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Análise do sistema de iluminação pública: estudo de caso na cidade de Ijuí/RS

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(1)

GRANDE DO SUL - UNIJUI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: ESTUDO DE

CASO NA CIDADE DE IJUÍ/RS

Mateus Eichkoff Moraski

Ijuí – RS

2018

(2)

MATEUS EICHKOFF MORASKI

ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: ESTUDO DE

CASO NA CIDADE DE IJUÍ/RS

Trabalho de Conclusão de Curso como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Eletricista do curso de Engenharia Elétrica do Departamento de Ciências Exatas e Engenharias da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Profª. Me. Caroline Daiane Radüns

Ijuí – RS

2018

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DCEEng – Departamento de Ciências Exatas e Engenharias

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: ESTUDO DE

CASO NA CIDADE DE IJUÍ/RS

Elaborado por

MATEUS EICHKOFF MORASKI

Como requisito parcial para a obtenção do título de

Engenheiro Eletricista

COMISSÃO EXAMINADORA:

____________________________________________________________ Orientadora: Profª. Ma. Caroline Daiane Radüns- DCEEng/UNIJUÍ

____________________________________________________________ Banca: Prof. Me. Sandro Alberto Bock - DCEEng/UNIJUÍ

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AGRADECIMENTOS

À Deus pelo dom da vida, pela força e coragem em persistir na realização deste sonho.

A minha Família, meu pai Ari, minha mãe Sueli e minha irmã Tatiane, pela confiança, amor, carinho, apoio e a compreensão das horas que não pude estar presente em casa.

A minha namorada Caroline, companheira de caminhada, agradeço pelos incentivos, paciência, compreensão, amor, carinho e atenção.

Aos Professores que participaram da minha formação profissional. Em especial a minha orientadora Profª. Ma. Caroline Daiane Radüns pela orientação, correções e incentivos durante a construção deste trabalho.

Aos amigos, colegas de trabalho (GISSE), aos que há muito tempo não vejo, qυе fizeram parte da minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida.

A todos que de alguma forma participaram da minha graduação, o meu muito obrigado.

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RESUMO

O setor de iluminação pública possui um consumo pequeno comparado ao consumo total de energia. A qualidade do sistema de iluminação pública em sua maioria não segue os requisitos exigidos pelas normas que regem a iluminação pública. Onde para saber como está a qualidade do sistema de iluminação pública em uma região da cidade de Ijuí, realizou-se este trabalho. Para realizar este estudo criou-se uma metodologia que está dividida em quatro etapas, na primeira consta o estudo realizado sobre iluminação pública, na segunda etapa é apresentada a elaboração e aplicação do check list, a terceira etapa é composta pela elaboração e aplicação de um questionário de satisfação do usuário do sistema de iluminação pública. A última etapa conta com os resultados obtidos e comprova que a qualidade da iluminação pública da rua que foi analisada, não atende aos requisitos mínimos exigidos perante a norma regulamentadora.

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ABSTRACT

The public lighting sector has a small consumption compared to the total energy consumption. The quality of the public lighting system mostly does not follow the requirements required by the standards governing public lighting. Where to know the quality of the public lighting system in a region of the city of Ijuí, this work was carried out. In order to carry out this study, a methodology was created that is divided into four stages, the first one is the study on public lighting, the second stage is the elaboration and application of the check list, the third stage is composed by the elaboration and application of a satisfaction questionnaire of the public lighting system. The last stage counts on the results obtained and proves that the quality of street lighting that was analyzed does not meet the minimum requirements required by the regulatory standard.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Consumo de energia elétrica pelo setor de iluminação pública no Brasil

(GWh) ... 22

Figura 2 - Consumo do setor de iluminação pública por região ... 22

Figura 3 – Componentes do sistema de iluminação pública ... 23

Figura 4 - Lâmpada vapor de mercúrio ... 24

Figura 5 - Lâmpada vapor de sódio de alta pressão ... 25

Figura 6 – Diagrama em isocandela ... 28

Figura 7 - Método de cálculo de compatibilidade com a arborização ... 33

Figura 8 - Malha para verificação detalhada ... 35

Figura 9 - Tipos de dispersão luminosa ... 37

Figura 10 - Metodologia Proposta ... 39

Figura 11 - Quadro da malha de pontos ... 44

Figura 12 - Localização da Rua ... 47

Figura 13 - Localização dos trechos ... 47

Figura 14 - Percentagem de pessoas ... 50

Figura 15 - Faixa etária ... 51

Figura 16 - Percentagem de pessoas que já solicitaram manutenção ou realizaram reclamação do sistema de iluminação pública ... 51

Figura 17 - Resultado do quarto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 52

Figura 18 - Resultado do quinto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 52

Figura 19 - Resultado do sexto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 53

Figura 20 - Resultado do sétimo questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 53

21 - Resultado do oitavo questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 54

Figura 22 - Resultado do nono questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 54

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Figura 23 - Resultado do décimo questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública ... 55 Figura 24 – Resultado das notas dadas pelos usuários referente ao sistema de iluminação pública analisado ... 55 Figura 25 - Resultado das notas dadas ao serviço prestado no sistema de iluminação pública da rua analisada ... 56

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Dados iniciais do check list ... 40

Quadro 2 - Descrição e classificação da via... 41

Quadro 3 - Condições dos materiais, tempo e arborização ... 42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tráfego motorizado ... 26

Tabela 2 – Tráfego de pedestres ... 27

Tabela 3 – Classes de iluminação para veículos ... 30

Tabela 4 – Iluminância média mínima e uniformidade para fluxo de veículos ... 31

Tabela 5 – Classes de iluminação para pedestres ... 31

Tabela 6 – Iluminância média mínima e uniformidade para fluxo de pedestres ... 32

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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ABRASI - Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Iluminação Urbana. AM – Altura de montagem

ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica. CEB – Companhia Energética de Brasília

DEMEI – Departamento Municipal de Energia de Ijuí. Eméd. – Iluminância média.

Eméd.min – Iluminância média mínima. Emin. - Iluminância mínima.

EPE – Empresa de Pesquisa Energética. GWh – Gigawatt hora.

h – Hora.

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. KW – Kilowatt.

LED - Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz).

LI – Lado inferior.

LLV – Linhas Longitudinais da via.

LNA – Laboratório Nacional de Astrofísica. LS – Lado superior.

LTI – Linhas transversais da via. m – Metro.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14 1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ... 15 1.2 JUSTIFICATIVA ... 16 1.3 OBJETIVOS ... 17 1.3.1 Objetivo geral ... 17 1.3.2 Objetivos específicos ... 17 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 17 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 19

2.1 HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA ... 19

2.2 ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM IJUÍ/RS ... 20

2.3 DADOS DO CONSUMO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA ... 21

2.4 COMPONENTES DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ... 23

2.5 NBR 5101 E SEUS PROCEDIMENTOS ... 26

2.5.1 Vias ... 26

2.5.2 Distribuição das Intensidades Luminosas ... 27

2.5.3 Requesitos de Iluminância e uniformidade ... 28

2.5.4 Compatibilidade com a arborização ... 32

2.5.5 Projeto, Manutenção e Inspeção ... 33

2.6 IMPACTOS DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA ... 36

2.6.1 Iluminação Pública e a Segurança ... 36

2.6.2 Poluição Luminosa... 37

3 METODOLOGIA ... 39

3.1 ELABORAÇÃO DO CHECK LIST ... 40

3.2 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO ... 45

3.3 LOCALIZAÇÃO DA RUA E DOS TRECHOS ... 46

(14)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 57

5.1 CONCLUSÕES ... 57

5.2 SUGESTÔES DE TRABALHOS FUTUROS ... 58

REFERÊNCIAS ... 59

APÊNDICE A - CHECK LIST ... 62

APÊNDICE B – RESULTADOS DOS TRECHOS ... 64

(15)

1 INTRODUÇÃO

A iluminação pública tem por definição, segundo artigo 2 da Resolução Normativa 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (ANEEL, 2010), como serviço público que tem por objetivo exclusivo prover de claridade os logradouros públicos, de forma periódica e contínua no período da noite.

A iluminação pública de avenidas, ruas, calçadas, monumentos históricos, praças públicas entre outros, é um serviço indispensável. Por proporcionar uma visibilidade no trafego de pedestres e dos veículos, também contribui para a segurança no período da noite e ainda valoriza monumentos históricos (ABRASI, 2014).

Para se ter uma compreensão mais ampla, o inciso VI da Resolução Normativa 414/2010, versa sobre a Iluminação Pública e define a abrangência do fornecimento de energia elétrica:

Fornecimento para iluminação de ruas, praças, avenidas, túneis, passagens subterrâneas, jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de transportes coletivos, e outros logradouros de domínio público, de uso comum e livre acesso, de responsabilidade de pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou autorização, incluído o fornecimento destinado à iluminação de monumentos, fachadas, fontes luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou ambiental, localizadas em áreas públicas e definidas por meio de legislação específica, excluído o fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade (ANEEL, 2010).

Segundo o artigo 30, inciso V da Constituição de 1998 (BRASIL, 1988), a organização e prestação de serviços públicos de interesse local, pertence ao município. Desta maneira, cabe ao Poder Público Municipal a responsabilidade do serviço de iluminação pública. No entanto, em vários estados esta responsabilidade era direcionada para as distribuidoras de energia, o que facilitava aos municípios pequenos que não possuíam estruturas na parte técnica para o desenvolvimento das atividades.

Para não haver mais essa troca de responsabilidades a ANEEL publicou a Resolução Normativa n° 414/2010 (ANEEL, 2010), na qual se estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica de forma atualizada e consolidada. Nesta Resolução consta que se torna exclusivo ao Poder Público, a

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competência sobre o serviço de iluminação pública, conforme mencionado na Seção X Da Iluminação Pública:

Art. 21. A elaboração de projeto, a implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública são de responsabilidade do ente municipal ou de quem tenha recebido deste a delegação para prestar tais serviços (ANEEL, 2010).

Porém, houve uma demora para cumprir esta normativa, sendo necessário a publicação da Resolução Normativa Nº 479/2012 (ANEEL, 2012), de 3 de Abril de 2012, desta forma estipulando um prazo máximo para o cumprimento. Na qual se faz alterações do artigo 218 da Resolução Normativa 414, estabelecendo que a distribuidora deveria transferir o sistema de iluminação pública, registrado como Ativo Imobilizado em Serviço – AIS, à pessoa jurídica de direito público competente e observando o prazo limite de 31 de dezembro de 2014.

Em dezembro de 2013 a ANEEL faz mais uma alteração no artigo 218, e publica a Resolução Normativa Nº 587/2013 (ANEEL, 2013), estabelecendo que até 1º de março de 2015 deve ser encaminhado à ANEEL o relatório final de transferência dos ativos, por município. Desta forma, a partir de 2015, passou a vigorar no país a resolução na qual determinava que as distribuidoras de energia elétrica deveriam transferir os ativos de iluminação pública (luminárias, lâmpadas, relés e reatores) às prefeituras.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

Segundo Santana (2010), a iluminação pública possui uma gestão deficiente em seu setor. Por consequência desta gestão, pode apresentar elevado desperdício de energia elétrica causado na maioria das vezes, pela utilização de equipamentos inadequados.

O consumo de energia do setor de iluminação pública não recebe a atenção necessária, por representar uma parcela praticamente insignificante, comparado ao valor total consumido pelo país. Sem essa atenção, o sistema de iluminação pública possui um potencial pouco explorado na parte de economia de custos investidos e também na quantia de energia consumida.

O município possui o controle da gestão dos serviços de iluminação pública, o que representa um agravante desta problemática, pois para se ter um bom

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desempenho, é necessário que pessoas com qualificação possam assumir este setor, mas não é que ocorre na maioria dos municípios. Geralmente, os municípios não possuem em seu quadro de servidores, técnicos que possuem conhecimento para realizar a gestão do sistema de iluminação pública.

Por fim, se tem o consumidor, o qual usufrui do resultado obtido através da parceria entre concessionário e município. É o consumidor que utiliza as vias iluminadas no período da noite, tanto para deslocamento, quanto para atividades físicas. Sendo que cabe ao consumidor o interesse na melhoria da qualidade do serviço, pois a partir dele que se paga os custos do sistema de iluminação pública, por meio da contribuição incluída na tarifa de energia.

Desta forma, a principal questão a ser respondida neste trabalho é: O sistema

de iluminação pública se enquadra nos requisitos mínimos exigidos nas normas e leis?

1.2 JUSTIFICATIVA

Um sistema de iluminação pública possui a função de prover luz para locais de acesso público no período da noite ou em períodos diurnos caso necessário, contendo como objetivo principal oportunizar visibilidade para a segurança do tráfego de veículos e pedestres, de forma rápida, precisa e confortável (ABNT, 2012).

Os projetos de iluminação pública devem atender aos requisitos específicos do usuário, oferecendo benefícios econômicos e sociais para os cidadãos, assim contribuindo para a redução de acidentes no tráfego noturno, facilitar o fluxo do tráfego, promover melhoria das condições de vida, auxiliar na segurança dos indivíduos e propriedades, proporcionar destaque a edifícios e obras públicas durante à noite e possuir nas suas instalações componentes que tenham uma eficiência energética (ABNT, 2012).

Desta forma a escolha dos materiais utilizados no sistema de iluminação pública, devem atender especificações vigentes em normas regulamentadoras, onde o cumprimento de cada especificação influencia na qualidade da iluminação e no uso eficiente da energia elétrica.

Segundo Salvia (2016), no setor de iluminação pública, o consumo de energia pode parecer desprezível, se comparado ao consumo global. As cidades não

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controlam o real consumo energético do setor e acabam dando menos importância à análise de custos e a viabilidade de medidas de eficiência energética.

No momento não são disponibilizados muitos estudos a respeito do sistema de iluminação pública e para haver um real conhecimento da situação em que se encontra o sistema de iluminação pública é necessário realizar um estudo visando contemplar suas especificações perante normas e leis.

Assim será elaborado um levantamento do sistema de iluminação pública de uma região do bairro Glória do município de Ijuí. O trecho a ser analisado compreende 1000 m da Rua Sepé Tiaraju.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Análise do sistema de iluminação pública de uma região do município de Ijuí, no Estado do Rio Grande do Sul, com base na NBR 5101: Iluminação pública – Procedimento.

1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

 Realizar estudos das normas e legislações sobre iluminação pública;

Elaborar check list para levantamento do sistema de iluminação pública, com base na NBR 5101: Iluminação pública – Procedimento;

 Elaborar um questionário para conhecimento da satisfação dos usuários do trecho analisado;

Aplicar o check list na Rua Sepé Tiaraju, devido ser esta rua o local que será analisado;

 Aplicar o questionário para cada residência pertencente ao trecho a ser verificado;

 Coletar dados para compreensão da atual situação do trecho analisado.

(19)

Este Trabalho de Conclusão de Curso está dividido em cinco capítulos. No primeiro, apresenta-se a introdução do trabalho, o problema, a justificativa e os seus objetivos. O segundo capítulo é composto da revisão bibliográfica, que aborda em especial a temática da iluminação pública, demonstrando um pouco sobre sua história, informações de consumo no Brasil, componentes do sistema de iluminação, norma que trata sobre o tema e os impactos da iluminação pública.

No terceiro capítulo são descritos os procedimentos metodológicos utilizados, de cada etapa realizada. O quarto capítulo apresenta os resultados e discussões, e, por fim, o último capítulo é composto pelas considerações finais e sugestões para trabalhos futuros.

(20)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

No século XV a iluminação pública tornou-se uma preocupação nas cidades. Onde a história aponta o ano de 1415, na Inglaterra, como a data em que nasceu a iluminação urbana. Sua criação foi necessária para amenizar a violência e, principalmente, os roubos a comerciantes, que aconteciam com frequência na região (MARTINS, 2011).

Com o surgimento da eletricidade, os lampiões com combustível e os faroleiros que colocavam manualmente lanternas em alguns locais, foram desaparecendo. Porém, este processo ocorreu de forma lenta, devido a criação da lâmpada ser recente e seu funcionamento duvidoso (MARTINS, 2011).

Nos Estados Unidos, em 1879, as primeiras lâmpadas instaladas ainda não eram confiáveis. O antigo e o moderno dividiam a função de iluminar as ruas da cidade. Na Europa em 1881, as luminárias de Edison se acenderam para iluminar a Exposição Internacional da Eletricidade, realizada em Paris (MARTINS, 2011).

No Brasil, a iluminação pública tem seu surgimento por volta do século XVIII. Sendo em 1794, que foram instaladas cerca de 100 luminárias a óleo de azeite pelos postes da cidade do Rio de Janeiro (ROSITO, 2009).

Em 1883, no Rio de Janeiro, foi utilizada uma máquina a vapor, para iluminar o distrito com 39 lâmpadas, sob o comando de D. Pedro II. Marcando o início de uma nova era para a iluminação pública (MARTINS, 2011).

No início do século XX, no Brasil, com o desenvolvimento da geração de energia, teve-se uma contribuição para a evolução da iluminação pública. Cidades como o Rio de Janeiro exibiam uma evolução de dez mil pontos por década na primeira metade do século XX (ROSITO, 2009).

No Rio Grande do Sul no ano de 1874, na cidade de Porto Alegre, teve-se a inauguração da usina do gasômetro, assim a Praça da Matriz recebeu postes de iluminação pública a gás no entorno do chafariz central. E em 1887, uma usina elétrica entra em funcionamento, originando o primeiro serviço municipal de iluminação elétrica (ROSITO, 2009).

(21)

Em 1950, o Rio de Janeiro era a cidade com a melhor iluminação do Brasil, pois havia cerca de 42.470 pontos de luz para iluminação. O governo nos últimos anos da década, determinou que a iluminação pública passaria a ser feita com lâmpadas fluorescentes, de eficiência mais elevada do que as incandescentes (FRÓES DA SILVA, 2006).

Em Brasília, a estrutura de iluminação pública foi definida ainda na década de 50, sendo definida por Lúcio Costa. As lâmpadas escolhidas foram as de mais alta eficiência luminosa para a época, montadas e projetadas de acordo com princípios bastante avançados da luminotécnica (CEB, 2004).

E a partir dos anos 1960, se iniciou a utilização em larga escala das lâmpadas de descarga, dando um salto na evolução da iluminação pública (ROSITO, 2009).

2.2 ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM IJUÍ/RS

No ano de 1917, houve a introdução da luz elétrica em Ijuí. Segundo relatório Municipal deste mesmo ano, onde se relata: “contratei com o Sr. Carlos Reimann, por um conto e quinhentos mil réis, anual, a iluminação elétrica na rua do Comércio por ser a mais movimentada”. Passando um ano, Bós & Irmão compram o gerador pertencente ao Sr. Reimann, com a troca de proprietário, ocorre a ampliação da iluminação de Ijuí (LAZZAROTTO, 2002).

A Prefeitura Municipal no ano de 1923 inaugura uma usina própria, onde se aproveitava a queda de água do rio Potiribu. Era conhecida como Usina da Sede, com uma capacidade instalada de 280 kW. No ano de 1931, sua capacidade foi ampliada para 380 kW e até o ano de 2018 foi a mais antiga usina ainda em operação no Rio Grande do Sul (DEMEI, 2018).

Após ser instalada a usina, a cidade de Ijuí teve uma transformação em sua fisionomia. Houve uma modernização tecnológica na indústria e comércio. Por se tratar de uma pequena cidade do interior, não consumia toda a demanda fornecida pela usina. Após quatro anos de sua instalação, sua capacidade já não era o suficiente, devido ao aumento de fábricas e o desenvolvimento da região (DEMEI, 2018).

Em 1959 foi inaugurada a Usina do Passo de Ajuricaba (UPA), no interior do município de Ijuí, entrando em funcionamento seu primeiro grupo gerador, com capacidade inicial de 2000 kW. No ano de 1976 entrou em funcionamento seu

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segundo grupo gerador, neste momento teve sua capacidade ampliada para 4000 kW (LAZARROTO, 2002; DEMEI, 2018).

Na administração de Ijuí realizada por Sady Strapazon e Wanderley Agostinho Burmann, no período de Janeiro de 1969 à Janeiro de 1973, se teve a criação do Conselho Municipal de Energia Elétrica. Sendo o mesmo responsável pela administração do setor elétrico (LAZZAROTTO, 2002).

Ainda no ano de 1973, foi criada a Secretaria Municipal de Energia e Comunicações - SMECOM. Com o desenvolvimento da cidade surgiram mudanças e necessidades da população, transformando está secretaria em uma autarquia municipal. Desta forma nasceu o DEMEI - Departamento Municipal de Energia de Ijuí (DEMEI, 2018).

2.3 DADOS DO CONSUMO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

A iluminação pública enquadra-se no Grupo B (subgrupo B4) definido no Inciso XXXVIII do Art. 2º da Resolução Normativa 414/2010. As tarifas aplicadas à iluminação pública do subgrupo B4 se dividem em tarifas B4a e B4b (ANEEL, 2010). A tarifa B4a é aplicada quando os ativos da iluminação pública são de responsabilidade do município. Essa tarifa representa apenas o consumo de energia do sistema. Se o serviço for realizado pela concessionária, a tarifa é acrescida de uma parcela relacionada ao custeio de operação e manutenção do sistema, assim segundo a Resolução 414/2010, a tarifa aplicada é a B4b (ANEEL, 2010).

O consumo de energia elétrica no setor de iluminação pública cresce a cada ano. No ano de 2012 o número de pontos de iluminação era em torno de 16,1 milhões. Em 2018 estima-se que esse número esteja próximo de 18 milhões (SIQUEIRA, 2016).

Na Figura 1, mostra-se o consumo de energia elétrica nos anos de 2012 à 2016 no setor de iluminação pública.

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Figura 1 - Consumo de energia elétrica pelo setor de iluminação pública no Brasil (GWh)

Fonte: AdaptadodoAnuário Estatístico de Energia Elétrica 2017

No Brasil, o consumo de energia nas residências, comércios, industrias e setor público, em 2016 encontra-se na faixa de 460829 GWh. O setor de iluminação pública corresponde a 15035 GWh (EPE, 2017), ou seja, representa cerca de 3,3% do consumo total de energia elétrica no ano. Na Figura 2, são apresentados os percentuais que cada região do Brasil possui em consumo de energia elétrica no setor de iluminação pública.

Figura 2 - Consumo do setor de iluminação pública por região

Fonte: AdaptadodoAnuário Estatístico de Energia Elétrica 2017

No Rio Grande do sul, no ano de 2016, se teve um consumo de 29428 GWh, esse valor representa o consumo de todos os tipos de consumidores (residenciais, industriais, iluminação pública e outros). O setor de iluminação pública, representa 2,7% do valor total, sendo um equivalente de 793 GWh (EPE, 2017).

12916 13512 14043 15333 15035 10000 11000 12000 13000 14000 15000 2012 2013 2014 2015 2016 Centro - Oeste 11,20% Nordeste 23,10% Norte 7,20% Sudeste 42,20% Sul 16,30%

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2.4 COMPONENTES DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Para compreender o sistema de iluminação pública, é necessário conhecer os componentes que fazem parte deste sistema, conforme apresentado na Figura 3, sendo eles: rede de distribuição, braço, relé fotoelétrico, reator, luminária e lâmpada.

Figura 3 – Componentes do sistema de iluminação pública

Fonte: Adaptado Iluminação Pública, 2013.

O reator é um equipamento auxiliar, ligado entre a rede e a lâmpada, com finalidade de limitar a corrente da lâmpada ao seu valor especificado. O desempenho correto de cada lâmpada vai depender fundamentalmente de seu equipamento auxiliar (MOREIRA, 1993).

Para o acionamento das lâmpadas se tem o relé, ele funciona como um interruptor, onde a lâmpada é acionada apenas na ausência de luz. O relé impossibilita que a lâmpada seja acionada durante o dia (AGUERA, 2015). A ABNT NBR 5123: 2016 - Relé fotocontrolador intercambiável e tomada para iluminação — Especificação

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e ensaios, é a norma que “especifica os requisitos de construção e desempenho e os procedimentos de ensaios aplicáveis ao relé fotocontrolador” (ABNT, 2016).

A luminária possui a função de abrigar a lâmpada das intempéries e realizar o direcionamento correto da luz, evitando direcionar a luz para o céu (ROSITO, 2009). Para usar as luminárias é necessário se basear na NBR 15129:2012 (ABNT, 2012a), na qual encontra-se os requisitos particulares para as luminárias usadas na iluminação pública. E para dar sustentação a luminária, na altura desejada, deve-se usar o braço de sustentação.

As lâmpadas desempenham a função de iluminar, sendo elas os principais componentes do sistema de iluminação pública. No sistema de iluminação pública, são utilizadas principalmente as lâmpadas vapor de sódio de alta pressão, vapor de mercúrio de alta pressão, multivapor metálico (AGUERA, 2015).

Esses modelos de lâmpadas devem seguir as normativas da ABNT que estão em vigor, onde se encontra as características de cada lâmpada, as especificações de como as mesmas funcionam. Nestas normas constam ainda, métodos e condições de ensaio necessárias para assegurar intercambiabilidade e segurança, procedimentos e condições de ensaio (ANEEL, 2010).

Segundo Cotrim (2009), são disponíveis lâmpadas de vapor de mercúrio na faixa de 80 a 1000 W. Para seu funcionamento é usado apenas um reator, sem necessitar de outros dispositivos de controle especiais. Na Figura 4, encontra-se um modelo de lâmpada vapor de mercúrio, representando as partes que a compõem.

Figura 4 - Lâmpada vapor de mercúrio

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A lâmpada de multivapor metálico, é composta por mercúrio em sua maior parte, onde se introduz outros elementos, com tálio, sódio, índio, em seu tubo de descarga e desta forma o arco elétrico ocorre em uma atmosfera de vários vapores misturados. A lâmpada de multivapor metálico exige o uso de equipamentos auxiliares para seu funcionamento, no caso se faz necessário o uso de reatores (MOREIRA, 1993).

A lâmpada de sódio de alta pressão, possui um tubo de descarga que contém um excesso de sódio, assim quando a lâmpada entra em funcionamento, há condições de saturação do vapor e permite a absorção interna na superfície. Para seu funcionamento, se faz necessário o uso de reator especifico. Essas lâmpadas irradiam energia sobre uma grande parte do espectro visível. E com sua elevada eficiência luminosa e propriedades de cor agradável, são muito utilizadas em iluminações de ambientes externos (COTRIM, 2009).

A seguir encontra-se a Figura 5, na qual mostra-se os componentes de uma lâmpada vapor de sódio de alta pressão.

Figura 5 - Lâmpada vapor de sódio de alta pressão

Fonte: Adaptado Cavalcanti, 2001.

Atualmente essas lâmpadas estão sendo substituídas por outras mais eficientes, no caso as lâmpadas de LED (lighting Emission Diode). As lâmpadas de LED possuem vantagens sobre as anteriores, pois não possuem filamentos que se queimam, aumentando sua vida útil. Em seu funcionamento geram pouco calor e possuem um baixo consumo de energia (COTRIM, 2009).

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2.5 NBR 5101 E SEUS PROCEDIMENTOS

A NBR 5101 (ABNT, 2012) demonstra em sua totalidade procedimentos utilizados para verificação do sistema de iluminação pública. A seguir se tem tópicos principais necessários para a realização do estudo sobre os procedimentos utilizado na análise do sistema de iluminação pública.

2.5.1 Vias

A iluminação pública é usualmente aplicada em vias onde ocorre o tráfego de carros, animais e pessoas; na qual fazem parte os acostamentos, pistas, calçadas, canteiros centrais e ilhas.

Para a classificação das vias deve-se seguir o arranjo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, no qual classifica as vias em urbanas e rurais, sendo que ambas são compostas por subdivisões, desta forma se tem:

a) Vias Urbanas:

 Via de transito rápido;

 Via arterial;  Via coletora;  Via local; b) Vias Rurais:  Rodovias;  Estradas.

Nas vias o tráfego noturno de veículos por hora, em ambos os sentidos, em pista única pode ser determinado pelo valor máximo das médias horárias nos períodos compreendidos entre 18 h e 21 h e sua classificação se encontra na Tabela 1.

Tabela 1 – Tráfego motorizado

Classificação Veículos por hora

Leve (L) 150 a 500

Médio (M) 501 a 1200

Intenso (I) Acima de 1200 Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

(28)

Em vias com trafego inferior a 150 veículos por hora são consideradas as exigências mínimas da classificação leve.

A iluminação noturna não é utilizada apenas por pessoas com veículos motorizados, os pedestres também se beneficiam da mesma e com isso se tem uma classificação para pedestres cruzando vias com tráfego motorizado, mostrado na Tabela 2.

Tabela 2 – Tráfego de pedestres

Classificação Pedestres cruzando vias com tráfego motorizado

Sem tráfego (S) Como nas vias arteriais Leve (L) Como nas vias residenciais médias Médio (M) Como nas vias comerciais secundárias Intenso (I) Como nas vias principais

Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

Segundo a ABNT (2012), as vias de trânsito encontradas geralmente são áreas de vias retas, em nível e áreas com curvas de desnível menores, porém há o problema de visão e de manobra de veículos em áreas de vias mais complexas como as citadas a seguir:

a) Cruzamento em nível; b) Curvas e elevações;

c) Cruzamento em dois níveis; d) Pistas convergentes de tráfego; e) Pistas divergentes de tráfego; f) Intercâmbio;

g) Cruzamento de nível com estrada de ferro; h) Túneis e passagens abaixo do nível.

2.5.2 Distribuição das Intensidades Luminosas

Um dos fatores essenciais para uma iluminação eficiente em vias é a distribuição adequada da intensidade luminosa, sendo que a intensidade luminosa é a medida da percepção da potência emitida por uma fonte luminosa em uma dada direção, sendo distribuída e direcionada para uma melhor visibilidade do local (ABNT, 2012).

(29)

Traçando sobre um sistema retangular de coordenadas, na base de um diagrama de isocandela, uma quantidade de linhas longitudinais da via (LLV) que compreende qualquer linha no percurso da via sendo estas paralelas ao eixo da via e uma série de linhas transversais da via (LTV) onde são dispostas perpendiculares ao eixo da pista, ambas em múltiplos de altura de montagem (AM) na qual se tem a distância vertical entre o centro da fonte de luz e a rodovia, demonstrado na Figura 6 (ABNT, 2012).

Figura 6 – Diagrama em isocandela

Fonte: ABNT, 2012.

2.5.3 Requesitos de Iluminância e uniformidade

As iluminâncias médias mínimas (Eméd.mín.), são valores obtidos pelo cálculo da média aritmética das leituras realizadas, em plano horizontal, sobre o nível do piso. O menor valor de iluminância (Emín.) obtido das leituras realizadas, quando referente aos pontos situados sobre a pista de rolamento da via de tráfego motorizado, deve atender, simultaneamente, às seguintes exigências (ABNT,2012):

a) fator de uniformidade indicado conforme o tipo de via; b) ser necessariamente superior ou igual a 1,0 lux.

O Fator de uniformidade da iluminância em determinado plano é determinado pela razão entre a iluminância mínima e a iluminância média em um plano, especificado na equação 1:

(30)

U = Emín./Emed. (1) Onde:

Emín. = iluminância mínima Eméd. = iluminância média

Existe recomendações de iluminação para o tráfego de veículos e pedestres, assim ao analisar a função da via, a complexidade e densidade do tráfego, a separação e a facilidade de controle do mesmo, podem ser divididas em classes de V1 a V5 para veículos e P1 a P4 para pedestres (ABNT, 2012).

Nas Tabelas 3 e 4 está definida a classe de iluminação para cada tipo de via para tráfego de veículos, iluminância média mínima e fator de uniformidade mínimo.

(31)

Tabela 3 – Classes de iluminação para veículos

Descrição da via Classe de iluminação

Vias de trânsito rápido; vias de alta velocidade de tráfego, com separação de pistas, sem cruzamento em nível e com controle de acesso, vias de trânsito rápido em geral; auto-estradas

Volume de tráfego intenso V1

Volume de tráfego médio V2

Vias arteriais; vias de alta velocidade de tráfego com separação de pistas; vias de mão dupla, com cruzamento e travessias de pedestres eventuais em pontos bem definidos; vias rurais de mão dupla com separação por canteiro ou obstáculo

Volume de tráfego intenso V1

Volume de tráfego médio V2

Vias coletoras; vias de tráfego importante; vias radiais e urbanas de interligação entre bairros, com tráfego de pedestres elevado

Volume de tráfego intenso V2

Volume de tráfego médio V3

Volume de tráfego leve V4

Vias locais; vias de conexão menos importantes; vias de acesso residencial

Volume de tráfego médio V4

Volume de tráfego leve V5

(32)

Tabela 4 – Iluminância média mínima e uniformidade para fluxo de veículos

Classe de Iluminação

Iluminância média mínima

Emed,min (lux) Fator de uniformidade U = Emin/Emed V1 30 0,4 V2 20 0,3 V3 15 0,2 V4 10 0,2 V5 5 0,2

Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

Nas Tabelas 5 e 6 está definido a classe de iluminação para cada tipo de via para tráfego de pedestres, descrevendo os tipos de vias, a iluminância horizontal média e fator de uniformidade mínimo.

Tabela 5 – Classes de iluminação para pedestres

Descrição da via Classe de iluminação

Vias de uso noturno intenso por pedestres

(por exemplo: calçadões, passeios de zonas comerciais) P1 Vias de grande tráfego noturno de pedestres (por

exemplo: passeios de avenidas, praças, áreas de lazer) P2 Vias de uso noturno por pedestres (por exemplo: passeios,

acostamentos) P3

Vias de pouco uso por pedestres (por exemplo: passeios

de bairros residenciais) P4

(33)

Tabela 6 – Iluminância média mínima e uniformidade para fluxo de pedestres

Classe de Iluminação

Iluminância horizontal média Emed (lux)

Fator de uniformidade mínimo U = Emin/Emed P1 20 0,3 P2 10 0,25 P3 5 0,2 P4 3 0,2

Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

2.5.4 Compatibilidade com a arborização

Devido ao plantio de árvores próximos a rede de iluminação pública ocorre a obstrução da luz nas vias, para melhorar a iluminação foi elaborada uma equação na qual se analisa a altura de montagem, a distância das árvores e os ângulos de máxima incidência de luz das luminárias nos sentidos transversal e longitudinal à via (ABNT, 2012).

O cálculo para desobstrução da iluminação é dado na equação 2:

Z = H – (A x D) (2) Sendo:

Z - Altura mínima de um galho;

H - Altura de montagem da luminária;

AL - cotang 75° = 0,26 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido longitudinal);

AT - cotang 60° = 0,57 (ângulo de máxima incidência de luz para o sentido transversal);

D - Distância mínima do galho de menor altura.

A Figura 7 indica os locais em que se encontram as componentes da equação (2) que são utilizadas para o cálculo de desobstrução da iluminação.

(34)

Figura 7 - Método de cálculo de compatibilidade com a arborização

Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

2.5.5 Projeto, Manutenção e Inspeção

Na ocasião de projetar uma instalação de iluminação com valores de iluminância adequados, no qual utiliza-se os valores mostrados nas Tabelas 3 a 6, deve-se adotar bons preceitos de manutenção, tais como:

a) operação da fonte de luz, nos valores nominais de corrente ou tensão; b) substituição das lâmpadas depreciadas, em períodos regulares; c) limpeza periódica das luminárias.

Adotando esquemas de manutenção iguais aos assumidos no projeto se manterá os valores recomendados de iluminância. O fator de manutenção das luminárias varia conforme as condições locais e densidade de tráfego e a eficiência das lâmpadas pode ser determinada pelos dados fornecidos pelo fabricante e assim

(35)

realizar a troca da mesma quando não estiver em condições adequadas (ABNT, 2012).

Os parques, praças, calçadões e semelhantes são considerados espaços públicos com predominância de pedestres, desta forma a iluminação dos mesmos deve permitir no mínimo orientação, reconhecimento mútuo entre as pessoas, segurança para o tráfego de pedestres e a identificação de obstáculos e deve permitir a uma distância segura, visualização suficiente a respeito do movimento das pessoas. Havendo a necessidade de identificação de obstáculos na superfície da via e considerando a velocidade com que as pessoas trafegam, o fator de uniformidade deve ser Emin/Emáx maior ou igual a 1:40 (ABNT, 2012).

Ao realizar medições ou cálculo de iluminância, deve ser disposto os pontos da grade que se definem pelas interseções das linhas longitudinais e transversais à pista de rolamento e às calçadas, na qual leva-se em conta a existência de:

a) Uma linha transversal alinhada com cada luminária;

b) Uma linha transversal no ponto médio entre as duas luminárias; c) Uma linha longitudinal no eixo de cada faixa;

d) Uma linha longitudinal no eixo de cada calçada.

A malha para verificação deve conter os espaçamentos entre as marcações, sendo definidos por:

 Sgl = s/16

 Sgt = 0,2*fr Onde:

Sgl – espaçamento longitudinal; Sgt – espaçamento transversal; s – espaçamento entre postes; fr – largura da faixa de rolamento.

E os pontos extremos de cada coluna estão afastados por uma distância igual a 0,1*fr em relação às linhas longitudinais do meio-fio. Após deve ser elaborada uma malha de medição, formada por um subconjunto dos pontos da malha de cálculo encontrada na Figura 8, esses pontos serão definidos pelas interseções das linhas para o vão considerando:

1) Linhas transversais:

(36)

 Linha que dividem o vão em quatro partes iguais (incluindo a linha que divide o vão ao meio).

2) Linhas longitudinais:

 Linhas de centro das faixas de rolamento;

 Linhas com afastamento igual a 0,1*fr em relação às linhas adjacentes das faixas de rolamento.

Figura 8 - Malha para verificação detalhada

Fonte: Adaptado ABNT, 2012.

Ao realizar uma medição são encontrados diversos fatores que possam vir a influenciar nos resultados, assim é necessária uma atenção especial nestes itens, por influenciarem de maneira significativa nas medições de iluminância (CPFL, 2006). Sendo eles:

 Grau de limpeza da luminária;

 Estágio da vida útil da lâmpada (o fluxo luminoso é gradativamente depreciado com o tempo);

 Arborização;

 Iluminação nas proximidades do local da medição (residências, letreiros, vitrines, iluminação ornamental, etc);

(37)

 Posicionamento incorreto da célula foto-sensível no ponto de medição;

 Condições do tempo (nublado, céu claro ou lua cheia);

 Nível de tensão nos pontos de luz;

 Tipo de piso/cor e tom;

 Especificidades da calçada.

2.6 IMPACTOS DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA

O sistema de iluminação pública gera vários impactos, esses impactos podem ser positivos e também negativos. Impactos positivos ocorrem quando o uso da iluminação pública proporciona ao seu usuário um acréscimo de valores. Onde esses valores podem ser um acréscimo de tempo, saúde, segurança entre outros.

2.6.1 Iluminação Pública e a Segurança

A iluminação pública é essencial à qualidade de vida nos centros urbanos, atuando como instrumento de cidadania, permitindo aos habitantes desfrutar, plenamente, do espaço público no período noturno. Além de estar diretamente ligada à segurança pública no tráfego, a iluminação pública previne a criminalidade, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, orienta percursos e aproveita melhor as áreas de lazer (AVER, 2013).

O espaço urbano das cidades brasileiras, seja público ou privado, possui algumas características que por vezes facilitam ou induzem à prática de delitos. A iluminação pode ser uma grande aliada das cidades na luta contra a violência, pois é uma grande inibidora de atos de vandalismo, roubo e agressões (AVER, 2013).

A falta de iluminação pública nas ruas, acaba contribuindo para a ocorrência de crimes. A escuridão e a falta de iluminação prejudicam as pessoas, que geralmente em razão do trabalho ou estudo, acabam transitando nas ruas no período noturno.

A melhoria da qualidade dos sistemas de iluminação pública traduz-se em melhor imagem da cidade, favorecendo o turismo, o comércio, e o lazer noturno, ampliando a cultura do uso eficiente e racional da energia elétrica, contribuindo, assim, para o desenvolvimento social e econômico da população (AVER, 2013).

(38)

2.6.2 Poluição Luminosa

Os centros urbanos estão em constate crescimento e assim aumenta a necessidade de iluminação pública. Porém, com o uso de equipamentos fora de padrão, temos a chamada poluição luminosa, ou seja, direcionamento incorreto da luz fazendo com que não seja visto as estrelas. Essa poluição muitas vezes é despercebida pelas pessoas, mas causa ofuscamento e distrações que possam vir a causar acidentes (SANTOS, 2005).

Se o sistema de iluminação é incorretamente direcionado, uma parcela da luz é enviada inutilmente para o céu e a área que realmente deveria receber a luz não é iluminada adequadamente. Quando o planejamento do sistema é realizado, a luminária direciona a luz apenas para a área onde foi destinada (LNA, 2012). A Figura 9, ilustra diferentes situações de posicionamentos de luminárias nos quais se identifica dispersão de luz, onde pessoas olham para o céu durante a noite e visualizam as estrelas, mas devido a poluição luminosa cada qual tem uma imagem diferente.

Figura 9 - Tipos de dispersão luminosa

Fonte: LNA, 2012.

Ao se ter alguns cuidados simples, grande parte da poluição luminosa seria evitada. Este problema pode ser amenizado ao redirecionar corretamente as fontes de luz e usar equipamentos com índice de eficiência energética aceitável (LNA, 2012).

Realizando a instalação dos equipamentos corretamente estará se prevenindo a poluição luminosa. Assim, temos benefícios para os centros urbanos, sendo a economia de energia um dos principais benefícios. Outro benefício é poder evitar o

(39)

ofuscamento dos usuários das vias e consequentemente evitar acidentes no trânsito (SANTOS, 2005).

(40)

METODOLOGIA PROPOSTA

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

ETAPA 4

3 METODOLOGIA

Figura 10 - Metodologia Proposta

Fonte: Autor, 2018.

Realizar estudos das normas e legislações sobre Iluminação Pública

Elaborar check list com base na NBR 5101

Elaborar questionário de satisfação do usuário

Aplicar o check list nos trechos da rua em

análise

Aplicar o questionário à todas as residências da

rua em análise

Coleta dos dados dos

check list dos trechos

analisados

Análise dos resultados

Coleta dos dados dos questionários aplicados

(41)

Na Etapa 1 da metodologia proposta, será realizada a verificação das normas brasileiras e documentos oficiais que têm a iluminação pública como objeto principal, onde nesta etapa será estudado os principais procedimentos sobre iluminação pública. Para o cumprimento dessa etapa, os materiais utilizados serão artigos, trabalhos, pesquisas e normas técnicas, assim caracterizada por uma pesquisa documental.

A Etapa 2 é a elaboração e a aplicação do check list, esse documento tem por finalidade auxiliar na análise do sistema de iluminação pública, desta forma será usado para a coleta de dados e comprovante da análise realizada no trecho de 1000m, na rua Sepé Tiaraju.

A Etapa 3 é a elaboração e aplicação do questionário de satisfação dos usuários do sistema de iluminação pública, assim será conhecido o perfil dos moradores do trecho de 1000 m a ser analisado, na rua Sepé Tiaraju.

A Etapa 4 corresponde aos resultados finais, onde será apresentado a atual situação do sistema de iluminação pública e a opinião dos usuários deste sistema em relação aos questionamentos realizados durante as entrevistas.

3.1 ELABORAÇÃO DO CHECK LIST

Cada item mencionado no check list possui um alto grau de importância, de maneira que eles interferem no momento da medição para realizar a análise, pois eles se relacionam diretamente com o sistema de iluminação pública e com os resultados finais obtidos.

A seguir se tem o check list divido em quatro quadros e uma figura para se ter uma explicação de cada item presente no mesmo. No Quadro 1 encontra-se os dados iniciais e a maneira de como eles devem ser preenchidos.

Quadro 1 – Dados iniciais do check list

CHECK LIST - Iluminação Pública

Local da medição: endereço do local da medição Trecho: nº do trecho

Data: data da medição Hora: hora da medição

Luxímetro: descrição da marca e modelo do aparelho usado para a medição

(42)

No Quadro 2 mostra-se as descrições e classificações das vias de veículos e de pedestres, no qual deve-se descrever as características de cada via. Essas informações são necessárias para se conhecer o grau de interferência que as mesmas causam durante a análise dos trechos.

Quadro 2 - Descrição e classificação da via

Descrição e Classificação da Via

Veículos: conforme estabelece a norma ABNT NBR-5101

( )V1 ( )V2 ( )V3 ( )V4 ( )V5

Pedestres: conforme estabelece a norma ABNT NBR-5101

( )P1 ( )P2 ( )P3 ( )P4

Veículos LS Pedestres LI Pedestres

Largura: Largura da via de

veículos Largura da via de pedestres Largura da via de pedestres Material: Informar o material de que é feita a via (concreto, pedras e etc) Informar o material de que é feito a calçada (concreto, pedras e etc) Informar o material de que é feito a calçada (concreto, pedras e etc)

Cor: Informar a cor da via

de veiculos Informar a cor da via de pedestres Informar a cor da via de pedestres Tonalidade: Informar a tonalidade da via de veículos (escuro, claro, médio)

Informar a tonalidade da via de pedestres (escuro, claro, médio) Informar a tonalidade da via de pedestres (escuro, claro, médio) Fonte: Autor, 2018

No Quadro 3 se tem as partes onde se mencionam as condições dos materiais e do ambiente no decorrer da análise.

(43)

Quadro 3 - Condições dos materiais, tempo e arborização

Dados do Sistema de Iluminação

Tensão da rede: Altura poste 1: poste 2: Vão entre postes: Altura de montagem

poste 1: poste 2:

Tipo: Potência:

Lâmpada 1

Lâmpada 2

Condições dos Materiais

Luminária Lâmpada Reator Relé

Adequados ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não

Condições do Tempo:

Arborização: ( ) Sim ( ) Não Adequada: ( ) Sim ( ) Não Poluição luminosa: ( )Sim ( )Não

Fonte: Autor, 2018

O Quadro 4 contempla a parte na qual deve-se descrever os valores de iluminação descritos em norma. Nesta parte ainda deve-se pôr os valores obtidos durante as medições e descrever nas observações caso haja dados relevantes para os resultados. O valor de Eméd.min medido se tem a partir da soma dos valores medidos na malha de pontos, e após se divide o somatório pelo número de medições existentes.

Quadro 4 - Índices médios mínimos, medidos e observações

Índices Médios Mínimos

ABNT NBR 5101 Índices Médios – MEDIDOS

VIAS Eméd.min (lux) Eméd.min (lux)

Veículos:

Informar a iluminância média mínima (Eméd.min,

em lux) estabelecida na NBR-5101 conforme aclassificação para a via de

veículos

Informar a iluminância média mínima (Eméd.min, em lux)

medidos

Pedestres:

Informar a iluminância média mínima (Eméd.min,

em lux) estabelecida na NBR-5101 conforme a classificação para a via de

pedestres

Informar a iluminância média mínima (Eméd.min, em lux) medidos no lado superior da

rua (onde se localizam os postes) e no lado inferior da rua (lado oposto aos postes)

OBSERVAÇÕES informar dados relevantes a análise do local

(44)

Para realizar as medições dos pontos de luz da rua, acrescentou-se ao check list uma malha de pontos, que se encontra na Figura 11. Nessa serão inseridos os valores das distâncias de ponto a ponto, juntamente com os valores medidos com o auxílio do luxímentro. Este quadro contém uma malha, onde suas distâncias são divididas e calculadas conforme dados especificados junto a malha de pontos.

A malha é composta por 16 divisões na distância do vão de poste a poste, 4 divisões na largura de cada calçada. Na parte em que a rua possui largura de 12 m, foram feitas 14 divisões e 10 divisões na rua em que a largura é de 8 m. As distâncias de ponto a ponto entre os postes não deverão ser superiores a 5 m e as distâncias dos pontos das divisões realizadas na largura da rua, não podem passar de 1 m.

(45)

Figura 11 - Quadro da malha de pontos Fonte: Autor, 2018. 0 m P2 P1 m m m m ← D ist â nci a lo ng itu d in a l d e p o nt o a p o nt o LS S g t/2 S g t ≤ 1 m S g t/2 S g t/2 S g t/2 LI D ist â nci a tr a nsv e rsa l d e p o nt o a p o nt o ↑ S gl – e sp aça m en to lo ng itu di na l P 1 e P 2 P o st e s S gt – e sp aça m en to tr an sv er sa l L S la d o su p e ri o r s – esp aça m en to e nt re p ost es L I la d o in fe ri o r fr – la rg ur a da fa ix a de ro la m en to D ist â nci a d o V ã o S = m T R E C H O : S gl = s/ 16 ≤ 5 m = C A L Ç A D A C A L Ç A D A E A D IX FA RO LA ME NT O FA IX A D E RO LA ME NT O 0 ,2 5 *S = 0 ,2 5 *S = 0 ,2 5 *S = 0 ,2 5 *S =

(46)

3.2 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO

O questionário será elaborado com questões que possam vir a identificar características e opiniões dos usuários do sistema de iluminação pública que será analisado. A seguir será descrito cada pergunta, juntamente com a explicação de como deve ser preenchido pelos usuários do sistema de iluminação pública e qual o motivo dela ser realizada.

Primeira pergunta: Sexo? (Deve-se informar se a pessoa que irá responder o questionário é do sexo feminino ou masculino).

Segunda pergunta: Faixa etária? (Deve-se informar a qual faixa etária o entrevistado faz parte).

Terceira pergunta: Você sendo um usuário do sistema de iluminação

pública, já realizou alguma solicitação de manutenção ou reclamação para o responsável? (Deve-se realizar o questionamento, sendo este necessário para saber

se o entrevistado já realizou uma solicitação de manutenção ou reclamação para o responsável do sistema de iluminação pública).

Quarta pergunta: Você sendo consumidor, sabe qual o número para ligar,

quando for necessária uma manutenção ou reclamação do sistema de iluminação pública? (Deve-se realizar o questionamento, sendo este necessário

para saber se o entrevistado saber a quem ligar quando for necessário algum serviço no sistema de iluminação pública).

Quinta pergunta: Quando for necessário realizar uma solicitação de

manutenção ou reclamação ao setor de iluminação pública, esta ação é de fácil acesso? (Deve-se realizar o questionamento, sendo este necessário para saber se é

de fácil acesso contatar os responsáveis pelo sistema de iluminação pública).

Sexta pergunta: Após realizar uma solicitação, houve uma resposta rápida

a sua necessidade? (Deve-se realizar o questionamento, sendo este necessário para

saber se houve um retorno rápido da parte dos responsáveis pelo sistema de iluminação pública).

Sétima pergunta: Em relação ao sistema iluminação pública, ao utilizar as

vias, a qualidade de iluminação é satisfatória? (Deve-se realizar o questionamento,

sendo este necessário para saber se a qualidade do sistema de iluminação pública é satisfatória para o entrevistado).

(47)

Oitava pergunta: Ao utilizar a via no período noturno, se tem uma melhor

segurança devido a uma boa qualidade da iluminação pública? (Deve-se realizar

o questionamento, sendo este necessário para saber a opinião do entrevistado a respeito da segurança devido a uma boa qualidade da iluminação pública).

Nona pergunta: Na sua opinião, uma má qualidade de iluminação pública,

pode ser uma causa de acidentes? (Deve-se realizar o questionamento, sendo este

necessário para saber a opinião do entrevistado a respeito de acidentes devido a uma má qualidade da iluminação pública).

Décima pergunta: Você considera a iluminação pública da sua rua

Péssima, ruim, regular, boa ou ótima? (Deve-se realizar o questionamento, sendo

este necessário para saber a opinião do entrevistado a respeito das condições do sistema de iluminação pública).

Décima primeira pergunta: Em uma escala de 0 a 10, qual nota você indica

para o sistema de iluminação da sua rua? (Deve-se realizar o questionamento,

sendo este necessário para saber a opinião do entrevistado, sobre qual nota ele sugere ao sistema de iluminação pública da sua rua).

Décima segunda pergunta: Em uma escala de 0 a 10, qual nota você sugere

para a prestação de serviço na sua rua, no setor de iluminação pública?

(Deve-se realizar o questionamento, (Deve-sendo este necessário para saber a opinião do entrevistado, sobre qual nota ele sugere aos responsáveis pelo setor do sistema de iluminação pública).

3.3 LOCALIZAÇÃO DA RUA E DOS TRECHOS

A rua na qual será realizado a verificação é a rua Sepé Tiaraju, pertencente ao Bairro Glória, encontrado na Figura 12.

(48)

Figura 12 - Localização da Rua

Fonte: Adaptado Maplink, 2018.

A rua possui comprimento de 1000 m e encontra-se dividida em 33 trechos, conforme Figura 13.

Figura 13 - Localização dos trechos

Fonte: Adaptado Maplink, 2018.

Trecho 33 Trechos 29 a 32 Trechos 25 a 28 Trechos 23 e 24 Trechos 21 e 22 Trechos 17 a 20 Trechos 13 a 16 Trechos 8 a 12 Trechos 5 a 7 Trechos 1 a 4

(49)

4 RESULTADOS

A Etapa 4 da metodologia proposta na Figura 10 é a análise dos resultados. Com o estudo realizado, optou-se pela NBR 5101: Iluminação pública – Procedimento, para servir de base para a elaboração do check list. Nesta norma são mencionados os procedimentos necessários para um bom sistema de iluminação pública e a partir desta norma se obteve os principais tópicos do check list. O check list elaborado para aplicação nos 33 trechos encontra-se no Apêndice A.

Nos primeiros 10 trechos a iluminação da via de veículos encontra-se dentro dos padrões estipulados na NBR 5101, a via de pedestre do lado superior também se enquadra nos requisitos mínimos da norma. Os demais trechos da via de pedestre e da via de veículos estão com valores de iluminação abaixo do estipulado em norma.

A classificação da via de veículos se enquadra no volume de tráfego leve, sendo classificada como V5. A via de pedestre é representada por uma via de pouco uso por pedestres, classificando-se como P4. A via de veículos nos primeiros onze trechos possui largura de 12 m e nos demais trechos possui uma largura de 8 metros.

A via de pedestres, na qual se encontram os postes, nos primeiros onze trechos possui largura de 2 m, e a via de pedestres do lado oposto possui 1 m de largura. A via de pedestres, na qual se encontram os postes, dos demais trechos possui largura de 1,5 m, e a via de pedestres oposta possui 1,5 m de largura.

O sistema de iluminação encontra-se instalado na configuração unilateral em todos os 33 trechos, ou seja, a instalação do sistema de iluminação encontra-se apenas em um lado da rua.

Com a aplicação do check list nos 33 trechos pode-se elaborar a Tabela 7, na qual consta-se os valores de iluminação em lux obtidos em cada trecho.

(50)

Tabela 7 - Resultado da análise dos 33 trechos TRECHOS VIAS Veículos Pedestres (lado superior) Pedestres (lado inferior)

VALOR PADRÃO (LUX)

ADEQUADO

5 3 3

VALORES MEDIDOS (LUX)

Trecho 1 5,37 3,03 1,31 SIM SIM NÃO

Trecho 2 5,39 3,01 1,27 SIM SIM NÃO

Trecho 3 5,39 3,04 1,35 SIM SIM NÃO

Trecho 4 5,28 3,05 1,31 SIM SIM NÃO

Trecho 5 5,08 3 1,24 SIM SIM NÃO

Trecho 6 5,27 3,03 1,31 SIM SIM NÃO

Trecho 7 5,26 3,04 1,29 SIM SIM NÃO

Trecho 8 5,33 3,1 1,42 SIM SIM NÃO

Trecho 9 5,61 3,28 1,53 SIM SIM NÃO

Trecho 10 5,71 3,28 1,31 SIM SIM NÃO

Trecho 11 3,35 1,56 0,59 NÃO NÃO NÃO

Trecho 12 2,63 1 0,59 NÃO NÃO NÃO

Trecho 13 3,35 1,4 0,43 NÃO NÃO NÃO

Trecho 14 2,66 1,29 0,51 NÃO NÃO NÃO

Trecho 15 1,71 0,82 0,44 NÃO NÃO NÃO

Trecho 16 0,88 0,43 0,21 NÃO NÃO NÃO

Trecho 17 2,61 1,25 0,73 NÃO NÃO NÃO

Trecho 18 4,4 2,28 1,11 NÃO NÃO NÃO

Trecho 19 3,08 1,96 0,74 NÃO NÃO NÃO

Trecho 20 3,12 1,98 0,73 NÃO NÃO NÃO

Trecho 21 3,99 2,65 1,12 NÃO NÃO NÃO

Trecho 22 4,11 2,85 1,25 NÃO NÃO NÃO

Trecho 23 4,05 2,79 1,17 NÃO NÃO NÃO

Trecho 24 4,01 2,71 1,12 NÃO NÃO NÃO

Trecho 25 4,25 2,96 1,39 NÃO SIM NÃO

Trecho 26 4,31 3,03 1,59 NÃO SIM NÃO

Trecho 27 4,31 3,07 1,53 NÃO SIM NÃO

Trecho 28 4,14 2,71 1,18 NÃO NÃO NÃO

Trecho 29 4,42 3,26 1,45 NÃO SIM NÃO

Trecho 30 4,35 3,21 1,39 NÃO SIM NÃO

Trecho 31 4,25 2,95 1,43 NÃO NÃO NÃO

Trecho 32 4,48 3,37 1,51 NÃO SIM NÃO

Trecho 33 4,31 3,14 1,45 NÃO SIM NÃO

(51)

A seguir será relatado os resultados adquiridos com a aplicação do questionário de satisfação aos usuários do sistema de iluminação pública.

O questionário de satisfação aplicado nas 101 residências que pertenciam aos 33 trechos em análise na rua Sepé Tiaraju, resulta em diversas informações sobre o perfil e também sobre as opiniões dos usuários do sistema de iluminação pública desta rua.

O primeiro dado remete ao sexo dos entrevistados que responderam o questionário, no qual consta a percentagem de cada sexo, demonstrado na Figura 14.

Figura 14 - Percentagem de pessoas

Fonte: Autor, 2018.

O segundo dado refere-se a faixa etária das pessoas que responderam o questionário, onde pode-se conhecer o perfil dos moradores em relação a idade de cada um. Na Figura 15 encontra-se a faixa etária dividida em seis categorias para melhor representação do grupo.

42%

58%

0% Sexo

(52)

Figura 15 - Faixa etária

Fonte: Autor, 2018.

A terceira informação relata a percentagem das respostas para a pergunta:Você sendo um usuário do sistema de iluminação pública, já realizou alguma solicitação de manutenção ou reclamação para o responsável? Onde se teve

como principal resultado a opção “Não”, resultado demonstrado na Figura 16.

Figura 16 - Percentagem de pessoas que já solicitaram manutenção ou realizaram reclamação do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor,2018.

O quarto dado refere-se a pergunta: Você sendo consumidor, sabe qual o

número para ligar, quando for necessária uma manutenção ou reclamação do sistema de iluminação pública? Assim pode-se perceber na Figura 17 que uma

3,96% 11,88% 13,86% 20,79% 28,71% 16,83% 3,96% Faixa Etária

Menos de 19 anos 19 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 ou mais

42,57% 57,43%

Solicitação de manutenção ou reclamação

(53)

pequena parcela dos usuários não sabe a quem recorrer quando ocorrer algum problema no sistema de iluminação pública.

Figura 17 - Resultado do quarto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor, 2018.

O quinto resultado demonstrado em percentagem, representa a resposta da pergunta: Quando for necessário realizar uma solicitação de manutenção ou

reclamação ao setor de iluminação pública, esta ação é de fácil acesso? Podendo

ser encontrado na Figura 18.

Figura 18 - Resultado do quinto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor, 2018.

A sexta pergunta feita aos usuários foi: Após realizar uma solicitação, houve

uma resposta rápida a sua necessidade? E teve-se como resultado as

percentagens descritas na Figura 19.

86,14%

13,86%

Saber para quem ligar:

SIM NÃO

50%

7% 43%

A ação é de fácil acesso:

(54)

Figura 19 - Resultado do sexto questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor, 2018.

O sétimo dado demonstrado na Figura 20 é referente a pergunta: Em relação

ao sistema iluminação pública, ao utilizar as vias, a qualidade de iluminação é satisfatória? E se teve um resultado bem expressivo em relação a opinião dos

usuários do sistema de iluminação pública, pois mais da metade dos entrevistados afirma que a qualidade do serviço não é satisfatória.

Figura 20 - Resultado do sétimo questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor,2018.

Para a pergunta: Ao utilizar a via no período noturno, se tem uma melhor

segurança devido a uma boa qualidade da iluminação pública? Os usuários não

possuem dúvida e todos afirmam que se tem segurança graças a uma boa qualidade

40,59%

8,91% 50,50%

Resposta rápida a sua necessidade

Sim Não Não houve solicitação

49,50% 50,50%

Qualidade de iluminação

(55)

de iluminação no sistema de iluminação pública. Sendo o resultado demonstrado na Figura 21.

21 - Resultado do oitavo questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor, 2018.

Ao realizar a pergunta: Na sua opinião, uma má qualidade de iluminação

pública, pode ser uma causa de acidentes? Com total certeza todos os usuários

afirmam que uma má qualidade no sistema de iluminação pública pode vir a ser uma causa para acidentes no percurso. Na Figura 22 se tem esta confirmação.

Figura 22 - Resultado do nono questionamento aos usuários do sistema de iluminação pública

Fonte: Autor, 2018.

O resultado do questionamento realizado com a pergunta: Você considera a

iluminação pública da sua rua péssima, ruim, regular, boa ou ótima? Teve –se

como resultado os dados presentes na Figura 23, onde são representados o número de usuários por percentagens correspondentes a cada classe.

Sim 100% Não

0%

Segurança devido a uma boa qualidade da iluminação Sim Não 100% 0% Risco de acidentes Sim Não

Referências

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