã o da p rá tic a de alg u n s. Da o rg a n iz a ç ã o d o chá a té o a c o m p a n h a m e n to dos

le ig o s nas associações d e m oradores.

E um a a p lic a ç ã o d o a rtig o I o do c a p ítu lo I do R e g u la m e n to do M i­ n is té rio Pastoral: " O m in is té rio pastoral fu n d a m e n ta r-s e na in c u m b ê n c ia q u e a ig re ja re ce b e u d e seu S enhor de p re g a r sua P alavra e de a d m in is ­ tra r os S a cra m e n to s". C o m p le m e n ta -o , e n tre outros, o a rtig o 4 o: " . . . e m p e n h a n d o -s e p e la sa lva çã o e b e m -e sta r d o h o m e m ."

Eu só estou q u e re n d o c u m p rir o re g u la m e n to ! Q u e m não q u e r c u m p ri-lo é a s o cie d a d e b ra s ile ira . Ela re ce b e u d e Deus to d a sorte de b ênçãos m a te ria is e n ã o constrói o b e m -e sta r d o b ra s ile iro ! Q ue posso fa ­ zer a lé m d e e n fre n ta r essa s o cie d a d e p a ra p o d e r o b e d e c e r o R egula­ m ento?

O te x to q u e p ro d u zi te m o o b je tiv o de pensar a q uestão pessoal do pastor. Eu n ã o posso nem preciso m e ju s tific a r, pois sou um tã o g ra n d e p e c a d o r q u e só a cruz de Cristo m e p o d e ju s tific a r. Esta te m sido m in h a e s tra té g ia : a ju s tific a ç ã o p e la fé , o R eino qu e vem a u to m a tic a m e n te . A ju s tific a ç ã o p elas obras, a p a rc e la o rg a n iz a d a d o p o vo e a sua v a n g u a r­ da sabem fa z e r m uitíssim o m e lh o r q u e todos(as) te ó lo g o s(a s) e sgajad os(as) da A m é ric a Latina, graças a o bom Deus!

P ortanto g o sta ria de fa la r d a m in h a vocação. Por isso a re fle x ã o é a u to -b io g rá fic a . V ou a p re s e n ta r o qu e p u d e fa z e r de m e lh o r, na espe­ rança de q u e o te xto sirva p a ra c o n v id á -lo s a um a p ro fu n d a re fle x ã o so­ bre nós e po r nós m esmos.

Deus m e ilu m in e . A m é m .

1. O Fardo do Talar

Eu d e se jo ser pastor da e na IECLB. Neste te xto eu g o sta ria de d a r- m e conta deste m eu p ro fu n d o de se jo . Para esta re fle x ã o in c o rp o ro , assis- te m a tic a m e n te , três m étodos:

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1.2 A d ia lé tic a m arxista de pensar a re v e la ç ã o e c o n ô m ic a ; 1.3 A d ia lé tic a fre u d ia n a d e pensar a re v e la ç ã o da a lm a . Na re lig io s id a d e da fé de m in h a g e n te o qu e m arca o de se jo de a lg u é m ser pastor é o ta la r. M u ito m ais d o q u e a fo rm a ç ã o a c a d ê m ic a , m ais do q u e a fé pessoal, é o d ire ito de usar esta ro u p a e p e c ia l, ú nica e in c o n fu n d ív e l1.

Visto o fa rd o d o ta la r em fu n ç ã o d o m eu dese jo . Ele é s ím b o lo cris­ ta lin o de d e p e n d ê n c ia . Id e n tific o -m e co m o pastor p e la d e p e n d ê n c ia da c o m u n id a d e de fé e d e Deus. Pago im postos co m o o com um dos m ortais, mas sou pastor, d e p e n d o de Deus e de g e n te de fé . O ta la r é um d is tin ti­ vo: D istingue, m arca d ife re n ç a s . Para a c o m u n id a d e m arca a d ife re n ç a e n tre o cid a d ã o e o re p re s e n ta n te c o m u n itá rio d o sa ce rd ó cio g e ra l. Para Deus m arca a d ife re n ç a e n tre um m is e rá v e l p e c a d o r e o a ra u to da m e n ­ sagem s a lv ífic a . A c o m u n id a d e é sen h o ra do ta la r no m o m e n to em qu e re q u e r para si m esm a a p re g a ç ã o e os sacram entos. S acram entos e p re ­ ga çã o não d e p e n d e m de q u e m os a d m in is tra , são obras q u e n ã o p re c i­ sam de o b re iro s. O ta la r, p o rta n to , nã o é posse m in h a . Ele não tem v a lo r a lg u m , a n ã o ser q u e a lg u é m o vista na hora em q u e é re q u e rid o . Pouco im p o rta q u e m o vista: O ta la r a n u la o c o n te ú d o p e la fo rm a . Para re a liz a r o m eu d e se jo te n h o q u e su p o rta r a m in h a p ró p ria a n u la ç ã o ! Esse fa rd o é te rrív e l, mas é o fa rd o do m eu d e se jo ! M asoq u ism o ? N ão! O m asoquista p rocura so fre r a p a rtir de si m esm o e so fre com prazer. O m eu fa rd o eu so fro sem prazer.

A segund a d e p e n d ê n c ia do ta la r vem de Deus. Só posso usá-lo se eu e stive r sendo usado por Deus. Esta veste só reveste a q u e le q u e está sendo usado por Deus e em seu n o m e a g in d o : na p re g a ç ã o e nos sacra­ m entos. N o v a m e n te a m in h a id e n tid a d e é a n u la d a p e la de Deus. No e n ta n to , ta m b é m esta a n u la ç ã o d e v o su p o rta r em fid e lid a d e ao m eu d e ­ sejo. Só posso m in is tra r os sacram entos p o rq u e Deus m e p e rm ite . (Se me co m p a ra r com missa c a tó lic a , s in to -m e m u ito m ais c o ro in h a q u e sacerdo­ te. Sou antes assistente e o u v in te do q u e c e le b ra n te ). N ão há n e n h u m p o d e r pessoal para m im , e x a ta m e n te q u a n d o re a liz o o a to m ais p o d e ro ­ so d o p a sto ra d o : os sacram entos e a p re g a çã o . Sou a p e n a s " c o r o in h a " ,

1 — Talar no d ic io n á rio do MEC s ig n ific a : o pa r de asas nos pés d e M e rc ú rio , veste. C om o v e rb o é a açã o de a b rir valas na la v o u ra , d e s tru ir, assolar, d e va sta r. Coisas c o m p le ta m e n te opostas aos s ig n ific a d o s da re lig io s id a d e lu te ra n a .

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um a fig u ra d e c o ra tiv a . M e sm o assim le m b ro q u e d e c o ra ç ã o ru im estraga boa obra de e n g e n h a r ia !!!2

A p e sa r dessa d u p la d e p e n d ê n c ia e dessa d u p la a n u la ç ã o , o ta la r o fe re c e -m e um p o d e r d ia b ó lic o . Ele m e fa scin a — fa s c ín io e fascista têm a m esm a ra iz — m e te n ta , m e e n g a n a .

Ao vestir o talar , estou imbuído

de um poder, mas não sou esse poder. Estou mas não sou pastor!

Dese­

jo ser pastor, mas tão so m e n te posso estar pastor. Esta c o n tra d iç ã o m e traz e n o rm e s angústia s, fu n d a m e n ta lm e n te a de ser a p e n a s pessoa, e não um deus. A te n ta ç ã o de A d ã o fo i a fo g a d a em m eu ba tism o , mas o c a d á v e r a in d a te n ta v o lta r à to n a ...

D esejam os ser, mas na v e rd a d e só p o d e m o s estar sendo. O de se jo n ã o se sacia n u nca, precisa c o n tin u a r sem pre in s a tis fe ito . A p le n itu d e do d e s e jo , a sua re a liz a ç ã o ú ltim a é a m orte. Freud fo rm u lo u esta o b v ie d a ­ de com a pulsão de m o rte , com o a q u e la q u e d e fin e a pulsão de vid a . Se d e se jo ser pastor, posso a p e n a s c o n tin u a r e stando pastor. E o m eu fa rd o . Pesado, chato, quase irra c io n a l, mas é o fa rd o de estar a in d a v iv o com o d e se jo de ser pastor.

2. Desejar Palavra e Sacramentos

O p o d e r d o ta la r m e é d a d o sob d e te rm in a d a s condições. De m im pod e ser tira d o . A p e n a s o m eu de se jo nã o suporta este fa rd o . So posso su p o rtá -lo na m e d id a em q u e vou e n c o n tra n d o outros sujeitos d e se ja n - tes. E preciso buscá-los, co n q u istá -lo s, c a tiv á -lo s ... E co m o o de se jo do a m o r. So suportam os esse de se jo em nós, tra z e n d o -o para fo ra , o b je tiv a n d o -o , na lin g u a g e m p s ic a n a lític a , p e la fa la e p e la id e n tific a ç ã o do o b je to de a m o r. Ruscar o o b je to da re a liz a ç ã o de si m esm o é da n a tu ­ reza do de se jo . M e u de se jo , p o rta n to , de estar pastor não se re a liz a co­ m ig o m esm o. N ão posso ser pastor de m im m esm o.

V e jo duas cond içõ e s para a re a liz a ç ã o deste de se jo :

2.1 A c a p a c id a d e de su p o rta r o m eu p ró p rio de se jo e a sua cons­ ta n te insatisfação ;

2.2 A ca p a c id a d e de c o n q u is ta r outros sujeitos d e se ja n te s q u e se d is p o n h a m a re a liz a r seus desejos com as re a liza çõ e s do m eu.

2 — Um p a d re sup orta seu p a p e l, e sua v e s tim e n ta , com m ais tra n q ü ilid a d e , sua o rd e n a ç ã o na sucessão a p o s tó lic a lhe c o n fe re o d ire ito de a trib u ir p a ra si a id e n tid a d e d iv in a de transubs- ta n c ia r o p ã o e o vin h o , m in is tra r p o r Deus m e sm o os o u tros sacram en tos. Essa o rd e n a ç ã o n u n ­ ca p o d e re i re ce b e r. S erei a p e n a s o rd e n a d o nas o rdens eclesiá sticas da IECLB q u e n ã o têm a p re te n sã o d e su b s titu ir a açã o s a lv ífic a de Deus.

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O p o d e r d o ta la r vem de lugares qu e não c o n tro lo : Deus e a co m u ­ n id a d e de fé . Para re a liz a r m eu d e se jo te n h o qu e a c e ita r um p a p e l p o ­ deroso e e x e rc ê -lo . De um la d o , n e g a r tal p a p e l é n e g a r o m eu desejo. Por o u tro la d o , o p a p e l q u e e xe rço com o pastor não sou e u , mas o " e u " é p a rte in te g ra n te do p a p e l. Tenho q u e ser com o um bom ator. V iv e o seu p a p e l com p le n a consciência de ser a pena s p a p e l, mas com tal con­ vicçã o e p ro fu n d a id e n tific a ç ã o q u e já nã o é a pena s p a p e l, mas o p ró ­ p rio su je ito . A g e n te sabe q u e o a to r está e x e rc e n d o um p a p e l, mas se a g e n te p e rce b e isso n e le , to d a a a rte de re p re se n ta r se destrói. Se assum o o p a p e l com o se fosse o m eu p ró p rio d e se jo , m e to -m e n u m a ilusão d o e n tia . Se dissocio o p a p e l da m in h a v id a d e s e ja n te , n um a ilu sã o es­ q u iz o frê n ic a . Preciso constante e d e se sp e ra d a m e n te e n c o n tra r um e q u i­ líb rio im possível.

Posso d e s e ja r ser pastor, mas nunca p o d e re i ser o pastor qu e id e a ­ lizo. Se ch e g a r a sê-lo, serei um d o id o v a rrid o . Estarei c o n fu n d in d o a re a lid a d e com o m eu dese jo . A re a lid a d e é o c a m p o em qu e in c id e o m eu de se jo , mas nunca será o m eu de se jo . Só há v id a , p e lo qu e e n te n d o e e x p e rim e n to , e n q u a n to o d e se jo e stive r in s a tis fe ito , em opo siçã o ò re a lid a d e , em c o n flito p e rm a n e n te 3.

Por isso o m eu d e se jo de ser pastor precisa e n c o n tra r outros s u je i­ tos desejan tes: a c o m u n id a d e de fé e o p ró p rio Deus (A liás, o Deus da v i­ da, p o rta n to , do d e se jo ). O de se jo de Deus está d e lin e a d o na Palavra q u e é v iva , mas q u e m esm o assim só se to rn a d e se jo no de se jo de pes­ soas. O de se jo da c o m u n id a d e está nos desejos das pessoas qu e a sus­ te n ta m . A q uestão fu n d a m e n ta l, e stra té g ica se q u is e re m , é d e sco b rir o n ­ de este d e se jo da c o m u n id a d e se m a n ife sta . Penso qu e a c ria tiv id a d e pastoral d e ve e m p e n h a r-s e nessa descobe rta , e tal c ria tiv id a d e se asse­ m e lh a p s ica n a lítica . O d e se jo se m a n ife s ta , e s p e c ia lm e n te , p e la d e n e ­ gação. Um a espécie de n e g a çã o no c a m p o da a lm a h u m a n a . E bom le m ­ brar qu e " T r ie b " (pu lsã o ) tra d u ziu -se ao in g lê s e p o rtu g u ê s com " in s tin ­ to " . " S e e le " (a lm a ) fo i tra d u z id o p o r " m e n te " . D igo isso p a ra q u e nos a le rte m o s: q u a n d o fa lo de psica n á lise não fa lo de d e fo rm a ç ã o a m e ric a ­ na, nem da p sic o lo g ia do eu. Freud quis c u id a r da a lm a , e nunca da m ente. Freud fa la em "S e e ls o rg e r" com o a profissão dos cham ados psi­ canalistas. C onsidero a psica n á lise um a das fo rm a s a d e q u a d a s para o u ­ virm os a a lm a da c o m u n id a d e . Ou seja, os desejos da c o m u n id a d e não

3 — A d m ito s in c e ra m e n te q u e o u tros co le g a s possam d iz e r q u e são pastores c o n fo rm e sua id e a liz a - ção. Eu não posso a d m iti-lo p a ra m im sob p e n a de p e rd e r a v in c u la ç ã o com a m in h a re a lid a ­ de , o q u e m e fa r ia um e s q u iz o frê n ic o d ia n te de m im m esm o.

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estão expressos, mas precisam ser a n a lisa d o s, descobertos. A g e n te p re ­ cisa a u scu lta r, sentir. Os desejos só vê m à luz p e la in te rp re ta ç ã o qu e vem de d e n tro da p ró p ria fa la do a n a lis a n d o , mas q u e e le p e rce b e co m o a lg o de fo ra . Freud d e sco b riu a liv re associação, os lapsos, os sonhos, as tra n sfe rê n cia s, co m o chaves fo rn e c id a s p e lo a n a lis a n d o para a b rir as ja ­ nelas d o q u a rto escuro da sua a lm a .

Para p o d e r vestir m eu ta la r preciso buscar h a rm o n iz a r m eu desejo com os d ife re n te s desejos de outros suje ito s de desejos. Isso é te o c rá tic o p o rq u e é Deus q u e m se to rn a p a rc e iro de d e s e jo ; d e m o c rá tic o p o rq u e es­ tá na c o m u n id a d e de fé q u e d e se ja o rg a n iza r-se co m o ta l. Só insisto em d iz e r q u e n ã o a c e ito de m o d o a lg u m q u e a lg u é m se a rv o re no d ire ito de saber o q u e a c o m u n id a d e d e se ja . C o nsidero um a p ro fu n d a a rb itra rie d a ­ de d e fin ir os desejos dos outros, sem q u e se possa o u v i-lo s p ro fu n d a e si- le n c io n a m e n te , com o na a n á lis e . D izer o q u e os outros d e se ja m é a d e fi­ n iç ã o m ais sin té tica de d ita d u ra .

A lé m d e o u v ir os desejos e scondid os da c o m u n id a d e , preciso o u ­ v ir dos desejos de Deus: os sacram entos e a P alavra. E a c o n d iç ã o ú nica e s u fic ie n te do p a p e l p a sto ra l. A c e ita r no s e n tid o de re co n h e ce r no passi­ vo, de constatar b o q u ia b e rto , de ve r a p e sa r de n ã o q u e re r. A fé tem qu e nos g a n h a r. O resto é a cré scim o p o ste rio r. Fundante é a fé , o resto d e ta ­ lhes técnicos. Essa a c e ita ç ã o passiva e x ig e e a o m esm o te m p o p e rm ite a fé .

E uma exigência da fé,

p o rq u e m in is tra r sacram entos e p re g a r, sem c o lo ca r nisto o m ais p ro fu n d o e in e x p lic á v e l d e se jo , a m ais ab su rd a fé , é v io le n ta r-s e 4.

Sacram entos e Palavra permitem a fé,

p o rq u e nã o há na fé cristã o u tra fo rm a de a d q u iri-la . Para nós, Deus só fa z s e n tid o a p e n a s e e x c lu s iv a m e n te com o o

Revelatus.

R evela-se, em sua im ensa b o n d a d e , ap e n a s e por tais m eios. A d m itir outras fo n te s de re v e la ç ã o , p e lo qu e e n ­ te n d o da B íblia, é id o la tria . A té sim p á tic a , mas id o la tria . E ilusão (Freud: Futuro de um a Ilusão). E id e o lo g ia (M a rx: A Id e o lo g ia A le m ã ). Só co n h e ­ cem os o re v e la d o e m ais n a d a . D esejar o d e sco n h e cid o é im possível.

D izendo curto e b re ve : E im possível para m im a c e ita r e assum ir o p a sto ra d o lu te ra n o sem te r fé , sem d e s e já -lo com a m ais p ro fu n d a e a b ­ surda fé. Sem fé não d e s e jo o pastorado .

2.3 O pastor e a e q u ilib ris ta . E q u ilíb rio é a situação de q u e m sabe q u e pod e cair. A d ife re n ç a e n tre o su je ito e q u ilib ra d o e o d ito louco é

qu e o p rim e iro sabe da sua lo u cu ra , A e q u ilib ris ta , com o na m úsica de

4 — Se nã o te n h o fé nã o posso d e s e ja r sacram en tos e P alavra, pois seria re p rim ir v io le n ta m e n te m e u d e se jo de ig n o rá -lo s . N ão é v io le n ta r a P alavra e os sacram en tos co m o na m o ra l c a tó lic a , é v io le n ta r a m im e aos q u e m e são p ró x im o s na fé.

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João Bosco, se m a n té m p e lo m e d o da q u e d a . Busca p e lo e q u ilíb rio cons­ ta n te m e n te a m e a ç a d o p e la q u e d a . Seu e q u ilíb rio é o espaço e n tre dois d e s e q u ilíb rio s m u ito p ró xim o s um d o o u tro . Assum o m eu p a sto ra d o co­ m o e q u ilib ris ta . Procuro e x e rc e r m eu p a p e l com p le n a consciência de q u e é a p e n a s p a p e l, mas com a fé e o d e se jo de q u e o p a p e l é a m in h a v id a ... Posso estar pastor a p e n a s no espaço e n tre d e s e q u ilíb rio s . Se m e p a ro posso cair. Se do u um passo a d ia n te , vou m e c o lo c a r em n o vo dese­ q u ilíb rio . O risco e a in q u ie ta ç ã o são constantes. N o e n ta n to , o m e d o de a n d a r cada passo é o p ró p rio de se jo de cair. O m o to r da h istó ria é a con­ tra d iç ã o . O m o to r da v id a é a pulsão de m o rte 5.

Esta é a m in h a fé , e d e scu lp e m a fra n q u e z a . Tão d é b il q u e iria d e stro çá -la se a quisesse m o ld a r com m in h a s m ãos. Tão fra c a q u e não posso d e fe n d ê -la , e é e la q u e m m e d e fe n d e e sustém co m o crente. Tão va g a qu e não posso m o strá -la , e la é q u e m m e e xp õ e a m im m esm o. Tão fu g id ia q u e não a posso p re n d e r, e la é q u e m m e p re n d e . Fé é a q u ilo que eu m enos c o n tro lo em m in h a v id a , mas é o qu e c o n tro la , na p ro fu n d id a ­ de, a m in h a p ró p ria v id a . M eus desejos consigo e lu c id á -lo s p e la a u to a - n á lise ou num d iv ã . Fé, não! T illich disse tu d o o q u e se p o d e d iz e r da fé : E a q u ilo qu e m e toca in c o n d ic io n a lm e n te . Para tu d o e xiste m condições, para a e xistê n cia , para o so cia l, para a te o lo g ia . No e n ta n to , condiçõe s da fé são sacram entos e P alavra q u e , por absu rd o , são a p ró p ria fé .

A fé

é a condição de si m esm a6.

3. Ser Sujeito do Pastorado

Ter fé é quase a n á lo g o , m e io p a re c id o , com

ser sujeito.

S u je ito é q u e m se to rn a a g e n te da ação de s u je ita r. E o a g e n te a tiv o de s u je ita r a l­ g u é m ou a lg u m a coisa, e ao m esm o e m isterioso te m p o , o a g e n te passi­ vo de su je ita r-se a si m esm o. Para a fé se to rn a s u je ito q u e m se s u je ita à re v e la ç ã o , com isso to rn a -se su je ito da a çã o de crer. Para a p sica n á lise só é su je ito da a n á lis e q u e m se su je ita a o seu in co n scie n te , sendo assim capaz de s u je itá -lo . Para a p e d a g o g ia de Freire só é s u je ito q u e m se

sub-5 — S eria ó tim o 1er "P a ra A lé m d o P rincíp io d e P ra ze r'', de Freud, e s p e c ia lm e n te p a ra os s im p a ti­ zantes de Frankl.

6 — Se a c o n d iç ã o da fé é a con ve rsã o , ou a tra d iç ã o , ou a re v o lu ç ã o , e n tã o nã o e xiste fé , m as p u ­ ra e d e s la v a d a ilu sã o . C onve rsão é n e cessidad e da fé . T radição id e m . R e volu ção id e m .

(8)

m ente a um a "s itu a ç ã o g n o s io ló g ic a " q u e é a re la ç ã o p e la fa la e n tre su­ je ito s, m e d ia tiz a d o s p e lo " o b je to c o g n o s c ív e l" (P e d a g o g ia do O p rim id o ). Para os m arxistas, su je ito é q u e m , s u je ita n d o -se às co ndiçõe s n a tu ra is, as tra n s fo rm a p e lo tra b a lh o . "É p re cisa m e n te a a lte ra ç ã o da n a tu re za p elos hom ens e não a n a tu re za e n q u a n to ta l, q u e constitui a base m ais essencial e im e d ia ta do p e n sa m e n to h u m a n o " (D ia lé tic a da N a tu re za , Engels).

P arece-m e fu n d a m e n ta l q u e q u e m assum e a lib e rd a d e , a assum a co m o fa lta . L iberdad e é o qu e nos fa lta . L iberdad e nos fa lta rá até a co n ­ sum ação dos séculos. E xatam ente a fa lta de lib e rd a d e d e fin e lib e rd a d e , a busca po r e la (N ã o sou liv re de Deus, e isto m e lib e rta ). A op çã o da li­ b e rd a d e é a im p o siçã o da fa lta . Preciso s u je ita r-m e às m inhas lim ita çõ e s e às do m eu m e io social. A fa lta é fu n d a m e n ta l no m é to d o p sica n a lítico . Na visão la c a n ia n a só q u e m passa, ou é passado, p e la castração s im b ó li­ ca, p e la fa lta s im b ó lic a , p o d e ser in se rid o e inserir-se na c u ltu ra 7. A fa le é expressão in e q u ív o c a da fa lta . A fa la traz para a re a lid a d e o q u e aí nã o está. A fa la é q u e nos fa z pessoas únicas. Seria um d e s a fio para a nossa te o lo g ia re fle tir sobre o c o m p le x o de Edipo (a castração s im b ó lic a ) e a d e s ig n a ç ã o de " m ã e " para a ig re ja . O u, e s p e c ific a n d o um e x e m p lo , o sa ce rd ó cio c e lib a tá rio dos rom a n o s e a sua re la ç ã o com a Santa M a ­ d re ...

N o p a sto ra d o só existe lib e rd a d e co m o fa lta . A lib e rd a d e está no s u je ito qu e — ao s u je ita r-se a o seu d e se jo de ser pastor — assum e o pas­ to ra d o liv re m e n te . S u b m e ti-m e às regras da profissão: o R e g u la m e n to do M in is té rio Pastoral da IECLB. S u b m e ti-m e em lib e rd a d e . D entro destas re ­ gras jo g o m eu d e s e jo e busco s u je itá -la s , as lim ita çõ e s. S into-m e s u je ito liv re no p a sto ra d o na m e d id a em qu e m e su je ito a e le e na m e d id a em qu e p ro cu ro s u je itá -lo a o qu e penso e te n h o fé . Este processo p e rm a n e n ­ te causa m u ita a n g ú s tia e s o frim e n to e x tre m a m e n te saudáve is. U sando a lin g u a g e m da fé , s ig n ific a assum ir a p ró p ria cruz, a cruz de ser pastor. Existe m u ita d e m a g o g ia b a ra ta e s e m -v e rg o n h a sobre c a rre g a r a cruz dos outros, dos pobres em e sp e cia l. No fu n d o , quase sem pre, esse d is­ curso e n co b re a fa lta de c a rre g a r a p ró p ria cruz. Serve para m ascarar a fa lta de com p ro m isso com a p ró p ria cruz.

7 — Essa e la b o ra ç ã o te ó ric a é fru to da re to m a d a dos textos de Freud e m p re e n d id a po r Lacan. Estou m e in tro d u z in d o nesta c o m p re e n sã o . P ercebo a lg u m a s re la çõ e s, mas nã o sei fu n d a m e n tá -la s . Lacan, po r sua vez, re to m a a le itu ra fre u d ia n a com as concepções e s tru tu ra lista s de Saussure. Lem bro q u e F e rna ndo B elo, e to d a a c o rre n te da le itu ra m a te ria lis ta (da B íb lia ) b e b e neste po­ ço. O e s tru tu ra lis m o p a ra m im é o u tro ca m p o em q u e n ã o tem os tan tos e x p lo ra d o re s .

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A v e rd a d e ira segurança do p a storado é a in s e g u ra n ç a 8. Q u a n d o a m in h a p rá tic a pastoral m e tra n sm ite sensações de se g u ra n ça , na v e rd a ­ de está m e ilu d in d o . N ão posso m a n ip u la r o Espírito. Ou não te n h o m ais fé , e sim ilusão, p a ra Freud; e sim id e o lo g ia , para M a rx ; e sim o d ia b o , para Lutero. Eu de se jo a pena s v iv e r da fé . N ão posso m e e n tre g a r à ilu ­ são de p o d e r b rig a r p e la ú nica ve rd a d e . N ão posso m e e n g a n a r com a id e o lo g ia q u e te n h a e x p lica çõ e s lógicas ou não para o ru m o das coisas. N ão posso ceder à te n ta ç ã o de q u e re r te r nas m ãos as certezas necessá­ rias e suficientes. Estas sensações não são re v e la ç ã o do Deus A b s o lu to , o nosso m ais p ro fu n d o avesso, o c o m p le m e n to fo ra de nós. Essas sensa­ ções a pena s re v e la m o íd o lo re la tiv o e passage iro , a id o la tria , o lo b o vestido de co rd e iro .

Na vid a pastoral lu te ra n a a única certeza de fé é a sua e x te rio ri­ d a d e : Ou vem de fo ra ou é ilusão. Por isso m e sinto fe liz por p o d e r vestir o ta la r. Ele m ostra para m im e para os q u e m e vê e m a lg o e x te rn o do n o r­ m a l, fo ra do o rd in á rio . Indica para a lé m de m im e m e liv ra de ser o ú nico responsável p e lo qu e te n h o a d iz e r e a o u v ir. O ta la r m e d e fe n d e de m im m esm o!

A fé verdadeira vem de fora, apesar de e contra nós.

N o pasto­ ra d o , q u a n d o te n h o v e rd a d e s nas m ãos, te n h o -a s p o rq u e Deus as a li co­ locou. N ão são obras m inhas, apesar de o p e ra re m a tra vé s de m im . N ão dá para ser pastor sem te r v e rd a d e s nas m ãos, m u ito m enos sem d e se ja r ser p o rta d o r de verdades. A p e n a s é necessário q u e eu a c e ite a v e rd a d e qu e a n u n c io com o posse re la tiv a , e não p e rm a n e n te . A p e rm a n ê n c ia da v e rd a d e está d e fin itiv a m e n te nas m ãos de Deus. E q u e p o r lá fiq u e , pois está em m u ito boas mãos. A p re n d e r a te r a v e rd a d e sem te r a v e rd a d e , é um a arte te o ló g ic a . Pastor só tem o q u e re ce b e e a p e n a s o fe re c e o que g a n h o u 9.

Em síntese, só posso ser su je ito do m eu p a sto ra d o se este p a sto ra ­ do e stive r sendo s u je ita d o por Deus. Um Deus m u ito esp e cífico e c o n c re ­ to: O q u e se re v e la tã o so m e n te

pela Bíblia.

Na fo rm a de p a la v ra e s ta b e ­ le cid a p e la tra d iç ã o e fa la d a d e n o vo

pela com unidade

re u n id a p e lo e com o Espírito Santo. Q u e m q u ise r ser s u je ito liv re do seu p astorado , sujeite-se a Deus e à c o m u n id a d e . Subm issão para a lib e rd a d e !

8 — Eu nã o gosto de in se g u ra n ça , mas esta é a c o n d iç ã o de q u e m está v iv o : a certeza da m o rte ! 9 — E vidente qu e e xiste m pa stora is qu e se ju lg a m do nas da v e rd a d e . A c e ito o seu d ire ito à e xis­ tê n cia . A p e n a s não posso s u b m e te r-m e a elas. Sei q u e elas d ã o a se g uran ça q u e nã o te n h o , mas não é isso q u e q u e ro , e m b o ra a d o re a segurança.

— R ecom endo a le itu ra de "F re u d e a A lm a H u m a n a ", de B runo B e tte lh e im .

— Para as esparsas re fe rê n c ia s p o lítica s v a li-m e de le itu ra s de E M a n d e i e M . Loew y, " M a r ­ xistas na T radição T ro tsq u ista ".

(10)

A m in h a proposta de p a sto ra d o in c lu i n e ce ssa ria m e n te a a u to c ríti­ ca co m o c o n d iç ã o d a crítica. Exige q u e m e in c lu a p rim e iro co m o assisten­ te do s a cra m e n to para p o d e r m in is trá -lo c o rre ta m e n te . P rim e iro só posso ser o u v in te , para p o d e r p re g a r. Sou a p e n a s um p e ca d o r a n u n c ia n d o o p e c a d o dos outros e da so cie d a d e q u e se m a n té m ta m b é m p e lo m eu es­ fo rç o . A p o n te i para a d im e n s ã o do de se jo , fiz d e le o n o rte da m in h a p ro ­ posta. F in a lizo d iz e n d o qu e d e se jo é p ecado . Pois todos carecem os da g ló ria de Deus.

4. Teses sobre Táticas Pastorais

4.1 — O pastor q u e q u e r ser c o n scie n tiza d o r te m qu e ser p rim e iro pastor. Só p o d e p ro p o r o m ais q u e m pod e m ostrar q u e sabe o menos. Pastor q u e q u e r um p a sto ra d o a lte rn a tiv o p o rq u e nã o gosta d e tra d ic io ­ nal é um tre m e n d o opressor. Q u e r o p riv ilé g io de só fa z e r o q u e lhe dá prazer. Esse p riv ilé g io é da m in o ria opressora.

4.2 — A co n scie n tiza çã o se fa z por m ediações. As do pastor são os sacram entos, a P alavra. Sem elas não há pastorado .

4.3 — Educação se fa z em d iá lo g o . Isso pressupõe p a rce iro s d ife ­ rentes, saberes d ife re n te s . Só a d m ite d ife re n ç a s q u e m assum e a sua p a r­ c ia lid a d e e n e la se id e n tific a . A te o lo g ia da lib e rta ç ã o tem q u e ser hu­ m ild e e co n te n ta r-se com o p a rc ia l. N ão som os m arxistas, não som os p o ­ líticos, não som os v a n g u a rd a . Somos crentes apenas.

4.4 — Os in stru m e n to s co n scie n tiza d o re s da ig re ja d e v e m ser co­ locados nas m ãos d o p o vo o rg a n iz a d o , e não nas m ãos de pastores. Essa tese é sim ples de re so lve r: Dêem Us$ 1,000. — nas m ãos do p o vo o rg a n i­ zado e outros m il nas m ãos de um pastor. M a n d e m qu e usem para a luta p o p u la r. V e ja m o re su lta d o d e p o is de 6 meses.

4.5 — Nosso p a p e l é c o lo ca r a pastoral a serviço. C o rre n d o o risco de serm os co lo ca d o s nas sacristias para qu e o p o vo d o m in e a praça.

4.6 — A le itu ra p o p u la r da B íb lia precisa ser o u v id a . Com a p ro ­ fu n d id a d e d o o u v id o p s ica n a lítico . O p o vo fa la pouco e sua fa la é v a lio ­ sa dem ais.

4.7 — O qu e m uda a cabeça é a p rá tic a das m ãos re fle tid a p e la cabeça. A cabeça só m u d a p e la co m p re e n sã o da p rá tica das mãos. Práti­ ca p e la p rá tica é ju s tific a ç ã o po r obras, um e rro p o lític o fa ta l.

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4 .8 — E v a n g e liz a ç ã o n ã o é c o n s c ie n t iz a ç ã o . P a ra co n scie n tiza re m -se basta qu e as pessoas passem fo m e , sejam e x p lo ra ­ das e te n te m se liv ra r destes d e sco n fo rto s p o litic a m e n te . Basta, e n fim , o bo m e c ria tiv o e goísm o. E va n g e liza çã o p a rte d o a m o r d e Deus p elas c ria ­ turas. O p o vo luta po r e g o ísm o , e Deus o g u a rd e . M as a e v a n g e liz a ç ã o ve m d o a m o r. E d ife re n te !

4.9 — Pobre o rg a n iz a d o e fa la n d o na ig re ja co n ve n ce e conquista sim patias. Serm ões p o litiz a d o s p o d e m custar a dem issão d o pastor. V a ­ m os p e rm itir q u e o p o b re o rg a n iz a d o e b a tiz a d o fa le m ais na ig re ja .

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