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HERMISTEN MAIA Goiânia GO 2016

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Goiânia – GO

2016

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Proibida a reprodução, gravação ou armazenamento total ou parcial desta obra, em sistemas eletrônicos, fotoco-piada, reproduzida por meios mecânicos e/ou outros quaisquer, sem autorização prévia, por escrito do autor.

(Lei 9.610 19.02.98).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) C8373r Costa, Hermisten Maia Pereira da.

A reforma e a escritura: Calvino como leitor, intérprete e pregador da palavra / Hermisten Maia Pereira da Costa – Goiânia: Editora Cruz, 2016.

115 p.

Livro eletrônico. ISBN978-85-69080-12-1

1. Calvinismo. 2. Calvino, João, 1509-1564. 3. João Calvino – Exegeta. 4. Reforma protestante. 5. Escritura sagrada. 6. Pregação. I. Título. II. Subtítulo.

CDU: 261 Copyright © Hermisten Maia Pereira da Costa, 2016.

ISBN 978-85-69080-12-1 CC BY-NC-ND 1ª Edição, A Reforma e a Escritura

Revisão Textual:

Lívia Lopes dos Santos Cruz

Editor:

Reginaldo Cruz Ferreira

Projeto Gráfico: Katiúscia Bonfanti Diagramação: Jéssica Lindemberg www.editoracruz.com.br editoracruz@gmail.com Licença Creative Commons Calvino e a

Escri-tura de Hermisten Maia Pereira da Costa ESTÁ licenciado com Uma Licença Creative Commons

- Atribuição 4.0 Internacional. PODEM Estar Disponíveis Autorizações Adicio-nais Às concedidas no Âmbito Desta Licença em

(5)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO 1

A Origem, autoridade interna e suficiência das Escrituras

11

CAPÍTULO 2

O “Balbuciar” de Deus e o testemunho do Espírito

27

CAPÍTULO 3

Discípulo da Escritura na Escola do Espírito

41

CAPÍTULO 4

A Escritura à Luz da Escritura

55

CAPÍTULO 5

Teologia: um comentário das Escrituras

59

CAPÍTULO 6

A Brevidade e a clareza necessárias

67

CAPÍTULO 7

A Responsabilidade dos pastores

75

CAPÍTULO 8

A Oração e a interpretação bíblica

101

CAPÍTULO 9

Uma palavra aos ministros e aos fiéis

105

CONSIDERAÇÕES PONTUAIS

111

CONSIDERAÇÕES FINAIS

121

(6)
(7)

A REFORMA E A ESCRITURA: CALVINO

COMO LEITOR, INTÉRPRETE E PREGADOR

DA PALAVRA

Hermisten Maia Pereira da Costa

1

Ele [Calvino] foi o habilidoso exegeta entre os

refor-madores, e seus comentários estão entre os

melho-res do passado e do pmelho-resente – Philip Schaff.

2

[...] Eu poderia feliz e proveitosamente assentar-me

e passar o resto de minha vida somente com

Calvi-no – Karl Barth.

3

INTRODUÇÃO

Algo que chama a atenção na teologia de Calvino, expressa

em sua ampla e profícua obra composta por sermões, cartas,

co-mentários, tratados e nas Institutas, é o apego dele às Escrituras.

Ele amava a Bíblia. As Escrituras não constituíam para ele um

li-vro qualquer, sem relevância, muito menos a colocava no mesmo

nível de outras obras que ele mesmo apreciava. Não. A Escritura

é um livro único e singular. Tem-se ali a Palavra de Deus para

o homem em todas as épocas e para todas as suas necessidades.

1 Hermisten M.P. da Costa é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, integrando a Equipe de

pas-tores da Primeira Igreja Presbiteriana de São Bernardo do Campo, SP. e Pastor-Efetivo da Igreja Presbiteriana do Jardim Marilene, Diadema, SP. E-mail: Hermisten@terra.com.br.

2 Philip Schaff; D.S. Schaff, History of the Christian Church, Peabody, Massachusetts: Hendrickson

Publishers, 1996, v. 8, p. 261.

3 Carta de Karl Barth (1886-1968) a um amigo, Eduard Thurneysen, escrita em 8 de junho de 1922.

In: Karl Barth, Revolutionary Theology in the Making, London: The Epworth Press, 1964, p. 101. Esta citação também aparece em Timothy George, Teologia dos Reformadores, São Paulo: Vida Nova, 1994, p. 163 e em T.H.L. Parker, Calvin’s Old Testament Commentaries, Edinburgh: T & T Clark, 1993 (reprinted), na folha de rosto.

(8)

A REFORMA E A ESCRITURA: CALVINO COMO LEITOR, INTÉRPRETE E PREGADOR DA PALAVRA

8

Nas Escrituras, Calvino aprendeu sobre a soberania de

Deus. Ele aprendeu que o Senhor é sobre todas as coisas. A

Escri-tura é o cetro de Deus por meio do qual ele governa e rege a

Igre-ja. Surge, daí, a necessidade de se ler, meditar, ensinar e pregá-la

de forma fiel, perseverante e sistemática. É por meio da Palavra

que se é instruído, corrigido e governado. Ela deve ser o manual

de vida e culto do cristão.

4

A piedade começa pela instrução que

é fornecida por meio da Escritura.

5

A pregação é o meio estabelecido por Deus para conduzir o

seu povo, portanto, a responsabilidade da igreja enquanto

men-sageira e ouvinte: “Devemos entender que Jesus Cristo deseja

governar sua igreja mediante a pregação de sua Palavra, à qual

nós devemos dar toda devida reverência”.

6

Em 1546, no segundo prefácio à tradução da Bíblia feita

pelo primo dele Pierre Olivétan (1506-1538), escreveu:

[A Escritura] é o mais importante e precioso bem de

que dispomos nesse mundo, uma vez que ela é a

cha-ve que nos abre o reino de Deus e nele nos introduz

para que saibamos qual o Deus que devemos adorar

e para quê Ele nos chama; (ela) é o caminho certo que

nos conduz de tal modo que não vaguemos errantes,

de lá para cá, durante todo o tempo de nossa vida;

é a norma verdadeira para que possamos discernir

entre o bem e o mal e nos exercitar no correto serviço

de Deus, para que não ajamos irrefletidamente, indo

atrás de mesquinharias de nenhum valor e, por

ve-zes, buscar nossa devoção em coisas que Deus

con-dena e reprova como sendo maléficas.

7

4 “Os reformadores queriam que a Bíblia lançasse raízes profundas na vida das pessoas que foram

chamadas para servir. A Palavra de Deus não devia ser apenas lida, estudada, traduzida, memo-rizada e usada para meditação; ela também devia ser incorporada à vida e à adoração na igreja. A concretização da Bíblia foi muito claramente expressa no ministério de pregação, que recebeu nova preeminência na adoração e na teologia das tradições da Reforma” (Timothy George, Lendo

as Escrituras com os reformadores: como a Bíblia assumiu o papel central na Reforma religiosa do século XVI, São Paulo: Cultura Cristã, 2015, p. 181).

5 “A piedade está sempre fundamentada no conhecimento do verdadeiro Deus; e isso requer

ensino” (João Calvino, O Profeta Daniel: 1-6, São Paulo: Parakletos, 2000, v. 1, (Dn 3.28), p. 225).

6 João Calvino, Beatitudes; sermões sobre as bem-aventuranças, São Paulo: Fonte Editorial, 2008, p. 77. 7 In: Eduardo Galasso Faria, ed. João Calvino: Textos Escolhidos, São Paulo: Pendão Real, 2008, p. 34

(9)

HERMISTEN MAIA

9

Calvino acredita que “Deus emprega Sua Palavra como

ins-trumento para a restauração de nossas almas”.

8

Outro ponto que chama a atenção na aproximação bíblica

de Calvino, é, primeiramente, o seu amplo e em geral preciso

conhecimento dos clássicos da exegese bíblica os quais cita com

abundância, especialmente a Crisóstomo (c. 347-407),

9

Agostinho

(354-430) e Bernardo de Claraval (1090-1153).

10

Outro aspecto, é o domínio de algumas das principais

obras dos teólogos protestantes contemporâneos, tais como:

Melanchthon – a quem considera um homem de “incomparável

conhecimento nos mais elevados ramos da literatura, profunda

piedade e outros dons” e que por isso “merece ser recordado

por todas as épocas”

11

.–, Bucer e Bullinger. Ele fez uma

verda-deira revisão bibliográfica. Contudo, o mais fascinante, é o fato

de que ele, mesmo se valendo dos clássicos – o que, aliás, nunca

escondeu –, conseguiu seguir um caminho por vezes diferente,

buscando na própria Escritura o sentido específico do texto: a

Escritura interpretando-se a si mesma.

Escapar de um clichê histórico-teológico é especialmente

difícil.

12

Para que se possa ter uma visão mais clara da

perspec-tiva de Calvino a respeito das Escrituras, precisa-se refletir um

8 João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 19.7), p. 425.

9 “Quando comparados com os escritos de Crisóstomo, a maior parte dos escritores subsequentes

parecia prolixa” (Moisés Silva, Em Favor da Hermenêutica de Calvino: In: Walter C. Kaiser Jr.; Moisés Silva, Introdução à Hermenêutica Bíblica, São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 245-246).

10 Vejam-se: W. Stanford Reid, Bernard of Clairvaux in the Thought of John Calvin: In: Richard C.

Gamble, ed., Articles on Calvin and Calvinism, New York; London: Garland Publishing, Inc., 1992, p. 35-53 e Dennis E. Tamburello, Union with Christ: John Calvin and the mysticism of St. Bernard, Louisville, Kentucky: Westminster John Knox Press, 1994, 167p.

11 John Calvin, Commentaries on the Prophet Jeremiah, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House,

(Calvin’s Commentaries, v. 9), 1996 (reprinted), (Carta Dedicatória do seu comentário do Livro de Jeremias), p. xxi.

12 “A imagem de Calvino, organizador e disciplinador, como pai da frouxidão na ética social, é

uma lenda” (R.H. Tawney, A Religião e o Surgimento do Capitalismo, São Paulo: Editora Perspecti-va, 1971, p. 113). Richard C. Halverson, faz comentário semelhante a respeito do estereótipo puri-tano. Veja-se: Richard C. Halverson na Introdução da obra de Richard Baxter, O Pastor Aprovado, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1989, p. 15.

(10)

A REFORMA E A ESCRITURA: CALVINO COMO LEITOR, INTÉRPRETE E PREGADOR DA PALAVRA

10

pouco sobre a forma como ele se aproxima dela. Assim, pode-se

entender a sua visão hermenêutica, exegética e, de modo

decor-rente, a sua ênfase à pregação.

Referências

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