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M A N U A L D E E S T Á G I O

Aprovado na 4ª reunião plenária do CDN de 23.02.2005

(2)

ÍNDICE

Introdução...1

Estágio...3

Condições de candidatura a Estágio...4

Documentação a apresentar...4

Entidade de Acolhimento ...5

Duração do Estágio...6

Aceitação do Pedido de Admissão a Estágio...6

Elaboração da Proposta de Estágio...6

Apreciação da Proposta de Estágio...67

1011 1112 1212 Estatuto da OA: Artigo 42.º– Exercício da Profissão...5

Alterações à Proposta de Estágio...7

Conclusão do Estágio ...8

Elaboração do Relatório de Estágio...9

Apresentação e conteúdo do Relatório de Estágio ...9

Processo de Avaliação do Estágio... Critérios de Avaliação ...11

Membro Estagiário... Patrono ... A n e x o s...1

Artigo 4.º do Regulamento de Admissão - Competências e Recursos...2

Artigo 3º da Directiva 85/384/CEE ...4

(3)

T

ERMINOLOGIA

No presente documento consideram-se as seguintes abreviaturas e definições, grande parte delas constantes do Regulamento de Admissão:

CDN – Conselho Directivo Nacional CDR – Conselho Directivo Regional CNA – Conselho Nacional de Admissão CND – Conselho Nacional de Delegados CRA – Conselho Regional de Admissão EOA – Estatuto da Ordem dos Arquitectos OA – Ordem dos Arquitectos

RA – Regulamento de Admissão

Arquitecto – Membro Efectivo da Ordem dos Arquitectos (adiante abreviadamente designada por OA), autorizado a usar o título profissional e a exercer os actos próprios da profissão.

Inscrição – consiste no procedimento necessário à Admissão dos licenciados em arquitectura como membros da Ordem dos Arquitectos (adiante abreviadamente designada por OA), conferindo-lhes o direito a participar na vida da instituição, ficando sujeitos a obrigações e beneficiando dos respectivos direitos e regalias.

Registo – consiste na atribuição, pelos órgãos competentes, de um número de registo na OA, procedimento indispensável para que um Membro Efectivo possa usar o título profissional e exercer a profissão de arquitecto.

Candidato à admissão - titular de licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura, reconhecido nos termos legais e do Estatuto da OA (adiante abreviadamente designado por Estatuto), que pretende a inscrição nos termos deste regulamento.

Membro Estagiário – titular de licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura, reconhecido nos termos legais e do Estatuto, que foi aceite como Membro Extraordinário e se encontra a cumprir a fase de Estágio do processo de admissão à OA1.

(4)

Membro Efectivo – titular de licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura, reconhecido nos termos legais e do Estatuto, inscrito e registado na Ordem, estando autorizado ao uso do título profissional de Arquitecto2.

O pleno exercício dos direitos do Membro Efectivo da OA, encontra-se condicionado pelo cumprimento dos deveres expressos no EOA e restante regulamentação, da qual o Membro Efectivo deve ter conhecimento.

Patrono – arquitecto com experiência profissional comprovada através de Resumo Curricular e com pelo menos cinco anos como Membro Efectivo da OA, ou de organização congénere de outro Estado-membro da União Europeia ou com o qual o Estado Português tenha Acordo que abranja a reciprocidade do exercício da arquitectura, que está no pleno usufruto dos seus direitos e que assume perante esta a orientação de Estágios, no máximo de cinco em simultâneo.

No âmbito do art.º 51.º do EOA, a orientação de estágios não é remunerada.

Os Patronos não pertencentes à OA não estão vinculados aos seus Estatuto e Regulamento de Deontologia, não estando por isso obrigados ao seu cumprimento.

Curso Reconhecido – licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura, cuja conformidade legal e estatutária foi verificada pela OA, tendo em vista o cumprimento do artigo 3.º da Directiva 85/384/CEE, conforme definido no RA.

Curso Acreditado – licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura cuja qualidade e excelência, quer ao nível da exigência do ensino, quer da docência, quer das condições de trabalho, foram certificadas pela OA, conforme definido no RA.

Sistema de provas e créditos – processo de avaliação a realizar e obter no decurso e/ou no final do estágio, ou em complemento da avaliação curricular, que permita aferir da aptidão dos candidatos à admissão para os actos próprios (art.º 42.º do EOA) e o conhecimento do enquadramento legal e deontológico do exercício da actividade profissional. Do sistema de provas e créditos farão parte integrante:

a) relatório final de Estágio;

b) obtenção dos créditos obrigatórios e facultativos, através das acções de Formação Complementar; c) realização de uma prova de admissão.

2 Art.º 5.º do Decreto-Lei 176/98, de 3 de Julho (Estatuto da OA).

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Formação Complementar de apoio à Admissão - conjunto de acções de formação organizadas pelos

CDR, em colaboração com os CRA, a realizar no decurso do Estágio, ou em complemento da Avaliação Curricular.

Estágio – período destinado à formação profissional e aquisição de experiência prática que habilita o

Membro Estagiário para o desempenho autónomo dos actos próprios da profissão, conforme definido no RA.

Com o objectivo de dignificar e responsabilizar o estágio profissional, quer pelo Membro Estagiário quer pelo Patrono, e de acordo com a Moção de Orientação Global do 10.º Congresso, a OA defende a remuneração do Membro Estagiário a par da valorização da colaboração prestada, conforme expresso no ponto 2. do Artigo 12.º do Código de Deontologia.

Entidade de Acolhimento - pessoa singular, organização ou empresa, pública ou privada, de pequena, média ou grande dimensão, nacional ou de outro Estado, que, desenvolvendo actividades em domínios relacionados com os actos próprios da profissão de arquitecto (art.º 42.º do EOA), aceita acolher Estágios da OA e certifica essa aceitação.

Avaliação Curricular – avaliação da experiência prática e profissional no âmbito dos actos próprios da profissão de um Candidato à Admissão, como alternativa excepcional à realização do Estágio, conforme definido no RA.

Provedor do Estagiário – figura com estatuto independente dos órgãos sociais da OA, dotado de poderes que lhe permitam zelar pelo cumprimento das obrigações e garantir a eficácia dos direitos de

Patronos e Estagiários.

(6)

Introdução

A Ordem dos Arquitectos (OA) é a associação pública representativa dos licenciados ou detentores de diploma equivalente no domínio da arquitectura que exerçam a profissão de arquitecto em Portugal. De acordo com a legislação em vigor, a licenciatura ou diploma equivalente no domínio da arquitectura, obtido em estabelecimentos do ensino superior, não confere automaticamente autorização para o exercício da profissão, visto que «só os arquitectos inscritos na Ordem podem, no território nacional, usar o título profissional de arquitecto e praticar os actos próprios da profissão»3.

Ainda de acordo com a mesma legislação, é competência da OA regular o acesso à profissão, tendo nesse sentido sido aprovado o Regulamento de Admissão (RA) onde se define o processo de admissão de novos membros.

Em linhas gerais, a formação e a avaliação por que têm que passar os Candidatos à Admissão (adiante designado por Candidato) até atingirem o pleno direito ao exercício da profissão são:

1. Formação académica – conclusão de licenciatura ou diploma equivalente no domínio da Arquitectura, reconhecido nos termos legais e do EOA4;

2. Formação profissional – realização do Estágio da OA e aprovação do respectivo relatório final;

3. Avaliação de conhecimentos – aferição da aptidão para os actos próprios5 e o conhecimento do enquadramento legal e deontológico do exercício da actividade profissional, a realizar no final ou no decurso do Estágio. Do sistema de provas e créditos farão parte integrante:

a) relatório final de Estágio, exigido a todos os Membros Estagiários;

b) obtenção dos créditos obrigatórios e facultativos, através das acções de Formação

Complementar, exigidos a todos os Membros Estagiários;

c) realização de uma prova de admissão, exigida a licenciados provenientes de Cursos

Reconhecidos.

3 Art.º 42.º do Decreto-Lei n.º 176/98, de 3 de Julho (Estatuto da OA). Ver excerto em anexo (o texto completo está disponível para consulta em

http://www.ordemdosarquitectos.pt ).

4 Art.º 5.º do Decreto-Lei 176/98, de 3 de Julho (Estatuto da OA). 5 Art.º 42.º do Decreto-Lei 176/98, de 3 de Julho (Estatuto da OA).

(7)

Depois de concluída a formação e a avaliação, o Membro Estagiário é inscrito como Membro Efectivo da

OA, tendo autorização para usar o título profissional de Arquitecto e ficando sujeito à jurisdição disciplinar

(8)

Estágio

O Estágio é um período destinado à consecução de experiência prática e de formação profissional complementar e tem como objectivo habilitar os licenciados em arquitectura para o exercício dos actos próprios da profissão.

A sua duração é de um ano e o Candidato, quando inicia o Estágio, passa automaticamente a ser

Membro Estagiário da OA6.

No âmbito deste Estágio, entende-se por experiência prática a realização de tarefas relacionadas com os actos próprios da profissão de Arquitecto, sob a supervisão de um Patrono, estagiando em Entidade(s) de

Acolhimento que exerçam actividades no âmbito profissional da arquitectura, a propor pelos Candidatos.

Tal como consta do Estatuto da OA, os actos próprios da profissão consubstanciam-se em «estudos, projectos, planos e actividades de consultoria, gestão e direcção de obras, planificação, coordenação e avaliação, reportadas ao domínio da arquitectura, o qual abrange a edificação, o urbanismo, a concepção e desenho do quadro espacial da vida da população, visando a integração harmoniosa das actividades humanas no território, a valorização do património construído e do ambiente.» (cf. número 3 do art.º 42.º do Decreto - Lei n.º 176/98, de 3 de Julho).

Será também obrigatória a frequência de acções de Formação Complementar de apoio à admissão, que versarão domínios relacionados com a prática dos actos próprios da profissão (artigo 42.º do Estatuto) e com o conhecimento do enquadramento legal e deontológico do exercício da actividade profissional. O Estágio visa responder às necessidades de formação preparatória de um ingresso na profissão bem sucedido, e não à prossecução dos objectivos imediatos de trabalho da Entidade de Acolhimento.

6 Artigo 7º, n.º 4 do Decreto-Lei 176/98, de 3 de Julho (Estatuto da OA).

(9)

Condições de candidatura a Estágio

Poderá formalizar candidatura a Estágio qualquer indivíduo, nacional ou estrangeiro, em situação de permanência regular em Portugal e que possua:

- Licenciatura (ou equivalência) em Curso Reconhecido ou Acreditado pela OA; ou

- sendo proveniente de outro Estado Membro da UE, título académico constante das listas oficiais publicadas em conformidade com o Art. 7º da Directiva 85/384/CEE e comprovativo de registo em organização congénere à OA.

- sendo nacional de Estado não pertencente à União Europeia abrangido por condições de reciprocidade prevista em Acordos ou outros diplomas oficiais que vinculem o Estado Português, equiparação do seu diploma nos termos da legislação em vigor.

Documentação a apresentar

Para formalizar a candidatura a Estágio o Candidato deverá preencher a Ficha de Inscrição existente na Secção Regional da sua área de residência e juntar os seguintes documentos, sob a forma de 1 original, 1 cópia em papel, (autenticada e devolvida no acto da entrega) e 1 cópia em formato digital não editável7:

a) 1 Fotografia;

b) Bilhete de Identidade ou documento equivalente; c) Cartão de Contribuinte;

d) Atestado de residência em Portugal;

e) Certificado de Habilitações com data de conclusão do Curso, discriminação das cadeiras e respectiva Portaria onde conste o Plano de Estudo do qual houve frequência e conclusão; f) Proposta de Estágio, subscrita pelo Candidato e visada pelo Patrono, que inclua :

- folha de rosto c/ identificação completa do Candidato, da Entidade(s) de Acolhimento e do Patrono, incluindo os contactos e moradas;

7 Entregue no formato PDF, em CD ou DVD.

(10)

- apresentação e enquadramento nos actos próprios da profissão da(s) Entidade(s) onde o Estágio irá decorrer;

- explicitação dos objectivos a atingir e metodologia adoptada – enunciação das principais tarefas a serem realizadas e condições da sua execução;

- Resumo Curricular do Patrono (onde se comprove experiência profissional continuada de pelo menos 5 anos);

- Declaração da(s) Entidade(s) de Acolhimento que confirme as condições de realização do Estágio acordadas, como o local, a sua duração, horário e vínculo contratual.

A aceitação das Propostas de Estágio ficará a cargo dos CRA, que notificarão os Candidatos a Admissão caso seja necessário suprir qualquer deficiência processual.

Os Candidatos admitidos a Estágio passam à condição de Membros Estagiários por deliberação dos CDR, sob proposta dos CRA. Iniciam a contagem do período de Estágio a partir da data prevista na respectiva Proposta de Estágio ou da data da sua aceitação, conforme a que ocorrer mais tarde.

Os CRA divulgarão em cada época de inscrição a lista dos Membros Estagiários, da qual constará, para além do nome dos Candidatos, o nome dos Patronos e as datas previstas para o início e a conclusão dos respectivos Estágios.

Entidade de Acolhimento

O Estágio decorrerá numa Entidade de acolhimento, à escolha do Candidato e aceite pelo Patrono. A Entidade de Acolhimento pode ser:

- A entidade em que o Patrono exerça actividade profissional;

- Entidade diferente daquela em que o Patrono exerça a sua profissão.

Se o Candidato preferir planear um Estágio a realizar em mais do que uma Entidade de Acolhimento, poderá fazê-lo desde que o mesmo seja devidamente acordado com o Patrono .

Os direitos e obrigações do Membro Estagiário face à Entidade de Acolhimento deverão constar de documento escrito, assinado por ambas as partes, e visado pelo Patrono, quando este não seja simultaneamente a própria Entidade de Acolhimento.

(11)

Duração do Estágio

O Estágio tem a duração mínima de um ano (incluindo o período de férias), e com um número de horas não inferior a 850, com início na data prevista na respectiva Proposta de Estágio, ou na data da sua aceitação, conforme a que ocorrer mais tarde. Se o Estágio decorrer em mais do que uma Entidade de

Acolhimento, para efeitos de contagem do tempo só serão considerados períodos de permanência iguais

ou superiores a 3 meses, salvo em situações devidamente justificadas e aceites.

Aceitação do Pedido de Admissão a Estágio

A aceitação dos Pedidos de Admissão a Estágio implica:

a) a verificação da conformidade de toda a documentação exigida

(esta verificação é feita no acto da entrega da documentação pelos serviços competentes da respectiva Secção Regional em que o Candidato apresenta o Pedido de Admissão);

b) a apreciação da Proposta de Estágio

(esta apreciação é da competência do respectivo CRA, que seguirá os critérios definidos no ponto deste manual: “Apreciação da Proposta de Estágio”).

Elaboração da Proposta de Estágio

A Proposta de Estágio é um documento essencialmente escrito onde deve(m) ser apresentado(s), de forma concisa, o(s) objectivo(s) específico(s) do Estágio que o Candidato se propõe realizar, os resultados esperados e a forma como o(s) pretende concretizar. Deverá incluir a identificação e uma breve apresentação da(s) Entidade(s) de Acolhimento onde o Estágio irá decorrer, assim como a identificação do Patrono, que visará a Proposta de Estágio e ficará responsável perante a OA pela orientação do

Estágio.

Apreciação da Proposta de Estágio

A Proposta de Estágio é apreciada pelo respectivo CRA, que decide sobre a sua aceitação. Os critérios de apreciação são os seguintes:

(12)

1. organização e apresentação;

2. adequação aos objectivos gerais do Estágio da OA.

Será fixada data limite para a apresentação dos Pedidos de Admissão a Estágio. Os prazos para apreciação das Propostas de Estágio pelos CRA, são os seguintes:

1. 30 dias úteis para apreciação das Propostas de Estágio; 2. 10 dias úteis para notificação dos Candidatos sobre a decisão.

Em caso de não aceitação da Proposta de Estágio os Candidatos terão 10 dias úteis para se pronunciar sobre a decisão, conforme previsto no art.º 101 do Código de Procedimento Administrativo.

Os CRA têm 10 dias úteis para analisar e notificar o Candidato da sua decisão final.

Em caso de recusa definitiva da Proposta de Estágio, o Candidato terá 30 dias úteis para interpor recurso hierárquico8.

Alterações à Proposta de Estágio

Os casos especiais conducentes a alterações à Proposta de Estágio deverão ser remetidos aos respectivos CRA, devidamente justificados e acompanhados de parecer do Patrono, para decisão sobre a sua aceitação.

Em caso de recusa do pedido de alteração, o Membro Estagiário será notificado pelo CRA no prazo de 10 dias úteis após a formulação do pedido. Caso não haja imediata comunicação, em 10 dias9, pelo Membro

Estagiário da reposição das condições anteriores ou apresentação de nova e última alteração conforme

com as justificações da rejeição anterior, a realização do Estágio ficará então dependente da apresentação de uma nova candidatura a Estágio, em próximo período estipulado para o efeito.

Durante o desenvolvimento do Estágio, a alteração da Entidade de Acolhimento deverá ser obrigatoriamente comunicada ao respectivo CRA, acompanhada de parecer do Patrono. No caso de o

Patrono dar parecer desfavorável devidamente justificado, o CRA poderá decidir pela anulação do Estágio

em curso.

8 Art.º 168º do Código de Procedimento Administrativo. 9 Art.º 71º, 2) do Código de Procedimento Administrativo.

(13)

A Alteração de Patrono conduzirá à anulação do Estágio em curso e o Membro Estagiário poderá apresentar uma nova candidatura a Estágio no próximo período fixado para o efeito. Excepcionalmente, quando existir impossibilidade efectiva e comprovada do Patrono em acompanhar o Estágio, por motivo de força maior aceite pelo CRA, o Membro Estagiário pode, mediante comunicação ao respectivo CRA, ser autorizado a alterar o Patrono.

Conclusão do Estágio

A concretização do Estágio da OA fica completa com a apresentação de:

- Relatório de Estágio (1 original, 1 cópia em papel e 1 cópia em formato digital não editável10; - parecer final do Patrono;

- parecer da Entidade de Acolhimento, se for distinta do Patrono;

- certificado de obtenção dos créditos mínimos obrigatórios nas acções de Formação

Complementar.

Estes elementos deverão ser entregues na Secção Regional a que pertence o Membro Estagiário, dentro do prazo estabelecido para o efeito pelo respectivo CRA.

A aceitação dos relatórios de estágio ficará a cargo dos respectivos CRA, que remetem a sua avaliação para uma Comissão de Apreciação e posteriormente propõem aos CDR a sua aprovação ou reprovação, fundamentando essa proposta na verificação do cumprimento dos objectivos do Estágio.

Os CRA poderão solicitar, caso se justifique, a reformulação do Relatório de Estágio no todo ou em parte. O Membro Estagiário cujo Relatório de Estágio não tenha sido aprovado será disso notificado pelo respectivo CRA, podendo apresentar uma nova candidatura a Estágio dentro do período estipulado para o efeito.

Das decisões referentes ao processo de Estágio, caberá recurso nos termos do artigo 4.º do RA, sendo cumpridos os princípios do Código do Procedimento Administrativo (Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro), nomeadamente os respeitantes ao suprimento de deficiências no requerimento (art.º 76.º), ao direito de informação (art.º 61.º a 65.º) e à audiência dos interessados (art.º 100.º a 104.º).

10 Entregue no formato PDF, em CD ou DVD

(14)

Elaboração do Relatório de Estágio

O Relatório de Estágio é o principal documento de avaliação do Estágio e, nesse sentido, é fundamental que contenha toda a informação necessária para permitir às Comissões de Apreciação da OA compreenderem qual foi a prática profissional desenvolvida, avaliar a sua adequação aos objectivos de formação dos Estágios da OA e decidir sobre a sua aprovação.

O relatório deverá cobrir todo o período do Estágio, não podendo limitar-se a ser uma lista das actividades desenvolvidas, antes devendo constituir uma reflexão sobre o teor da experiência adquirida, quer tenha sido positiva ou negativa, reflectindo também a capacidade crítica do Membro Estagiário sobre a prática profissional e, se for caso disso, sobre as carências da sua formação face às condições em que decorreu o Estágio. Todos os trabalhos realizados poderão ser documentados, através de desenhos, fotografias ou outros elementos considerados necessários ao seu esclarecimento.

Apresentação e conteúdo do Relatório de Estágio

O Relatório deverá ser essencialmente escrito, apresentado em formato A4, até 25 páginas e ser dactilografado, encadernado, assinado e datado pelo Membro Estagiário, com o visto do Patrono. Em anexo deverá constar, obrigatoriamente, o parecer do Patrono sobre a forma como decorreu o Estágio, explicitando uma avaliação sobre o Estágio e a sua concordância genérica para com o conteúdo do Relatório, assim como o parecer da(s) Entidade(s) de Acolhimento, explicitando o período de realização de Estágio.

Composição do Relatório de Estágio:

- Capa: Elemento de protecção, bastando nela constar o nome e o número do Membro

Estagiário da OA e a data (mês/ano) de entrega do Relatório.

- Folha de Rosto (dados identificadores): nome e número de Membro Estagiário da OA; período de Estágio (dia/mês/ano do início e término do Estágio); nome do Patrono e respectivo número de Membro Efectivo da OA; nome(s) da(s) Entidade(s) de Acolhimento; data do Relatório.

- Índice do conteúdo do Relatório.

- Introdução: deverá incluir um breve resumo do desenvolvimento do Estágio, com referência á Proposta de Estágio e eventuais alterações.

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- Desenvolvimento devidamente estruturado para permitir uma leitura compreensiva: deverá discriminar todas as actividades realizadas durante todo o período de Estágio, descrevendo como e onde foram desenvolvidas, apoios com que contou, dificuldades surgidas, diferenças entre os resultados esperados e os resultados efectivamente conseguidos, assim como outros elementos caracterizadores do trabalho. No desenvolvimento do Relatório poderão existir, quando oportuno, registos desenhados ou fotográficos, isto é, o conteúdo poderá ser ilustrado.

- Conclusão (considerações finais): anotar as conclusões tiradas a partir da experiência adquirida, fazer uma apreciação crítica e, se for caso disso, apresentar as recomendações que julgar úteis para todas as partes envolvidas no Estágio, de modo a proporcionar uma visão global e pessoal do seu percurso e, eventualmente, contribuir para melhorar as futuras condições de realização de Estágios.

- Referências: bibliográficas e outros tipos de referências.

- Anexos: incluir obrigatoriamente (1) o parecer do Patrono; (2) o(s) parecer(es) da(s)

Entidade(s) de Acolhimento.

O Estagiário deverá guardar a cópia autenticada pela OA do seu Relatório final, não só por servir de comprovativo do documento entregue para avaliação, mas também para o poder usar em caso eventual de reformulação, apresentação oral e/ou discussão com a Comissão de Apreciação, no caso de vir a ser convocado para uma audiência11 no decurso do processo de avaliação do Estágio.

Processo de Avaliação do Estágio

A avaliação do Estágio é baseada nos elementos contidos no Relatório de Estágio e no respectivo parecer do Patrono. Caso necessitem de esclarecimentos, os CRA poderão solicitar a reformulação do Relatório e/ou convocar o Membro Estagiário e/ou Patrono sobre cujo relatório tenham dúvidas, concedendo uma audiência oral12 antes de decidir sobre a aprovação, ou não, do Estágio.

No que respeita a Formação Complementar, a Comissão de Apreciação verificará a comprovação de aproveitamento do Membro Estagiário, emitida pelos responsáveis dessa formação.

Os prazos para apreciação do Relatório de Estágio, são os seguintes:

11 Art.º 102º do Código de Procedimento Administrativo. 12 Art.º 102º do Código de Procedimento Administrativo.

(16)

1. 30 dias úteis para apreciação do Relatório de Estágio;

2. 10 dias úteis para notificação do Membro Estagiário sobre a decisão.

Em caso de não aceitação do Relatório de Estágio, após notificação o Membro Estagiário terá 10 dias úteis para se pronunciar sobre a decisão, conforme previsto no art.º 101 do Código de Procedimento Administrativo.

Os CRA têm 10 dias úteis para analisar e notificar o Membro Estagiário da sua decisão final.

Em caso de recusa definitiva do Relatório de Estágio, o Membro Estagiário terá 30 dias úteis para interpor recurso hierárquico13.

Critérios de Avaliação

Os critérios de avaliação do Estágio são os seguintes:

- correcta organização, redacção e apresentação geral do Relatório;

- verificação da conformidade das actividades desenvolvidas, de acordo com os actos próprios da profissão e a Proposta de Estágio aprovada;

- avaliação crítica que o Membro Estagiário faz das actividades desenvolvidas e do modo como estas contribuíram para a sua preparação profissional.

A avaliação terá em consideração o Parecer do Patrono.

Membro Estagiário

Enquanto não estiver inscrito como Membro Efectivo, o Membro Estagiário não terá de pagar quotas à Ordem dos Arquitectos, pagando apenas a sua inscrição14.

O Membro Estagiário tem direito a um seguro pago pela OA, durante o período de um ano, que cubra, durante a realização do Estágio, os riscos inerentes ao desempenho das tarefas que lhe forem atribuídas enquanto Membro Estagiário, conforme o estabelecido na apólice respectiva.

No caso de extensão do Estágio para além do período de um ano, caberá ao Membro Estagiário proceder à contratação de um Seguro que cubra os riscos inerentes ao desempenho das suas tarefas.

13 Art.º 168º do Código de Procedimento Administrativo.

(17)

O Membro Estagiário tem o direito de participar em todas as actividades promovidas pela OA, bem como, de utilizar as suas instalações e receber o Boletim Arquitectos Informação.

O Membro Estagiário poderá participar nas Assembleias Gerais da OA, mas sem direito a voto.

O título de Membro Estagiário permite a participação em actos próprios da profissão, em colaboração com um Membro Efectivo da Ordem dos Arquitectos.

O Membro Estagiário tem direitos de autor sobre o seu trabalho, nos termos previstos no art.º 10.º do Regulamento de Deontologia.

Nas actividades que desenvolva durante o seu Estágio o Membro Estagiário fica sujeito à jurisdição disciplinar da OA.

Patrono

O Patrono terá de ser Membro Efectivo da OA ou de organização congénere da União Europeia há pelo menos cinco anos, ter experiência profissional continuada durante esse período e estar no pleno usufruto dos seus direitos. O Patrono será o único responsável pela orientação do Estágio, independentemente da relação existente entre o Membro Estagiário e a sua Entidade de Acolhimento, podendo orientar um máximo de cinco em simultâneo;

O Patrono dará conhecimento ao respectivo CRA, sempre que houver alteração significativa à Proposta de Estágio.

(18)

A N E X O S

Artigo 4.º do Regulamento de Admissão ( Competências e Recursos) Artigo 3.º da Directiva Comunitária 85/384/CEE

Artigo 42.º do Estatuto da Ordem dos Arquitectos

(19)

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Artigo 4.º do Regulamento de Admissão - Competências e Recursos

Na apreciação de quaisquer requerimentos referentes ao processo de admissão à OA, nomeadamente na aceitação de propostas de estágio e na avaliação de relatórios finais de estágio, e na aceitação de resumos de avaliação curricular e na avaliação de relatórios de avaliação curricular, serão cumpridos os princípios do Código do Procedimento Administrativo (Decreto-Lei 442/91 de 15 de Novembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro), nomeadamente os respeitantes ao suprimento de deficiências (artigo 76º), à audiência dos interessados (artigo 100º a 104º), e ao direito de informação (artigo 61º a 65º); Quando o órgão instrutor do procedimento não for competente para a decisão final, elaborará um relatório indicando o pedido do interessado, o resumo do conteúdo do procedimento e formulando uma proposta de decisão, com as razões de facto e de direito que a justificam; Nos termos do artigo 30º, 2,a) do Estatuto, compete aos CRA’s verificar que os candidatos à Ordem possuem as capacidades e os conhecimentos descritos no artigo 3º da Directiva n.º 85/384/CEE do Conselho;

Nos termos do artigo 26º, h) do Estatuto, compete aos CDR’s admitir a inscrição de membros residentes na área da respectiva região;

Nos termos do artigo 22º, 2, a) do Estatuto, compete ao CNA julgar os recursos em matéria de admissão dos CRA´s;

Compete ao CDN ratificar os processos apreciados pelo CNA e deliberar sobre a admissão dos

candidatos com títulos académicos obtidos fora de Portugal;

Compete igualmente ao CDN deliberar sobre a inscrição temporária prevista no artigo 5º;

Compete ao CDN homologar os resultados das provas de admissão, por proposta do CNA, baseada na avaliação efectuada pelos júris de avaliação;

Nos termos do artigo 22º, c) do Estatuto, compete ao CDN, por proposta do CNA, definir critérios objectivos de dispensa de provas de admissão, a rever periodicamente, os quais se basearão nos currículos dos cursos, nos meios de ensino e nos métodos de avaliação;

Cabe igualmente ao CNA propor, e ao CDN aprovar, a dispensa de provas de admissão, ou de obtenção, total ou parcial, dos créditos de acções de formação complementar, relativamente aos candidatos submetidos à avaliação curricular;

(20)

11.

12.

Nos termos do artigo 16º, d) do Estatuto, compete ao CND decidir os recursos interpostos das deliberações dos CDR’s e do CDN;

A admissão de membros correspondentes e honorários é competência do CDN.

(21)

Artigo 3º da Directiva 85/384/CEE

«(...) as formações que conduzem à obtenção dos diplomas … serão asseguradas por um ensino de nível universitário de que a arquitectura constituirá o elemento principal. Este ensino deve manter um equilíbrio entre os aspectos teórico e prático da formação em arquitectura e assegurar a aquisição de:

1) capacidade de conceber projectos de arquitectura que satisfaçam as exigências técnicas e estéticas; 2) conhecimento adequado da história e das teorias da arquitectura, bem como das artes, tecnologias e

ciências humanas conexas;

3) conhecimento das belas-artes enquanto factores susceptíveis de influenciar a qualidade da concepção arquitectónica;

4) conhecimento adequado em matéria de urbanismo, planificação e técnicas aplicadas no processo de planificação;

5) capacidade de apreender as relações entre, por um lado, o homem a as criações arquitectónicas e, por outro, as criações arquitectónicas e o seu ambiente, bem como a necessidade de relacionar entre si criações arquitectónicas e espaços em função das necessidades e da escala humana;

6) compreensão da profissão de arquitecto e do seu papel na sociedade, nomeadamente pela elaboração de projectos que tomem em consideração os factores sociais;

7) conhecimento dos métodos de investigação e preparação do projecto de construção;

8) conhecimento dos problemas de concepção estrutural, de construção e de engenharia civil relacionados com a concepção de edifícios;

9) conhecimento adequado dos problemas físicos e das tecnologias, assim como da função dos edifícios, no sentido de os dotar de todos os elementos de conforto interior e protecção climatérica; 10) capacidade técnica que lhe permita conceber construções que satisfaçam as exigências dos utentes,

dentro dos limites impostos pelo factor custo e pelas regulamentações em matéria de construção;

11) conhecimento adequado das indústrias, organizações, regulamentações e procedimentos implicados

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A - 5

Estatuto da OA: Artigo 42.º– Exercício da Profissão

1. Só os arquitectos inscritos na Ordem podem, no território nacional, usar o título profissional de arquitecto e praticar os actos próprios da profissão.

2. Para efeitos de inscrição na Ordem devem os arquitectos demonstrar possuir as capacidades e os conhecimentos descritos no artigo 3º da Directiva nº 85/384/CEE, do Conselho, e respectivo diploma de transposição.

3. Os actos próprios da profissão de arquitecto consubstanciam-se em estudos, projectos, planos e actividades de consultadoria, gestão e direcção de obras, planificação, coordenação e avaliação, reportadas ao domínio da arquitectura, o qual abrange a edificação, o urbanismo, a concepção e desenho do quadro espacial da vida da população, visando a integração harmoniosa das actividades humanas no território, a valorização do património construído e do ambiente.

4. A intervenção do arquitecto é obrigatória na elaboração ou avaliação dos projectos e planos no

Referências

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