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12 RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA.

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12 RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA.

Material e instrumental necessários para restaurações em amálgama:  Plástico para bancada

 alicate para rebite n° 141  arco de Ostby

 bastões de godiva  Lamparina à álcool

 brunidores para amálgama 29 e 33  Brunidor n° 6 de Hollenback

 condensadores para amálgama (de Ward n° 00, 1, 2 e 3)  cunhas de madeira

 disco de lixa de papel  esculpidor discóide-cleóide  esculpidores de Frahn  espelho plano  explorador duplo n° 5  Espátula n.1 de inserção  fio dental

 grampos para isolamento do campo operatório  godiva de baixa fusão

 lamparina à alcool

 esculpidores de Hollenback n° 3 e 3S  lençol de borracha para isolamento  mandril para contra-ângulo

 perfurador de Ainsworth  pinça clínica

 pinça hemostática tipo mosquito de ponta curva  pinça de Palmer

 porta-amálgama

 porta-matriz de Tofflemire  pote Dappen de borracha

 removedor de excessos proximais  tesoura reta

 tira de lixa aço

 tira-matriz de aço inoxidável de 5 e 7mm  pinça hemostática tipo mosquito curva  caneta de ponta porosa

 curetas de dentina

 pinça de Müller e papel carbono para articulação  avental, luvas, máscara e óculos de proteção  Aplicador para cimento de hidróxido de cálcio  Placa de vidro ou bloco de papel

 Espátula n. 22  Seringa Centix

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12.1 RESTAURAÇÕES DAS CAVIDADES DE CLASSE I.

A. Isolamento absoluto do campo operatório

A técnica de isolamento absoluto do campo operatório já foi vista em teoria e consta de montagem do lençol de borracha no arco de Ostby, demarcação de no mínimo um dente antes e um depois do dentes a ser restaurado. Como serão restaurados vários dentes posteriores de um mesmo hemiarco, deve-se proceder a demarcação do canino até o terceiro molar. A seguir faz-se a perfuração dessas demarcações. Para tal deve-se utilizar o orifício correto do perfurador, conforme descrito na Figura 13.1.

Figura 13.1 – Escolha correta do orifício do perfurador de Ainsworth.

A seguir deve ser verificado, com uso do fio dental, se os espaços interproximais não estão cortantes para que não rompa ou rasgue o lençol de borracha. Deve-se então amarrar um fio dental ao grampo e experimentar a sua adaptação no dente que o receberá. A posição da pinça e a empunhadura varia se vamos isolar a arcada inferior ou superior (Figura 13.2).

Figura 13.2 – Empunhaduras para isolamento do arco inferior (A) e superior (B).

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A seguir deve-se lubrificar a borracha com sabão cirúrgico e colocar o grampo n° 202 na perfuração mais distal que corresp ondente ao dente que receberá o grampo (Figura 13.3).

Figura 13.3 – Adaptação do conjunto grampo/lençol de borracha ao dente

A seguir procede-se a adaptação da borracha nos espaços interproximais empregando o fio dental. Após esta etapa deve-se invaginar o lençol de borracha no interior do sulco gengival empregando a espátula n°1 de inserção (Figura 13.4).

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Este procedimento visa evitar o extravasamento de saliva e fluídos do sulco gengival para o campo operatório, como se observa na Figura 13.5.

Figura 13.5 – Importância do correto invaginamento do lençol de borracha, bloqueando a penetração de fluídos no campo operatório.

Se necessário, podemos fazer amarria no elemento 33 para estabilizar o conjunto.

B. Técnica da Restauração

 Disposição do instrumental para a restauração

 Trituração do amálgama: mecânica ou manual

 Remoção do excesso de mercúrio com lençol de camurça, se necessário.

 Seleção de um condensador que seja capaz de alcançar as regiões mais profundas do preparo.

 Com o porta-amálgama levamos pequena porção do material ao interior da cavidade.

 Condensação: consiste na adaptação do material às paredes cavitárias, usando um calcador de pequeno diâmetro (n° 1) conde nsando o amálgama, inicialmente, contra as zonas de retenção e depois contra as paredes cavitárias até preencher a cavidade com ligeiro excesso. O tempo total de condensação do material na cavidade não deve ser superior a 3 minutos. À

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medida que a cavidade vai sendo preenchida, vamos utilizando calcadores de maior diâmetro.

 Brunidura pré-escultura: realizado após o preenchimento da cavidade, com o brunidor usado sob pressão, com a finalidade de adaptar o amálgama ao cavo superficial.

 Escultura: iniciada após o início da cristalização do amálgama com o Hollenback 3S ou esculpidores de Frahn, determinando a região das fóssulas mesial e distal. O mesmo instrumento faz a escultura do sulco principal mésio-distal e sulco transversal vestíbulo-lingual. Determina-se também a inclinação das vertentes triturantes. O cleóide pode ser usado no acabamento da escultura das fossas.

 Brunidura pós-escultura: o brunidor é aplicado sem pressão contra a superfície da restauração, tracionando-o para fora da cavidade (ou para o ângulo cavo superficial), a fim de conferir lisura para facilitar o polimento.

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12.2 RESTAURAÇÕES DAS CAVIDADES DE CLASSE V.

A. Isolamento absoluto do campo operatório

0 isolamento é feito da mesma forma que para o exercício anterior.

B. Técnica da Restauração

Por se tratar de cavidade classe V extensa, há necessidade de utilização de matriz individual fenestrada, que permitirá fazer uma correta pressão de condensação para que a restauração não se solte.

Leva-se o conjunto matriz e porta-matriz em posição no dente 36, com o porta matriz posicionado lingualmente, e faz-se uma marca da posição onde a cavidade relaciona-se com a matriz. Remove-se o conjunto do dente e perfura-se essa marca com uma ponta diamantada esférica ou cilíndrica. Esta perfuração ou fenestração deve ter um diâmetro de apenas o suficiente para se poder colocar o material restaurador e condensá-lo. Recoloca-se a matriz em posição e aperta-se o porta matriz (Figura 13.6).

Figura 13.6 – Posicionamento da matriz fenestrada.

Condensar o material com ligeiro excesso e aguardar o início da cristalização antes de remover a matriz. A seguir se realiza a bunidura pré-escultura, escultura e brunidura pós-escultura.

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Ao realizar a escultura devemos tomar o cuidado de reproduzir o contorno da face livre que está sendo restaurada. Para isso devemos proceder a escultura em dois planos, devolvendo a convexidade da face que está sendo restaurada (Figura 13.7).

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12.3 RESTAURAÇÕES DAS CAVIDADES DE CLASSE II NO 36 (MO) E 25 (MOD) (COM MATRIZ UNIVERSAL).

A - Isolamento absoluto compreendendo o hemiarco correspondente.

B - Instalação do conjunto matriz e porta-matriz

Para esta restauração iremos empregar o porta-matriz de Tofflemire, mostrado na Figura 13.8.

Figura 13.8 – Porta-matriz de Tofflemire e suas partes constituintes.

Recortar um pedaço de tira de matriz de altura correspondente ao dente a ser restaurado. Devemos lembrar que a matriz utilizada deve ficar de 1 a 2mm acima da crista marginal do dente vizinho e de 1 a 1,5mm além do cavo-superficial gengival (Figura 13.9).

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Unir as duas pontas para formar uma alça (Figura 13.10 A). As pontas são colocadas na fenda diagonal e o restante da alça deve passar por uma das fendas guias (Figura 13.10 B)

Figura 13.10 – Colocação da matriz no porta matriz

A escolha de qual fenda guia será utilizada depende do dente a ser restaurado. Geralmente posiciona-se a armação do porta-matriz por vestibular, com o seu longo eixo paralelo à arcada dental. Contudo, a sua posição pode variar de acordo com a conveniência em cada situação (Figura 13.11).

Figura 13.11 – Opções de posicionamento da matriz nas fendas guia.

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A maçaneta externa deve ser girada no sentido horário para apertar o parafuso contra a tira de matriz e promover sua fixação (Figura 13.12).

Figura 13.12 – Fixação da matriz no porta-matriz.

De acordo com o dente a ser restaurado, o tamanho da alça da tira matriz pode ser aumentado ou diminuído girando a maçaneta interna no sentido anti-horário ou horário, respectivamente (Figura 13.13).

Figura 13.13 – Modificação do diâmetro da alça da tira matriz.

Para melhorar o contorno da matriz e facilitar o posicionamento pode-se empregar o cabo de um espelho ou pinça clínica, como mostrado na Figura 13.14.

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Figura 13.14 – Contornamento a tira de matriz

A seguir realiza-se a estabilização da matriz no dente segurando o conjunto com o dedo indicador da mão esquerda e girando a maçaneta interna no sentido horário com a mão direita (Figura 13.15).

Figura 13.15 – Estabilização do porta-matriz.

O porta-matriz tipo Tofflemire deve ser posicionado de tal forma que as fendas estejam voltadas para a gengiva, de forma a facilitar sua posterior remoção (Figura 13.16).

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Figura 13.16 – Colocação correta do porta-matriz com as fendas voltadas para a gengiva.

Com o porta-matriz adequadamente posicionado e estabilizado verifica-se a fenda guia centralizada na face vestibular (Figura 13.17).

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C - Inserção da cunha de madeira através da ameia mais volumosa utilizando a pinça hemostática tipo mosquito (Figura 13.18).

Figura 13.18 – Inserção da cunha na ameia lingual.

A adaptação da matriz na região cervical deve ser testada por meio de uma sonda exploradora, forçando o instrumento entre a matriz e o cavo-superficial gengival.

D - Seleção do condensador capaz de alcançar as regiões mais profundas do preparo (Figura 13.19).

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E - Levar o material à cavidade por meio de um porta-amálgama, inicialmente na caixa proximal (Figura 13.20).

Figura 13.20 – Inserção do amálgama. F - Condensação do material.

Iniciar pelas regiões mais profundas e nos locais onde foram realizadas as retenções adicionais empregando o condensador de menor diâmetro (Figura 13.21)

Figura 13.21 – Início da condensação.

A cavidade deve ser preenchida com excesso de material, aumentando gradualmente o tamanho do condensador (Figura 13.22).

Figura 13.22 – Preenchimento da cavidade em excesso.

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G – Realizar a brunidura pré-escultura

Pressionar o material no sentido das margens para melhorar a adaptação (Figura 13.23).

Figura 13.23 – A -brunidura pré-escultura. B – Pressionar o material restaurador no sentido da margem.

H – Realizar a escultura

Ela deve ser iniciada pela vertente proximal da crista marginal, utilizando para isso uma sonda exploradora (Figura 13.24).

Figura 13.24 – Delimitação da vertente proximal da crista marginal.

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Iniciar a escultura da superfície oclusal utilizando o esculpidor de Hollenback, Frahn ou cleóide (Figura 13.25).

Figura 13.25 – Início da escultura.

Deve-se tomar o cuidado de não aprofundar demasiadamente a escultura. A ponta do instrumento deve estar localizada na região do futuro sulco central, enquanto a lateral deve tocar o cavo-superficial (Figura 13.26).

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O instrumento deve ser movimentado seguindo o contorno do remanescente, removendo gradualmente o excesso de material (Figura 13.27).

Figura 13.27 – Realização da escultura acompanhando o contorno do remanescente.

I - Remover o porta-matriz e a tira de matriz.

Inicialmente remove-se o porta-matriz e a seguir, a tira de matriz de forma cuidadosa, evitando a fratura do material (Figura 13.28).

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Devemos proceder então os retoques na escultura, de forma a devolver a anatomia dental original (Figura 13.29).

Figura 13.29 – Refinamento da escultura.

J – Realizar a brunidura pós-escultura.

K – Checagem da oclusão

Deve-se empregar o papel carbono para articulação e a pinça de Müller. O carbono é interposto entre os dentes do manequim, devendo o arco inferior ser movimentado com a mão, realizando movimentos de fechamento e lateralidade. Caso algum contato prematuro seja detectado, ele deve ser imediatamente ajustado com os esculpidores. A área ajustada deve ser novamente brunida.

É completamente contra-indicada a realização de ajuste oclusal imediato utilizando instrumento rotatório, o qual poderia prejudicar as propriedades físicas do amálgama recém-condensado.

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12.4 RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA DAS CAVIDADES DE CLASSE I COMPOSTAS.

A. Isolamento absoluto do campo operatório

Deve-se isolar no mínimo 1 dente antes e 1 depois daquele que será restaurado, colocando-se o grampo no último dente. Contundo, visando possbilitar um melhor treinamento, serão isolados os dentes de canino até o terceiro molar.

B. Utilização da Matriz de Barton

Coloca-se a matriz universal no dente, utilizando o porta matriz de Tofflemire por vestibular e, em seguida, adapta-se um pedaço de tira matriz na região do degrau lingual, de modo que este pedaço de tira matriz ultrapasse os limites da caixa em 1mm no mínimo (Figura 13.30 A, B e C). A seguir deve-se aquecer um bastão de godiva de baixa fusão e impregnar a ponta de uma cunha de madeira (Figura 13.30 D, E e F). Esta cunha deverá calçar a matriz recortada contra a superfície lingual do dente, sendo colocada entre ela e a matriz universal, procurando dar estabilidade à matriz, para permitir a condensação do amálgama. Para tal, deve-se afastar a matriz recortada do dente através de algum instrumento de ponta fina, como a sonda exploradora, e a seguir inserir a cunha com a godiva (Figura 13.30 G). A seqüência técnica pode ser observada na Figura 13.30.

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Figura 13.30 - Confecção da Matriz de Barton.

A

B

C

D

E

F

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C. Técnica da Restauração

Os passos são os mesmos do exercício anterior com relação ao preparo do instrumental, trituração do amálgama, remoção do excesso de mercúrio e restauração da cavidade de classe I simples.

Para a restauração das cavidades compostas, iniciar a condensação pela caixa lingual, condensando o material restaurador contra as retenções nos triedros e em toda parede gengival, com o menor condensador. Vai-se preenchendo toda a caixa lingual até atingir o nível da parede pulpar, passando à condensação de toda caixa oclusal, com ligeiro excesso. Em seguida é feita a brunidura pré-escultura e, após o início da cristalização do amálgama, iniciamos a escultura.

Escultura: com o explorador, remover o excesso de amálgama da face lingual, passando a ponta deste instrumento contra a matriz, de distal para mesial, determinando a inclinação desta face (Figura 13.30 H). A escultura da face oclusal segue a mesma orientação das anteriores, isto é, o Hollenback 3S determina a região do sulco ocluso-lingual que será terminado após a remoção da matriz.

A seguir deve-se remover a matriz: soltando-se o parafuso que determina o diâmetro da matriz universal para depois remover a godiva e a matriz de Barton. O próximo passo é a brunidura pós-escultura, dirigindo o brunidor do centro do amálgama para o ângulo cavo superficial. A avaliação oclusal deve ser feita e os ajustes cabíveis realizados. O acabamento e polimento deve ser realizado no mínimo após 24 ou 48 horas.

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12.5 RESTAURAÇÕES DAS CAVIDADES DE CLASSE II (MODV) COM MATRIZ INDIVIDUAL REBITADA.

A. Confecção da matriz individual

De posse de uma tira de matriz de aço inoxidável de largura ligeiramente superior à altura do dente a ser restaurado, medimos o diâmetro do dente e cortamos a tira com 1cm de excesso, para que possamos segurá-la com firmeza. Recolocando-a no dente, fazemos uma demarcação no local correspondente ao correto diâmetro do mesmo utilizando um alicate de bico chato ou uma pinça mosquito. Remove-se a tira do dente e, no local demarcado, com o alicate 141 realizamos 1 ou 2 perfurações. Invertemos a posição do alicate e rebitamos as rebarbas das perfurações. Voltamos a matriz em posição no dente e dobramos as pontas sobre a superfície vestibular (Figura 13.31).

Figura 13.31 – Confecção da matriz rebitada.

Após a adaptação da matriz, as cunhas de madeira são inseridas por lingual nas faces proximais mesial e distal, utilizando uma pinça hemostática tipo mosquito. A seguir verificamos se a matriz está tocando o dente adjacente, de forma a possibilitar a correta restituição do ponto de contato.

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Esse conjunto de matriz e cunha poderá ser estabilizado por godiva de baixa fusão plastificada e comprimida sobre o conjunto por vestibular e por lingual, tomando-se cuidado para que a godiva não penetre no preparo cavitário. Para maior reforço dessa estabilização, podemos aquecer um pedaço de fio de aço dobrado em U e colocá-lo sobre o conjunto, unindo as duas porções de godiva.

C. Técnica da Restauração

Os procedimentos restauradores são os mesmos realizados anteriormente. Por se tratar de um preparo tipo MODV com orifício para amalgapin, inicia-se a condensação pela caixa distal, na região correspondente ao orifício, depois a mesial e a seguir a oclusal.

A escultura é iniciada pelas cristas marginais com o explorador de modo que a ponta do instrumento encoste-se à tira matriz e, ao ser tracionado de vestibular para lingual e vice-versa, sua porção lateral determine a altura da crista e a inclinação da vertente externa da crista marginal. Em seguida, com o Hollenback 3S, será esculpida a porção oclusal das cristas, o sulco principal mésio-distal e as fossas mesial e distal.

Realiza-se a brunidura pós-escultura sem pressão e, para a remoção da matriz, inicialmente remove-se o fio de aço em U, a godiva, as cunhas e finalmente corta-se a matriz para poder removê-la.

A avaliação oclusal deve ser feita e os ajustes cabíveis realizados com instrumentos manuais.

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13 ACABAMENTO E POLIMENTO DAS RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA.

A. Introdução

A finalidade do acabamento e polimento das restaurações de amálgama será proporcionar melhor adaptação marginal da restauração, ajustar o contorno e a oclusão dentária, tornar a superfície lisa e menos susceptível ao acúmulo de placa bacteriana e resíduos responsáveis pelas manchas e corrosão.

Neste procedimento operatório devemos utilizar instrumentos e materiais em ordem decrescente de abrasividade, de preferência em baixa velocidade, com pequena pressão, evitando o superaquecimento do dente.

B. Material e instrumental

 pinça, espelho e explorador

 tiras de lixa de aço e tesoura

 contra-ângulo e mandril para contra-ângulo

 taça de borracha

 Escova de Robinson

 conjunto de brocas multilaminadas de 12 lâminas

 conjunto de borrachas abrasivas para polimento de amálgama

 pote Dappen C. Seqüência

C.1 – Acabamento

Por meio de uma sonda exploradora devemos verificar a adaptação marginal e a presença de excessos (Figura 14.1 A). Com as brocas multilaminadas em baixa rotação melhoramos a escultura da face oclusal das restaurações e da região das margens proximais (Figura 14.1 B). As tiras de lixa de aço podem ser usadas para a remoção de eventuais excessos na região cervical.

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Figura 14.1 – A – checagem das margens. B – Acabamento com broca de 12 lâminas. C.2 – Polimento

Para o polimento das restaurações de amálgama podemos optar por duas técnicas: a Convencional e a das borrachas abrasivas. Os resultados finais de ambas as técnicas são semelhantes, diferindo apenas no custo final do procedimento, que é maior na técnica das borrachas.

A técnica Convencional consiste em se promover a abrasão da superfície da restauração com uma pasta de pedra pomes e água, através de uma escova de Robinson (Figura 14.2 A). A seguir devemos lavar a região para remover os resíduos de abrasivo e então aplicar uma pasta de Branco de Espanha ou Óxido de Zinco com álcool, por meio de uma taça de borracha (Figura 14.2 B). É extremamente importante que o local a ser polido esteja constantemente impregnado com o agente abrasivo. Para tal, ele deve ser constantemente reaplicado durante o procedimento.

Figura 14.2 – A - polimento inicial com pedra pomes e escova de Robinson. B – polimento final com pasta de óxido de Zn e taça de borracha.

A

B

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A técnica das borrachas abrasivas consiste na utilização de pontas ou taças de borracha impregnadas com materiais abrasivos, da maior para a menor granulação. Deve-se aplicar inicialmente a borracha de cor marrom, depois a verde e por último a azul. Estas borrachas devem ser utilizadas com movimentos intermitentes e de preferência lubrificadas com gel próprio para este fim, de forma a se evitar um aquecimento muito intenso.

Podemos optar por uma técnica ou outra, não sendo recomendada a sua associação, pois poderíamos promover ranhuras numa superfície previamente polida.

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14 PREPAROS CAVITÁRIOS PARA MATERIAIS ESTÉTICOS EM DENTES ANTERIORES.

14.1 PREPARO DE CAVIDADE DE CLASSE III NOS DENTES.

A. Introdução

Este tipo de preparo está indicado para as faces proximais de dentes anteriores. A superfície de contato não deve ser incluída no preparo, a não ser que esteja atingida pela lesão cariosa. Em algumas situações podemos lançar mão de técnicas de separação dental para diminuir a perda de estrutura dental sadia.

Sempre que possível, é preferível o acesso por lingual, uma vez que a estética será superior com a preservação da porção vestibular. Há situações em que o preparo deverá ser feito com acesso vestibular, por exemplo, quando a cárie já destruiu a estrutura dentária por vestibular ou quando há necessidade de troca de restauração cujo acesso tenha sido por vestibular. Quando não existir o dente adjacente ou quando da realização de um preparo num dente vizinho a cavidade já preparada, podemos optar pelo preparo estritamente proximal.

B. Manobras Prévias

B1. Checagem dos contatos oclusais

Antes de iniciar o preparo cavitário, um pedaço de carbono para articulação deve ser adaptado na pinça de Müller. Este deve ser posicionado entre as arcadas, devendo o aluno fazer com que o manequim oclua sobre ele, deslocando o arco inferior com a mão em movimentos de fechamento (lado preto do carbono), protrusão e lateralidade (lado vermelho do carbono), os quais devem ser repetidos algumas vezes, até que as marcações dos contatos e as guias sejam observadas.

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B2. Desenho do contorno do preparo.

Empregando-se uma lapiseira 0.5mm deve-se desenhar o contorno do futuro preparo cavitário diretamente sobre o dente do manequim.

B. Técnica de preparo

1 ° tempo operatório : abertura

Inicialmente deve-se proteger a superfície proximal do dente vizinho por meio de uma tira de matriz de aço. Com uma com uma ponta diamantada esférica 1011 ou broca esférica lisa n° ½ ou 1, iniciar a pe netração por lingual a 0.5mm da superfície proximal onde se localiza a lesão de cárie, para evitar injúrias ao dente vizinho. A broca dirige-se perpendicularmente ao longo eixo do dente (Figura 15.1). Deve-se evitar, sempre que possível, a destruição completa das cristas marginais (Figura 15.2).

Figura 15.1 – Direção de penetração com a broca esférica.

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2° tempo operatório : contorno

A forma de contorno em preparos para materiais estéticos limita-se à remoção do tecido cariado, não sendo realizado nenhum tipo de extensão preventiva.

Após a abertura, a broca vai sendo dirigida para vestibular com movimentos pendulares para cervical e incisal sem ampliar muito e sem atingir a face vestibular (Figura 15.3), porém, removendo toda parede proximal da face em questão (mesial ou distal) (Figura 15.4). O contato interproximal é mantido.

Figura 15.3 – Vista proximal do contorno final da cavidade.

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3° tempo operatório : resistência

Para a regularização das paredes cavitárias utilizamos uma ponta diamantada esférica compatível com o tamanho da cavidade. Dessa forma, o preparo se caracteriza por ângulos internos arredondados.

4° tempo operatório : retenção

Quando o preparo se destina a restauração com resina composta, a retenção será dada pelo condicionamento ácido do esmalte e dentina e aplicação do sistema adesivo.

5° tempo operatório : remoção da dentina cariada

Broca esférica em baixa rotação.

6° tempo operatório : acabamento das paredes de esmalte

Quando a cavidade se destina à restauração com resina composta, um bisel será realizado no esmalte apenas na região do ângulo cavo superficial vestibular, utilizando a ponta diamantada cônica 1061.

7° tempo operatório : limpeza da cavidade

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Quando se optar pelo acesso vestibular, a parede lingual pode ser preservada e deve ser realizado um bisel no cavo-superficial vestibular Figura 15.5 e 15.6.

Figura 15.5 – Acesso vestibular. Vista proximal.

Figura 15.6 – Acesso vestibular. Vista mésio-distal.

Quando se optar pelo acesso estritamente proximal, as paredes vestibular e lingual devem ser preservadas, não sendo necessária a realização de bisel (Figura 15.7).

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14.2 PREPARO DE CAVIDADES DE CLASSE V EM ESMALTE NA VESTIBULAR DO DENTE 21.

Este preparo será realizado no terço cervical sem atingir cemento, ficando com todo ângulo cavo-superficial em esmalte.

Caracteriza-se por uma cavidade realizada com ponta diamantada esférica, apresentando os ângulos internos arredondados, profundidade de 1mm e confecção de bisel de 0,5 a 1,0mm em todo o ângulo cavo-superficial (Figura 15.8).

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14.3 PREPARO DA CAVIDADE DE CLASSE V NO LIMITE AMELO-CEMENTÁRIO NA VESTIBULAR NO 43.

Há situações em que a cárie atinge a porção radicular do dente envolvendo o cemento. Nestes casos não deve ser realizado bisel na região cervical, pois não há presença de esmalte para ser condicionado.

O preparo consiste numa cavidade realizada com brocas esféricas, ângulos internos levemente arredondados e bisel no ângulo cavo superficial incisal (Figura 15.9).

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14.4 PREPARO DE CLASSE IV.

As cavidades de classe IV são preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos com remoção do ângulo incisal (Figua 15.10).

Técnica do preparo:

 Demarcar com lápis o contorno do preparo

 Proteção do dente vizinho com tira matriz de aço

 Abertura: ponta diamantada esférica 1011

 Forma de contorno

• conservadora, preservando o máximo de tecido sadio

• varia de acordo com o tamanho da lesão de cárie, fratura ou restauração pré-existente

• normalmente envolvem as faces V e L e o ângulo incisal

• paredes circundantes perpendiculares à superfície externa.

 Remoção do tecido cariado com broca carbide grande em baixa rotação

 Ângulos internos arredondados

 Acabamento das paredes

• bisel no esmalte na região do ângulo cavo-superficial vestibular, com a ponta diamantada cônica 1061.

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15 RESTAURAÇÕES COM RESINA COMPOSTA EM DENTES ANTERIORES.

A. Instrumental e material

 Plástico para bancada;

 Avental, luvas, óculos de proteção e máscara;

 Manequim;

 Espelho, pinça, explorador n° 5;

 Tira matriz de poliéster;

 Cunhas de madeira de diversas espessuras;

 Espátula de inserção n° 1

 Espátula anti-aderente dourada;

 Aplicadores do tipo Microbrush;

 Pincel chato;

 Tesoura reta;

 2 pote dappen, sendo um deles opaco;

 Placa de vidro para colocação da resina composta;

 Pontas diamantadas douradas para acabamento de resina composta;

 Pontas de borracha abrasivas para polimento de resina composta;

 Bisturi n° 15;

 Cabo para bisturi;

 Tiras de lixa para acabamento de resina composta;

 Discos de óxido de alumínio para polimento de resina composta - Sof-Lex (3M) sortidos;

 Discos de feltro;

 Pasta para polimento de resina composta;

 Mandril para contra-ângulo;

 Carbono para articulação e pinça de Müller.

 Calcador de fio afastador gengival de ponta arredondada

 Fio de afastamento gengival

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B. Técnica da restauração:

1. Seleção da cor; 2. Isolamento absoluto;

3. Profilaxia: na clínica ela será realizada com uma pasta com pedra-pomes e água, que será empregada para limpeza da superfície do esmalte dental, utilizando escova de Robinson. No laboratório não será realizada.

4. Lavagem e secagem do dente;

5 Proteção dos dentes vizinhos com um pedaço de tira de matriz de poliéster. 6. Condicionamento ácido total - aplicação por 15 s em esmalte + 15 s em

esmalte e dentina, em uma extensão de mais ou menos 1 mm além do bisel do esmalte circundante do preparo;

7. Lavagem por 30 segundos e secagem com papel absorvente; 8. Aplicação do sistema do adesivo e fotopolimerização por 10 seg.

9 Colocação de matriz de poliéster e cunha de madeira para os preparos que envolvam a superfície proximal (Figura 16.1).

Figura 16.1 – Posicionamento da tira de poliéster e da cunha de madeira.

10. Inserção da resina composta fotoativada - retira-se pequena porção da bisnaga da cor escolhida no bloco pequeno de papel ou placa de vidro e cobre-se para evitar penetração da luz natural. Em seguida, através da técnica incremental faz-se a colocação da resina na cavidade, evitando unir

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mais de duas paredes simultâneamente, fotopolimerizando cada porção de 2 mm por 40 segundos ou seguindo orientação do fabricante. Quando necessário deve se usar resinas de dentina e esmalte. Faz-se a inserção da resina até completo preenchimento da cavidade, dando contorno e ponto de contato, restabelecendo anatomia de cada dente. Na última porção pode-se envolver o dente com a tira-matriz para perfeito contorno da estrutura dental (Figura 16.2);

Figura 16.2 – Após a inserção da resina a tira é puxada para formar o contorno proximal da restauração.

11. Manipulação e inserção da resina composta quimicamente ativada - retira-se duas porções iguais das pastas básica e catalizadora da resina composta e manipula-se por 20 segundos. Insere-se a pasta homogênea no preparo em incremento único e envolve-se o dente com a tira matriz de poliéster para perfeito contorno da estrutura dental. Aguarda-se de 3 a 5 minutos para polimerização final.

12. Acabamento - remoção dos excessos maiores com pontas diamantadas douradas ou bisturi ou ainda utilizando o disco Sof-Lex de maior abrasividade (Preto). Ao retirarmos os excessos com as pontas diamantadas, devemos ter o cuidado de não tocar no dente e nem nas regiões de contato. Na face proximal, os excessos são retirados com tiras de lixa de granulação mais grossa;

13. Polimento - após 24 horas, na superfície palatina deve-se empregar o sistema de pontas abrasivas de silicone. Nas superfícies planas, como a

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vestibular e a borda incisal, empregam-se os discos de óxido de alumínio (Sof-Lex 3M), na seqüência da cor azul mais escura (granulação mais grossa) até a mais clara (granulação fina), que devem ser usados em ausência de umidade e em baixa velocidade. Nas faces proximais, o polimento é dado com tiras de lixa de granulação mais fina.

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16 PREPARO TIPO TÚNEL.

É considerado uma alternativa aos preparos tradicionais para o acesso às lesões interproximais. É uma técnica conservadora para a restauração de pequenas lesões de cárie interproximais. Este tipo de preparo permite não só a preservação da crista marginal, como também conserva esmalte e dentina sadios, que seriam sacrificados em um preparo convencional.

A. Vantagens:

• Preservação da crista marginal.

• Menor perda de estrutura dental.

• Manutenção da relação de contato entre os dentes envolvidos em estrutura dental sadia.

• Redução no perímetro da restauração, minimizando assim a possibilidade de microinfiltração.

• Não ocorrência de excessos ao nível gengival.

• Se necessário, devido a uma maior extensão da cárie do que inicialmente pensado, pode ser facilmente transformado em um preparo convencional classe ll.

B. Desvantagens:

• É um preparo altamente sensível à técnica, demandando um controle cuidadoso do operador.

• A angulação do preparo freqüentemente passa próximo à polpa. Alguns estudos têm demonstrado que o preparo tipo túnel geralmente passa em torno de 1 mm da polpa. Um preparo convencional de classe II tende a deixar uma espessura maior de dentina nesta região.

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• Devido à natureza conservadora do preparo, a visibilidade do operador fica prejudicada e conseqüentemente a remoção de todo o tecido cariado é mais incerta.

• Existe preocupação quanto a uma redução na resistência da crista marginal. À medida que o diâmetro do preparo aumenta, a resistência da crista marginal diminui.

C. Indicações e contra-indicações

Indicado para lesões incipientes de cárie proximal, que radiograficamente atingem a dentina, porém restando uma quantidade substancial de estrutura dental entre o topo da lesão e a superfície da crista marginal, de cerca de 2mm.

Este tipo de preparo deve ser evitado quando são diagnosticadas extensas lesões de cárie; quando o acesso é particularmente difícil; quando a crista marginal envolvida está sujeita a fortes esforços oclusais ou apresenta trincas; quando a lesão proximal coincidir ou envolver a área de contato; ou nos casos com dentes de coroa clínica muito alta e que a lesão proximal se estende subgengivalmente.

D. Características do preparo

As lesões de cárie proximais geralmente iniciam-se abaixo ou ao redor do ponto ou área de contato. Histológica e clinicamente, essas lesões serão geralmente maiores do que aparecem radiograficamente.

1 Instrumental

Todo material clínico requerido para os preparos cavitários anteriormente citados.

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2 Tempos operatórios

Inicialmente deve-se proteger o dente vizinho com um pedaço de tira de aço. Na fossa próxima à lesão, com a broca esférica n°1, inicia-se o acesso. Este ponto de acesso oclusal deve ficar aproximadamente a 2 mm da crista marginal, de modo que seja mantida uma borda oclusal resistente em esmalte.

A broca deve ser inicialmente inclinada em direção à lesão, ou seja, em direção à face proximal do dente, até aproximadamente 1 mm abaixo do ponto de contato (Figura 17.12). É fundamental que a broca entre e saia do preparo girando, de forma a evitar a fratura da mesma.

Figura 17.12 – Abertura da cavidade.

Com a broca esférica n° 2 executam-se movimentos pe ndulares de vestibular para lingual, para ampliar a cavidade de acesso oclusal à lesão (Figura 17.13).

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A remoção do tecido cariado simulado deve ser realizada com brocas esféricas em baixa rotação.

CARACTERÍSTICAS FINAIS DA CAVIDADE

 Abertura de acesso oclusal na fossa D de forma a permitir a remoção do tecido cariado e inserção do material restaurador.

 Crista marginal remanescente com no mínimo 2 mm nos sentidos horizontal e vertical.

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17 PREPARO PARA FACETA DIRETA.

A. Introdução

A faceta estética é uma opção para restauração de dentes anteriores. Pode ser direta e indireta.

A técnica direta é realizada em uma única sessão e, portanto, mais econômica. Porém, o profissional necessita excelente habilidade manual e conhecimentos para devolver ao dente harmonia de forma, posição e a cor dos dentes.

A técnica indireta é mais estética, mais resistente à abrasão e manchamento. Porém, o sucesso também depende de habilidade da técnica de laboratório para conseguir detalhes de morfologia, cor, caracterização, opacidade, translucidez e textura superficial a fim de criar aspecto natural e harmônico.

B. Material e instrumental

Manequim

Ponta diamantada 1012 ou 1013 Ponta diamantada 2135 ou 4138 C. Posição manequim Operador

Superior anterior D. Visão

Direta

E. Tempos Operatórios

1° tempo operatório – Canaleta de orientação periférica

Desenhar a lápis o contorno da canaleta. Com a ponta diamantada esférica n° 1012 ou 1013, montada em contra-ângulo com sua haste em 45° com o plano vestibular, inicia-se a execução da canaleta cervical, para delinear o

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"entalhe" das margens do preparo ou sulco periférico com profundidade mínima de 0,5 a 1 mm. Esta canaleta deve ser estendida pelas superfícies proximais até os ângulos mésio-incisal e disto-incisal, formando uma letra U invertida (Figura 17.15).

Figura 17.15 – Canaleta de orientação periférica.

2° tempo operatório - Sulco de orientação

Sulco de orientação – Desenhar inicialmente com lápis. Com a ponta diamantada cônica de ponta arredondada 2135 ou 4138 com sua parte ativa paralela à face vestibular, executa-se um sulco de orientação no sentido gengivo-incisal, com profundidade de 0,3 a 1,0mm acompanhando a convexidade da face vestibular (terço gengival, médio e incisal) (Figura 17.16). Esse sulco é realizado no centro da face vestibular (Figura 17.17).

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Figura 17.17 – Sulco cérvico-incisal.

3° tempo operatório - Desgaste vestibular

Desgaste vestibular - Com a ponta diamantada de ponta arredondada 2135 ou 4138 executa-se o desgaste da estrutura do remanescente da face vestibular colocando a broca no sulco de orientação central e movimentando para distal, indo de encontro à canaleta cérvico-incisal distal, desgastando toda essa área. O mesmo é realizado para o preparo da metade mésio-vestibular do dente Figuras 17.18 e 17.19.

Figura 17.18 – Desgante vestibular.

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4° tempo operatório – Acabamento.

Por meio da ponta diamantada dourada 2135F ou 4138F faz-se o acabamento do preparo e alisamento de todas as irregularidades.

5° tempo operatório - limpeza da cavidade.

Limpeza de cavidade - Os resíduos devem ser removidos com jatos de água/ar.

CARACTERÍSTICAS FINAIS DA CAVIDADE

 Redução vestibular com 0,5 a 1,0mm.

 Paredes planas, regulares e lisas, seguindo o contorno anatômico vestibular.

 Término do preparo em chanfro.

 Extensão proximal envolvendo metade da distância vestíbulo-lingual.

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18 PREPARO PARA RESINA COMPOSTA EM DENTE POSTERIOR.

O preparo para resina composta nos dentes posteriores deve restringir-se à remoção do tecido cariado. Inicialmente deve-se proteger o dente vizinho com uma tira de aço. No laboratório iniciaremos a abertura da cavidade com ponta diamantada ou broca esférica ou broca 330, de forma que a largura V-L na região do preparo seja ligeiramente maior do que o diâmetro da broca. A caixa proximal deve ter forma de gota, com as paredes V e L convergentes para oclusal.

CARACTERÍSTICAS FINAIS DA CAVIDADE

Caixa oclusal

 Largura V-L de ¼ da distância entre os vértices da cúspides;

 Paredes V-L convergentes para oclusal;

 Parede pulpar côncava;

 Ângulos arredondados;

 Ângulo cavo-superficial sem bisel. Caixa proximal

 Forma de gota

 Limites periféricos em esmalte

 Paredes V e L convergentes para oclusal e divergentes para proximal

 Ângulos arredondados

 Parede gengival côncava

 Ângulo cavo-superficial sem bisel

 Parede axial plana no sentido V-L e expulsiva para oclusal.

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19 RESTAURAÇÕES EM RC NOS DENTES POSTERIORES

Materiais necessários:

 Plástico para bancada;

 Avental, luvas, óculos de proteção e máscara;  Manequim

 Espelho, pinça, explorador n° 5;  Tira matriz de aço;

 Porta matriz tipo Tofflemire;  Matrizes seccionais (TDV);

 Matrizes de fixação integrada (TDV)

 Cunhas de madeira de diversas espessuras;

 Espátula de inserção n° 1 e espátula anti-aderente dourada;  Aplicadores do tipo Microbrush;

 Tesoura reta;

 Placa de vidro para colocação da resina composta

 Pontas diamantadas douradas para acabamento de resina composta;  Pontas de borracha abrasivas para polimento de resina composta;  Bisturi n° 15;

 Cabo para bisturi;

 Tiras de lixa para acabamento de resina composta;

 Discos de óxido de alumínio para polimento de RC – Sof-Lex (3M) sortidos.  Mandril para contra-ângulo;

 Discos de feltro;

 Pasta para polimento de resina composta;  Carbono para articulação e pinça de Müller.  Espátula para contato proximal

 Placa de vidro ou bloco de papel  Espátula 22

 Seringa Centrix

Em virtude da viscosidade do material e da sua falta de condensabilidade, a grande dificuldade na realização de restaurações de resina composta em

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cavidades de classe II é a realização de um adequado contato interproximal. Por este motivo, os exercícios que iremos realizar tem por objetivo dominar algumas técnicas para solucionar este problema.

19.1 Utilização da matriz seccional com anel de afastamento dental.

A matriz seccional tem como vantagem o fato de, em cavidades com envolvimento de apenas uma face proximal, não ser necessário passar a tira metálica pela face que não será restaurada. Evita-se desta forma que ela ocupe um espaço desnecessário entre os dentes, e desloque o dente em questão no sentido da cavidade aberta, dificultando a obtenção do contato. Além disso, o anel de fixação promove um afastamento dental, aumentando o espaço entre a face a ser restaurada e o dente vizinho. Outro aspecto interessante é o fato de serem pré-contornadas, mostrando uma convexidade similar à superfície proximal de um dente íntegro. Em caso de cavidades MOD, deve-se primeiro colocar a matriz e restaurar um dos lados. A seguir, remove-se a matriz desta região,coloca-se outra matriz na face posta, e restaura-se o outro lado.

Para utilização da matriz seccional, os seguintes passos devem ser seguidos:

1. Aplicar o sistema adesivo;

2. Colocar a matriz em posição utilizando uma pinça clínica. A parte côncava deve ficar voltada para a cavidade a ser restaurada (Figura 19.1).

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Figura 19.1 – Posicionamento da matriz seccional.

3. Levar a cunha em posição, penetrando pela maior ameia (Figura 19.2)

Figura 19.2 – Inserção da cunha de madeira.

4. Posicionar o anel de fixação utilizando a pinça porta grampo de Palmer (Figura 19.3).

(51)

Figura 19.3 – Posicionamento do anel de fixação.

5. Checar a adaptação cervical da matriz empregando uma sonda exploradora. Fazer uma brunidura ma matriz em direção ao dente vizinho empregando o dorso de uma cureta de dentina. O conjunto deve estar devidamente estabilizado (Figura 19.4).

Figura 19.4 – Matriz seccional adequadamente posicionada.

6. Inserir a resina composta em técnica incremental. Deve-se iniciar a reconstrução da superfície proximal perdida, em contato com a matriz. A resina deve ser inserida em técnica incremental, em inserção obliqua, evitando

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unir mais de duas paredes simultâneamente (Figura 19.5). Cada incremento deve ser polimerizado por 40s.

Figura 19.5 – Inserção incremental da resina composta na caixa proximal. Após esta etapa teremos a superfície proximal perdida adequadamente restaurada, fazendo com que a cavidade velha a parecer uma cavidade de classe I (Figura 19.6). Nesse momento pode-se remover a matriz para facilitar o restante da restauração.

Figura 19.6 – A) Cavidade preparada; B)Restauração da parede proximal.

A

B

C

D

E

F

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7. A seguir deve-se inciar a restauração da caixa oclusal, também utilizando incrementos oblíquos. Os incrementos mais internos podem ser feitos com resina de baixa translucidez (Opaca ou Dentina). A superfície pode ser restaurada com uma resina com maior translucidez (Esmalte) (19.7).

Figura 19.7 – Inserção incremental na caixa oclusal.

19.2 Utilização da matriz individual com fixação integrada e uso da esfera pré-polimerizada.

Nesse exercício iremos utilizar a técnica de inserção das esferas pré-polimerizadas para auxiliar na obtenção dos contatos proximais. Para tal, após a aplicação do sistema adesivo, adapta-se a matriz de aço com fixação integrada da TVD e uma cunha de madeira (Figura 19.8 B). A seguir, o anel de alumínio do sistema de fixação deve ser pressionado para que a matriz se adapte ao dente.

A

B

C

(54)

Figura 19.8 – Adaptação da matriz e da cunha.

Deve-se confeccionar uma esfera em resina composta com diâmetro ligeiramente maior do que a distância entre a matriz e a parede axial, a qual deve ser adequadamente polimerizada fora da cavidade. A seguir, um pequeno incremento horizontal de resina composta deve ser adaptado na parede gengival do preparo, não sendo polimerizada ainda (Figura 19.9).

Figura 19.9 – Adaptação do primeiro incremento sobre a parede gengival.

A esfera pré-polimerizada deve, então, ser inserida sobre a camada de resina não polimerizada, de forma que ela estabeleça um forte contato entre a matriz e a parede axial (Figura 19.10). Para auxiliar neste processo pode-se utilizar um instrumento condensador. A seguir realiza-se a polimerização por 40s.

(55)

Figura 19.10 – Inserção da esfera pré-polimerizada.

Os próximos incrementos devem ser inseridos para refazer a face proximal perdida (Figura 19.11), como realizado no exercício anterior (Figura 19.5).

Figura 19.11 – Complementação da parede proximal.

A caixa oclusal pode ser preenchida como realizado no exercício anterior (Figura 19.7).

19.3 Restauração com caracterização de sulco.

Nesse exercício, a técnica de inserção da resina composta será semelhante à descrita na Figura 19.7. Deve-se deixar um sulco central bem demarcado

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(Figura 19.12 A). Após o último incremento, uma pequena porção de pigmento marrom será aplicado no sulco utilizando uma sonda exploradora. O excesso deve ser removido com um aplicador tipo Microbrush seco. A seguir realiza-se a fotopolimerização (Figura 19.12 B).

Figura 19.12 – A)Sulco bem demarcado; B) Aplicação do pigmento marrom.

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19.4 Utilização da matriz universal e espátula para contato proximal.

Nesse exercício iremos utilizar uma espátula de plástico para realização do contato proximal. Será utilizada a tira de matriz de aço presa em porta matriz tipo Tofflemire. Por se tratar de uma cavidade MOD, será utilizada a técnica das cunhas alternadas.

Em primeiro lugar deve-se posicionar a matriz de aço. A seguir será inserida a cunha de madeira apenas no espaço interproximal da mesial (Figura 19.13).

Figura 19.13 – Colocação da matriz de aço e cunha em um dos lados.

Deve-se então ser adaptado um pequeno incremento horizontal de resina composta na região cervical da cavidade. A espátula será inserida sobre esta resina, e pressionada no sentido do contato com o dente vizinho (Figura 19.14). Realiza-se então a polimerização por 40, aplicando a luz sobre a espátula.

Figura 19.14 – A) Inserção de um incremento na região cervical. B) Utilização da espátula para pressionar a tira de matriz.

A

B

(58)

A parede proximal deve ser complementada com resina, empregando icrementos oblíquos, como descrito na Figura 19.5, e adequadamente polimerizada (Figura 19.15).

Figura 19.15 – A) Primeira porção adequadamenete polimerizada. B) Reconstrução da parede proximal.

A seguir a cunha deve ser removida do espaço interproiximal mesial, e inserida na distal. O mesmo processo realizado na mesial deve ser agora repetido na distal (Figura 19.16). Após a restauração das caixas proximais, a matriz pode ser removida e a caixa oclusal adequadamente restaurada, como descrito na Figura 19.16 E e F.

(59)

Figura 16.16 – A – E) Restauração da caixa distal. F) Restauração da caixa oclusal.

A

B

C

D

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20 CLASSIFICAÇÃO DE MOUNT & HUME

Esta classificação se baseia no uso de dois descritores para caracterizar uma lesão na estrutura dental, sendo eles a localização e o tamanho. Seu uso conjunto nos permite ter uma idéia do envolvimento da estrutura dental pela lesão e propor as técnicas restauradoras mais adequadas para cada situação. Esta classificação facilita também O armazenamento de dados em meio eletrônico e subseqüente comunicação entre os profissionais.

DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO:

LOCAL 1- Descreve todas as lesões originadas em sulcos e fossetas na superfície oclusal dos dentes posteriores e outros defeitos em superfícies lisas do esmalte na coroa de um dente. Isto inclui fossetas na superfície vestibular de molares inferiores, sulcos linguais em molares superiores, fossetas na região de cíngulo nos dentes anteriores e defeitos similares, bem como lesões de erosão e abrasão nos ângulos incisais dos dentes anteriores e na superfície oclusal dos dentes posteriores. Inclui todas as lesões identificadas na Classe I de Black, mas também inclui outras superfícies lisas.

LOCAL 2 – Descreve todas as lesões associadas com áreas de contato e localizadas abaixo delas, nos dois terços oclusais da coroa dental, tanto em dentes anteriores quanto posteriores. Estão incluídas todas as lesões Classe II, Classe III e Classe IV de Black.

LOCAL 3 – Descreve todas as lesões originadas próximas às margens gengivais, no terço cervical da coroa ou numa área de raiz exposta, tanto em esmalte quanto em cemento/dentina, ao redor de toda a circunferência de um dente. Isto inclui as cavidades Classe V de Black e também se estende às lesões de superfície radicular ocorrendo nas faces mesial ou distal, após recessão gengival.

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DE ACORDO COM O TAMANHO:

TAMANHO 0 (INCIPIENTE) – Trata-se de uma lesão pequena e subsuperficial, sem cavitação, que pode ser remineralizável ou que já sofreu remineralização e restou o manchamento residual. Significa que nenhuma restauração é necessária. TAMANHO 1 (MÍNIMA) - Trata-se de uma lesão que progrediu exatamente até o ponto de transição onde ela não pode mais ser tratada exclusivamente de forma conservadora, de tal maneira que a intervenção operatória é indicada. Constata-se a presença de pequena cavitação e um mínimo envolvimento da dentina.

TAMANHO 2 (MODERADA) – Trata-se de uma lesão larga, mas que permanece suficiente estrutura dental sadia para suportar a restauração, sem a necessidade de modificações adicionais no preparo cavitário além da remoção do tecido cariado. Existe um moderado envolvimento da dentina. Após o preparo cavitário o esmalte remanescente é sadio e bem suportado por dentina, resistente às cargas oclusais.

TAMANHO 3 (GRANDE) – Trata-se de uma lesão mais extensa, de tal maneira que a estrutura dental remanescente esteja enfraquecida e com risco de ocorrência de fratura em bloco, através do desenvolvimento de uma trinca na base de uma cúspide ou do risco de perda de um ângulo incisal. É provável que o desenho cavitário deva ser modificado ou alargado para estender a restauração, de forma que a estrutura dental remanescente possa ser protegida do estresse excessivo resultante da carga oclusal.

TAMANHO 4 (MUITO GRANDE) – Trata-se de uma lesão em que já ocorreu uma séria perda de estrutura dental, tal como uma perda de cúspide de um dente posterior ou envolvimento de um ângulo incisal de um dente anterior.

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A aplicação da classificação deve incluir o uso dos dois descritores (LOCALIZAÇÃO E TAMANHO), conforme se observa na Tabela 1:

Tabela 1 – Classificação de Mount & Hume. LOCALIZAÇÃO TAMANHO 0 INCIPIENTE 1 MÍNIMA 2 MODERADA 3 GRANDE 4 MUITO GRANDE 1 – FOSSETAS E SULCOS

1.0

1.1

1.2

1.3

1.4

2 – ÁREAS DE CONTATO

2.0

2.1

2.2

2.3

2.4

3 – REGIÃO CERVICAL

3.0

3.1

3.2

3.3

3.4

Se existirem múltiplas lesões num mesmo dente, cada uma delas deve ser relatada separadamente. Para relacionar-se uma lesão a um dente específico deve-se dizer por exemplo:

“Existe uma lesão 2.4 na face distal do dente 12”, indicando que a lesão na face distal do dente 12 progrediu de tal forma que ocorreu a perda do ângulo incisal, sugerindo a necessidade de uma grande restauração estética neste elemento.

“Existe uma lesão 2.1 na face mesial do dente 46”, indicando que existe uma lesão pequena na face proximal mesial do dente 46, sugerindo a possibilidade de realização de preparos cavitários conservadores como o tipo túnel ou um slot.

“Existe uma lesão 2.2 na ocluso-distal do dente 36”, indicando que existe uma lesão de tamanho moderado envolvendo as faces oclusal e distal do dente 36, mas que resta estrutura dental suficiente para conferir resistência ao remanescente, podendo-se optar por uma restauração de amálgama ou de resina composta sem maiores inconvenientes.

“Existe uma lesão 3.1 na face vestibular e uma lesão 2.2 na mésio-ocluso-distal do dente 47”, indicando que existe no elemento 47 duas lesões distintas. Uma lesão cervical de pequeno tamanho na face vestibular e uma lesão de tamanho moderado envolvendo as faces mesial, oclusal e distal.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CANDIDO, M.S.M. et al. Nomenclatura e classificação das cavidades e princípios gerais do preparo cavitário. In: BUSATO, A.L.S. Dentística: Filosofia, Conceitos e Prática Clínica. São Paulo: Artes Médicas, 2005, p.65-94.

2. LASFARGUES, G.M.; KAELEKA, R.; LOUIS, J.J. New concepts of minimally invasive preparations: a SI/STA concept. In: ROULET, J.F.; DEGRANGE, M. Adhesion: the silent revolution. Quintessence, London, 2000, p.107-152.

3. MOUNT, G.J.; HUME, W.R. A new cavity classification. Aust Dent J, v.43, n.3, p.153-9, 1998.

4. MOUNT, G.J.; HUME, W.R. A revised classification of carious lesions by site and size. Quintessence Int, v.28, n.5, p.301-3, 1997.

Referências

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