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Fases de estresse de familiares de usuários de substâncias psicoativas, interrelação com internação hospitalar

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

FASES DE ESTRESSE DE FAMILIARES DE USUÁRIOS DE

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS, INTERRELAÇAO COM

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

ITIANA VIANNA FONTANA

Orientadora: Profª MSc. Eniva Miladi Fernandes Stumm

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA – DCVida Rua do Comércio, 3000 - Bairro Universitário

Caixa Postal 560 Fonte: (55) 3332-0200 - Fax: (55) 3332-9100 www.unijui.edu.br CEP 98700-000 Ijuí – RS BRASIL 2011

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ITIANA VIANNA FONTANA

FASES DE ESTRESSE DE FAMILIARES DE USUÁRIOS DE

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS, INTERRELAÇAO COM

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

Trabalho de Conclusão do Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Enfermagem em Terapia Intensiva apresentado ao Departamento de Ciências Da Vida (DCVida), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Unidade de Terapia Intensiva

Orientadora: Profª Eniva Miladi Fernandes Stumm

IJUÍ, RS 2011

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A COMISSÃO ABAIXO ASSINADA APROVA O PRESENTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO.

FASES DE ESTRESSE DE FAMILIARES DE USUÁRIOS DE

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS, INTERRELAÇAO COM

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

ELABORADO POR

ITIANA VIANNA FONTANA

COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO TITULO DE Enfermeiro Especialista em Unidade de Terapia Intensiva

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________________ Profª MSc./Eniva Miladi Fernandes Stumm/Orientadora

_________________________________________ Profª Msc./Marinez Koller Pettenon

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 5

2 METODOLOGIA ... 6

3 RESULTADOS ... 8

4 DISCUSSÃO DOS DADOS ... 10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 14

APÊNDICES ... 17

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FASES DE ESTRESSE DE FAMILIARES DE USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS

PSICOATIVAS, INTERRELAÇAO COM INTERNAÇÃO HOSPITALAR1

Itiana Vianna Fontana2 Eniva Miladi Fernandes Stumm3

RESUMO

Ter um familiar usuário de substâncias psicoativas contribui para o estresse. Pesquisa busca

relacionar fases de estresse de familiares de usuários de substâncias psicoativas, assistidos em um hospital geral, em um Centro de Atenção Psicossocial e em um grupo de apoio a familiares de dependentes químicos de um município do noroeste do Rio Grande do Sul, com a variável internação hospitalar dos referidos sujeitos. É quantitativa, descritiva, transversal,

com 40 familiares, em março e abril/ 2010, com os instrumentos: ”Inventário de Sintomas de Stress”, dados sociodemográficos. Observados preceitos éticos de pesquisas com pessoas. Maioria mulher, divorciada, mãe, cônjuge, nas Fases Intermediárias e Finais do Estresse, independente do número e formas de internação. Cruzamento de formas de internação segundo grau de parentesco, na espontânea e por imposição familiar, percentual maior, mães, cônjuges; por ordem judicial, pai, outros. Resultados podem ser utilizados para qualificar a assistência aos familiares desses usuários.

Palavras-chaves:Estresse fisiológico; estresse psicológico; família; dependência de drogas; internação hospitalar; profissionais da saúde; enfermagem.

ABSTRACT

RESUMEN

1

Trabalho de Conclusão do Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Enfermagem em Terapia Intensiva Da Unijui

2

Enfermeira Assistencial no Hospital de Caridade de Ijuí.Pós Graduanda no curso Lato Sensu em Enfermagem de Terapia Intensiva da Unijuí.

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Enfermeira doutoranda. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ)

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1 INTRODUÇÃO

O uso de substâncias psicoativas é um fenômeno em permanente mudança, modulado pela cultura, estilos de vida, com incidência crescente. Os problemas associados ao consumo das referidas substâncias são manifestados por mudanças de comportamento, com impacto familiar, social e com repercussões na saúde física e psíquica do usuário. Atualmente, é considerado um problema de saúde pública.

Segundo o Relatório Mundial de Drogas do Escritório sobre Drogas e Crimes (2010), há uma estimativa de que 149 a 272 milhões de pessoas do mundo em uma idade de 15-64 anos usou substâncias ilícitas em 2009 e a maconha foi a mais consumida por 125 a 203 milhões de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2009) há cinco motivos de os jovens iniciarem o consumo de substâncias psicoativas: querer ser adulto, capacidade de tomar decisões, desejo de pertencer ao seu grupo, sensação de bem estar, tranqüilidade, superação de medos, ter coragem para assumir riscos e curiosidade.

Os relacionamentos familiares interferem no desenvolvimento do indivíduo e, quando conflituosos, podem se constituir em fatores de risco para crianças e adolescentes, no que diz respeito ao uso de substâncias psicoativas. A dependência é tanto uma doença de relação familiar quanto individual e social. Mendonça (2010) afirma que a partir do momento em que a droga pode ser adquirida com facilidade, não possui odor e produz efeito rápido, lesa tanto usuários quanto seus familiares. O autor afirma que o dependente pode chegar ao ponto de vender o que possui não se alimentar e roubar, inclusive, para manter o vício. Brusamarello et al(2010) contribuem nessa reflexão ao pontuar que o uso de substâncias psicoativas pode ser facilitada para o indivíduo ingressar em um grupo, mas que traz como uma das conseqüências o afastamento do convívio familiar.

Ter um familiar usuário de substâncias psicoativas contribui para que inúmeros sentimentos tais como insegurança, medo, ansiedade, tristeza, dentre outros, possam ocorrer e se constituir em potenciais estressores. Nesse contexto, Seadi e Oliveira (2009) dizem que problemas com álcool e outras drogas são prevalentes, que podem iniciar no âmbito familiar e que tem relação com o estresse.

Para Lipp (2000), o estresse é a própria reação do organismo a situações vividas como difíceis e ou excitantes, em busca de um equilíbrio interno e adaptativo, a partir dos fatos experienciados. A autora pesquisou os sintomas físicos e psicológicos em cada uma das fases de estresse, descritas por Selye (1956) e presentes no Inventário de Sintomas de Stress.

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No que se refere aos estressores, Lazarus e Folkman (1987), conceituam estressor como um evento ou situação, interna ou externa, que desencadeia uma série de manifestações e alterações emocionais, fisiológicas, cognitivas ou comportamentais em um indivíduo, promovem uma adaptação do organismo, caracterizado, assim, como aquele que produz estresse.

Nesse contexto considera-se importante a atuação da equipe de saúde responsável pelo cuidado desses indivíduos, com ênfase na enfermagem, no que tange a ações de prevenção, promoção, reabilitação e reinserção social destes usuários, extensivo aos seus familiares e comunidade. Kondo et al(2010)contribuem ao afirmar que o acolhimento aos usuários de drogas e famílias necessita ser realizado, acompanhado de escuta terapêutica, com segurança, respeito e qualidade, elementos esses importantes para a adesão ao tratamento.

Com base nessas considerações, busca-se com essa pesquisa relacionar as fases de

estresse de familiares de usuários de substâncias psicoativas, assistidos em um hospital geral, em um Centro de Atenção Psicossocial e em um grupo de apoio a familiares de dependentes químicos de um município do noroeste do Rio Grande do Sul, com a variável internação hospitalar dos referidos sujeitos.

2 METODOLOGIA

A pesquisa se caracteriza como quantitativa, analítica, descritiva, transversal, desenvolvida em um hospital geral da região noroeste do Rio Grande do Sul, Hospital Bom Pastor-HBP, em um Centro de Atenção Psicossocial-CAPS e em um grupo de apoio a familiares de dependentes químicos- Amor Exigente. A opção por esses locais se deu pelo fato de o hospital ser referência em Saúde Mental na região; no CAPS e no Amor Exigente, por assistir esses usuários e seus respectivos familiares. A referida pesquisa foi construída a partir de alguns resultados do meu trabalho de conclusão do curso de enfermagem de uma das autoras, no ano de 2010.

Integraram a pesquisa 40 familiares, assim distribuídos: 22 de usuários internados no HBP, 6 familiares de pacientes assistidos no CAPS I e 12 no Amor Exigente. A coleta de dados foi realizada em março e abril de 2010, imediatamente à aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unijuí, sob Parecer Consubstanciado nº. 050/2010. Foram observados todos os preceitos éticos que envolvem uma pesquisa com seres humanos (Res 196/96).

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Os instrumentos de coleta de dados utilizados na construção desse artigo são os seguintes: "Inventário de Sintomas de Stress" de Lipp (2000), dados de caracterização dos familiares: profissão, idade, sexo, estado civil, filhos, escolaridade, grau de parentesco e as variáveis tempo de uso de substâncias psicoativas, ocorrência e tipos-formas de internação hospitalar.

Os familiares dos pacientes que internaram no HBP, no período de coleta de dados, bem como os do CAPS I e do Amor Exigente, foram inicialmente contatados pela pesquisadora e convidados a participar da pesquisa. Foram esclarecidos em relação aos objetivos e aos que aceitaram integrarem-se à população estudada, foi fornecido TCLE, em duas vias.

A coleta de dados foi realizada nos turnos manhã e tarde, no HBP. No CAPS I, a coleta de dados se deu em dois turnos, previamente agendados com a secretária e no Amor Exigente, aos sábados. Para a análise dos dados foi utilizada estatística descritiva, os dados são apresentados em tabelas e o “software” estatístico foi o SPSS.

Quanto ao "Inventário de Sintomas de Stress", cada familiar mencionou os sintomas que sentia e o somatório realizado contando um (1) para cada sintoma referido. A forma como o instrumento foi construído possibilita que um mesmo sujeito seja classificado em mais de uma fase de estresse. Para efeito de análise, em cada familiar foi considerado o nível mais alto atingido para sua classificação.

Fo: Eustresse ou Estresse Positivo. É o estresse da realização, do triunfo, do contentamento, condizente com o enfrentamento de forma eficaz dos desafios presentes na vida pessoal, profissional ou social do indivíduo.

F1: Fase Inicial do Estresse ou Fase de Alerta. Os sintomas se manifestam e perduram por mais ou menos 24 horas. A soma igual ou superior a 5, classifica o familiar na Fase Inicial do Estresse. Os sintomas físicos presentes nesta fase são: mãos (pés) frios, boca seca, nó no estômago, aumento de sudorese, tensão muscular, aperto de mandíbula/ranger de dentes, diarréia passageira, insônia, taquicardia, hiperventilação, hipertensão arterial súbita ou passageira e mudança de apetite. Os sintomas psicológicos compreendem: aumento súbito de motivação, entusiasmo súbito e vontade súbita de iniciar novos projetos.

F2: Fase Intermediária ou Fase de Resistência do Estresse: os sintomas presentes na Fase Inicial ou de Alerta podem persistir e surgirem outros sintomas, que podem perdurar por uma semana. Um somatório igual ou maior que 3 classifica o familiar na Fase Intermediária do Estresse. Os sintomas físicos são: problemas com a memória, mal-estar generalizado sem

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causa específica, formigamento nas extremidades, sensação de desgaste físico constante, mudança de apetite, aparecimento de problemas dermatológicos, hipertensão arterial, cansaço constante, aparecimento de úlcera, tontura e sensação de estar flutuando. Os sintomas psicológicos compreendem: sensibilidade e motivação excessiva, dúvida quanto a si próprio, pensar constantemente em um só assunto, irritabilidade excessiva e diminuição da libido.

F3: Fase Final do Estresse ou Fase de Exaustão: os sintomas apresentados nas duas fases classificadas anteriormente podem continuar presentes ou não. Um somatório maior ou igual a 8 sintomas classifica o familiar na Fase de Exaustão. Os sintomas físicos são: diarréia frequente, dificuldades sexuais, insônia, náuseas, tiques, hipertensão continuada, problemas dermatológicos prolongados, mudança extrema de apetite, excesso de gases, tontura frequente, úlcera e enfarte. Os sintomas psicológicos compreendem: impossibilidade de trabalhar, pesadelos, sensação de incompetência em todas as áreas, vontade de fugir de tudo, apatia, depressão ou raiva prolongada, cansaço excessivo, pensar/falar constantemente em um só assunto, irritabilidade sem causa aparente, angústia/ansiedade diária, hipersensibilidade emotiva e perda de senso de humor.

3 RESULTADOS

Integraram a pesquisa 40 familiares de usuários de substâncias psicoativas, a grande maioria (92,5%) é do sexo feminino, com idade entre 15 a 60 anos ou mais, 45% são divorciados, a maioria (85%) possui filhos e 52,5% cursou o ensino fundamental. Evidencia-se que 40% dos pesquisados são mães dos usuários e 25% cônjuges.

A Tabela 1 apresenta o tempo que os familiares têm conhecimento do uso das respectivas substâncias psicoativas pelos usuários, segundo as fases de estresse. Constata-se que a maioria deles, independente do tempo, encontra-se nas Fases Intermediária e Final do Estresse.

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Tabela 1- Tempo que sabe do uso de drogas pelo familiar segundo as Fases de Estresse. Familiares de usuários de substâncias psicoativas. Ijuí /RS–Abril/2010

Fases do Estresse Tempo uso de drogas Eustresse n(%) Fase Inicial n(%) Fase Intermediária n(%) Fase Final n(%) Total n(%) Até 1 ano - - 5(12,5) 11(27,5) 16(40,0) 1 |--- 5 anos - 1(2,5) 4(10,0) 8(20,0) 13(32,5) 5 |--- 10 anos 1(2,5) - 1(2,5) 2(5,0) 4(10,0) 10 |--- 15 anos - - 1(2,5) 3(7,5) 4(10,0) 20 anos ou mais 1(2,5) - 2(5,0) - 3(7,5) Total 2(5,0) 1(2,5) 13(32,5) 24(60,0) 40 (100)

A análise da ocorrência de internação hospitalar segundo as fases de estresse dos familiares pesquisados (ver Tabela2) mostra que, igualmente, em relação ao tempo que os familiares sabem do uso de drogas, predomina a Fase Intermediária e Final do Estresse, independente do número de internações hospitalares que os usuários foram submetidos.

Tabela 2:Ocorrência de internação hospitalar segundo as Fases de Estresse. Familiares de usuários de substâncias psicoativas de Ijuí /RS–Abril/2010

Fases do Estresse

Ocorrência internação Eustresse n(%) Fase Inicial n(%) Fase Intermediária n(%) Fase Final n(%) Total n(%) 1 vez - 1(2,5) 5(12,5) 8(20,0) 14(35,0) 2 vezes - - 3(7,5) 8(20,0) 11(27,5) 3 vezes ou mais 2(5,0) - 5(12,5) 8(20,0) 15(37,5) Total 2(5,0) 1(2,5) 13(32,5) 24(60,0) 40(100)

O cruzamento da variável “forma de internação dos pacientes” segundo as fases de estresse dos familiares integrantes da pesquisa, conforme evidenciado na Tabela 3, constata-se que na espontânea, o estresse dos familiares é maior, ou seja, 35% deles encontram-se na Fase Final do Estresse e 17,5% na Intermediária, diferente das demais modalidades de internação hospitalar. Evidencia-se também que, independente do tipo de internação, o estresse está presente nos pesquisados, mesmo que em percentuais diferentes, nas Fases Intermediária e Final do Estresse.

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Tabela 3: Forma de internação dos pacientes segundo Fases de Estresse dos familiares de usuários de substâncias psicoativas de Ijuí /RS–Abril/2010

Fases do Estresse Forma de Internação Eustresse n(%) Fase Inicial n(%) Fase Intermediária n(%) Fase Final n(%) Total n(%) Espontaneamente - - 7(17,5) 14(35,0) 21(52,5) Imposição familiar 1(2,5) 1(2,5) 3(7,5) 5(12,5) 10(25,0) Ordem judicial 1(2,5) - 3(7,5) 2(5,0) 6(15,0)

Por consenso entre dependente e família

- - - 3(7,5) 3(7,5)

Total 2(5,0) 1(2,5) 13(32,5) 24(60,0) 40(100)

O cruzamento da variável “forma de internação dos pacientes” segundo o grau de parentesco dos familiares, integrantes da pesquisa, conforme observado na Tabela 4 constata-se que na internação espontânea e na por imposição familiar, o percentual maior é de mães, seguido de cônjuges. Quando a internação do usuário ocorre por ordem judicial, a situação se modifica, ou seja, o percentual é maior do pai e de outros.

Tabela 4: Forma de internação segundo o grau de parentesco dos familiares dos usuários de substâncias psicoativas de Ijuí /RS–Abril/2010

Grau de parentesco Forma de Internação Pai n (%) Mãe n(%) Irmão n(%) Cônjuge n(%) Namorada n(%) Outros n(%) Total n(%) Espontaneamente - 9(22,5) 3(7,5) 8(20,0) 1(2,5) - 21(52,5) Imposição familiar 1(2,5) 5(12,5) 1(2,5) 2(5,0) 1(2,5) - 10(25,0) Ordem judicial 2(5,0) 1(2,5) 1(2,5) - - 2(5,0) 6(15,0) Por consenso entre

dependente e família

- 1(2,5) - - 1(2,5) 1(2,5) 3(7,5)

Total 3(7,5) 16(40,0) 5(12,5) 10(25,0) 3(7,5) 3(7,5) 40(100) 4 DISCUSSÃO DOS DADOS

Quanto à caracterização dos pesquisados, a maioria é do sexo feminino. Nesse sentido, um estudo realizado por Miranda et al(2009),com familiares que acompanhavam usuários de substâncias psicoativas na admissão em um serviço de urgência psiquiátrica, em Natal/RN,mostrou que a maioria era do sexo feminino, mães e cônjuges dos respectivos usuários. Para Carvalho (2009), os cuidados prestados na rede familiar, são predominantemente realizados por mulheres. Um estudo de Melo et al(2009),com cuidadores de pacientes oncológicos de Londrina,constatou que a maioria deles era mulher(85,7%), cônjuges e filhos dos usuários, resultado esse que diverge do da presente pesquisa, que foi de mães e de cônjuges.

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Em relação ao estado civil dos familiares, constata-se que um percentual próximo à metade é de divorciados. Nesse sentido, Matos et al(2010)pontuam que um dos fatores para o adolescente iniciar o uso de álcool é a separação de seus pais. Bortolon et al(2010),em pesquisa com familiares de usuários de substâncias psicoativas, que utilizaram o Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre a Prevenção do Uso Indevido de Drogas – VIVAVOZ, ao serem questionados quanto ao estado civil, a maioria informou ser casado, resultado esse que vem de encontro ao dessa pesquisa, ora analisada.

No que se refere ao tempo que os familiares tem conhecimento do início do uso de drogas, Albuquerque (2010), em estudo nos Centros de Atenção Psicossocial-CAPS de São João Del-Rei e Lavras, Minas Gerais, com 402 familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos em tratamento, mostrou que eles apresentavam a doença há 15,25 anos e estavam em tratamento há 12,64 anos. Nesse contexto, Jungerman e Laranjeira (2008) pontuam que o usuário de substâncias psicoativas demora a procurar tratamento, bem como para perceber os efeitos da dependência e por considerarem normais os sintomas que apresentam.

Evidencia-se, na literatura pesquisada, que os dependentes de drogas ilícitas não contam para seus familiares que as usam, não a consideram uma doença e, muitas vezes, sentem medo da rejeição por parte da família e da sociedade. Assim, os familiares só percebem quando o usuário passa a ter atitudes que demonstram falta de cuidado, os quais incluem aparência física, vestimentas, abstenção na escola, no trabalho, dentre outros. Igualmente, a família passa a perceber que o usuário pratica atos infracionários, de diferentes complexidades. Considera-se que a presença da família é importante e que contribui para a adesão do usuário ao tratamento.

Quanto a ocorrência de internação dos usuários, estudo realizado por Mombelli et al(2010) com pacientes internados em um hospital para desintoxicação, constataram que 56,8% deles já haviam realizado algum tipo de tratamento, dentre eles, internação hospitalar (12,1%),em instituições não-governamentais(23,4%) e assistência ambulatorial(21,3%).

Castro, et al(2010),em uma pesquisa com prontuários de pacientes internados em um hospital psiquiátrico em Ribeirão Preto,mostrou que das 2040 internações psiquiátricas,618 ou seja, 34% eram reinternações e destas, 12% era por transtornos decorrentes do uso abusivo de substâncias psicoativas.

Ainda em relação à internação hospitalar dos usuários de substâncias psicoativas, destaca-se a pesquisa de Cardoso (2008), que teve como objetivo investigar as principais características de pessoas com doença mental, que internaram no Núcleo de Saúde Mental de

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Ribeirão Preto. Dentre os resultados obtidos, 62,5% dos entrevistados já tinham internado pelo menos uma vez e as reinternações variaram de uma a treze vezes.

Souza e Oliveira (2010) realizou uma pesquisa documental, em 203 prontuários de clientes com transtornos mentais associados ao uso de drogas ilícitas. A pesquisa mostrou que apenas 29 clientes, ou seja, 14,3% já haviam internado anteriormente, estudo que vem de encontro ao dessa pesquisa. Essa diminuição, segundo o autor, ocorre pela disponibilidade de serviços ambulatoriais, tais como CAPS, nos quais são realizadas ações que visam a reabilitação social dos respectivos usuários, de forma efetiva.

Ao relacionar o número de internações hospitalares com as fases de estresse, se constata que, independente de quantas vezes o usuário internou, o familiar cuidador apresenta sobrecarga emocional importante, a qual se manifesta pelas fases de estresse em que se encontram. Além disso, ao receber alta, a família é a responsável pelos cuidados com alimentação, medicamentos, higiene, segurança, aliado a preocupação e controle para que ele não volte a usar substâncias psicoativas.

Nesse contexto, Cardoso (2008) pontua que o estresse familiar é notório e pode ser manifestado mesmo quando o usuário quer realizar o tratamento. Barroso et al(2009),em estudo com 15 familiares de pacientes psiquiátricos, assistidos em quatro Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM), de Belo Horizonte, objetivou observar a sobrecarga destes familiares. Evidenciou-se severidade dos sintomas, número de hospitalizações e comportamentos inadequados do paciente. Seadi, Oliveira (2009) realizou uma pesquisa com 672 familiares em terapia multifamiliar, durante 6 anos. Dentre os resultados, nas famílias que já tinham passado pelo processo de internação do seu familiar, eram evidentes sentimentos contraditórios, incluíam ajudar ou não. Considera-se que quando o paciente interna há um sofrimento considerável da família, aliado a expectativas de melhora do quadro, porém, normalmente, isso não ocorre.

Na pesquisa ora analisada, dentre as modalidades de internação dos usuários de substâncias psicoativas, ocorre predomínio dos de forma espontânea, seguido de imposição da família e ordem judicial. Andreatta (2009) explicita que existem 3 formas de internação: voluntária, não voluntária e compulsória. O autor refere que a maioria delas, segundo a literatura, não ocorre voluntariamente. Machado (2010) corrobora, em estudo realizado na Clínica Psiquiátrica São Bento Menni. Esta teve como objetivo descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes internados por alcoolismo, entre 1980 e 2008. O autor constatou que dos 2203 pacientes, 1307 procuraram tratamento espontaneamente e 162 por ordem judicial, resultado esse que vem ao encontro da presente pesquisa.

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Nesse contexto, Faria e Schneider (2009), mostram em seu estudo com 1122 prontuários de usuários do CAPS de Álcool e Drogas, no período de 2005 a 2007, que 578 deles aderiram ao tratamento espontaneamente e 153 por ordem judicial. Uma pesquisa realizada por Pinho (2009), no Centro de Referência para álcool, tabaco e outras drogas, com 11 profissionais técnicos de nível superior que integram a equipe, os mesmos referem que há uma baixa procura espontânea de tratamento, e grande numero de internações por imposição familiar.

Vasters e Pillon (2011), em um estudo com 14 dependentes químicos que realizam tratamento em um CAPS ad II, evidenciou que apenas 3 deles procuraram tratamento espontaneamente e o restante ocorreu por ordem judicial ou por imposição da família.Segundo Andreatta (2009), o tratamento via judicial tira qualquer escolha do paciente sobre a adesão ao tratamento e quando estes recebem alta, retornam ao uso das drogas. Seadi, Oliveira (2009), afirma que as famílias que enfrentam o tratamento de um dos seus integrantes, pela primeira vez, sofrem pela dificuldade para concretizar a internação, as quais muitas vezes, ocorrem, primeiramente, de maneira compulsória.

O cruzamento das variáveis “tipo de internação” conforme o “grau de parentesco” dos familiares dos usuários de substâncias psicoativas mostra a importância que a mãe exerce nesse momento, em especial, quando a internação hospitalar de seu filho ocorre de maneira espontânea e/ou por imposição da família. Ressalta-se que o pai tem uma participação mais expressiva quando a internação se dá de forma compulsória.

Nesse contexto, Oliveira et al(2010) pontuam que a família é responsável pela transmissão de valores éticos e morais e contribui para a prevenção de inúmeros problemas decorrentes do uso de drogas. Os autores se reportam à figura materna como representativa, assume a responsabilidade na transmissão de valores da sociedade, de principal cuidadora e ela tem uma relação mais afetiva com os membros da família, proporciona mais segurança.

No que se refere à figura do pai, Hermeto et al(2010), em pesquisa com mães de filhos em acompanhamento no Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim (MSMCBJ), em Fortaleza, mostrou, implícito nas falas delas, que o pai exercia forte influencia para que os filhos iniciassem o uso abusivo de drogas ilícitas. Os autores evidenciaram que os pais abandonavam a família ou eram agressivos, alcoolistas e não possuíam uma boa relação com seus filhos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A dependência química é um problema de saúde pública, merecedor de atenção e reflexão de profissionais de todas as áreas, com ênfase nos da saúde, pesquisadores, gestores, estudantes e população em geral.

Participaram da pesquisa 40 familiares de usuários, com ênfase na presença significativa de mulheres, mães e cônjuges, resultado que reforça um dos papéis que a mulher assume o de cuidadora, bem como os níveis elevados de estresse, confirmados pelas fases de estresse em que se encontravam, ou seja, Fase Intermediária e Final do Estresse.

Importante destacar que, independente do número e da forma como ocorreram as internações hospitalares dos usuários, o estresse dos familiares pesquisados se manteve. O cruzamento do “tipo de internação” conforme o “grau de parentesco” dos familiares dos usuários mostra que quando a internação hospitalar ocorre espontaneamente e/ou por imposição da família, a presença da mãe e do cônjuge aparecem em percentuais mais elevados enquanto que o pai tem uma participação mais expressiva quando a internação se dá de forma compulsória.

Os resultados dessa pesquisa podem ser utilizados como indicadores importantes para profissionais da saúde responsáveis pelo cuidado desse contingente expressivo da população, em especial, os de enfermagem, no sentido de qualificar a assistência, aliada a estruturação de programas de promoção e de recuperação da saúde, extensivo aos familiares de usuários de substâncias psicoativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(18)
(19)

APÊNDICE A-DADOS DE CARACTERIZAÇÃO E SOCIODEMOGRÁFICOS DOS FAMILIARES

Prezado (a) Senhor(a)

Sou acadêmica, formanda do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI e estou realizando uma pesquisa com familiares de dependentes químicos internados nesta instituição de assistência à saúde e no CAPS I.

O objetivo geral da pesquisa é: “Identificar e comparar as fases de estresse de familiares de dependentes químicos, assistidos nos hospitais e no Centro de Atenção Psicossocial I do município de Ijuí/RS, bem como os mecanismos de enfrentamento utilizados por eles para lidar com o estresse”, sob orientação da professora Mestre Eniva M. F. Stumm.

Conto com sua colaboração, respondendo todas as questões com sinceridade e atenção. Considero importante ressaltar que sua identidade será preservada, os dados serão utilizados exclusivamente para fins científicos, resguardando todos que voluntariamente aceitarem integrar a pesquisa. Obrigada pela sua participação.

1. Profissão: _________________________________ 2. Idade: ______________

3. Gênero: ( )masculino ( )feminino

4. Estado civil: ( )solteiro(a) ( )divorciado(a) ( )casado(a) 5. Tem filhos: ( )sim ( )não

6. Grau de escolaridade: ( ) médio ( ) graduação ( ) especialização ( ) mestrado ( ) doutorado

7. Grau de parentesco do dependente químico: ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Irmão ( ) ( ) cônjuge ( ) Outro Especificar: ____________________________

8. Conforme suas informações, há quanto tempo seu familiar faz usa de drogas: ____________anos ________meses

9. Há quanto tempo sabes do uso de drogas pelo familiar:____________anos ________meses

(20)

10. Forma de internação: ( ) espontaneamente ( ) Por imposição da família ( ) Por ordem judicial ( ) Por consenso entre dependente e família ( )Outro Especificar: ____________________________

11. Ocorrência de internação hospitalar: ( ) 1 vez ( )2 vezes ( )mais de 3vezes

12. Existência de outras pessoas da família que usam drogas: ( ) Sim ( ) Não ( ) Quem: ___________

13. Existência de pessoas da família com doença mental ( ) Sim ( ) Não Quem: ____________

(21)

APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Senhor (a)

Meu nome é Itiana Vianna Fontana, sou formanda do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÌ tendo como orientadora e responsável pela pesquisa à professora mestre Eniva Miladi Fernandes Stumm.

Estou realizando um estudo onde o objetivo é identificar os níveis de estresse nos familiares de dependentes químicos internados no Hospital Bom Pastor e os assistidos no CAPS I, bem como os mecanismos de enfrentamento utilizados por eles para lidar com o estresse. A pesquisa se caracteriza como quantitativa, analítica, descritiva, transversal, sendo utilizados como instrumentos de coleta de dados dois formulários. Os mesmos serão entregues aos participantes da pesquisa, sendo que poderão ser preenchidos no momento de seu recebimento ou em outro local (domicílio), sendo agendada uma data para a entrega destes (até uma semana após), a combinar com a pesquisadora. A pesquisadora irá realizar visitas freqüentes ao Hospital e ao Caps I para o recebimento dos formulários, nos diferentes turnos.

Este estudo resultará no Trabalho de Conclusão do Curso de Enfermagem e os resultados divulgados em eventos e artigos em periódicos da área. Importante ressaltar que, igualmente, os resultados dessa pesquisa poderão ser utilizados como indicadores de gestão, favorecendo a identificação do estresse, bem como a prevenção de danos à saúde desses familiares.

As informações fornecidas serão mantidas em sigilo e sua identidade não será revelada em nenhuma circunstância. Você tem a liberdade de retirar o seu consentimento de participar do estudo em qualquer momento que achar oportuno, sem prejuízo, mesmo depois de ter assinado este documento. No caso de haver desistência de sua parte poderá entrar em contato comigo ou com minha orientadora através do endereço deixado neste documento. Caso deseje obter informações adicionais sobre o estudo, a qualquer momento, poderá manter contato com as pesquisadoras.

Destacamos que sua participação não acarretará nenhum prejuízo ou dano pelo fato de colaborar, assim como não terá nenhum ganho ou benefício direto.

(22)

Diante do exposto, eu ___________________________________________, RG______________ declaro que fui esclarecido o suficiente sobre o estudo a ser realizado por Itiana Vianna Fontana e concordo em participar.

Esse documento possui duas vias, ficando uma com o colaborador e a outra com a pesquisadora.

Ijuí (RS),________de __________________de 2010.

________________________________ _________________________________ Assinatura do entrevistado Assinatura da pesquisadora

____________________________________ Assinatura da Professora Responsável

Contatos:

Pesquisadoras: Professora Mestre Eniva Stumm - UNIJUI -Campus Universitário. Ijuí/RS. Fone: 3332-0460.

Estudante Itiana Fontana: UNIJUÌ-Campus Universitário. Ijuí/RS. Fone: (55) 3332-0460. Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUÍ: Rua do Comércio, nº 3000, Bairro Universitário,

(23)
(24)

ANEXO 1

"INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE STRESS" Quadro 1- F1:Sintomas Fisiológicos

Marque com um X os sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas ( ) 1- Mãos (pés) frios

( ) 2- Boca seca ( ) 3- Nó no estômago ( ) 4- Aumento de sudorese ( ) 5- Tensão muscular

( ) 6- Aperto de mandíbula/ranger de dentes ( ) 7- Diarréia passageira

( ) 8- Insônia ( ) 9- Taquicardia ( ) 10- Hiperventilação

( ) 11- Hipertensão arterial súbita ou passageira ( ) 12- Mudança de apetite

Soma...

Quadro 2-P1 Sintomas psicológicos

Marque com X os sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas ( ) 13- Aumento súbito de motivação

( ) 14- Entusiasmo súbito

( ) 15- Vontade súbita de iniciar novos projetos Soma...

Quadro 3- F2- Sintomas fisiológicos

Marque com X os sintomas que tem experimentado na última semana ( ) 1- Problemas com a memória

( ) 2 - Mal-estar generalizado, sem causa específica ( ) 3- Formigamento das extremidades

( ) 4 - Sensação de desgaste físico constante ( ) 5 - Mudança de apetite

( ) 6 - Aparecimento de problemas dermatológicos ( ) 7 - Hipertensão arterial

( ) 8 - Cansaço constante ( ) 9 - Aparecimento de úlcera

( ) 10 - Tontura/sensação de estar flutuando Soma...

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P2- Sintomas psicológicos

Marque com X os sintomas que tem experimentado na última semana ( ) 11- Sensibilidade e motivação excessiva

( ) 12- Dúvida quanto a si próprio

( ) 13- Pensar constantemente em um só assunto ( ) 14- Irritabilidade excessiva

( ) 15- Diminuição da libido Soma:

Quadro 4-F3: Sintomas fisiológicos

Marque com X os sintomas que tem experimentado na última semana ( ) 1 - Diarréia freqüente ( ) 2 - Dificuldades sexuais ( ) 3 - Insônia ( ) 4 - Náuseas ( ) 5 - Tiques ( ) 6 - Hipertensão continuada

( ) 7 - Problemas dermatológicos prolongados ( ) 8 - Mudança extrema de apetite

( ) 9 - Excesso de gases ( ) 10 - Tontura freqüente ( ) 11 - Úlcera

( ) 12 - Enfarte Soma...

Quadro 5- P3 Sintomas psicológicos

Marque com um X os sintomas que tem experimentado na última semana ( ) 13 - Impossibilidade de trabalhar

( ) 14 - Pesadelos

( ) 15 - Sensação de incompetência em todas as áreas ( ) 16 - Vontade de fugir de tudo

( ) 17 - Apatia, depressão ou raiva prolongada ( ) 18 - Cansaço excessivo

( ) 19 - Pensar/falar constantemente em um só assunto ( ) 20 - Irritabilidade sem causa aparente

( ) 21 - Angústia/ansiedade diária ( ) 22 - Hipersensibilidade emotiva ( ) 23 - Perda de senso de humor Soma...

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